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MOTOR DIESEL T444E

MANUAL DE SERVIÇO

Abril de 2001

MAXION INTERNATIONAL MOTORES S.A.


DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE
DEPTO. DE PÓS-VENDA
Estrada dos Casa, 3155 - S.B. do Campo - SP - Brasil
CEP: 09840-000 - CAIXA POSTAL: 951
TEL: (11) 4358-8522 - FAX: (11) 4358-5710

PUBLICAÇÃO Nº 8120076 - 1ª EDIÇÃO 04/01


MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
INTRODUÇÃO

SEÇÃO 1 - MONTANDO O MOTOR, NO CAVALETE

SEÇÃO 2 - TURBOALIMENTADOR

SEÇÃO 3 - COLETORES

SEÇÃO 4 - CABEÇOTE E VÁLVULAS

SEÇÃO 5 - POLIA DAMPER, BOMBA DE ÓLEO, CÁRTER DO ÓLEO, TUBO


PESCADOR E TAMPA DIANTEIRA.

SEÇÃO 6 - TREM DE VÁLVULAS: EIXO COMANDO DE VÁLVULAS, TUCHOS


HIDRÁULICOS DE VÁLVULAS E VARETAS DE VÁLVULAS

SEÇÃO 7 - BLOCO DO MOTOR, BRONZINAS DO EIXO COMANDO DE VÁLVU-


LAS, VIRABREQUIM E MANCAIS, VOLANTE, BIELAS,
PISTÕES E ANÉIS

SEÇÃO 8 - TERMOSTATO

SEÇÃO 9 - FILTRO DE ÓLEO E RADIADOR DE ÓLEO

SEÇÃO 10 - SISTEMA ELÉTRICO DO MOTOR

SEÇÃO 11 - SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DE ALTA PRESSÃO

SEÇÃO 12 - SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

APÊNDICE
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE
Página
PREFÁCIO ...................................................................................................................... i

INTRODUÇÃO
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 1
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR ................................................................................................................... 4
DESCRIÇÃO DO MOTOR .......................................................................................................................... 6
Fluxo do líquido de arrefecimento do motor ....................................................................................... 12
Sistema de lubrificação ................................................................................................................ 14
Sistema de admissão de ar e sistema de exaustão ..................................................................... 17
Sistema de alimentação de combustível ...................................................................................... 18
Controle da pressão de injeção ................................................................................................... 22
Conjunto do injetor de combustível .............................................................................................. 26
Componentes do injetor de combustível ...................................................................................... 27
Operação do injetor de combustível ............................................................................................ 28
Sistema de ignição ....................................................................................................................... 30

SEÇÃO 1 - MONTANDO O MOTOR NO CAVALETE


ESPECIFICAÇÕES ........................................................................................................................................ 1
Valores especiais de torque ........................................................................................................... 1
Ferramentas especiais ................................................................................................................... 1
MONTANDO O MOTOR NO CAVALETE ........................................................................................................ 2

SEÇÃO 2 - TURBOALIMENTADOR
IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES ..................................................................................................... 1
VISTA EXPLODIDA ......................................................................................................................................... 2
ESPECIFICAÇÕES .......................................................................................................................................... 3
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ........................................................................................................... 3
TURBOALIMENTADOR A/R ........................................................................................................................... 3
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................. 3
FUNCIONAMENTO GERAL ............................................................................................................................ 4
REMOÇÃO ...................................................................................................................................................... 5
Limpeza
Componentes envolvidos .................................................................................................... 10
Turboalimentador ................................................................................................................ 10
INSPEÇÃO
Removendo a válvula de controle EBP ........................................................................................ 11
Inspeção de Pré-desmontagem ...................................................................................................... 12
Verificar o giro livre ....................................................................................................................... 12
Verificar a folga axial .................................................................................................................... 12
Inspeção visual ............................................................................................................................ 13
Remover o conjunto suporte ................................................................................................ 13
Desmontagem do turboalimentador .................................................................................... 14
Remontagem do turboalimentador ...................................................................................... 16
INSTALAÇÃO ........................................................................................................................................... 18

SEÇÃO 3 - COLETORES
COLETORES DE ESCAPAMENTO - VISTA EXPLODIDA ......................................................................... 1
COLETORES DE ADMISSÃO - VISTA EXPLODIDA .................................................................................. 2
ESPECIFICAÇÕES .................................................................................................................................... 3
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 3
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 3 - COLETORES - Continuação
COLETORES DE ESCAPAMENTO
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................... 3
Remoção ....................................................................................................................................................... 4
Coletor de escapamento esquerdo ........................................................................................ 4
Coletor de escapamento direito ............................................................................................. 4
Limpeza ............................................................................................................................................ 5
Inspeção ............................................................................................................................................. 5
Instalação ............................................................................................................................................ 6
Coletor de escapamento esquerdo ........................................................................................ 6
Coletor de escapamento direito ............................................................................................. 6

SEÇÃO 4 - CABEÇOTE E VÁLVULAS


VISTA EXPLODIDA ..................................................................................................................................... 1
PRINCIPAIS COMPONENTES DO CABEÇOTE ........................................................................................ 2
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 3
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 4
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................. 6
DESMONTAGEM DO CABEÇOTE
Remoção da tampa das válvulas
Tampa de válvulas, direita ...................................................................................................... 7
Tampa de válvulas, esquerda ................................................................................................ 8
Remoção da junta da tampa de válvulas ................................................................................ 8
Remoção da vela de pré-aquecimento .................................................................................. 9
Remoção do direcionador de óleo .......................................................................................... 9
Remoção dos balancins de válvulas ............................................................................................ 10
Desmontagem dos balancins de válvulas .................................................................................... 10
Limpeza e inspeção dos balancins de válvulas ............................................................................ 11
Remontagem dos balancins de válvulas ...................................................................................... 11
Remoção das varetas de válvulas ................................................................................................ 12
Drenagem do cabeçote e do reservatório da bomba de alta pressão ............................................... 13
Remoção do injetor ...................................................................................................................... 14
Remoção do sensor ..................................................................................................................... 17
Remoção do cabeçote ................................................................................................................. 18
LIMPEZA DO CABEÇOTE ........................................................................................................................ 19
INSPEÇÃO DO CABEÇOTE ..................................................................................................................... 19
Inspecionar a espessura .............................................................................................................. 19
Inspecionar o empenamento .......................................................................................................... 20
Inspeção de trincas (usar o método de líquido penetrante ) ........................................................ 21
Inspeção de vedação das válvulas (utilizar o teste de Mineral Spirits) ........................................ 23
RECONDICIONAMENTO DO CABEÇOTE
Desmontagem das válvulas ......................................................................................................... 24
Válvulas
Limpeza ............................................................................................................................... 25
Inspeção .............................................................................................................................. 25
Retificar as válvulas ............................................................................................................. 25
Guias de válvulas
Limpeza .............................................................................................................................. 26
Inspeção .............................................................................................................................. 26
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 4 - CABEÇOTE E VÁLVULAS - Continuação
RECONDICIONAMENTO DO CABEÇOTE - Continuação
Sede de válvulas
Limpeza .............................................................................................................................. 26
Inspeção ............................................................................................................................. 26
Retificação das sedes de válvulas ....................................................................................... 27
Molas de válvulas
Limpeza ............................................................................................................................... 30
Inspeção .............................................................................................................................. 30
Travas de válvulas .......................................................................................................................... 31
TESTE DE PRESSÃO DO CABEÇOTE ................................................................................................... 31
TROCA DAS LUVAS DOS INJETORES DE COMBUSTÍVEL .................................................................. 33
RECONDICIONAMENTO DO CABEÇOTE ................................................................................................... 37
Remontagem das válvulas ........................................................................................................... 37
Drenos de óleo ............................................................................................................................ 39
Instalação da junta do cabeçote .................................................................................................. 40
Instalação do cabeçote ................................................................................................................ 40
Remontagem dos injetores de combustível ................................................................................. 43
Instalação das varetas ................................................................................................................. 47
Instalação dos balancins .............................................................................................................. 47
Instalação da vela de pré-aquecimento ....................................................................................... 48
Ligação do chicote do UVC ......................................................................................................... 48
Tampa das válvulas ...................................................................................................................... 48
RESPIRO DO CÁRTER
Desmontagem .............................................................................................................................. 49
Limpeza do filtro de respiro ............................................................................................................... 49
Montagem .................................................................................................................................... 49

