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1. Aprecie a legalidade do despacho que autoriza o pagamento de verba à ASSOCIAÇÃO PAZ &
RECONCILIAÇÃO e, caso se justifique, as eventuais consequências de uma eventual ilegalidade. (3 v)
- Violação de norma regulamentar
. norma regulamentar é “norma jurídica”, pelo que violação gera anulabilidade (135º/CPA) – 1 v;- Falta de audiência
prévia;. dever de audiência prévia, logo que finda a instrução (100º/CPA) – 0,5 v
. possibilidade de dispensa pelo instrutor, porque decisão é favorável [103º/2, b)/CPA] – 1 v; . discussão sobre
desvalor: i) anulabilidade (135º/CPA) – de acordo com unanimidade da jurisprudência administrativa); ou ii) nulidade
[133º/2, d)/CPA e 16º/1/CRP) – posição de Sérvulo Correia – 1,5 v
Em não mais do que 20 linhas, refira se o Estado pode exercer tutela de mérito sobre as autarquias locais e sobre
as associações públicas.
O Estado não pode exercer tutela de mérito sobre as autarquias locais, à luz do disposto no artigo 242.º, n.º 1, da
Constituição. Apenas é admissível a tutela administrativa destinada a garantir a legalidade da actuação dos órgãos
autárquicos. Tal é uma decorrência natural de outros princípios com assento constitucional, designadamente dos
princípios da descentralização e da autonomia local (artigo 6.º, n.º 1, da Constituição).
A Constituição não contém, relativamente às associações públicas, disposições idênticas às que foram referidas
para as autarquias locais. A Constituição refere-se-lhes apenas no n.º 4 do artigo 267.º. No entanto, tem-se
considerado que a integração destas entidades na administração autónoma justifica que o controlo que sobre elas é
exercido pelo Estado seja idêntico ao acima referido para as autarquias locais.
Em não mais do que 20 linhas, diga como se distingue um acto administrativo de um acto normativo da
Administração e qual o relevo prático de tal qualificação.
Em não mais do que 20 linhas, compare, designadamente quanto à sua natureza jurídica e quanto à sua inserção
na Administração Pública a Direcção-Geral de Veterinária com a Ordem dos Médicos Veterinários, bem como refira
os poderes que o Governo exerce sobre estas entidades.
Em não mais do que 20 linhas, refira em que casos pode o subalterno recusar-se a acatar uma ordem dada pelo
seu superior hierárquico.
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Imagine que a Universidade da Covilhã, que é pública, tinha uma Faculdade de Arquitectura (que na realidade não
existe). A Faculdade abriu um concurso para um lugar de professor auxiliar do grupo de arquitectura industrial e o
seu Conselho Científico aprovou um regulamento do qual consta que, para efeito de avaliação dos curricula, o júri
apreciará os trabalhos dos candidatos que estes tenham mencionado no currículo e juntado ao procedimento
concursal. Durante a reunião do júri, alguns membros trazem consigo outros trabalhos do candidato Abel que este
não juntou nem mencionou no seu currículo. Aqueles membros sustentam que a regra do regulamento contraria um
preceito do Código do Procedimento Administrativo sobre a amplitude do poder de cognição do órgão competente
para a instrução do procedimento e que tais trabalhos são relevantes para uma correcta avaliação do candidato.
a) Deveria o júri tomar em consideração os trabalhos em causa na avaliação do candidato Abel ?
Em tudo aquilo em que não haja lei estabelecendo um regime especial de procedimento, a actividade de gestão
pública da Administração rege-se pelo Código do Procedimento Administrativo (art. 2.º, n.º 6, do CPA). Uma
universidade pública integra a Administração Pública e um júri de concurso formado no seu seio é um seu órgão
(ainda que ad hoc).
A apreciação dos curriculos dos candidatos integra a fase de instrução do procedimento concursal. Aplica-se-lhe
assim o princípio do inquisitório, enunciado no n.º 1 do art.º 87.º do CPA, segundo o qual o órgão competente deve
procurar averiguar todos os factos cujo conhecimento releve para a decisão, não ficando confinado aos factos
alegados pelos interessados.
Esta norma legal é contrariada pela regra do regulamento que faz depender da vontade do candidato as peças do
seu currículo que poderão ser apreciadas pelo júri. Em face da contradição entre uma norma regulamentar e uma
norma legal, a Administração está vinculada a cumprir esta última por força do princípio da legalidade administrativa
(Constituição, art.º 266.º, n.º 2). A ideia de uma vinculação primária ao regulamento como fonte mais «próxima»
equivaleria ao absurdo de dar mão livre à Administração para se furtar ao cumprimento das leis editando
regulamentos ilegais.
O júri deveria, pois, aplicar o artigo 87.º, n.º 1, do CPA, tomando em conta todos os trabalhos do candidato cuja
existência ele próprio averiguasse. E isto tanto num sentido favorável como desfavorável ao candidato, pois aquilo
que releva para a satisfação do interesse público é uma apreciação tão objectiva quanto possível do respectivo
mérito científico e pedagógico.
