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06/11/2022

Função Pessoal - Legislação Laboral


(cód.0674)
David Silva
Novembro 2022
Projeto : POISE-01-3524-FSE-003261

AC-101/00

Objetivos

• Aplicar a legislação laboral na área da contratação


geral do trabalho;
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Conteúdos
• Função pessoal:
• Conceito e Objetivos;
• Tarefas;
• Interação entre pessoal e organização;
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• Direito do trabalho:
• Conceito e princípios gerais;
• Direitos e deveres das partes;

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Conteúdos
• Contrato de Trabalho:
• Elementos essenciais a um contrato;
• Formas de cessação;
• Condições de celebração e de caducidade do contrato
de trabalho a termo;
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• Duração e organização do tempo de trabalho: férias e


faltas;
• Vicissitudes contratuais;

Programa
• Função pessoal:
• Conceito e Objetivos;
• Tarefas;
• Interação entre pessoal e organização;
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• Direito do trabalho:
• Conceito e princípios gerais;
• Direitos e deveres das partes;

Programa
• Contrato de Trabalho:
• Elementos essenciais a um contrato;
• Contrato de Trabalho vs Prestação de Serviços;
• Regulamento Interno, dever de informação e forma do
contrato de trabalho;
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Programa
• Contrato de Trabalho:
• Duração e organização do tempo de trabalho:
• Noções e princípios gerais sobre a duração e organização do
tempo de trabalho;
• Limites da duração do trabalho;
• Horário de trabalho;
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• Isenção de Horário de Trabalho;


• Trabalho por turnos;
• Trabalho noturno / suplementar;
• Feriados / Férias e Faltas;

Programa

• Contrato de Trabalho:
• Formas de cessação;
• Vicissitudes contratuais;
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• Condições de celebração e de caducidade do


contrato de trabalho a termo;

Função Pessoal
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A Gestão de Recursos
Humanos
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A Gestão de Recursos
Humanos

“A única forma de alcançar a energia plena é


mediante a soma de todos os outros”.
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Francisco Muro

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A Gestão de Recursos
Humanos
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A Gestão de Recursos
Humanos

“Muitos líderes ignoram o poder que pressupõe contar


com toda a equipa que têm…”.
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Francisco Muro

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A Gestão de Recursos
Humanos
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A Gestão de Recursos
Humanos
“Na gestão de recursos humanos, além das questões
contratuais e de direitos de trabalho, há que ter em
conta a formação, certificação e requalificação de
profissionais. A qualificação dos recursos humanos é
um dos maiores garantes de sucesso do negócio. É
igualmente importante manter os trabalhadores
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motivados, com a formação mais atualizada e


orientada possível para as necessidades”.

Portal da Empresa

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A Gestão de Recursos
Humanos
A função RH procura encontrar o seu espaço nas
organizações, já não como executante e “policia de
costumes”, mas como parceira dos seus Clientes
Internos, com áreas de especialização valorizadas e
relevantes e, simultaneamente, como garante dos
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valores e princípios de atuação da Empresa e da sua


aplicação equitativa interna.

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A Gestão de Recursos
Humanos
O seu papel atual é ajudar a
organização a desenvolver as
competências necessárias para
responder com sucesso ao
mercado, deve-se focar nos
resultados e não nas atividades
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tradicionais, procurar a
excelência organizacional.

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Fontes do Direito do Trabalho


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Fontes
• As fontes do DT são os modos de produção ou
revelação de normas jurídicas;

• São instrumentos através dos quais surgem


normas do Direito Laboral;
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• As fontes podem ser muito diversificadas,


podendo ser internacionais ou internas;

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Fontes

• A Constituição é a lei fundamental que regula os


direitos e garantias dos cidadãos e define a
organização política de um Estado.

• É, assim, a estrutura jurídica basilar de um


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determinado país.

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Fontes

• Artigo 53º da Constituição da República


Portuguesa – Segurança no emprego:
• É garantida aos trabalhadores a segurança no
emprego, sendo proibidos os despedimentos sem
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justa causa ou por motivos políticos ou ideológicos.

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Fontes
• Artigo 54º da Constituição da República
Portuguesa – Comissões de trabalhadores:

• É direito dos trabalhadores criarem comissões de


trabalhadores para defesa dos seus interesses e
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intervenção democrática na vida da empresa.

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Fontes
• Artigo 55º da Constituição da República
Portuguesa – Liberdade Sindical:

• É reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical,


condição e garantia da construção da sua unidade
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para dos seus direitos e interesses.

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Fontes

• Fontes Internacionais;

• Fontes Internas;
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• Hierarquia das Fontes;

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Fontes Internacionais

• São normas que resultam das relações


estabelecidas entre Estados:

• Convenções Internacionais Gerais: instrumentos


convencionais imanados pela ordem internacional e que
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regula o DT (exemplo: Carta Social Europeia)

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Fontes Internacionais

• Convenções Organização Internacional do


Trabalho:
• Promover a segurança dos trabalhadores;
• Representantes dos governos;
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• Representantes dos trabalhadores;


• Representantes dos empregadores;

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Fontes Internacionais

• Fontes Comunitárias:

• Criadas pela União Europeia, surgindo através dos


órgãos competentes da mesma;
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Fontes Internas
• São normas que resultam do ordenamento do
próprio Estado Português:

• Normas Legais de Regulamentação do Trabalho


• Lei; Decreto-Lei; Portaria;
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• Instrumentos de Regulamentação Coletiva;

• Usos Laborais (são práticas habituais ou tradicionais


que não necessitam de ser regulamentadas);

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Hierarquia das Fontes


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Código do Trabalho
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O que são as
Associações
Empresariais?
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Contratação Coletiva

Os empregadores têm o direito de constituir associações


para defesa e promoção dos seus interesses
empresariais.

No exercício do direito de associação, é garantida aos


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empregadores, sem qualquer discriminação, a liberdade


de inscrição em associação de empregadores que, na
área da sua atividade, os possa representar.

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Contratação Coletiva

As associações de empregadores abrangem federações,


uniões e confederações.
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Quais são os
principais direitos das
Associações de
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Empregadores?

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Contratação Coletiva
Celebrar convenções coletivas de trabalho:

• Prestar serviços aos seus associados;

• Participar na elaboração de legislação do trabalho;


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• Iniciar e intervir em processos judiciais e em


procedimentos administrativos quanto a interesses
dos seus associados, nos termos da lei;

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Contratação Coletiva
Celebrar convenções coletivas de trabalho:

• Estabelecer relações ou filiar-se em organizações


internacionais de empregadores;

As associações de empregadores não podem


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dedicar-se à produção ou comercialização de bens


ou serviços ou de qualquer modo intervir no
mercado, salvo se for para prestar serviços aos seus
associados.

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Quais são as
estruturas de
representação
coletiva dos
trabalhadores e
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seus objetivos?

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Contratação Coletiva
Os trabalhadores podem ser coletivamente representados
por:

• Associações Sindicais;

• Comissão de trabalhadores e Subcomissões de


trabalhadores;
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• Representante dos trabalhadores para a segurança e


saúde no trabalho;

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Contratação Coletiva
Os trabalhadores podem ser coletivamente representados
por:
• Outras estruturas previstas em lei específica,
designadamente conselhos de empresa europeus;
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O objetivo das estruturas de representação coletiva dos


trabalhadores é organizar e prosseguir coletivamente a
defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.

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Os trabalhadores
podem constituir
Associações
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Sindicais?

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Contratação Coletiva

Sim.

Os trabalhadores têm o direito de constituir associações


sindicais a todos os níveis para defesa e promoção dos seus
interesses socioprofissionais.
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As associações sindicais abrangem sindicatos, federações,


uniões e confederações.

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Quais são os
principais direitos das
Associações
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Sindicais?

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Contratação Coletiva
• Celebrar convenções coletivas de trabalho;

• Prestar serviços de carácter económico e social aos


seus associados;

• Participar na elaboração da legislação do trabalho;


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• Iniciar e intervir em processos judiciais e em


procedimentos administrativos quanto a interesses
dos seus associados, nos termos da lei;

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Contratação Coletiva
• Participar nos processos de reestruturação da
empresa, especialmente no respeitante a ações de
formação ou quando ocorra alteração das condições
de trabalho;

• Estabelecer relações ou filiar-se em organizações


sindicais internacionais;
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• Participar nos processos de restruturação da empresa.

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O trabalhador tem
liberdade de escolha
do sindicato?
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Contratação Coletiva
Sim.
É garantido aos trabalhadores, sem qualquer discriminação, a
liberdade de inscrição em sindicato que, na área da sua
atividade, represente a categoria respetiva.
O trabalhador não pode estar simultaneamente filiado a
título da mesma profissão ou atividade em sindicatos
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diferentes.
O trabalhador pode retirar-se a todo o tempo do sindicato
em que esteja filiado, mediante comunicação escrita enviada
com a antecedência mínima de 30 dias.

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Qualquer trabalhador
tem o direito de
participar na
constituição de
estruturas
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representativas dos
trabalhadores?

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Contratação Coletiva

Sim.
Qualquer trabalhador da empresa, independentemente da
idade ou função, tem o direito de participar na constituição
das estruturas de representação coletiva de trabalhadores
previstas na lei, na aprovação dos respetivos estatutos, bem
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como o direito de eleger e ser eleito.

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Na empresa, como
podem os
trabalhadores
organizar para
defender os seus
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direitos e promover
os seus interesses?

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Contratação Coletiva

Em cada empresa, os trabalhadores podem criar comissões


de trabalhadores para defesa dos seus interesses e para o
exercício dos direitos previstos na lei.
Nas empresas com estabelecimentos dispersos
geograficamente, os respetivos trabalhadores podem
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constituir subcomissões de trabalhadores. Podem ainda criar


comissões coordenadoras.

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O que são
instrumentos de
regulamentação
coletiva de trabalho?
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Contratação Coletiva

São, uma fonte específica do direito do trabalho,


contendo normas que regulam as relações laborais.

Os IRCT podem ser negociais ou não negociais,


consoante resultem, ou não, de um processo de
negociação.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 1 e 2º, n.º1, 2 e 4, do CT.

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Contratação Coletiva

Contrato Colectivo

Convenção Colectiva Acordo Colectivo

Negociais Acordo de Adesão Acordo de empresa

Instrumentos Desição Arbitragem Voluntária


Regulamentação
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Colectiva Trabalho
Portaria de Extensão

Não Negociais Portaria Condições Trabalho

Decisão Arbitragem Obrigatória

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O que é uma
convenção
coletiva de
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trabalho?

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Contratação Coletiva

É um acordo celebrado entre associações de


empregadores ou empregadores e associações
sindicais, que estabelece as condições de trabalho
aplicáveis a determinadas relações laborais.
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Consoante a entidade celebrante do lado do


empregador, as convenções coletivas podem ser:

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Contratação Coletiva

• Contrato Coletivo (CCT):

Convenção celebrada entre uma ou várias associações


sindicais e uma ou várias associações de empregadores;

Exemplo: CCT celebrado entre a Associação Portuguesa de


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Seguradores (do lado dos empregadores) e o Sindicato dos


Trabalhadores da Atividade Seguradora e o Sindicato dos
Profissionais dos Seguros de Portugal (estes do lado dos
trabalhadores);

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Contratação Coletiva

• Acordo Coletivo (AC):

Convenção celebrada entre uma ou várias


associações sindicais e uma pluralidade de
empregadores para diferentes empresas;
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Contratação Coletiva
• Acordo de Empresa:

Convenção celebrada entre uma ou várias associações


sindicais e um empregador para uma empresa ou
estabelecimento;
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Exemplo: AE celebrado entre a TAP – Transportes Aéreos


Portugueses, SA e o SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil;

Disposições legais aplicáveis: art.º 2º, n.º3, do CT.

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A quem se
aplicam as
convenções
coletivas de
trabalho?
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Contratação Coletiva

• Aplicação por via do princípio da filiação:

No caso de CCT:
Aos empregadores que sejam membros das associações
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patronais outorgantes e aos trabalhadores ao seu serviço que


estejam filiados nas associações sindicais signatárias;

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Contratação Coletiva

• Aplicação por via do princípio da filiação:

No caso de AC e de AE:
Aos empregadores que celebraram diretamente e aos
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trabalhadores ao seu serviço que estejam filiados nas


associações sindicais signatárias;

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Contratação Coletiva

• Aplicação por via do princípio da filiação:

A convenção coletiva aplica-se, ainda, aos empregadores e


trabalhadores que, ainda, que inicialmente não estivessem
filiados em nenhuma das associações patronais ou sindicais
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outorgantes, o venham a fazer no período em que a


convenção se encontra em vigor.

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Contratação Coletiva

• Aplicação por via do acordo de adesão:

Qualquer associações sindical, associação de empregadores


ou empregador que não seja subscritor da convenção
coletiva, pode aderir à mesma através de acordo de adesão.
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Assim, as normas da convenção passam a ser aplicáveis aos


trabalhadores ou aos empregadores filiados na associação
aderente ou ao empregador aderente.

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Contratação Coletiva

• Aplicação por via da extensão:

Existe a possibilidade de uma convenção coletiva ser objeto


de portaria de extensão (PE), por via da qual a convenção
passa a ser aplicada a trabalhadores e empregadores não
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filiados nas associações que a celebraram, desde que estejam


integrados no mesmo setor de atividade e profissional.

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Contratação Coletiva

• Aplicação por via da extensão:

Ao estender as condições de trabalho previstas numa convenção


coletiva a outras empresas e trabalhadores do mesmo setor de
atividade, as PE visam uniformizar as condições mínimas de
trabalho e aproximar as condições entre empresas do setor em
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causa.
O âmbito da extensão é expressamente determinado em cada
portaria, cuja emissão compete ao ministro responsável pela área
laboral.

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Contratação Coletiva
• Aplicação por via da escolha do trabalhador não
sindicalizado:

Se no âmbito de uma empresa forem aplicáveis uma ou mais


convenções coletivas ou decisões arbitrais, o trabalhador não
sindicalizado pode escolher qual dos referidos instrumentos lhe
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passa a ser aplicável, desde que o mesmo se integre no âmbito do


setor de atividade, profissionais e geográfico do instrumento
escolhido.
Disposições legais aplicáveis: art.º 496º, 504, 514 a 516, 497 e 492, n.º4, do CT.

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O que são
decisões arbitrais?
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Contratação Coletiva

São decisões proferidas por uma entidade


independente (tribunal arbitral), em situações em
que as partes (associações de empregadores /
empregadores e associações sindicais) não se
entendem, nomeadamente quanto à celebração ou
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revisão de uma convenção coletiva.


Disposições legais aplicáveis: art.º 505º a 513º do CT.

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O que são
portarias de
condições de
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trabalho (PCT)?

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Contratação Coletiva

São atos administrativos, da competência do


ministro responsável pela área laboral e do ministro
responsável pelo setor de atividade, que
estabelecem regras aplicáveis às relações de
trabalho (contrariamente às portarias de extensão,
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que apenas alargam o âmbito de uma convenção já


existente).

