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Conceitos Fundamentais
dv dv
τα ou τ = −µ
dy dy
O gradiente de uma grandeza fornece a sua taxa de variação máxima em relação à distância.
Assim, considerando um campo de temperatura descrito por T = T (x, y, z) , o gradiente é dado
por:
→
− ∂T →
− ∂T →
− ∂T →
−
∇T = i + j + k
∂x ∂y ∂z
No caso da velocidade, temos:
→
− ∂v →
− ∂v →
− ∂v →
−
∇v = i + j + k
∂x ∂y ∂z
As grandezas envolvidas num sistema podem ser classificadas como:
• Grandezas extensivas: são aquelas que dependem do volume ou da massa do sistema e são
consideradas propriedades do sistema com um todo.
Exemplo: massa, energia, quantidade de movimento.
• Grandezas intensivas: são aquelas definidas em um ponto e que não dependem do volume ou
da massa do sistema.
Exemplo: velocidade, aceleração, temperatura.
11
2.2 Campo de Velocidades
Podemos descrever o movimento de um fluido de duas formas diferentes:
• Regime permanente: quando a velocidade e suas componenetes não são funções do tempo.
Assim, temos:
→
−
v =→
−
v [x, y, z, t]
→
−
vx = →
−
vx (x, y, z)
→
−
vy = →
−
vy (x, y, z)
→
−
vz = →
−
vz (x, y, z)
d→
−v
Como →
−
a = , podemos escrever:
dt
→
− ∂→
−
v dx ∂ →−
v dy ∂ →−
v dz
a = + +
∂x dt ∂y dt ∂z dt
mas
dx → dy → dz →
=−
vx , =−
vy , =−
vz
dt dt dt
então temos:
→
− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→−
a = vx + vy + vz
∂x ∂y ∂z
e
→
− ∂→
− ∂→
−
→ = ∂ vx →
−
a −
vx +
vx →
−
vy +
vx →
−
vz
x
∂x ∂y ∂z
→
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
−
ay = vx + vy + vz
∂x ∂y ∂z
→
− ∂→
−
vz →
− ∂→
−
vz →
− ∂→
−
vz →
−
az = vx + vy + vz
∂x ∂y ∂z
12
→
− ∂→
− ∂→
−
→ = ∂ vx →
−
a −
vx +
vx →
−
vy +
vx →
−
vz
x
∂x ∂y ∂z
→
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
−
ay = vx + vy + vz
∂x ∂y ∂z
onde:
∂→
−
vx ∂→
−
vx ∂→
−
vx
= 2y , = 2x , =0
∂x ∂y ∂z
∂→
−
vy ∂→
−
vy ∂→
−
vy
= 2xy , = x2 , =0
∂x ∂y ∂z
Então:
−
→ = 2y.(2xy + 3) + 2x.(x2 y) + 0 = 4xy 2 + 6y + 2x3 y
a x
→
−
ay = 2xy.(2xy + 3) + x2 .(x2 y) + 0 = 4x2 y 2 + 6xy + x4 y
No ponto P (1, 1) :
−
→ = 4.1.12 + 6.1 + 2.13 .1 = 12
a x
→
−
ay = 4.12 .12 + 6.1.1 + 14 .1 = 11
q
→
−
a = −
a→2 + →
−
ay 2
x
→
−
p
a = 122 + 112
→
−
a ∼
= 16 cm/s2
Determine:
a) a velocidade no ponto P (1, 2, 1)
b) a aceleração no ponto P (2, 1, 2)
13
Solução
a) No ponto P (1, 2, 1) , temos:
vx = 1 · 22 = 4
vy = 1 · 2 = 2
√ √
vz = 1·2·1= 2
q
v= vx2 + vy2 + vz2 ∼
= 4, 7 cm/s
∂→
−
vx ∂→
−
vx ∂→
−
vx
= y2 , = 2xy , =0
∂x ∂y ∂z
∂→
−
vy ∂→
−
vy ∂→
−
vy
