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INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – CAMPUS ENGENHEIRO PAULO

DE FRONTIN

ANA LUCIA DE PAULA


DAIANE FERREIRA DOS SANTOS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DA FERRAMENTA CINCO FORÇAS DE PORTER NA


EMPRESAxxxxxxxxx

ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN


2019
ANA LUCIA DE PAULA
DAIANE FERREIRA DOS SANTOS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DA FERRAMENTA CINCO FORÇAS DE PORTER NA


EMPRESAxxxxxxxxx

Artigo científico apresentado no Instituto Federal do


Rio de Janeiro – Campus Engenheiro Paulo de
Frontin como requisito parcial para aprovação nas
disciplina Administração Estratégica da Pós-
Graduação em Gestão de Projetos e Negócios em TI.

Orientadores: Prof. Maxwel de Azevedo Ferreira

ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN


2019
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo sobre planejamento estratégico e seus
desdobramentos, tais como o papel da ferramenta Cinco forças de Porter e a análise
proporcionada por meio desta, para o desenvolvimento estrutural e econômico das
organizações. Neste estudo, a análise foi aplicada na Oficina Mecânica Paulinho Jaú e do
mercado diante das forças de Porter (1986, 1992, 1999), averiguando suas possíveis
aplicações para maior competitividade no mercado. O estudo é realizado com base em
breve pesquisa bibliográfica, além da coleta de dados primários com integrante que forma
a empresa, identificando o que é aplicado ou que pode ser aplicado.

Palavras-chave: Cinco forças de Porter, planejamento, estratégia


ABSTRACT

This paper aims to present a study on strategic planning and its developments, such as
the role of Porter's Five Forces tool and the analysis it provides for the structural and
economic development of organizations. In this study, the analysis was applied at the
Paulinho Jaú Mechanical Workshop and the market in front of Porter's forces (1986,
1992, 1999), investigating its possible applications for greater market competitiveness.
The study is conducted based on a brief bibliographic research, as well as the collection
of primary data with members that form the company, identifying what is applied or can
be applied.

Keywords: Cinco forças de Porter, planejamento, estratégia


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................6
2 METODOLOGIA..............................................................................................................10
3 CONCEITOS DE ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO......................7
4 FERRAMENTAS .............................................................................................................10
4.1 AS CINCO FORÇAS DE PORTER..............................................................................10
5 ANÁLISE..........................................................................................................................12
6 CONCLUSÃO...................................................................................................................15
7 REFERÊNCIAS................................................................................................................18
6

1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista a quantidade cada vez maior de veículos em circulação no Brasil e o


auto custo das revisões mecânicas na rede de oficinas autorizadas, o ramo de prestação
de serviços de reparação automotiva oferecido por oficinas paralelas tem seu espaço
garantido no mercado. A busca do consumidor pelo menor preço e qualidade
juntamente com o grande numero de pequenas empresas, resultam na concorrência
acirrada desse setor e se faz necessário a oferta de serviços cada vez melhores para
permanência no mercado. A fim de garantir destaque no mercado e melhorar as
receitas de seus negócios os empreendedores estão buscando um entendimento maior
sobre melhoria contínua da gestão, qualidade, produtividade, tecnologia.
Neste contexto, tendo como base a gestão estratégica, este trabalho pretende fazer uma
análise da empresa Oficina Mecânica Paulinho Jaú e do mercado diante das forças de
Porter (1986, 1992, 1999), averiguando suas possíveis aplicações para maior
competitividade no mercado. O estudo é realizado com base em breve pesquisa
bibliográfica, além da coleta de dados primários com integrante que forma a empresa,
identificando o que é aplicado ou que pode ser aplicado.

2 METODOLOGIA

Para identificação e levantamento em relação as influências das teorias de Porter (1986),


primeiramente foi feita a pesquisa bibliográfica do autor e identificadas as cinco forças .
Após isso, foi feita uma entrevista com um de seus proprietários da oficina mecânica
objeto deste estudo, considerando assim esta pesquisa como um Estudo de Caso.
A gestão de pequenas empresas no cenario de concorrência acirrada, exige atualização
quase que em tempo real e grande envolvimento com o mercado, dessa forma, empresas
criam estratégias para se destacarem na competitividade diária.

