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Estudo ergonômico para a melhoria de

um ambiente de trabalho de escritório


que seja confortável para professores em
regime home office

Jéssica Alves Justo Mendes


Estudo ergonômico para a melhoria de um ambiente de trabalho de
escritório que seja confortável para professores em regime home office

INTRODUÇÃO
• Esse estudo trata da ergonomia de ambiente de trabalho de uma
docente de um curso de pós graduação latu sensu, situado em
Piracicaba - SP, na modalidade remota (home office).

• A pesquisa se justifica pela grande relevância do trabalho em home


office dos professores (BONACINI et al., 2020), entretanto, essa
modalidade de trabalho, segundo Fana et al. (2020) traz riscos,
como esgotamento mental e aumento de problemas ergonômicos e
físicos (dores físicas, especialmente nas costas e pescoço).
Estudo ergonômico para a melhoria de um ambiente de trabalho de
escritório que seja confortável para professores em regime home office

INTRODUÇÃO
• A pesquisa em questão apresenta um estudo de caso exploratório,
propiciando uma maior familiaridade com o problema em questão
(GIL, 2010).
• A pesquisa busca explicitar os problemas ergonômicos, possuindo,
portanto, caráter descritivo, ao identificar e descrever as
características de um determinado home office sendo assim uma
pesquisa de campo (SANTOS, 2010).
• A abordagem utilizada teve natureza quantitativa (Creswell e
Creswell, 2018), avaliando através de um questionário e pontuação
numérica, adaptados Couto et al. (2014), a situação ergonômica da
participante da pesquisa.
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escritório que seja confortável para professores em regime home office

IDENTIFICAÇÃO DO RISCO E OBJETIVOS

• A professora participante, no momento em home office, tem como


ambiente de trabalho o próprio quarto, que conta com uma
escrivaninha e uma cadeira (não ergonômica).
• Os riscos ergonômicos inerentes ao posto de trabalho foram
analisados segundo a NR-17.
• Para realizar a adaptação/melhoria do ambiente de trabalho, foi
feito o uso da ISO 7250. De modo complementar, o questionário
desenvolvido por Couto et al. (2014) para identificação de riscos
ergonômicos foi adaptado e utilizado para avaliação da situação
ergonômica inicial e final (pós identificação de riscos e melhoria).
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escritório que seja confortável para professores em regime home office

IDENTIFICAÇÃO DO RISCO E OBJETIVOS

• Assim, essa pesquisa tem como objetivo geral a adaptação de um


ambiente de trabalho, no modelo home office, que seja confortável
para a execução da rotina de trabalho da professora que participou
do estudo de caso, de uma forma que o novo design será dado
como diretriz a professora em questão, de modo que a continuidade
de seu trabalho na modalidade online seja, não apenas eficiente,
mas saudável e segura.
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REVISÃO DA LITERATURA

• Segundo Shikdar e Al Kind (2007), o brilho da tela, a fadiga e a


postura inadequada são os fatores que mais afetam os sintomas
oculares, musculoesqueléticos gerais e parte superior do corpo de
trabalhadores em esquema de home office.

• Para Hagberg et al. (2006), as modificações da estação de trabalho


frequentemente abordam a superfície de trabalho e a cadeira, já
que a cadeira tem influência direta no alinhamento corporal,
indivíduos que sofrem de sintomas musculoesqueléticos
relacionados a ficar sentado por muito tempo são frequentemente
aconselhados a alterar a cadeira de suas estações de trabalho.
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REVISÃO DA LITERATURA

• A antropometria está intimamente relacionada a Ergonomia, sendo


amplamente abordada pela norma internacional ISO 7250, que
quantifica as dimensões necessárias para otimizar o design
tecnológico do local de trabalho. No home office, esse design
usualmente envolve uma escrivaninha e uma cadeira.
• Segundo a NR-17, que lida com condições de conforto e segurança,
as escrivaninhas devem proporcionar “ao trabalhador condições de
boa postura, visualização e operação” (BRASIL, 2018, p. 2),
enquanto as cadeiras devem atender a requisitos mínimos de
conforto e ergonomia, sendo por vezes necessário um suporte para
os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
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PROPOSTA DE MEDIDA DE SEGURANÇA E OPERACIONALIZAÇÃO


