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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023

Diretrizes
Ano Letivo
2023
PAULO SURUAGY DO AMARAL DANTAS
Governador de Alagoas
RONALDO AUGUSTO LESSA SANTOS
Vice-Governador de Alagoas

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


MARCIUS BELTRÃO SIQUEIRA
Secretário de Estado da Educação de Alagoas

ROSEANE FERREIRA VASCONCELOS


Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar

RICARDO LISBOA MARTINS


Superintendência de Políticas Educacionais

DILEUSA MARIA COSTA FERRO


Superintendente da Rede Estadual de Educação

SUELEIDE BARBOSA DUARTE


Superintendente do Sistema Estadual de Educação

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICA E DE GESTÃO 2023


DIRETRIZES ANO LETIVO 2023
Secretaria de Estado da Educação de Alagoas

Edição Geral: Juliana Fernanda Amorim Sarmento


Colaboração: Ricardo Lisboa Martins, Daniella Verçosa, Fabiana Dias, Ricardo Alves, Andreia Luiza Alves, Raquel
Vasconcelos, Andrea Ferreira da Silva Maciel, Dirlene Monte, Dileusa Costa, Cristiane Chagas, Sueleide
Barbosa, Roseane Ferreira Vasconcelos, Maria de Fátima Rebelo, Irani Neves, Edna Lopes da Costa, Genilma
Barros, Erivaldo Valério da Silva.

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas - SEDUC/AL, por meio destas Diretrizes de


Gestão Escolar e Diretrizes Pedagógicas Operacionais para a organização e funcionamento
do ano letivo 2023, orienta e alinha os trabalhos a serem desenvolvidos pela Rede Pública
Estadual de Ensino em 2023.

Estas orientações fundamentam-se na identidade organizacional da Seduc, nas ações


estruturantes do Programa Escola 10, nos objetivos estratégicos de 2023, tendo como
método de gerenciamento dos processos das Rodadas de Acompanhamento da Gestão
Escolar, do Acompanhamento Pedagógico e das Formações para os Professores,
Gestores Escolares e demais técnicos de acompanhamento às Unidades de Ensino - por
meio do apoio e acompanhamento sistemáticos das Superintendência da Rede Estadual
de Ensino, Superintendência de Políticas Educacionais e Superintendência do Sistema e
nas mudanças provenientes da implementação do Novo Ensino Médio (NEM), além da
ampliação do pALei.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Destaca-se a caminhada percorrida desde o início da pandemia em 2020, quando houve
a urgência do ensino remoto, realizando o Continuum Curricular, evoluindo para um
“remoto/híbrido”, em 2021 e trabalhado a Recomposição das Aprendizagens em 2022 já de
forma presencial. Esse caminho ainda está sendo trilhado e os saberes experienciados
estão oportunizando à Rede Estadual de Ensino a construção de inovações educacionais
ao dispor de recursos didáticos, pedagógicos e metodológicos que continuarão sendo
aplicados em 2023.

Em 2023, a partir da temática ESCOLA, ESPAÇO DE APRENDIZAGEM CRIATIVA: ENGAJAMENTO


PARA UM ENSINO INOVADOR NA REDE ESTADUAL DE ALAGOAS, a SEDUC propõe refletir sobre
as melhores estratégias de ensino, metodologias ativas e muita inovação para que o
estudante da Rede Estadual possa aprender com a melhor qualidade da Educação.

Destaca-se ainda, que 2023 é o ano do SAEB, marco para que as escolas ainda mais se
organizam para busca ativa, executando ações para o combate ao abandono e evasão
escolar, renovando as metas de planejamento para o melhor ensino e aumento de
proficiências do conhecimento dos estudantes.

