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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE HISTÓRIA

Nome do Aluno: Francisco


Período: Manhã
Disciplina: História da América II
Professor:
Tipo de Trabalho: Resenha

PENIDO, Ana; ENRIQUE STÉDILE, Miguel. Ninguém regula a américa: Guerras


híbridas e intervenções estadunidenses na América Latina. São Paulo: Expressão
Popular, 2021.

A ofensiva sobre a América Latina

Este livro acessível tem cento e sessenta e cinco (165) páginas e está dividido
em quatro capítulos, além da introdução e conclusão: O primeiro capítulo discutirá a
grande estratégia dos Estados Unidos da América, especialmente no período pós-Guerra
Fria. (1947-1991), a segunda tratará do conceito de guerra híbrida, enquanto a terceira é
a recente ofensiva inteligente dos Estados Unidos da América (América Latina) contra
exemplos como Bolívia, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Venezuela, o quarto e último
será Analisando a vasta experiência do Brasil, foi possível identificar as fontes de
instabilidade no país desde o chamado golpe de 2016.

Este livro cumpre, na verdade, o papel proposto por autores consagrados, cuja
intenção não é apenas a construção progressiva do conhecimento, mas a divulgação para
a educação geral, de modo que o que o autor procura atingir não são leitores
estritamente acadêmicos, mas em grande parte do leitor leigo. Isso não favorece a
inteligibilidade da linguagem do livro, que discute a bibliografia pertinente e cujo
contexto histórico proporciona uma importante reflexão sobre o controverso conceito de
guerra híbrida que subsidia sua adequada aplicação. América Latina: A busca constante
pela comunicação com o público espelha essencialmente a trajetória do autor. Na
análise dos registros de ambos, temos Penido como doutora em Relações Internacionais
e doutor Stedile em História, ambos com experiência em educação de massa e
expressão de movimentos sociais.

O argumento defendido por ambas as partes, que fica claro ao longo da breve
leitura, é que o desenvolvimento do declínio relativo nos Estados Unidos não garante
maior possibilidade de autonomia na América Latina; a expansão, especialmente o uso
da intervenção indireta como forma de subordinação (PENIDO, STEDILE 2021, p. 22)
Segundo os autores [...] ``Os Estados Unidos voltaram-se novamente para a América
Latina, e há quase uma década [.. .] ousam eleger governos progressistas , em diferentes
matizes, alinham-se com autônomos [...] ´´ (PENIDO, STEDILE p.22), pelo que
consideramos que este argumento, baseado nestes acontecimentos recentes, parece até
certo ponto correto, e sua o reconhecimento está relacionado à formulação da política
externa dos países da região.

Após refletir sobre as peculiaridades da América Latina, percebemos que o livro,


na verdade, levanta questões sobre um aspecto do conceito da chamada guerra híbrida: a
ideia de assumir a manipulação de grupos locais. A abordagem correta do autor nos leva
às metas de grande potência impostas pelas elites latino-americanas, que tendem a se
voltar para fora. Por outro lado, o autor também enfatiza e se distancia da interpretação
de Piero Leiner, que suaviza a representação das grandes potências e pensa de forma
"endógena" a guerra híbrida provocada pelas forças armadas locais. Assim, pensamos
que há dois aspectos principais no livro, uma discussão do caso, uma breve introdução à
busca pela restauração da hegemonia americana e o uso dos conceitos de hegemonia,
imperialismo e colonialismo.

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