Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Jaguaribe

Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas

Professor(a): Maria Irani Mendes Maia
Disciplina: DIDÁTICA GERAL
Aluno: Carlos Adriano Rosa da Silva

Relatório do filme” Além da sala de aula”

O filme Além da sala de aula, é inspirado em uma história verdadeira. A atriz

principal é Stacey Bess, uma professora recém-formada que vai à procura do seu primeiro
trabalho. Contudo, é contratada para lecionar em uma “escola” ao oposto do que
realmente esperava, e como ela mesma fala, não é o padrão de escola que ela aprendeu na
universidade que lecionaria. Tratava-se de um projeto social para pessoas sem-teto, como a
maioria dos projetos sociais que nascem nesse país, o poder público (políticos) cria um projeto
com a narrativa de beneficiar os mais necessitados, e sem ir conhecer a realidade desses
necessitados, acha que por conta do projeto ser aprovado, sem ele sequer conhecer tal
realidade, acha que fez um feito grandioso, onde na verdade não passe de um ganho político,
em benefício próprio; as turmas eram de idade variadas e a escola nem nome tinha,
uma escola “fake”, que só existia no papel na verdade. Logo a professora descobriu que não
era somente um nome que estava faltando naquela escola, faltava vida, faltava arte, faltava
cultura, faltava saber, faltava cuidados, e tudo se encontrava naquela professora que ainda
faltava a ela achar um sentindo de vida, onde ela encontrou naqueles alunos e naquele local que
até então era inadequado para qualquer rotina de vida, sequer, para o saber.

A jovem professora chega para seu primeiro dia de aula e se depara com a triste
realidade da escola, um lugar improvisado para evitar que os alunos ficassem na rua.
Um lugar que não tinha a menor preocupação com a aprendizagem dos alunos, ou
seja, era somente um projeto político, cujo interesses era tudo, menos o cuidado com o saber.

A escola era desprovida de tudo: não tinha livros, aparelhamentos para aprendizagem,
higiene; os assentos e mesas estavam em péssimas condições; a estrutura física do ambiente
escolar estava todo comprometida. A escola era tão carente de tudo que nem mesmo tinha
um diretor. Stacey reparou naquela comunidade de famílias desestruturadas, vícios, falta de
emprego, fome, assim por diante.

Stacey, então, compreendendo que não poderia obter ajuda de seu chefe direto,
começa a trabalhar por conta própria na reestruturação material e física da escola. Do próprio
bolso compra equipamentos, e com a ajuda daquela comunidade, limpou e pintou a escola,
assim podendo oferecer um ambiente renovado para aquelas crianças. A técnica de ensino
aplicada por Stacey em sala de aula foi a ensino – aprendizagem, que é onde o professor planeja,
dirige e controla o processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria
dos alunos para a aprendizagem.

Vemos nesse filme, infelizmente, uma grande relação com a realidade das escolas
públicas do nosso país. Se a nossa Constituição diz que a Educação é direito de todas as pessoas,
concluímos que, os administradores daquela escola eram descuidados com a educação dos
alunos e com a infraestrutura da escola.

Contudo, podemos pegar de Stacey como exemplo a ser seguido, em primeiro lugar ela
fez o possível para auxiliar na estrutura social daqueles alunos, por exemplo, com alimento, e,
em seguida, não descuidou com a educação cognitiva. Foi, de tal modo, que a professora
transformou a realidade daquela escola. Ela instruiu o que tinha que ensinar; mas, percebeu
que, tratando-se de educação, o trabalho, vai “além da sala de aula”.

A professora também encontrou naquela dificuldade praticamente intransponível, pois

ao ir lecionar naquele lugar ela se depara com outra professora que estava saindo justamente
por culpar aquele lugar pelo fracasso do seu trabalho e de suas frustrações como professora,
um sentindo para vida dela, do porque ela escolheu ser professora, isso deve servir como
reflexão para todos que escolhem esse caminho, o sentido daquela escolha.