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Livro de Resumo Dos Maias SebentaOCR Optimized
Livro de Resumo Dos Maias SebentaOCR Optimized
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RESUMOS DE CLÁSSICOS [BM PORTUGUÊS
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Resumos de todos os capítulos
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RESUMOS DE CLÁSSICOS
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RESUMOS DE CLÁSSICOS PORTUGUÊS
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Índice
2. Os Majos
— resumo dos capitulos ss emimimandors pm A
4. Às personagens «0
4.1. Representações do sentimento e da paisão: diversifigação da
intriga amonosa (Pedro da Maia, Carlos da Mala e João da Ega)... 4
£.2 Caraoterisilcas trágicas dás protagonistas (Alonso da Mala.
Carlos da Meia e Maria Eduarda), esmas eso tsseaesseneaeestesseas LA
Bá
1. Eça de Queiróse o seu tempo Concelho de Leiria. 4 partir de 1872, à escritor começou 8 viver na astrane
gelro, tendo sido norneado córsul arm Cuba, De 1874 a LATA, desempenhou
1,1. 0 homem g o escritor funções diplomáticas em Inolaterra e, seguidamente, foi transferido para
Paris. concreticando 5 seu grande sonhe no âmbito da diplomacia: Este
«José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, à 25 dé novembro
afastamento fisico de Portugal não o levou a desinteressar-se dos factos
1845. Filho do magistrado José Marta de Almeida Teixeira de Queirós e de
que ocorreram ra seu pais: mas permitiu-lhe a analise mais desapaicanacia
0. Carmina Augusta Pereira de Eça, foi realstado como filho de me incúg-
e rigorosa da pálrá
nita situação que'sá foi regularizada apóso casamento dos sous pals, quatra
anos depois do seu nascimento, Viveu 05 primeiros des anos da sua infância vibma de-protóhgada dnença, Eca de Queirós faleceu em Paris, no dia'26
em Verdemilho, em casa dos seus avós paternos, Em LASS, foi estudar parts desgosto de 1800, Em setembro o corpo fol transtadado para Portugal,
o Cotégio da Lapa, no Porto, instihação diriqula pelo poi do Ramalho Ortigão: realizando-se s cenmônia fúnebre para o cemitério do Alto de 5. João, em
Em 1861, concluida a escolaridade obrigatória, ingressou na Universitade Lisboa.
de Coimbra,
Da sua intensa criação lrerária destacarr-se, entro outros publicações,
Em Colmbra, formou-se em Direito e contactou com o grupo académico O Crimedo Prsre Amaro (LBT5), O Primo Basilio (LE78). O Mandarim (LABO),
conhecido coma Escala de Colmbra que, soa liderança de Antero de Quen- A Reliquio (BET), Us Morros (1888) e, postumamente, À Correspondência ds
tele de Teófilo Braga, so notabilizou no «Questão Coimbrã», Em 1R6B, Eça Fradique Mendes (1000), A Ilustre Cosa de Ramires [19004 4 Cidades os
de Queirós começou a viver em Lisboa, juntou-se a asta elite intelectual, Sermos (1901) e Contos (1902),
que viria a constituir o «Cenários, grupo que promovia tertúlias literárias,
dando continuldade às atividades iniciadas &m Coimbra. Nesse mesmo ano,
inietare a publicação de artigos po jornal Gazeto de Partugal, onde conhe- 1.2. Contexto histórico-literário
ceu deime Batalha Reis, Seguidamente, part para Evora, onde Fundou &
dirigiu à jornal Distnto de Evpro. Em 1867, começou a sua atividade como O romance Os Molas, escrito entre 1880 e 1888, é uma das obras mais
atúgado o regressou e Lisboa, retomando a pubticação dos folhetins, no conhecidas da literatura portuguesa & um exemplo do Realismo e do Natura-
Guozeto de Portugal e integrando as reuniões do «Cenáculos, nas quais per lismo, om Portugal, impondo-se, por isso, o conhecimento de asnetos gerais
tioiparam Jaime Batalha Reis. Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Oliveira que q contestualiseim histórica e Lteraramente
Martins, dass Fontene, entre puros.
Os grandes progressos materiais da Európa, na sequreta metade do século
Em 1858, Ega de Queirós realizou Uma viagem & Palestina, Síria e Egito, BIA, tambémse fizerem sentir em Portugal, através das políticas implementa-
espaços que O fascinavarm. tendo também assistido & inauguração do Canal das por Antómo Mari Fontes Persirs de Melo, que mandou construir estradas,
do Suse ncontecimento relevante no contexto hstórico-politico é social dá pontes E inaugurou o primeiro troço de caminhos de ferro portugueses, bem
epoca. ápós ter regressado a Portugal, publicou os relatos da viagem, no como arede oficial de telêgrato elétrico, em 1858. o que facilitou a comuntca-
Digno de Noticias, com otitulo «De Por-Sald a Suezo vio a propagação dos ventos da mudaria,
Em 1871, veio a lume o primeiro número de 45 Forpes, folhetos publica- fisim, nfluendiados pala progresso das ciências e pelas novas ideias que
dos em colaboração com Ramalho Ortigão; Nasse mesmo ano, realizaram-se se difusa em outros paisas da Europa, um grupo de imtetactuais portugue-
as «Contarências Demecráticas do Casino Lisbonenses, cujo programa foi ses-manifestou à desejo de inovar, opondo-se aos velhos temas dominantes
proibido pelo Governo, após a quinta Conferência. facio gue fi contestado no Romantismo. Em Coimbra, liderados por Antero de Quental, alguns estu-
publicamente peto gruso do «Cenáculos, Decidido a entrar no carreira dantes atacaram Antônio Feliciano da Castilho, criticando o que consideravam
diplomática, Eça de Queirós candidatou-se para o efeito, mas, para cumprir uma literatyra sem orginalidade, para defenderem uma literatura inovadora,
as requisitos do concurso. teve de passar pelo cargo de Administrador do de compremetimento sociale de maior abertura à evolução cientlica daquela
apoca, Esta geração que desde 1881 vinha manifestando a sua rebebdia à cis- Desta forma, O Realismo é apresentado contra o Romantismo, opondo-se
qipéina universitária, Inconformada com os valores da sociedade em que-víivia, so egocentrismo e ao sentimentalismo piigas e defendendo o método ana-
desencadeou, em 1885 = chamada «Questão Colmbras, polémica literária ltco da apreensão da realidade, para condenar e reformar
os aspetos
que significou a dissolução do Romantismo erm Portugal negativos da sociedade.
“a negação da arie pela arte, à proscrição do enfático e -do piegas. (...) uma
reação contra 6 romentismi: o romantismo era & apoteose do sentimento:
o realismo é a anatomia do carácter. É a oritica-do homem, É a arte que nos
pinta 6 nossos próprios olhos = para nos:conhecemos, para que saibamos
se
somas verdadeiros ou falsas, para condenar oque houver de mau na nossa
sociedade
“2. Os Maias - resumo dos capítulos janelas e os poriões até que, passado algum tempo, Afonso da Maias a
sua familia partiram para Inglaterra, onde viveram abastadamenta. Meses
Capítulo | denols,a morte da mãe levou a Us Fanny oa dr viver dorm Alonso, em Rich-
mand, À exceção de Mana Eduarda, todos pareciam gostar daquele exílio
Os Maias eram uma antiga família pouco numerosa da Beira, reduzida a
dourado. Devido à sus saúde frágil e so ódio à lingua e à religião, a mulher
duas pessoas 0 senhor da casa, um senhor idoso, chamado Afonso da Mala de Afonso da Mala não se adaptara nem do clima inglês nem aos costumes.
e q5eu neto Carlos, que estava a estudar medicina em Coimbra
Herr sequer permitiu que Pedro fosse estudar num colégio inglês, mesma
Afonso adorava 0 silêncio da quinta de Santa Olávia, e Vilaça. procurador sendo cotólico. Para providengiar a educação do filho, mandou vir de Lisboa
E amigo de longa data dos Maias, eprúvara à venda da Tojeira, mas não o podre Vasques, que Lhe dava uma educação tradicional e muito religiosa
Aforso, por vezes: intercompla-a cimtrina, lLeveva Pedro q passear, apesar
dê cosa de Benfica, pois, pára ele, quando Carlos terminasse o seu curso,
deveria exercer medicina E certamente não lia querer ficar nas margens de grande alvoroço da mãe, que tinha medo que se constipasse Talera-a
proteção da mãe e das criadas que Pedrinho tinha medo do vento e das
do Douro, em Santa Olávia, Como tal, meses antes do Carlos terminar 0
seu curso, Afonso anunciou que queria habitar o Ramalhete, À casa de Lis-
árvores, Afonso acabou por desistir de libertar Pedro dos braços maternos,
boa estava inabitável e, para que tal fosse possivel, necessitava de muitas pois a sua mãe ficava com acessos de febre Após a morte da la Fanny, &
melancolia de Maria Eduarda aumentou ainda mars. Para a distrair, Afonso
obras. Para além disso, constava que as paredes do Ramalhete traziam
Levou-a para itália, onde havia sol e o Papa. mas Maria Eduarda choramin-
desgraças para 5 família. Contudo, Monso manteve a decisão e Selicitou
gava pelos ares de Lisboa e, para a acalmor, voltaram a Benfica.
que se realizasse as obras
Em Portugal, Marta Eduarda não melhorou, Definhava, imével, sentada
Um ano mais tarde, a Ramalhete estava pronto, mas continuou vazio até
num canapé-e recebia a visita do Padre Vasques e de óutros clórigos que
Carlos regressar da viagem pela Europa que fez depois de terminar o sou
aontrolavam aquela alma atérreds, ad mesmo tempo que comiam, betuam
curso de medicina. Assim, apenas no Dutono de 1875 Afonso E Dseu neto
2 recebiam chorudas mesadas. Pedro crescia Pequenina E nervoso como
Carlos de Maia foram habitar o Ramalhete.
a mãe, súlrendo crises de melancolia que o traziam murcho, com grar-
Havia vinte & cinco anos que Afonso não via Lisboa e não pessaram des olheiras e fraco. À única coisa que o animasa era o paixão pela mia
muitos dias até suspira petas sombras de Santa Olívia. Mas nem admitiu Quando a mãe, por fim, morreu, Pedro ficou muito abastado, QuRse Loto.
