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Ficha de Trabalho – Português / 11.

º Ano

Grupo I

1. Selecione a opção correta decorrente do estudo que fez da obra Os Maias, de Eça de Queirós.
1.1. A obra Os Maias
(A) retrata a fatalidade de várias gerações da família Maia e apresenta a crítica da sociedade
lisboeta de finais do século XIX.
(B) revela as capacidades de Carlos enquanto médico e salienta os dotes de Ega como orador.
(C) além de constituir um elogio à mulher portuguesa, critica também os seus defeitos.
(D) apresenta negativamente Maria Monforte e denuncia a determinação de Pedro da Maia.

1.2. A ação de Os Maias, que se prolonga por mais de 80 anos,


(A) é apresentada, em termos narrativos, de forma linear.
(B) não decorre linearmente, pois existem analepses, isocronias e anisocronias.
(C) é narrada, na totalidade, em retrospetiva.
(D) é inteiramente perspetivada sob o olhar de Carlos da Maia.

1.3. O subtítulo da obra Os Maias


(A) desvenda os vários incidentes que acometem a família.
(B) centra-se na vida social de Afonso da Maia.
(C) apresenta vários episódios que retratam a sociedade lisboeta.
(D) destaca as características românticas evidenciadas na obra.
FICHAS DE TRABALHO
11.º ANO - PORTUGUÊS

Grupo II

Responda às questões.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o texto. Em caso de necessidade, consulte a nota.

Nem todas as baleias voam, de Afonso Cruz: a capacidade de voo dos cetáceos…

A premissa embala-nos na direçã o de um thriller, mas a estranha missã o que é imposta ao


protagonista desta histó ria desvia-nos por outros caminhos. O autor dispõ e poucas peças no
tabuleiro do jogo logo no pró logo: esta é a histó ria de Erik Gould, um jazzman que respira mú sica
por todos os poros, e talvez a tenha até por dentro, na pró pria alma. A CIA estuda-o e, ao fim de
5 inú meros relató rios, chega à conclusã o de que ele é a pessoa ideal para uma missã o com o nome de
có digo Jazz Ambassadors, urdida para levar ao bloco de Leste comunista a influência libertadora
ocidental através da mú sica. Essa operaçã o diplomá tica, expliquemos desde já , existiu mesmo, e foi
prolongada para lá da Guerra Fria.
Na verdade, Afonso Cruz engana-nos com esta missã o e, em Nem todas as baleias voam, acaba
10 por nos guiar para temas como o amor e a morte, a arte ou a solidã o. Gould partilha com o filho,
Tristan, um dom insó lito: a sinestesia. A ele dá -lhe para ver mú sica por todo o lado e senti-la com
outros sentidos, atribuindo cores à s notas. O filho vê os sentimentos, os seus e os dos que o rodeiam,
na forma de pessoas. Outras intrigas se cruzam numa teia de considerá vel imaginaçã o. Erik lamenta
o desaparecimento sú bito do amor da sua vida, a russa Natasha, mã e de Tristan. Na verdade,
15 Natasha será o mó bil de um grande complô que vai acompanhar a missã o do mú sico ao Leste...
Neste ponto é preciso fazer uma travagem e parar com os spoilers1. O melhor é ficar com um
pequeno exemplo da narrativa, quando os agentes da CIA que analisam as potencialidades de Gould
para vir a ser um “embaixador do jazz” se deparam com uma das muitas surpresas que o
protagonista tem para lhes dar. O mú sico tinha por há bito cortar-se para se infligir dor. Um dos
20 agentes fala do seu corpo coberto de cicatrizes: “A meu ver”, diz ele ao superior, “completamente
escusadas”. Fazia-o, continua o espiã o, “para se libertar da mú sica”. O outro, perplexo, quis saber
mais. A resposta, bem ao estilo de Afonso Cruz, é insó lita: “Achava que estava a abarrotar de mú sica,
que ela já nã o lhe cabia no corpo, e cortava-se como quem faz uma sangria, para se libertar.”
Ricardo Nabais, in Visão, ediçã o online de 26 de dezembro de 2016 (consultado em janeiro de 2017).

1
Algo/alguém que revela o conteúdo de um livro ou filme sem que outra pessoa o tenha visto.

1. A ação de Nem todas as baleias voam


(A) tem como personagem principal um diplomata americano.
(B) é uma história sobre a existência humana, o amor e a morte.
(C) é um livro sobre cetáceos.
(D) aborda a temática da Guerra Fria.

2. A autoflagelação da personagem Erik Gould explica-se


(A) por ser uma maneira de desviar a atenção da sua função de espião.
(B) pelo facto de Natasha, o amor da sua vida, ter morrido.
(C) porque o filho conseguia ver os seus sentimentos.
(D) por ser uma maneira de expurgar o excesso de música que sentia em si.
1. FICHAS DE DIAGNÓSTICO

3. No segmento “A premissa embala-nos na direção de um thriller” (l. 1), o pronome desempenha a


função sintática de
(A) complemento direto. (C) complemento indireto.
(B) sujeito. (D) complemento oblíquo.

4. O referente do pronome no segmento “e talvez a tenha até por dentro” (l. 4) é


(A) “história”. (C) “música”.
(B) “história de Erik Gould”. (D) “missão”.

5. O processo de formação do termo “CIA” (l. 4) é


(A) siglação. (C) derivação não afixal.
(B) acronímia. (D) conversão.

6. No contexto em que surge, o verbo “lamenta” (l. 14) classifica-se como


(A) transitivo-predicativo. (C) transitivo indireto.
(B) intransitivo. (D) transitivo direto.

