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Digestão de macromoléculas

RELATÓRIO

Autores Turno B Grupo 3

1.Helena Cunha 3. Maria Pereira

2.Beuna Ramos 4.Marlúcia

RESULTADOS

Atividade 1: Digestão do amido pela α-amilase.

Tubo 1 2 3 4 5 6 7

Amílase Amílase Amílase dH2O dH2O Amílase Amílase


Reagentes Amido Amido dH2O Amido Maltose Amido Amido
pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 2.0 pH 9.0
Condições 1º: ferver
37°C 37°C 37°C 37°C 37°C 37°C
de 2º: 37°C
60 min 60 min 60 min 60 min 60 min 60 min
Incubação 60 min
Teste IKI + - - + - + +
Teste de
- ++ - - ++ + +
Benedict

1. Qual o propósito dos tubos 3 e 4?

O teste realizado tem como objetivo analisar a presença de maltose nos tubos preparados previamente.
Desta forma, recorrendo á base teórica desta atividade laboratorial, podemos constatar que o amido e
água reagem pela ação da enzima amílase. Esta enzima tem como função hidrolisar o amido em maltose,

baseando-se na seguinte reação:


Sendo assim, os tubos 3 e 4 pretendem simular ambientes onde se verifica a presença da água duplamente
destilada, mas não se encontra o ambiente favorável à hidrolisação do amido. Posto isto, justifica-se que
nos tubos 3 e 4 dado que não se encontra a integração conjunta do amido com a enzima que o hidrolisa,
não se constata a identificação de maltose (resultado obtido através do teste de Benedict). O propósito
dos tubos 3 e 4 baseia-se na comprovação dos reagentes necessários para que, a uma temperatura e pH
adequado seja possível a hidrólise do amido em maltose.

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2. O que pode concluir a partir dos resultados dos tubos 1 e 2?

Os tubos 1 e 2 apresentam os mesmos reagentes e pH, no entanto o tubo 1 foi fervido antes de
ser incubado. O tubo 1 testou positivo ao teste de lugol, o que indica a presença de amido e
negativo para o teste de Benedict, indicando a inexistência de maltose. Por sua vez, no tudo 2 os
resultados foram o inverso, o teste de lugol deu negativo, o que indica que não há amido na
amostra e o teste de Benedict obteve resultado positivo, ou seja, há açúcares redutores
presentes. Podemos concluir que o processo de fervura levou à desnaturação da amílase,
impedindo esta de hidrolisar o amido e formar maltose.

3. Que conclusões pode tirar a partir dos resultados dos tubos 2, 6 e 7 sobre a atividade da amílase e níveis de
pH?

Todos os tubos considerados (2, 6 e 7) tinham os reagentes amílase e amido pelo que a única
diferença entre eles era o pH adicionado. O tubo 2, com pH 7.0, testou negativo para o teste IKI
(deteta a presença de amido) e positivo para o teste de Benedict (deteta a presença de maltose),
apresentando uma cor vermelho-acastanhada. O tubo 6 e o tubo 7 apresentaram os mesmos
resultados: para o teste IKI testaram negativo uma vez que apresentaram cor azul-escura
enquanto que para o teste de Benedict apresentaram cor verde, testando, portanto, positivo. De
notar que, relativamente ao teste de Benedict, apesar de os três tubos apresentarem resultados
positivos, o tubo 2, por apresentar cor vermelho-acastanhada, contém uma maior quantidade
de maltose do que os restantes tubos. Deste modo, é possível concluir que, para valores de pH
neutro a amílase é mais eficaz na hidrólise de amido em maltose.

4. Qual o pH ótimo para a atividade da amílase?

O pH ótimo para a atividade da amílase é o pH 7.0.

5. A amílase exerce atividade a outro pH que não o ótimo?

Sim, a amílase exerce atividade em pH 2.0 e pH 9.0 apesar de não apresentar tanta eficácia como
no seu pH ótimo (7,0). Esta afirmação é comprovada através da comparação entre o tubo de
ensaio 2 e os tubos 6 e 7, visto que mantêm os reagentes utilizados e variam apenas no pH inicial.
Assim, após a observação dos tubos posteriormente à realização dos dois testes (IKI e Teste de
Benedict) podemos verificar que no tubo 2 houve a hidrólise completa do amido em maltose,
enquanto nos tubos 6 e 7 houve hidrolise de amido em maltose mas não por completo, o que
comprova que a atividade da amílase fica comprometida a outro pH que não ótimo.