Suponha ainda que, sem que isso contrariasse qualquer lei vigente, o regulamento do concurso previa
simplesmente que se ouvisse o parecer da Ordem dos Arquitectos sobre o projecto arquitectónico que cada um dos
candidatos tem de elaborar como prova inserida no concurso. O júri entendeu, porém, que, uma vez que «tal
parecer seria necessariamente vinculativo», a regra do regulamento «transferia a competência decisória para o
exterior da Universidade, que assim renunciava às suas atribuições e competências». E, em consequência,
considerou a regra inválida e não solicitou o parecer da Ordem dos Arquitectos.
b) Considera correcto o fundamento desta decisão procedimental ?
Não era inválida a regra do regulamento do concurso que previa a solicitação de um parecer à Ordem dos
Arquitectos. Na verdade, nos termos do n.º 2 do art.º 98.º do CPA, «salvo disposição expressa em contrário, os
pareceres referidos na lei consideram-se obrigatórios e não vinculativos».
Portanto, a circunstância de se dever ouvir o parecer da Ordem dos Arquitectos não implicava que o sentido do
mesmo fosse necessariamente acatado. Ao submeter-se à necessidade de ouvir um parecer, não vinculativo, a
Universidade não renunciou assim a qualquer competência. Se o tivesse feito, a norma regulamentar seria de facto
nula (artigo 29.º, n.º 2, do CPA).
c) Supondo que a decisão procedimental em causa foi ilegal, quais as consequências de tal ilegalidade
quanto ao acto final do procedimento concursal ?
Uma vez que se recusou observância a uma norma regulamentar que prescrevia a audição de um parecer, ocorreu
preterição de formalidade legalmente exigida. A verificação deste vício de procedimento acarreta a invalidade do
acto administrativo final ou conclusivo por vício de forma. Tanto mais que se não pode afirmar com certeza que o
sentido da decisão haveria sido o mesmo ainda que a formalidade tivesse sido cumprida.
Tendo, por fim, o júri estabelecido uma graduação entre os cinco candidatos, proclamou imediatamente vencedor do
concurso o candidato Bento, classificado em primeiro lugar.
d) Encontra alguma fonte específica de ilegalidade neste comportamento apressado do júri ?
Deveria ter sido proporcionado aos candidatos preteridos o exercício do direito de audiência nos termos dos arts.
100.º e seguintes do CPA. Tratava-se de uma decisão desfavorável a esses candidatos e nada nos termos da
hipótese nos diz que se verificasse inexistência ou dispensa de audiência dos interessados.
O acto administrativo final enferma, pois, de um novo vício de forma, com a natureza de vício de procedimento.
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1. Imagine que um preceito de um Decreto-lei dispunha: «Os Directores Regionais do Ambiente poderão
licenciar por acto administrativo a instalação de tanques de criação piscícola em barragens». O diploma não
estabelecia quaisquer pressupostos da tomada de tais decisões.
a) Suscitaria a amplitude deste poder administrativo dúvidas de constitucionalidade ?
2. O Decreto-Lei prevê, porém, que antes de poderem começar a ser concedidas tais licenças, o Ministério
do Ambiente solicite um parecer de política geral ao Presidente do Instituto da Água.
Obtido este parecer, o Ministro emitiu uma directiva para os Directores Regionais na qual considera: «Uma vez que
o parecer vai no sentido de que a dimensão de cada exploração não deveria exceder os 10.000m3, deverão os
senhores Directores-Regionais considerar-se vinculados a este limite, independentemente do volume da barragem
em causa, do fluxo de água que nela transita ou da espécie animal de que se trate».
b) São válidas as recusas de licenciamento de tanques de dimensão superior com o fundamento de
aplicação da directiva ?
3. Mais tarde, a directiva vem a ser revogada. Mas uma associação de defesa do ambiente opõe-se à
concessão de licenças para tanques de maior dimensão com o fundamento de que ficaria com isso infringido o
princípio da igualdade de tratamento em face daqueles interessados a quem, antes, fora imposto o limite de
10.000m3.
c) Procede este argumento ?
5. António requereu uma licença de instalação há seis meses e o Director-Regional ainda se não pronunciou
sobre o pedido. Mas António esqueceu-se de colher recibo do seu requerimento.
e) Quais as consequências processuais da distracção de António ?
Art 54 iniciativa oficiosa ou particular
Oficiosamente – feito por iniciativa e da própria Adm púb. AP sempre que entender pode iniciar um procedimento.
Principios Gerais
Art º 3 (...) – Principio da Legalidade –AP só pode accionar um PA quando a Lei o autorize. É sempre assim.
Por vezes a Lei atribui a AP um poder discriccionário, tem de ser atribuido um fim para o qual esse poder foi
atribuido
Art º 4 – (...) – os órgãos adm também compete prosseguir o Interesse Público
Mas deve inicar sempre ?
Só deve se a lei impor
Distinção entre poder vinculado e poder discriccionário
Ex: a AP inicia um processo expropriativo quando achar que é conveniente. A AP entende que aquele terreno
justifique que seja expropriado, então é iniciado um processo expropriativo. (vide código anotado).
2 ª forma – requerimento dos interessados (art 74 ss) o particular desencadea o PA.
Nota : Mas há quem defenda que há PA que têm carácter misto ex, concursos públicos .
O PA desencadea-se pelo org adm, mas só procede com a iniciativa dos interessados – a iniciativa não é oficiosa
nem particular.
A regra geral – AP quando inicia um PA é para prejuducar um particular, i é são sempre ablativos ex, quando impõe
um encargo ou sacrifica um direito.