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Contratação Coletiva

As PCT só podem ser emitidas por falta de IRCT


negocial, desde que circunstancias económicas e
sociais o justifiquem e não exista associação sindical
ou de empregadores, nem seja possível a portaria de
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extensão.

Disposições legais aplicáveis: art.º 517 e 518 do CT.

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Os IRCT são
objeto de
publicação?
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Contratação Coletiva

• São publicados no Boletim do Trabalho e Emprego,


1ª série, que está disponível on-line, no site
(http://bte.gep.msess.gov.pt)
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• ACT, no separador legislação e contratação


coletiva (http://www.act.gov.pt)

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Contratação Coletiva

• As portarias de extensão e as portarias de


condições de trabalho são também publicadas em
Diário da Republica, sendo que só entram em vigor
após esta publicação.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 519º, n.º1 e 2, do CT.

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As normas do
Código do
Trabalho podem
ser afastadas por
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IRCT?

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Contratação Coletiva

• Sim. Desde que das próprias normas legais não resulte


o contrário, estas podem ser afastadas por IRCT, tanto
em sentido mais favorável como em sentido menos
favorável ao trabalhador.
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• No entanto, há um núcleo de matérias que apenas


pode ser regulado por IRCT em sentido mais favorável
ao trabalhador:

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Contratação Coletiva

• Direitos de personalidade, igualdade e não


discriminação;

• Proteção na parentalidade;

• Trabalho de menores;
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• Trabalhador com capacidade de trabalho reduzida,


deficiência ou doença crónica;

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Contratação Coletiva

• Trabalhador-estudante;

• Dever de informação do empregador;

• Limites à duração dos períodos normais de trabalho


diário e semanal;
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• Duração mínima dos períodos de repouso, incluindo a


duração mínima do período anual de férias;

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Contratação Coletiva

• Duração máxima do trabalho dos trabalhadores


noturnos;

• Forma de cumprimento e garantias da retribuição,


bem como pagamento de trabalho suplementar;
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• Capitulo sobre a prevenção e reparação de acidentes


de trabalho e doenças profissionais e legislação que o
regulamenta;

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Contratação Coletiva

• Transmissão de empresa ou estabelecimento;

• Direitos dos representantes eleitos dos


trabalhadores;
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Disposições legais aplicáveis: art.º 3º, n.º1 a 3, do CT.

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Código do Trabalho
• Lei n.º 7/2009, de 12/02, (que aprova
a revisão do CT);

• Lei n.º105/2009, de 14/09


(regulamenta e altera o CT);

• Lei n.º53/2011, de 14/10 (procede à


2ª alteração ao CT);
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• Lei n.º23/2012, de 25/06 (procede à


3ª alteração ao CT);

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Código do Trabalho
• Lei n.º47/2012, de 29/08 (procede à
4ª alteração ao CT);

• Lei n.º 69/2013, de 30/08 (procede à


5ª alteração ao CT);

• Lei n.º 27/2014, de 8/05 (procede à


6ª alteração ao CT);
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• Lei n.º 55/2014, de 25/08 (procede à


7ª alteração ao CT);

82

Código do Trabalho
• Lei n.º 28/2015, de 14/04 (procede à
8ª alteração ao CT);

• Lei n.º 120/2015, de 1/09 (procede à


9ª alteração ao CT);

• Lei n.º 8/2016, de 1/04 (procede à


10ª alteração ao CT);
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• Lei n.º 28/2016, de 23/08 (procede à


11ª alteração ao CT);

• Lei n.º 73/2017, de 16/08 (procede à


12ª alteração ao CT);

83

Código do Trabalho
• Lei n.º 14/2018, de 19/03 (procede à
13ª alteração ao CT);
• Lei n.º 90/2019, de 4/09 (procede à
14ª alteração ao CT);
• Lei n.º 93/2019, de 4/09 (procede à
15ª alteração ao CT);
• Lei n.º 83/2021, de 6/12 (procede
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alteração regime teletrabalho);


• Lei n.º 1/2022, de 3/01 (alarga
período faltas falecimento
descendente);

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Qual é o objeto do
Direito do Trabalho?
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Objeto do Direito do
Trabalho

• O Direito do Trabalho é um conjunto de normas


que tem como objetivo regular o trabalho
humano.

• Esse trabalho deve ser:


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• Livre;
• Realizado em proveito alheio; (Remunerado)
• Subordinado; (Regras; horários; normas a cumprir)

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Quais são as
funções do Direito
do Trabalho?
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Funções do Direito do
Trabalho

• Compensar a debilidade contratual do trabalhador;

• Defende o trabalhador limitando a autonomia


privada (de forma a não existir abusos);
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• O empregador é sujeito a regras e controlo pelo


DT;

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Funções do Direito do
Trabalho
• Transferir as negociações das clausulas do contrato de
trabalho do plano individual para o plano coletivo
(negociações por exemplo, entre sindicatos e
entidades patronais);

• Padronizar as condições de uso da força de trabalho:


• direito a férias;
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• subsídios;
• faltas;
• vencimento;

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Quais são os direitos,


deveres e garantias
das partes?
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Direitos, deveres e garantias


das partes

• O empregador e o trabalhador devem proceder de boa fé


no exercício dos seus direitos e no cumprimento das
respetivas obrigações.

• Na execução do contrato de trabalho, as partes devem


colaborar na obtenção da maior produtividade, bem como
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na promoção humana, profissional e social do trabalhador.

Disposições legais aplicáveis: artigo 126º, n.º 1 e 2 do CT.

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Quais são os
deveres do
empregador?
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Direitos, deveres e garantias


das partes
• Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e probidade,
afastando quaisquer atos que possam afetar a dignidade do
trabalhador, que sejam discriminatórios, lesivos, intimidatórios,
hostis ou humilhantes para o trabalhador, nomeadamente
assédio;
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• Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e


adequada ao trabalho;

• Proporcionar boas condições de trabalho, do ponto de vista


físico e moral;

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Direitos, deveres e garantias


das partes
• Contribuir para a elevação da produtividade e empregabilidade
do trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação
profissional adequada a desenvolver a sua qualificação;

• Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça


atividade cuja regulamentação ou deontologia profissional a
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exija;

• Possibilitar o exercício de cargos em estruturas representativas


dos trabalhadores;

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Direitos, deveres e garantias


das partes

• Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a


proteção da segurança e saúde do trabalhador, devendo
indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de trabalho;
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• Adotar, no que se refere a segurança e saúde no trabalho, as


medidas que decorram de lei ou IRCT;

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Direitos, deveres e garantias


das partes
• Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à
prevenção de riscos de acidente ou doença;

• Manter atualizado, em cada estabelecimento, o registo dos


trabalhadores com indicação de nome, datas de nascimento e
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admissão, modalidade de contrato, categoria, promoções,


retribuições, datas de início e termo das férias e faltas que
impliquem perda da retribuição ou diminuição de dias de férias.

96

32
06/11/2022

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Adotar códigos de boa conduta para a prevenção e
combate ao assédio no trabalho, sempre que a empresa
tenha sete ou mais trabalhadores;

• Instaurar procedimento disciplinar sempre que tiver


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conhecimento de alegadas situações de assédio no


trabalho.

97

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Na organização da atividade, o empregador deve observar o
princípio geral da adaptação do trabalho à pessoa, com vista
nomeadamente a atenuar o trabalho monótono ou cadenciado
em função do tipo de atividade, e as exigências em matéria de
segurança e saúde, designadamente no que se refere a pausas
durante o tempo de trabalho.
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• O empregador deve proporcionar ao trabalhador condições de


trabalho que favoreçam a conciliação da atividade profissional
com a vida familiar e pessoal.

98

Direitos, deveres e garantias


das partes
• O empregador deve afixar nas instalações da empresa toda a
informação sobre a legislação referente ao direito de
parentalidade ou, se for elaborado regulamento interno a que
alude o artigo 99.º, consagrar no mesmo toda essa legislação.

• O empregador deve comunicar ao serviço com competência


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inspetiva do ministério responsável pela área laboral a adesão ao


fundo de compensação do trabalho ou a mecanismo equivalente,
previstos em legislação específica.
Disposições legais aplicáveis: artigo 127º, n.º 1, 2, 3, 4 e 6 do CT.

99

33
06/11/2022

Quais são os
deveres do
trabalhador?
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100

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Respeitar e tratar o empregador, os superiores
hierárquicos, os companheiros de trabalho e as pessoas que
se relacionem com a empresa, com urbanidade e
probidade;
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• Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;

• Realizar o trabalho com zelo e diligência;

101

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Participar de modo diligente em ações de formação
profissional que lhe sejam proporcionadas pelo
empregador;

• Cumprir as ordens e instruções do empregador


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respeitantes a execução ou disciplina do trabalho, bem


como a segurança e saúde no trabalho, que não sejam
contrárias aos seus direitos ou garantias;

102

34
06/11/2022

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não
negociando por conta própria ou alheia em concorrência
com ele, nem divulgando informações referentes à sua
organização, métodos de produção ou negócios;
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• Velar pela conservação e boa utilização de bens


relacionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo
empregador;

103

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Promover ou executar os atos tendentes à melhoria da
produtividade da empresa;

• Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho,


nomeadamente por intermédio dos representantes dos
trabalhadores eleitos para esse fim;
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• Cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que


decorram de lei IRCT.

Disposições legais aplicáveis: artigo 128º, n.º 1 do CT.

104

Quais são as
garantias do
trabalhador?
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105

35
06/11/2022

Direitos, deveres e garantias


das partes

• Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os


seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outra
sanção, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse
exercício;
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• Obstar injustificadamente à prestação efetiva de trabalho;

106

Direitos, deveres e garantias


das partes

• Exercer pressão sobre o trabalhador para que atue no


sentido de influir desfavoravelmente nas condições de
trabalho dele ou dos companheiros;
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• Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos no Código


ou em IRCT;

107

Direitos, deveres e garantias


das partes

• Mudar o trabalhador para categoria inferior, salvo nos casos


previstos no Código;

• Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo


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nos casos previstos no Código ou em IRCT, ou ainda quando


haja acordo;

108

36
06/11/2022

Direitos, deveres e garantias


das partes

• Ceder trabalhador para utilização de terceiro, salvo nos


casos previstos no Código ou em IRCT;

• Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a ele


próprio ou a pessoa por ele indicada;
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109

Direitos, deveres e garantias


das partes
• Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, economato
ou outro estabelecimento diretamente relacionado com o
trabalho, para fornecimento de bens ou prestação de
serviços aos seus trabalhadores;

• Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo


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com o seu acordo, com o propósito de o prejudicar em


direito ou garantia decorrente da antiguidade;

Disposições legais aplicáveis: artigo 129º do CT.

110

O que é um contrato
de trabalho?
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111

37
06/11/2022

Noção de Contrato de
Trabalho

Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa


singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua
atividade a outra ou outras, no âmbito de organização e
sob a autoridade destas.
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Artigo n.º11 do CT

112

Qual a diferença entre


um contrato de
trabalho e um
contrato de prestação
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de serviços?

113

Contrato Trabalho

Um contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se


obriga, mediante retribuição, a prestar a sua atividade a
outra(s), no âmbito da sua organização e sob a sua
autoridade (sob ordens, diretivas e instruções).

Num contrato de prestação de serviços o prestador obriga-se


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á realização de um serviço (obtenção de um determinado


resultado), que efetuará por si, com autonomia, isto é, sem
subordinação à direção da outra parte.

114

38
06/11/2022

Contrato Trabalho

O Código do Trabalho veio determinar que se presume a existência


de um contrato quando, na relação entre a pessoa que presta uma
atividade - o prestador - e outra(s) que dela beneficia(m) – o(s)
beneficiário(s) - , se verifiquem algumas das seguintes
caraterísticas:
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- A atividade seja realizada em local pertencente ao seu


beneficiário ou por ele determinado;

- Os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados


pertençam ao beneficiário da atividade;

115

Contrato Trabalho

- O prestador da atividade observe horas de inicio e de termo


da prestação determinadas pelo beneficiário da atividade,
isto é, cumpra um horário fixado por este;

- Seja paga ao prestador da atividade, periodicamente, uma


quantia certa, como contrapartida da atividade prestada;
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- O prestador da atividade desempenhe funções de direção


ou chefia na estrutura orgânica da empresa;

116

Contrato Trabalho

Esta presunção permite ao prestador demonstrar/comprovar mais


facilmente a existência de uma relação de trabalho, para que lhe
sejam aplicadas as condições previstas na legislação de trabalho.

Assim, basta que o prestador da atividade prove que se verificam


pelo menos duas das caraterísticas descritas para que se presuma
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que há um contrato de trabalho, cabendo ao beneficiário dessa


mesma atividade provar o contrário.

Disposições legais aplicáveis: art.º 11 e 12 do CT

117

39
06/11/2022

Um trabalhador a
recibos verdes tem
direito às condições
de trabalho definidas
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no Código do
Trabalho?

118

Contrato Trabalho

Não. As regras previstas no CT apenas são aplicáveis aos


trabalhadores por conta de outrem (àqueles que estão
vinculados por um contrato de trabalho.

Assim, “um trabalhador a recibos verdes” não tem direito,


por exemplo ao gozo de férias remuneradas, ao pagamento
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de subsídio de férias e de natal ou a que lhe seja


proporcionada formação profissional.

119

O empregador pode
elaborar um
regulamento interno
de empresa?
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120

40
06/11/2022

Regulamento Interno

Sim, pode elaborar um regulamento interno que contenha normas sobre


organização e disciplina do trabalho (por exemplo, regras sobre o uso de
fardamento, a circulação nas instalações ou a manutenção/limpeza de
máquinas).

Apesar de estas regras, que se enquadram no poder de organização e


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direção do empregador, não carecerem de aceitação dos trabalhadores, o


empregador deve, na fase de elaboração do regulamento, ouvir a
comissão de trabalhadores ou, na sua falta, as comissões intersindicais, as
comissões sindicais ou os delegados sindicais.

121

Regulamento Interno

O regulamento apenas produz efeitos após a publicitação do


respetivo conteúdo, designadamente através da sua afixação
na sede da empresa e nos locais de trabalho, de modo a
possibilitar o seu pleno conhecimento, a todo o tempo, pelos
trabalhadores.
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Se for elaborado regulamento interno, o empregador deve


nele consagrar toda a informação sobre a legislação
referente ao direito de parentalidade.

122

Regulamento Interno

O regulamento interno pode, ainda, conter normas que


definem condições de trabalho (por exemplo, disposições
relativas às funções a desempenhar, ao período normal de
trabalho, à progressão na carreira e às remunerações).
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123

41
06/11/2022

Regulamento Interno

Por se tratar de disposições que respeitam ao conteúdo do


contrato de trabalho, estas pressupõe necessariamente o
acordo do trabalhador. Presume-se o acordo, aceitação ou
adesão do trabalhador se este não se opuser, por escrito, no
prazo de 21 dias a contar do inicio da execução do contrato
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ou da divulgação do regulamento, se esta for posterior à


admissão do trabalhador.

Disposições legais aplicáveis: art.º 99.º n.º 1 a 3, e 104º do CT.

124

O regulamento
interno tem de ser
enviado à ACT?
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125

Regulamento Interno

Não.

