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ABORDAGENS

COLETIVAS PARA
A PREVENÇÃO E
PROMOÇÃO DA
SAÚDE
GRUPOS DE FISIOTERAPIA
COLETIVA

Fisioterapeuta: Wilson Costa


INTRODUÇÃO
• A abordagem coletiva compreende um importante espaço cooperativo para troca de conhecimentos entre
usuários e profissionais, de sociabilidade, reflexão sobre a realidade vivenciada e de criação de vínculo.
Mudanças em hábitos de vida, como a alimentação ou a prática de exercícios, não é tarefa fácil. Mas, em grupo,
o participante dispõe do suporte dos colegas e dos profissionais da saúde para expressar suas necessidades,
expectativas e angústias, o que pode tornar mais efetiva a ação de saúde.
• As ações educativas em grupo devem envolver atividades que possibilitem: o resgate da autoestima; a visão
crítica sobre o estilo de vida, a mídia e a propaganda; e que promovam o incentivo ao movimento, à brincadeira
e a inclusão social.
• Para isso, devem utilizar estratégias educativas que propiciem a reflexão, a criticidade, a problematização e a
construção do conhecimento. Ademais, a periodicidade, os temas e as estratégias devem se adequar à
realidade e às necessidades locais. Muitas vezes, as múltiplas funções do profissional ou até mesmo a
escassez de qualificação profissional e materiais de apoio, são consideradas importantes barreiras para o
desenvolvimento de atividades coletivas.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


SUGESTÃO DE METODOLOGIAS

Possibilita o diálogo e a Implica a modificação do Utilizado como meio de


interação favorecendo a ambiente, a discussão e a informação, no intervalo das
construção coletiva do reflexão crítica sobre as atividades presenciais,
conhecimento e de práticas. práticas do dia a dia e seus visando promover a
resultantes. reflexão, informar os
usuários e estimular a
participação nas atividades
coletivas.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


Abordagem da Atividade Física
• A prática de atividade física propicia benefícios para a saúde. Estima-se que esses benefícios possam ser
alcançados com cerca de 150 a 300 minutos de atividade moderada ou de 75 a 150 minutos de atividade
vigorosa por semana (WHO, 2010).
• Cabe a você, profissional da saúde, aconselhar os indivíduos para um modo de vida mais ativo e redução de
atividades sedentárias, identificando possíveis estratégias que propiciem a adesão da prática de atividade
física no cotidiano. Mas, você sabe a diferença entre atividade física e exercício físico?
• A atividade física é qualquer movimento do corpo, incluindo atividades no trabalho, deslocamento, vida diária,
lazer e prática de esportes. Já o exercício físico é um tipo de atividade física planejada, estruturada e repetitiva
que tem o objetivo de melhorar ou manter as capacidades físicas e o peso adequado.
• No território, podem ser identificadas ferramentas na comunidade para fomentar a prática de atividade física.
Nessa perspectiva, os profissionais de saúde devem considerar as possibilidades e limitações do sujeito e do
ambiente no desenvolvimento das atividades propostas, observando aspectos: do planejamento urbano, como
os transportes coletivos; de segurança pública; da importância atribuída pelo usuário à prática de atividade
física; da existência de espaços públicos de lazer; da possibilidade de acesso a espaços privados de lazer que
possibilitem a realização de atividades físicas no tempo livre.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


• Recomendar espaços coletivos: Polos do • Conhecer o nível de atividade e exercício
programa Academia da Saúde, praças, físico dos usuários (avaliação).
bosques, calçadas, vias ciclísticas, entre
• Identificar o tempo dedicado a realizar as
outros.
atividades e exercícios físicos.
• Práticas como: Danças, artes marciais,
esporte, jogos, ginástica, práticas orientais
(tai chi chuan, shiatsu, yoga), caminhadas,
entre outros.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


Abordagem de mudança de comportamento: Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC)

• As abordagens de mudança do comportamento


buscam conhecer e reconhecer dificuldades
vivenciadas pelo indivíduo no enfrentamento de
determinadas situações e reprogramá-las para um
melhor convívio com as situações estressoras.
• Nessa perspectiva, abordagens comportamentais
auxiliam os indivíduos na mudança de hábitos e de
rotinas. O termo Terapia Cognitivo-Comportamental
(TCC) é utilizado para técnicas de abordagem cognitiva
e um conjunto de procedimentos comportamentais
(KNAPP; BECK, 2008). A TCC parte do princípio que as
pessoas desenvolvem e mantêm crenças a partir das
quais formam uma visão sobre si, o mundo e o futuro
(RANGÉ, 2001).
LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


Larga o
celular e
vamos
praticar!

DINÂMICA DO ESPELHO
TÉCNICAS DE GRUPO PARA ABORDAGENS DE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
• As abordagens em grupo devem transcender os limites do território, envolvendo equipamentos sociais,
espaços comunitários de atividade física, escolas, creches, associações comunitárias, redes de
assistência social, ambientes de trabalho, entre outros.
• As estratégias educativas devem promover encontros dinâmicos, participativos e compreensíveis para
usuários com diferentes graus de instrução. Além disso, devem ser adaptadas a todos os ciclos da vida e
realizadas de acordo com a realidade local.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


Grupos Educativos
• A formação de um grupo depende diretamente de interesses comuns. Entretanto, as pessoas são diversas, e
seus pensamentos, formas de agir e compreender o mundo podem divergir no próprio grupo. Cada um possui
conhecimentos, crenças e culturas relacionados aos hábitos de vida saudável. Nesse contexto, as ações
coletivas são espaços para unir habilidades e conhecimentos, e construir caminhos possíveis para todos
trilharem. Os grupos educativos constituem-se como espaços de interação e discussão coletiva entre a equipe
de saúde e a comunidade.

• Dessa forma, precisam ser compreendidos como espaços de encontro, de alegria, de troca de saberes para que
todos possam produzir transformações. Adicionalmente, é essencial que os conhecimentos produzidos nos
grupos sejam construídos na perspectiva da aprendizagem significativa, assim como a socialização das
construções coletivas. No grupo, o profissional da saúde assume o papel de facilitador desse processo
reflexivo-criativo que conduz o indivíduo a melhores escolhas e decisões, conforme suas possibilidades. A
educação está imbricada na ação de saúde, indissociada da prática cotidiana dos profissionais da saúde.

• Mas, para isso acontecer, é preciso que todos assumam a condição de aprendizes. Profissionais da saúde e
usuários precisam compreender a realidade e as relações colaborativas na comunidade, tornando-se sujeitos
de transformação de suas realidades.
LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020
Processos de
reconhecimento e
empoderamento
• O processo educativo coletivo é uma
estratégia sistemática de acompanhamento da
evolução dos sujeitos em sua construção de
conhecimento, ora individual ora coletivo, pois
valoriza o sujeito no que aprendeu e o que
sabe naquela situação.
• É útil também para redefinir a trajetória e
orientar a seleção de experiência de
aprendizagem apreendidas nas situações
vivenciadas.

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P. P.; 2020


Referência:

LOPES, A. C.; SEBOLD, L. F.; FREITAS, P.


P. Ações coletivas de promoção da
alimentação adequada e saudável para a
prevenção e controle do sobrepeso e da
obesidade na APS. Florianópolis : UFSC,
Por hoje
2020.
67 p. : il. E-book (PDF).
ISBN: 978-65-87206-44-8
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