22/09/2022 10:56 A Jornada das Equipes de Vítima a Responsável (III): O Triângulo Dramático de Steve Karpman - Mãe... O que é Scrum?

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A jornada das equipes de vítima a agressor (III): o triângulo dramático

de Steve Karpman
22 de junho de 2020 Esther Estevez Contreras

Você já se sentiu preso em um círculo vicioso em seu relacionamento com outra pessoa? Você ou
alguém da sua equipe se sentiu negligenciado e respondeu com algum tipo de violência? Você
trabalha com alguém que tem uma necessidade irresistível de resgatar e ajudar os outros? Você
tem um colega que fica bravo quando você tenta ajudá-lo? Ou, pelo contrário, alguém da sua
equipe parece incapaz de trabalhar sem ajuda ou que é constrangedor para os outros colaborar
com seu trabalho? Neste artigo falaremos sobre o caminho das equipes (e pessoas) de vítima a
responsável através do Triângulo Dramático ou Triângulo de Karpman.

Hoje voltamos com um novo capítulo na série da jornada das equipes de vítima a agressor. Esta
jornada começou com um post focado nos Círculos de Controle, Influência e Preocupação seguido

https://mamaqueesscrum.com/2020/06/22/el-viaje-de-los-equipos-de-victima-a-responsable-iii-el-triangulo-dramatico-de-steve-karpman/ 1/9
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de outro em que utilizamos o Modelo Tuckman , e trata de uma nova distinção que definimos no
post de Não é o mesmo . Nesta jornada, na qual tentamos descobrir como levar as equipes de uma
posição de bloqueio de vítima para uma posição de responsabilidade empoderada e ativa,
começamos com os Círculos de Controle, Influência e Preocupação, em seguida, revisamos o
Modelo Tuckman para analisar o que acontece quando há uma diferença de percepção sobre o
estado em que a equipe se encontra. Hoje nos aprofundamos no Triângulo Dramático de Steve
Karpman . Você pode vir conosco?

O Triângulo Dramático de Karpman

O triângulo dramático de Steve Karpman

Em 1968, Steve Karmpan articulou um modelo psicológico e social no qual, analisando o

comportamento humano, identificou um círculo vicioso de comportamento pernicioso baseado
em três papéis: perseguidor, vítima e salvador; e isso nos faz ter relações disfuncionais com o meio
ambiente, com outras pessoas ou com nós mesmos.

Este triângulo modela como, ao nos colocarmos em um ou outro dos papéis, podemos incitar
outras pessoas a se colocarem nos outros papéis, porque não há salvador sem vítima, nem vítima
sem perseguidor ou carrasco.

O papel de salvador
Quando nos colocamos no papel de salvadores , geralmente devido à necessidade de criar
dependência, de nos sentirmos úteis e indispensáveis, agimos de forma a fomentar a dependência
e a falta de autonomia na vítima. Resolvemos os problemas da vítima, às vezes minimizando ou

https://mamaqueesscrum.com/2020/06/22/el-viaje-de-los-equipos-de-victima-a-responsable-iii-el-triangulo-dramatico-de-steve-karpman/ 2/9
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ignorando suas próprias necessidades, e vamos em socorro, mesmo quando não nos pediram,

“
chegando ao ponto de superproteger a vítima.

" Você não pode salvar alguém que não quer ser salvo " (Kane,
The 100)

"Você não pode salvar alguém que não quer ser salvo" (Kane, The 100)

O papel de perseguidor ou carrasco

No modo perseguidor ou carrasco , tentamos cuidar de nós mesmos, nos sentir protegidos e
seguros usando o poder em relação à vítima. Desta forma, culpamos os outros pelos
acontecimentos, procuramos estar certos, dominar os outros ou a própria situação, e assim nos

“
sentimos irrepreensíveis.

« Muitas vezes quem quer confortar, ser afetuoso, etc. ele é

realmente o mais feroz dos carrascos. Até no afeto é preciso ser
acima de tudo inteligente » (Antonio Gramsci)

https://mamaqueesscrum.com/2020/06/22/el-viaje-de-los-equipos-de-victima-a-responsable-iii-el-triangulo-dramatico-de-steve-karpman/ 3/9
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“Muitas vezes aquele que quer confortar, ser carinhoso, etc. ele é realmente o mais feroz dos carrascos.
Mesmo no afeto é preciso ser acima de tudo inteligente» (Antonio Gramsci)

O papel de vítima
No modo vítima , ao contrário, temos uma posição de inferioridade (por isso costuma ser
desenhada no vértice inferior na representação do triângulo). Buscamos ser cuidados, sentir pena,
nos sentirmos dependentes e desamparados, geralmente delegando a resolução de nossos
problemas. Portanto, reclamamos e manipulamos os outros. Como mencionamos anteriormente,
a vítima não existe por si mesma, ela precisa de um salvador e/ou de um perseguidor. Nesse
sentido, existem dois tipos de vítimas dependendo do papel com o qual nos relacionamos: vítimas

“
que atraem socorristas ou vítimas que atraem perseguidores.