A partir de 01 de agosto de 2012, data da entrada


em vigor da Lei n.º 23/2012, de 25 de junho, tal envio
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deixou de ser obrigatório.

126

42
06/11/2022

Que informação
deve ser prestada ao
trabalhador no início
da relação de
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trabalho?

127

Dever de informação
O empregador deve prestar ao trabalhador as
seguintes informações:

• A respetiva identificação, nomeadamente, tratando-se de


sociedade, a existência de uma coligação societária, de
participações recíprocas, de domínio ou de grupo, bem
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como a sede ou o domicílio;

128

Dever de informação

• O local de trabalho ou, não havendo um fixo ou


predominante, a indicação de que o trabalho é prestado em
várias localizações;

• A categoria do trabalhador ou a descrição sumária das


funções correspondentes;
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• A data de celebração do contrato e a do início dos seus


efeitos;

129

43
06/11/2022

Dever de informação
• A duração previsível do contrato, se este for celebrado a
termo;

• A duração das férias ou o critério para a sua determinação;

• Os prazos de aviso prévio a observar pelo empregador e


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pelo trabalhador para a cessação do contrato, ou os


critérios para a sua determinação;

130

Dever de informação

• O valor e a periodicidade da retribuição;

• O período normal de trabalho diário e semanal,


especificando os casos em que é definido em termos
médios;
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• O número da apólice de seguro de acidentes de trabalho e a


identificação da entidade seguradora;

131

Dever de informação

• O instrumento de regulamentação coletiva de trabalho


aplicável, se houver;

• A identificação do Fundo Compensação Trabalho (FCT) ou


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Mecanismo Equivalente (ME), bem como do Fundo


Garantia Compensação Trabalho (FGCT), previstos na Lei
n.º69/2013, de 30 de Agosto;

132

44
06/11/2022

Dever de informação
A informação relativa às férias, aos prazos de aviso
prévio para cessação do contrato, à retribuição e ao
Período Normal de Trabalho pode ser feita através
de remissão para disposição da lei, de IRCT ou de
regulamento interno aplicável.
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Disposições legais aplicáveis: artigo 106º, n.º 1, 3 e 4 do CT.

133

Dever de informação
A referida informação tem de ser prestada por escrito,
através de documento(s) assinado(s) pelo empregador, nos
60 dias seguintes ao inicio da execução do contrato ou, se
este cessar antes deste prazo, até ao respetivo termo.

O dever de informação considera-se cumprido quando os


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elementos referidos constem de contrato de trabalho escrito


ou de contrato-promessa de contrato de trabalho.

Disposições legais aplicáveis: artigo 106º, n.º 1, 3 e 4 do CT.

134

O que se entende por


Tempo de Trabalho?
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135

45
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Considera-se tempo de trabalho qualquer período durante o


qual o trabalhador exerce a atividade ou permanece adstrito
à realização da prestação.
Consideram-se ainda tempo de trabalho algumas situações
de inatividade do trabalhador:
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- A interrupção de trabalho qualificada como tempo de


trabalho por IRCT, por regulamento interno da empresa ou
resultante de uso da empresa;

136

Tempo de Trabalho

- A interrupção ocasional do período de trabalho diário inerente à


satisfação de necessidades inadiáveis do trabalhador ou
resultante do consentimento do empregador;
- A interrupção de trabalho por motivos técnicos, nomeadamente
limpeza, manutenção ou afinação de equipamento, mudança de
programa de produção, carga ou descarga de mercadorias, falta
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de matéria-prima ou energia, ou por facto climatérico que afete


a atividade da empresa, ou por motivos económicos,
designadamente quebra de encomendas;

137

Tempo de Trabalho

- O intervalo para refeição em que o trabalhador tenha de


permanecer no espaço habitual de trabalho ou próximo dele,
para poder ser chamado a prestar trabalho normal em caso de
necessidade;

- A interrupção ou pausa no período de trabalho imposta por


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normas de segurança e saúde no trabalho;

Disposições legais aplicáveis: art.º 197, n.º1 e 2, do CT e artigo n.º5 da Lei n.º
7/2009 de 12/02.

138

46
06/11/2022

Qual é a diferença
entre período normal
de trabalho e horário
de trabalho?
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139

Tempo de Trabalho

O Período Normal de Trabalho (PNT) é o número


de horas que o trabalhador se obriga a prestar, por
dia (PNT diário) e por semana (PNT semanal).

O Horário de Trabalho é a determinação das horas


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de início e termo do PNT diário e do intervalo de


descanso, bem como do descanso semanal.
Disposições legais aplicáveis: art.º 198º e 200º do CT.

140

O que é o período de
funcionamento?
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141

47
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Entende-se por período de funcionamento o período de


tempo diário durante o qual o estabelecimento pode
exercer a sua atividade.
O período de funcionamento de um estabelecimento de
venda ao público chama-se “período de abertura” e o
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período de funcionamento de um estabelecimento


industrial denomina-se “período de laboração”
Disposições legais aplicáveis: art.º 201º do CT.

142

Quais são os limites


máximos do período
normal de trabalho?
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143

Tempo de Trabalho

Regra: o PNT não pode exceder 8 horas por dia e 40 horas


por semana.
Exceções:
1 – Por IRCT permite-se:
- A redução dos limites máximos do PNT (8horas/dia e
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40horas/semana, desde que daí não resulte diminuição da


retribuição;
Disposições legais aplicáveis: art.º 201º do CT.

144

48
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Exceções:

1 – Por IRCT permite-se:

- O aumento dos limites máximos do PNT:


- Em relação a trabalhador que preste serviço em entidade sem fim
lucrativo ou estreitamente ligada ao interesse público, desde que a
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sujeição do PNT aos limites máximos seja incomportável;


- Em relação a trabalhador cujo trabalho seja acentuadamente
intermitente ou de simples presença (exemplo: vigilante)

145

Tempo de Trabalho

Exceções:
2 – O PNT diário de trabalhador que preste exclusivamente
trabalho nos dias de descanso semanal da generalidade dos
trabalhadores da empresa ou estabelecimento pode ser
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aumentado até 4 horas diárias, sem prejuízo do disposto em


IRCT;

146

Tempo de Trabalho

Exceções:
3 – Há tolerância de 15 minutos para que o trabalhador possa
terminar transações, operações ou outras tarefas já iniciadas mas
não acabadas na hora estabelecida para o termo do PNT diário.
Esta tolerância tem caráter excecional e não é considerada
trabalho suplementar. O acréscimo de trabalho prestado deve ser
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pago quando perfizer 4 horas ou no termo do ano civil, por base o


valor da retribuição horária.

Disposições legais aplicáveis: art.º 203º, 210º e 226º, n.º3, alínea c) do CT.

147

49
06/11/2022

Existem mecanismos legais


que permitam a
organização do tempo de
trabalho de forma diversa
do esquema semanal de 8
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horas por dia e de 40 horas


por semana?

148

Tempo de Trabalho

Sim.

Com vista a permitir às empresas adequar os horários de


trabalho às suas necessidades, tendo em conta,
nomeadamente, as variações dos fluxos de trabalho, o
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Código do Trabalho prevê as figuras da adaptabilidade,


do banco de horas e do horário concentrado.

149

Em que consiste a
adaptabilidade do
período normal de
trabalho?
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150

50
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Trata-se de uma forma de organização do tempo de trabalho


nos termos da qual existe a possibilidade de os limites
máximos de duração diária e semanal (8h/dia e 40h/semana
ou outros inferiores que decorram de IRCT ou de contrato de
trabalho), serem cumpridos em termos médios.
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Essa média é feita num intervalo de tempo previamente


determinado, que, em regra, na ausência de IRCT, não pode
ultrapassar 4 meses.

151

Tempo de Trabalho

Nestes casos, o trabalhador pode prestar mais horas de


trabalho em determinado dia ou em determinada semana,
desde que noutro dia ou noutra semana realize menos horas
de trabalho, de modo a que a média do tempo de trabalho
prestado não seja superior aos limites máximos do PNT
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(8h/dia ou 40h/semana ou outros inferiores que decorram de


IRCT ou de contrato de trabalho).

152

Tempo de Trabalho

O Código do Trabalho admite 3 modalidades de


adaptabilidade:

1 – Adaptabilidade por regulamentação coletiva;

2 – Adaptabilidade individual;
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3 – Adaptabilidade grupal;

Disposições legais aplicáveis: art.º 204º a 206º do CT.

153

51
06/11/2022

Em que consiste as
modalidades de
Adaptabilidade
previstas no Código
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do Trabalho?

154

Tempo de Trabalho

1 – Adaptabilidade por regulamentação coletiva;

Por IRCT, o PNT pode ser definido em termos médios, nos seguintes
termos:
- O PNT diário pode ser aumentado até 4 horas;
- O PNT semanal pode atingir 60 horas (excluindo as horas de
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trabalho suplementar prestado por motivo de força maior);


- O PNT semanal não pode exceder 50 horas, em média, num
período de 2 meses.

Disposições legais aplicáveis: art.º 204 do CT.

155

Tempo de Trabalho

2 – Adaptabilidade Individual;
Por acordo entre empregador e trabalhador (que pode constar de
cláusula do contrato de trabalho ou ser ajustado posteriormente), o
PNT pode ser definido em termos médios, nos seguintes termos:

- O PNT diário pode ser aumentado até 2 horas;


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- O PNT semanal pode atingir 50 horas (excluindo as horas de


trabalho suplementar prestado por motivo de força maior);

Disposições legais aplicáveis: art.º 205 do CT.

156

52
06/11/2022

Tempo de Trabalho

2 – Adaptabilidade Individual;
- Em semana cuja duração do trabalho seja inferior a 40 horas,
a redução pode ser até 2 horas diárias ou, sendo acordada,
em dias ou meios-dias, sem prejuízo do subsídio de refeição.

O empregador que pretenda adotar este regime deve propô-


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lo, por escrito, ao trabalhador, presumindo-se que este aceita


a proposta se a ela não se opuser, também por escrito, nos 14
dias seguintes ao conhecimento da mesma.
Disposições legais aplicáveis: art.º 205 do CT.

157

Tempo de Trabalho

3 – Adaptabilidade Grupal:
- Decorrente de IRCT:

O empregador aplique tal regime ao conjunto dos


trabalhadores de uma equipa, secção ou unidade económica
se, pelo menos, 60 % dos trabalhadores dessa estrutura
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estiverem abrangidos, por IRCT, mediante filiação em


associação sindical celebrante da convenção e por escolha
dessa convenção como aplicável;

158

Tempo de Trabalho

3 – Adaptabilidade Grupal:
- Decorrente de IRCT:

O regime de adaptabilidade grupal se aplique enquanto os


trabalhadores de uma equipa, secção ou unidade económica
abrangidos pela convenção nos termos anteriores forem em
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número igual ou superior à percentagem indicada.

159

53
06/11/2022

Tempo de Trabalho

3 – Adaptabilidade Grupal:
- Decorrente de acordo:

Se a proposta de adaptabilidade individual for aceite por, pelo


menos, 75% dos trabalhadores da equipa, secção ou unidade
económica, o empregador pode aplicar / impor o mesmo
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regime ao conjunto dos trabalhadores dessa estrutura,


inclusivamente aos trabalhadores que a rejeitarem.

160

Tempo de Trabalho

3 – Adaptabilidade Grupal:
- Decorrente de acordo:

Ocorrendo alteração por entrada ou saída de trabalhadores


na composição da equipa, secção ou unidade económica, o
regime de adaptabilidade individual só é aplicável enquanto
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dessa alteração não resultar percentagem inferior a 75%.

161

Tempo de Trabalho

3 – Adaptabilidade Grupal:
No entanto, nenhum destes regimes (adaptabilidade grupal
decorrente de IRCT ou decorrente de acordo), pode ser aplicado a
trabalhador abrangido por convenção coletiva que disponha de
modo contrário, nem a trabalhar com filho menor de 3 anos de
idade que não manifeste, por escrito, a sua concordância.
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A adaptabilidade grupal instituída por IRCT também não pode ser


aplicada a trabalhador representado por associação sindical que
tenha deduzido oposição a portaria de extensão da convenção
coletiva em causa.
Disposições legais aplicáveis: art.º 204º a 206 do CT.

162

54
06/11/2022

Em que consiste o
banco de horas?
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163

Tempo de Trabalho

O banco de horas é uma forma de organização do tempo de


trabalho, nos termos da qual o trabalhador pode prestar mais
horas de trabalho em determinado dia ou semana, sendo o
acréscimo devidamente compensado através de uma das
seguintes modalidades ou forma conjugada das mesmas:
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redução equivalente do tempo de trabalho, aumento do


período de férias ou pagamento em dinheiro.

164

Tempo de Trabalho

À semelhança do que acontece com a figura da adaptabilidade, o


Código do Trabalho distingue 2 modalidades de banco de horas:
1 – Banco de horas por regulamentação coletiva;
2 – Banco de horas individual (Já não é possível. Cessaram no prazo
máximo de um ano a contar da entrada em vigor das alterações CT
01/10/2019);
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3 – Banco de horas grupal;

Disposições legais aplicáveis: art.º 208º a 208º-A e 208º-B do CT.

165

55
06/11/2022

Qual a diferença entre


a Adaptabilidade e o
Banco de Horas?
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166

Tempo de Trabalho

1 – Na adaptabilidade a única forma de compensação


consiste na redução equivalente do tempo de trabalho.
No banco de horas estão consagradas três modalidades
de compensação (redução equivalente do tempo de
trabalho, aumento do período de férias ou pagamento
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em dinheiro), que podem, inclusive, ser conjugadas);

167

Tempo de Trabalho

2 – Os períodos de acréscimo e de redução de trabalho


decorrentes do regime da adaptabilidade têm de estar
previamente definidos em mapa de horário de trabalho
e obedecer às regras de alteração do horário de trabalho
previstas no artigo 217º do CT.
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No banco de horas tal não sucede;

168

56
06/11/2022

Tempo de Trabalho

3 – No regime de adaptabilidade, os períodos de


acréscimo e de redução de trabalho são determinados
pelo empregador.

No banco de horas, no caso de redução do tempo de


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trabalho, esta pode ter lugar quer por iniciativa do


empregador quer mediante solicitação do trabalhador;

169

Em que consiste o
Banco de horas por
regulamentação
coletiva?
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170

Tempo de Trabalho

1 – Banco de horas por regulamentação coletiva;

Por IRCT, pode ser instituído um banco de horas em que:

- O PNT diário pode ser aumentado até 4 horas;

- O PNT semanal pode atingir 60 horas;


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- O acréscimo tem por limite 200 horas por ano (este limite pode
ser afastado por IRCT, caso a utilização do regime tenha por
objetivo evitar a redução do número de trabalhadores).

171

57
06/11/2022

Tempo de Trabalho

1 – Banco de horas por regulamentação coletiva;

O IRCT, que institua o banco de horas tem que regular:

- A forma de compensação do trabalho prestado em acréscimo (redução equivalente do


;
tempo de trabalho / aumento período de férias / Pagamento em dinheiro)

- A antecedência com que o empregador deve comunicar ao trabalhador a


necessidade de prestação de trabalho;
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- No caso de a compensação do trabalho prestado em acréscimo ser feita através


de redução do tempo de trabalho, o período em que esta deve ter lugar e a
antecedência com que cada parte deve informar a outra de que pretende utilizar
essa redução.