Este documento apresenta seções específicas sobre a Organização dos Processos de


Ensino e de Aprendizagem e ações estratégicas como: Recomposição das Aprendizagens;
Acolhimento; Busca Ativa; Foca no Enem; Aprendizagens Criativas, Educação Híbrida,
Inovação Educacional, Protagonismo Estudantil, Educação e Território, bem como a
Formação Docente, oferecendo apoio e direcionamentos às Unidades de Ensino da Rede
Estadual de Alagoas para o desenvolvimento das ações neste ano letivo.

Excelente trabalho e sucesso em 2023!

Marcius Beltrão
Secretário de Estado da Educação de Alagoas
SUMÁRIO CADERNO DE ORIENTAÇÕES

1- Objetivos
Estratégicos Competências
Missão
Valores institucionais

2- Aprendizagem 2.1. Temática 2023


Criativa 2.2. Programa Escolas Criativas
2.3. Possibilidades de Aprendizagem Criativa
2.4. Inovação e Tecnologia na Educação

3.1. Acolhimento
3- Jornada
3.2 Portaria de organização do ano letivo e caderno de diretrizes para 2023
Pedagógica 3.3 Avaliação, ENEM e reflexão sobre dados da escola
3.4 Planejamento pedagógico: planejando a 1ª semana e o acolhimento dos
estudantes
3.5 Reflexão sobre as ações implementadas em 2022
3.6 Plano de Ação

4.1. Documento Curricular Referencial de Alagoas (ReCAL)


4.2. Novo Ensino Médio
4-Ensino Médio
4.2.1.Formação Geral Básica
4.2.2. Itinerários Formativos
4.2.3. Projeto de Vida
4.2.4. Itinerários Formativos - Programa Alagoano de Ensino Integral - pALei
4.2.5. Itinerários Formativos de Formação Técnica e Profissional
4.3. Matrizes Curriculares 2023

5- ENEM 5.1. Foca no ENEM: Orientações e engajamento

6 - Gestão Pedagógica: Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

6.1. Etapas ofertadas 6.4. Educação Escolar Indígena, Escolar Quilombola e do Campo
6.1.1. Creche, Educação Infantil 6.5. Educação Ambiental
6.1.2. Ensino Fundamental - pALei 6.6. Relações Étnico-Raciais e Promoção da Igualdade Racial
6.1.3. Escolas de Ensino Médio - pALei 6.7. Educação para as Relações de Gêneros e Diversidade Sexual
6.1.4. Escolas de Ensino Médio Parcial 6.8. Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
6.2. Matrizes Curriculares 2023 6.9. Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)
6.3. Educação de Jovens e Adultos (EJA)
SUMÁRIO
CADERNO DE ORIENTAÇÕES

7 - Gestão Político Institucional, Administrativa, Financeira e Relacional

7.1. Formação para Gestores de Unidades de Ensino 7.8. Ações Complementares


7.2. Eleição para Gestores de Unidades de Ensino 7.9. Gestão de Vagas
7.3. Eleição para Conselhos Escolares 7.10. Documentação e Vida Escolar
7.4. Grêmios Estudantis/Protagonismo Estudantil 7.11. Sistema Oficial de Gestão da SEDUC
7.5. Programas e Projetos Federais e Estaduais da Rede de Ensino 7.12. Calendário Letivo Escolar
7.6. CEL - Centros de Línguas 7.13. Alimentação Escolar
7.7. Integração Escola Comunidade 7.13.1. Agricultura Familiar
7.7.1. Encontro Estudantil da Rede Estadual de Alagoas 7.14. Recursos Financeiros
7.15. Prestação de Contas

8 - Avaliação

Educacional, Censo e 8.1. Avaliação Educacional


Inspeção Escolar 8.2. Censo Escolar
8.3. Inspeção Escolar

9 - Recomposição 9.1. Estratégias de recomposição das aprendizagens


9.2. Oficinas de leitura, produção textual e resolução de problemas
9.3. Recursos didáticos
9.3.1. "Caderno Moderna"
9.3.2. Ler Mais Alagoas
9.4. Progressão Parcial