É o art 52 que é o corolário do art 9 CPA – há um dever de decidir da AP. Quando há um dever, há
necessariamente um direito subjectivo (neste caso de particulares) de exigir um comportamento i é, dela se
pronunciar-se sobre os seus requerimentos. Se não se pronunciar há problemas.
Como se inicia esse PA ?
- Art 74 ss
- Art 54
Art 55
Incio oficioso “comunicado”
Art 6, 6-A, 8
Não há Procedimentos secretos, deve ser público e mais, deve dar conhecimento as pessoas porque foi feita
oficiosamente essa posição, para que as pessoas interessadas possam acompanhar o PA tudo o que se passa (o
objecto e seu fim). Analogia com o Processo Penal, mas é de gravidade diferente.
O principio da Boa-fé (art 6-A) impede o segredo ou o secretismo
Art 7 de forma taxativa “designadamente”
Art 8
A intenção foi deixar vincado bem os direitos e deveres da AP.
Art 55/1 – Regra geral é a da comunicação
Art 55/2 – Excepção – não há uma comunicação quando a Lei dispense, a própria Lei fixa.
Se o 55/2 é uma excepção não pode ser interpretado analogicamente. São normas excepcionais, não é passível de
interpretação analogica, não se pode aplicar aos casos que não estejam previstos na previsão legal.
A Regra Geral é da Administração Aberta – não há documentos classificados nem procedimentos secretos
55/3 é uma norma imperativa, não pode ser desrespeitada.
Art 56 – Principio do Inquisitório Principio do Dispositivo.
Nos tribunais cíveis a regra é o Principio Dispositivo, só se pode iniciar por um particular. A decisão, em regra vai
ser limitada consoante o pedido formulado ex, não é possível condenar em quantidade superior ao que foi pedido. O
andamento do Processo depende das partes.
Na Administração Pública vigora o Principio inquisitório, a AP pode realizar todas as diligências que sejam
necessárias (art 56).
Quando nós um requerimento perante a AP, a decisão da AP pode ultrapassar em muito aquilo pedimos. Tanto
pode acontecer na iniciativa oficiosa e ou iniciativa particular.
Então o Principio Inquisitório implica :
1. Ao nível de Instrução – adm não está cingida as matérias que foram propostas pelos próprios particulares ex,
para fazer prova factos denuncia e arrola , o orgão é que tem de decidir pode aproveitar-se de outros meios de
prova.
2. A decisão a tomar não se limita àquilo que foi pedido, a decisão pode ser mais abrangente, amplo, ou onerosa
daquilo que se pediu.
Mais aparente : vamos ver como corolário destes princípios. AP pode tomar decisão sem ouvir o interessado – art
100 é a pedra de toque do PA.
Se Adm dedide ampliar esse mesmo decisão, deve ouvir os interessados (Audiência dos interessados).
Objecto inicial do PA – AP tem o direito de realizar as instruções que bem entender por forma a seguir uma decisão
justa ou equitativa.
Pode, também, ampliar o objecto de PA, ligado a Principio Inquisitório existe esse liberdade da AP de permitir que o
particular pronuncie.
Art º 59 (...) – consagra o Principio do Contraditório (e obtem-se a sua consagração máxima no art 100)- não pode
ser tomada de decisão contra uma pessoa. È também corolário do principio de não pode haver decisões secretas.
Art 59 (...) – dever de Audiência dos interessados não é uma mera faculdade, é também um dever (de ser ouvido –
acompanhado com art 59), pois pode ser arguida o vicio
Está consagrada de uma maneira mais ampla, i é, a fazer sentir para além do dever de fazer ouvir os interesses,
ainda ouvir qualquer questão – está relacionado com art 8.
Dever geral – é o corolário de principio da Boa-fé (art 6-A); P. colaboração (art 7); P. Decisão (art 9); aliena a e b) 1
– exige também um dever de boa-fé e de urbanidade.
Art 60 consagra duas características, por um lado é um dever que consiste numa atitude de abstenção que os
particulares não devem deduzir factos ...... (as chamadas manobras dilatórias – n.º1).
Mas o art 60/2 há dever positivo i é, dever de actuação dos particulares).
Do ponto de vista Adm:
1. Obrigação de indemnizar – direito subjectivo de ser indemnizado se implicar prejuízos ex, crime de denúncia
caluniosa)
Art 57 (...) também como consequência art 9 – é importante que as decisões sejam rápidas para serem eficientes.
Mas não pode ser apressados porque o tempo é fundamental na vida. È um direito dos particulares de existir uma
decisão aficaz – o critério é o critério de eficácia.
O prazo geral é de 90 dias excepto – há circunstâncias excepcionais, mas essa dilação tem limites.
No máximo tem de estar concluído em 180 dias (art 3) – justificação oficiosa porque não foi tomada essa decisão.
AULA 2ª 12/03
Direito a informação
Art 55 (iniciativa oficiosa) – Principio Administração Aberta (art 65), que têm consagração constitucional (art 268, n.º
1,2,3 CRP).
Art 7, 8 e o 9 – também é retirado este principio – o legislador sentiu ao órgãos de Estado que é um principio
fundamental - art 65) que não há matérias sigilosas na actividade administrativa – todos nós temos o direito ao
aceso, mesmo quando não nos dizem respeito directamente.