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6. Em que tubos detetou a presença de maltose no final da experiência?

No final da experiência, foi detetada a presença de maltose nos tubos 2, 5, 6 e 7.

7. Por que motivo a maltose não estava presente nos restantes tubos?

A maltose não estava presente nos tubos 1, 3 e 4, sendo que os tubos 3 e 4 serviram como
controlo, onde não houve interação entre a amilase e o amido. Relativamente ao tubo 3, este
tem como reagentes, a amílase e dH2O, ou seja, não contém amido. Assim, a enzima amílase não
realiza qualquer tipo de reação que forme maltose. Por sua vez, o tubo 4, apresenta amido mas
não apresenta amílase. Assim, sem a presença da enzima, não é possível ocorrer hidrólise do
amido em maltose. O tubo 1 apesar de apresentar os mesmos reagentes e pH (neutro) que o
tubo 2, foi fervido, provocando a desnaturação da enzima amílase, ou seja, à perda de função e
consequentemente à não realização da hidrólise enzimática, não havendo transformação do
amido em maltose.

8. A amílase salivar seria desnaturada se presente no estômago. Explique porquê, com base nos resultados desta
atividade.

No estômago humano, o pH é ácido, variando entre 1.5 e 2. Assim, os efeitos da enzima são mais
fracos, mas, como verificamos na análise do tubo 6, continua a ser formada maltose. Deste
modo, concluímos que, no estômago, a enzima não seria totalmente desnaturada, mas
apresenta uma eficácia menor pois, como verificamos pelos resultados obtidos no tubo 6
aquando da realização do teste de Benedict, a amostra apresenta cor verde. Assim, é nos
indicado que a pH 2.0 a amílase continua a exercer a sua função mas de modo menos eficiente.

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Atividade 2: Digestão da celulose pela α-amilase.

Tubo 1 2 3 4 5 6 7

Amílase Amílase Amílase Amílase Amílase Peptidase Bactérias


Reagentes Amido Amido Glicose Celulose Celulose Amido Celulose
pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 dH2O pH 7.0 pH 7.0
1º:
Condições
congelar 37°C 37°C 37°C 37°C 37°C 37°C
de
2º: 37°C 60 min 60 min 60 min 60 min 60 min 60 min
Incubação
60 min
Teste IKI - - - + + + -
Teste de
++ ++ ++ - - - ++
Benedict

1. No final da experiência, em que tubos continuam presentes amido ou celulose?

No final da experiência foi possível verificar a presença de celulose nos tubos 4 e 5 e a presença de amido
no tubo 6. Concluindo-se assim que, a amílase não degrada a celulose e que a peptidase não é especifica
para o amido, logo também não ocorre hidrólise.

2. Que tubos foram positivos para a presença de açúcares redutores?

Os tubos que deram positivo para a presença de açúcares redutores foram o 1, 2, 3 e 7.

3. Qual foi o efeito do congelamento do tubo 1?

O congelamento levou à inativação da amílase. No entanto, esta não perdeu as suas funções por
completo, logo, ao voltar à temperatura ideal recuperou a sua atividade e ocorreu a hidrólise do amido.

4. De que forma é que o efeito do congelamento difere do efeito de fervura?

Enquanto na atividade 1 o processo de fervura do tubo 1, que continha amílase, levou à desnaturação
permanente da enzima, impedindo esta de atuar sobre o amido de forma a degradá-lo para formar
maltose. Na atividade 2, o processo de congelamento apenas levou à inativação da amílase enquanto esta
se encontrava congelada, logo, a enzima não perdeu as suas funções por completo, recuperando a sua
atividade aquando do regresso à temperatura ideal e hidrolisando o amido em maltose.

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5. A amílase usa a celulose como substrato?

Não. Se interpretarmos os resultados dos tubos 4 e 5 após o teste de Benedict verificamos que não
ocorreu qualquer hidrolise enzimática.

6. Que efeito teve o uso de bactérias na digestão da celulose?

Na digestão de celulose, as bactérias metabolizam a celulose.

7. Qual foi o efeito da enzima peptidase no tubo 6? Explique a sua resposta com base no seu conhecimento sobre
a peptidase e os seus substratos.

Não houve qualquer efeito da enzima peptidase. O tubo 6 é constituído por peptidase, amido e pH 7 e,

uma vez que a peptidase hidrolisa proteínas e não glícidos, não vai hidrolisar o amido.

