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ÁGUA

MICROBIOLOGIA
Controle de Qualiade Microbiologico
Farmácia
Facene/Faneme Mossoró

Prof. Felipe Souza


Água potável
no início do século XX para proteger a população de doenças por O padrão quase universalmente adotado no monitoramento da
ela transmitidas, como febre tifoide, cólera e disenteria. água potável consiste em contagem de heterotróficos em placas,
com níveis permitidos de, no máximo, 500 UFC/mL, e ausência
de microrganismos indicadores fecais em amostras de 100 mL.
Água potável

Composição microbiana da água potável é variável


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Origem:
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rios oligotróficos - poucos milhares/mL
rios eutróficos - as contagens excedem 10 6
/mL
Época do ano
Água potável

Composição microbiana da água potável é variável


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Na fonte e origem = poucos nutrientes = Gram negativos
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Mais nutrientes, mais espécies ecossistema complexo


incluindo fungos, protozoários e algas, e microrganismos
potencialmente patogênicos.
Água potável

i
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Micro organismo Viável mas Não Cultivavel (VNC)
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Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco
A maioria dos organismos, particularmente as bactérias
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Prosthecate, as espécies Mycobacterium, Spirochaetes, e


as espécies de Thiobacillus, são incapazes de crescer nos
meios de placa para contagem de heterotróficos
Água potável

i
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Sistema de Abastecimento
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Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco
percolação por fundo de areia
laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.

cloração
Crescimento microbiano em sistemas de
água purificada
Proliferam em água pura através de Biofilme
Crescimento microbiano em sistemas de
água purificada
crescimento em um biofilme apresenta diversas vantagens de sobrevivência aos
microrganismos
nutrientes
proteção
exopolímeros em camadas onde as celulas se dispersam
resistencia aos agentes quimicos para chegar niveis profundos o biofilme
Crescimento microbiano em sistemas de
água purificada
Crescimento microbiano em sistemas de
água purificada

Organismos plantônico e bentonicos (biofilmes)


diferenças genéticas
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
O crescimento se dará em todo o sistema
filtros de granulos - melhora a capacidade de filtrar no
iniciou mas depois bloqueia os poros e evita a passagem
de água
No caso do carvão ativo e das resinas de troca iônica, o
crescimento do biofilme pode ocluir os “sítios ativos” na
sua superfície, que passa a não ter mais contato com o
fluxo de água.
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
Após um período de cerca de 6 meses, o leito de carvão não
mais remove orgânicos além dos que o biofilme produz.

Colunas de carvão são mantidas por frequentes lavagens de


retorno e periódica sanitização com água quente (80 o C) ou
vapor.

se o fluxo de retorno for pouco frequente, as colunas podem


se tornar consolidadas e o fluxo de retorno não mais fluidizar
os grânulos, e a sanitização, com água quente, não consegue
penetrar na massa de grânulos.
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
Uma outra espécie de superfície colonizável por biofilme,
tipicamente encontrada na sequência de purificação, é a matriz
fibrosa de filtros “grosseiros” multimicrometros.

Abrigo para a colonização por biofilmes.

Mesmo em filtros esterilizantes de 0,22 μm, pode-se considerar que


organismos do biofilme podem atravessá-los e estar presentes no
efluente.
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
sanitizador ultravioleta (UV) de
tamanho apropriado na posição
superior, de entrada do fluxo do
filtro
Limites - raramente são
absolutos
Celulas mortas como
nutrientes para biofime
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
filtros de menor tamanho de poro,
como 0,1 μm
reduz o fluxo da água
dispendiosos (pré-filtro)
rápida oclusão
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
série de filtros 0,22
valvula no centro
fácil para o controle em processo os filtros secundários
passam a primários, e os antigos filtros primários são
substituídos por filtros novos, que se tornam os novos
filtros secundários.
custos maiores
fluxo reduzido
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
filtros de osmose reversa
reconhecido que bactérias não penetram
em membranas intactas de OR, exceto
talvez nas selagens e em pequenas
imperfeições decorrentes de falhas na
fabricação
Impacto do crescimento do biofilme nos
sistemas de purificação de água
filtros de osmose reversa

ANVISA e EP - não reconhece a OR para injetáveis


USP - reconhece
A possibilidade de sanitizar/operar com água quente tem
revolucionado o uso de OR e eliminado muitas das
preocupações, entre as quais quanto ao crescimento microbiano.
Influência das propriedades da superfície no
desenvolvimento do biofilme

Composição do material
aço inox AISI 316L
PVDF

NÃO USAR PVC ou inox 304 !