È uma consequência do Principio da Boa-fé, e do art 1000 – devem de fundamentar e também corolário de uma
Administração Aberta (acórdão).
A regra geral é Administração Aberta. Todas as pessoas tem acesso.
Classificação de normas excepcionais e dos outros – sempre que excepcional for impedido o acesso
– essa lei tem um caracter excepcional – não cumpre aplica-la analogicamente, não pode ser aplicada a outros
situações não consagradas.
Principio a contrario sensu – nós a partir de uma norma excepcional, podemos retirar uma norma geral, i é, de
acesso livre. O segredo é uma excepção.
Acordão n.º 23/5/92 – refere a um elenco de excepções (elencou a matéria excepcional que impede o acesso):
1. Defesa Nacional e Segurança do Estado
2. Relações exteriores e relação com organizações internacionais.
3. Segredos comerciais, financeiros ou fiscais.(ex, prática concentrada –abuso de posição dominante, Dumping).
4. Segredos judiciários
5. Procedimento geral e prevenção do criminalidade
6. Dossiers Pessoais
7. Elementos de informação diverso, cuja a comunicação e consequente publicitação possa constituir um atentado a
vida privada sem prejuízo do acesso dos cidadãos, as informações que lhes respeitam pessoalmente.
Isto varia de cultura para cultura. Os países escandinavos tem um principio de Adm Aberta mais aberto, por ex (não
existe sigilo bancário ou comercial, existem declaração de rendimentos públicas).
Nos EUA há uma certa latitude mas nem tanto, França taxativamente os documentos de acesso não livre, Alemanha
dá exemplo (conceitos indeterminados) que tem demostrar que tem um interesse substancial na obtenção da
informação. Existem recomendações do Conselho da Europa é uma matéria complexa) è util mas nós gostaríamos
de ver direito de reserva da intimidade ceder perante o direito da informação.
Art 61 a 64 e também 66 – o cidadão tem de ser informado.
Art 61 n.º1 e também resulta do n.º 7 (também resulta do art 268 CRP) é uma consagração concreta das normas
natureza constitucuional , que suplanta o valor das leis oridnárias (por ex, CPA).
Este Principio é revolucionário: o PA era antes secreto, os cidadãos mesmo nos PA que diziam respeito. È a
consagração do estudo do Direito.
Fala no Direito subjectivo dos interessados (então há uma dever juridico da AP de fornecer a informação e fazer
dentro dos prazos.
LPTA – processo de intimação para a passagem de certidões (cód Processo Adm) – se for ultrapassado o prazo, de
se obter uma informação (por ex, quer que seja passado uma certidão). Há 1 processo próprio ao juiz que intime a
Adm a fornecer esse esclarecimento.
Requisitos de Dever de Informação:
1. Dever não é oficiosa – o cidadão tem de requer. E só há o dever de informação quando é solicitado (quando o
direito é exercido).
2. Quando incide o PA sobre o cidadão seja de esclarecimento interesse – i é, afecta a sua esfera juridica,
normalmente corre contra o interessado. Há PA cuja a decisºao não é Ablativo (retira direitos ou imponha encargos
no cidadão)
Art 64 – Aproxima-se da Legislação alemã, o cidadão para obter determinados elementos (mesmo secretas) deve
provar que tem um interesse legitimo na obtenção desses elementos. È um acto contencioso impugnável. Apesar do
61 restringir dalguma forma ao interesse directo do particular em obter informação, mas estende-se sempre que o
particular pretende obter um interesse, é casuisticamente a AP vai decidir se o interesse em facultar essa
informação.
Sigilo – TESTE
62 e 63 – problema de consulta do processo e passagem de certidões (...) obtenção de elementos
(n.º3).
63 (...) é também um PA rápido que visa a obtenção de certidão (mas queremos é a informação das certidões.
Mas há situações que não é necessário passas a despacho (art 63) – o que se pretende é um dado objectivo da PA
desde que não esteja classificado matéria sigilosa (e não instrução) Há matéria de legislação especial.
DL 84/84 – Estatuto do Ordem dos Advogados podem solicitar livremente qualquer documento:
1. Sigilo profissional
2. Para facilitar o processo juducial, não precisa de justificação.
AULA 3ª 17/03
Capitulo III – A.A é uma decisão que emana do PA. Estudar os pormenores para ser válido tem que se sujeitar a
determinados requisitos ou preencher condições legais impostas (P.Legalidade). Se falta um desses requisitos, ele
é impugnável, porque se faz uma invalidade, consoante a gravidade desses vicios (anulavel ou nulo).
Estes requisitos são considerados requisitos internos, o A.A para existir precisa de os ter. Se não tiver, a Lei diz que
não há A.A (inexistência) ou está ferido de invalidade que não pode produzir quaisquer efeitos (nulidade ) ou então
produz efeitos, mas está dependente de alguém argui-la (Anulabilidade).
Estes requisitos fazem parte do próprio A.A, são essenciais para existência do próprio A.A.
A par destes, há outros – requisitos externos que não fazem parte dele, estão ao seu redor.
Podemos ter um A.A válido, mas se faltar um desses requisitos (externos) pode ser declarado ineficaz. Ele existe, é
válido, está apto a produzir efeitos, mas para produ<ir efeitos precisa de alguma coisa..