10 - Acompanhamento 10.1. Acompanhamento da Gestão


10.2. Acompanhamento Financeiro
10.3. Acompanhamento Pedagógico
10.4. Acompanhamento das Ações Formativas

11 - Formação de
11.1. Jornada de trabalho do professor
Professores 11.2. Carga horária semanal do professor
11.3. Horário de Trabalho Pedagógico Individual - HTPI
11.4. Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo - HTPC
11.5. Organização do HTPC
11.6. Hora Atividade dos Professores de Educação Especial
1 - Objetivos Estratégicos
A Secretaria de Estado da Educação – SEDUC, órgão integrante da Administração Direta do Poder Executivo, tem como
finalidade assegurar o cumprimento constitucional da política educacional e a execução das políticas públicas relativas ao
desenvolvimento integrado, fortalecendo o sistema estadual de ensino e garantindo o funcionamento de suas unidades estaduais,
tem como áreas de atuação para o exercício de suas competências:

I - Educação básica, compreendendo a educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação
de jovens e adultos;
II- Educação profissional;
III- Educação especial;
IV- Formação dos profissionais da educação;

V- Assistência ao educando, mediante programas complementares de alimentação, saúde e transporte


escolar;

VI- Infraestrutura de ensino, compreendendo construções, equipamentos e manutenção da rede física de


escolas.

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Missão
Garantir a universalização do acesso à Educação de qualidade, a permanência do aluno na
escola e o fortalecimento do Sistema Estadual de Educação, de acordo com as políticas
nacionais e estaduais.

Nossa Visão de Longo Prazo


Ser reconhecida como a instituição condutora da transformação da Educação de Alagoas.

Nossos Valores Institucionais

Respeito aos direitos dos alunos;

Valorização da escola;

Compromisso com a educação de qualidade;

Valorização dos servidores pelo mérito;

Compartilhamento de responsabilidades;

Gestão democrática, descentralizada e integrada.

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2 - Aprendizagem Criativa
2.1. Temática 2023
"ESCOLA, ESPAÇO DE APRENDIZAGEM CRIATIVA: ENGAJAMENTO PARA

UM ENSINO INOVADOR NA REDE ESTADUAL DE ALAGOAS”


A Aprendizagem Criativa é uma abordagem que entende o aprender como um processo lúdico, criativo e prazeroso - com o
mesmo encantamento e curiosidade do "jardim de infância" - sem abrir mão da estrutura e autonomia como apoio à mediação
do professor. É aplicável em qualquer nível e modalidade de ensino, estimula a criatividade e a autonomia ao possibilitar a
"exploração" antes da "explicação".
Uma ótima exemplificação do processo é a metáfora da casa propposta por Seymour Paper e ampliada por Michel Resnick:

PISO BAIXO TETO ALTO PAREDES AMPLAS

Início fácil, com


Oportunizar a

Aperfeiçoamento

tecnologias mais
manipulação de

de seus projetos

simples que
diferentes materiais

com uso

permitam o uso
e tecnologias para

tecnologias e

imediato na
procura e exploração

soluções mais

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solução dos
de novos caminhos e

complexas.
problemas. soluções

Mais detalhes sobre a Metáfora da casa click no link abaixo:


https://youtu.be/Wilvp-_yEs4

2.2. Programa Escolas Criativas


O Programa Escolas Criativas é uma iniciativa da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, que
conta com o apoio da Fundação Lemann e da Fundação LEGO, para incentivar a adoção
sustentável de práticas mais criativas, mão na massa e relevantes para os alunos em escolas
públicas do Brasil.
As ações da RBAC fundamentam-se na aprendizagem criativa, uma abordagem pedagógica
que defende a criação de ambientes educacionais mais criativos, lúdicos e relevantes.

A SEDUC Alagoas participou do processo seletivo de 2022 e foi selecionada para participar desse projeto, estamos em

processo de seleção de escolas do fundamental I e II, em todo o estado alagoano.

