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Este manual é da autoria do Formador referido, o qual assume todos os direitos de autor relativos aos conteúdos
aqui desenvolvidos.
Foi entregue à entidade formadora para sua utilização como Recurso Técnico-Pedagógico no âmbito desta ação.
Índice
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
CAPÍTULO 1 ............................................................................................................................................. 4
CAPÍTULO 2 ............................................................................................................................................. 6
CAPÍTULO 3 ............................................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
Os alimentos são constituídos por tecidos vivos e assim estão sujeitos a reações bioquímicas,
biológicas e físicas. O que se busca na tecnologia de alimentos é retardar/suprimir estas
reações, preservando o máximo possível às qualidades do alimento.
Categoria 1 – Leite
Categoria 2 – Óleos e gorduras Categoria 3 – Gelados comestíveis
Categoria 4 – Frutas e hortaliças
Categoria 5 – Balas, confeitos, bombons, chocolates e similares
Categoria 6 – Cereais e produtos de ou a base de cereais
Categoria 7 – Produtos de panificação e biscoitos
Categoria 8 – Carnes e produtos cárneos
Categoria 9 – Pescados e produtos de pesca
Categoria 10 – Ovos e derivados
Categoria 11 – Açúcar e mel
Categoria 12 – Sopas e caldos
Categoria 13 – Molhos e condimentos
Categoria 14 – Produtos protéicos e leveduras
Categoria 15 – Alimentos para fins especiais
Categoria 16 – Bebidas
Categoria 17 – Café, chá, erva mate e outras ervas similares
Categoria 18 – Petiscos (snacks)
Categoria 19 – Sobremesas e pós para sobremesas
Categoria 20 – Preparações culinárias industriais
Categoria 21 – Alimentos enriquecidos ou fortificados
Categoria 22 – Suplementos nutricionais
Categoria 23 – Preparados para adicionar ao leite Categoria 24 – Outros
Segundo a origem
Classificam-se em animal, vegetal e mineral.
Quais são os alimentos de origem animal?
Mel
Ovos
Carnes em geral
Leite e seus derivados
Pescados
Segundo a o processamento
Alimentos Naturais: Alimentos Naturais: são as matérias são as matérias primas vendidas no
estado em que são primas vendidas no estado em que são extraídas. Ex. Vegetais, frutas
extraídas. Ex. Vegetais, frutas
Produtos Alimentícios industrializados: são aqueles obtidos após o tratamento físico-
químico da matéria-prima. São o resultado de uma seqüência de operações unitárias e reações
químicas que podem alterar ou não suas características e composição.
MINIMAMENTE PROCESSADOS
Alimentos minimamente processados correspondem a alimentos in natura que foram
submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis,
fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e
processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras
substâncias ao alimento original.
ALIMENTOS PROCESSADOS
Alimentos processados são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra
substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao
paladar. São produtos derivados diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões
dos alimentos originais. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de
preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente processados.
ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
Alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas inteiramente ou
maioritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido,
proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido
modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e
carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para
dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes). Técnicas de manufatura incluem
extrusão, moldagem, e pré- processamento por fritura ou cozimento.
Operações unitárias;
Conservação de alimentos;
Tecnologia de produtos e subprodutos da carne;
Tecnologia de produtos do leite e derivados;
Tecnologia de produtos e subprodutos de vegetais;
Tecnologia de óleos e gorduras comestíveis;
- Embalagens;
Controle de qualidade.
Química dos alimentos;
Microbiologia de alimentos;
Análise Sensorial
CAPÍTULO 3
I – LEITE E DERIVADOS
1)ACIDEZ
MATERIAL – Béquer de 100ml Bureta de 25ml Leite de vaca integral Pipeta de 10ml
REAGENTES –Solução de NaOH – 0,1N Solução alcoólica de fenolftaleína
PROCEDIMENTOS –Transferir, com o auxílio de uma pipeta, 10ml da amostra para um
béquer de 100ml. Não se deve esquecer de rinsar a pipeta com o leite. Adicione 2 gotas de
fenolftaleína e titule a mistura com solução padronizada de NaOH – 0,1N até o aparecimento
de uma tênue coloração rósea.