SEÇÃO 5 - POLIA DAMPER, BOMBA DE ÓLEO, CÁRTER DO ÓLEO, TUBO PESCA-


DOR E TAMPA DIANTEIRA
VISTA EXPLODIDA ..................................................................................................................................... 1
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 2
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 2
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................... 2
REMOÇÃO
Cárter do óleo ................................................................................................................................ 3
Pescador do óleo ........................................................................................................................... 4
Amortecedor de vibrações ............................................................................................................... 5
Retentor de óleo, dianteiro .................................................................................................................. 6
Bomba de óleo ............................................................................................................................... 7
Tampa dianteira .............................................................................................................................. 8
AMORTECEDOR DE VIBRAÇÕES
Limpeza .......................................................................................................................................... 8
Inspeção e reparos ........................................................................................................................ 8
LUVA DE DESGASTE
Remoção ............................................................................................................................................ 9
Instalação ......................................................................................................................................... 10
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 5 - POLIA DAMPER, BOMBA DE ÓLEO, CÁRTER DO ÓLEO, TUBO PESCA-
DOR E TAMPA DIANTEIRA - Continuação
BOMBA DE ÓLEO
Limpeza ........................................................................................................................................ 11
Inspeção ....................................................................................................................................... 11
TAMPA DIANTEIRA
Limpeza ........................................................................................................................................ 12
Inspeção ....................................................................................................................................... 12
Instalação da tampa dianteira ........................................................................................................... 12
Instalação da bomba d’água ........................................................................................................ 12
BOMBA DE ÓLEO
Remontagem .................................................................................................................................... 14
TAMPA DIANTEIRA
Instalação do retentor de óleo dianteiro ....................................................................................... 15
Instalação do amortecedor de vibrações ....................................................................................... 16
CARTER DO ÓLEO
Instalação do tubo pescador e do cárter do óleo ................................................................................ 17

SEÇÃO 6 - TREM DE VÁLVULAS, EIXO COMANDO DE VÁLVULAS, TUCHOS


HIDRÁULICOS DE VÁLVULAS E VARETAS DE VÁLVULAS
VISTA EXPLODIDA ..................................................................................................................................... 1
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 2
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 2
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................... 2
TUCHOS HIDRÁULICOS DAS VÁLVULAS
Funcionamento .............................................................................................................................. 3
Remoção ....................................................................................................................................... 3
Teste de vazamento ........................................................................................................................... 5
Desmontagem ................................................................................................................................ 5
Limpeza e Inspeção ....................................................................................................................... 5
Remontagem ...................................................................................................................................... 6
EIXO COMANDO DE VÁLVULAS E ENGRENAGEM
Remoção ........................................................................................................................................ 6
Remoção da engrenagem .............................................................................................................. 8
Limpeza e inspeção ....................................................................................................................... 9
Instalação do eixo comando de válvulas ...................................................................................... 11
VARETAS DE VÁLVULAS
Limpeza e Inspeção das varetas .................................................................................................. 12
Instalação das varetas ................................................................................................................. 13
TREM DE VÁLVULAS
Remontagem ................................................................................................................................ 13
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 7 - BLOCO DO MOTOR, BUCHAS DO EIXO COMANDO DE VÁLVULAS,
VIRABREQUIM E MANCAIS, VOLANTE, BIELAS, PISTÕES E ANÉIS
VISTA EXPLODIDA - BLOCO DO MOTOR .................................................................................................. 1
VISTA EXPLODIDA - CONJUNTO VIRABREQUIM ................................................................................... 2
VISTA EXPLODIDA - BIELAS, PISTÕES E ANÉIS .................................................................................... 3
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 4
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 7
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO .............................................................................................. 7
AMORTECEDOR DE VIBRAÇÕES DO VIRABREQUIM E DOS MANCAIS (RECONDICIONAMENTO)
Remoção
Volante .............................................................................................................................. 8
Retentor de óleo traseiro .................................................................................................... 9
Luva de desgaste ............................................................................................................... 10
Adaptador da carcaça do volante ......................................................................................... 11
Tampa traseira ..................................................................................................................... 11
Desmontagem .................................................................................................................... 12
Virabrequim e mancais ........................................................................................................ 15
BLOCO DO MOTOR (Recondicionamento)
Limpeza ........................................................................................................................................ 16
Inspeção e reparos ...................................................................................................................... 17
Removendo o brilho ........................................................................................................................ 19
Inspeção das buchas do eixo comando de válvulas .................................................................... 21
Remoção das buchas .................................................................................................................. 21
CONJUNTO DO EIXO COMANDO DE VÁLVULAS
Instalação das buchas ................................................................................................................. 23
BIELAS, PISTÕES E ANÉIS
Desmontagem dos Pistões .......................................................................................................... 24
Limpeza ........................................................................................................................................ 24
Inspeção ....................................................................................................................................... 25
Pistões ......................................................................................................................................... 25
Limpeza
Virabrequim, bronzinas dos mancais .............................................................................. 25
Inspeção e reparos ............................................................................................................ 25
Seleção e alinhamento dos pistões ...................................................................................... 26
Anéis dos pistões ............................................................................................................. 27
Bielas ................................................................................................................................ 28
Empenamento e torção da biela ......................................................................................... 30
Montagem .................................................................................................................................... 31
Procedimentos para ajuste dos mancais ..................................................................................... 31
Pistões ......................................................................................................................................... 34
Anéis ............................................................................................................................................ 35
BICOS DE JATO DE RESFRIAMENTO DOS PISTÕES
Limpeza e Inspeção ..................................................................................................................... 36
Instalação ..................................................................................................................................... 36
VIRABREQUIM E MANCAIS
Montagem ......................................................................................................................................... 37
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 7 - BLOCO DO MOTOR, BUCHAS DO EIXO COMANDO DE VÁLVULAS,
VIRABREQUIM E MANCAIS, VOLANTE, BIELAS, PISTÕES E ANÉIS - Continuação
INSTALAÇÃO DOS PISTÕES ................................................................................................................... 40
INSTALAÇÃO DO RETENTOR DE ÓLEO TRASEIRO E DA LUVA DE DESGASTE
Instalação da tampa traseira ........................................................................................................ 46
Instalação do retentor de óleo traseiro e da luva de desgaste ............................................................ 47
VOLANTE (Recondicionamento)
Transmissão manual e automática
Limpeza .............................................................................................................................. 49
Inspeção ............................................................................................................................. 49
Cremalheira do volante (remoção e instalação) ................................................................................ 49

SEÇÃO 8 - TERMOSTATO E FILTRO DO LÍQUIDO REFRIGERANTE


VISTA EXPLODIDA - Bomba d’água e termostato ..................................................................................... 1
VISTA EXPLODIDA - Filtro e tubulação ..................................................................................................... 2
ESPECIFICAÇÕES .................................................................................................................................... 3
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 3
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................ 3
TERMOSTATO
Remoção ........................................................................................................................................ 4
Inspeção ......................................................................................................................................... 4
Instalação ....................................................................................................................................... 6