Requisitos de validade do A.A (internos) – o próprio A.A.
Requisitos ou condições de eficácia (externos) ao AA – tem haver com a produção de efeitos.
– tem haver com a falta do seu conhecimento dos destinatários, para que o A.A passa a produzir os seus efeitos e
precisa levar ao seu conhecimento. Os actos A.A são recepticios.(art 66) são actos que podem interferir na nossa
esfera juridica.
A notificação é , também, um A.A (também é preciso abrir um PA), mas que se integra no PA principal, são não-
autonomos, i é, são actos integrativos (sem autonomia), mas que servem para dar eficácia ex, – notificação pessoal
– é preciso avisar.
Quando não é necessária a notificação (art 67) dispensa de notificação.
Art 127; 132/1
Polémica – se os actos orais são válidos, desde que praticados na s (levanta muitas dúvidas).
Esta consagração legal do Acto oral é nova. São válidos ou não ? no caso de presença dos interessados, não
precisa de notificação, porque o notificou e a sua validade do acto são quase simultânea
132/2 (...) – não vamos estar a praticar um acto inutil. O CPA está imbuido do Principio da Economia processual, se
já sabe.
O problema está na contagem dos prazos (i é, quando se começa a contar, se inicia com a notificação (67/2 no dia
útil seguinte), é importante para saber quando e que condições pode ser impugnado este acto
O dia em que é praticado o acto não conta para a contagem do prazo ex, um acto é notificado, o prazo para
impugnar só se inicia no dia seguinte.
Nos actos orais (aliena a) ex, no dia em que é praticad, é no dia seguinte ; no caso da aliena b, no dia em que revela
conhecimento.
Conteúdo da notificação (art 68) é a consagração dos principios da legalidade; Colaboração
(art7); Desburocratização (art 10) e Boa-fé (art 6-A).
A Lei não pertence que a notificação seja uma formalidade sem consequência ao nível jurídico, tem de conter todos
os elementos que levam ao conhecimento do acto proferido.
Art 124/125/126 – tratam de questões de fundamentação. A notificação para poder ser eficaz obriga que o
interessado tenha conhecimento do texto integral.
Isto é pode ser dispensado – art 68/2 a Lei distingui a 2 situações :
1. Deferimento – a notificação pode conter uma mera sumula do A.A (ou no caso de meras diligências processuais,
ouca-se a testemunha.
2. Indeferimento – é um acto interno do PA (é uma manobra dilatória ou a testumunha não vai acrescentar nada).
Art 69
Art 72/b
Como podem ser notificadas ? art 10 (via postal, pessoal, telegrama, telex,fax, edital).
Por vezes é comunicado por telefone, mas a notificação comprova que houve um telefonema e para haver um certo
controlo. (notificação não faz parte do Acto, não produz efeitos.
Prazo geral – 10 dias (prazo supletivo) se não houver nenhum prazo.
Como se contam os prazos?
1. No dia em que o acto é praticado e só começa no dia seguinte
2. Suspende-se nos dias (sabádos, domingos, feriados) são sempre 12, no mínimo 15 dias uteis.
3. Quando o termo do prazo (...) aliena c.
É uma norma excepecional (72/2) – se tiver mais 6 meses, conta-se os sabados, domingos e feriados.
Art 73 – dilação: as pessoas estão longe em termos geográficos, do prazo de destino).
AULA 4ª 19/03
Marcha do PA
Art 74 ss
Começamos com art 54, uma das formas é através de requerimentos.
Na marcha do PA tem haver com o PA de iniciativa dos particulares (e não oficiosa) que precisam de um impulso de
um interessado para começar.
Art 74 – 83, são um afloramento de que já contém o art 54.
Nestas matérias processuais há 2 escolas ou correntes que de alguma forma se contradizem
1. Uma escola que defendem que as materias processuais devem ser menos burocráticas. A maioria dos actos adm
são em regra orais. Fala dos regimes de cultura dos paises anglo-saxonicos (processo juducial americano), mas
eles não dispensam de passa-los a escrito.( até mesmo os requerimentos são orais).
2. Paises de cultura continental, há forte tradição escrita, os actos procidementais são escritos. O CPA consagra no
art 10 (...) como principio orientador da AP, devia ser menos burocrática, aproxima-se mais dos cidadãos e não
praticar actos inuteis. Há que encontrar um ponto de equilibrio entre ausencia de burocracia e os formalismos. Mas
os formalismos também protegem, ex, fundamentação constitui uma garantia que não podemos dispensar. O ponto
de equilibrio foi achado no art 10. (os requisitos dos requerimentos estão no art 74). Os requerimentos não são
todos iguais.
Art 10/1 e 2 (...)
Em todos os requerimentos é necessário que existam 2 coisas:
1. Causa de Pedir (são os fundamentos que justificam o pedido, é aquela que se refere ao art 74/1/c.
2. Pedido
Em todos os Requerimentos o mais essencial é a formulação dos factos. Todas as Normas jurídicas tem hipótese
ou estatuição. Na hipotese tem situações de factos. Todo o raciocinio logico-dedutivo, i é, silogismo é integrado por
factos na premissa menor.
Quando se formula uma Petição inicial uma coisa é a descrição dos factos. A norma jurídica adequada a ser
aplicado depende de quem tiver que decidir. Quem pedir e cita determinadas normas não vincula quem vai decidir.