O levantamento das teorias de Porter (1986) utilizadas pela empresa entrevistada se


deram atraves das informaçoes fornecidas pelo proprietário e mecânico Paulo Roberto
Ermida. Foi definida detalhadamente cada uma das cinco forças e das três estratégias
genéricas e Azevedo foi questionado sobre o assunto, assim foi identificado como a
empresa se destaca na com-petitividade e quais das práticas ela utiliza.

3 CONCEITOS DE ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


De acordo com Certo e Peter (1993), o ambiente organizacional é a junção de todos os
fatores internos e externos, que influenciam, direta ou indiretamente, o progresso e os
objetivos da organização.
7

O conceito de estratégia não é algo novo, é oriundo do âmbito militar e há registros


milenares sobre estratégias militares. “O antigo conceito militar define estratégia como
a aplicação de forças em larga escala contra algum inimigo” e na esfera empresarial
pode ser definida como “ a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito
global visando atingir os objetivos no longo prazo” (Chiavenato, 2003). A estratégia
organizacional pode ser influenciada elas oportunidades e fatores externos (ameaças),
por objetivos valores e crenças de seus membros e por seus pontos fracos e fortes
(Andrade, 2011).
O planejamento estratégico surgiu na década de 70 e trata-se de um “processo técnico e
político de tomada de decisões em prol do alcance dos objetivos estratégicos” e serve
para facilitar com que a organização alcance mais facilmente o seu negócio, bem como
sua missão, visão, valores e diretrizes estratégicas (Andrade, 2011). Segundo Kotler
(1992), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver
e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as
mudanças e oportunidades de mercado”.
Para Filho (1978), “planejamento estratégico é uma metodologia de pensamento
participativo, utilizada para definir a direção que a empresa deve seguir, através
da descoberta de objetivos válidos e não-subjetivos. O produto final da utilização desta
metodologia é um documento escrito chamado Plano Estratégico.”

Figura 1 – As premissas do planejamento. Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, (2003)

4 FERRAMENTAS
As ferramentas são métodos aplicados para traçar metas , analisar a situação e
posicionamento da organização, tomar decisões e obter resultados. Segundo Andrade
(2011), “o planejamento deve ser usado como ferramenta de gestão e de apoio à
decisão. Deve também ser de responsabilidade de todos da organização.”.
De acordo com Chiavenato (2003), “o planejamento estratégico deve especificar onde a
organização pretende chegar no futuro e como se propõe a fazê-lo a partir do presente.
O Planejamento estratégico deve comportar decisões sobre o futuro da organização.”
8

Em suma,compreende-se que , o uso das ferramentas permite uma melhor análise da


organização, facilitando o processo de tomada de decisões.

4.1 AS CINCO FORÇAS DE PORTER

As cinco forças de Porter, trata-se de uma ferramenta de análise organizacional, que


para ser aplicada é necessário analisar a organização sobre os cinco contextos em que a
mesma está inserida, chamados de forças. Esta análise tornou-se conhecida após ser
proposta em um artigo (Como as forças competitivas moldam a estratégia) publicado
em 1979, pelo professor Michael Porter.

Porter, em seu modelo, considerou a existência de uma força central e outras quatro, que
impactam a central de variadas formas.

Rivalidade entre os concorrentes: saber quem são os concorrentes diretos, que


vendem produtos similares ou atuam no mesmo segmento de mercado; conhecer seus
pontos fortes e fracos.

Produtos e serviço substitutos: são produtos/serviços que não são similares, porém
oferecem os mesmos benefícios, atendendo as necessidades dos clientes e são
consideradas soluções substitutas.

Poder de barganha dos fornecedores: é a capacidade de negociação do fornecedor,


que pode ser muito elevada considerando que este seja o único ou, um dos poucos a
fornecer determinado produto. O empreendedor não deve depender de apenas um
fornecedor.

Evitar/Atrapalhar a entrada de novos concorrentes: são barreiras ou empecilhos


para atrapalhar a entrada de novos concorrentes do mesmo ramo.