Como o programa acontecerá na prática ?


Para haver a adoção sistêmica do programa na rede educacional de forma orgânica e sustentável devemos partir de ações que
priorizem a criação de Políticas Públicas, o Desenvolvimento profissional, o Engajamento comunitário e a transformação na
escola em um movimento cíclico e permanente onde cada parte envolvida contribua para o avanço das demais e no
desenvolvimento e formação do estudante como motivação e resultado.

POLÍTICAS PÚBLICAS E
DESENVOLVIMENTO

COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL
Políticas públicas, recursos,
Profissionais engajados,

condições de suporte e
qualificados e empoderados

reconhecimento de boas
para transformar o

práticas. ambiente escolar.

INTEGRAÇÃO CURRICULAR
ENGAJAMENTO

E ADOÇÃO EM SALA DE
COMUNITÁRIO
AULA Rede ativa e engajada

Experiência de aprendizado
promovendo oportunidades

criativa, mão na massa e


para disseminar a

prazerosa, engajando e
aprendizagem criativa e

desenvolvendo os estudantes. inspirar a comunidade.

Mais detalhes sobre o Programa click no link: https://youtu.be/VbMIY3lcdns

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2 - Aprendizagem Criativa
O que é aprendizagem criativa?

É uma filosofia de educação que incentiva o


desenvolvimento de crianças, jovens e adultos para que
pensem e tenham ações de forma criativa, colaborativa e
sistemática. A aprendizagem criativa foca em construir
ambientes de aprendizagem baseados em quatro pilares,
os 4Ps: projetos (projects), paixão (passion), pares
(peers) e pensar brincando (play).

Quando há mais dedicação em trabalhos ativos e que incentivam a criatividade, a aprendizagem terá mais
PROJETOS sucesso. Usando a imaginação, os alunos poderão desenvolver as habilidades que abrem caminhos para a

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criação de novos projetos, além de colocarem a mão na massa!

A parceria com os amigos e colegas é muito importante na aprendizagem criativa! Isso porque as
PARCERIAS interações permitem o compartilhamento de ideias e opiniões, o que desenvolve a colaboração através das
competências socioemocionais, como a empatia, quando alguém oferece ou recebe ajuda.

Trabalhar os assuntos em que os alunos têm interesse torna o engajamento no aprendizado maior e, com
PAIXÃO isso, há mais interação. O projeto fica mais atrativo e longe de ser uma obrigação. A mente vai trabalhar a
imaginação e fazer novas descobertas. O resultado de tudo isso? Mais conhecimento adquirido.

O aprendizado pode acontecer em uma brincadeira. As experiências mais divertidas para os alunos são
PENSAR
mais seguras, assim eles testarão limites e não terão medo de errar o quanto for preciso para chegar ao
BRINCANDO resultado que desejam. A construção, a exploração e a manipulação são etapas prazerosas enquanto as
crianças aprendem.

A aprendizagem criativa pode ser aplicada por meio de atividades que envolvem arte, corpo e tecnologia, para desenvolver as
competências socioemocionais. Essa metodologia começou por causa do trabalho do educador e matemático Seymour Papert,
mas foi aprimorada pela equipe do MIT Media Lab e do projeto Lifelong Kindergarten.
O estudo e a adaptação geraram um direcionamento para os educadores entenderem como ensinar uma pessoa a ser criativa.
Para isso, é fundamental que a educação seja divertida, colaborativa e criativa, tornando o aprendizado interessante e
participativo. O estudante ficará mais engajado para adquirir conhecimento e encontrar um tema que seja significativo para
ele, que será o princípio do aprendizado criativo.

Sobre a Aprendizagem Criativa

Proposta por Mitchel Resnick do grupo de pesquisa Lifelong Kindergarten, do MIT


Media Lab, a Aprendizagem Criativa é uma abordagem educacional que
baseia-se principalmente no construcionismo de Seymour Papert, também do
MIT, o qual se inspirou nas ideias de Piaget, Paulo Freire, Froebel e outros
grandes pensadores.