= y, = x, =0
∂x ∂y ∂z
∂→
−
vz yz ∂→
−
vz xz ∂→
−
vz xy
= √ , = √ , = √
∂x 2 xyz ∂y 2 xyz ∂z 2 xyz
−
→ = y 2 .(xy 2 ) + 2xy.(xy) + 0 = xy 4 + 2x2 y 2
ax
→
−
ay = y.(xy 2 ) + x.(xy) + 0 = xy 3 + x2 y
→
− yz xz xy √ xy 3 z x2 yz xy
az = √ .(xy 2 ) + √ .(xy) + √ .( xyz) = √ + √ +
2 xyz 2 xyz 2 xyz 2 xyz 2 xyz 2
No ponto P (2, 1, 2) :
−
→ = 10 , →
a −
ay = 6 , →
−
az = 4
x
q
→
−
a = −
a→2 + →
−
ay 2 + +→
−
az 2
x
→
−
p
a = 102 + 62 + 42
→
−
a ∼
= 12, 33 cm/s2
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• Regime variado: descreve-se o movimento das partı́culas ao longo de suas trajetórias em
função do tempo, já que nesse caso, as coordenadas de posição variam com o tempo. Dessa
forma, podemos escrever:
→
−
v =→
−
v [x(t), y(t), z(t), t]
→
−
vx = →
−
vx (x, y, z, t)
→
−
vy = →
−
vy (x, y, z, t)
→
−
vz = →
−
vz (x, y, z, t)
→
− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→− ∂→
−v
a = vx + vy + vz +
∂x ∂y ∂z ∂t
e
→
− ∂→
− ∂→
− ∂→
−
→ = ∂ vx →
−
a −
vx +
vx →
−
vy +
vx →
−
vz +
vx
x
∂x ∂y ∂z ∂t
→
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−vy
ay = vx + vy + vz +
∂x ∂y ∂z ∂t
→
− ∂→
−
vz →
− ∂→
−
vz →
− ∂→
−
vz →
− ∂→
−vz
az = vx + vy + vz +
∂x ∂y ∂z ∂t
Podemos desmembrar a aceleração em duas partes:
Portanto,temos:
→
−
a =→
−
a transporte + →
−
a local
onde:
→
− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→− ∂→
−
v→−
a transporte = vx + vy + vz
∂x ∂y ∂z
→
− ∂→
−v
a local =
∂t
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Exemplo 2.3 Num escoamento no plano Oxy , o campo de velocidades é dado por vx = 2xt e
vy = y 2 t . Determinar a aceleração na origem e no ponto P (x, y) , com x = 1 cm e y = 2 cm , no
instante t = 5 seg .
Solução
Como as componentes de velocidade são funções do tempo, o regime de movimento é variado.
Logo:
→
− ∂→
− ∂→
− ∂→
−
→ = ∂ vx →
−
a −
v +
vx →
−
v +
vx →
−
v +
vx
x x y z
∂x ∂y ∂z ∂t
→
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−
vy →
− ∂→
−vy
ay = vx + vy + vz +
∂x ∂y ∂z ∂t
onde:
∂→
−
vx ∂→
−
vx ∂→
−
vx →
− ∂→
−
vx
= 2t , = 0, vz = 0 , = 2x
∂x ∂y ∂z ∂t
∂→
−
vy ∂→
−
vy ∂→
−
vy →
− ∂→
−vy
= 0, = 2yt , vz = 0 , = y2
∂x ∂y ∂z ∂t
Então:
−
→ = 2t.2xt + 0.y 2 t + 0.0 + 2x = 4xt2 + 2x
ax
→
−
ay = 0.2xt + 2yt.y 2 t + 0.0 + y 2 = 2y 3 t2 + y 2
−
→ = 4.1.52 + 2.1 = 102
a x
→
−
ay = 2.23 .52 + 22 = 404
→
−
p
a = 1022 + 4042
→
−
a ∼
= 417 cm/s2
onde:
Tij é a componente de tensão
i é a direção normal ao plano no qual a força atua
j é a direção da componente da força.