Atividade 3: Digestão da celulose de proteínas

Tubo 1 2 3 4 5 6

Pepsina Pepsina Pepsina dH2O Pepsina Pepsina


Reagentes BAPNA BAPNA ddH2O BAPNA BAPNA BAPNA
pH 2.0 pH 2.0 pH 2.0 pH 2.0 pH 7.0 pH 9.0
Condições 1º: fervido
37°C 37°C 37°C 37°C 37°C
de 2º: 37°C
60 min 60 min 60 min 60 min 60 min
Incubação 60 min
Densidade
0,00 0,40 0,00 0,00 0,03 0,00
ótica

1. Quais são os tubos controlo? Para que servem?

Nesta atividade os tubos controlo são os 3 e 4. Os tubos controlo são aqueles que apresentam tudo
menos aquilo que se pretende estudar e servem como referência para as restantes amostras para
verificar se ocorreu a reação, neste caso vai permitir avaliar a ação da pepsina no BAPNA. Por essa razão
é que os tubos 3 e 4 são os de controlo pois não contêm BAPNA e pepsina, respetivamente.

2. Qual foi o efeito da pepsina na BAPNA?

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A BAPNA é uma proteína sintética usada nesta atividade para averiguar a atuação da enzima
pepsina sobre as proteínas. Deste modo, a pepsina hidrolisou a BAPNA nas condições de
ambiente ideais, resultado verificado nos valores de densidade ótica calculados e na coloração
obtida pela solução. Posto isto a pepsina atua no processo de digestão das proteínas ao hidrolisar
as mesmas em moléculas mais pequenas e de mais simplificação futura ou posterior absorção.

3. Que conclusões pode tirar a partir dos resultados dos tubos 2, 5 e 6 sobre a atividade da pepsina
e níveis de pH?

Como podemos verificar pelos resultados (tubos 2 e 5), preferencialmente em pH ácido, mas
também em ph neutro, assumindo que a solução não fora anteriormente fervida, a pepsina
hidrolisa a BAPNA em pequenos péptidos. A análise do tubo 5 comparativamente ao tubo 2,
permite ainda verificar que a eficácia do processo digestivo das proteínas é muito menor em
ambiente de pH neutro. Podemos ainda constatar que o tubo 9 permite descartar a hipótese de
que seja possível a ocorrência da atuação da pepsina em ambiente básico. Desta forma, podemos
concluir que o ambiente ideal para que ocorra a hidrolisação das proteínas pela ação da pepsina
é com pH ácido (como se pode verificar ao analisar a digestão que ocorre ao nível do estômago).

4. Relacione os valores da densidade ótica com a digestão da BAPNA.

Como podemos verificar pela na obtenção dos resultados a alteração da coloração da solução para
amarelo indica a atuação da pepsina. Uma solução transparente terá uma densidade ótica de 0,
enquanto uma solução com colorida, que absorve alguma luz, terá uma densidade ótica superior a
zero. Nesta simulação uma solução colorida de amarelo é uma indicação direta da quantidade de
BAPNA digerida pela pepsina. Desta forma, apesar de através da avaliação da cor também permite
uma estimativa do resultado da digestão da BAPNA, o cálculo da densidade óptica pelo
espetofotometrómetro permite uma quantificação exata da quantidade hidrolisada pela pepsina.

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Atividade 4: Digestão de lípidos pela lípase pancreática e a ação da bílis

Tubo 1 2 3 4 5 6 7

Lípase Lípase Lípase dH2O Lípase Lípase


Lípase
Óleo Óleo Óleo Óleo Óleo Óleo
dH2O
Reagentes vegetal vegetal vegetal vegetal vegetal vegetal
Sais biliares
Sais biliares Sais biliares ddH2O Sais biliares Sais biliares Sais biliares
pH 9.0
pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 7.0 pH 2.0 pH 9.0
Condições 1º: ferver
37°C 37°C 37°C 37°C 37°C 37°C
de 2º: 37°C
60 min 60 min 60 min 60 min 60 min 60 min
Incubação 60 min
pH 7,00 6,21 6,72 9,00 7,00 2,00 8,97

1. Qual é a principal diferença entre os tubos 2 e 3?

O tubo 2 e 3 apenas diferem na sua constituição no parâmetro em que o tubo 3 substitui a


presença dos sais biliares pelo ddH2O. Esta alteração dos reagentes colocados nos tubos de ensaio
provoca uma notória variação do pH medido. Podemos ainda concluir, dada a diminuição do
valor do pH no tubo 3 e assumindo que valores menores de pH se associam à presença de ácidos
gordos, que a lípase foi capaz de hidrolisar o óleo vegetal presente. Contudo, é ainda possível
verificar que, houve um decréscimo acentuado mais evidente no tubo 2 do que no tubo 3. Este
facto pode ser justificado tendo como pressuposto de que a lípase hidrolisa mais eficientemente
os óleos em ácidos gordos em ambientes onde ocorrera a atuação da bílis.

