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Exame Parcelar
28-05-2019
Critérios de Correção
1.
A omissão ilegal (cfr. artigos 129.º do CPA e 67.º/1/a) do CPTA): a omissão ilegal
pressupõe o incumprimento do dever de decidir que a lei não qualifique como de
deferimento tácito; o pedido de condenação à prática de ato legalmente devido (cfr.
artigo 67.º/1/a) do CPTA).
1.
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Direito Administrativo Exame (Critérios de correção)
O ato anulável produz efeitos até ser anulado, embora a anulação do ato possa ter
eficácia retroativa (artigo 163.º/2 do CPA).
2. Com efeito, assim é, sendo que é necessário compreender previamente o que entende
por relações especiais de direito administrativo. Dentro destas relações, há que
distinguir dois tipos de situações: a relação orgânica ou de funcionamento e a relação
de serviço ou fundamental.
3.
a)
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interposição de ação junto dos tribunais administrativos nos termos dos artigos 190.º/3 do
CPA e 59.º/4/5 do CPTA e no caso de impugnação administrativa necessária a suspensão
da eficácia do ato (cfr. artigo 189.º/1 do CPA); ii) o caráter não preclusivo das garantias
administrativas relativamente à tutela jurisdicional; iii) a apreciação da legalidade e do
mérito (cfr. artigos 185.º/3 do CPA e 3.º/1 do CPTA): os regimes da revogação e da anulação
administrativas (cfr. artigos 165.º e seguintes do CPA); iv) a desnecessidade de patrocínio
jurídico e de pagamento de custas judiciais; v) simplicidade, informalidade, celeridade e
quase gratuitidade.
c)
Ato administrativo de indeferimento parcial (cfr. artigo 148.º CPA): caráter regulador e
produção de efeitos externos numa situação individual e concreta. O ato administrativo é
uma estatuição autoritária, um comando jurídico, positivo ou negativo, vinculativo, que
produz, por si só, mesmo perante terceiros, uma consequência que consiste na criação,
modificação ou extinção de um direito ou dever ou na determinação jurídica de uma coisa,
definindo de forma inovadora o direito para um caso concreto. O carácter regulador,
constitutivo e externo dos efeitos jurídicos inovadores produzidos; qualifica-se como um
ato administrativo para efeitos substantivos e procedimentais (cfr. artigo 148.º do CPA) e
para efeitos adjetivos e processuais (cfr. artigo 51.º do CPTA); ato administrativo primário,
singular, de conteúdo negativo considerando que nega parcialmente o pedido apresentado
por Maria das Dores; não se pretende a eliminação dos benefícios introduzidos na esfera
jurídica de Maria das Dores mas o seu alargamento/expansão ao solicitado; o pedido
adequado é um pedido de condenação à prático de ato legalmente com vista à satisfação
integral da pretensão da interessada (cfr. alínea c) do n.º 1 do artigo 67.º do CPTA), a
apresentar sob a forma da ação administrativa (cfr. alínea b) do n.º 1 do artigo 37.º do
CPTA), no prazo de três meses (cfr. artigo 69.º/2 do CPTA) pela Maria das Dores, enquanto
titular de um direito ou interesse legalmente protegido, dirigido à emissão desse ato (cfr.
alínea a) do n.º 1 do artigo 68.º do CPTA).
d)
A exclusão da responsabilidade civil dos subalternos no cumprimento de comandos
hierárquicos, depende dos seguintes pressupostos de aplicação cumulativa: 1. que se trate
de um comando hierárquico que reúna três características: a) seja proveniente de legítimo
superior hierárquico; b) incida sobre matéria de serviço; c) não se traduza na prática de
um crime. 2. que o subalterno tenha dele previamente reclamado ou exigido a sua
transmissão ou confirmação por escrito (direito de respeitosa representação). Cumpridos
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os referidos pressupostos, o subalterno não pode vir ao processo (contra si proposto) invocar
a sua específica causa de exclusão de responsabilidade civil, visto que a norma goza, em
regra, de uma eficácia interna na Administração, ou seja, no âmbito das relações entre o
subalterno e a respetiva entidade pública a que pertence. O que deve fazer é provocar a
intervenção processual do autor do comando ou da entidade pública, tal como o lesado o
poderá fazer em termos processuais através incidente da intervenção de terceiros. A
exclusão da responsabilidade do subalterno é relevante para diversos efeitos: constitui
fundamento para uma ação de regresso do subalterno ou serve de causa de exclusão da
sua responsabilidade, no caso de uma ação de regresso contra ele intentada pela entidade
pública, tal como constitui base para o incidente de intervenção de terceiros. Não poderá é
ser utilizada contra o lesado em sede de “ação de responsabilidade”, salvo se a este
houvesse sido dado conhecimento externo de que o cumprimento do comando hierárquico
só foi efetuado após o cumprimento do direito de respeitosa representação.
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