Disposições legais aplicáveis: art.º 208 do CT.

172

Em que consiste o
Banco de horas
grupal?
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173

Tempo de Trabalho

1 – Banco de horas grupal:

- O período normal de trabalho pode ser aumentado até 2 horas diárias e


pode atingir 50 horas semanais, tendo o acréscimo o limite de 150 horas por
ano;

- Para aprovação dos bancos de horas por acordos de grupo, o empregador


deve convocar um referendo e informar os trabalhadores abrangidos, os seus
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representantes (comissão de trabalhadores, comissões intersindicais,


comissões sindicais e delegados sindicais) e ao serviço com competência
inspetiva do ministério responsável pela área laboral, com a antecedência
mínima de 20 dias em relação à data do referendo;

- A realização do referendo é regulada em legislação específica;

174

58
06/11/2022

Tempo de Trabalho

1 – Banco de horas grupal:

- Pode ser aplicado a uma equipa, secção ou unidade económica.


No entanto, para ir para a frente, tem de ser aprovado em
referendo por, pelo menos, 65% dos trabalhadores abrangidos;

- Quando o número de trabalhadores abrangidos for inferior a 10,


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e se não houver representantes dos trabalhadores, o referendo


realiza-se em data indicada pela ACT, após pedido do
empregador;

175

Tempo de Trabalho

1 – Banco de horas grupal:

- O banco de horas grupal cessa se decorrido metade do período de aplicação, 1/3


dos trabalhadores abrangidos pedir novo referendo e o projeto não obtiver
aprovação (ou não for feito referendo no prazo de 60 dias após o pedido);

- Quando um projeto de banco de horas grupal é rejeitado em referendo, o


empregador só pode realizar novo referendo após 1 ano;
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- O banco de horas grupal não é aplicável a trabalhador com filho menor de 3 anos
que não dê a sua concordância por escrito;

Disposições legais aplicáveis: art.º 208º-B do CT.

176

O que é o horário
concentrado?
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177

59
06/11/2022

Tempo de Trabalho

É uma forma de organização do tempo de trabalho, nos


termos da qual o PNT diário pode ser aumentado até 4
horas, por forma a concentrar o PNT semanal num
número de dias de trabalho.
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178

Tempo de Trabalho

Este aumento pode ser estabelecido:

- Por acordo entre empregador e trabalhador ou por IRCT, para


concentrar o PNT semanal no máximo de 4 dias de trabalho;

- Por IRCT, para estabelecer um horário que tenha, no máximo,


três dias de trabalho consecutivos, seguidos no mínimo de dois
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dias de descanso, devendo a duração do PNT semanal ser


respeitada, em média, num período de referencia de 45 dias.

179

Tempo de Trabalho

Aos trabalhadores abrangidos por regime de horário


concentrado não pode ser, simultaneamente, aplicável o
regime de adaptabilidade.

O IRCT que institua o horário concentrado regula a


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retribuição e outras condições da sua aplicação.

Disposições legais aplicáveis: art.º 209º do CT.

180

60
06/11/2022

Quem está
dispensado de prestar
trabalho em regime
de adaptabilidade,
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banco de horas e
horário concentrado?

181

Tempo de Trabalho
- Trabalhadora grávida, puérpera ou lactante (artigo 58º, n.º 1, do CT);

- Mãe e/ou pai trabalhadores, em caso de aleitação, quando a


prestação de trabalho nos regimes nele referidos afete a sua
regularidade (artigo 58º, n.º 2, do CT);
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- O menor quando a prestação de trabalho nestes regimes puder


prejudicar a sua saúde ou segurança no trabalho (artigo 74º, n.º 1, do CT);

182

Tempo de Trabalho
- O trabalhador com deficiência ou doença crónica,
nomeadamente doença oncológica ativa em fase de tratamento,
quando a prestação de trabalho nestes regimes puder prejudicar
a sua saúde ou segurança no trabalho (artigo 87º, n.º 1, do CT);

- Trabalhador-Estudante, quando a prestação de trabalho nestes


regimes coincida com o horário escolar ou com prova de
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avaliação; caso preste trabalho nestes regimes é-lhes assegurado


um dia de dispensa por mês, sem perda de direitos, contando
como prestação efetiva de trabalho (artigo 90º, n.º 6, 2parte, e 7, do CT);

183

61
06/11/2022

A quem compete
definir o horário de
trabalho?
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184

Tempo de Trabalho

Ao empregador, que, para o efeito, deve consultar


previamente a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, as
comissões intersindicais, as comissões sindicais ou os
delegados sindicais.
Na elaboração dos horários de trabalho, o empregador deve
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ter em conta:
- O regime do período de funcionamento do
estabelecimento;

185

Tempo de Trabalho

Na elaboração dos horários de trabalho, o empregador deve


ter em conta:

- O número máximo de horas que o trabalhador pode prestar


por dia e por semana;
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- O tempo máximo de trabalho seguido que o trabalhador


pode prestar e o correspondente intervalo de descanso;

- O período mínimo de descanso entre dois dias de trabalho;

186

62
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Na elaboração dos horários de trabalho, o empregador deve


ter em conta:

- O descanso semanal;

- As exigências de proteção da segurança e saúde do


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trabalhador;

187

Tempo de Trabalho

Deve ainda:

- Facilitar a conciliação da atividade profissional com a vida


familiar, nomeadamente no caso de trabalhadores
pertencentes ao mesmo agregado familiar;

- Facilitar ao trabalhador a frequência de curso escolar, bem


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como de formação técnica ou profissional;

Disposições legais aplicáveis: art.º 212º do CT.

188

Que indicações
devem constar do
mapa de horário de
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trabalho?

189

63
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Devem constar:

- Firma ou denominação do empregador;

- Atividade exercida;

- Sede e local de trabalho dos trabalhadores a que o horário


respeita;
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- Início e termo do período de funcionamento e, se houver, dia de


encerramento ou suspensão de funcionamento da empresa ou
estabelecimento;

190

Tempo de Trabalho

Devem constar:

- Horas de inicio e termo dos períodos normais de trabalho, com


indicação dos intervalos de descanso;

- Dia de descanso semanal obrigatório e, se existir, dia de


descanso complementar;
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- IRCT aplicável, se houver;

- Regime resultante de acordo que institua horário de trabalho em


regime de adaptabilidade, se houver.

191

Tempo de Trabalho

Se as referidas indicações não forem comuns a todos os


trabalhadores, o mapa deve conter a identificação dos
trabalhadores cujo regime seja diferente do estabelecido para os
restantes.
Se o horário incluir turnos, o mapa deve indicar o número de
turnos, aqueles em que haja menores e a escala de rotação, se
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existir. A composição dos turnos deve ser registada em livro ou em


suporte informático e faz parte integrante do mapa de horário de
trabalho.
Disposições legais aplicáveis: art.º 215º do CT.

192

64
06/11/2022

Como deve ser


publicitado o mapa de
horário de trabalho?
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193

Tempo de Trabalho

Para a generalidade dos trabalhadores, deve ser afixado no


local de trabalho a que respeita, em local bem visível.

Quando várias empresas, estabelecimentos ou serviços


desenvolvam, simultaneamente, atividades no mesmo local
de trabalho, o titular das instalações deve consentir a
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afixação dos diferentes mapas de horário de trabalho.

Disposições legais aplicáveis: art.º 216º do CT.

194

É obrigatório o envio
do mapa de horário
de trabalho à ACT?
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195

65
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Não.

A partir de 01 de agosto de 2012, data da entrada em vigor da


Lei n.º23/2012, de 25 de junho, tal envio deixou de ser
obrigatório.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 9º n.º2, da Lei n.º23/2012, d 25/06, na parte


referente à revogação do art.º 216º, n.º3, do CT, aprovado pela Lei n.º7/2009.

196

O empregador pode
impor a alteração de
um horário de
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trabalho?

197

Tempo de Trabalho

Em regra sim.
O empregador só não pode alterar unilateralmente o horário
de trabalho:
- Quando o IRCT o proíba;
- Quando os horários tenham sido individualmente
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acordados entre o trabalhador e o empregador;

Disposições legais aplicáveis: art.º 217º, n.º4, do CT

198

66
06/11/2022

A que regras tem de


obedecer a alteração
do horário de
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trabalho?

199

Tempo de Trabalho

A alteração ao horário de trabalho:


- Tem de ser precedida de consulta aos trabalhadores envolvidos e
à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão sindical
ou intersindical ou aos delegados sindicais;
- Tem de ser fixada na empresa com a antecedência de 7 dias
relativamente ao inicio da sua aplicação, ou de 3 dias no caso de
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empresa com menos de 10 trabalhadores. A afixação prévia tem


de ser cumprida mesmo que vigore um regime de
adaptabilidade.

200

Tempo de Trabalho

O empregador encontra-se dispensado de cumprir as obrigações


mencionadas no caso de alteração temporária do horário, cuja
duração não seja superior a uma semana, desde que seja registada
em livro próprio, com a menção de que foi consultada a estrutura
de representação coletiva dos trabalhadores, e desde que o
empregador não recorra a este regime mais de 3 vezes por ano.
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A alteração de horário que implique acréscimo de despesa para o


trabalhador confere direito a compensação económica.

Disposições legais aplicáveis: art.º 217º, do CT

201

67
06/11/2022

O empregador é
obrigado a registar os
tempos de trabalho?
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202

Tempo de Trabalho

Sim.
O registo tem de conter a indicação das horas de inicio e termo do
tempo de trabalho, bem como das interrupções ou intervalos que
não sejam considerados tempo de trabalho, por forma a permitir o
apuramento do número de horas:
- Prestadas por trabalhador, por dia e por semana;
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- Prestadas em acréscimo ao PNT, para substituição da perda de


retribuição por motivos de faltas, nos casos em que o IRCT o
permita.

203

Tempo de Trabalho

O registo deve ser mantido em local acessível, de modo a


permitir a sua consulta imediata.
O empregador também é obrigado a proceder ao registo dos
tempos de trabalho de trabalhadores isentos de horário de
trabalho.
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O empregador tem de conservar o registo dos tempos de


trabalho durante 5 anos.

Disposições legais aplicáveis: art.º 202º, n.º1, 2 e 4, do CT

204

68
06/11/2022

Como é efetuado o
registo dos tempos de
trabalhador que
preste trabalho no
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exterior da empresa?

205

Tempo de Trabalho

O empregador deve assegurar que o trabalhador


vise o registo imediatamente após o seu regresso à
empresa, ou envie o mesmo devidamente visado, de
modo que a empresa possa dispor dele no prazo de
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15 dias a contar da prestação de trabalho.

Disposições legais aplicáveis: art.º 202º, n.º3, do CT

206

Em que consiste a
isenção de horário de
trabalho?
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207

69
06/11/2022

Tempo de Trabalho
A isenção de horário de trabalho permite que o trabalhador não esteja
sujeito ao horário de trabalho da empresa.

O empregador e o trabalhador podem acordar numa das seguintes


modalidades de isenção:

1 – não sujeição aos limites máximos diário e semanal do PNT;

2 – possibilidade de determinado aumento do PNT, por dia ou por


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semana;

Exemplo: o trabalhador aceita trabalhar até mais uma hora por


dia, sem que esse período possa ser considerado trabalho suplementar.

208

Tempo de Trabalho

O empregador e o trabalhador podem acordar numa das


seguintes modalidades de isenção:

3 – Observância do PNT acordado;

Exemplo: o trabalhador cumpre o seu PNT diário, mas


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escolhe o modo com distribui essas horas ao longo do dia.

209

Tempo de Trabalho

Se as partes não definirem a modalidade que pretendem,


considera-se que acordaram na não sujeição aos limites
máximos do PNT.

A isenção não prejudica o direito ao dia de descanso semanal,


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obrigatório ou complementar, ao feriado ou ao descanso


diário, que é, em regra, de 11 horas consecutivas.

Disposições legais aplicáveis: art.º 219º e 226º n.º2 e3, alínea a), do CT

210

70
06/11/2022

Que trabalhadores
podem ter Isenção de
Horário de Trabalho?
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211

Tempo de Trabalho

Aqueles que se encontrem numa das seguintes situações:

1 – Exercício de cargos de administração ou direção ou de


funções de confiança, fiscalização ou apoio a titulares desses
cargos.
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Exemplo: Funções de secretariado ou de assessoria;

212

Tempo de Trabalho

Aqueles que se encontrem numa das seguintes situações:

2 – Execução de trabalhos preparatórios ou complementares


que, pela sua natureza, só possam ser executados fora dos
limites do horário de trabalho.
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Exemplo: Trabalhos de limpeza ou de manutenção de


equipamentos;

213

71
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Aqueles que se encontrem numa das seguintes situações:

3 – Teletrabalho e outros casos de exercício regular da atividade


fora do estabelecimento, sem controlo imediato por superior
hierárquico.

Exemplo: Promoção e Vendas ou Distribuição;


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Por IRCT, podem ser reguladas outras situações que permitam o


recurso à isenção de horário de trabalho.
Disposições legais aplicáveis: art.º 218º do CT

214

O acordo de isenção
de horário de trabalho
tem de ser celebrado
por escrito?
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215

Tempo de Trabalho

Sim.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 218º n.º1, do CT

216

72
06/11/2022

O acordo de Isenção
de Horário de
Trabalho tem de ser
remetido à ACT?
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217

Tempo de Trabalho

Não.

A partir de 01 de agosto de 2012, data da entrada em vigor da


Lei n.º23/2012, de 25 de junho, esta obrigação deixou de ser
obrigatória.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 9º, n.º2 da Lei n.º 23/2012, de 25/06, na parte
referente à revogação do artigo 218º, n.º3 do CT aprovado pela Lei n.º 7/2009.

218

O trabalhador isento
de horário de trabalho
tem direito a uma
retribuição
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específica?

219

73
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Sim.
Tem direito à retribuição específica que estiver prevista em IRCT
ou, na sua falta, a retribuição não inferior a:
1 - Uma hora de trabalho suplementar por dia, no caso das
seguintes modalidades de isenção: não sujeição aos limites máximos
diário e semanal do PNT e possibilidade de determinado aumento do
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PNT, por dia ou por semana;

Disposições legais aplicáveis: art.º 265º n.º1, do CT

220

Tempo de Trabalho

Tem direito à retribuição especifica que estiver prevista em


IRCT ou, na sua falta, a retribuição não inferior a:
2 - Duas horas de trabalho suplementar por semana, no caso
de observância do PNT acordado;
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Se o trabalhador deixar de prestar trabalho em regime de IHT


perde o direito à retribuição específica que lhe está associada.

Disposições legais aplicáveis: art.º 265º n.º1, do CT

221

O intervalo de
descanso é
obrigatório?
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222

74
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Regra:

A jornada diária de trabalho deve ser interrompida por um


intervalo de descanso de duração não inferior a 1 hora nem
superior a 2 horas, por forma a que o trabalhador não preste
mais de 5 horas consecutivas de trabalho, ou, caso a jornada
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seja superior a 10 horas, 6 horas seguidas.