• Para identificar se o ambiente de home office da professora
participante era ergonomicamente adequado, e se não, o que
precisava ser melhorado, uma versão adaptada do questionário de
Couto et al. (2014) foi aplicada.
• O questionário foi dividido em 7 grupos de avaliação:
• 1 - Avaliação da Cadeira (18 perguntas);
• 2 - Avaliação da mesa de trabalho (10 perguntas);
• 3 - Avaliação do Sistema de Trabalho (2 perguntas);
• 4 - Avaliação da iluminação do Ambiente (5 perguntas);
• 5 - Avaliação do apoio dos pés (5 perguntas);
• 6 - Avaliação do notebook e Acessórios para seu uso (12 perguntas);
• 7 - Avaliação da Interação e do Layout (8 perguntas).
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• Cada pergunta no questionário aplicado vale 1 ponto, e cada grupo
deve ter seus percentuais calculados para avaliação ergonômica.
• Considera-se que a condição ergonômica pode ser excelente (entre
91 e 100%); boa (entre 71 e 90%); razoável (entre 51 a 70%); ruim
(entre 31 e 50%); e, péssima se a avaliação tiver um percentual
menor que 31%.
• Na primeira vez que o questionário foi aplicado (antes das
melhorias serem implementadas), a análise da ergonomia ficou em
43%, sendo considerada ruim.
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• Identificou-se como pontos necessários para melhoria: troca da
cadeira, adição de um apoio para pés, adição de suporte para
notebook, adição de mouse e mudança no layout.

• Após realizar as melhorias indicadas, o questionário adaptado de


Couto et al. (2014) foi aplicado novamente.
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PROPOSTA DE MEDIDA DE SEGURANÇA E OPERACIONALIZAÇÃO


• Como resultados, obteve-se os seguintes valores percentuais: 89%,
80%, 100%, 80%, 100%, 75% e 75%.
• A análise da ergonomia foi de 83%, sendo considerada boa.

• Houve, portanto, uma melhoria de 40% da ergonomia geral do


ambiente de trabalho em home office, o que pode ajudar a reduzir
alguns dos problemas ergonômicos encontrados pela professora
participante (em especial, dores musculares e fadiga).
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escritório que seja confortável para professores em regime home office

CONCLUSÃO
• O objetivo deste estudo foi analisar a ergonomia em um ambiente
de home office e verificar se ajustes no layout, cadeira e acessórios
indicados para melhoria ergonômica (exemplo: apoio para os pés)
poderiam melhorar significativamente a ergonomia de uma
professora que no momento, trabalha em home office.

• Os resultados deste estudo foram positivos, com um aumento na


melhoria da ergonomia, o que pode trazer melhoria para a saúde
física da professora participante.
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DIMENSÕES BÁSICAS DO CORPO DA PROFESSORA E A DESCRIÇÃO DE


ACORDO COM A ISO 7250
QUESTIONÁRIO APLICADO PARA ANÁLISE ERGONÔMICA DO AMBIENTE HOME OFFICE DE UMA
PROFESSORA (ADAPTADO DE COUTO ET AL., 2014)
QUESTIONÁRIO APLICADO PARA ANÁLISE ERGONÔMICA DO AMBIENTE HOME OFFICE DE UMA PROFESSORA
(ADAPTADO DE COUTO ET AL., 2014) PÓS APLICAÇÃO DE MELHORIAS
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Referências
• BONACINI, L.; GALLO, G.; SCICCHITANO, S. "Working from home and income in-equality: risks of a ‘new normal’ with COVID-19". In: Journal of
Population Econom-ics, Springer; European Society for Population Economics, vol. 34(1), pages 303-360. DOI: 10.1007/s00148-020-00800-7. 2021.
• BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 17 – ERGO-NOMIA. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1978.
Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm. Acesso em: 10 jun. 2021.
• COUTO, Hudson de Araújo. et al. Check-list para avaliação das condições ergonô-micas em postos de trabalho e ambientes informatizados. Ergo
ltda, Brasil, 2014. Disponível em: <http://ergoltda.com.br/downloads/Abril14/04.pdf >. Acesso em: 16 de maio de 2021.
• CRESWELL, J. W.; CRESWELL, J. D. Research Design - Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods Approaches. 5th Edition, SAGE Publications,
Inc. 2018.
• FANA, M.; MILASI, S.; NAPIERALA, J.; FERNÁNDEZ-MACÍAS, E.; VÁZQUEZ, I. G. Telework, work organisation and job quality during the COVID-19
crisis: a qualitative study, JRC Working Papers Series on Labour, Education and Technology, No. 2020/11, European Commission, Joint Research
Centre (JRC), Seville. 2020
• GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
• MOECKEL, R. Working from Home: Modeling the Impact of Telework on Transporta-tion and Land Use. Transportation Research Procedia, Volume
26, Pages 207-214. 2017.
• HAGBERG, M.; LAGE-BURSTROM, A. E.; VILHELMSSON, R. The association be-tween whole- body vibration exposure and musculoskeletal disorders
in the Swedish work force is confounded by lifting and posture, Journal of Sound and Vibration 298, 492–498. 2006.
• INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, ISO 7250-1:2017. Basic Human Body Measurements for Technological Design: Body
Measurement Definitions and Landmarks.
• SHIKDAR, A.; AL KINDI, M. Office Ergonomics: Deficiencies in Computer Work-station Design. International journal of occupational safety and
ergonomics, 2007. DOI:10.1080/10803548.2007.11076722
• SANTOS, A. R. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 7ed. Lampa-rina Editora. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2010.
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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos pela atenção, e a minha família e amigos por


constantemente me oferecer suporte e incentivo.

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