Acima de tudo, a aprendizagem criativa deve ser vista como um corpo teórico
vivo, em constante refinamento, que se fortalece tanto a partir de teorias já
aclamadas, quanto a partir de experiências e reflexões pessoais de educadores
do mundo todo.

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2 - Aprendizagem Criativa
O que é a espiral da aprendizagem criativa?
A aprendizagem criativa é um método que se conecta à era digital em que vivemos. Ela não se
prende apenas ao conteúdo, mas incentiva os estudantes a colocar em prática as formas que
imaginam para solucionar os problemas. O conhecimento é desenvolvido conforme o andar das
atividades é absorvido no chamado “processo em espiral”.
A espiral é o que dá vida ao pensamento criativo. Dia após dia, os estudantes passam por
etapas e aprimoram as suas habilidades conforme desenvolvem e testam ideais, experimentam
novos caminhos e escutam opiniões diferentes. As crianças se envolvem com essas etapas ao
brincar, contar e construir.
Ela funciona da seguinte forma:
... IMAGINE > CRIE > BRINQUE > COMPARTILHE > REFLITA > IMAGINE...
2.3. Possibilidades de Aprendizagem Criativa
Como iniciativa, a RBAC promove o compartilhamento de conhecimento, ideias e experiências por meio de eventos locais e
nacionais, programas de fellowship, formações, divulgação e tradução de materiais.
O Núcleo Estratégico de Inovação e Tecnologia na Educação - NEITE, participa e desenvolve ações:

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De Aprendizagem Criativa junto à rede como por exemplo: Scratch Day, Festival de Invenção e Criatividade -
FIC, Dia do Mão na Massa.
De eventos e formações promovidos para as redes e professores: Volta às aulas com Aprendizagem Criativa
(que prevê webinários e rodas de conversa); cursos gratuitos de Scratch para educadores e sobre Aprendizagem
Criativa e muito mais.

Para maiores detalhes click aqui

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2 - Aprendizagem Criativa
2.4. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
A SEDUC Alagoas estruturou a política educacional de Inovação e tecnologia na Educação para contribuir com a qualidade de
ensino das escolas estaduais. São diversos projetos que contribuem para a melhoria da qualidade de educação de Alagoas,
fundamentando uma política educacional de inovação. No sentido da sistematização de uma política educacional para
inovação, a Seduc tem ampliado os projetos de inovação e tecnologias nas escolas.

Núcleo Estratégico de Inovação e Tecnologia na Educação - NEITE

Instituído pela Portaria SEDUC Nº 4146/2017 para Política Estadual de Inovação e Tecnologia na Educação, [...] responsável
por implantar, gerenciar e operacionalizar, bem como fornecer subsídios para as discussões e análises do Comitê Gerencial.

O NEITE é composto pelos Técnicos de Inovação e Tecnologia na Educação (TITE), com atuação na Administração Central da
SEDUC, na Superintendência de Políticas Educacionais (SUPED) e nas treze Gerências Regionais de Educação (GERES).

Fazem parte do NEITE, o Centro de Ciências e Tecnologia na Educação/CECITE, o Observatório Astronomico Genival Leite
Lima/OAGLL, o Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologias para Professores/EFEX e mais recentemente, o
Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica/LabCrie.

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Os espaços de formação: escola, gere e administração central, são organizados de modo que Hora Atividade e
planejamento de formação são orientados a partir de premissas de qualidade.