Disposições legais aplicáveis: art.º 213, do CT

223

Tempo de Trabalho

Exceções:
1 – Por IRCT, pode ser permitida a prestação de trabalho até 6
horas consecutivas, ainda que a jornada de trabalho não seja
superior a 10 horas, e o intervalo de descanso pode ter
duração inferior a 1 hora, superior a 2, ou até ser excluído.
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Ainda por IRCT, pode ser determinada a existência de outros


intervalos de descanso;

Disposições legais aplicáveis: art.º 213, do CT

224

Tempo de Trabalho
Exceções:

2 – Mediante requerimento do empregador, instruído com declaração de


concordância do trabalhador abrangido e informação à comissão de
trabalhadores da empresa e ao sindicato representativo do trabalhador
em causa, a ACT pode autorizar a redução ou exclusão (mas não o
aumento) do intervalo de descanso, quando tal se mostre favorável ao
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interesse do trabalhador ou se justifique pelas condições particulares de


trabalho de certas atividades.

Considera-se que foi dada autorização se nada for dito pela ACT no prazo
de 30 dias (consentimento tácito).

225

75
06/11/2022

Tempo de Trabalho

O intervalo de descanso não pode ser alterado nos termos


mencionados (ponto 1 e 2), sempre que tal alteração implique mais
de 6 horas de trabalho consecutivo, excetuando-se atividades de
pessoal operacional de vigilância, transporte e tratamento de
sistemas eletrónicos de segurança e industrias em que o processo
de laboração não possa ser interrompido por motivos técnicos e,
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bem assim, no caso de trabalhadores que ocupem cargos de


administração e de direção e outras pessoas com poder de decisão
autónomo que estejam isentos de horário de trabalho.
Disposições legais aplicáveis: art.º 213, do CT

226

Qual é o período de
descanso diário?
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227

Tempo de Trabalho

Regra:

O trabalhador tem direito a um período de descanso de,


pelo menos 11 horas seguidas entre dois períodos diário
de trabalho consecutivos.
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Exemplo: Se um trabalhador terminar a sua


jornada de trabalho às 22horas de um dia não poderá
iniciar nova jornada antes das 09h00 do dia seguinte.

228

76
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Exceções:

O referido período não é aplicável:


1 – A trabalhador que ocupe cargo de administração ou de direção ou com
poder de decisão autónomo, que esteja isento de horário de trabalho;

2 - Quando seja necessária a prestação de trabalho suplementar, por


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motivo de força maior, ou por ser indispensável para reparar ou prevenir


prejuízo grave para a empresa ou para a sua viabilidade devido a acidente
ou a risco de acidente iminente;

229

Tempo de Trabalho

Exceções:
O referido período não é aplicável:
3 - Quando o período normal de trabalho seja fracionado ao
longo do dia com fundamento em característica da atividade,
nomeadamente em serviços de limpeza;
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230

Tempo de Trabalho

O referido período não é aplicável:


4 - Em atividade caracterizada pela necessidade de assegurar
a continuidade do serviço ou da produção, nomeadamente a
referida em qualquer das alíneas d) e e) do n.º 2 do artigo
207.º, com exceção da subalínea viii) da alínea e), e em caso
de acréscimo previsível de atividade no turismo, desde que
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IRCT assegure ao trabalhador um período equivalente de


descanso compensatório e regule o período em que o mesmo
deve ser gozado.

231

77
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Nas hipóteses mencionadas nos pontos 1 e 2, entre dois


períodos de trabalho seguidos deve ser observado um
período de descanso que permita a recuperação do
trabalhador.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 214º, do CT

232

Por semana, um
trabalhador a quantos
dias de descanso tem
direito?
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233

Tempo de Trabalho

Tem direito a, pelo menos, um dia de descanso semanal


(gozado entre as 0h00 e as 24h00 de um determinado
dia), que, em regra, é o domingo.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 232º n.º1 e 2, do CT

234

78
06/11/2022

Tempo de Trabalho

O dia de descanso obrigatório pode, no entanto, não coincidir com


o domingo quando o trabalhador presta atividade:
- Em empresa ou sector de empresa dispensado de encerrar ou
suspender o funcionamento um dia completo por semana, ou que
seja obrigado a encerrar ou a suspender o funcionamento em dia
diferente do domingo;
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- Em empresa ou sector de empresa cujo funcionamento não possa


ser interrompido;
Disposições legais aplicáveis: art.º 232º n.º1 e 2, do CT

235

Tempo de Trabalho

O dia de descanso obrigatório pode, no entanto, não


coincidir com o domingo quando o trabalhador presta
atividade:
- Em atividade que deva ter lugar em dia de descanso dos
restantes trabalhadores;
- Em atividade de vigilância ou limpeza;
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- Em exposição ou feira;

Disposições legais aplicáveis: art.º 232º n.º1 e 2, do CT

236

O descanso semanal
complementar é
obrigatório?
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237

79
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Não.

O trabalhador só tem direito a ele se tal resultar de IRCT


aplicável ou de contrato individual de trabalho.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 232º, n.º3, do CT

238

Em que consiste o
trabalho por turnos?
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239

Tempo de Trabalho

É uma forma de organização do trabalho em equipa em


que os trabalhadores ocupam sucessivamente os
mesmos postos de trabalho, a um determinado ritmo,
incluindo o rotativo, continuo ou descontinuo, podendo
executar o trabalho a horas diferentes num dado
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período de dias ou semanas.

Disposições legais aplicáveis: art.º 220º, do CT

240

80
06/11/2022

Como devem ser


organizados os
turnos?
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241

Tempo de Trabalho

A organização dos turnos deve obedecer às seguintes regras:

- atender, na medida do possível, aos interesses e às


preferências manifestadas pelos trabalhadores;

- A duração de cada turno não pode ultrapassar os limites


máximos dos períodos normais de trabalho;
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- O trabalhador só pode mudar de turno após o dia de


descanso semanal;
Disposições legais aplicáveis: art.º 221º,n.º2 a 6, e 222º, n.º1 e 2, do CT

242

Tempo de Trabalho

A organização dos turnos deve obedecer às seguintes regras:

- Os turnos no regime de laboração contínua e os de


trabalhadores que asseguram serviços que não podem ser
interrompidos devem ser organizados de modo que os
trabalhadores de cada turno gozem, pelo menos um dia de
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descanso em cada período de sete dias, sem prejuízo do


período excedente de descanso a que tenham direito;
Disposições legais aplicáveis: art.º 221º,n.º2 a 6, e 222º, n.º1 e 2, do CT

243

81
06/11/2022

Tempo de Trabalho

O empregador que organize um regime de trabalho por turnos


deve:
- Ter um registo separado dos trabalhadores incluídos em cada
turno;
- Organizar as atividades de segurança e saúde no trabalho de
modo que os trabalhadores por turnos beneficiem de um nível de
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proteção em matéria de segurança e saúde adequado à natureza


de trabalho que exercem;

Disposições legais aplicáveis: art.º 221º,n.º2 a 6, e 222º, n.º1 e 2, do CT

244

Tempo de Trabalho

O empregador que organize um regime de trabalho por


turnos deve:

- Assegurar que os meios de proteção e prevenção em


matéria de segurança e saúde dos trabalhadores por turnos
sejam equivalentes aos aplicáveis aos restantes
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trabalhadores e se encontrem disponíveis a qualquer


momento;

Disposições legais aplicáveis: art.º 221º,n.º2 a 6, e 222º, n.º1 e 2, do CT

245

Os trabalhadores que
trabalham por turnos
têm direito a subsídio
de turno?
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246

82
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Apenas nos casos em que o pagamento de tal subsídio


se encontre previsto em IRCT ou em contrato de
trabalho individual de trabalho.
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247

O empregador pode
retirar o subsídio de
turno a um
trabalhador que deixe
de prestar trabalho
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em regime de turnos?

248

Tempo de Trabalho

Sim.

Este acréscimo remuneratório apenas é devido


enquanto subsistir a prestação de trabalho em regime
de turnos.
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249

83
06/11/2022

Qual é o período em
que o trabalho se
considera noturno?
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250

Tempo de Trabalho

Esse período pode ser definido por IRCT, devendo neste caso:
- Ter uma duração mínima de 7 horas e máxima de 11 horas;

- Compreender o intervalo entre as 0h00 e as 5h00;


Exemplo: entre as 20 horas de um dia e as 07 horas do dia
seguinte.
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Na falta de determinação por IRCT, o período de trabalho noturno


é o compreendido entre as 22 horas de um dia e as 07 horas do dia
seguinte.
Disposições legais aplicáveis: art.º 223º, do CT

251

Apenas os trabalhadores
que prestem
exclusivamente trabalho
no período noturno são
classificados como
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trabalhadores noturnos?

252

84
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Não.

São trabalhadores noturnos os que prestam, pelo menos, três


horas de trabalho normal noturno em cada dia ou que
efetuam durante o período noturno parte do seu tempo de
trabalho anual correspondente a três horas por dia.
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Por IRCT, pode ser definido um período diferente.

Disposições legais aplicáveis: art.º 224º, n.º1, do CT

253

Qual é a duração
máxima do PNT de
um trabalhador
noturno?
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254

Tempo de Trabalho

1 – No caso de conjugação do regime de trabalho


noturno com o regime de adaptabilidade, o PNT diário
não deve ser superior a 8 horas diárias, em média
semanal (sem prejuízo do disposto em IRCT).
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255

85
06/11/2022

Tempo de Trabalho

2 – O trabalhador noturno não deve prestar mais de 8


horas de trabalho num período de 24 horas em que
efetua trabalho noturno, em qualquer das seguintes
atividades que implicam riscos especiais ou tensão física
ou mental significativa:
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- monótonas, repetitivas, cadenciadas ou isoladas;

- Industria extrativa;

256

Tempo de Trabalho

- Em obra de construção, demolição, escavação,


movimentação de terras, ou intervenção em túnel,
ferrovia ou rodovia sem interrupção de tráfego, ou
com risco de queda em altura ou soterramento;
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- Fabrico, transporte ou utilização de explosivos e


pirotecnia;

257

Tempo de Trabalho

- Que envolvam contacto com corrente elétrica de média ou


alta tensão;

- De produção ou transporte de gases comprimidos,


liquefeitos ou dissolvidos ou com utilização significativa
dos mesmos;
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- Que, em função da avaliação dos riscos a ser efetuada pelo


empregador, assumam particular penosidade,
perigosidade, insalubridade ou toxicidade;

258

86
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Os limites referidos nos pontos 1 e 2, não são aplicáveis


a trabalhador que ocupa cargo de administração ou de
direção ou com poder de decisão autónomo que esteja
isento de horário de trabalho.
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259

Tempo de Trabalho

Por outro lado, a limitação descrita no ponto 2 não é


aplicável:
- Quando a prestação de trabalho suplementar seja
necessária por motivo de força maior ou para prevenir ou
reparar prejuízo grave para a empresa ou para a sua
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viabilidade devido a acidente ou a risco de acidente iminente;

260

Tempo de Trabalho

Por outro lado, a limitação descrita no ponto 2 não é


aplicável:
- A atividade caraterizada pela necessidade de assegurar a
continuidade do serviço ou da produção, desde que por
IRCT seja concedido ao trabalhador período equivalente de
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descanso compensatório;

Disposições legais aplicáveis: art.º 224º, n.º2 a 6, do CT

261

87
06/11/2022

O empregador tem
especiais obrigações
em matéria de
segurança e saúde no
trabalho relativamente
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ao trabalhador
noturno?

262

Tempo de Trabalho

Sim.
Neste âmbito compete ao empregador:
- assegurar exames de saúde gratuitos e sigilosos ao
trabalhador noturno destinados a avaliar o seu estado de
saúde. Os exames devem ser realizados antes do
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trabalhador ser colocado a laborar em período noturno e,


posteriormente, com periocidade no mínimo anual;

263

Tempo de Trabalho

Neste âmbito compete ao empregador:


- avaliar os riscos inerentes à atividade do trabalhador, tendo
presente, nomeadamente, a sua condição física e psíquica,
antes do início da atividade e posteriormente, de seis em
seis meses, bem como antes de alteração das condições de
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trabalho;

264

88
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Neste âmbito compete ao empregador:


- Assegurar que os meios de proteção e prevenção em matéria de
segurança e saúde do trabalhador noturno sejam equivalentes
aos aplicáveis aos restantes trabalhadores e se encontrem
disponíveis a qualquer momento;
- Sempre que possível, assegurar a trabalhador que sofra de
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problema de saúde relacionado com a prestação de trabalho


noturno a colocação em trabalho diurno que esteja apto a
desempenhar;

265

Tempo de Trabalho

Neste âmbito compete ao empregador:


- consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança
e saúde no trabalho ou, na falta destes, o próprio trabalhador,
sobre a afetação a trabalho noturno, a organização deste que
melhor se adapte ao trabalhador, bem como sobre as medidas
de segurança e saúde a adotar;
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Disposições legais aplicáveis: art.º 225º, do CT

266

A prestação de
trabalho noturno
confere direito a
acréscimo de
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retribuição?