Exige-se que quem formula tem que ser preciso e esse grau de precisão depende quem pediu. Se apresenta de
forma deficiente, essa deficiência é imputável quem pediu.
Se erro de apresentar de apresentar de forma deficiente esses factos, essa deficiência é imutavel a quem pediu.
Todos os requerimentos quem alguma coisa tem que formulatr o pedido ou solicitar o pedido ( é um dos elementos
do requerimento). Vai exigir-se que o pedido seja racionalemente compativel com a causa de pedir, não pode haver
inconsequência.
O pedido tem se ser uma consequência lógica da causa de pedir (pela leitura dos fundamentos apercebe-se qual
será a natureza de pedido. Mas nem sempre é assim, porque há vicios formais, indeferimento liminar de pretensão(
in linime ) art 76 /1,2,3
Este artigo em especial o n.º2 consagra o P.Desburocratização ou celeridade. O PA são meios para atingir um fim
(uma decisão da AP).
Todo o Direito processual é sempre um direito adjectivo (não tem haver com a substância da causa ou do Direito
que está na base (ou questão de facto que se discute). É um direito instrumental. É um meio para atingir o fim, não
é por insuficiência de meio que não se vai realizar o fim, em determinados circunstâncias, devemos contar com a
menos a preparação ou instrução das pessoas. Não se deve prejudicar a pessoa por 1 deficiência de um documento
mal apresentado. Se pela simples leitura (art 76/1) esqueceu-se de identificar.
O principio que o processo é sempre instrumento de um fim ( ou principio da desburocratização) sempre que a AP
possa suprir oficiosamente deve faze-lo ex, erro de identiifcação. Esqueceu-se de mencionar a profissão, mas
enviou um documento que atesta a sua residência, então não é necessário.
É a consequência do Inquisitório (art 54). A própria AP pode desenvolver as diligências necessárias para ....É uma
questão de filosofia do processo. Ponto de Equilibrio ou tabela máxima é o art 73/3 – requerimento é identificado é
cujo o pedido seja inintiligivel – não se entende ex, as pessoas pedem duas coisas incompativeis,. Não se retirar
nenhum sentido (são apenas estes 2).
Art 74/2 – em cada requerimento ser formulado mais do que um pedido. Pedidos alternativos ou subsidiários. Em
regra cada requerimento deve ter só um pedido, pode se formular 1 pretensão, pode formular-se outra pretensão
que seja mais restrita.
Um pedido está dependente de outro. Faz uma denúncia que peça uma ordem de demolição, senão seja obrigado a
construir um muro. (pedido subsidiário ou alternativo).
Pode formular “...se assim não entende deve-se fazer assim...”.
Se formula mais do pedido, i én é incompativel, a pessoa é convidade a suprir (art 76/1).
Isto é assim para requerimentos escritos, os requerimentos podem ser orais (art 75 – (...) a Lei exige
que haja uma certificação desse pedido , tem de ser reduzido a escrito (pelo menos para os serviços,
para o particular é oral).
Art 77 diz-nos o local onde devem ser paresentados (n.1) – P.Desburocratização.
Art 78 – não tem prazo – vigorando o prazo supletivo em toda a PA (10 dias).
Art 79 e 80 (..)
Há determinada direitos que prevalecem sobre outros. O primeiro direito no tempo é o primeiro direito.
Art 81/82 (...) 83 (...) é a consagração do P. Desburocratizarão e da eficiência.
São questões formais (com excepção da caducidade de direitos).
Logo apanhado assim que órgão adm verifica que a PA não pode prosseguir uma PA que nasce torto, sem
condições de vingar, o orgão adm deve por termo.
Medidas provisórias ou medidas cautelares – quando está em risco a eficiência do PA ou não ser atingindo a
cautela do Direito, na pendência do PA.
Art 84 (...) se o requerimento nã o tinha falhas, foi recebido instrução é a fase seguinte à fase inicial, é o preciso dar
andamento.
Significa realizar um conjunto de actos que permitam realizar a decisão, quando tomamos uma decisão, procuramos
fundamenta-la (mesmo que seja intelectual), todos nós procuramos fundamentar as razões para as nossas
decisões. Quando há PA deve haver diligências instruir para aprofundar conhecimento, quem é responsável pela
instrução do processo, quem instrui é diferente de quem decidem, pois já tomou decisão preconceituosa, para
garantir a imparcialidade.
AULA 5ª 23/03
Instrução – P.inquisitório – P verdade material
No racicionio juridico importa distinguir formal e material ex, casados vs separados. O formal devia ser o espelho da
realidade das coisas. Quando estamos a instruir o processo, procuramos uma verdade formal e não verdade
material ex, a pessoa não tem de saber a razão de ciência.
No código civil – P dispositivo, no dominio das liberdades das partes – justifica-se que haja maior responsabilidade
no processo (verdade formal).
No PA – P verdade material (art 65, é uma derivação do P inquisitório) . O orgão adm deve procurar a verdade tal
como ela não se deve bastar por 1 realidade aparente, tem de ser honesto, não vale acertos sobre aquilo que
existe.
Principio da Imediação – é um principio processual que se autonomizou do sec. XX do direito processual moderno,
quem decide deve estar em contacto directo com as provas, com os fundamentos dessa decisão. Vigora no PA,
processo adm, processo penal, civil.