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Para um elemento de área ∆ Ax , com normal na direção x, sobre o qual atuam as componentes
de força ∆ Fx , ∆ Fy e ∆ Fz , resultam uma componente de tensão normal σxx e duas componentes
de tensão cisalhante τxy e τxz , que são definidas pelas equações:
∆ Fx
σxx = lim
∆ Ax →0 ∆ Ax
∆ Fy
τxy = lim
∆ Ax →0 ∆ Ax
∆ Fz
τxz = lim
∆ Ax →0 ∆ Ax
Analogamente, considerando elementos de áreas nas direções y e z , encontraremos mais uma
tensão normal e duas cisalhantes em cada direção. A tensão total no ponto é especificada pelas 9
componentes da matriz
σxx τxy τxz
T = τyx σyy τyz
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Supondo duas placas paralelas, com um sólido entre elas e aplicando-se uma força constante
sobre a placa superior, o sólido se deforma angularmente até alcançar uma nova posição de equilı́brio
estático.
Para o caso de um fluido entre placas, nota-se que o movimento causado pela aplicação da força
na placa superior, parte de uma velocidade nula e, a partir de certo instante, atinge uma velocidade
constante v0 .
Em cada seção normal às placas, surge um diagrama de velocidades, onde cada camada de
fluido desliza sobre a adjacente, originando uma tensão de cisalhamento.
dvx
τyx = −µ
dy
Para pequenos movimentos, quando a distância d entre as placas é pequena, podemos considerar
que a variação de v com y é linear, sem grandes erros e sem que tenhamos que enfrentar cálculos
mais sofisticados. Dessa forma, podemos ter
v0
τyx = −µ
d
18
Exemplo 2.4 Considere um escoamento de água entre duas placas, onde µ = 0, 001 P a.s , vx =
1 m/s e d = 0, 005 m . Calcular:
a) o gradiente de velocidade
b) a tensão de cisalhamento no placa superior
Solução
dvx v0 1
a) = = = 200 s−1
dy d 0, 005
dvx
b) τ = −µ = −0, 001 × 200 = −0, 2 P a
dy
Exemplo 2.5 No exemplo anterior, considere que existe um óleo no lugar da água e que seja
necessária uma tensão cisalhante de 40 P a para que a velocidade permaneça constante. Determine
a viscosidade dinâmica desse óleo.
Solução
1
−40 = −µ ⇒ µ = 0, 2 P a.s
0, 005
dv 20r
b) a = = − 2 r=0 = 0 m/s2
dr R
dv −20R −20 −20
c) τ = −µ = −0, 02( 2
) = −0, 02( ) = −0, 02( ) = 4 P a.
dr R R 0, 1
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Tensão Superficial:
A superfı́cie livre de um lı́quido assemelha-se a uma pelı́cula esticada, de maneira que existe
uma tensão atuando no plano da superfı́cie. Esta tensão está associada à falta de simetria de forças
atuando sobre as moléculas do fluido na interface de separação lı́quido - vapor.
• é definida como força por unidade de comprimento ( N/m ), por atuar sobre a linha da
superfı́cie
• é responsável pelas gotas de lı́quido serem esféricas, por esta ser a forma geométrica que
apresenta menor área de superfı́cie por igual volume.
A tensão superficial tem como principal efeito a capilaridade, que é o fenômeno de subida e
descida de um lı́quido dentro de um tubo de pequenas dimensões.
Temos que:
W = mg = ρV g ∼
= ρ(πr2 h)g
F = 2πrσs cos θ
2 σs
F =W ⇔h= cos θ
ρrg
20
Observações:
2. No caso de lı́quidos que não molham a superfı́cie, como é o caso do mercúrio, temos θ > π/2 ,
tal que cos θ < 0 , o que torna h negativo.
Exemplo 2.7 Determine a altura h acima do nı́vel de um reservatório em que a água se eleva
em um tubo capilar de diâmetro d = 2 mm, sabendo que a uma temperatura T = 20o C , σs =
0, 074 N/m e γ = 9810 N/m3 .