Poder de barganha dos clientes: poder de negociação dos clientes, que por possuírem
diversas opções, detêm o poder em suas mãos. Cabe a empresa conquistá-lo e fidelizá-
lo.
9

Figura 2 – Fonte: Portal Administração

5 ANÁLISE

A micro empresa em questão é estabelecida a 24 anos no município de Vassouras,


interior do Rio de Janeiro e como empresa familiar conta com 5 colaboradores no total,
sendo dois mecânicos, um auxiliar e uma administradora. A Oficina Mecânica Paulinho
Jaú, presta serviços de reparação e revende peças para veículos de pequeno porte
(leves), possui uma cartela de 500 clientes cadastrados no município, além de atender
em menor quantidade frotas de firmas locais e viajantes.

Rivalidade entre os concorrentes

Em Vassouras ha pelo menos 20 empresas ou empreendedores que prestam serviços de


reparação para automóveis leves, porém 7 destes são considerados concorrentes diretos,
pois detem a mesma capacidade profissional e estrutural, segundo a empresa em questão
que para se destacar das demais investe em:

 Tecnologia obtendo sempre as melhores e atuais ferramentas;


10

 Bom atendimento ao cliente oferecendo um diagnostico detalhado e


transparente de modo que ele entenda pelo o que esta pagando, além de oferecer
boas condições de pagamento;

 Agendamento e entrega pontual do serviço;

 Fonece ao cliente o histórico de reparos para controle da manutenção do


veículo;

Produtos e serviço substitutos


Diretamente a Oficina Mecânica Paulinho Jaú não detecta serviços substitutos, pois para
reparação de defeitos apenas a prestação do serviço de reparo atende a demanda do
cliente. Porém, indiretamente, a empresa utiliza a força, pois ao adquirir ferramentas de
alto desempenho, o cliente final receberá um serviço de melhor qualidade.

Poder de barganha dos fornecedores


Nesse quesito a empresa entrevistada não considera que esteja equilibrada, pois seu
maior volume de compras são com fornecedores de auto peças e na região há apenas
duas empresas capazes de fornecer a variedade e a entrega necessária para a agilidade
da prestação do serviço. Portanto optou por escolher uma dessas como seu fornecedor
principal e em troca obtêm diferenciação nos preços e nas condições de pagamento,
podendo assim repassar para o cliente.

Evitar/Atrapalhar a entrada de novos concorrentes


As restrições para a entrada de novas empresas nesse mercado, englobam não só fatores
ligados aos custos, como também de mão de obra qualificada e popularidade. Segundo o
entrevistado leva tempo até que uma empresa ou um empreendedor se estabeleça
oferecendo um serviço qualificado e conquiste a confiança do cliente. Portanto ele
acredita que a credibilidade conquistada de seus clientes ao longo da existência de sua
empresa o permite oferecer um atendimento personalizado que o diferencia de seus
concorrentes e dificulta a entrada de novos.

Poder de barganha dos clientes


A Oficina Mecânica Paulinho Jaú trabalha com seus clientes o valor da manutenção
preventiva e a importância da qualidade das peças e serviços, agregando o valor da sua
experiência de mercado. Assim o cliente tem a percepção de que se fidelisar é a melhor
opção, pois lhe garante segurança e melhor custo. Além disso conta também com um
atendimento de socorro para emergências fora da oficina.

6CONCLUSÃO
11
12

7 REFERENCIAS

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de . Fundamentos de administração para


cursos de gestão / Rui Otávio Bernardes de Andrade , Nério Amboni – Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.

CERTO, S. C.; PETER, J. P. Análise do Ambiente. In Administração


estratégica: planejamento e implantação da estratégia. SP: Makron Books,
1993. p.37-38.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão


abrangente da moderna administração das organizações/Idalberto Chiavenato
– 7. Ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2003.

FILHO ,Paulo de Vasconcellos. Afinal, o que é planejamento estratégico?. Rev.


adm. empres. vol.18 no.2 São Paulo Apr./June 1978. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
75901978000200002&script=sci_arttext> . Acesso em 15 de outubro de 2019.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento,


implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1992.

LIMA, D. As Cinco Forças de Porter. Disponível em: <


http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/as-cinco-
forcas-de-porter/57341/ > Acesso em 16 de outubro de 2019.

MOVIMENTO EMPREENDA. 5 forças de Porter (Clássico). Disponível em: <


http://cms-empreenda.s3.amazonaws.com/empreenda/files_static/arquivos/
2012/06/27/ME_5-Forcas-Porter.PDF > Acesso em 16 de outubro de 2019.
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