Art 86 (...) quem decide é quem instrui – é o principio de imediação, sofre derrogações por forças das circunstâncias
ex, código civil, se eu tenho de ouvir um testemunho na Aústria, delego a competência instrutória à um juiz
austriaco. E agora tornado mais fácil, com as novas tecnologias (videoconferência)
Art 86 /1 – P Necessidade de celeridade – o orgão quem decide é quem não instrui, desde que se justifique através
de preceitos especiais e diplomas orgânicos – pode delegar a competência instrutória noutro orgão subordinado,
delegar total ou especifica determinado orgão a proceder a determinadas medidas. Nos orgãos colegiais pode ser
delegado num membro desse orgão.
O art 87/1 resulta do P da liberdade de produção de provas ( que também resulta do P Verdade material, que tem
dignidade constitucional. Não se limita à partida todo o tipo de prova em abstracto
ex, tipo de provas cuja a vericidade pode ser susceptival de especulação. Ex, não deve ter provas testemunhais nos
processos de prova de paternidade. Mas temos que analisar caso a caso o melhor tipo de prova. Em determinado
tipo de decisões há tipos de prova que se sobrepõe-se a outro tipo de provas .
Os meios de prova (no código civil)
1. Prova documental – provas em documentos de suporte físico.
a. Documentos autênticos – tem fé pública, o Estado delega poderes de certificação.
Prova plena ex, notarios, conservadores, a função é assegurar a autenticidade dos documentos.
b. Documentos particulares
c. Documentos autenticados
A força probatória varia. A força probatória autentica ou plena , só possuir pelos factos que ele pode atestar e não
os outros.
Os documentos autênticos podem (genuidade de assinaturas) são autênticos. Os documentos particulares quando
são autenticados, certifica que aquela cópia é igual ao original ( e que não é falso), mas que é original. Os
documentos particulares, o facto de estarem assinados não fazem prova plena de , é mais facil de contestar.
Provas:
1. Prova por Presunção – de um facto conhecido se retira um facto desconhecido. Ex, um documento foi elaborado
por um orgão juridico presume-se que é um documento autenticado, Presunções absolutas e Presunções relativas.
2. Prova Pericial – que consiste na verificação técnica de determinados factos ex, entidades com autoridade
cientifica v.g., Policia cientifica, Instituto Médico Legal.
3. Prova por Inspecção – quando a autoridade que decide vai ela própria tomar conta de que é objecto de prova ex,
caso do Presidente que vai ver com os seus olhos se a obra está em perigo.
4. Prova Testemunhal – é mais recorrente dos processos judiciais do que PA, são terceiros que depõem.
5. Prova por confissão – resulta da aceitação pelo próprio de determinados factos que lhe são imputados, faz-se
pelo depoimento da parte, intimado a comparecer para depor, i é, confirmar factos que lhe são desfavoráveis, esses
factos são considerados provados. Esta prova tem limites:
a. Direitos em discussão tem de ser disponíveis (distinto das indisponíveis, por ex, acções de divorcio não é
admissível, os direitos pessoais, tem de ter capacidade jurídica para depor.
No PA todos os meios de prova são admissíveis, não pode ser negada a produção de provas.
Quando o interesse requer com base de dizer que é um meio inadequado, desde que seja adequado para provar, a
prova não pode ser afastada. n.º 2 – não carecem de prova
No Direito português, os factos notórios não tem de ser provados (pois são do conhecimento geral) ex, Madrid é a
capital da Espanha era um facto notório., é do conhecimento comum.
n.º 3 – (...) Principio da Oficiosidade (art 56) e Principio da decisão (art 9) praticar actos inuteis (em termos de
economia processual). Interesse também é fundamental essa decisão.
Art 88 – quem alega um facto tem de provar. Há também inversão do onús da prova em determinados casos, por
ex, quando se presume determinado facto.
A regra é quem invoca tem de fazer provar o facto que a constitue, modifiquem, ou impeditiva, ou quem alega um
facto que seja modoficativa ou extintiva do direito tem de fazer prova desse facto ex, tu deves 10 euros, eu tenho de
provar, se provar que paguei com o recibo, é um facto extintivo. Quem beneficia de uma presunção da paternidade,
prova que aquele pai não é pai da criança (inversão do onus de prova).
n.º 2 – P liberdade de prova
Art 89/2 – E se recusar fazer ? A pessoa não é obrigada a colaborar a sua conduta é apreciada livremente (pode ser
usada contra ela) pode sofrer as consequencias da duvidam, por não ter podido esclarecer. A sanção é : pela não
colaboração – quando é legitima a recusa (a,b,c.,d), não presta colaboração dentro da essencia (in dubio pro reu).
Eu não sou obrigado a colaborar com a entidade que me quer punir. Aliena d ) erro moral ou material .
prazo de censura sobre a pessoa ex, “o meu irmão é maricas”
P: A CML elabora um regulamento da competência da ASS. Municipal de Lisboa. Este regulamento é válido?
O regulamento é ferido do vício de incompetência relativa (pratica de acto fora das suas competências mas que
pertencem à competência de outro órgão dentro da mesma pessoa colectiva) caso não exista acto de delegação de
poderes. Se houver o regulamento é valido. Não existindo é invalido sendo-lhe aplicado o desvalor da anulabilidade.