sequer viver separado do neto e este tinha intenções de fazer carroira ativa caindo numa angústia; num luto pesado que 0 levava a visitar, toDes 65
na capital. dias sus sepultura. Seguiu-se, depois, um período de vida dissipada &
turbulenta, Após um ano a voltar a casa de madrugada, exausto é hébaco,
Outrora, Afonso, filho de Caetano da Meia — um português absolutista Padro retomou à vida melancólica até que, um dia estando Pedro no Mar-
e fiel -, havia sido expulso pelo pal devido às suas Ideias liberais, sem rare, viu, parar uma catedhe azul, onde seguia uma jovem Loura = de olhos
mesada e renegado como um bastardo, Contudo, amaleçido pelos Lágrimas maravilhosos — Maria Mantorte. D seu atnigo Alencar. Lestemunhando o
da mulher, limitou-se a desterrá-lo para à Quinta de Santa Olávia. Alguns intaresse de Pedro nessa mulher, contou-lhe quem era; vinha dos Agores,
meses depúis. Afonso voltou a casa do pal, em Benfica, pestir-lhe a bênção tinha chegado havia dois anos com seu pai Manuel, pois este havia morto
& slgurm dinheiro para poder ir para Inglaterra, O pai, que viu tal ato como um Hbimem. Andara pelos Estados Unidos é carregara cargas de naúros
um milggre divino, aceitou E Afonso partiu, tendo Epenas regressado a Lis- pará o Brasil, Havana E Nova Ortades. Pizera fortuna eera proprietário. No
bos por altura da morte do pal. Fol nessa altura, em Portugal, que conhe- entanto, quando em Lisbos se soubera desse passado de tráfico de negros,
ceu D. Maria Eduarda dé Runa, com quem veio a casar é a ter um filho, foram apelidados
de negreiros; Tal, contudo, não impedia panda de Pedro
Pedro da Mai. Ficou a habitar er Portugal, mas uma noite, devida ds-suas & ums lernpos mais tarce, Pedro e Mara começaram a namorar, Sem
ideias revolucionárias, a polícia invadiu a sua casa em Benfica à procura afonso saber. Alonso desconfiava, mas agenas teve confirmação quando
de papéis e armas escondidas. Desde essa manhã, não mais se abriam as viteta Lhe disse que Maria não era apenes amante dy Pedro — era solteira
E namorava com ete. Toda a Lisboa falava da paixão de Pedro da Mala
Contudo, quer o batizado, quer a parta pare es mangêns do Douro foram
pela enegreiras. atrasados: Enquanto caçava, Pedro feriu, sem intenção, um principe napolitano
No verão, Pedro partiu para Sintra, atrás dos Monforte que Lá tinham alu- de nome Tancredo, que acabou por ficar alojado am sua casa para recuperar,
gado casa e 05 jovens continuaram o seu ldílio, Depois disso, nume Este homem esplândido fol entrando na vide de Maria e, mesmo já restabela-
manhã
de inverno, Pedro resolveu pedir licença so pai para casar com Maria Mon- cido. voltava a vistar a casa de Pedro e a abrilhantar as suas spirées:
forte. Afonso desaprovou a casamento, pais era filha de um assessino e Tompos depois, no regresso de Pedro, que tinha estado queente de Lishoa
de
um negreiro. Pedro, furmgso, jurou que haveria de casar com ela E abando- dimante dois dies, descobriu-se que Maria tinha fugido com o italiano & levado
no à Casa paterna. Dóis dias depois, Vilaça, em lágrimas, informou Afonso nº filha pequena. Pedro procurou consolo junto do pal. que ficou indignado com
que Pedro se havia casado naquela madrugada & que partiria com a noiva aquela situação. Segundo Afonso, o flho estragera 0 sangue
da raça e cobria,
para Itália, Afonso, desgostoso, afirmou que, dali em diante, só haveria um Bijpri, à casa de veame. Mas como pal, lamentava o estado deplorável do filho
Lalher à mesa e, à partir, daquele momento, nunca mais se falou de Pedro e tentou com ternura obviar tamanha dar,
da Maia.
Pedro trazia consigo o pequeno Carlos Edtardo que rapidamente conquistou
Capítulo || a atenção e o amordo avô Depois de desabafar com Alonso, contando história
de tração da mulher,Pedro retirou-se para seu quarto onde, de madrugada, 5€
Casal vivia feliz em Itália mas, um dia, Maria sentiu vontade de Ir para Paris
sulcadou com um tiro de pistola Afonso, dias depois, fechoua casa de Benfica&
e al) habitar
um ninho de amo nos Campos
r Elísios. Mudaram-sa mas, quando partiu com O neto Bos criados para Santa Olávia. Segundo Vilaça. que
o visitou
Maria engravidou, Pedro não descansou enquanto não & retirou dagqueta cidade
dois meses mais tarde, Afonso não teria mais de um anpdevida,
agitada que já sé falava em revolução.À pedido de Maria, Pedro escreveu 3 seu
pai uma tera missiva na esperança de que os acolhesse e 05 perdoasse
, no Capítulo IH
entanto. Afonso da Maia partiu para Santa Olávia dois dias antes de Pedro
é No entanto, passaram vérios anos, Vilaça regressou a Santa Olavia onde
Maria Chegarem.
encontrou Carlos já crescido, saudável, alegre, multo parecido com 05 Maias,
Lima separação profunda cavou a relação entre pai e filhos, quando nasceu e Afonso, feliz, entregue à suprema missão deo educar. O avô contratara um
uma filha. Pedro não cormimnicou o gonstecamento
30 seu progenitor; Quando a percetar inglés, Mr. Brown, que educam O pequeno segunda o madelo inglés:
penvena, Linda, loura e com 08 belos olhos negros dos Maias, completou umana, ainda não tinha cinco anos e já dormia sonho e todas as manhãs tomava
houve um grande baile na casa de Arrolos, ode compareceram às pessoas banho de água gelada: De igual moda, praticava exercido físico no exterior
que
outrora Uinham horrorá negrara e estava subordinado a uma alimentação bastante controlada. Murta dureza,
segundo Teixeira, O mesdomo, que explica a Viaça que 0 Inglês até o tinha
Aparte dessa festa, muitas outras festas luxinsas es seguiram, Eram as
ensinado a remar e a fazer habilidades no trapézio Teixeira era contra este
seirbes mais alegr
de Listas.
es Todos os amigos de Pedro amavam Maria, tipo de educação liberal, diria que não se adeguava a um fidalgo português.
fazendo-lhe, inclusive, declarações de amor. Pedro, embora não santicso cihó-
O abade Custódio, que 5E encontrava para jantar, também não concordava,
mes. fartava-so daquele clima lusuoso e de festa. afirmando que a latim deveria ser-a base da educação, Mas Brown decondava
Quando Mara teve um segundo filho, Fedro pretendes reconciliae-se com totalmente desta conceção de educação e repetia que0 primeiro dever do
Alisa. Para tal, surpreondena o pai em Santa Olávia. com os dúis lhos Quis homem era viver e que, pare 550, era necessário ser forte e saudável,
até dar ao pequenoo seu nome mas Maria não consentiu. Coma andava a ler
bo final de um jantar, Carlos anunciou que ia buscar «a malva. Teresinha,
uma novela cujo protagonisera ta u romanesco principe Carlos Eduardo, nome de família Silveira. No serão estavam D. Ana Silveira, a mais velha e talentosa
que lhe parecia conter um destina de amor = aventuras.
es E assim flbou: Carlos do familia, uma grande autoridade em Resende em etiqueta é na douirina,
Eduardo da Maia,
rapariguinha magrae viva com cabelos negros, Euseblasinho, um rapaz timido, gu prima, André de Noronha, que lho revelou que Maria Monforte fora para a
medroso, frágil e muito estudioso = 5 oposto-de Caros da Mais. Tarnbian lá Alemanha cor um agrotata die elroo. Afonso remeteu esta cartaa Vilaça que
estava o doutor delegado, que quase fazia parte da fgrmlia, um amigo que tinha Lhe prometeu ipoomo seu filho Manuel visitar Santa Olga. Contudo, dois dias
ponderado casar com O Eugénia, mas que nunca se tinha docelido. dopois, chegava um telegrama de Manual Vilaça anunciando a morte do pal.
O serão degorria na saleta, entre jogos, conversas sebire a dor do doutor dlonso ficou afetado com esta morte do seu adprinistrador e ofereceu so filho
Juiz de direito e as malhas indolentes do crochet de D. Eugénia quando Carlos neargo do pal
rompeu pelásala, arrastando Teresinha no ar = vermelha de contentamento. Uns anos mais tarde, Carlos reálizou 0 seu primeiro exame em Coimbra. Foi
À agitaç & q bartilho
ão Levou DD. Are, com voz cevera,a interromper a brin- um excelente exame, que detrou todos 05 professores muito impressionados.
cadeira: Carlos voltou-se, então, para 0 Eusebiozinho e provoca um motim, O resultado debou Afonso comovido a ponto de não conseguir-evitar
as lãorimas.
inzendo com que este solte gritos medonhos & que é suá inãe quase chore,
Capítulo|V
Atonso obrigou 6 netõea ir para a cama sublinhando que dra necessário
método na educaçã das cranças
o E que estas à noite devem dormir Depois da Cartos ia formar-se em Medicina, à vocação revelara-se num dia em que
uma discussão sobreos processos educativos ingleses e gortuguesas, D.-Ana descobrira no sótão um rola de estampas amatúmicas que pregou nas paredes
para demonstrar às beneticios da educação nacional, pediu a Eusebiozinho que durante dias, exibindo figados, intestinos e cérebros abertos, Esta Inesperada
declamesse uns versos que hevia decorado prometendo que; seo fizesse. dor carrera não merecia a aprovação dos fidis amigos de Santa Olávia, sobretudo
miria com ela naqueta noite. Eusebiozinho recitau todo o norma, sempre com das senhoras, gue achavam um desperdício um Jovem tão firmoso a receltar
às úlhos pregados na sua tia. Vilaça ficou muito impressionado com à capúc emplastros.
dade de Eusebiazinho e logo à elogiou junto dé Afonso. Este contou como era
É que seduz Carlos nessa profissão era efetivamente à lado militante e
Baducação & portuguesa deste Silveirinha: alnda dormia na choca com as criz-
huarólco da ciência que permite dar batalhas & morte. Para os longos anos de
das, não o lavaveam para que não se constipasse e passava os dias nas salns
estudo em Coimbra, o avó preparara-lhe uma linda casa em Celas que um
datia a decorar versos e a ler um catecismo mis ensinava que 9 Sol andava amigo de Certos, JoBo da Ega, apelou de «Paços de Colas» por causa dos
em tomo da Terra e que Nosso Senhor todas == manhas deva ordens ao Sol.
lusos Taros na Academia. Afonso vinha,
às vezes, passar um tempo como neto
Vilaça ru=se e falou-lhe sobre Maria Monforte, que estaria em Paris coma 2 CONVIVE COM OS Seu5 amigos
com um ar simpático
de patriarca toémio
prostituta, E pais que u seu testemunho fosse mais fiável. Vilaça tmiostrou a
Ema cursava Direito mas sem grandes preocupações, pois chumbava anos
Afonso uma carta de Alencar, o poeta das «Vozes dê Aurora», narrando cómo
a fio. Sua mãe, uma vilva
nos e besta, retirada numa quinta ao pé de Celorico
se encontrara com Maria. Tinha vivido três anos em Viena de Áustria gom um
Tangredo, mudando-se depois para & Mónaco, onde aquele fora morto em do Basto, não tinha uma dela procisa sobre o que 0 seu filho fazia tantos ares
duelo, Depois de uns tampas em Londres fixará-se em Paris. Ninguém sabia,
em Coimbra. Na verdade, João da Ega era considerado na Academia como o
maior ateu e O maior demagogo que jamais aparecera nas sociedades huma-
contudo, notícias da filha, e Vilaça acreditava que estaria morta, pois, se esti-
nas. Boêmio, sempre enteado em amores com filhas de empregados, esgrou-
vesse viva a Monforte tera tentado reclamar a herança que lhe pertencia
viado e rebelde. à sua fama de fidalgote rico Lormava-o apeteçido nas farmibas.
Ma vóspera da partida do administrador para Lisboa, Afonso revelou-lhe
Tal como Ega, também Coros se havia enredado em cplsádico rormánti
ns seus planos iria pedir a um primo de Paris que prosurgsse Maria Mondarte
Eos com a mulher de um empregado de Governo Civil e'com uma soberba
E lhe pagasse para que devolvesse a filha. no Caso desta se snsontrar viva,
rapariga espanhola que. ao fim de umas férias, ele troueera de Lisbos.
e pediu-s Vilaça que conseguisse, junto de Alencar, a morada da mulher em
Paris; Passaras duas semanas, Afunso recebeu uma carta de-Vilaçã que opn- No ató de formatura de Certos houve uma alegre festa em Celas. Depóis,
tinha não só a morada de Mara Monforte mas também a revelação de que Carlos partiu pars uma longa viagem pela Europa Lim ano mais tarde, nó
à filha tipha morrido em Londres, No estanto Afonso Escreveu da mesma 3 outono de JR75, Afonso esperava ansosamente pelo neto no Ramalhete.