SISTEMAS DE ÁGUA

Objetivo de purificação
reduzir os níveis de componentes químicos na água para impedir
sua interação com fármacos e consequente toxicidade para o
paciente
reduzir os níveis de componentes químicos na água para impedir
sua interação com fármacos e consequente toxicidade para o
paciente
remover endotoxinas e evitar sua subsequente ocorrência
Inclui estocagem e distribuição
SISTEMAS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA
Guia de Qualidade para Sistemas

de Purificação de Água para Uso

Farmacêutico

Agência Nacional de Vigilância Sanitária | Anvisa


2. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DOS

SISTEMAS DE PURIFICAÇÃO DE
ÁGUA

Os materiais que entram em contato com a água para uso farmacêutico, incluindo
a tubulação, as válvulas e armações, os lacres, os diafragmas e os instrumentos,
devem ser selecionados para atender a requisitos básicos, dentre os quais podem
ser citados:
6 Compatibilidade: todos os materiais utilizados devem ser compatíveis com a
temperatura e as substâncias químicas utilizadas pelo sistema ou dentro dele.
6 Prevenção de vazamento: nenhum dos materiais que entram em contato com
a água para uso farmacêutico pode apresentar vazamentos dentro da faixa de
temperatura de trabalho.
6 Resistência à corrosão: a água purificada e a água para injetáveis são altamente
corrosivas. Para evitar falha do sistema e contaminação da água, os materiais
selecionados devem ser apropriados, o processo de soldagem deve ser controlado
cuidadosamente, e todos os vedantes e componentes devem ser compatíveis
com a tubulação utilizada. O sistema deve ser submetido à passivação após a
instalação inicial ou após modificações. Quando a passivação for realizada, o
sistema deve ser totalmente limpo antes do uso. O processo de passivação deve
ser realizado em consonância com um procedimento documentado claramente
definido.
6 Acabamento interno liso: devem ser utilizadas superfícies internas lisas que
ajudem a evitar aspereza e fissuras no sistema de água.
6 Soldagem: os materiais selecionados para o sistema devem ser facilmente
soldáveis, de forma controlada.
6 Desenho de flanges ou juntas: quando são utilizados flanges ou juntas, eles
devem ser desenhados para atender a critérios higiênicos ou sanitários. Devem
ser realizadas verificações para garantir que os lacres corretos sejam usados e que
estejam encaixados e ajustados corretamente.
6 Documentação: todas as informações referentes aos componentes do sistema
devem ser plenamente documentadas.
6 Materiais: devem ser utilizados materiais adequados que possam ser

considerados
como elementos sanitários do sistema.
7
COMPONENTES DOS SISTEMAS DE ÁGUA

Tanques de tratamento (exigência universal)


formação de biofilme no leito e nas entradas
Leitos de carvão ativo
vasta área de superfície disponível e acúmulo de nutrientes
Gram negativas com endotoxinas
Mycobactéria
Abrandadores de água
Dispositivos de deionização
SISTEMAS DE ÁGUA

Sistemas de osmose reversa


injeção (USP)
Destilação
Injeção (EP e ANVISA)

Estocagem e distribuição
material
temperatura
SANITIZAÇÃO

COMO RETIRAR O BIOFILME ???


Eficaz em matar e remover
Agua quente é o melhor agente para matar, mas não para
remover
sanitizantes químicos
capacidade oxidante
penetração no biofilme
incompatibilidade com o material
Combinação água quente e sanitizante
SANITIZAÇÃO