267

89
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Regra:

Sim. O trabalho noturno é pago com acréscimo de 25%


relativamente à retribuição devida pelo trabalho
prestado durante o dia.
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268

Tempo de Trabalho

Exceções:

Por IRCT, o referido acréscimo poder ser substituído por:

- a redução equivalente do PNT;

- aumento fixo da retribuição base, desde que não


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resulte em tratamento menos favorável para o


trabalhador;

269

Tempo de Trabalho

Exceções:

Salvo se previsto em IRCT, não há lugar ao pagamento do


acréscimo :

-em atividade exercida exclusiva ou predominantemente durante o


período noturno, designadamente espetáculo ou diversão publica;
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- quando a retribuição seja estabelecida atendendo à circunstância


de o trabalho dever ser prestado em período noturno;

270

90
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Exceções:

Salvo se previsto em IRCT, não há lugar ao pagamento do


acréscimo :

-em atividade que pela sua natureza ou por força da lei, deva
funcionar à disposição do público durante o período noturno,
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designadamente empreendimento turístico, estabelecimento de


restauração e bebidas, ou farmácia, em período de abertura;

Disposições legais aplicáveis: art.º 266º, do CT

271

O que é considerado
trabalho
suplementar?
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272

Tempo de Trabalho

Regra: Considera-se trabalho suplementar:

- Aquele que é prestado fora do horário de trabalho;

- Aquele que é prestado por trabalhador isento de horário de


trabalho (em qualquer das modalidades), em dia de
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descanso semanal (obrigatório ou complementar) e em dia


feriado;

273

91
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Regra: Considera-se trabalho suplementar:

- Aquele que é prestado para além do acréscimo de horas


previsto na isenção, na modalidade de IHT: possibilidade de
determinado aumento do PNT, por dia ou por semana.
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- Aquele que é prestado para além do PNT diário, na


modalidade IHT: observância do PNT acordado ;

274

Tempo de Trabalho

Exceções: Não se considera trabalho suplementar:

- O trabalho prestado em dia normal de trabalho por


trabalhador isento de horário de trabalho na modalidade de
não sujeição aos limites máximos do PNT;
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- A tolerância de 15 minutos para transações, operações ou


outras tarefas começadas e não acabadas à hora de saída
do trabalhador;

275

Tempo de Trabalho

Exceções: Não se considera trabalho suplementar:

- O trabalho prestado para compensar suspensão da


atividade da empresa de duração não superior a 48 horas,
seguidas ou interpoladas por um dia de descanso ou
feriado, mediante acordo entre o empregador e o
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trabalhador;
Exemplo: o trabalho realizado para compensar “pontes”

276

92
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Exceções: Não se considera trabalho suplementar:

- A formação profissional realizada fora do horário de


trabalho, até duas horas diárias;

- O trabalho prestado em substituição da perda de


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retribuição por motivo de falta, quando prevista em IRCT;

- O trabalho prestado para compensar o encerramento para


férias, por decisão do empregador;

277

Tempo de Trabalho

Exceções: Não se considera trabalho suplementar:


- O trabalho prestado para compensação de períodos de
ausência ao trabalho por iniciativa do trabalhador, desde
que tanto a ausência como a compensação tenham o
acordo do empregador e dentro dos limites diários da
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duração do trabalho suplementar;

Disposições legais aplicáveis: art.º 226º e 219º, n.º3, do CT

278

Em que circunstâncias
pode ser exigida a
prestação de trabalho
suplementar?
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279

93
06/11/2022

Tempo de Trabalho

O trabalho suplementar apenas pode ser prestado:

- Quando a empresa tenha de fazer face a um aumento eventual e


transitório de trabalho e não se justifique a admissão de
trabalhador;

- Em caso de força maior ou quando for indispensável para


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prevenir ou reparar prejuízo grave para a empresa ou para a sua


viabilidade;

Disposições legais aplicáveis: art.º 227º, n.º1 e 2, do CT

280

O trabalhador é
obrigado a prestar
trabalho
suplementar?
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281

Tempo de Trabalho

Sim.
No entanto, o trabalhador pode solicitar a dispensa de
prestação de trabalho suplementar, quando houver um
motivo atendível que justifique tal dispensa.
A prestação de trabalho suplementar não é, porém, exigível a
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certas categorias de trabalhadores, sendo até proibida no


caso de trabalhador menor.

Disposições legais aplicáveis: art.º 227º, n.º3, do CT

282

94
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Estão dispensados de prestar trabalho suplementar:


- Trabalhadora Grávida;
- Trabalhador(a) com filho de idade inferior a 12 meses;
- Trabalhadora lactante (durante todo o tempo que
durar a amamentação), se for necessário para a sua
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saúde ou da criança;

Disposições legais aplicáveis: art.º 76º, n.º5, do CT

283

Tempo de Trabalho

Estão dispensados de prestar trabalho suplementar:


- Trabalhador com deficiência ou doença crónica (art.º. 88 n.º1, do CT);

- Trabalhador-estudante, exceto por motivo de força maior; caso preste


trabalho suplementar tem direito a descanso compensatório com duração
de metade do n.º de horas (art. 90º, n.º 6, 1ª parte, e 8, do CT);
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- Trabalhador com capacidade de trabalho reduzida resultante de acidente


de trabalho ou de doença profissional, aquém o empregador, ao serviço do
qual ocorreu o acidente ou a doença contraída, assegure em funções
compatíveis, durante o período de incapacidade (artigo 157º, n.º 1 da Lei n.º98/2009);

284

Quais são os limites


de duração do
trabalho
suplementar?
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285

95
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Os limites são distintos, consoante as circunstâncias que


justifiquem a prestação do trabalho suplementar.

Assim, o trabalho suplementar prestado para fazer face a um


aumento eventual e transitório de trabalho, quando não se
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justifique a admissão de trabalhador, está sujeito aos


seguintes limites:

286

Tempo de Trabalho

1 – No caso de empresa com menos de 50 trabalhadores: 175


horas por ano;

2 - No caso de empresa com 50 ou mais trabalhadores: 150


horas por ano;
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Nota: o n.º de trabalhadores corresponde à média do ano civil


antecedente. No inicio de atividade o n.º de trabalhadores a ter em
conta é o existente no dia da ocorrência do facto (conforme artigo
100º, n.º 2 e 3, do CT)

287

Tempo de Trabalho

3 – No caso de trabalhador a tempo parcial – 80 horas por ano, ou o


n.º de horas correspondente à proporção entre o respetivo PNT e o
trabalhador a tempo completo em situação comparável, quando
superior;
4 – em dia normal de trabalho – 2 horas;
5 – em dia de descanso semanal (obrigatório ou complementar), ou
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feriado – um número de horas igual ao PNT diário;

6 – em meio dia de descanso complementar, um n.º de horas igual


a meio PNT diário;

288

96
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Quanto ao trabalho suplementar prestado em caso de força


maior ou indispensável para prevenir ou reparar prejuízo
grave para a empresa ou para a sua viabilidade, o único limite
aplicável consiste no facto de a duração média do trabalho
semanal que inclua o trabalho suplementar não pode
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ultrapassar 48 horas num período de referencia definido em


IRCT ou, na sua falta, de 4meses.
Disposições legais aplicáveis: art.º 228º, n.º1 e 4, do CT

289

Estes limites podem


ser aumentados por
IRCT? E por acordo
entre o empregador e
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trabalhador?

290

Tempo de Trabalho

No que diz respeito:


- a empresa com menos de 50 trabalhadores: 175 horas por
ano
- a empresa com 50 ou mais trabalhadores: 150 horas por
ano;
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Os limites apenas podem ser aumentados, por IRCT, até 200


horas por ano.
Disposições legais aplicáveis: art.º 228º, n.º2 e 3, do CT

291

97
06/11/2022

Tempo de Trabalho

O limite imposto no caso de trabalhador a tempo parcial


pode ser aumentado:

- Por acordo escrito entre empregador e trabalhador, até 130


horas anuais;
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- Por IRCT, até 200 horas anuais;

Disposições legais aplicáveis: art.º 228º, n.º2 e 3, do CT

292

Como é pago o
trabalho
suplementar?
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293

Tempo de Trabalho

É pago pelo valor da retribuição horária com os


seguintes acréscimos:

- 25% pela 1.ª hora ou fração desta e 37,5% por hora ou


fração subsequente, em dia útil;
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- 50% por cada hora ou fração, em dia de descanso


semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado;

Disposições legais aplicáveis: art.º 268º, do CT

294

98
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Por IRCT podem ser fixadas percentagens distintas das


acima referidas.

É exigível o pagamento de trabalho suplementar cuja


prestação tenha sido prévia e expressamente
determinada ou tenha sido realizada de modo a não ser
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previsível a oposição do empregador.

Disposições legais aplicáveis: art.º 268º, do CT

295

Tempo de Trabalho

As disposições de IRCT e as cláusulas de contratos de


trabalho entradas em vigor antes de 01 de agosto de 2012
que regulassem acréscimos de pagamento de trabalho
suplementar superiores aos mencionados estiveram
suspensos no período compreendido entre 01/08/2012 a
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31/12/2014.

Disposições legais aplicáveis: art.º 7º, n.º4, alínea a), da Lei n.º23/2012, de
25/06, com a redação da Lei n.º 48-A/2014, de 31/07.

296

O trabalho suplementar
prestado em dia normal
de trabalho, em dia de
descanso
complementar ou em
dia feriado confere
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direito a descanso
compensatório?

297

99
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Não.
A partir de 01 de agosto de 2012, data da entrada em vigor da
Lei n.º23/2012, de 25/06, o CT deixou de prever o direito a
descanso compensatório nas referidas situações.
No entanto, haverá lugar a descanso compensatório sempre
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que este estiver previsto em IRCT.

Disposições legais aplicáveis: art.º 9º, n.º2 da Lei n.º23/2012, de 25/06, na


parte em que revoga os n.º 1 e 2 do artigo 229º do CT

298

O trabalho
suplementar prestado
em dia de descanso
obrigatório confere
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direito a descanso
compensatório?

299

Tempo de Trabalho

Sim.
O trabalhador tem direito a um dia de descanso compensatório
remunerado, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
Tratando-se de trabalho suplementar que não exceda 2 horas e
seja motivado pela falta imprevista do trabalhador que devia
ocupar o posto de trabalho no turno seguinte, o trabalhador tem
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apenas direito ás horas de descanso em falta, a gozar igualmente


num dos 3 dias úteis seguintes.

Disposições legais aplicáveis: artigos 229º, nº4, e 230º n.º1, do CT

300

100
06/11/2022

Se a prestação de
trabalho suplementar
impedir o trabalhador
de gozar o descanso
diário de 11 horas, este
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tem direito a descanso


compensatório?

301

Tempo de Trabalho

Sim.

Tem direito a descanso compensatório remunerado


equivalente às horas de descanso em falta, a gozar num
dos 3 dias úteis seguintes.
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Disposições legais aplicáveis: 229º, n.º3, do CT

302

A quem compete a
marcação do
descanso
compensatório?
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303

101
06/11/2022

Tempo de Trabalho

Deve ser feita por acordo.

Na sua falta, compete ao empregador definir quando deve


ser gozado o referido descanso.
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Disposições legais aplicáveis: 229º, n.º5, do CT

304

O registo do trabalho
suplementar é
obrigatório?
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305

Tempo de Trabalho

Sim. Antes do inicio da prestação de trabalho suplementar e logo


após o seu termo devem ser anotadas as respetivas horas.

Se o registo não for efetuado pelo trabalhador, este deverá visá-lo


imediatamente da data da prestação do trabalho.

Caso o trabalho suplementar seja prestado no exterior da empresa,


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o trabalhador deve visar o registo logo após o seu regresso ou


enviá-lo devidamente visado, para que a empresa disponha dele no
prazo de 15 dias a contar da data da prestação do trabalho
suplementar.

306

102
06/11/2022

Tempo de Trabalho

A falta de registo, nestes termos, dá ao trabalhador


direito á retribuição correspondente a duas horas de
trabalho suplementar por cada dia em que tenha
trabalhado fora do horário de trabalho.
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Disposições legais aplicáveis: 229º, n.º5, do CT

307

O registo de trabalho
suplementar tem
obrigatoriamente de
ser feito em suporte
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informático?

308

Tempo de Trabalho

Não.

Exige-se apenas que seja feito em suporte documental adequado


(em papel, informático ou mecanográfico), que permita a sua
consulta e impressão imediatas, devendo estar sempre atualizado
e sem emendas ou rasuras não ressalvadas.
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Disposições legais aplicáveis: 231º, n.º6, do CT

309

103
06/11/2022

O empregador tem de
comunicar à ACT o
número de horas de
trabalho suplementar
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prestadas?

310

Tempo de Trabalho

Sim.

Essa informação deve constar do Relatório Único que o


empregador tem de entregar à ACT por meio informático, entre 16
de março e 15 de abril do ano seguinte àquele a que respeita.
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311

Tempo de Trabalho

Antes da entrega do Relatório Único, o empregador deve


diligenciar no sentido de a lista com o nome dos trabalhadores que
prestaram trabalho suplementar ser visada pela comissão de
trabalhadores ou, na sua falta, tratando-se de trabalhador filiado,
pelo respetivo sindicato.
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Disposições legais aplicáveis: 231º, n.º7, do CT, artigo 32º da Lei n.º 105/2009,
de 14/09, e artigos 2.º e 4º da Portaria n.º55/2010, de 21/01

312

104
06/11/2022

Tempo de Trabalho
Trabalho Suplementar Pagamento Pagamento Descanso
Exemplo: 8€/hora 1ª hora 2ª hora Compensatório

Dia útil 10€ 11€


Não tem direito
(25% / 37,5%) (8€ + 2€) (8€ + 3€)

Dia de descanso semanal 1 dia, a gozar


12€ 12€
obrigatório nos 3 dias úteis
(8€ + 4€) (8€ + 4€)
(50%) seguintes
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Dia de descanso semanal


12€ 12€ Não tem direito
complementar
(8€ + 4€) (8€ + 4€)
(50%)

Dia feriado 12€ 12€ Não tem direito


(50%) (8€ + 4€) (8€ + 4€)

313

Quais são os feriados


obrigatórios?
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314

Feriados, Férias e Faltas


- 1 de janeiro; - 15 de agosto;

- Sexta-Feira Santa; - 5 de outubro;

- Domingo de Páscoa; - 1 de novembro;

- 25 de Abril; - 1 de dezembro;

- 01 de Maio; - 8 de dezembro;
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- Corpo de Deus; - 25 de dezembro;

- 10 de Junho;

315

105
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

A Lei n.º 23/2012, de 25 de junho, eliminou os feriados do


Corpo de Deus, 5 de outubro, 1 de novembro e 1 de
dezembro, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013.

Os referidos feriados foram repostos a partir de 2 de abril de


2016, por força da Lei n.º8/2016, de 01 abril.
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Disposições legais aplicáveis: 234, n.º1, do CT

316

Os feriados
obrigatórios podem
ser gozados em dia
diferente?
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317

Feriados, Férias e Faltas

O feriado de Sexta-Feira Santa pode ser gozado noutro dia


com significado local no período da Páscoa.
O CT prevê ainda a possibilidade de, mediante legislação
especifica, determinados feriados obrigatórios serem
gozados na segunda-feira da semana seguinte. No entanto,
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até à data ainda não foi publicada legislação neste sentido.

Disposições legais aplicáveis: artigo 234º, n.º2 e3, do CT

318

106
06/11/2022

Podem ser gozados


outros feriados para
além dos referidos?
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319

Feriados, Férias e Faltas

Quando tal se encontre previsto em IRCT ou no contrato de


trabalho, podem ser observados como feriado a terça-feira
de Carnaval e o feriado municipal da localidade.

Mediante acordo entre empregador e o trabalhador,


qualquer um destes feriados pode ser gozado noutro dia.
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Disposições legais aplicáveis: artigo 235, do CT

320

O IRCT ou o contrato
de trabalho podem
definir feriados
diferentes dos
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indicados?

321

107
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Não.

As regiões autónomas podem estabelecer, de acordo com as


suas tradições, outros feriados, para além dos previstos no
CT, desde que correspondam a usos e práticas já consagrados
(artigo 8º, n.º4 da Lei n.º23/2012 de 25/06)
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Disposições legais aplicáveis: artigo 236, n.º2, do CT

322

É imperativo o
encerramento ou
suspensão da
laboração nos dias
considerados como
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feriado obrigatório?

323

Feriados, Férias e Faltas

Não.

Apenas têm de encerrar ou suspender a laboração as


atividades que não sejam permitidas aos domingos.
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Disposições legais aplicáveis: artigo 236, n.º1, do CT

324

108
06/11/2022

Como deve ser


retribuído o trabalho
normal prestado em dia
feriado, em empresa
não obrigada a
suspender o
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funcionamento nesse
dia?