2)HUMIDADE DO LEITE EM PÓ
MATERIAL – Balança analítica Dessecador Estufa a 90-95°C Placa de Petri Leite em pó
PROCEDIMENTOS –Em uma placa de Petri (previamente pesada e tarada), pese 5g da
amostra. Aqueça o conjunto, em estufa, a cerca de 95°C por 1 hora, deixando esfriar em
dessecador e pese-o mais uma vez. Repita o procedimento até obter um resultado constante.
4)DETERMINAÇÃO DE FORMALDEÍDO
MATERIAL – Proveta graduada de 10ml Tubos de ensaio de 20ml
Leite de vaca tipo “longa vida”
REAGENTES – Solução de floroglucina a 1% Solução de NaOH a 10%
PROCEDIMENTOS – Transferir 10ml da amostra para um tubo de ensaio de 20ml.
Adicione 1ml de solução de floroglucina a 1% e 2ml de solução de NaOH a 10%. Agite e
observe. O aparecimento de uma coloração salmão indicará a presença de formaldeído.
5)DETERMINAÇÃO DE URINA
MATERIAL – 2 Béquer de 20ml Pipeta de 1, 10 e 20ml 2 Tubos de ensaio graduados de
20ml Leite de vaca cru e tipo “longa vida”
REAGENTES – Ácido clorídrico Ácido nítrico Álcool absoluto
PROCEDIMENTOS – Transferir 5ml da amostra para um tubo de ensaio graduado de
20ml. Adicione 5ml de ácido clorídrico, 5ml de álcool absoluto e 0,5ml de ácido nítrico. Em
presença de urina, haverá o aparecimento de uma coloração rosa-violácea.
6)PEROXIDASE
MATERIAL – 2 Tubos de ensaio de 20ml
Leite de vaca cru e tipo “longa vida”
REAGENTES –Água oxigenada de 10 e 20 volumes Solução de guaiacol incolor a 1%
PROCEDIMENTOS – Transferir 10ml da amostra para um tubo de ensaio de 20ml.
Adicione 2ml de solução de guaiacol e 2 a 3 gotas de água oxigenada, agitando em seguida.
O aparecimento de uma coloração salmão indica que o leite não foi aquecido além de 75°C.
7)CINZAS
MATERIAL – Balança analítica
Cápsula de porcelana de 100ml Dessecador
Mufla de aquecimento a 550°C Pinça
Tela de amianto Tripé
Leite de vaca tipo “longa vida”
PROCEDIMENTOS –Transferir, com o auxílio de uma pipeta, 20ml da amostra para uma
cápsula de porcelana de 100ml previamente pesada e tarada. Evapore 40ml de leite em estufa
a 60°C, depois incinere em uma mufla a 550°C por cerca de 1h (as cinzas deverão estar
brancas. Deixe que esfrie em um dessecador, pese e repita a operação até obter peso
constante.
II – CARNE E PESCADO
1)GÁS SULFÍDRICO
O ensaio fundamenta-se na decomposição dos gases sulfurados com liberação de enxofre,
que em meio ácido transforma-se em gás sulfídrico e combinado com acetato de chumbo
produz sulfeto de chumbo, que escurece o papel de filtro.
MATERIAL – Balança analítica Banho-Maria Carne em conserva Erlenmeyer Espátula
Papel de filtro
REAGENTES –Solução de acetato de chumbo acética (solução de acetato de chumbo + ácido
acético glacial)
PROCEDIMENTOS –Pesar 5g da amostra em um erlenmeyer, fechando-o em seguida com
um pedaço duplo de papel e filtro previamente embebido com solução acé-tica de acetato de
chumbo. Colocar o erlenmeyer em banho-maria de modo que o fundo fique a 3cm do nível da
água e aqueça por 10min. o aparecimento de uma mancha escura no papel de filtro
evidenciará a presença de gás sulfídrico.
2)AMONÍACO
A primeira etapa da decomposição da carne caracteriza-se pela presença do amoníaco que, ao
encontrar-se com os íons cloreto do reagente de Éber produz fumaças brancas de cloreto de
amônio (NH4Cl).