Os amigós da casa foram unânimes em considerar que a viagem fzeo bem Foinumea noite no testrade 5. Cartas que Ega apresentou Canos abs senho-
ao rapaz: estava magnífico, com 05 cabelos pretos em anés e os olbos des res condes de Gouvarinho, tendo a condessa informado Carlos que recebiim
Malas, ternos agravos À barba o bigode davam-lhe uma fisiinomia de bely às terças-feiras, num convite Implicito deixado no ar
cavaleiro
da Renascença,
Capítulo
VI
Carlos tencionava montar um consultório e um laboratório em Lisboa,
vontades que depressa satisfez cóm a ajuda do avó: o laboratório foi mor Desde que chegaraà Lisboa, Ega tinha-se instalado ne Vila Balzac para, num
tado num velho armazém e o consultório num primeiro andar em pleno Ros- ambiente campestre e silencioso dos subúrbios, findar as suas Memórias de um
sia. Mum dia em que estava preguiçando no consultório lendo uma revista. Atnma Carlos resolve visitar à seu amigo. que lhe mostraa casa, e Cerlos con-
Curtos recebe a visita de João da Ega, agóra um dondy vistoso, exibindo ta-lhe 0 que sa passara dias anles em casa dos Gouvarinho, afirmandoque tinha
um casaco de principe russo com uma rica e foia pele de marta. Depois de sido uma «seca», Ega adienta que a Gouvarinhoera uma mulher deliciosa e que
contarem normenoras dos últimos tempos em que não se viram, Ega anun- 2 amigo era uma espécie de Don Juan, à procura da muiher ideal E se cada
ciou que ia publicar o Lvrá gue há tanto tempo andava a esoréver, intitulado hármem tinha necessariamente de encontrar «a sua mulhero, Caros & & sua
«Memórias de um átomo», obra que os seus admiradores, em Colmbra con estavam sirmesinivelmente, fatalmente, marchando um para coutros.
sideravam uma bíblia,
Saem nocoupé
de Carlos e, ao entrar nã Largo da Graça, encontram Craft.
que Ega apresento ao amigo, Combinam um jantar no dia seguinte nó Hotel
Capítulo V
Central,
Ds serões do Ramalhete decorriam entre conversas. jogos de cartas e
bilhar. Mistos amigos convergiam para estes encontros, entre eles Euzebigal- O jantar, contudo, foi adiado pois Ega resolveu convortê-lo numa festa de
nho, Vilaça e vários pollicos, diplomatas. artistas e representantes da aristo- homenagem a Coben. No dia combinado, entravam os amiges no átrio do Hotel
craçia Falava-se de tudo um pouco, da política às mulheres. Central quando uma senhora alta. loura e muito bela lhes chamou a atenção.
Esta senhora fol motivo de conversa dos homens que-se juntaram parao jantar,
Carlós começava a ser conhecido como médico, no entanto não tinha tempo entre 05 quais Dâmaso Salcede, aprecontado nessa ocasião a Carlos da Maia
para se ocupar do laboratório,apesar de estar concluido e mcamente decorado.
Escrevera dois artigos para 4 Goreto Médica e tinha um prójeto para fazer Dâmaso Salcede informou que havia chegado de Paris e que havia conhecido
um livro-de ideias gerais intitulado «Medici antiga & modernas. Para além a bordo do navio a familia Castro Gomes que, segundo ele, em gente muto
disso, ocupava-se dos seus cavalos e da seu luxo: Atraia-o,; de lgual modo, uma chique Em Paris vivia um seu to o Sr. de Quimarâes cus segundo Ega, egaver-
antiga idela de Egs de criar uma revista que fossea força pensante de Lisboa, nana aFrançae.
Queria discutir essa ideia com 0 amigo mas este andava focado em Raquel
Um dos participantes do jantar no hotel Central era Alencar, poeta mmêr-
Cohen mulher
do diretor do Banco Nacional, Jacob Cohen
e em Lisboa, todos tico, que fora amigo dg pai de Cartos da Maia. Alencar
contou a Carlos várias
falavam eco arranjinho do Ega», Os seus companheiros eram Bgora Dâmaso
histórias da sua infância, entre as quaisa do dia em que tinha sugendo à mãe de
Salcéde, amigo de Jacob Cohen, E um primo de Raquel. Um dia em que Ega
Cartes onome com que à havia de registar= Carlos Eduardo.
O visita no consultório para lhe mostrar o manusertto do seu Atorno, Carlos
recebe uma proposta para lr «gouvarinhars, fsto é, pará fazer uma visita aos Vários foram os assuntos de discussão Do jantar mas à prifóipal
fai o do
condes de Gouverinho.
que O desejavarm conhecer, especialmente a cojidessa, naturalismo, essa Literatura que Alencar abominava por se” ramântico E & que
chameva “o excrementos. Ega horrorizava-5e com as ideias de Alençgar e à dis-
Em case, Carlos fala com o criado de quarto que tinha desde os onze aros,
o Baptista (familiarmente q “Tista”] sabre 05 condes de Gouvarinho é conse- CuESãO hormeau-se intensa aLé que derivou para outros assuntos, como a finança
2a político portuguese
que recolher algumas informações: o conde não era made cavalhemro, Pla e
a condessa não se davam nada bem e Es questões eram sempre por causa Mais tarde, Carlos não resistiu 3 perguntea Dâmaso mais informações sobre
de dinhelrm. a senhora lovyra que tinha stono átrio do hotel a Castro Gomes.
Cuando o jantar eoabou, Aluncar acompanhou Carlos a casa e tala-lhe com Lawrence, mas mo Nunes, parque al ss come muito melhor, Na verdade, Carlos
muita nostalgia do seu passado, desses ngrandes tempos» diz sus mocidade a, queria evltar um oncontro imediato com 04 Castro Gomes, o que porturbiria mi
vm especial, da sua amizade com Pedro da Maiae da história
de Maria Moalorte Sims Interições.
Nessa noite, Cartas adormeceu tarde e sonha com a deusa deslumbrante No Plunes encontram Eusebiozinho com à amigo Palmae duas espanholas,
Com quem se cruzaraà porta do Hotel Central. Suas acompanhantes. Depois de cumprimentos e embaraços, Cartos e Cruges
decidem dar um passelo a Seteais. O maestro estava encantado até sí com
Capítulo
Vil
todos
05 recantos, E de vez em quando recordova que tinha de comprar quella-
Craft tornara-se intimo no Ramalhete
por ter gostos idênticos aos de Carlos das para levar a sua mulher. Peto caminha, encontram Alencar que, satisfeito
v porque Afonso sentia por ele pievada estima. com este encontra resolve voltara Setosis com eles.
Carlos sai pouca de casa No consultório, linha poucas cliente
é trabalhino
s Cruges não confeca o locale ficou desapontado pelo estado de abandono
nó livro sobre medicina antigae moderna. Também Dãtnaso se tornara freguen- em que se encontrava. Alencar, contudo, aportou 05 pormenores do local e
tador do Ramalhete, procurava Enltar Carlos e segua-o pará todo o lado. Ena, a belesada paisagem. sobretudo do Palágio da Pena visto através
do arcp de
por seu Lado, andava coupa
com a tentativa
do de organiz
um baile
arde másca- Seteais Este cenário impressionou
deveras o maestro.
ras na casa dos Coen.
De vótta ao Lawrencs, Carlos pergunta a dois burriqueiros se Dâmaso e 05
Um dia depois de uma lição de esgrima no Ramalhete, Carlos convida Castro Gomes tinham ido à Pena. Veia à saber mais tarde, por um criado dó
Dãâmaso para jantar no dia seguinto, mas esto feitae Carlos, estranhando esta Lawrence, que tinhair partido na véspera pars Mafra. Carlos decide, então, vol-
ausência, procura-o portodo 0 lado
Ac cHesar aú lima Rua do Aecim, ensbn- tar para Lisboa, rãs não sem antes jantarem. Degais de janter partiram, dando
a pé para o Aterro, e resolve acom-
tra o conde de Steinbrokem, que se dirigia botoia a Alencar, que também regressavoa Lishoa. No caminho. Cruges dá um
panhá-lo, Nessa altura, vê, pela segunda vez, a mulher maravilhosa com quê beiTO que assusta 05 Companheiros de viagem, esquecera-se
das queijadas!
se vruzar no Hotel Central
a E embora o conde lhe dissess que o Aterroenão
era um lugar diverbelo, Carlos desinca-se ali várias vezes durante & semena, na Capítulo IX
esper de encontrar
ançaCastro Gomes.
Carlos recebe um convite do conde de Gouvarinho para jamter no sábado
Am fim dessa semmar, estava Carlos no consultório quando a condessa de seguinte, Entretanto, chega Ega à procura de uma espada que complete o fato
Gouvarinho à procura cor a desculpa da dognça do filho. Cartas mostre-lhe e para o balle dos Cohen. Mais tarde, já Ega tinha saldo, aparece Demaso esba-
em sua casa
esta comvida-o para tomar chá consigo ferido, pedindo a Cartos que fosse ver um doente com urgência = & menina de
seis anos, filha edaguela gente brasileiras, que ficarano hotel com a govermanta
Cários vem a saber que p desaparecimento do Dâmaso se devia ao facto
enquanto
os pais se tinham deslocado
a Queluz
de ele andor a frequentar 8 casa dos Castro Gomes & Taveira informa-o q quê
eles estão de visita o Sintra. Durante um serão no Ramalhete, Caros convida n dáro Hotel Central, Carlos alzerva Rosa é trarquilizaa governanta, Miss Gera,
minestro Crugesa lra Sintra no dia seguinte, impulsorado pela informação que quanto
eo estado de saúde de criança: Passa uma receita e diz ques criança está
de receber,
atntara bem, não havendo nesce sidade de 5 ver outra ver.
CGuendo saem do hotel, Cartos e Dâmaso falam sobre a família brasileira:
Capitulo Vil
Dúmaso informa que mando tem de parbr por uns tempos para o Brasile
Na manhã seguinte, estava um Lindo dis de sol quando Carlos da Mala e que a-mulher Ficará em Lisboa; Bem pretexto para encetaor um romance com
Eruges partem para visitar Sintra, Este confessa que desde os seus nove anos ela, tal era-a vontade de Dâmaso. Durante a conversa, Cartos tica:a saber que
que não val & Sintra é prepara-se para desfrutar do passeio, Quando chegam a milher de Castro Gomes é desde pequena, amiga intima do tig de Dâmaso,
ai Ramalhão. Caros informa q amigo de que não vão haspedar-se no hotel o Sr-de Guimarães,
À noite, quando se preparava pera o baile dos Cohen, Carlos é surpreendido as conmídas de
D domingo estava quente & ratioso, dia propio para masistir
peia presença afito de Ega, mascameo de Metistótelos, dizendo que Coher o chvalos. Carlos = Craft resolvem ver o áspeto geral do espaço do evento, a
empulsara de casa à frente de varas pessoas e chamindo-o de infame Tudo tribuna é é pista. Carlos cumprimentou algumas pessoas conhecdas e falo
indica que Cohen havia descoberto 0 romance entre ele e a sua mulher.Ega está som [1 Maria da Cunha, ums velha amiga. À medida que o tempo la passando,
fora de sl, grita que 0 quer matar e que o vai desafiar para um duelo. Carlos tenta compreendia que nem a condessa de Gouvarinho nem a Castro Gomes esta-
disspadi-lo de tamanho disparmte. vam presentos. Sentlu-se desanimado e as corridas deixaram de ter interesse
para ete De repente, um reboliço e uma algazarra chamaram a atenção de
Mo dia seguinte a criada de Raquel Coen val à Via Balzac aruncar que aquela todos Lima discussão com ssusações de «cormpadrice e ladroeira» tinha cau-
tinha sido espancada pelo seu marido e que tinham partido para Inglaterra. Ega sado uma grande desordem e aquele, que eta um evento da alta sacedede.
dorme nessa noite nó Ramalhetee decide deixes Lisbos. dava a conhecer «a linha postiça de civilizaçãoé a atitude forçada de decoro
Durantea semana seguinte, Cartos fita cada vez mais intimo
dos condes de
Pouco depois, o pista fechou pora se correr o Grande Prémio Nacional.