SEÇÃO 9 - FILTRO DE ÓLEO E RADIADOR DE ÓLEO


VISTA EXPLODIDA: CONJUNTO DO RADIADOR DE ÓLEO ................................................................... 1
ESPECIFICAÇÕES .................................................................................................................................... 2
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 2
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ........................................................................................... 2
RADIADOR DO ÓLEO (Remoção e remontagem)
Remoção ....................................................................................................................................... 3
Teste de vazamento ....................................................................................................................... 3
Teste da pressão do óleo ................................................................................................................... 4
Teste da pressão no lado d’água ......................................................................................................... 4
Desmontagem ................................................................................................................................ 4
Limpeza .......................................................................................................................................... 4
Inspeção e reparo .......................................................................................................................... 5
Remontagem ................................................................................................................................. 5
Instalação do filtro e radiador do óleo ............................................................................................ 5
ÓLEOS LUBRIFICANTES RECOMENDADOS .......................................................................................... 6
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 10 - SISTEMA ELÉTRICO DO MOTOR
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES
Localização do sensor, vista superior ............................................................................................ 1
Localização do sensor, vista dianteira ............................................................................................... 2
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 3
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 3
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................ 3
CHICOTE ELÉTRICO PRINCIPAL DO MOTOR
Remoção ........................................................................................................................................ 4
Inspeção do chicote principal do motor .......................................................................................... 6
Remontagem .................................................................................................................................. 6
SENSORES E CONECTORES DO MOTOR
Sensor da posição do eixo comando de válvulas (CMP) ............................................................... 8
Sensor da pressão de retorno do escapamento (EBP) ...................................................................... 8
Sensor da temperatura do líquido refrigerante do motor (ECT) ..................................................... 8
Sensor da temperatura do óleo do motor (EOT) ............................................................................ 9
Sensor do controle da pressão de injeção (ICP)............................................................................. 9
Regulador da pressão de Injeção (IPR) ........................................................................................ 9
RELÉ DA VELA DE PRÉ AQUECIMENTO
Remoção ...................................................................................................................................... 10
Inspeção e limpeza ..................................................................................................................... 10
Instalação ..................................................................................................................................... 10

SEÇÃO 11 - SISTEMA DE ALTA PRESSÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE


SISTEMA INJETOR DE ÓLEO ....................................................................................................................... 1
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 2
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 2
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................ 2
RESERVATÓRIO DE ÓLEO E BOMBA DE ENGRENAGEM DE ALTA PRESSÃO
Remoção ........................................................................................................................................ 3
BOMBA DE ÓLEO DE ALTA PRESSÃO
Remoção ........................................................................................................................................ 5
REGULADOR DE CONTROLE DA PRESSÃO DE INJEÇÃO
Remoção ........................................................................................................................................ 7
Remontagem .................................................................................................................................. 7
REMONTAGEM ......................................................................................................................................... 8
MANUAL DE SERVIÇO
SEÇÃO ÍNDICE
ÍNDICE - Continuação
Página
SEÇÃO 12 - SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
VISTA EXPLODIDA ..................................................................................................................................... 1
ESQUEMA DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL DO T 444E ........................................................................ 3
ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................................... 4
VALORES ESPECIAIS DE TORQUE ......................................................................................................... 4
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ............................................................................................ 4
FILTRO DO COMBUSTÍVEL
Remoção ........................................................................................................................................ 5
Instalação ....................................................................................................................................... 7
Desmontagem e remontagem .................................................................................................... 10
BOMBA TANDEM DE TRANSFERÊNCIA
Componentes para a bomba tandem de transferência ..................................................................... 12
Remoção ...................................................................................................................................... 13
Inspeção ....................................................................................................................................... 13
Instalação ..................................................................................................................................... 13
INJETORES
Remoção ...................................................................................................................................... 14

APÊNDICE DAS ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO MOTOR


ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO MOTOR .................................................................................................. 1
ESPECIFICAÇÕES DOS COMPONENTES ............................................................................................... 2
DADOS DE TORQUE ............................................................................................................................... 8
FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA SERVIÇO ...................................................................................... 13
ABREVIAÇÕES E ANACRONISMOS ....................................................................................................... 15
TABELA DE CONVERSÃO (POLEGADAS/MILÍMETROS) ........................................................................... 16
MANUAL DE SERVIÇO
PREFÁCIO Página i
Este manual é parte de uma série de manuais desenvolvidos para auxiliar técnicos na manutenção de
motores, produzidos pela Navistar International Transportation Corp., de acordo com os avanços téc-
nicos mais recentes.

Em face de um compromisso contínuo de pesquisa e desenvolvimento, alguns procedimentos, especifica-


ções e peças podem ser alterados para melhorar os produtos International® e introduzir novos avanços
tecnológicos.

Revisões periódicas podem ser efetuadas nesta publicação e enviadas automaticamente aos assinantes
do “Serviços de Manutenção”.
MANUAL DE SERVIÇO
Página ii PREFÁCIO
SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO

O serviço de diagnóstico é um procedimento sistemático de investigação a ser seguido a fim de localizar e


corrigir um problema no motor. O motor é inicialmente considerado uma unidade completa, em sua aplica-
ção específica e então, quando o problema é localizado, é direcionado para os componentes ou sistemas;
admissão, escapamento, refrigeração, lubrificação ou injeção. Os procedimentos para testes vão ajudar a
analisar a fonte do problema.

PRE-REQUISITOS PARA UM DIAGNÓSTICO EFICIENTE:

1. Conhecimento dos princípios de operação para ambos: o motor e os sistemas de aplicação.

2. Conhecimento para aplicar e compreender todos os procedimentos no diagnóstico e dos manuais de serviços.

3. Disponibilidade e habilidade para utilizar os equipamentos de testes de diagnóstico, mecânicos e eletrônicos.

Embora a causa da falha de um motor pode ser aparente, muitas vezes a causa real não é encontrada
até que uma repetição da falha ocorra. Isto pode ser evitado se for tomada uma ação de diagnóstico
específica, antes, durante e após a desmontagem do motor e durante a sua remontagem.

É também muito importante que testes de diagnósticos específicos sejam aplicados na remontagem, antes
e depois que o motor seja recolocado em serviço.

Identificação dos sintomas que levam às falhas do motor é o resultado de um serviço de diagnóstico
adequado. Um serviço de diagnóstico eficiente requer o uso das seguintes referências:

1. Especificações dos componentes, inseridas neste manual.

2. Boletins de Serviço.
MANUAL DE SERVIÇO
PREFÁCIO Página iii
Este manual é organizado em seções, com as páginas numeradas consecutivamente em cada seção.
Quaisquer fotos ou ilustrações são também numeradas consecutivamente em cada seção. Inserido no
cabeçalho de cada página está o Título da Seção, Número da Seção e Número da Página. No centro do
rodapé de cada página está o Número do Manual (i.e. EGES-120).

NOTA: Um traço um (-1) ou dois (-2) indica o número de vezes que o manual básico foi completa-
mente revisado. (Revisão nº 1) ou (Revisão nº 2) etc. indicam uma revisão parcial do manual e
requer o arquivo das páginas revisadas com a cópia do manual básico.

O índice, organizado de acordo com as seções, é encontrado no início deste manual.


MANUAL DE SERVIÇOS
SEÇÃO DE INTRODUÇÃO

ÍNDICE DA SEÇÃO DE INTRODUÇÃO

PÁGINA

SUGESTÕES DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 1


IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR .................................................................................................................... 4
DESCRIÇÃO DO MOTOR .......................................................................................................................... 6
Fluxo de refrigeração do motor .................................................................................................... 12
Sistema de lubrificação ................................................................................................................ 14
Entrada de ar e sistema de escapamento ................................................................................... 17
Sistema de alimentação de combustível ...................................................................................... 18
Controle da pressão de injeção ................................................................................................... 22
Conjunto injetor de combustível ................................................................................................... 26
Componentes do conjunto injetor de combustível ....................................................................... 27
Operação do conjunto injetor de combustível .............................................................................. 28
Sistema de pré-aquecimento ....................................................................................................... 30
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Página 1

Mantenha a área de trabalho limpa e organizada.


