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Dez passos para desenvolver a sua inteligência emocional: Aprenda a gerir

emoções
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Fátima Rodrigues

Segundo Daniel Goleman, a Inteligência Emocional é fundamental à boa


prática da liderança. Um líder que conheça bem os seus pontos fortes e fracos
saberá por certo que é mais produtivo quando consegue gerir as suas emoções do
que quando
Se deixa levar por elas.
Goleman refere que os líderes eficazes têm em comum o facto de possuírem um
elevado grau de inteligência emocional (IE) e que esta desempenha um papel cada vez
mais importante nos escalões mais elevados das organizações, em detrimento das
competências técnicas.
A prática da liderança é feita com e através das pessoas. São elas que compõem as
organizações e quem o líder alcançará a visão e os resultados a que se propõe. Neste
sentido, a IE assume verdadeiramente um papel decisivo, uma vez que é através dela
que o líder consegue motivar, tornar-se inspirador e levar as pessoas consigo.
David McClelland, especialista americano em comportamento humano e
organizacional, descobriu que a IE caracteriza não só os líderes destacados como
também está ligada a um forte desempenho. Este afirma mesmo que “quando os gestores
seniores possuem uma massa crítica de competências de IE, os seus departamentos
ultrapassam os objetivos de rendimento anuais em 20%”, mas que, pelo contrário, “os
líderes de departamentos que não possuem essa massa crítica obtêm a mesma
percentagem abaixo dos objetivos”.

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Fátima Rodrigues é gestora do Portal da Liderança e editora de conteúdos da Leadership Business
Consulting, tendo sido coordenadora editorial da área de business do grupo Almedina e lecionado na
Congrégation Saint-Joseph de Cluny. Esteve ligada vários anos ao Conselho da Europa, onde exerceu
funções de formadora do GERFEC em relações interculturais e interreligiosas em contexto corporativo e
social. É fundadora e administradora geral projeto online de fomento à leitura Segredo dos Livros.
Disponível em: http://www.portaldalideranca.pt/arquivo/artigos-destaque/4-atitudes-que-comprovam-que-e-
realmente-um-pessimo-lider-e-segue-pelo-caminho-errado

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Eis 10 passos que o líder deverá percorrer para desenvolver a sua IE segundo
Michael Armstrong:

1. Reconheça que só você pode melhorar os resultados que alcança.


2. Conheça-se melhor através de uma autoavaliação formal. Obtenha resposta a
questões como:

Que aspetos do meu desempenho estão a correr bem?


Que aspetos do meu desempenho preciso de melhorar?
O que preciso fazer para melhorar as minhas competências de IE (interagindo com
outras pessoas)?

3. Com base neste pressuposto, use as quatro componentes da IE e as competências


que lhe estão associadas, e analise o seu próprio comportamento, bem como o
impacto deste nas outras pessoas. Obtenha respostas às seguintes questões:

Quais as minhas capacidades de autogestão?


Como está o meu autoconhecimento?
Como estão as minhas capacidades sociais?
Quão eficazes são as minhas competências sociais?

4. Peça feedback ao seu superior, aos seus colegas, subordinados e clientes. Procure
descobrir que impressão lhes transmite e em que sentido pensam que poderia
melhorar.
5. Foque-se nos aspetos do seu comportamento que, em primeiro lugar, pode melhorar
facilmente e, em segundo lugar, cuja possibilidade de mudar é bastante alta. Não
conte com resultados rápidos. Mudar comportamentos pode ser um processo a longo-
prazo.
6. Refira-se a aspetos específicos do comportamento e não a generalizações.
7. Se possível, procure a ajuda de um mentor, conselheiro ou treinador executivo (coach).
Estes últimos podem ser particularmente úteis se forem competentes.
8. Aproveite ao máximo os cursos de formação e desenvolvimento fornecidos pela
organização em áreas como a liderança, o trabalho em equipa, as competências
interpessoais e a Programação Neurolinguística (PNL).

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9. Use a imaginação e seja paciente. Não obterá necessariamente respostas fáceis à sua
procura de aperfeiçoamento. Não mudará hábitos comportamentais enraizados sem
uma abordagem bastante radical. Além disso, deve reconhecer que as coisas levarão
tempo.
10. Controle os progressos, analisando o seu próprio comportamento e o impacto que tiver
e obtendo mais feedback da parte dos outros. Sempre que necessário ajuste o seu
programa de desenvolvimento com base neste feedback.

O objetivo é que consiga destruir velhos hábitos enraizados que o estão a prejudicar e
criar novos. Encha-se de vontade, persistência e honestidade e dedique tempo e esforço
individual a conhecer-se e a criar novos hábitos que o tornarão um melhor e mais bem-
sucedido líder de pessoas.

Você sabe qual o seu nível de inteligência emocional? (vamos avaliá-lo:


http://www.portaldalideranca.pt/arquivo/inquerito/descubra-o-seu-nivel-de-inteligencia-
emocional).

Os “líderes existem para tornar eficazes os pontos fortes das pessoas e


irrelevantes as suas fraquezas”
(Frances Hesselbein).

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