Gouvarnho. No entanto, à sou pensamento recai na mulher de Castro Gomes&
Carlos viu a Gouvarinho, que decerto acabara de chegar € conversava COM
no desejoque tinha que lhe fosse apresentada. visita à Gouvarinho
e. finsimente
[, Mariada Cunha, Assim que teve oportunidade,a condessa explicou a Carlos
a sós com ela beija-s. mesmo entes da chegada do marido. um plano que imaginera: ela tinha de ir go Porto, Carlos tomava o mesmo
cambio, ambos desciam am Santarém e ficavam num hotel, Ele engolhou os
CapítuloX ombros; indignado com este plana; Quando procurava saber mais detalhes,
O capitula inicia com à narração de um encontro entre Carlosé à condessa chegou o conde de Gouvarinho junto deles.
de Gouvarinho, num coupéde praçatransformado em ninho de amor, Até então,
Carlos, por divertimento
e para animar as corridas, decidiu apostar no cavalo
encontravam-se numa casa da Rua de Santa Isabel, pertencente a uma tia da
Viocimiro, que aparentemente não prometia ser vengador, mas quê surpreen-
condessa que fora para o Porto. Carlos começava a sentir-se farto daquela
denternente joio primeiroa cortar a meta,
relação, pora condessa ter ideias de fugir com ele e tentar aprófundar à senb-
mento que 05 umia. Carlos procurou Dámaso e finalmente conseguiu encontrá-lo, Este conta-lhe
Gomes astro
que-C no pri-
partira para o Brasil e que a mulher estava instalada
Depois
de se ter apgado à esquina
da Patriarcal, Cartos desceu é Rua de meiro andar dó prédio do Cruges. Carlos pensa numa desculpa para falar com
5. Roque quando encontrou 0 marquês de Sousetas, tristonho e com um embru- Cruges, só para passar pelo prédio da Rus de 3. Francisco, No entanto, quando
lho na mão, que o informou que as cordas de cavalos Linham sido antecipadas em casa,
tá-chega, a enado informe que 0 amigo não se entantra
para o domingo seguinte. Carlos fieou radiante, pensando que seria nesse dia
que Iria conhecer a mulher de Castro Gomes. pols certamente Maria Eduarda Carlos regressa no Ramaihóte, onde encontra Craft Para sus surpresa, um
não faltaria à esse grande evento social. Ambos continuaram o caminho falando eriado ontrega-luma he carta da senhora Castro Gomes, pedindo-lhe para con-
das comidas até que, adiante do Grémio, Certos viu dentro de um coupé de Gom- =ulter na manha seguinte, uma pessoa de família que se encontrava doente.
Cores estava resplandecente e até Craft comentou que algo de muito bom
partia,
à pequena Rosa, que 0 reconheceu e lhe estendeu a mão dizendo adeus,
tinha acontecidaoo seu amigo.
e sua mãe,a magnífica mulher de Castro Gomes. Tirou o chapéu de forma reve-
rente,
num momento único
que não passou despercedido
ao marqués. CapítuloXI
Enquanto se dirigem ao Ramethete, Caros vai pensando em estratégias para Na manha seguinte, Carlos deslocou-se a pé do Ramalhete até & Rua de
conhecer aquela maravilhosa mulhes. Ao serão, em casa de Afonso da Maia, de Cartos| introduziu-a numa sala
5. Francisco. O trlado Domingos (conhecido
fota-se dos tão espeérades corridas de cavalos e de outros entretenimentos
tão alt= é espaçosa E pediu-lhe que aguardasse, pois ia informar a Se” D. Maria
portugueses como as touradas. Cartos pede = Dâmaso que convide os Castro Eduarda da sua presença. Pela primeira vez, Carlos ouvia o nome dela. E que
Gomes para ver as coleções de Craft e para disqutir bricabraque, colncidência: Carlos Eduardo e Maria Edusrda!
Era 5 governanta inglesa que estava doame: Maria Eduarda veio dé SEU histórias sobre as suas ltas à Rus de 5 Francisco, rapatindo-as par todo o tado,
encontro & 5 sta presença paregel=|he rmais radiante; de uma deleta nobre e Carlos ficou furitão com esta situação.
quase nacessivel Depois de consulta r Miss Sara, Carlos volta
a envergonhada
a sala anuncando que a governanta tinha uma bronquite ligeira, com pouca Conversou-se multo durante todo o jantar, mas Carlos.e a condessa, sen-
febre, mas que preslsava resquardo, tados ao Lado um da outro Unharm-se mantido reservados até que ele, em vaz
bate, lhe perguntou quem lhe tinha falado da brasileira. À condessa respon-
Na-conversa que se seguiu, Carlos fica a saber que Marta Eduarda é portu- deu-lhe que fora Dâmaso e Carlos explicoi-lhe que tinha tá ido como médico
guesa Quando-se despedem, ela exclama que ele deve lá lr no dia seguinte da qurérnamte e que tinha 5do 0 própro Dâmaso a levado comp medico,
À idela de lá voltar tomou-se grandiase, mes no-seu quarto, no Rsmalhete,
Accondessa rojubilou e acabou por lhe propor encontrarem-se no dia soquinte
Baptista entregou-lhe Lima carta da condessa de Gouvarinho, Mão se voltara &
nacasada la
Lembrar dela, mas devia partir coma Góuverinho no combudo dessa hóite, Não
ha, estava certo, mas Linha de Ir a Senta Apolónia & dar-lhe uma desculpa No dia seguinte, Carlos, que se demorara mais do que queria com a con-
quetquer, Teve-lhe ódio maquete momento, dessa em casa da tia, voou para » Rua de 5 Francisco receando que Maria
Eduarda tivesse saldo. Encontra-a em casa, acolhendo-b com uma carinhosa
Duando & note-se dirigiu para a sala de espera da estação de combalos
repraensãoe um convite pera tomar chá, Conversarant animada mentene pre-
esbarros gom Dâmieso que julgou que Carlos estava ali para se docpodir dela,
sença do Rosa, até que esta saiu e Domingos veio anunciar que Dâmaso cstava
la daviagem, pols-tinha morridoo seu tiá Guimardes,o mais velho, 0 de Pena-
a porta: Mara Eduarda, irritada, disse que não 0 recetra e pediu encaresida-
fiel. Amos avistaram os Gouvarinho: Afinal, o-conde insistira em acompanhar
mente a Certos que lhe arranjasse ouiro lugar para morar, longe do centro E
a mulher do Porto, aos anos do papá A condessa estava furiosa!
imacessivel aos importunas, Carlos lembrou-se logo da bonita cosa de Crall,
Durante semanas, visitou a governante Inglesa e foi-se tomando mais nos Úlivais, que este manilestara Intenções de vender, Entre descrições da
intimo de Maria Eduarda, Falaram de Dâmaso e do seu tlo Guimarães
de Paris. Casa e projatos.de a habitar, acabam fazendo declarações de amor e Carlos
conhêcido da mãe dela, de histórias do passado de ambos e de afeições. Uma propõe-lhe que fujam. Maria Eduarda repete que term algo pare lhe dizer e que
terde, o própro Dâmaso apereceu em casa de Maria Edugida quando Carlos lá não se conhecem bem. mas acaba por se deixar enlear na expressão ameba
estava. Este, furioso, resolveu ir-=e embora. Mais tarde. Dâmaso val a casa de tadora daquele arttr,
Carlos perguntar como à que Carios tinha conhesido Maria Eduarda.
No dia segulnie, Gartos fechou negócio com Craft este cedia tados 05 seus
No final do capitulo ficamos a saber que Ega está de regresso à Lisboa, múveis e como Darios não tinha, no Ramalhete, lugar para tudo, Craft alt-
assim como às Cohen. vindos de Inglaterra. Na opinfão de Dámaso, vinha al gava-lhe, por um ano, a casa dos Olivais com a quinta. Correu, então, à Rua de
esgóndato, & Freneisço, a anunciar a Maria Eduarda que lhe armramiara & casa dé campo
que ela ambicinnava.
Capitulo KI
Carlos não tinha segredos para Ega e acabou por conter, com grande sur=
No sábado seguinte, quando Carlos regressava da Rua de S. Francisco, Ega presa do-amigo, toda = histária desde o momento em que vita Maria Ediarda
esperava-o no seu quarto do Ramalhete. Vinha a Lisboa só por uns dias para na entrada do Hotel Central,
comer bem e conversar bem e contava som Cartos pare o acompanhar e lhe
disponibilizar um quarto onde ficar Intormou Carlos que vera com a Bouvari- Capítulo XI
nho, queso lho falara de Carlos, e que estavam ambés convidados para jantar
nasegunda-teira: Caros deu-lhe a novidade de chegada dos Cohen, Eaptista visa Caros que Ega lhe queria felar de uma coiss grave. Antes
de subir ao quarto do amigo. Cartos vê o coreiçe lê uma carta da Gouvarinho
Enquanto seguiam para:0 jantar em cosa dos Gouvaninho, Ega pergunta Que, num tom amargo, se quelxava de que, por duas vezes já, Carlas faltara ao
8 Carlos quem era a brasileira que ele visitava todas as mantas. Carlos per rendez-vous em casa da tia. Mostraa carta so Ega, que vê nela um pretexto para
gunta as artigo quem Lhe tinha contado e fica a saber que Dâmaso contava
que-Dimmaso andava por toda a parte a falar da relação de Carlos
e de Meria envolvido com Maria Eduarda, Tormave-se forte o desejo de fugir para itália
Eduarda, E c.assunto era tagarslado pelo Grêmio e pela Casa Havaneza com com á mulher amada. Carlos visitava-a todos cs dias nos Olivais, mas esses
detalhes insiltuosos O mesmo lhe confessou Alencar, quando & encontrou encontros diumas Lommaram-se insuficientes para 0 52U amor e ambos comia
mais tarde,no momento em que saia da casa de Maria Eduarda. Assim que vê ram encontros noturnos: Para essa efeito, Carlos tratou de alugar uma-casita, à
Dâmaso descendo a rua ao lado de Coren e de Gouvarinho, Caros dirigo-se- e, a partir ds, começaram a encontrar-se tadas as noites
berra da estrada
«lhe, ameaçando arrancar-lhe as orelhas 52 confinuasse a falar mai deite e des , vindo de Santa Olávia e diz-lhe que6
Mo inisi de sotéCraftmbro visita Carlos
pessoas das suas relações.
avô está magcado por ele-não o ter ido visitar, Nessa noite. Certos falou a Maria
No dia seguinte, Cartos aguerdou Maria Eduarda na quinta do Craft para uma davisita que tinha de fazer no avó e cla contessou-lhe o desejo de conhecer O
para
visita & sum futura residência. Percormeram às aposentos. observaram tados 04 Ramalhete. Esta visita ficou combinada parao dia em que Cartas partia
pormenores, apreciarama passagem, fizeram projetos para 0 seu ninho de amor Santa Olávia.
da sua desgraça, Em choro, pediu perdão a Carlos, relembrando o dia em que assinar ume carte, redigada pelo próprio Ega, afirmando que a publicação no
tentara falar com ela, insistindo que tinha algo para lhe dizer Carlos rrestrava- jornal Cometa fora invenção gratuita 2 se devia do seu estado de embriaguez.
se ultrofado Com a sua mentira mas, por firm, não conseguindo resistir mais é Para se salvaguardar relativamente
a futuras maledicências, Ega lê-lo declarar
tarnado pela emoção, peda-a em casamento. que não à deviam lever a sério, devidoà sua tendência para abusar da bebida.
que era, alias. hereditária.