P: Quais os traços mais distintivos da nulidade face à anulabilidade?
R: a nulidade é o desvalor mais grave. Totalmente ineficaz ab initio (desde o inicio), não produz efeitos, é insanável,
o acto nulo é passível de impugnação contenciosa ilimitada no tempo, qualquer tribunal ou órgão administrativo
pode declarar a sua nulidade, a sentença que o declara tem natureza declarativa, particulares e funcionários tem o
direito de desobedecer a quaisquer ordens que constem de um acto nulo, direito de resistência pelos particulares à
tentativa coactiva pela ADM de acto nulo.
A anulabilidade (regime regra) é eficaz até ser anulada embora a sua anulação produza efeitos retroactivos até ao
momento da sua pratica. Sana-se pelo decurso do tempo, por ratificação, reforma ou conversão. Tem prazo limitado
para ser impugnado passado esse torna-se inatacável, apenas os tribunais administrativos podem anular o acto, a
sentença judicial de anulação tem natureza constitutiva, não assiste o direito de desobediência ou resistência uma
vez que o acto goza de presunção de legalidade até ser anulado (por razões de segurança e certezas jurídicas).
P: Qual o prazo para revogar um regulamento?
R: desde 1997 está consagrado constitucionalmente o direito de impugnação judicial directa de normas
administrativas com eficácia externa qdo sejam lesivas de direitos ou interesses legalmente protegidos dos
cidadãos. Assim o CPTA prevê: impugnação de normas e a declaração de ilegalidade da omissão de normas. A
declaração de ilegalidade (artigo 74) pode ser pedida a todo o tempo podendo este ser acumulado com o de
anulação ou declaração de nulidade ou inexistência de acto administrativo que tenha aplicado a norma e pedido de
condenação da administração ao restabelecimento da situação actual hipotética.
Mas há duas excepções. Não pode ser revogado quando a lei não é exequível por si só; pelo menos revogação
simples, só revogação substitutiva.
E tem revogação de carácter obrigatória quando é ilegal, porque a Administração tem o dever de repor a legalidade.
P: A anulabilidade dos regulamentos, difere do regime da anulabilidade do acto administrativo?
R: (penso que seja esta a resposta) os termos de impugnação são diferentes os regulamentos são impugnáveis em
qualquer tribunal os actos apenas em tribunais administrativos.
P: Qual o regime jurídico do regulamento?
R: O regime está contemplado no CPA do artigo 114 ao 119. Tratando-se de um regime diminuto aplica-se por
analogia o regime jurídico do acto administrativo.
10 - Em nome de que valor, os actos não podem ser alterados e sim apenas os seus efeitos?
Da Segurança jurídica e tutela da confiança.
11 – Quem pode revogar um regulamento inválido?
O autor do acto (só? Mas se se aplica por analogia o regime do acto não se aplica também o 142º?
12 – E se o autor não tiver competência?
Pode revogar um terceiro órgão que tenha poder revogatório sobre o autor do acto. Ou o delegante sobre o
delegado
13 – O que é o desvio de poder?
Exercício de um poder discricionário por motivo desconforme com a finalidade que a lei atribuiu a tal poder. Ex.
Policia multa para arrecadar receitas.
Trata-se da utilização de determinado procedimento para um fim diferente daquele para o qual a lei o criou,
consubstancia-se na prática de um acto cujo motivo principal não corresponde ao fim pretendido pela lei. O desvio
de poder pode ser para prosseguir fins públicos (anulabilidade) ou privados (nulidade).
14 - Como se sabe que o fim prosseguido é diferente do fim atribuído por lei?
É através da fundamentação das decisões que nos apercebemos se a administração prosseguiu ou não os fins para
que lhe foi atribuído competência.
P: Quais os indícios que podemos encontrar no acto que nos leve a considerar que o fim prosseguido é diferente do
atribuído por lei?
R: (não tenho certeza) através da analise dos motivos que o agente deverá expor. Estes estão normalmente
associados à violação dos princípios gerais da actividade administrativa: princípio da imparcialidade, justiça,
igualdade, racionalidade e veracidade. Poderão ainda estar em causa vícios da vontade a contribuir para esse
desvio de poder.
P: Confirmação/ homologação, como se distinguem?
R: São ambos actos administrativos secundários integrativos. A confirmação é um juízo de conformidade com o
conteúdo de acto anterior autoria do mesmo órgão ou de um subordinado seu. Quem confirma confere ao acto a
ultima palavra da Administração. A homologação é uma apropriação dos fundamentos e conclusões de uma
proposta autoria de outro órgão. Torna seu o acto. Todos os vícios do acto homologado se transferem para o acto.
P: A confirmação pode confundir-se com a aprovação?
R:Não. Embora sejam ambas juízos de conformidade do acto diferenciam-se porque quem confirma confere ao acto
a ultima palavra da Administração e a aprovação é apenas um requisito para a perfeição do acto.
P: Na homologação há sempre um acto anterior?
R: (não sei se esta correcto) Não. A homologação aceita a proposta ou parecer que é apresentado por outro órgão.
Torna sua essa proposta que posteriormente será o acto homologado.
P: A falta de publicação de uma delegação o que gera?
R: Ineficácia jurídica, aplicando analogicamente o art.º 130/2
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