2. Qual é a função da substância presente no tubo 2 e que não está incluída no tubo 3?

A substância presente no tubo 2 que se encontra ausente no tubo 3 é os sais biliares. Os sais
biliares atuam através da ação da enzima pancreática: lípase. A bílis é um fluído produzido no
fígado que exerce a sua ação no estômago e, que permite a digestão de gorduras, permitindo a
hidrólise das mesmas em pequenas partículas de gordura.

3-É possível determinar se ocorreu a hidrólise dos lípidos a partir do tubo 5? Justifique.

A ação digestiva das gorduras é efetuada pela ação conjunta dos sais biliares e da lípase. O tubo
5 tem como objetivo o estudo da participação única da bílis na hidrólise dos lípidos. Porém,
analisando a teoria que sustenta este processo biológico, sabemos que a bílis atua numa primeira

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fase da hidrólise dos lípidos, auxiliando a lípase ao cortar algumas ligações éster dos lípidos,
transformando-as em pequenas partículas de gordura. Contudo, é depois a atuação da lípase que
permite que essas partículas de gorduras se hidrolisam e se transformam em ácidos gordos
permitindo a posterior absorção dos mesmos. Deste modo, o estudo realizado no tubo 5 não
permite determinar se ocorreu a hidrólise dos lípidos pois, mesmo que a bílis tenha efetivamente
hidrolisado as gorduras em moléculas mais pequenas não serão detetados no teste ácidos gordos
pois não se encontra presente a lípase, a enzima que efetivamente permite a identificação dos
ácidos gordos através da variação do pH (facto não verificado no tubo 5 dado que o pH inicial se
manteve).

4-Que efeito tem o pH neste processo de digestão?

O pH do ambiente efetua um papel crucial na eficiência do processo de digestão lipídica.


Podemos verificar no estudo realizado nos tubos 2,6 e 7 que, mantendo os reagentes utilizados
e fazendo apenas variar o pH inicial, que a alteração do mesmo limita a hidrólise dos lípidos
presentes. O ambiente ácido presente no tubo 6 permitiu concluir que, dada a manutenção do
valor do pH, não se verifica a existência de ácido gordos. Este resultado fora verificado pois, em
ambientes ácidos a enzima lípase torna-se inativa. Desta maneira, mesmo que os sais biliares,
por serem resistentes a pH mais baixos, hidrolisem as gorduras complexas em partículas mais
pequenas, sem a ação da lípase não se efetua a digestão completa dos lípidos. Também em
ambientes básicos, como simulado no tubo 7 se verifica que apesar de ocorrer o processo de
digestão ele não é de todo eficaz. Os resultados no tubo 7 podem da mesma forma serem
justificados dado o facto de a atuação enzimática da lípase apenas é eficiente em ambientes onde
o pH se verifica neutro. Contudo, os resultados devem-se igualmente ao facto de que a bílis pode
se tornar inativa em ambientes básicos e, por isso, não auxilia o trabalho da lípase, o que justifica
a baixa presença de ácidos gordos num meio de pH=9. Podemos concluir que o pH, quer seja ela
ácido ou básico, influência a eficácia, ou até mesmo a ocorrência, do processo de digestão dos
lípidos.

5-Quais são os produtos de digestão da lípase no tubo 2?

Os produtos obtidos da digestão eficaz das gorduras são os ácidos gordos. Assim, sabendo que a
presença dos mesmo reduz o pH e verificando no tubo 2 um decréscimo do valor de pH, é possível
concluir que os produtos da digestão efetuada pela lípase são os ácidos gordos.

6-Em que tubos é possível detetar a presença de ácidos gordos?

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Assumindo o facto de que um dos produtos da digestão dos lípidos, os ácidos gordos, serem
ácidos orgânicos e, por isso, baixarem o pH das soluções, é possível detetar se a digestão de
lípidos está ou não a ocorrer. Desta forma, dados a diminuição do valor de pH inicial, nos tubos
2,3 e 7 é possível verificar a presença de ácidos gordos.

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