Capitulo XV
Atonso da Mata regressa, entretanto, de Santa Dlávia e Carlos e Ega com-
Carlos e Maria viveram momentos de entevo é até confesserám a Roso que tandhe o Episódio com Dâmaso, emitindo, contudo, a parté dos amores de
iriam viver juntos e que ele ira ser 0 seu novo pai, Maria, por fim, contou toda Carlos.
a-Sua histófis, 5 sua vida no estrangeiro com a mãe é com Mac Bren, à nas-
No testro, Ega descobre Reguel Cohen num camarate, acompanhada do
cimento de Rosa a relação com Castro Gomes, E jurou-lhe que apenas por
Cartos se tinha apaibionado. A Ega, Carlos contouro impulso da pasão que o marido e de Dâmaso. Este acena a Ega com um gesto petulante, D que à
langara de novo nos braçós de Maria. No entanto, não escondeu a preocupação feriu como um insulto. Ega resolve subitamente dirigir-se & redação do jornal
com 0 avb e asus reação ao saber da história. Ega sconselhow-o a não caser A Torde como objetvode pedira publicação da carta do Dámaso, [has depois,
SESpErar que 0 avó morresse, visto já estar tão Idoso, não se falava mais do escândalo E 0 assunto da carta fo depressa esquecido
em Lisboa. Na véspera do sarau da Trindade, Leu-se no mel À Tarde. a natl-
Carios começo. a levar 05 seus amigos à Toca, pára jantar e para longas cia de que'so distinto sporimon Dâmaso Salcede» partia em breve para uma
ponvarsas ou serões. Maria tudo aprimorava para receber 05 amigos de Carlos viagem de recreioa itália,
Organizavam-se solenidades e celbtravam-se datos históricas E eté o mar
quêsdizia que irá Toca erg-edin de civilização». Capítulo XVI
Um dia, Carlos recebeu a correio do qual dosistavam uma carte de Ega E Maria Eduarda encóntrava-se de novo instalada na Rua de 5, Francisco, Ter-
dois números de jornal. Na certa, Ega fazia referência a um artibo pa pelimisiros minado o jantar, Ega insistia para irem 20 sarau do Teatro da Trindade, mas
página do jornal e afiançava so amigo que tinha conseguido suprimip toca Maria declinou à convite por se encontrar cansada Juntamente com Ega,
a Lirapem, Carlos pegou no joel é Cometa do Diabo e Leu, ur relancê à Corlos suportou estoicamento o discurso de Rufino, Um doputado arrobatado,
artigo salpicado cam O seu nome e-que conspurcava a sta relação com Maria ouviu = atuação de Crúges. tocando ao plano a Sonato Entético de Besthoven,
Eduarda, Carlos sentiu asc0 0 novas dúvidas sobre viabilidade da eúa ligáção e assistiu 20 triunfo de dfencar recitando um poema da sus autoria, dedicado
com Maria o assaltaram & Democracia. No botequim, Ega travou conhecimento com o to do Dâmiesa,
Guimarães, que tinha demonstrado vontade de falar com Ega, porque se san-
Carlos é Maria Eduarda decidem ira Lisboa e encontram Ega nó cominho dia atingido pelas declarações-do sobrinho que Eca redigira E o fizera assinar.
Mais tarde, já Ega tinha saido do teatro o passava à porta da Hotel Allarsça com o fectá de ter de conter tudo a Maria Eduarda, mas decidiu que sá ele
com Cruges, quando Sr Guimarães 5 chamou para lha perguntar se alo & o o devia fazer E, no caminho lmaginava 05 diferentes cenários que poderiam
Cartos da Maia eram muito amigos. Perante a resposta afirmativa dó seu inter- supeder E as atitudes à tomar [ece a Essas Teações.
locutor, Guimarães começou a contar a história da sua amizade com a mãe de
Maria estava deitada, sentindo-se multo cansada, e Caros anunciou que iria
Carlos e afirmou ter uns documentos para entregar à família, agora que se ria
porungalas g Santa Diávia Ela estranhou a decisão repentina e poimei=o para sl,
ausentar de Lisboa Atento a todos 05 pormenores dessa história, Ega fica a
saber dos laços de parentesco entre Carlose Maria Eduanda:
são irmãos, Carlos não soube resistit-lhe e cometeu incesto conscientemente, por vontade
própria
Atordoado com o rato, Ega vai ao hotel onde Guimarães se hospedava
para este: [he entregar às documentos que comprovam a sua história. De Durante uns dias não conseguiu dizer-lhe mada e continuou a não conseguir
posse do cofre. correu para o Ramalhete Lomando conscência da crueldade evitar Ega eoa
resistrã paixão. Ao mesmo tempo, tentav avô Umaroite. quando
da situação: Carlos era amente da própria irmã! Sem saber como reagir, toma regressava
de um encontro com Marta Eduarda é procurava entrar em casa sem
a decisão de contar tudo a Vilaça, 0 procurador dos Maias, para que este pro- ar notado, oruzou-se com 0 avá, que o esperava com olhar reprovador pará o
adençie
o mado de contar tudo a Carlos, acusar em silêncio. No menhã seguinte, os criadas chamaram Carlos
ao jardim,
onde binham engontrado Afonsa morto, caído sabre a mesa
Capítulo XVII
Atormentado pelo remorso que sentia pela morte do avê, Corlos partiu para
No Ramalhete. Ega tinhá acordado cedo e sempre
a pensar na melhor estrá-
a quintade Santa Oláviae deixou dinheiro a Ega para queo entregasse a Maria
tágia para revelar 80 seu amigo aquele segrado que mudaria a vide de todos
Eduarda, juntamente com a carta de Maria Menforte. Combinaram ainda que
para sempre. inda colocou
a hipótese de ser ele a fazê-lo e não incormnfar0
Ega fosse ter com ele a Santa Olávine dal partissem para uma vagem é Amé-
Vilaça
com essa tarefa medonha. Carlos fol-ao
seu quarto para conversar
e o
rica g ao Japão.
amigo ficou em pânico que ete desse pelo cofre que ali se encontrava. Assim,
sem coragem, inventou uma ida a Sintra com à Taveira, Procurtu Vilaça, que se Tal como Caros tinha proposto, Maria partiu para Parts, Ega, que também
encomirava ausente-de cata. no Entroncamento,
partia para Santa Olávia, avistou Maria em Santa Apolónia.
vira pela derradeira vez.
Quando Ea finalmente
se encontrou com o procurados, contou-lhe toda -a
história, incurmbindo-a de revelara verdade a Carlos. Vilaça, contudo, começos
Capitulo XVII
par dumidar, sugerindo que-tudo se tratava de uma forma de extorquir dinheiro
aus Maias. Mas depois de analisar os documentos
do baú que Guimarães entre- Semanas após a partida de Mara Eduarda para França, Caros é Ega ence-
gara, tomou conseiância
da situação, Tinha de revalara verdade a Carlos2; pars
taramuma longa viagern pelo mundo, Um ano. melo depois, Ega regressou a
isso. dirigiu-se
20 Rermalnete ao fimei da tarde. Carlos, contudo, não teve tempo Lisboa, cheio de histórias& aventuras
do Oriente, e coma nodicia de que Carios
para 0 receber nesse dia e tudo ficou adiado para à dia seguinte. alugara um apartamento nos Campos Elísios e não tinha lhtenção de regres-
Tinha Vilaça acabado de cupor à situação & Carlos, quando Ega apareceuno sar à Portugal Contudo, dez anos depois, 05 dois amigos encontraram-se
Ramalhete. O proburador resolver; ahandonar a sala e Ega contou o encontro para slmoçar num salão do Hotel Bragança. Carlos não pretendia demorar-se
com Guimardes
e & sua longa e ternivel conversa. Afonso
da Maia apareceu
na muita tempo, apenes tratar de alguns assuntoso matar saudades dos amigos
Salaé reparouna face transtormada do neto. Este desabafou com 0 avi, na espe- Ega contou às úlbmas novidades: = sua mãe morreta. tendo-lhe deixado uma
rança-de ele contrenar & versão dos fatos dada pelo GuimarãesE sem pensar boa herança; a condessa Gouvanihho tinha herdado uma fortuna de uma tia e
nogbato que lhe podia provocar. O velho leu a declaração de Mera Monforteé passeava nas melhores carruagens. continuando a receber às terçás-eiras,
vergou-se & dor de imaginar O neto cometendo incesto. pois sabia que Caros Apareceram então o posta Alencar e o maestro Cruges& Carlos convilouras
tira uma amante pa Rua de 5. Francisco. Carlbs estava também porturbedo para jantar, às 5215 horas.
Entretanto, Carlos e Ega decidiram visitãro Ramalhete Passaram pela Largo Carlos comunicou então so amigo que Marta Eduarda la cesar com Me, de
do Loretoe Carlos espantou-se como lecto de nada ter mudado, do desperern Tralain vende nisso a união de dois seres desilunidos da vida que queriam atrom-
O Chiado Carlos teve tambérm a mesma impressão, regorhecendo, às portas tar juntos a velhice.
dos cafés, às masmas pessoss-que por lá cstavam, dez anos atrás, com à seu
ar triste & apagado Já no quarta de Carlos 05 amigos concluíram que haviam falhado na vida,
não tendo levado por diante os seus projetos. Caros comoveu-sa, verificando
Pelo caminho eruzaram-se e cumprimêntaram Dâmaso, que tasara coma Que só vvera dols ámos naquela casa, mas que era al! que estava toda a sua
filha dos condes de Águeda, uma gente amuinada. Dâmaso sustentava à fami- vida. Ega reconheceu que, afinal, não tinham passado de uns românticos, gover-
Lia e, além disso. amulher trale-o, rrias ele parecia dar-se bem cóm Isso, uma nando-se na vida mais pelo santrnento do que pets razão,
vez que até tinha engordado, Passaram em frente do consultório de Caros,
onde agora havia uma tabulesa de madete, o revivertm momentos dó passada, Por im, decidiram fixara sua teoria sobre a vide o «tatalismo muçulmano»!
quando se tinham instalado em Lisboa, cheios de projetos, nada desejar e nada recear, não ler ambições nem esperanças e tudo aceitar
com resignação e com a consciência acerca da impossibilidade de se ter qual.
Chegaram depois à avenida, que tinha sido renovada, mas Carlos aspan- quer controlo sobrea vida,
tava-5D COM O Espeto milengão dos rapazés que por all passeswom, vestindo
segundo os figurinos trancesos mas teltando-lhesé sentido estético, Concluiram que não valia 4 pena corar para nada, «nem para o amar nem
para a glória nem para dinheiro nem para o podera, mas, já na qua, aperõe-
Ds dois amigos conclyiram então que o que se mjanitiriha genulno em Lisboa beram-ze do adiantado da hora e correram desesperadamente para apanhar
era o alto da cidade, o casario pelas encostas, 05 palecetes, às conventos e as um americano! Afinal, tendo eles decidido que não valia a pera correr fosse
igrejas. para O que fosse, apanes gpressavêm à pesso para satistazerem os apetites
do ostómiago, pois estavam atrasados para O jantar que Caros tinha marcado
Cruraram-se com Charte, é filha da Gouvarinha é viram Eusebieinho, que
no Hotel Bragança.
subia a avenida, de braço dado com uma mulher multa forte. Tinha um aspeto
ainda mais triste e molengêa, e dizia-se que a mulher Lhe batia Carlos, recor
dando o artigo publicado no jornalA Carmetalr Do, à mando de Dâmaso e
de Eusetiuzinha, perguntou por Palma Cavalão e Ega esclarecel que elo tinha.
debiudoa lWeratura e se dedicava à política
“Das personagens nomeadas, salientam-se 0 visconde de Darque, com 0 Copois dp janter em cata de Maria Eduarda, na Rua de 5. Francisco, Carlos
seu ar de gentigmon, as duas irmãs Taveira, magnrhas. loirinhas, ambas e Ega vão ao sarau do Testro de Trindade, embora
o primeiro considerasse que
corretamente vestidas de sodrezmho, a vscondessa de Alvim, com um devento séria uma «Seca» E Maria tivesse recusado acompanhá-los. Este epi-
corpete reluzente de vidrilhos, Joaninha Vilar e as banqueiras Padrosos, sódio, do capítulo Xv, é bastante relevante para à desfecho da intriga principal
corn um aspeto mais adequado ao evento, a contrastar com a condessa de Os Matas.
de Soutal, «desarraniada, com um ar de ter lama nas salas, Deste friso
Vejamos alguns dos aspetos que evidengiam a oritiça social eo que de mais
de personagens. revela-se a atitude de D. Maria da Cunha, uma entusiasta
siunificativo
se pode assogiar a Carlos e a Maria Eduarda,
por toiros e por cavalos. amiga de Alencar.