325

Feriados, Férias e Faltas

O trabalhador tem direito a descanso compensatório


com a duração de metade do número de horas
prestadas ou a acréscimo de 50% da retribuição
correspondente, cabendo a escolha ao empregador (por
IRCT pode ser afixada percentagem diferente).
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Disposições legais aplicáveis: artigo 269, n.º2, do CT

326

Qual o período anual


de férias a que um
trabalhador tem
direito?
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327

109
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Regra: o trabalhador tem direito a um período de férias com


a duração mínima de 22 dias úteis, que se vence em 1 de
janeiro de cada ano. O direito a férias reporta-se ao trabalho
prestado no ano civil anterior.
Não pode ser fixado, nem por contrato de trabalho nem por
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IRCT, um período de férias com duração inferior a 22 dias


úteis.

Disposições legais aplicáveis: artigo 237, n.º1 e 3, alínea h), do CT

328

O Código do Trabalho
prevê o aumento do
período de férias em
função da assiduidade
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do trabalhador?

329

Feriados, Férias e Faltas

Não.
A Lei n.º23/2012, em vigor a partir de 01 de agosto de 2012,
eliminou o direito à majoração de dias de férias em função da
assiduidade.
No entanto, permanecem intocáveis as majorações previstas
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em IRCT.

Disposições legais aplicáveis: artigo 2, da Lei n.º23/2012, de 25 de junho,


na parte que modifica o artigo 238º, n.º3, do CT

330

110
06/11/2022

Quantos dias de férias


tem direito o
trabalhador no ano
em que é admitido?
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331

Feriados, Férias e Faltas

Tem direito a 2 dias úteis de férias por cada mês de duração do


contrato, até um máximo de 20 dias úteis.
O gozo dessas férias pode ter lugar após seis meses completos de
execução do contrato.
Caso o ano civil termine antes de decorrido o referido período de 6
meses, as férias serão gozadas até 30 de junho do ano seguinte,
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não podendo, no entanto, resultar o gozo de mais de 30 dias úteis


de férias no mesmo ano civil.
Disposições legais aplicáveis: artigo 239, n.º1 a 3, do CT.

332

Quantos dias de férias


tem direito o
trabalhador cujo
contrato tem a
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duração inferior a 6
meses?

333

111
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Neste caso, o trabalhador tem direito a 2 dias úteis de


férias por cada mês completo de duração do contrato,
contando-se para o efeito todos os dias seguidos ou
interpolados de prestação de trabalho.
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Estas férias têm de ser gozadas imediatamente antes da


cessação do contrato, salvo acordo das partes.
Disposições legais aplicáveis: artigo 239, n.º4 e 5, do CT.

334

A ausência de um
trabalhador por
motivo de doença ou
acidente afeta o
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direito a férias?

335

Feriados, Férias e Faltas

Se a situação de impedimento por doença ou acidente


tiver inicio e termo no decurso do mesmo ano civil, o
direito a férias não é afetado (independentemente do
tempo que o impedimento durar).
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Nas situações em que o impedimento se inicia num ano


civil e termina num ano civil diferente, há que distinguir
o direito a férias:

336

112
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

1 – No ano em que o impedimento se inicia:


O direito a 22 dias úteis de férias, vencidos em 1 de janeiro, não é
afetado.
Contudo, se o trabalhador não puder gozar estas férias até 31 de
dezembro devido ao impedimento, tem direito à retribuição
correspondente ao período de férias não gozado (total ou parcial)
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ou a gozo das mesmas até 30 de abril do ano seguinte. Em


qualquer dos casos ser-lhe-á sempre devido o pagamento do
respetivo subsidio de férias.

337

Feriados, Férias e Faltas

2 – No ano em que o impedimento termina:

Se o impedimento tiver durado por período igual o inferior a um


mês, o direito a férias não é afetado, ou seja, em 1 de janeiro do
ano em questão vencem-se 22 dias úteis de férias.

Se o impedimento se prolongar por mais de um mês (ou no


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momento em que se torne previsível que a sua duração será


superior a um mês), o contrato de trabalho suspende-se, o que
impede o vencimento do direito a férias nos termos normais.

338

Feriados, Férias e Faltas

2 – No ano em que o impedimento termina:


Nesta situação, o trabalhador terá direito a 2 dias úteis de
férias por cada mês de duração do contrato, até um máximo
de 20 dias úteis, cujo gozo pode ter lugar após 6 meses
completos de serviço prestado.
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Se o ano civil em que cessou o impedimento terminar antes


de decorrido o prazo de 6 meses, as férias serão gozadas até
30 de junho do ano seguinte.

339

113
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

3 – Nos anos intercalares em que não tenha havido


qualquer prestação de trabalho por causa do
impedimento (entre o ano de inicio e o ano de termo do
impedimento): não há qualquer direito a férias.
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Disposições legais aplicáveis: artigo 239º, n.º1, 2 e 6, 296º, n.º1 e 3, e 244º,


n.º3, do CT.

340

As férias vencidas
num ano civil podem
ser gozadas no ano
civil seguinte?
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341

Feriados, Férias e Faltas

Em regra, as férias são gozadas no ano civil em que se vencem.


No entanto, as férias podem ser gozadas até 30 de abril do ano civil
seguinte, se o empregador e o trabalhador assim o acordarem ou
sempre que o trabalhador pretenda gozar as férias com familiar
residente no estrangeiro.
Por acordo entre empregador e o trabalhador, metade do período
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de férias pode ser gozado no ano seguinte, desde que em


acumulação com as férias vencidas no inicio desse ano.
Disposições legais aplicáveis: artigo 240º do CT.

342

114
06/11/2022

A quem compete
marcar o período de
férias?
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343

Feriados, Férias e Faltas

As férias devem ser marcadas por acordo entre empregador e


o trabalhador, sendo que, na falta de acordo, as férias são
marcadas pelo empregador.

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:


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1 – Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana, de


segunda a sexta-feira, com exceção de feriados;

344

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

2 – Caso os dias de descanso dos trabalhadores coincidirem com


dias úteis, são considerados dias de férias, em substituição dos dias
de descanso, os sábados e domingos que não sejam feriados;

Exemplo: a Ana folga à 4ª e 5ª feiras. Assim, serão


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contabilizados como dias de férias os sábados e domingos que não


sejam feriados, e não as 4ª e 5ª feiras;

345

115
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

3 – As férias não podem ter inicio em dia de descanso


semanal do trabalhador;

4 – O empregador deve ouvir previamente a comissão de


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trabalhadores ou, na sua falta, a comissão intersindical ou a


comissão sindical representativa do trabalhador interessado;

346

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

5 – Na falta de acordo, em empresas com 10 ou mais


trabalhadores, o empregador só pode marcar o período de
férias entre 1 de maio e 31 de outubro, exceto se o IRCT
aplicável ou o parecer dos representantes dos trabalhadores
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admitir época diferente;

347

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

6 – O empregador que exerça atividade ligada ao turismo


está obrigado a marcar 25% do período de férias a que os
trabalhadores têm direito entre 1 de maio e 31 de outubro,
sendo este período gozado de forma consecutiva. A referida
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percentagem pode ser aumentada por IRCT;

348

116
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

7 – Em caso de cessação do contrato de trabalho sujeita a


aviso prévio, o empregador pode determinar que o gozo das
férias tenha lugar imediatamente antes da cessação;

8 – Os períodos mais pretendidos devem ser rateados,


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sempre que possível, beneficiando alternadamente os


trabalhadores em função dos períodos gozados nos dois anos
anteriores;

349

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

9 – Os cônjuges, bem como as pessoas que vivam em união


de facto ou economia comum nos termos da lei, que
trabalham na mesma empresa ou estabelecimento têm
direito a gozar férias em idêntico período salvo se houver
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prejuízo grave para a empresa;

350

Feriados, Férias e Faltas

A marcação de férias tem de respeitar as seguintes regras:

10 – Se houver acordo entre empregador e trabalhador, o gozo do


período de férias pode ser interpolado, desde que sejam gozados,
no mínimo, 10 dias uteis consecutivos;
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Disposições legais aplicáveis: art.º 241, n.º1 a 8, 238º, n.º2 e 3, e 92º,


n.º1º do CT.

351

117
06/11/2022

O empregador é
obrigado a elaborar
um mapa de férias?
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352

Feriados, Férias e Faltas

Sim.
O mapa de férias tem de ser elaborador até dia 15 de abril de
cada ano, com indicação do inicio e do termo dos períodos de
férias de cada trabalhador.
Este mapa tem ainda de estar fixado nos locais de trabalho
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no período compreendido entre 15 de abril e 31 de outubro.

Disposições legais aplicáveis: art.º 241, n.º9, do CT.

353

O empregador pode
encerrar a empresa
para férias dos
trabalhadores?
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354

118
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Sim. Sempre que seja compatível com a natureza da


atividade, o empregador pode encerrar a empresa ou o
estabelecimento, total ou parcialmente, para férias dos
trabalhadores:
1 – até 15 dias consecutivos, entre 1 de maio e 31 de outubro;
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2 – Por período superior a 15 dias consecutivos ou fora do período


entre 1 de maio e 31 de outubro, quando assim estiver fixado em
IRCT ou mediante parecer favorável da comissão de trabalhadores;

355

Feriados, Férias e Faltas

3 – Por período superior a 15 dias consecutivos, entre 1 de maio e 31 de


outubro, quando a natureza da atividade assim o exigir;

4 – Durante 5 dias úteis consecutivos na época das férias escolares do


natal;

5 – durante 1 dia que esteja entre um feriado que ocorra à terça-feira ou à


quinta feira e um dia de descanso semanal (ponte). Neste caso, o
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empregador deve informar os trabalhadores abrangidos, até ao dia 15 de


dezembro de cada ano, do encerramento a efetuar no ano seguinte;
Disposições legais aplicáveis: art.º 242, do CT e artigo 10º, n.º2, da Lei 23/2012, de 25 de
junho.

356

O empregador pode alterar as


férias depois de as mesmas
terem sido marcadas?

E, se as férias já se tiverem
iniciado, o empregador pode
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interrompê-las?

357

119
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas


Sim. O empregador pode fazê-lo por exigências imperiosas do
funcionamento da empresa. Contudo, nesta situação, o trabalhador tem
direito a indemnização pelos prejuízos sofridos pelo facto de deixar de
gozar férias no período marcado.

Por outro lado, a interrupção do período de férias deve permitir o gozo


seguido de metade do período de férias a que o trabalhador tem direito.
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O empregador pode, ainda, alterar a marcação de férias em caso de


cessação do contrato de trabalho sujeita a aviso prévio, determinando
que o gozo de férias tenha lugar imediatamente antes da cessação.
Disposições legais aplicáveis: art.º 243, do CT.

358

O que acontece se o
trabalhador adoecer
durante o seu período
de férias?
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359

Feriados, Férias e Faltas

Caso o trabalhador fique temporariamente impedido, por


doença ou por outro facto que não lhe seja imputável, o gozo
de férias não se inicia ou, se já tiver iniciado suspende-se.
Para tanto, é necessário que o trabalhador comunique a
situação de impedimento ao empregador.
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Se a situação de impedimento terminar ainda no decurso do


período de férias marcado, o trabalhador deverá gozar os
dias de férias remanescentes.

360

120
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Em qualquer caso, o período correspondente aos dias de férias não


gozados deve ser marcado por acordo ou, na falta de acordo, pelo
empregador, sem sujeição ao período de 1 de maio a 31 de outubro.

Em caso de impossibilidade total ou parcial do gozo de férias no


decurso do ano civil em que se venceram, por motivo de impedimento
do trabalhador, este tem direito à retribuição correspondente ao
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período de férias não gozado ou ao gozo do mesmo até 30 de abril do


ano seguinte e, em qualquer caso, ao respetivo subsidio de férias.
Disposições legais aplicáveis: art.º 244º do CT.

361

Quais são os efeitos


da cessação do
contrato de trabalho
no direito a férias e
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respetivo subsídio?

362

Feriados, Férias e Faltas

Regra: Uma vez que as férias se reportam, em principio, ao


trabalho prestado no ano civil anterior, cessando o contrato de
trabalho por qualquer forma, o trabalhador tem direito a
receber a retribuição de férias e respetivo subsidio:

1 – correspondente a férias já vencidas e não gozadas;


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2 – proporcionais ao tempo de serviço prestado no ano da


cessação;

363

121
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Exceção: Caso o contrato cesse no ano civil seguinte ao da


admissão ou caso a sua duração não seja superior a 12
meses, o computo total das férias ou da correspondente
retribuição a que o trabalhador tenha direito não pode
exceder o proporcional ao período anual de férias tendo
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em conta a duração do contrato.


Disposições legais aplicáveis: art.º 245º, n.º1 e 3, do CT.

364

O que acontece se o
contrato cessar
imediatamente após
impedimento
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prolongado, iniciado
em ano anterior?

365

Feriados, Férias e Faltas

O trabalhador tem direito à retribuição e ao subsidio de


férias correspondentes ao tempo de serviço prestado no
ano em que o impedimento se iniciou.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 245º, n.º4, do CT.

366

122
06/11/2022

Que retribuição deve


ser paga ao
trabalhador durante o
período de férias?
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367

Feriados, Férias e Faltas

A retribuição do período de férias correspondente à que o


trabalhador receberia se estivesse em serviço efetivo.

Para além de tal retribuição, tem ainda direito a um subsidio de


férias composto pela retribuição base e outras prestações
retributivas que sejam contrapartida do modo especifico da
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execução do trabalho.

Disposições legais aplicáveis: art.º 245º, n.º4, do CT.

368

Em que momento
deve ser pago o
subsídios de férias?
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369

123
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Deve ser pago antes do inicio do período de férias. Caso as


férias sejam gozadas de forma interpolada, o subsidio deve ser
pago proporcionalmente antes de cada período.

No entanto, mediante acordo escrito entre empregador e


trabalhador, podem ser definidos prazos e modalidades de
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pagamento distintos (exemplo: pagamento da totalidade do


subsidio no mês de janeiro ou o pagamento em duodécimos).
Disposições legais aplicáveis: art.º 264º, n.º3, do CT.

370

O trabalhador pode
renunciar ao direito a
férias?
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371

Feriados, Férias e Faltas

O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser


substituído por qualquer compensação, económica ou outra,
ainda que com o acordo do trabalhador.

No entanto, o trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de


férias que excedam 20 dias úteis, ou a correspondente
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proporção no caso de férias do ano de admissão.

372

124
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Esta renuncia não implica qualquer redução na retribuição de férias e


no subsidio de férias, que serão pagos na totalidade, sendo ainda
devida a retribuição correspondente ao trabalho prestado nesses dias.

Por outro lado, a lei permite que o trabalhador com faltas que
determinem perda de retribuição possa solicitar a substituição dessa
perda pela diminuição correspondente de dias de férias,
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salvaguardando sempre o gozo de 20 dias úteis.

Disposições legais aplicáveis: art.º 237º, n.º3, 238º, n.º5, e 257º nº 1, alínea a), do CT.