Centro de Ciências e Tecnologias da Educação de Observatório e Planetário: Exposições,


Alagoas – CECITE: Espaço multidisciplinar com eventos, formação docente, aulas para
laboratórios de Ciências, Astronomia, Robótica e estudantes e atendimento ao público em
Matemática, visa a realização de projetos de formação geral, são exemplos de atividades que são
docente, apoio as unidades de ensino e atendimento aos desenvolvidas, em Astronomia, pelo
estudantes nos mais variados projetos, por meio de uma observatório que fica no Centro de Ciências
concepção “mão na massa”. O espaço fica no CEPA e e Tecnologias da Educação de Alagoas –
encontra-se em adequação para melhor atendimento. CECITE – CEPA

Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica - é uma iniciativa do Ministério da Educação
(MEC) e será conduzido em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Rede
Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação (RBCIP). espaços dinâmicos dedicados à formação continuada
de professores da rede pública de ensino em inovação e tecnologias educacionais, onde eles se sintam à
vontade para experimentar novos equipamentos, plataformas digitais e metodologias inovadoras que permitam
desenvolver as competências necessárias para promover o ensino e a aprendizagem condizentes com as
habilidades e competências requeridas para uma educação inclusiva e de excelência.

Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologias para Professores - EfeX: Desenvolvido pelo


Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), o EfeX é um conceito de espaço físico para
criação e compartilhamento de práticas pedagógicas inovadoras mediadas pela tecnologia. Voltado
a professores das escolas públicas, o EfeX foi concebido para funcionar integrado às redes de ensino,
permitindo ao professor experimentar tecnologias educacionais, ao mesmo tempo em que aprimora
suas competências no uso de instrumentos e recursos digitais.
O CIEB desenvolveu as Diretrizes de Formação de Professores para o Uso de Tecnologias, que
norteiam as trilhas formativas do EFEX e abrangem as seguintes temáticas:

PLATAFORMAS PROGRAMAÇÃO
ADAPTATIVAS AVALIAÇÃO E ROBÓTICA GAMIFICAÇÃO CURADORIA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
COLABORAÇÃO EDUCOMUNICAÇÃO ABP ENSINO CULTURA
HÍBRIDO MAKER

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2 - Aprendizagem Criativa
Metodologias Ativas

São estratégias de ensino desenvolvidas para incentivar os alunos


METODOLOGIAS ATIVAS
para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de
problemas e situações reais.

A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de


aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela
construção de conhecimento.

Projetos e Programas

É uma política do governo federal em parceria com os estados e municípios para apoiar a universalização do acesso à
Programa Educação
internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
Conectada
Guia Edutec: Diagnóstico Aplicados em 2016, 2017-2018, 2019 e 2022.

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Programa Escolas Com o apoio da RBAC, da Fundação Lemann e do MIT Media Lab, o programa está voltados para a implantação das
Criativa práticas de aprendizagem criativa na rede.

Plataforma Plataforma colaborativa de objetos digitais de aprendizagem disponíveis para toda comunidade de Alagoas, permitindo
EscolaWeb a sugestão e curadoria de novos conteúdos.

Projeto Robótica nas Implantado em 2016, funciona com atividades interdisciplinares a partir de projeto integrador e a partir de 2022, em
escolas oferta eletiva.

Com foco na maior participação de meninas (Mulheres nas Ciências): o projeto conta com o apoio do Programa STEM
Projeto STEAM
TechCamp Brasil é uma iniciativa da Embaixada dos EUA no Brasil.

Adesão à Rede de A Rede é resultado de uma parceria entre o MEC e a Ufal, que permitirá a produção e compartilhamento de materiais,
Inovação para a bem como a ampliação da oferta de itinerários formativos. Objetiva promover a implementação de estratégias de
Educação Híbrida educação híbrida e contribuir para a implementação do Novo Ensino Médio de forma equitativa e efetiva.

Recomposição da aprendizagem

A recomposição de aprendizagens é um conjunto


de ações que possui como finalidade a intervenção
pedagógica e educacional - o principal objetivo é
recuperar as oportunidades de construção de
conhecimento dos alunos.
O uso da plataforma adaptativa Khan Academy vem
de encontro a esta necessidade pois permite, de
forma simples e integrada ao Google Sala de Aula,
a proposição, personalização e acompanhamento
do desenvolvimento dos estudantes.

khan academy - plataforma adaptativa

Cada passo que o estudante dá na plataforma é


registrado e, na medida em que ele vai avançando
em seu aprendizado, o plano de estudos vai se
ajustando às suas novas necessidades.