7. O segmento “que estava a abarrotar de música, que ela já não lhe cabia no corpo” (ll. 22-23) com-
preende
(A) uma oração subordinada substantiva completiva e uma oração subordinada adjetiva relativa
explicativa.
(B) uma oração subordinada adverbial comparativa e uma oração subordinada adjetiva relativa
explicativa.
(C) uma oração subordinada substantiva completiva e uma oração subordinada adjetiva relativa
restritiva.
(D) uma oração subordinada substantiva relativa e uma oração subordinada adjetiva relativa expli-
cativa.

8. Identifique o mecanismo de coesão assegurado pelo conector “mas” (l. 1).


«mas» assegura a coesão interfrásica.

9. Indique a função sintática desempenhada pelo segmento “o espião” (l. 21).


O segmento «espião» desempenha a função sintática de sujeito.

10. Refira o valor lógico do conector sublinhado na expressão “e cortava-se como quem faz uma
sangria, para se libertar” (l. 23).
Tem valor comparativo.
FICHAS DE TRABALHO
11.º ANO - PORTUGUÊS
FICHAS DE DIAGNÓSTICO
FICHAS DE TRABALHO
11.º ANO - PORTUGUÊS

GRUPO II

Responda às questões.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o texto.

É bom quando ganham os melhores

Vencer na cena internacional é extremamente complexo, tal a junçã o de razõ es conjunturais e


estruturais, ainda por cima num mundo mais imprevisível do que nunca. Mesmo para os melhores.
Mas quando os melhores ganham é bom, é muito bom. Foi o que aconteceu neste caso.
Antó nio Guterres era e é, claramente, o melhor para o cargo. Pelas suas qualidades pessoais, pelo
5 seu currículo na pró pria ONU, pela capacidade de visã o e de equaçã o dos principais problemas
universais. Demonstrou-o ao longo de meses na sua candidatura. É certo que com o apoio de um
esforço singular de unidade nacional, de uma solidariedade institucional absoluta, de uma
diplomacia que teve no primeiro-ministro e, em especial, no ministro de Estado e dos Negó cios
Estrangeiros um papel estratégico crucial, de uma equipa notá vel e de um protagonista de exceçã o,
10 que foi o representante de Portugal na ONU, embaixador Á lvaro de Mendonça e Moura. E da voz
prestigiada do presidente Jorge Sampaio.
Tudo isto é verdade. Mas Antó nio Guterres foi o melhor. Pelo facto muito simples de que é o
melhor. De longe. Por isso, a vitó ria é, em primeira linha, sua. Ou, se quisermos ser justos e
prospetivos, da comunidade internacional, que soube perceber o que estava em causa. E teve a
15 coragem de escolher em conformidade.
Termino como comecei: que bom ter ganho o melhor! Quando esse melhor é português, que
honra para o Presidente da Repú blica de Portugal poder testemunhar e celebrar esse momento
histó rico.

Presidente da Repú blica


Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa, in DN, ediçã o online de 6 de outubro de 2016.

1. No texto dá-se especial destaque


(A) à capacidade de comunicação de António Guterres, quando se trata de assuntos internacio-
nais.
(B) às qualidades pessoais, que fizeram de Guterres o melhor candidato à presidência da ONU.
(C) à experiência política de Guterres na cena internacional, nomeadamente no seio da ONU.
(D) ao conhecimento dos problemas universais, às características pessoais e à experiência de
António Guterres.

2. Segundo o presidente da República, a vitória de António Guterres ficou a dever-se


(A) à união da nação, à solidariedade das instituições políticas, à ação diplomática desenvolvida e
à inteligência da comunidade internacional.
(B) às qualidades pessoais de Guterres, à diplomacia portuguesa e à voz prestigiada de Jorge
Sampaio.
(C) ao esforço do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e do representante de Portugal
na ONU, embaixador Álvaro de Mendonça e Moura.
(D) ao papel desempenhado por uma equipa que fez dele o melhor candidato.
FICHAS DE DIAGNÓSTICO

3. O pronome pessoal que integra o constituinte “Demonstrou-o” (l. 6) refere-se à expressão


(A) “é, claramente, o melhor para o cargo”. (l. 4)
(B) “o melhor”. (l. 4)
(C) “seu currículo na própria ONU”. (l. 5)
(D) “Vencer na cena internacional é extremamente complexo”. (l. 1)

4. A expressão sublinhada na frase “tal a junção de razões conjunturais e estruturais” (ll. 1-2) pode ser
substituída por
(A) tamanha. (C) pois.
(B) devido à. (D) tal como.

5. A conjunção sublinhada em “Mas quando os melhores ganham é bom” (l. 3), assegura a coesão
(A) lexical. (C) interfrásica.
(B) referencial. (D) frásica.

6. O vocábulo sublinhado na frase “com o apoio de um esforço singular de unidade nacional” (ll. 6-7) é
antónimo de
(A) banal. (C) invulgar.
(B) único. (D) excêntrico.

7. O constituinte sublinhado em “Mas António Guterres foi o melhor” (l. 12) desempenha a função
sintética de
(A) complemento direto. (C) predicativo do sujeito.
(B) complemento indireto. (D) predicativo do complemento direto.

8. Indique a subclasse de “que” em “que soube perceber o que estava em causa” (l. 14).

9. Classifique a oração sublinhada em “soube perceber o que estava em causa” (l. 14).

10. Identifique e classifique o sujeito da forma verbal “teve” em “E teve a coragem de escolher em
conformidade” (ll. 14-15).
2. Testes de Avaliação

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