Limpe quaisquer respingos ou manchas de óleo.
Mantenha as ferramentas e peças em lugar ade-
quado, evitando deixá-las pelo chão. Elimine as
possibilidades de quedas que poderiam resultar
em graves ferimentos.

Tenha certeza de instalar os dispositivos de


segurança, protetores, anteparos ou coberturas,
quando estiver ajustando e/ou trabalhando com o
motor.

Após completar o trabalho, assegure-se que todas


ferramentas, peças ou equipamentos auxiliares
sejam removidos do veículo ou do motor.

Use roupas adequadas ao trabalho. Elas devem


estar bem ajustadas ao corpo e em boas
condições.

Não use anéis, relógio de pulso ou roupas muito fol-


gadas, quando estiver trabalhando em máquinas.
Elas podem ser capturadas por partes em movi-
mento, causando sérios ferimentos. Use sapatos
de segurança, próprios para o trabalho. Nunca
trabalhe em oficinas ou junto a máquinas com os
pés descalços, chinelos, sandálias ou tênis.

Não use ferramentas elétricas portáteis com algum


defeito. Verifique a condição do cabo de ligação
antes de usa-las. Tenha certeza de que toda ferra-
menta elétrica esteja aterrada. Graves ferimentos
podem ocorrer se o equipamento elétrico estiver
com defeito ou não for usado adequadamente.
Seção de Introdução
MANUAL DE SERVIÇOS
Página 2 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

Tenha cuidado ao usar e trabalhar com ar com-


primido. Nunca aplique ar comprimido em qualquer
parte do corpo ou roupas, pois podem ocorrer
graves acidentes.

Use bico de ar aprovado e não exceda o limite de


pressão recomendado. Use óculos de segurança,
e dispositivos de proteção para evitar riscos às
demais pessoas que trabalhem na área.

Quando estiver reabastecendo, mantenha a


mangueira e bico ou o funil em contato com o
metal do tanque de combustível, para evitar a pos-
sibilidade de uma faísca elétrica incendiar o com-
bustível.

Não exceda a capacidade do tanque, encher


demais cria um risco de incêndio.

Não fume quando estiver reabastecendo e nunca


reabasteça com o motor funcionando.

Baterias elétricas liberam gás de hidrogênio alta-


mente inflamável, quando em recarga e ainda
continuam a fazê-lo, por algum tempo, após rece-
berem uma carga.

Não permita sob quaisquer circunstâncias que


sejam produzidas faíscas elétricas, ou chamas
perto da bateria ou poderá ocorrer uma explosão.

Desligue sempre o cabo negativo (-) da bateria ou


ambos, negativo (-) e positivo (+), antes de traba-
lhar no sistema elétrico.
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Página 3

Mantenha um extintor de incêndio “carregado” ao


seu alcance, na área de trabalho, onde poderá
ocorrer algum fogo.

Também, esteja certo de ter o tipo de extintor a


ser usado, conforme a situação:

Tipo A: Madeira, papel, têxtil e lixo


TIPO TIPO TIPO

Tipo B: Líquidos inflamáveis

Tipo C: Equipamentos elétricos


Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 4 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR

Motores Turbo Diesel são identificados pelo


Número de Série e Código de Modelo.

O número de série permanente do motor está gra-


vado no lado inferior esquerdo traseiro do cárter.
(Veja a Figura 1 e a tabela do número de série.)

Figura 1. Número de Série do Motor

TABELA DO NÚMERO DE SÉRIE DO MOTOR

Código de Código de Código de País de Origem Número de Série


Identificação do Variação Uso Final Seqüencial
Motor

7.4 H M2 U 0000000*

7.4 = Código de Identificação do Motor


H = Diesel, Turbo, Resfriado a Ar e Controlado Eletrônicamente.
M2 = Código de Uso
U = País de Origem - U.S.A.
0000000* = Início do Número Seqüencial
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 5

IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR - Continuação

A etiqueta do fabricante identifica o código do


modelo e o ano de fabricação.
A etiqueta está localizado no lado direito da tampa
de válvulas. (Veja a Figura 2).

LOCALIZAÇÃO
DA ETIQUETA
DO FABRICANTE

VISTA DO LADO DIREITO


Figura 2. Etiqueta do Fabricante
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 6 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
DESCRIÇÃO DO MOTOR

O motor Diesel Eletrônico T444E da International®


é um turbo de quatro ciclos V-8 com válvulas no
cabeçote. Tem um deslocamento de 444 polega-
das cúbicas (7,3 litros).

Olhando o motor pelo lado do volante ou por trás,


da rampa direita, os cilindros são numerados 1, 3,
5 e 7 com o número 1 estando à frente.
A ordem de combustão é 1-2-7-3-4-5-6-8.

O bloco do motor foi desenvolvido especialmente


para suportar cargas de funcionamento do diesel
e utiliza quatro parafusos para fixar as capas dos
mancais do virabrequim para garantir um suporte
rígido para as partes rotativas. O bloco do motor
possui também jatos de resfriamento dos pistões
que direcionam óleo diretamente para a saia do
pistão, para dissipar o calor.

O virabrequim possui cinco mancais com a folga


axial controlada na parte traseira, pelo mancal (Nº
5). As bielas são fabricadas em aço forjado sendo
fixadas à árvore de manivelas, duas a duas, em
cada colo de biela. O pino do pistão é do tipo flutu-
ante que o permite mover-se ou flutuar livremente
no pistão e na biela. Os pinos são mantidos no
lugar com anéis de retenção elásticos.

O eixo comando de válvulas é apoiado em cinco


mancais, revestidos por buchas de bronzina, pren-
sadas no bloco do motor, seu movimento rota-
cional é obtido através da árvore de manivelas
ligados por engrenagens. A folga axial do eixo
comando de válvulas é controlado por uma flange
localizada entre o mancal frontal e a engrena-
gem.

Os pistões de liga de alumínio são montados com


dois anéis de compressão e um anel de óleo.
O anel superior de compressão tem o perfil de
sua seção transversal de configuração básica tipo
“keystone”.

Os tuchos hidráulicos das válvulas minimizam o


ruído do motor e mantém a zero a folga de vál-
vulas. Isto elimina a necessidade periódica de
ajustes na folga das válvulas. Os tuchos hidráu-
licos possuem face de contato arredondada que
proporciona excelente durabilidade aos tuchos e
ao eixo comando de válvulas.

Um sistema de pré aquecimento por uma vela,


controlada eletronicamente, proporciona capaci-
dade de partidas em temperaturas baixas. Um
bloco aquecedor opcional está disponível para
aquecimento do líquido refrigerante do motor, em
ambientes de temperaturas extremamente baixas,
abaixo de -29º C (-20º F).
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 7

DESCRIÇÃO DO MOTOR - Continuação

Figura 3. Vista Frontal do T 444E

1. Reservatório do óleo lubrificante 7. Sensor de posição do eixo comando de válvulas

2. Tubo de saída de água 8. Polia da bomba d’água

3. Tampão da galeria de combustível (2 por cabeçote) 9. Sensor da temperatura do líquido de arrefecimento

4. Bomba d’água 10. Tampa do acesso à bomba de alta pressão

5. Tubo de entrada de água 11. Tampão da galeria de suprimento de alta pressão


do óleo (4)
6. Polia/amortecedor de vibração da árvore de manivelas
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 8 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
DESCRIÇÃO DO MOTOR - Continuação

Figura 4. Vista do Lado Esquerdo do T 444E.