Solução:
Temos que γ = ρ.g = 9810 N/m3 e θ ∼= 0.
Logo:
2 σs 2 × 0, 074 N/s2
h= = = 0, 015 m = 1, 5 cm
γr 9810 N/m3 × 0, 001 m
2.4 Viscosidade
Sobre a viscosidade, já sabemos do capı́tulo anterior que:
• é uma propriedade do fluido associada à resistência que ele oferece à deformação por cisalha-
mento.
• é causada fundamentalmente pelo atrito entre moléculas, quando há gradiente de velocidade
na direção transversal ao movimento do fluido.
• é função da temperatura.
Os gases, por terem menos colisões entre partı́culas, possuem baixa viscosidade. Entre os
lı́quidos , verificamos o grau de viscosidade pela capacidade de se moldarem aos recipientes que os
contêm. Entre a água e a glicerina, podemos notar que este último é mais viscoso.
Em várias equações de mecânica dos fluidos, aparece o quociente entre a viscosidade dinâmica
e a massa especı́fica de um fluido, sendo convenientemente definida como viscosidade cinemática,
ou seja:
µ
ν=
ρ
Exemplo 2.8 Considerando ainda o exemplo 2.4 anterior e supondo que a massa especı́fica do
óleo seja ρ = 0, 85 kg/m3 , qual é o valor da viscosidade cinemática?
Solução
0, 2 P a.s
ν= = 0, 2353 m2 /s
0, 85 kg/m3
Exemplo 2.9 Um pistão de peso W = 4 N desliza dentro de um cilindro vertical com uma
velocidade constante v = 2 m/s . Sabendo que o diâmetro do cilindro é dc = 10, 1 cm e o do pistão
é dp = 10 cm , determine a viscosidade do lubrificante colocado na folga entre o pistão e o clindro.
21
Dado: comprimento do pistão: L = 5 cm.
Solução
Se v = cte , então a = 0.
Logo, o pistão está em equilı́brio dinâmico e:
F = m.a = 0
Para manter esse equilı́brio, a força causada pela tensão de cisalhamento dever ser igual ao
peso do pistão, ou seja:
F =W
τ.A = W
dv
µ π.dp .L = G
dy
Como a distância entre o pistão e o cilindro é muito pequena ( d = 0, 05 cm), podemos considerar
o perfil de velocidade linear, de modo que:
dv v
=
dy d
Assim:
v
µ π.dp .L = G
d
d.W
µ=
v.π.dp .L
0, 05 × 10−2 × 4
µ=
2π × 0, 1 × 0, 05
µ = 6, 37 × 10−2 n.s/m2
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2.5 Descrição e classificação dos movimentos dos fluidos
Aqui serão apresentados alguns conceitos úteis para a representação de escoamentos, sua classi-
ficação e uma descrição dos movimentos dos fluidos.
2.5.1 Conceitos
• Trajetória: a trajetória de uma partı́cula fluida consiste no caminho percorrido pela partı́cula,
em função do tempo, ao longo do escoamento.
• Linha de corrente: é uma linha imaginária traçada no campo de escoamento, num instante
de tempo, de forma que, em cada ponto, os vetores velocidade de escoamento são tangentes
a ela. Essas linhas fornecem informações sobre as direções e as velocidades dos escoamentos.
Uma linha de corrente pode ser descrita em função das componentes de velocidade de esco-
amento num ponto, relacionando as componentes de velocidade com a geometria do campo
de escoamento. Num escoamento bidimensional, descrito em relação a um sistema de coor-
denadas cartesianas, o vetor velocidade ~v é tangente a L.C., de forma que
d~r dx ~ dy ~
~v = = i+ j
dt dt dt
onde
dx
= vx
dt
dy
= vy
dt
Dessa forma, para um mesmo intervalo de tempo dt , podemos ter:
dx dy
=
vx vy
dx dy dz
= =
vx vy vz
Observação: As linhas de corrente nunca se cruzam, pois uma partı́cula fluida não pode ter
duas velocidades diferentes simultaneamente.