3)RANCIDEZ
MATERIAL – Balança analítica, Erlenmeyer de 50ml provido de tampa, Pipeta de 10 e 20ml
Sardinha em lata
REAGENTES –Ácido clorídrico
Solução de floroglucina a 0,1% em éter.
4)CINZAS
MATERIAL – Balança analítica, Cadinho de porcelana de 50ml ,Carne em conserva
Dessecador, Espátula Estufa a 105°C Mufla a 550°C
PROCEDIMENTOS –Pese 2g da amostra num cadinho previamente pesado e tarado. Seque a
amostra em estufa por 30min., carbonize e incinere em mufla a 550°, deixando esfriar em
dessecador até temperatura ambiente e pese nova- mente. Repita o procedimento até obter
uma massa constante.
5)NITRATO
MATERIAL – Balança analítica, Bastão de vidro Bécher de 250ml, Carne em conserva
,Funil, Papel de filtro,Pipeta graduada de 1 e 5ml, Proveta graduada de 50ml ,Tubo de ensaio
REAGENTES –Ácido sulfúrico
Água destilada quente Solução saturada de cloreto ferroso
PROCEDIMENTOS –Pese 5g da amostra e adicione cerca de 25ml de água destilada quente,
misturando bem e filtrando em seguida. Transfira 2ml do filtrado para o tubo de ensaio,
adicione 4ml de H2SO4 e deixe esfriar. Adicione 5 gotas de solução saturada de FeCl2 pelas
paredes do tubo cuidadosamente, evitando que os dois líquidos se misturem. Em presença de
nitratos, forma-se de um anel marrom na superfície de contato das duas soluções.
6)NITRITO
MATERIAL – Balança analítica Bastão de vidro, Bécher de 250ml, Carne em conserva, Papel
de filtro, 2 Pipetas graduadas de 1ml, Pipeta de 5ml,Proveta graduada de 50ml, Funil, Tubo
de ensaio
REAGENTES –Solução de ácido sulfanílico (0,5g de ácido sulfanílico + 150ml de ácido
acético)
Solução de cloridrato de alfanaftilamina (0,4g de cloridrato de alfanaftilamina + 150ml de
ácido acético 20%, aquecendo até dissolver)
PROCEDIMENTOS – Pesar 5g da amostra e adicione 25ml de água destilada, misturando
bem e filtrando em seguida. Transfira 2ml do filtrado para um tubo de ensaio e adicione 4
gotas de cada uma das soluções reagentes. Uma coloração rósea indicará a presença de
nitritos.
2)ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO
É o número de miligramas de KOH necessários para saponificar um grama de gordura.
Quanto maior o índice de saponificação, mais base será consumida, é portanto uma gordura
que se presta para a fabricação de sabão.
4)RANCIDEZ
MATERIAL – Erlenmeyer de 50ml provido de tampa, Óleo de soja, Pipetas graduadas de 5 e
25ml, Proveta graduada de 10ml
REAGENTES –Ácido clorídrico
Solução de floroglucina a 0,1% em éter
PROCEDIMENTOS –Transferir 5ml da amostra para o erlenmeyer, adicione 5ml de ácido
clorídrico e agite por 30 segundos. Adicione 5ml de solução de floro- glucina, agite
novamente por uns 30 segundos e deixe em repouso por 10min. na presença de substâncias
rançosas, a camada inferior apresentará uma coloração rósea avermelhada.
5)HUMIDADE
MATERIAL – Balança analítica, Dessecador , Espátula, Estufa a 95°C Margarina, Placa de
Petri
PROCEDIMENTOS – Pesar 5g da amostra numa placa de Petri, previamente pesada e tarada
e aqueça em estufa a 95°C por 3h. Deixe esfriar em dessecador e pese novamente. Repita o
procedimento até obter uma massa constante.