1. Cotovelo de entrada de ar do turboalimentador 6. Carcaça do volante

2. Turboalimentador 7. Coletor de escapamento

3. Conector do chicote elétrico do motor ao chassi 8. Filtro do óleo lubrificante

4. Respiro do bloco do motor 9. Radiador de óleo

5. Tubo de escapamento 10. Carcaça do termostato


MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 9

DESCRIÇÃO DO MOTOR - Continuação

Figura 5. Vista do Lado Direito do T 444E

1. Filtro de combustível 5. Vareta medidora do nível de óleo

2. Coletor de escapamento 6. Tubo de suprimento de ar refrigerado

3. Cárter do óleo 7. Pré filtro de combustível

4. Tubo de drenagem do filtro de combustível


Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 10 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
DESCRIÇÃO DO MOTOR - Continuação

Figura 6. Vista Traseira do T 444E.

1. Válvula de controle de pressão traseira de exaustão 4. Tubo de escapamento do lado direito


do turboalimentador
5. Volante do motor
2. Tampão da galeria de suprimento de óleo de alta
pressão (4) 6. Carcaça do volante

3. Tampão da galeria do combustível (4) 7. Tubo de escapamento do lado esquerdo


MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 11

DESCRIÇÃO DO MOTOR - Continuação

Figura 7. Vista Superior do T 444E

1. Olhal para levantar o motor, lado direito. 9. Tubo de saída de ar resfriado do turboalimentador

2. Turboalimentador 10. Chicote elétrico do motor

3. Olhal para levantar motor, parte traseira, lado 11. Válvula de regulagem da pressão do combustível
esquerdo
12. Filtro de combustível
4. Cotovelo de entrada ar do turboalimentador
13. Tubo de entrada de ar resfriado para o cabeçote
5. Respiro do bloco do motor
14. Tampa do tubo de abastecimento de óleo
6. Tubo-cotovelo de entrada de ar do turboalimentador
15. Bomba alimentadora de combustível
7. Olhal para levantar o motor, parte dianteira, lado
esquerdo. 16. Tampa de entrada de ar (2)

8. Relê da vela de pré-aquecimento


Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 12 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
FLUXO DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO MOTOR

Figura 8.
1. Bomba d’água 7. Filtro do óleo lubrificante
2. Termostato 8. Radiador de óleo
3. Tubo de saída d’água 9. Tubo de entrada de água
4. Tampa dianteira 10. Suporte do filtro condicionador do líquido de arrefe-
5. Bloco do motor cimento
6. Cabeçote 11. Filtro condicionador do líquido de arrefecimento

O líquido de refrigeração do motor flui do radiador


para a bomba d’água, através da tampa dianteira
do bloco do motor, do cabeçote, do radiador de
óleo e do termostato de controle da temperatura
do motor (Figura 8).
_____________________________________________________________________
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 13

FLUXO DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO MOTOR - Continuação


Quando o termostato está fechado, o líquido de
arrefecimento flui por um desvio (by pass), de
volta para a bomba d’água, sem passar pelo ra-
diador. Isto proporciona um rápido aquecimento
do motor. Quando a temperatura do líquido atinge
180º F (82º C) o termostato começa a se abrir
e o fluxo do líquido de arrefecimento começa a
fluir para o radiador. O termostato fica totalmente
aberto à temperatura de 206º F (97º C).

NOTA: Para localização do suprimento do


aquecedor e seu retorno, do dreno do líquido
refrigerante e dos sensores, veja a figura 9.

Figura 9.

1. Tomada de retorno do aquecedor


2. Sensor de temperatura do liquido refrigerante
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 14 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Figura 10.

1. Engrenagem do eixo comando de válvulas 12. Válvula de admissão/escapamento

2. Placa de limitação da folga axial do eixo comando de 13. Galeria principal do óleo
válvulas
14. Bronzinas dos mancais do virabrequim
3. Eixo comando de válvulas
15. Válvula de desvio (by pass) do filtro de óleo
4. Reservatório de alta pressão do óleo lubrificante
16. Filtro de óleo
5. Bicos de resfriamento dos pistões (8)
17. Válvula de regulagem da pressão do óleo
6. Galeria de óleo dos tuchos hidráulicos das válvulas
18. Radiador do óleo
7. Suporte do turboalimentador
19. Cabeçote do radiador de óleo
8. Conjunto turboalimentador
20. Tubo pescador de óleo
9. Tucho hidráulico de válvula
21. Bomba de óleo
10. Vareta de válvula
22. Bronzinas dos colos de bielas
11. Conjunto balancim de válvulas
23. Válvula de controle
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 15

SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO - Continuação


(Veja Figura 10)

A lubrificação é feita por um sistema de pressão


regulada, resfriada e de fluxo totalmente filtrado.
Além de proporcionar a lubrificação do motor, o
sistema pressurizado de óleo lubrificante é uti-
lizado também para controlar o suprimento de
combustível na unidade injetora hidráulica e con-
trolada eletronicamente, mencionada na Seção 10
deste manual.

CÁRTER DE ÓLEO, TUBO PESCADOR BOMBA


DE ÓLEO, RADIADOR DE ÓLEO E FILTRO:

O óleo lubrificante é drenado do cárter pela peneira


do tubo pescador para a bomba de óleo. A bomba
de óleo é do tipo “Gerotor” com seu rotor interno
ligado e fixado na haste da ponta dianteira do vira-
brequim. A carcaça da bomba é fixada por para-
fusos na tampa dianteira. As entrada e saída da
bomba são feitas através das tomadas da tampa
dianteira. O óleo lubrificante entra pelo cabeçote
do radiador por uma passagem na tampa dian-
teira. (Na partida do motor, uma pequena porção
de óleo passa diretamente da bomba ao reser-
vatório situado no topo da tampa dianteira. Este
item será tratado posteriormente, com mais detal-
hes, nesta seção). O óleo flui do cabeçote do radi-
ador, através da serpentina de arrefecimento, ao
filtro de óleo. O óleo filtrado passa então através
do filtro (de fora para dentro do elemento) para
galeria de óleo principal do bloco do motor. O
regulador controla a pressão do óleo lubrificante
através de uma válvula de alívio a qual libera óleo
de volta ao cárter, uma vez que a pressão normal
é atingida. A carcaça do filtro de óleo também
possui uma válvula de desvio (by pass) permitindo
ao óleo passar diretamente para a galeria princi-
pal no caso do filtro estar excessivamente restrin-
gido.

BRONZINAS DOS MANCAIS DO VIRA-


BREQUIM, DOS COLOS DE BIELAS E DOS
MANCAIS DO EIXO COMANDO DE VÁLVU-
LAS:

As cinco bronzinas dos mancais do virabrequim


são lubrificadas por furos no bloco do motor liga-
dos, diretamente à galeria de óleo principal. As
bielas são lubrificadas individualmente por furos
abertos nos colos do virabrequim e recebem
óleo pressurizado dos mancais. Os colos do eixo
comando de válvulas são lubrificados através de
furos verticais, ligados aos mancais principais.
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 16 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO - Continuação
(Veja Figura 10)

TUCHOS DE VÁLVULAS, VARETAS DE VÁLVU-


LAS, BALANCINS DE VÁLVULAS E BICOS DE
RESFRIAMENTO DOS PISTÕES:
Duas galerias de tuchos, alimentadas pela galeria
principal de óleo (através dos furos dos parafusos
de fixação do mancal nº 1) atravessam cada furo
de alojamento dos tuchos para proporcionar óleo
lubrificante pressurizado aos tuchos de válvulas e
aos bicos de resfriamento das saias dos pistões.
Os balancins e as varetas de válvulas são lubrifi-
cados pelo óleo que passa pelas cavidades esféri-
cas dos tuchos, através dos furos de passagens
das varetas, para os balancins de válvulas. O óleo
retorna para o carter, através de furos existentes
em cada uma das extremidades dos cabeçotes,
sob a tampa de válvulas.