* Rúfinó, um dos oradores do Sarau,
é vm bacharel transmontano
que apre-
* instalou-se uma desordem a partir de uma discussão na qual participa-
senta uma retórica balúta, celebrando o ánjo da Esmola a caridade, as
tam grosseiramente algums personagens, estando o verniz dos que
obras de solidanedade de uma princesa, a Fé-e a fragibdade da sum alma,
frequentavam atividades que Imitavam hábitos estrangeiros, mas que se
o que desperta entevo e admiração ro público, tocado de um sentimen-
expunham de forma ridicula, evidenotando um provincianisamo enod. talemo romántico, mas indignação em Carlos e Ega, que não toleram
aquele discurso-vazioe sem arlalnalicade,
* Carlos ganhou a aposta na comida de cavalos e a condessa da Baviera
insingu o provérbio «sorte no jogo, azer no amor», Indígio de desfecho * Tomás de Alencar, 6 poeta ultrarromántico, critica Rufino e defende que
trágico nos amores. Após percormer o hipádromo. Carlos não encontrou a poesia deveria enalteçer a [emocracia e a Liberdade, referindo que 0
Maria Eduarda, mas estevo com a condessa de Gouyarinho, que lhe progós grador & um bajulador da familia real. No entanto, Alencar, o autor de
uma ida a Santarém, possibilidade que ele regusou. vElviras & Flor de Martirts, destarma textos romúmicas», marcados
pele ideta sogie! da Presta, mvocando o lumr, a Iraternidade. a Igualdade = se-sentira mol vo noto encontre o avé sob 05 ramos do cedro, tombado e epor
5 República, o que leva o público, |Inislalmente descontado, a aplauol-la entre Es conchas da cascata, o o de água punha 0 seu choro lentos, repre-
intensamente. sentando-se 2 comunhão entrea emoção da personageEma própria natureza.
* Cruges toca à Sonato Potética de Besthoven, mas do público não conhece Ho epilogo, 0 narrador centra-se novamente no Ramalhete, espaço visi
a música e sente-se, por 550, entechado, e uma das Irmãs Pedrosas ape- tado por Carlos e Ega onde encontram um lugar triste, despojado de siguns
lidia-a de sonata «Patetas, À atuação do masstro é um fracasso e a sala dos dthamentos -comos múveis cobertos de lençóis, corno que amortalha-
fica vazia, pois a assistência preferia um tadinho de Lishoa. dos, e-alguns caixões nom objetos prontos ermbarcar, Não são canbtes, mas
caixões, palavra que sugere a idela de morte. Ega sente deseja de lr embora,
* No final
do sarau, Ega sai acompanhado de Cruges e, quando passaà
parta do Hotel Aliança, é interpetado pelo tio de Dâmaso Salbede. Cruges
referindo que tudo ali está lúgubre. No entanto, os dois amigos contmuam a
segue sozinho Ega fica a falar com o senhor Guimarães, que lhe diz que, percorme 0 espaçoré compridos «sob a mévoa de Lagrimas=, constatam que
em Paris, era amigo irtimo da mãe de Cartas da Metae que tem um cofre a vide de outrora tinha dado lugar nó vazio é que também à fardim «tinha a
que Ega deve entregara Carlos ou & Irmã. Ega é pois, à primeira perso-
melancolia de retiro esquecidos»: o cipreste é o cedro continuavam s envelhe-
cer junins, «como dos amigas nurmermos, a Vénus Citereia tinha 05 memros
nagem que term conhecimento
do incesto inconsciente, decidindo que iria
dar a Vilaça a missão de entrogar à Carlos à cofre com 05 papéis, mas
cobertas de ferrugem e 0 prantozinho da cascata corra «esfiado saudosa-
mentes. Carlos emociona-se e sente que 05 dois amos que vivera naquela casa
adiando a questão parao dia seguinte.
Lhe pareciam corresponder a uma vida inteira.
Ceonsultório e o laboratório
Concluído o curso de Medicina, Cartas fez uma longa viagem pela Eurgpa Win Balzao Denbrrinação ques se associa
no isentos franóts ororá de
E. no outono de 1875, instalou-se
em Lisboa, Onde montou o seu luxuaso com Eira
LL TS3-850), corselerado
o fundador da Resilsmo.
sultório. O gabinete tinha uma decoração quase austera, com veludos verde-
Vareredho Elemento ercendtioo que sugere n sansunbdaco o csatanimano
"negro, estores de seda verde e estantes de pau-preto, por oposeção à sala de de Ega personagem ervobvida em esclirdalos amemsos
espera dos doúntas, decorada com papel verde de ramagens prateadas, ficas
Sintra A Toca
Sintra é 0 espaço onde Carlos tol à procura de Maria Eduarda, tentativa à Toca é O lugar dos encontros entre Carlos < Maria Eduarda, longe des
inglória e frustrada, porque não encontrou uma «certa figura que tinha um olhares da soclêbdade lisboeta; Este espaço recôndito, que Carlos alugara à
passo de deusa pisando a Tere», Acompanhado de Crugês, instalaram-se no Craft, era uma quinta om uma fresca rua de acácias, um quiosque mobiladoà
Nunes, tenda sigo levantada a falsa esperança de que Maria Eduarda estaria japonesa é uma moradia disoreta onde, para Carlos, toi um prazer ss o meter
em Sintra e Dâmaso Salcede alojado no Lawrence. De facto, no Nunes, esto- a chave devagar e-com inúbl cautela na fechadura»,
vam apenas Eirebioanho « Palma Cavalão com duas espanholas:
A Chegada de Maria Eduarda levas que arnbos se sintam enlevados, comã-
Carlos Cruges salrami do hotel em direção a Goteals. Ma vila, «cães vadios vidas e deslumbrados e que, apás um haija é algumas carícias, visitam a casa,
dormiam ao sol: através des grades da cadeia, Os presos pediam esmola. para que Maria conheça. Da decoração excêntrica, os olhares centraram-se
Crianças emmoválhadase em farrapos garótavam pelos cantos; E as melhoras erm «duas negras figuras de núbies, com os olhos rutilantes de cristal», numa
casas tinham as janelas fechadas, continuando o seu sono de Inverno. |.) E panó piia
de tourada, com uma cabeça negra de touro espadas é garuchas.
via-seo Casteloda Pena, solitéro. lá no alto» Numa das janolas do Lawrento, mantos de seda vermelha, conservando nas suas pregas uma graça ligeira, e
encuntcava-se «um par de botinas secando ao ar» e ao Longe, ouvia-se:0 som do tado-o cartaz amarelo de da comido. No quarto, observaram utra tapeçaria
a pensar que 65 Castro Gomes estivessem
de uma flauta,o que levou Carlos com 05 emores de Marte e de Vénus, à alcova «forrada, paredese teto, de
ali alojados. um brocado amareto», um tapete do mestmo tom, a leito com uma coloha
de cetim amarelo, as cortinas também amarelas, tudo convergindo paro as
No percurso para Seteais, encontraram Alencar, com os seus «longos evaluptu osid
grandinsas s do tem
paixão trágica
de umaarde po ot
de Lucrécia
bigodes romênticos= e seguiram juntos, cómungando da beleza da Natureza de Rampus. Maria Eduarda achou excessivo tal oxagero de amarelo eficou
e dos versos románticos ce Alencar. Em Setcais, o palacete êrmovalhado. impressibnada com um painel que representava a cabeça degolada de São
dececionou Crugese Carlos retorqui ques vida gra feita de desapontamen- João Baptista E com uma coruja empalhada que fixeva o Leito de amar com 05
tos, pois também ele se sentia desiludido por não encontrar Maria Eduarda. olhos sinistros.
Do arto. avistaram o imponente Palácio da Pena, «romântico e sólitânos e
cuviram 05 versos românticos de Alencar Cruges estava deslumbrado com à Ti o esa
cenário rstutal, mas Carlos continuava desanimado e impaolente por voltar
A Tosa É a dosignação que se dá ao espaço Halbitado por alguna
para a vila.
. arimals, O det sugere -a relação inimalesca antro Cartas o
Mara Eduarda
A chare O prazer sento por Garics quanto alre & porta, nous a
desejo enmal po prazer dás relações Iprsstuosas,
Ds cões vadios, os presos Sugersm o comiraste de slasses sociais, a depradação E
eus crianças
em farragós accisidade
Ms melhores casas com Felirência a Gtra como um espaço de lizar é de férias pars 0
as Janolns fechados sacra
Uisbotr do méLio MIX e de MartoÉ
O amoras Simbolosda sersainilênde pagã.
As bobinas Siro ds camreuraliciade
Serriráres e da possibibiciade dervabização Acebeç ada
Leabeça de!São João Sembciinas
- tragédia que se abate sobro Ds dois amantes devido
do desegado amcontro
O Palácio da Pona, os Srrcéicum 6 oiamento es decneiôncia do Rrermntzoma, Elementos cromáticos O amarvla poda asspoar-se à palsmo ardente entre Caripa e
rss sos româniicos io obetanto a sua Imporência,
que desperta em Cruget ay Para Eduarda: a vermelho trnbém sugers a ideia de qutiaDo,
bigodas da Alonomr crdesajo dever esse monumento roembreica. do esmento
mas timiiton morte e destruição.
4. As personagens 54 sorte pras festas da casa de ambos em Bentita: A existência de dois
filhos à emor de Pedra não foram sufigiantes pera assegurar a comi
nuidade do casamento e Maria Monforte abandona o marido com a filha,
4.1, Representações do sentimento e da paixão: fugindo com Tancredo, situação que conduz ao desfecho trágico de Pedro
diversificação da intriga amorosa da Mala: inseguro, instável e vendo-se sozinho com um filho nos beaços,
(Pedro da Maia, Carlos da Maia e João da Ega) apta pelo suinídia, solução romântica pars 05 conflitos interigres provoca-
dos pela vida,
Na ação da obra Os Mas, é imprescindível considerar a intriga prinsipal e
à intriga secundária, ambas associadas à história de uma família pouco nurne- Carlos
da Maia
iusa E corsequentemente, envolvendo um reduzido número de personagens,
atendendo à que O romance integra várias personagens atraves das quais O * Carlos da Meia foi educado pela avô. que optou peta educação britânica,
autor faz crítica de costumes na esper que o neto não tivesse as mesmas fragilidades que
De ança
haviam conduzido Pedro à destruição. No entanto, apesar de Carlos ter
A intriga secundária decorre nos capítulos be ll Após uma analepse que um perturso de vida diferente de seu paia personagem revela instabili-
aprvsenta a juventude & casamento de Alonso da Maia, é narrador dá-nos a dade e voluptuosigade nas relações amorosas,
conhecer a infância e educação tradiconal portuguesa de Pedro da Maia fase
da vida da personagem que influenciou o seu gornportamento ernocionel-irs- * Em Santa Olgvla, a sua primeira namorada fol'a Teresinha. amores de
tável na juventudee vida adulta, Nos capitulos seguintes, conhesermas Caras infância, E, consequentemente, com um relevo insignificante: À filha de
da Mala eloso da Ena sendo possivel identificar as representações do sentl- À). Eugénia Silveira era «uma rapariguinha magra e viva com cabelos
mento e da panxão destas três personagens masculinas, negros como tinta», mes que se fizera «uma raporiguinha feia, amarela
como uma cidra». À atitude de Cartos perente o vida já era completa-
mente diferente da de Euzebiozinho, que, emeriança, passava a vida entre
Pedro
da Main aifarrábios. mas que acabou por levar uma vida devassa.