« Mas o papel de vítima era atraente porque livre de

responsabilidades e angústias. O medo se transformou em
desânimo e resignação; O fracasso não gerou culpa, mas, em vez
disso, uma sensação reconfortante de autopiedade. » (Dean
Koontz)

https://mamaqueesscrum.com/2020/06/22/el-viaje-de-los-equipos-de-victima-a-responsable-iii-el-triangulo-dramatico-de-steve-karpman/ 4/9
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“Mas o papel de vítima era atraente porque me libertava da responsabilidade e da angústia. O medo se
transformou em desânimo e resignação; O fracasso não gerou culpa, mas sim uma sensação reconfortante
de autopiedade.» (Decano Kontz)

Usando o Triângulo Dramático de Karpman

Por mais exagerado que nos pareça, o triângulo dramático faz parte do nosso cotidiano. Vemos
isso continuamente em histórias e fábulas: Cinderela é vítima de abuso por parte de sua madrasta
e suas meias-irmãs que se sentem vítimas da perda de seu marido e pai. Por sua vez, ao fazer as
tarefas domésticas, Cinderela é a salvadora de sua família. A fada madrinha salva Cinderela para
que ela possa comparecer ao baile e assim ao se casar com o príncipe, Cinderela é salva de sua
situação familiar, tornando o príncipe um novo salvador. Em algumas das versões da história,
Cinderela, com a ajuda do príncipe, pune a madrasta e as meias-irmãs, tornando-se assim uma
carrasca ou perseguidora.

Entrar no Triângulo nos permite satisfazer algumas necessidades: sermos reconhecidos ou vistos,
obter a confirmação de quem somos e estímulo para a troca . Em nossa mente, reproduzimos
continuamente esse padrão em nosso diálogo interior: errei, serei desajeitado! (perseguidor); Eu
sempre faço tudo errado! (vítima); não se preocupe, foi uma tarefa muito difícil! (salvador);... Esse
jogo interno nos mantém dentro do triângulo dramático e nos impede de resolver o problema

“
subjacente.

« Toda violência é o resultado de pessoas que se iludem

acreditando que sua dor é causada por outras pessoas, pensando
assim que merecem ser punidas » (Marshall Rosenberg)
https://mamaqueesscrum.com/2020/06/22/el-viaje-de-los-equipos-de-victima-a-responsable-iii-el-triangulo-dramatico-de-steve-karpman/ 5/9
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“Toda violência é o resultado de pessoas que se iludem acreditando que sua dor é causada por outras
pessoas, pensando assim que merecem ser punidas” (Marshall Rosenberg)

O triângulo dramático no local de trabalho

Por sua vez, esses comportamentos podem ser encontrados no local de trabalho e nas equipes.
Uma equipe, por exemplo, pode se sentir abusada por um Product Owner ou Product Owner que
considera que não está suficientemente presente ou ainda não internalizou a mentalidade de
desenvolvimento ágil, e também pode procurar no Scrum Master um salvador. E este Scrum Master
pode aceitar esse papel de salvador e ao invés de acompanhar o time para se defender, pode gerar
dependência e resolver seus problemas. Em outra equipe, no entanto, a retrospectiva pode ser
usada para criticar, punir ou intimidar outros membros da equipe Scrum. Também encontramos
equipes que assumem muito mais carga e responsabilidade do que deveriam e carregam "o peso
do mundo" desnecessariamente,

Ok, eu detectei o triângulo dramático ou alguns de seus papéis na

equipe, agora o que eu faço?
Na minha opinião, o primeiro e mais importante dos passos é: estar ciente da situação e que você
já tem, então já tem muito a ganhar! O primeiro conselho que posso dar é explicar os papéis e o
triângulo de uma maneira divertida e deixar a equipe fazer sua mágica. Se eles não forem capazes
de detectar os próprios comportamentos, podemos ajudá-los com uma dramatização das
diferentes posições do triângulo dramático. Ou com alguns dos exercícios propostos na
bibliografia sobre o assunto, por exemplo aqui .

Em outra das equipes em que trabalhei, senti que não se responsabilizavam pelas situações e
soluções e criei uma estratégia usando o triângulo dramático. A ideia era que seria uma descoberta
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da própria equipe se ver nessa atitude de vítima e depois ir para uma atitude de responsabilidade.
Começamos revisando ações passadas e catalogando-as de diferentes maneiras: internas ou
externas, número de experimentos, número de ações sobre documentação, etc…

Então jogamos o triângulo dramático procurando quem é o salvador e o perseguidor ou carrasco

que está escondido em cada uma das ações.

Outras ferramentas para usar

Outro dia, Juan Antonio comentou em um encontro que usou um exercício chamado Salve o
Soldado Ryan . De forma voluntária, os membros da equipe podiam se registrar publicamente
como soldado, para que todos os dias seus companheiros lhe perguntassem como ele estava, se
poderiam ajudá-lo ou apenas sorriam gentilmente para ele.

Lembre-se: não é o mesmo ajudar do que salvar, ser assertivo do que perseguir; tem um problema
do que se vitimizar .

Tagged coach ágil , alto desempenho , coaching , coaching de equipe , coaching sistêmico , cultura ,
distinção , equipe , ferramentas , liderança , responsabilidade , vítima

Postado por Esther Estevez Contreras

Gosto de ajudar as pessoas, e meu lema pessoal desde o ensino
médio é “as pessoas vêm em primeiro lugar”, algo que é muito mais
fácil falar do que fazer, especialmente se você estiver no meio de
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