RESERVATÓRIO DE ÓLEO E BOMBA DE ALTA


PRESSÃO:
O reservatório de óleo, utilizado para manter um
suprimento constante de óleo para a bomba de
alta pressão, é suprido por duas passagens. Para
partida, o óleo é direcionado para a tomada de
descarga, através de uma passagem no bloco do
motor que possui também uma válvula esférica
de retenção de retorno do óleo. Este reservatório
de óleo reabastece rapidamente a bomba de alta
pressão durante a partida a frio do motor, para
garantir pressão do óleo suficiente para funcio-
namento dos injetores para partidas rápidas. O
reservatório de suprimento primário de óleo é
continuamente alimentado pela galeria de tuchos,
lado esquerdo, para cima, através da tampa dian-
teira e descarrega o óleo, próximo da parte supe-
rior do reservatório.

LUBRIFICAÇÃO DO TURBOALIMENTADOR E
ATUADOR DO CONTROLE DE RETORNO DA
PRESSÃO DE ESCAPAMENTO:
O óleo lubrificante pressurizado atinge os rolamen-
tos do turboalimentador através da galeria princi-
pal de óleo (galeria de tuchos do lado esquerdo),
através de uma passagem no suporte do turbo
(coxim de montagem). O óleo é drenado do turbo
através de outra passagem no suporte, direta-
mente para o cárter. Este suprimento e drena-
gem do óleo eliminam a necessidade de tubulação
externa para lubrificar o turboalimentador.

A pressão hidráulica do óleo da galeria principal


(lado esquerdo) é utilizada para acionar o controle
de aquecimento do retorno de pressão de esca-
pamento. O óleo pressurizado para esta finali-
dade é suprido pelo pórtico existente no suporte
do turbo.
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 17

SISTEMAS DE ADMISSÃO E SISTEMA DE EXAUSTÃO

Do resfriador de
Ao resfriador ar do chassi
de ar no chassi

Do filtro de ar

LEGENDAS
Admissão de ar pressurizado
Admissão de ar
Escapamento de gases
Figura 11.

1. Tubo de suprimento de ar do resfriador 5. Carcaça da turbina do turboalimentador


2. Conjunto cotovelo de ar do turbo. 6. Silencioso do escapamento
3. Carcaça do turboalimentador 7. Coletor de escapamento, direito.
4. Carcaça central do turboalimentador 8. Coletor de escapamento, esquerdo.

Os sistemas de admissão e saída de ar consistem do giro da turbina do compressor, aumentando


de componentes que fluem ar filtrado aos cilindros assim o fluxo de ar no coletor de admissão (maior
do motor e expelem gases de escapamento para impulso). Ao contrário, com exigência mais leve de
a atmosfera (Figura 11). carga, o fluxo de gases de escapamento diminui e
menos ar é bombeado ao coletor de admissão.
O turboalimentador é utilizado para aumentar a
potência de saída do motor, através do aumento
do suprimento de ar para o motor. É um com- Alguns motores são equipados com um disposi-
pressor de construção simples movido por ar de tivo opcional de controle da pressão de retorno
escapamento resfriado que direciona o ar filtrado de escapamento, para permitir um aquecimento
para a carcaça do compressor, forçando-o, sob mais rápido da cabine. Este dispositivo aumenta a
pressão, para a câmara de combustão. Após a produção de calor do motor pelo controle de uma
combustão, os gases de escapamento, quentes válvula, tipo borboleta, colocada na tubulação de
e expandidos, se movem através da carcaça da escapamento. Quando a válvula está restringida,
turbina movendo as aletas das turbinas proporcio- a pressão de saída aumenta, o motor precisa tra-
nando a sua rotação contínua. A roda da turbina balhar mais intensamente para forçar a saída dos
gira a roda do compressor através de um eixo gases, e assim aquece, rapidamente. Quando a
comum, solidário. O turboaliamentador responde válvula está aberta os gases de escapamento
diretamente às cargas do motor. Durante a carga fluem, livremente.
pesada, é aumentado o fluxo de gases, acele-
rando a rotação da turbina, causando o aumento
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 18 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL

Figura 12.

1. Bomba de alta pressão do óleo 8. Cárter de óleo

2. Módulo de controle do injetor (IDM) 9. Bomba de óleo

3. Módulo de controle eletrônico (ECM) 10. Radiador de óleo

4. Filtro do combustível 11. Filtro de óleo

5. Bomba de transferência de combustível 12. Regulador da pressão de injeção (IPR)

6. Tanque de combustível 13. Injetores de combustível (8)

7. Linha de retorno de combustível


MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 19

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL - Continuação


(Ver as Figuras 12 e 13)
O sistema de combustível do T 444E fornece com-
bustível filtrado aos injetores a uma pressão re-
gulada de 40 psi (276 kPa). O sistema também
retorna o combustível quente ao tanque. A seguir,
será descrita, detalhadamente, a função do
sistema de baixa pressão do combustível.

1. O estágio de diafragma da bomba de transfe-


rência, bombeia o combustível do tanque e o
transfere para o filtro primário através de uma
peneira localizada na carcaça do filtro de com-
bustível. A pressão do combustível nesta fase
é de 4 a 6 psi. O ar acumulado no filtro primário
é pressionado de volta ao tanque através de
um orifício. O orifício é protegido de entu-
pimento por outra peneira localizada dentro
da carcaça do filtro. Em alguns motores, a
base da carcaça do filtro contém um elemento
de aquecimento elétrico do combustível para
evitar que o combustível se torne muito viscoso,
no tempo frio. Também, (opcionalmente) local-
izado na base da carcaça, existe um sensor
para detectar a presença de água no com-
bustível. Quando é coletada uma quantidade
significativa de água no fundo do filtro, o sensor
acende uma lâmpada de alarme, localizada no
painel de instrumentos.

2. O combustível, na carcaça do filtro, passa


através do elemento filtrante para um tubo
no centro do conjunto do filtro. O combustível
limpo passa então pelo estágio de entrada do
pistão da bomba de transferência.

IMPORTANTE
O ELEMENTO FILTRANTE DE COMBUSTÍVEL É
FIXADO NA TAMPA ROSQUEADA DO FILTRO.
QUANDO FOR FEITA A MANUTENÇÃO, O
ELEMENTO PODE SER SEPARADO DA TAMPA
E SUBSTITUÍDO POR UM NOVO. O FLUXO
DE COMBUSTÍVEL SERÁ INTERROMPIDO SE
O ELEMENTO FILTRANTE NÃO ESTIVER NO
LUGAR. O TUBO DE ALIMENTAÇÃO NO
CENTRO DA CARCAÇA POSSUI UMA VÁLVULA
DE BLOQUEIO A QUAL SOMENTE É ABERTA,
QUANDO O ELEMENTO DO FILTRO ESTIVER
NO LUGAR.

3. O estágio de recalque da bomba de alimenta-


ção aumenta a pressão do combustível de 4
psi para 40 psi, para garantir o suprimento ade-
quado dos bicos injetores. O combustível deste
estágio é dividido através de duas linhas de
tubos, para a parte traseira de cada cabeçote.
Estas linhas alimentam combustível para uma
galeria perfurada em cada cabeçote os quais
interceptam cada furo de alojamento do injetor
no cabeçote.
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 20 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL - Continuação
(Ver as Figuras 12 e 13)

IMPORTANTE
USE APENAS MANGUEIRAS CERTIFICADAS
DE FÁBRICA, COM O NÚMERO CORRETO
DA PEÇA, NA MANUTENÇÃO DO SISTEMA
DE COMBUSTÍVEL DO T 444E. MANGUEIRAS
NÃO ORIGINAIS PODEM NÃO RESISTIR A
PRESSÃO NECESSÁRIA E A FLEXIBILIDADE
ADEQUADA PARA O PERFEITO FUNCIONA-
MENTO DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL.