“OD filho de Alonso da Meia «ficara pequenino & nervoso como Mera
* Em Coimbra, embora Carlos escarmecesse idãias futricas, «terminais por
Edtiarda,
tendo posto da raça, da força dos Malas, Fol impesiedo pela mãe o
se prredar num episódio romântico com a mulher de urm empregaddo
de ip estudar pera Coembra; dava lentos passeios a cavalo, sempre prote-
Governo Civil (..), 0 prime odúltero» mas infelizmentoa rapariga
amor iro
gido por um criado, ia «beber a sua genebra aos botegquins de Lisboa» e charmáve-se Hermengard a « os amigos de Carlas começaram a chamá-lo
«gos dezanove anos leve O seu hastardozinhos, referência que mão volta «Eurico, 0 Presbíteros. Não se tratando já dos amores romanticis de
aser retómeada pelo nomador Alexandre Heroudano, Carlos sentiu-se canalha, quandá viu o marido de
Hermengarda com o filha, e desictu não voltar a responder às cartas sm
* Apósa morte da mãe, viveu um periodo de dor exagerada a que se seguiu qué aquela lhe chamava «seu idealo. Seguiram-se outras pauões: Encar-
uma vida hoéma e dissipada, de edistúrbios no Marmare. de façanhas nas nacian, uma espanhola que se ipstalara em Coimbra coma uma espécie
esperas de tolros, de cavalos esfalfados, de pateadas em 5, Carlos» de Dama das Camélias, a mulher de um escrivão em Larnego. à dé um
em Viena
coróne do marido, Madame Rughel
l e uma holandesa separada
* Dos anos depois da morte da mãe, conheceu a deslumbrante Mara Mon- O cou Criado de quarto, que o-atompanhava desde 05 onze anos. Que à
forte, filha de um rico traficante de escravos.À romântica sensibilidade de sequire de Santa Olêvia para Coimbra, que fizera com Carlos a grande
Pedro Leva-d a uma pal avassaladora por Maria Monforte, e, não aba viagem pela Europa e que se Instalára com avô e neta no Ramalhete, é à
tante a desaprovação de Afonso da Meia, Pedro case córm aguela deusa, grande testermunha da vida amorosa de Carlos.
também conhecida por enegreira», devido sos negócios do pai,
* Em Lisdúa;o dandismo e o diletantismeo de Carlos requintaram. Rico e ele-
* Duranieo periodo em que estão casados, Pedro sente olúmes de Maria gante, cre admirado pelas senhoras do High Life e não foi dificil (nciar a
Montorte, cuja beleza não era indiferente aos amigos que frequentavam relação amorosa adúltera com a conde ssa da qual se satu-
de Gotvarinho,
rou capldamentte, ebé porque o-seu coração começara pertencerd wdeuisas 4,2. Características trágicas dos protagonistas
com quem se enizara no peristito-do Hotel Central, Certos e Maria Fclugria (Afonso da Maia, Carlos da Maia e Maria Eduarda)
vivem uma pálsão intensa, fazem projetos para. futuro &, mesmo depois de
saber do passado daquela que conhecera como suposta espúsa de Castro Na cobra Os Maias, é possivel Identihcar várias caracteristicas da tragédia
Gomes, Cartes da Mais continuou disposto a dar continuldade 30 romance, clássica, apesar de nos encontramos perante um romance do século XIX
E o reconhecimento (o anagnórise) do Incesto. que ele ainda pratica cons- De fauto, às persoragens da intriga principal são em número reduzido e per-
ciemtemente denóis de tomar contesimento que Meria Eduande era sus
tencem a uma entiga femmilta aristocrata. Por outro lado, o teme do incesto
inTTTã, que condkiz à destruição
da família e à morte de Alonso da Mala. remonta à Amtiquidado Clássica, nomeadamente & tragédia de Sófocles,
João da Ega Edo Rei (497 80) cujo protagonista, por desconhecimento. se apalsonara
pela mãe. Também Carlos da Maia e Maria Eduarda têm uma relação inces-
a João da Ega, q inseparavel amigo de Carlos da Maia desde a vida de estu- tucsa, por desconhecimento da relação consanguines que os unia, Na verdade,
dantes em Coimbra, revele go longo da ação, a partir do capítulo PM a sua podemos observar a referência a vários aspetos que Sugerem caracteristicas
propsnsão para p ameér livre, para o erotismo e a sensualidade, bem como trágicas dos protagonistas da Intriga principal: Afonso da Mala, Carlos da Mala
pérao satanismo, Ega andava & formar-se em Direito, «mas devagar muito e Maria Eduarda:
pausadamentes-eera conhecido coma «o memrateu, brmaior demagogo,
QuC jamais aparecera nas sociedades humanas». Nas férias, por vezes” Alonso
da Maia
também ia para Santa Olávia, porque Afonso da Maia se afeigoa
Bo rapaz
ra
e era sobrinho de um seu velho amigo. * Afonso da Mais foi advertido por Vilaça de que Es paredes do Ramalhete
seram sempre tatais 005 Moinse, quando decidiu instelar-se em Lisboa,
* Egs abominava a Divindade. a Ordem social e defendia um amor lute das após a conclusão do curso de Carlos Afonso ignorou este avisge Tiu-se
ficções do matrimônioe o culto é Satanás, sendoa sua fisionomia ESgrou- da frase, masa verdade é que;no final da intriga, Vilaça, em conversa com
viada € seca, 05 pelos arrebitados do bigode, o nariz adunoo 0 quisrado Ega, depois dese ter abatido a catástrofe jNotostrophé) sobre a terilia,
de vidro entalado no alho direito sugestivos dessa rebeldia é satanismo.
reltera as mesmas palavras: «quando 05º, Afonso me ençomendou equi
Na entanto, em Coimbra, iniciaraa vitla amorosa com paixões românticas,
as primeiras obras, lembrei-lhe eu que, segundo uma antiga tenda, eram
revelando-se sentimental Por Encarnacian, = «topada sentimental de
sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete. O St, Afonso da Maia
Caros», Ega sentia repulsa e evitou tr a Celas senguanto lê sparocesse
aquele montão de carne, pago ao arrátel, coma a de vaias, riu de agouros e lendas... Pois fatais Toramis.
* No Toca, à tapeçaria com os amores Incestunsos de Vérirs e Marte pros 4 intriga secundária, como
já referimos. apresenta o passado de Afonso da
sagia a relação de incesto entre Carlos-e Maria Eduarda, Maia, a Infancia, juventude, casamento E sujodio de Pedro da Maia.
* Maria Edbarda reconhece semelhanças de Carlos com Maria Mantárte & Intriga principal, ou intriga do mcesto, narra a relação Incestuosa entre
e— Sabés-tu com quem te parecest. É extraordinário, mas É verdade. Cartos e Maria Eduarda, situação que precipitaa morte de Afonso
da Mais,
Pareces-te com minha mãels. Deste modo, podemas venficar que há
à crónica de costumesé o velculo da crítica aos vícios e defeitos da socie-
vários avisos às personagens que foram lgnirados, tal como ceorse nas
dade portuguesa do século XIX, através de vários episádos, jantar no Hotel
tragédias Clássicas,
Central, jantar em Casa dos Gouvarinhos, comidas de cavalos no hipádromo,
A Coineto do Diabo é 4 Tarde (Jornalismo corrupto), sarau do Teatro da
Trindade... Esta pluralidade de ações e de personagens permite-nos conhecer
o emblente social oitocentista.
Complexidade
do tempo
“No capítulo [do roma, o narrador (az uma longa analepse para narrar a
juventude ecasamento de Afonso da Maia, contribuindo para a clarificação
dos aconteaimentos associados d intriga principal e & intriga secundária:
“Esto existência nem sempre assim correm coit u tranquilidade Larga Complesldade dos protagonistas
e Ciara de-um belo rlo-de verão, O antepassado: cujos alhos se enchiam
agora dê uma luz de termura [,..) fora, ne opiniãode seu pal, aigum tempo, Os protagonistas são às personagens que desempenham um papelde relevo
o mais feroe jacobino de Portugal». No inítio deste mesmo capítulo, na ação, seja nas intrigas principal e secundária; seja nos episódios da crónica
temos uma referência cronológica ao tempo de iitriga principal: sã de custurmes:
casa que os Malas viram habitar em Lisos, no outono de 1875 (fm, “Na intriga secundária,
podemos destacar Pedro da Maia
e Maria Mon-
firte. Pedro contraria a posição do pal, Afonso da Maia, e c55a com Maria
* Ho capitulo Y, por esemplo, é visivel uma elipse relativamente sos aconte-
Montarte, relação que vai orginar o desfecho trágico da intriga griralpal,
cimentos
que se passaram divantea viagem de Caros pela Europa. após a
Marta Montorte foge com Tancredo, levando s filha, o que Leva ao sumeldiio
conclusã
do curso
o de Medicina: «E então Carlos Eduardo partita para a sua
de Pedro e posteriormente, ao desconhecimento da verdadeira identidade
lônga viage
peta Európa
m Lim ano passou, Chega
esse vutonu
rade 1875», de Maris Edugrda e, consequentemente,à relação incesbubsa indorsciente.
* Nos longos momentos descritivos que abundam no romance, coma, por * Na intriga principal, são protagonistas Carlos da Maia, Maria Eduarda
exemplo, nas deseriçãosde serra de Sintra, no capitulo VII, a ação
não pro- e Afonso da Maia. Carlos & Maria Eduarda são ambos descendentes de
grid ro tempo,
e é como que posta em pausa: «Ficaram calados. Cruges Afongo, Pedro da Maia e Maria Monforte. A relação incestuosaé a causa do
agora aúmiroavajardim, por baix do mureoem que estavam sentados Era fim da famélia: tendo Carlos maior responsabilidade, ao cometer o incesto
um espesso ninh
de verdura,
o arbustos, forese árvores. consciente. o que provoca-a marte de Afonso Tal como acomietera com
Pedro e Maria Moniorte, Afonso também assume uma posição de opo-
Complexidade do espaço
rente, sobretudo a partir do momento
em que sabe que Mara Eduarda é
Relathamente à complexidade do espaço, constatamos a existência de múl- sua neta.
típlos espaços físicos exteriores e Interiores, associados és intrigas arinci-
pal & secundária, bem como à crónica de costumes, Lisboa é 0 mMacroespaço
onde decorrem a mailor parte das ações e a este espaço estão ligados outras 5.3. Visão global da obra e estruturação:
misrcespaços: por exemplo. à Ramalhete, o consultório e à laborató derio
Cars bitulo e subtítulo
lãs, 0 Rossio, 0 Hotel Central, o Hipósiramo. 0 Teatro da Trindade... O mesmo
acontece com Coimbra, 4 que essociámos os Paços de Celas, ou seja, a casa O tudo da obra remete-nospara 6 históriade uma família, 05 Maias,
e con-
de Carlos enquanto esturtante, ou Sintra, que se relaciona com o hotel Nunes, sequentemente para um periodo temporal Longo, 2 que cântribul para
a comale-
únde Caros ficou alojado, quando foi procurar Maria Eduarda Santa Olávia xitiade das diversas ações, Andesa referência ineial ao ano de 1875, & narmador
E igualmente um espaço fisico de relevo, pois foi ai que Carlos recebeu urna urganss 0 desturso de moço E apresentar9 turma, referindo Caetano da Mala [pai
educação britânica e onde começau a contactar com Baptista O criado que-9 de Afonso)e narrando a-vida de Aforso da Maia (pai de Pedro), de Pedro da Maia
acompanhou so longo da vida. (pai de Carlos e Mara Eduarda) e de Carlos e Maria Eduarda da Maia (bisnetos,
netos e filhos, de acordo com & ordem da árvore genealógica da família),
Para além dos espaços físicos, impõe-se os espaços sooiais, relacio-
nados essencialmente com a crónica de costumes, ou seja, com os episódios
que contentram personagens que são tipos sociais é que permitem geritica à
sociedade portuguesa ortocentista, Cartos
Cuetano Afonso Podro
Maria Eduarda
O espaço psicolágico relaciona-se com as vivências Vas personagens, 06
súnhos
é as evocações do passado, Como agonteceno momen
emto
que Carlos
recorda q evi, apósa tragédia da morta de Mons: «imagens do ava, do evá
wine forte cachimbando pó canto do fogêou. ( Os Matas J
+ Cartono da Mals force adepto da E Miguel: vCaBtnno da Mala era um por- 5,4, Recursos expressivos: a comparação, a ironia, a
Liguês antigo [..) dera ele o seu amor ao senhor Infante D. Miguel», o que metáfora, a personificação, a sinestesia e O uso
significa que fora adepto do Absululhsmo, em Portugal expressivo do adjetivo e do advérbio
* Alonso da Maia integra-se na geração de 1820, adepto de ldesis do Libera- À presa queirostana é de uma enormee iregqualavel nquera, surpreendendo-nos,
lismo, de ser jatobiro.