IV – CEREAIS E AMILÁCEOS
1)CINZA
MATERIAL – Balança analítica, Cadinho de porcelana de 50ml, Dessecador, Mufla de
aquecimento a 550°C, Arroz moído
PROCEDIMENTOS –Pesar 5g da amostra em um cadinho de porcelana de 50ml previamente
pesado e tarado. Carbonize e incinere em uma mufla a 550°C por cerca de 1h (as cinzas
deverão estar brancas). Deixe que esfrie em um dessecador, pese e repita a operação até obter
massa constante.
2)HUMIDADE
MATERIAL – Balança analítica, Dessecador, Espátula, Estufa a 130°C, Farinha de trigo,
Placa de Petri
PROCEDIMENTOS –Pesar 2g da amostra numa placa de Petri, previamente pesada e tarada
e aqueça em estufa a 130°C por 1h. Deixe esfriar em dessecador e pese novamente. Repita o
procedimento até obter uma massa constante. A operação pode ser realizada em uma estufa a
105°C por 5h.
3)GLÚTEN
MATERIAL – Balança analítica, 2 Bécher de 100ml, Dessecador, Espátula, Estufa a 105°C,
Farinha de trigo, Peneira de malha, Pipeta graduada de 1ml, Proveta de 50ml, Vidro de
relógio
REAGENTES –Solução aquosa de cloreto de sódio a 5% Solução aquosa de iodo saturada
PROCEDIMENTOS –Pesar 20g da amostra num bécher, adicione 10ml de solução de NaCl a
5%, misture com o auxílio de uma espátula até obter uma massa aglome-rada compacta e
deixe em repouso por 30min. Transfira a massa para outro bécher e adicione água destilada
até cobri-a. Deixe em repouso por 30min e lave o aglomerado sob água corrente por cima de
uma peneira, apertando e amassando levemente com os dedos. Continue a lavar até que a
água corra clara e não tome coloração azul em presença de solução de iodo. Reúne à massa,
os fragmentos que tenham caído da peneira e deixe a massa na peneira na água corrente por
30 min. Trans-fira a massa para um vidro de relógio previamente pesado e tarado, corte o
glúten em fatias e coloque na estufa a 105°C por 5h. Resfrie em dessecador e pese. Repita a
operação até obter massa constante.
4)BRANQUEADORES
MATERIAL – Balança analítica, Dessecador, 2 Erlenmeyer de 250 provido de tampa,
Espátula, Farinha de trigo,. Funil, Papel de filtro , Proveta de 100ml
REAGENTES –Éter de petróleo
PROCEDIMENTOS –Pesar 20g da amostra num erlenmeyer, adicione 100ml de éter de
petróleo e tampe. Agite vigorosamente por 5min. e deixe em repouso por 16h. Agite
levemente até a farinha depositada se desprender do fundo e filtre. A obtenção de um filtrado
incolor indicará um tratamento prévio com branqueadores. Farinhas não tratadas com
branqueadores fornece-rão um filtrado de coloração amarela.
5)PODER DIASTÁSICO
MATERIAL – Balança analítica, 2 Bureta de 50ml Banho-Maria a 30°C, Dessecador,2
Erlenmeyer de 100, Erlenmeyer de 125ml, Espátula Funi,, Papel de filtro Whatman n° 4 4,
Pipeta de 5ml, proveta de 25ml, tubo de ensaio de 50ml
7)FIBRA BRUTA
MATERIAL – Arroz integral finamente moído, Balança analítica, Cadinho de Gooch (G4)
Condensador para refluxo, Dessecador, Erlenmeyer de 150ml, Espátula, Estufa a 100°C, 2
Pipeta graduada de 10ml, Placa de aquecimento, Sistema de vácuo
REAGENTES –Ácido acético a 70% Ácido nítrico
Ácido tricloroacético
PROCEDIMENTOS –Pesar 2g da amostra em um erlenmeyer, transfira 7ml de ácido acético
e adicione 2g de ácido tricloroacético. Transfira 5ml de HNO3 concen- trado e coloque para
refluxar, marcando 30min., após entrar em ebuli- ção. Retire o erlenmeyer, agite e filtre a
amostra ainda quente (90°C) até sumir o cheiro de ácido acético. Deixe filtrar a água sob o
vácuo, retire o cadinho e seque-o em estufa a 100°C por 3h. Resfrie em dessecador e pese.
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