SANITIZANTES
Ozônio
Peróxido de hidrogênio
Ácido peracético
Misturas peróxido de hidrogênio
e ácido peracético
Cloro e hipoclorito
Dióxido de cloro
Formaldeído/Glutaraldeído
Detergentes catiônicos
Substâncias cáusticas
Brometo e iodeto
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
Amostragem
retiradas nos locais de origem e nos pontos de uso,
mimetizando as operações
Plano de amostragem inicial
validação do sistema
capacidade de produção, distribuição e purificação
2 a 4 semanas (curta duração)
máximo de amostragem
frequencia maxima de coletas de amostras
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
proporcione uma avaliação inicial do desempenho do sistema, para orientar
as decisões sobre o uso da água produzida.
reavaliado quando o sistema é colocado em operação
Na ausência de tais desvios de qualidade durante o período de amostragem
inicial, a frequência de amostragem pode ser reduzida
Após a conclusão da avaliação, se bem-sucedida, o monitoramento pode,
eventualmente, ser reduzido novamente para o plano de amostragem que
será adotado na rotina.
Periodicamente, é necessário revisar a operação e o monitoramento do
sistema
variabilidade sazonal da fonte de água, a eficácia da sanitização e os
eventos de manutenção de rotina.
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
proporcione uma avaliação inicial do desempenho do sistema, para orientar
as decisões sobre o uso da água produzida.
reavaliado quando o sistema é colocado em operação
Na ausência de tais desvios de qualidade durante o período de amostragem
inicial, a frequência de amostragem pode ser reduzida
Após a conclusão da avaliação, se bem-sucedida, o monitoramento pode,
eventualmente, ser reduzido novamente para o plano de amostragem que
será adotado na rotina.
Periodicamente, é necessário revisar a operação e o monitoramento do
sistema
variabilidade sazonal da fonte de água, a eficácia da sanitização e os
eventos de manutenção de rotina.
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
O plano de amostragem adotado na rotina também deve ser reavaliado
periodicamente
As amostras devem ser coletadas em recipientes de vidro borossilicato
estéreis ou bolsas plásticas estéreis apropriadas para o uso
microbiológico.
Volume necessário com espaço livre para homogeinização
Agentes desinfetantes, como cloro ou outros compostos halogenados,
quando presentes nas amostras de água, devem ser neutralizados antes
da realização dos testes, para garantir uma recuperação adequada dos
micro-organismos possivelmente presentes.
solução de tiossulfato de sódio
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)

CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO
até duas horas após a coleta
caso não consig. manter em refrigeração na faixa de 2 ° C a 8 ° C por, no
máximo, 12 horas

Métodos de controle Microbiológico da água


para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
5.5.3.6.1 CONTAGEM DO NÚMERO TOTAL DE BACTÉRIAS
HETEROTRÓFICAS
A escolha deverá ser efetuada por meio de experimentos, determinando-
se quais são os métodos adequados para o monitoramento de seu
processo, como para a recuperação dos micro-organismos específicos que
podem ser encontrados nos sistemas de purificação de água e que podem
ser indesejáveis para os produtos a serem manipulados.
duas categorias de meios de cultura:
alta concentração de nutrientes
bactérias heterotróficas ou copiotróficas
baixa concentração de nutrientes
bactérias oligotróficas.
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
5.5.3.6.1 CONTAGEM DO NÚMERO TOTAL DE BACTÉRIAS
HETEROTRÓFICAS
Incubações a baixas temperaturas (por exemplo, de 20 ° C a 25 ° C ou de
25 ° C a 30 ° C) por períodos mais longos, por pelo menos quatro dias,
podem levar a recuperações mais altas de micro-organismos
Os meios com baixa quantidade de nutrientes requerem períodos de
incubação mais longos (pelo menos cinco dias)
A decisão depende de estudos sobre a microbiota do sistema
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)

5.5.3.6.1 CONTAGEM DO NÚMERO TOTAL DE BACTÉRIAS


HETEROTRÓFICAS
PROCEDIMENTOS:
Método por profundidade em placa (pour plate)
Método de filtração em membrana

Métodos de controle Microbiológico da água


para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)
5.5.3.6.2 PESQUISA DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS
Várias bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae
Fermentação da lactose
devem estar ausentes
PROCEDIMENTOS:
fermentação em tubos múltiplos,
filtração em membrana
cromogênico
meios de cultura contendo na sua formulação substratos
enzimáticos específicos possibilitam melhorias significativas na
recuperação dos micro-organismos e na identificação dos
mesmos.
Métodos de controle Microbiológico da água
para uso farmacêutico (FB, 2022, cap 5.5.3.6)

5.5.3.6.3 PESQUISA DE Pseudomonas aeruginosa


Deve ser ausente
Procedimento:
Filtração por membrana
Confirmação com testes bioquimicos
TESTES MICROBIOLÓGICOS RÁPIDOS

OUTROS PROCEDIMENTOS ALTERNATIVOS


Testes rápidos
Resultados em horas
i. Técnica de bioluminescência do ATP
ii. Contagem direta de células microbianas marcadas com
fluorescência
Validação dispendiosa
4
GRACIAS !

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