4. O regulador de pressão possui uma válvula de


alívio para controlar a pressão nas galerias de
combustível a 40 psi (276 kPa). O excesso de
combustível do regulador é dividido em duas
vias:

a. O combustível devolvido das galerias do


cabeçote é aquecido pelo calor do motor.
Todo excesso de combustível é devolvido
para o tanque de combustível.
b. O retorno do combustível ao tanque é
necessário, a fim de garantir uma rápida
partida do motor após o reabastecimento
do sistema (tanque e tubulações) seco.
O retorno ao tanque supre um meio de
retirada contínua de ar do sistema. Veja o
esquema anexo do sistema de combustível
do T 444E.

IMPORTANTE
A PENEIRA DE NYLON LOCALIZADA DENTRO
DA TAMPA DEVE SER MANTIDA NO SEU
LUGAR PARA EVITAR O ENTUPIMENTO DO
ORIFÍCIO. SE ESTE ORIFÍCIO ENTUPIR, O DES-
EMPENHO DO MOTOR SERÁ DESFAVORAVEL-
MENTE AFETADO, UMA VEZ QUE O SISTEMA
DE COMBUSTÍVEL NÃO ESTARÁ AREJADO
ADEQUADAMENTE.
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 21

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL - Continuação


(Ver as Figuras 12 e 13)

RESPIRO PONTO DE TESTE


DE PRESSÃO
RETORNO DE COMBUSTÍVEL
REGULADOR DE
PRESSÃO BAIXA PRESSÃO
NEGATIVA PRESSÃO
ORIFÍCIO

FILTRO DE
ESTÁGIO DE COMBUSTÍVEL
DIAFRAGMA

INCREMENTO
DE PRESSÃO

ESTÁGIO DE
PISTÃO
VÁLVULA DE
RETENÇÃO
CABEÇOTE
ESQUERDO

PRÉ-FILTRO CABEÇOTE
DIREITO
VÁLVULA DE
RETENÇÃO

TANQUE DE
COMBUSTÍVEL

PRESSÃO NEGATIVA

PRESSÃO PRIMÁRIA DE TRANSFERÊNCIA

PRESSÃO SECUNDÁRIA DE TRANSFERÊNCIA

PRESSÃO DE RETORNO

Figura 13. Esquema do sistema de combustível com a bomba Tandem de alimentação


Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 22 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
CONTROLE DA PRESSÃO DE INJEÇÃO

Figura 14. Sistema injetor de óleo

1. Bomba de óleo 7. Galeria de alta pressão do cabeçote

2. Válvula de inspeção 8. Injetores de combustível (8)

3. Reservatório (localizado no topo da tampa dianteira) 9. Galeria (do bloco do motor)

4. Bomba de alta pressão 10. Filtro de óleo

5. Linhas de alta pressão 11. Radiador de óleo

6. Sensor de controle da pressão da Injeção 12. Válvula reguladora da pressão de injeção


MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 23

CONTROLE DA PRESSÃO DE INJEÇÃO - Continuação


(Veja a Figura 14)

O sistema utiliza injetores, hidraulicamente atua-


dos, para suprir combustível a cada cilindro. O
fluído hidráulico usado para acionar o injetor é
óleo do motor.

O óleo provém do cárter, através do tubo pescador,


puxado pela bomba de óleo do motor. Esta bomba
é do tipo “gerotor” acionada pelo virabrequim. O
óleo flui por uma passagem na tampa dianteira
até um reservatório posicionado na parte superior
da tampa dianteira.

O reservatório disponibiliza um fluxo constante de


óleo para uma bomba hidráulica de alta pressão,
localizada na tampa dianteira do motor. A bomba
de alta pressão é de engrenagem com nove êmbo-
los. O óleo sob alta pressão é suprido pela bomba
para as galerias abertas nos cabeçotes do motor.

Quando um injetor é energizado, uma válvula de


gatilho é aberta por um solenóide eletrônico mon-
tado no injetor. A pressão do óleo é dirigida a fluir
no injetor e agir no pistão comprimido. Quando a
injeção termina, o óleo pressionado no topo do
pistão é ventilado pela válvula de disparo através
da parte superior do injetor. Bicos montados nos
injetores direcionam o óleo ao cárter.

O controle de pressão no sistema de injeção é do


tipo circuito fechado. Ele é controlado pelo IPR
(Regulador de Pressão da Injeção), o sensor ICP
(Controle de Pressão da Injeção) e o programa no
ECM (Módulo de Controle Eletrônico). Veja Figura
15.

A pressão do ICP varia de 500 a 3000 psi. A vál-


vula reguladora está montada na bomba de alta
pressão e realiza o controle de pressão da injeção
direcionando o excesso de óleo por uma válvula
de inspeção que está dentro da tampa dianteira e
atrás do cárter de óleo.
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 24 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
CONTROLE DA PRESSÃO DE INJEÇÃO - Continuação

Dreno
Câmara de pressão
Saída de pressão da bomba

Figura 15. Válvula de regulagem de controle da pressão de injeção


MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 25

CONTROLE DA PRESSÃO DE INJEÇÃO - Continuação


(Veja Figura 16)

O ECM controla a válvula IPR por um interruptor


interno (acionador lateral baixo) ao ECM. O
controle da pressão desejada é uma função
variável da estratégia de controle do motor e a
calibração que foi programada dentro do ECM.

O sensor ICP está montado à esquerda do


cabeçote do cilindro e fornece o sinal de retorno
para o circuito fechado do sistema de controle. O
sensor ICP é um do tipo disco de cerâmica que
converte a pressão em um sinal analógico de 0 a
5 volts que o ECM usa para determinar a pressão
do ICP.

Uma válvula de alívio, tipo mola/pistão, está


instalada internamente à bomba de alta pressão e
está regulada para reduzir a pressão do óleo na
tampa dianteira, caso a pressão do ICP exceda
4000 psi.

Figura 16.

1. Módulo de controle eletrônico (ECM) 4. Regulador da pressão do injetor (IPR)

2. Módulo de acionamento do injetor (IDM) 5. Sensor de controle de pressão da injeção (ICP)

3. Injetor de combustível
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 26 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
CONJUNTO DO INJETOR DE COMBUSTÍVEL
(Veja Figura 17)

O injetor de combustível é uma unidade injetora


de combustível que trabalha sob pressão hidráu-
lica e é controlado eletronicamente.

A função hidráulica é obtida quando o solenóide


do injetor é energizado, abrindo uma válvula de
gatilho e permitindo a pressão do ICP fluir no topo
do pistão comprimido.

O combustível é suprido ao injetor por passagens


abertas através do cabeçote que se cruzam com
as aberturas no injetor. PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A área sob o embolo é abastecida com com- GALERIA DE PRESSÃO (ÓLEO)


bustível pela pressão suprida pela bomba de trans-
PRESSÃO DE ALIMENTAÇÃO
ferência. O embolo, ao se movimentar para baixo, DO COMBUSTÍVEL
aumenta a pressão que fecha a válvula esférica
PRESSÃO DE INJEÇÃO
de inspeção. A pressão continua aumentando,
abrindo a válvula de esguicho, e o combustível
é pressurizado através dos orifícios do bico e
é injetado dentro da câmara de combustão a
pressões tão altas como 18.000 psi.

A injeção é interrompida quando o solenóide é Figura 17.


desligado e a pressão do ICP liberada.
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 27

COMPONENTES DO INJETOR DE COMBUSTÍVEL


O injetor de combustível possui quatro (4)
componentes principais conforme descrito nos
parágrafos a seguir:
1. Solenóide
2. Válvula de gatilho
3. Pistão intensificador e de alívio
4. Conjunto do bico

Solenóide (1, Figura 18).

O solenóide é um interruptor eletromagnético, de


ação rápida, o qual, quando energizado, puxa a
válvula de gatilho de sua sede.

Válvula de gatilho (2, Figura 18).