O que levava 0 paia acusá-o a-cada momento, pela forma artistica comoo escritor dá vida e renova as pala-
* Pedro da Moia faz parte da geração de 1840, aquando do Info da Rege- vras Ds recursos expressos adquirer um grarele slonificacdo, soja nas descrições
neração de espaços. seja ras descriçõese falas das personagens Nenhuma palavra está
ao acaso, tudo foi trabalhado e escolhido meticulosamente,
motivo pelo qual Eça
* Carios da Maia le Maria Eduarda) já fazem parte da gera
de 1870
ção e, por de Queirós term sido apontado come um renovador da Lingua literária portuguesa.
isso, de uma época contempo
do auior
rânedo romance.
a Vejamos, então, alguns dos recursos expressivos mais significabvos da arte de
escrever
de Eça de Queirós
As diferentes gerações ocupam um espaço e um tempo diferentes no
romante:
* no capitulo é narradaa vida académica de Carlos em Colimbra e o autor troita Eça de Dueinds servu-se brilhantemente da irorila, colbeamda-a mo ser
retomaa data de LA75, ane em que Certos e q. avô vão viver para Lisboa: ligo da crítica rroraé-quie Feià sociedade pormguesa oibocemtlta Este
Fesurso pressão mrolica a inferência de sigallicades eubjacerdes E
* do capitulo IV atá aú capítulo XVI, periodo correspondente É dáls anos palavi=e uma serao seu significado dinesgo do sgnifiaado-lterál: «Dose
Exa assita que posar, é chimeitinihos
praca Tara! Aquilo é eque d oreral fes aqui
CLAT5-1B77), 0 narrador dá-nos conta da vida de Carlos
er Lisboa é da sua é um chiqueini.
relação incestucsa com Maria Eduarda;
Matáfoea Acmetitora relação de aresogia omrtre dota termos comparados fmplici-
* por fim, o capítulo XVI corresponde so epilogo. cuja ação decorre dez anos tamenta, é um recurso expressivo que Eça usa de forma surpreendente
depois de ter terminado a intriga principal e de Carlos ter feito uma lorga a sudianicse vela prssiu desse deles, com um posso soberárode ceiteus.
vagem pelo Murdo. informação antinciada na Gazeto Vusirodo, na sua
coluna High Life, compravando-se, deste medo, o elevado estatuto social
Persanificação Constateem atribuir propritdades humanas a uma coisa a um ser inani-
q último descendes
da Maia,os
de Carl Maias.
dente mada ou E um ente abstrato «q teclado braço do plano
ria é esperieas
O subtítu do romance,
lo «Episó de vidadios
românticas, remete-nos para Sinestesis A nsseeinção de elámentos semúridcos provenientes de domínios
os episódios
da crónica de costumes e para a crítica social. Saliente-so que3 sensoriais. apresenta comumemente e fusão de perceções sensoriais:
ausência do determinante antes do nome cepésddioss sugere que são algtrs “Do Rosso, o ruido das carcaça.os gritos errantes
de pregões, o rolar
dos espetos observados na sociedade portuguesa oitocentista, aspetos esses dim irmericanos, atibiarm imumia viliração mais clara, por apuete ss Eno
de nmembro: wumá fue macia, escoregundo docemente do azul. Ferré.
que não ficarão esgotados.
Por outro Lado, embora tenhamos visto que há algumas personagers Usgexpressho Eça de Quelrds recorri treguentermente
aq uso do adjátivo com sstar
românticas, nomesdamente o poeta Tomás de Alencar, não podemos associar doado expressivo dobretudo ra descrição de espaços s perçamagans,
sur-
presndendo-nos com esta classe da palavras, ora ahtepactas oré
diretamente o subtitulo so Romantismo, porque, na verdade, narrador tem prepostas sa nome Pora tim dia de iveco múave é haminoso (Ja
uma Intenção satifica muito mais abrangente, incidindo sobre várias fadetas exiide morria, dert tra araggerto, misma pos ellnimo
da soxedade portuguesa olioceêntista,
Habill
utiiradomen
gols romepels
tete, é ddváriio apresenta-se coma 5.6. À descrição do real e o papel das sensações
prálangamento 4 complemantardaidad
agjétvo,
e cosiribuncio para
8 valoriznção de jdelus é apr eclnções crMtcas que o marcador pretende
tramemétis, «Carlos tirou profundamente à ciapdu tão perturbado, Ns Molos, encontramos vários momentos destrithos que nos permitem
Que 08 nous presos hesitarntrs, conhecer detalhadamente
Os espaços e as personagens, o que leva o leitcea
sontir-se partedas ações. à maualizar e ater 2 perceção sensorial dos espaços
onde as personagens se movimentam. Para elém da minúcia deseritiva que
caracteriza
o estilo quelrosiano, o recursoé sinestesla
é bastante sugestivo para
3.5. Reprodução do discurso no discurso a percação sensorial do narrador, das personagens e do próprio lattor.
À reprodução do discursa no discurso é sernpre acompanhada Tomemos como exemplo a descrição do consultório de Carlos da Mala, O
de uma internee-
tação dos enunciadas relatados em função das circunstânci seu grande projeto profissional, e a deserição
do Ressta, espaço onde D mesmo
as
de enimiplação em
QuE tiveram lugar e está subordinada és intenções comunic
ativas das persona- se lbemizavo.
gens e do narrador, Observemes:as rmodalidadee do reprodu
ção dó discurso,
* «(Iseu gabinete, nó consultório, dormia nurma paz tópica entre espessos
velis
Etação Reprodução de-um texto, oude Em-esterto de teto noutro
testo,
dos escuros, na penumbra que faziam 05 estores de seda veme comidas»
hesinininda Gom% hepas-ou com um too de letra diferente: -note-sea sugestão sinestésica do silêncio e das tonalidades predominantes
=Ê uma
fatalidade, parto para semper com Tancicdo, esquece-se que
Fido nótá neste espaço interior
digna de ti, & levo z Maria, que ie não possa sepúrar dels»,
fresco, mais vasto, com a sua relva já um pouco cresada pelo sol de junho, e
uma ou outra papoila vermelhejando aqui c além. Uma atagem larga e repou- Tempo espaço Tempo Hurr doming
selos duas o;
da tarde
sante chegue cagpirgamente do rio,
No centro, como perdido no largo espaço verde, negrejava, no brilha do sol, Espaço A ação docom no Hipódromo, ao fim do Lango de
um magote apertado de geme, com algumas carruagens pelo melo, de onde Extém. O espaço
é desorho com um misto de obje-
aobressalam tons claros de sembrinhas, o faiscar dum vidro de lanterna, ou um tivigdade w subjetividade. Cerios termas pelormiis
doontuamo deeulo & o provincienismo! mostrando
casaco branco de cocheiro. Para além, dos dois lados da mibuna rod formada de eimarotso-e a falto de elegância: crraves nal prega
um baetão vermelho de mesade reparvição, erguiam-se as duas tribunas públicas, diam! apalarijines de straiaho.
com o feito de traves mal pregadas, como palanque de arraial,
À da esquerda
“azia, por pintar, mostravaà luz as fendas do tabuado.
Na da direita, besuntada
Intenciónatidade = Há momentos humorista
má cliscsição
sdó escaço únde dacorrem
sé
porfoma
de ul claro, havia uma fila de senhoras quase sodas de escuro encostas curritias. Servem & intenção do criticar a classe social rt=s proviminente
das ao rebordo, outras espalhadas pelos primeiros degraus; e o resto das bancadas ca sociedade lisbosta que aporenta ser cuita é sofia iba masnãooé
permanecia deserto « desonsolado, dum tom alvadio de madeira, que abafava "A organização de corda pretémee imitar Um syento estrangeiro mas
as cores alegres dos raros vestidos
de verão. Por vezes a brisa lenta apitava
no alto revela-se im fiasco 06 particmentes vestem
-se do forma adequada
dos dois mastros
o cul das hamdeirodas, Um grande silêncio cala
do céu faiscante. Era a oeasidn & mm gnquer se interessam polas cordas.
Em vela do recinro da tribuna, fechado por um mpume de madeira, havia “A dórmeo termino
de toma grotesca, em violênci
de amais! popular
a
Assim se derimeio o mentalidade provinçinna da elite portuguesa.
mais solilados de infamaria, com as baieneças lampejando ao sol. E no homem
triste que estava
& entrada, recebendo
os bilhetes, metido dentro dum enorme
col=se branco, reteso
de goma, e que lhe chegiva até dos joelhos = Carlos seco-
nheceu o servente
do seu laboratório.
Apenas tinham dado alguns passos encontraram Taveira à porta do bufete
onde sé estivera ceconforrando com uma cerveja. Tinha um molho de cravos
amurdos ao peito, polainas brancas — é queria animar às corridas, Já vira a Mir,
a égua de Clifond, e decúdira apostar pela Mist. Que calseça de animal, meninos,
que finura de pernas!..
= Bilavra que me entuslasmou! E está decidido, um dia não são dias, É neco-
sário animar isto! Apesro erbs mail mio, Ouve você, Corafr?
= Pois sim, talvez, depois... Vamos primeiro ver o aspeto geral,
Mo recinto em declive, entre a tribuna ea pista, havia só homens, a gente
do Cirémio, das Secretariase da Casa Havanesmi a maioi parte à vontade, com
jáquetões claros, e de chapéu-coco, outros mais em estilo, de sobrecasaca é
bineculo a tiracolo, pareciam embarcações e quase amependidos do seu chique.
Fala-se baimo, com passos lentos pela relva, entre levas fumaraçãs de cigarro,
Aqui c além um cavalheiro, parado, de mãos atrás das costas, pasmasa langui-
damenre para as senhoras.
* Referências
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4 Campos, (2004), Inpgenis do Portugal querasona. Lisbos Livros Ho-
rizónte,
MONICA,
Mara Fitomena, (20011. Epa de Queirds, 1º ed. Lishoa: Quetzal,
SOARES Luisa Duca, (2000) Com Epo ce Queirós nos. Olivos no ano 2000.
Lisboa: Camara Múnkslpal
de Lishia,
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Ana Lulsa, (301%. Pesrco do corpo imboinário E representação fito
als Misias, cia Ego de Quairss Lisboa: Edições Chame.
Fundação
Eça de Queiroz httpeifwama ptioca-de-queiroz.
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1508 novembro de 206,