373

Quais são as
consequências da
violação do direito a
férias?
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374

Feriados, Férias e Faltas

Se o empregador obstar, culposamente, a que o


trabalhador goze férias nos termos do Código do Trabalho,
o trabalhador tem direito a compensação no valor do triplo
da retribuição correspondente ao período em falta, que
terá de ser gozado até 30 de abril do ano civil subsequente.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 246º, n.º1, do CT.

375

125
06/11/2022

O trabalhador pode
exercer outra
atividade profissional
durante as férias?
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376

Feriados, Férias e Faltas

Não, exceto se se tratar de atividade que o trabalhador já viesse


a exercer ou se o empregador o autorizar.

A violação desta regra por parte do trabalhador permite ao


empregador reaver a retribuição correspondente às férias e o
respetivo subsídio, metade dos quais reverte para o serviço
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responsável pela gestão financeira do orçamento da Segurança


Social.
Disposições legais aplicáveis: art.º 247º, do CT.

377

O empregador pode
aplicar ao trabalhador
uma sanção
disciplinar de dias de
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férias?

378

126
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas


Sim. No entanto, a aplicação desta sanção disciplinar, tal como
acontece com todos os outros tipos de sanção, tem de ser precedida
de procedimento disciplinar, no decurso do qual seja garantida a
audiência prévia do trabalhador.

Por outro lado, a perda de dias de férias não pode pôr em causa o
gozo de 20 dias úteis de férias, sendo que a sanção deve ser
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proporcional à gravidade da infração e à culpabilidade do infrator.

Disposições legais aplicáveis: art.º 328º,n.º 1, alínea d), e 3, alínea b), 329º, n.º6, e 330º,
n.º1, do CT.

379

Qual é a definição
legal de falta?
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380

Feriados, Férias e Faltas

Falta é a ausência do trabalhador do local em que devia


desempenhar a atividade, durante o horário de trabalho
ou, no caso de trabalhador com isenção de horário de
trabalho, durante o período normal de trabalho diário.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 248º, n.º1, do CT.

381

127
06/11/2022

Que faltas são


consideradas
justificadas?
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382

Feriados, Férias e Faltas

Casamento:

- 15 dias seguidos, por altura do casamento;

- Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);


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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea a), do CT.

383

Feriados, Férias e Faltas


Falecimento:
- Até 20 dias consecutivos, por falecimento de descendente ou afim no 1.º grau
na linha reta;

- Até cinco dias consecutivos, por falecimento de cônjuge não separado de


pessoas e bens ou de parente ou afim ascendente no 1.º grau na linha reta;

- Até 2 dias consecutivos, por falecimento de outro parente ou afim na linha


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reta ou no 2.º grau da linha colateral;

- Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea b), do CT.

384

128
06/11/2022

20 dias
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385

Feriados, Férias e Faltas

Contagem das faltas por motivo de falecimento de


familiar:
- O início de contagem destas faltas inicia-se no dia do
falecimento, podendo ser acordado momento distinto ou ser
estabelecido outro momento por IRCT (artigo 250.º conjugado
com o artigo 3.º do CT);
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- Se o falecimento ocorrer no final do dia, após se verificar o


cumprimento, pelo trabalhador, do PNT diário, deve a contagem
dos dias de ausência ao trabalho por motivo de falecimento
iniciar-se no dia seguinte.

386

Feriados, Férias e Faltas

Contagem das faltas por motivo de falecimento de


familiar:

- Não podem ser contabilizados os dias de descanso e feriados


intercorrentes na contagem das faltas de falecimento de
familiar, por não existir ausência do trabalhador do local em que
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devia desempenhar a atividade durante o PNT diário.

387

129
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Contagem das faltas por motivo de falecimento de


familiar:

- O falecimento de familiar adia ou suspende o gozo das férias, na


medida em que não depende da vontade do trabalhador e
impossibilita o gozo do direito que visa o descanso e recuperação
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física do trabalhador.

Disposições legais aplicáveis: Nota Técnica n.7 ACT (agosto de 2018).

388

Feriados, Férias e Faltas

Trabalhador-Estudante:
- Prestação de provas de avaliação: no dia da prova e no dia
imediatamente anterior, tendo em conta os limites previstos no CT.
Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);

- Deslocações para prestar provas de avaliação: na estrita medida das


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deslocações necessárias. São retribuídas até 10 faltas em cada ano


letivo, independentemente do n.º de disciplinas (artigo 91º n.º6 do CT);

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea c), do CT.

389

Feriados, Férias e Faltas


A motivada por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não
imputável ao trabalhador, nomeadamente observância de prescrição
médica no seguimento de recurso a técnica de procriação medicamente
assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação legal.

Regra: Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);

Exceção: Determina perda de retribuição: falta dadas por motivo de


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doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança


social de proteção na doença e falta dadas por motivo de acidentes de
trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer subsidio ou
seguro;
Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea d), do CT.

390

130
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:


1 - Em caso de doença ou acidente, a filho menor de 12 anos ou,
independentemente da idade, a filho com deficiência ou doença
crónica:
- até 30 dias por ano, seguidos ou interpolados (acresce 1 dia por
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cada filho além do primeiro) ou durante todo o período de


eventual hospitalização (art.º 49, n.º1 e 3, do CT);

- Determina perda de retribuição;


Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

391

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:


2 - Em caso de doença ou acidente, a filho com 12 anos ou mais
anos que, no caso de ser maior, faça parte do agregado familiar do
trabalhador:
- até 15 dias por ano, seguidos ou interpolados (acresce 1 dia por
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cada filho além do primeiro). (art.º 49, n.º2 e 3, do CT);

- Determina perda de retribuição;

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

392

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:


3 – A seguir ao nascimento de neto que consigo viva em comunhão
de mesa e habitação e que seja filho de adolescente com idade
inferior a 16 anos:

- Até 30 consecutivos a seguir ao nascimento. (art.º 50º, n.º1, do


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CT);
- Determina perda de retribuição;

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

393

131
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:


4 – Em caso de doença ou acidente, a neto menor ou,
independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica,
em substituição dos progenitores:
- Até 30 dias por ano. No entanto, o direito dos progenitores é
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reduzido na precisa medida do n.º de faltas do avô/avó em sua


substituição, (art.º 50º, n.º3, do CT);

- Determina perda de retribuição;


Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

394

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:


5 – Em caso de doença ou acidente, a cônjuge ou pessoa que viva
em união de facto ou economia comum com o trabalhador,
parente ou afim na linha reta ascendente (pais, sogros, avós,
bisavós) ou no 2.º grau da linha colateral (irmãos):
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- Até 15 dias por ano, (art.º 252º, n.º1, do CT);

- Determina perda de retribuição, (art.º 255º, n.º2 alínea c), do CT);

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

395

Feriados, Férias e Faltas

Prestação de assistência inadiável e imprescindível:

6 – A pessoa com deficiência ou doença cronica, que seja


cônjuge ou viva em união de facto com o trabalhador:

- Até 30 dias por ano, (art.º 252º, n.º2, do CT);


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- Determina perda de retribuição, (art.º 255º, n.º2 alínea c), do CT);

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea e), do CT.

396

132
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Deslocação do responsável pela educação do menor ao


estabelecimento de ensino frequentado, por motivo
relacionado com a situação educativa deste:

- Pelo tempo estritamente necessário, até 4 horas por trimestre,


por cada menor (art.º 249, n.º2, alínea f);
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- Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);

Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea f), do CT.

397

Feriados, Férias e Faltas

Desempenho de funções em estrutura de


representação coletiva dos trabalhadores de que seja
membro, que exceda o crédito de horas:

- Determina perda de retribuição (artigo 409º, n.º1 e 2, do CT);


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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea g), e 409.º, n.º1, do CT.

398

Feriados, Férias e Faltas

Delegado sindical:

- Prática de atos necessários e inadiáveis no exercício das


correspondentes funções, que exceda o crédito de horas;

- Determina perda de retribuição (artigo 409º, n.º1 e 2, do CT);


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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea g), e 409.º, n.º2, do CT.

399

133
06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Dada por candidato a cargo público, nos termos da


correspondente lei eleitoral:

- Não determina perda de retribuição (artigo 255, n.º1, do CT);


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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea h), do CT.

400

Feriados, Férias e Faltas

Autorizada ou aprovada pelo empregador:

- Determina perda de retribuição (artigo 255, n.º2, do CT);


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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea i), do CT.

401

Feriados, Férias e Faltas

Considerada justificada por lei:

- Até 30 dias por ano não determinam perda de retribuição.


Quando excedam 30 dias por ano, determinam perda de
retribuição (artigo 255, n.º 1 e 2 , alínea d), do CT);
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Disposições legais aplicáveis: art.º 249º, n.º2, alínea j), do CT.

402

134
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Quais são as faltas


consideradas
justificadas por
legislação avulsa?
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403

Feriados, Férias e Faltas

Existem várias situações de ausência que se encontram


previstas em legislação dispersa como faltas/dispensas
justificadas.

Exemplos:
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- Faltas dadas pelo dador de sangue ou candidato a dador,


(nos termos dos artigos 6.º, n.º1, alínea g), e 7.º da Lei 32/2012, de 27/08);

404

Feriados, Férias e Faltas

Exemplos:

- Faltas dadas pelo bombeiros voluntários para exercício de


atividade operacional, (nos termos dos artigos 26.º, do DL n.º241/2007,
de 21/06, alterado e republicado pelo DL n.º 249/2012, de 21/11);

- Faltas dadas pelos praticantes desportivos de alto


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rendimento, (nos termos dos artigos 24.º, do DL n.º272/2009, de 01/10);

- Faltas dadas pelo presidente da direção de associação


voluntária, (nos termos dos artigos 4.º a 6.º, da Lei n.º20/2004, de 05/06);

405

135
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Podem ser criadas


novos tipos de faltas
por IRCT ou por
contrato de trabalho?
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406

Feriados, Férias e Faltas

As normas do CT relativas aos fundamentos das faltas e à sua


duração não podem ser afastadas por IRCT ou por contrato
de trabalho.

Exceção: as faltas dadas por trabalhador eleito para


estrutura de representação coletiva dos trabalhadores, nos
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termos do artigo 409.º do CT, que podem ser afastadas por


IRCT, desde que em sentido mais favorável ao trabalhador.

407

Feriados, Férias e Faltas

No entanto, relativamente aos efeitos da falta, o IRCT ou o


contrato de trabalho podem estabelecer regime diferente do
que vem definido no CT.

Exemplo: Um IRCT pode estabelecer que uma falta


autorizada ou aprovada pelo empregador determine o
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pagamento da retribuição.

Disposições legais aplicáveis: art.º 250º, do CT.

408

136
06/11/2022

O trabalhador tem de
informar o
empregador de que
vai faltar?
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409

Feriados, Férias e Faltas

Regra:

Ausência Previsível: o trabalhador deve comunicar a falta ao


empregador com a antecedência mínima de 5 dias, bem
como indicar o motivo justificativo.
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Exemplo: falta por casamento.

Disposições legais aplicáveis: art.º 253º, do CT.

410

Feriados, Férias e Faltas

Regra:

Caso não seja possível cumprir o prazo de antecedência, por


se tratar de ausência imprevisível, o trabalhador deve
comunicar a falta ao empregador logo que possível.
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Exemplo: doença súbita do trabalhador.

Disposições legais aplicáveis: art.º 253º, do CT.

411

137
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Feriados, Férias e Faltas

Exemplo de situações específicas:


- A falta de candidato a cargo público, durante o período legal de
campanha eleitoral, é comunicada ao empregador com a
antecedência mínima de 48 horas;
- A falta para assistência a seguir ao nascimento de neto é
comunicada ao empregador com a antecedência mínima de 5
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dias, devendo o trabalhador declarar o que está previsto no CT;

Disposições legais aplicáveis: art.º 409º, n.º3 e 50.º, n.º4 e 6 do CT.

412

Feriados, Férias e Faltas

Exemplo de situações específicas:

- A falta para assistência inadiável e imprescindível, em caso de


doença ou acidente, a neto menor ou com deficiência ou doença
crónica, em substituição dos progenitores, é comunicada ao
empregador com 5 dias de antecedência ou, em caso de
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impossibilidade, logo que possível, devendo o trabalhador


declarar o que está previsto no CT;

Disposições legais aplicáveis: art.º 409º, n.º3 e 50.º, n.º4 e 6 do CT.

413

Após comunicar a
ausência, o
trabalhador é
obrigado a apresentar
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prova da situação
alegada?

414

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Feriados, Férias e Faltas

Nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência, o


empregador pode exigir ao trabalhador prova do facto
invocado para a justificação, que deverá ser prestada em
prazo razoável.

A não apresentação de tal prova, quando solicitada, leva a


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que a ausência seja considerada injustificada.

Disposições legais aplicáveis: art.º 254º, do CT.

415

Que consequências
decorrem de uma ou
mais faltas
injustificadas?
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416

Feriados, Férias e Faltas

A falta injustificada constitui violação do dever de


assiduidade e determina perda da retribuição
correspondente ao período de ausência, sendo que este não
é contado na antiguidade do trabalhador.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 256º, do CT.

417

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06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Para além disso, acresce que a falta injustificada a um ou a


meio período normal de trabalho diário imediatamente
anterior ou a feriado constitui infração grave.

Neste caso, o período de ausência a considerar para efeitos


da perda de retribuição abrange os dias ou os meios dias de
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descanso ou os feriados imediatamente anteriores ou


posteriores ao dia de falta.
Disposições legais aplicáveis: art.º 256º, do CT.

418

O trabalhador que se
apresente com atraso
injustificado pode ser
impedido de iniciar as
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suas funções?

419

Feriados, Férias e Faltas

Se o atraso injustificado for superior a 60 minutos e ocorrer


no inicio do período de trabalho diário, o empregador pode
não aceitar a prestação de trabalho durante o período normal
de trabalho.

Tratando-se de atraso injustificado superior a 30 minutos, o


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empregador pode recusar a prestação de trabalho durante a


parte do período normal de trabalho em questão.
Disposições legais aplicáveis: art.º 256º, do CT.

420

140
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É possível substituir a
perda de retribuição
por motivo de faltas
por dias de férias?
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421

Feriados, Férias e Faltas

Sim. Pode haver renúncia a dias de férias em número igual aos dias
de faltas que determinam perda de retribuição, desde que
salvaguardando o gozo de 20 dias úteis de férias (ou a
correspondente proporção, no caso de férias no ano de admissão),
e mediante declaração expressa do trabalhador comunicada ao
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empregador. Essa situação não pode ser imposta pelo empregador


(não implica a diminuição do subsidio de férias).

Disp. legais aplicáveis: art.º 257º, n.º 1, alínea a), e 2), e 238.º, n.º5, do CT.

422

É possível substituir a
perda de retribuição
por motivo de faltas por
prestação de trabalho
em acréscimo ao
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período normal de
trabalho?

423

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06/11/2022

Feriados, Férias e Faltas

Sim.

Mas apenas quando o IRCT o permita e desde que dessa


forma o trabalhador não preste mais de 12 horas diárias ou
60 horas semanais.
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Disposições legais aplicáveis: art.º 257º, n.º 1, alínea b), e 204.º do CT.

424

Obrigado!
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