A válvula de gatilho é mantida em sua sede por


uma mola. Na posição fechada, a entrada do óleo
sob alta pressão, é bloqueada e a cavidade do
amplificador é aberta para ser drenada.
Quando o solenóide é energizado, a válvula gatilho
é rapidamente levantada de sua sede. A passagem Figura 18.
de drenagem é fechada e é aberta a entrada para
o óleo pressurizado. 1. Solenóide 4. Válvula de alívio

Embolo e pistão intensificador (3, Figura 18). 2. Válvula de gatilho 5. Conjunto bico injetor

Quando a válvula de gatilho abre a entrada, óleo 3. Pistão intensificador 6. Válvula do bico injetor
com alta pressão entra no injetor e atua no topo
do pistão intensificador. A pressão produzida no
pistão empurra-o com o embolo para baixo. A
área do intensificador é sete (7) vezes maior
que a superfície do embolo; produzindo uma
igual multiplicação de força. O movimento do
embolo para baixo pressuriza combustível na sua
cavidade, efetuando a abertura do bico injetor.

Conjunto bico injetor (5, Figura 18).

O conjunto bico injetor é do tipo convencional com


exceção da válvula de esfera. Este dispositivo (4,
Figura 18) se assenta e veda durante a descida
do embolo para evitar vazamento do combustível
sob alta pressão. Durante o curso de retorno, ela
se abre, permitindo o enchimento da cavidade
do embolo. A válvula do bico injetor é do tipo
com abertura interna a qual se desloca da sede,
quando a pressão supera a força da mola. O
combustível é então atomizado a alta pressão
através da ponta do bico (6, Figura 18).
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 28 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
FUNCIONAMENTO DO INJETOR DE COMBUSTÍVEL
(Veja Figuras 19 e 20)
Existem três estágios pelos quais o injetor de
combustível passa durante seu funcionamento.
Eles são:
1. Ciclo de alimentação
2. Injeção
3. Término da injeção

Ciclo de Alimentação
Durante a pré-injeção todos os componentes
internos estão em suas posições de operação
pressionadas por molas. A válvula de alívio está
bloqueando a passagem do óleo pressurizado
para o injetor. O êmbolo e o intensificador estão
no topo de seus furos e a cavidade inferior do
embolo está cheia de combustível. A pressão do
combustível na cavidade é a mesma que a da
galeria, aproximadamente 40 psi.

Injeção
Quando o ECM determina que o injetor deverá
ser acionado, ocorre a seguinte seqüência de
eventos:
1. O ECM envia um sinal de comando para
liberar combustível (FCDS) ao IDM.
2. O IDM envia impulsos de corrente elétrica
ao solenóide do injetor.
3. O solenóide é totalmente energizado, quase
que instantaneamente, criando um forte
campo magnético no induzido.
4. O impulso magnético do solenóide ultrapassa
a tensão da mola que mantém a válvula de
alívio fechada.
5. Válvula de alívio é rapidamente levantada
de seu assento.
6. A parte superior da válvula de alívio fecha a
saída do dreno.
7. A parte inferior abre a câmara de válvula Figura 19.
para a entrada do óleo em alta pressão.
8. O óleo de alta pressão flui em volta da
válvula, de alívio para o topo do pistão
intensificador.
A pressão no topo do pistão força o mesmo
para baixo junto com o embolo. Este movimento
do pistão para baixo pressuriza o combustível
na cavidade do embolo e bico injetor. Quando
a pressão do combustível atinge a pressão de
abertura da válvula (VOP) a cerca de 2.700 psi, a
válvula do bico injetor se ergue da sede e inicia a
injeção.

A pressão da injeção poderá atingir 18.000 psi


dependendo das exigências do motor.
MANUAL DE SERVIÇOS Seção de Introdução
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR Página 29

FUNCIONAMENTO DO INJETOR DE COMBUSTÍVEL - Continuação


(Veja Figuras 19 e 20)
Fim da injeção - Ciclo de drenagem

O fim do ciclo da injeção começa quando o


ECM termina o sinal de comando de liberação
de combustível ao IDM. O IDM então para de
enviar pulsos elétricos ao solenóide. Ocorrem os
seguintes eventos:

1. O campo magnético do solenóide é


interrompido, ficando impossibilitado de
ultrapassar a tensão da mola para manter a
válvula de alívio aberta.
2. A válvula fecha, interrompendo a passagem
do óleo pressurizado para o injetor.
3. Quando a válvula está fechada, sua parte
superior abre a cavidade para drenagem.
4. O óleo pressurizado entre a câmara do
pistão e da válvula flui para cima em volta
de sua sede, através de furos de ventilação
da luva da válvula e para fora, pelo furo de
drenagem.
5. A pressão do combustível na cavidade do
embolo exerce uma força para cima no
embolo e intensificador. Como a pressão
do óleo acima do pistão diminui, o mesmo
ocorre com a força do intensificador que
também cai.
6. Quase que instantaneamente, a força para
cima do combustível pressurizado fica maior
que a força para baixo do intensificador,
de modo que o movimento do pistão e
intensificador cessa.
7. Quando o embolo para, o fluxo de
combustível também cessa.
8. Com a drenagem ainda aberta, a pressão
remanescente do combustível empurra uma Figura 20.
pequena porção de combustível para fora
pelos orifícios de drenagem. Isto causa uma
grande queda na pressão deixando os bicos
injetores com pressão abaixo do VOP. A
tensão da mola da válvula de alívio agora
assenta a válvula na sede e interrompe a
injeção de combustível.
Seção de Introdução MANUAL DE SERVIÇOS
Página 30 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
SISTEMA DE CONTROLE DA VELA DE PRÉ-AQUECIMENTO (Veja Figura 21.)

A função do sistema de pré-aquecimento é o de


aquecer os cilindros do motor para melhorar a
partida do motor a frio e reduzir a emissão de
gases durante o início dos trabalhos do motor.

O módulo de controle eletrônico (ECM) está


programado para acender o sinal de “ESPERA”
(WAIT) para a partida e energizar a vela
aquecedora (via seu próprio relê), a cada vez que
a chave de ignição é movida para a posição “ON”,
antes de ligar o motor.

O ECM monitora a voltagem da bateria e utiliza a


informação da temperatura do óleo (EOT) e sensor
atmosférico (BARO) para determinar o tempo de
“espera” (wait) para ligar o “ON” e o tempo para
ativar a vela aquecedora. O ECM controla a luz de
“espera” (wait) para a partida e a ativação da vela
aquecedora, separadamente.

As velas aquecedoras são ativadas por um longo


período de tempo, se o motor estiver frio ou a
pressão atmosférica estiver baixa (alta altitude). A
voltagem da bateria é controlada para aumentar a
vida da vela aquecedora. Se a voltagem da bateria
for alta, a energia para as velas de aquecimento
será modulada pelo acionamento do seu relê
ON/OFF, a intervalos programados.

O motor estará pronto para a partida quando a luz


“ESPERA” (WAIT) estiver apagada pelo ECM. As
velas aquecedoras podem permanecer ligadas,
por até 120 segundos, enquanto o motor estiver
funcionando, para reduzir as emissões de gases,
durante o seu aquecimento.
(Veja Figura 21)
SISTEMA DE CONTROLE DA VELA DE PRÉ-AQUECIMENTO - Continuação
SISTEMA DE PRÉ-AQUECIMENTO do T 444E

MANUAL DE SERVIÇOS
IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR
ECM
Ignição ligada
+ VBAT
Relê da vela de
aquecimento

Parte do chicote
Figura 21.

Entradas
(inputs) elétrico do motor
Sensor da
pressão atmos- Chicote das velas
férica BARO de aquecimento
Sensor do líquido
refrigerante do
motor ECT
Lâmpada de
espera

+ VBAT

Seção de Introdução
Página 31

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