23
• Linha de emissão: a linha de emissão de um ponto, num instante de tempo, pode ser definida
como a linha formada por todas as partı́culas fluidas que passaram anteriormente pelo ponto.
Observação: Quando o escoamento é invariante no tempo (regime permanente), tem-se que
as trajetórias, as linhas de corrente e as linhas de emissão, com origem no mesmo ponto, são
coincidentes.
2.5.2 Classificação
Os escoamentos podem ser classificados, de acordo com alguns critérios, de diversas maneiras:
• permanente ou variado
• incompressı́vel ou compressı́vel
• uni, bi ou tridimensional
• laminar ou turbulento
ρvd
Re =
µ
Para Re < 2100 , o escoamento é laminar. Para Re > 2500 , o escoamento é turbulento. Na
região de transição, onde 2100 < Re < 2500 , o escoamento pode ser laminar ou turbulento,
dependendo das condições ambientais, principalmente da existência de vibrações no sistema.
2. Para um escoamento laminar em dutos circulares, o perfil da velocidade numa seção é pa-
rabólico, e dado pela expressão
r 2
v(r) = vmax 1 −
R
24
onde vmax é a velocidade de escoamento no centro da seção e R é o raio do duto.
3. Para um escoamento turbulento em dutos circulares, o perfil da velocidade numa seção é dado
pela expressão
h r i1/7
v(r) = vmax 1 −
R
e pode ser expressa nas unidades m3 /s, l/s, m3 /h, l/min, ... .
Existe uma relação importante entre a vazão volumétrica e a velocidade do fluido.
Num intervalo de tempo t , o fluido se desloca através da seção de área A a uma distância
igual a s . O volume que atravessa a seção A nesse intervalo de tempo é dado por
V = sA
Observação: A expressão acima só é válida para o caso em que a velocidade é uniforme na
seção. Num caso geral, em que a velocidade é diferente em cada ponto, temos
dQ = v dA
ou Z
Q= vdA
A
25
• Velocidade média
Define-se velocidade média da seção como sendo a velocidade uniforme que , substituı́da no
lugar da velocidade real, reproduziria a mesma vazão, ou seja
Z
Q= vdA = vm A
A
Portanto: Z
1
vm = vdA
A A
Solução
Inicialmente, temos que determinar v = ay + b através das condições de contorno.
– para y = 0 → v = 0 → b = 0
v0
– para y = h → v = v0 → a =
h
Logo:
v0
v= y
h
A velocidade média será: Z
1
vm = vdA
A A
onde: A = sh e dA = sdy .
26
Logo:
Z h Z h
1 v0 v0 v0
vm = y sdy = 2 y dy =
sh 0 h h 0 2
• Vazão em massa
Analogamente à vazão em volume, podemos definir a vazão em massa como sendo
m ρV
Qm = =
t t
V
Como =Q e Q = vm A , podemos escrever
t
Qm = ρ Q = ρ vm A
Exemplo 2.11 Um gás escoa em regime permanente no trecho de tubulação da figura abaixo.
Na seção (1) tem-se A1 = 20 cm2 , ρ1 = 4 kg/m3 e v1 = 30 m/s. Na seção (2) os valores
são: A2 = 10 cm2 e ρ2 = 12 kg/m3 . Determine a velocidade média na seção (2).
Solução
A equação de continuidade de um fluido para um regime permanente nos permite escrever
que
Qm1 = Qm2
ou
ρ1 v1 A1 = ρ2 v2 A2
Logo:
ρ 1 A1 4 20
v2 = v1 = 30 = 20 m/s
ρ 2 A2 12 10
Exemplo 2.12 Resolver o problema anterior supondo que, em vez de gás, exista água (
ρ = 1.000 kg/m3 ) escoando pelo tubo.
Solução
Como a água é um fluido incompressı́vel, não haverá variação da massa especı́fica durante o
escoamento, ou seja:
ou
ρ v1 A1 = ρ v2 A2
Logo:
A1 20
v2 = v1 = 30 = 60 m/s
A2 10
27