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3 - Jornada Pedagógica

2023 Uma etapa anterior é discutirmos as perspectivas para a etapa que se inicia. Para isso, é preciso compreender
2023 como a continuidade de um novo processo na educação, que teve início com o suspensão das aulas
presenciais, seguido de uma retomada gradativa dessas aulas, articulado com o Continuum Curricular
2020/2021, acompanhado de estratégias de recomposição das aprendizagens para mitigar os danos causados
pela pandemia. Embora a suspensão das aulas presenciais e o retorno gradativo e o Continuum Curricular não
configurem como realidade atual, as ações de recomposição continuam presentes nas unidades de ensino em
2023, em decorrência dos processos anteriores. Nesse contexto, é importante destacar que o trabalho
colaborativo é o que dará suporte ao desenvolvimento das ações pedagógicas que apoiarão os estudantes
alagoanos em suas aprendizagens.

A Portaria de Organização do Ano Letivo 2023 institui que 3 dias sejam destinados à Jornada Pedagógica na Rede Estadual
de Alagoas. Nesse momento, a ser mediado pela equipe gestora da escola, as escolas estão convidadas a refletir, com os seus
pares, acerca de temas relacionados:
ao acolhimento

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à Portaria de Organização do Ano Letivo
ao caderno de Diretrizes de 2023
à avaliação e análise dos dados de aprendizagens
ao planejamento pedagógico
ao Plano de Ação da unidade escolar

Seguindo as orientações apresentadas pela Portaria de Organização do Ano Letivo, ainda, propomos sugestão de
organização na agenda:

1º DIA 2º DIA 3º DIA

Acolhimento
Portaria de Organização do Avaliação e reflexão sobre os dados da escola
Reflexão sobre as ações
Ano Letivo Planejamento Pedagógico
implementadas em 2022
Caderno de Diretrizes para Planejando a 1ª semana e o acolhimento dos
Plano de Ação
2023 estudantes

3.1. Acolhimento
O acolhimento está relacionado ao ato de receber, escutar, despertar o sentimento de pertencimento, ou seja, é uma
ação pedagógica que tem o objetivo de integrar o sujeito, criando uma conexão com ele, por isso é fundamental,
nesse momento de retomada, que sejam organizadas ações de acolhimento para os servidores que, posteriormente,
devem planejar o acolhimento dos estudantes.
Nesse sentido, criar espaços de acolhimento no ambiente escolar pode permitir aos estudantes, corpo docente,
família e demais membros da comunidade escolar a lidar com emoções e sentimentos de uma maneira mais suave.
Então, por onde começar? Antes de pensar no planejamento pedagógico e no acolhimento dos estudantes, é
importante atentar para o bem-estar dos professores.

Construindo um ambiente acolhedor


É importante promover um envolvimento tranquilizador para com os professores a fim de que os mesmos sintam-se
seguros e, assim, estejam mais confortáveis para atuar nas demandas pedagógicas. Destaca-se que as ações de
acolhimento devem ser incorporadas à rotina escolar ao longo do ano.
Para isso, a equipe gestora pode selecionar algumas estratégias de acolhimento, que considerem o público-alvo e
assim possam contemplar algumas ações simples como: atendimento atencioso, rodas de conversas ou espaços
planejados para que os professores se sintam à vontade para expor seus sentimentos e, consequentemente, integrem-
se à equipe.

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3 - Jornada Pedagógica

3.2. Portaria de organização do ano letivo e caderno de diretrizes para 2023


Esse documento se constitui como ponto base legal para organização do ano letivo nas unidades de ensino,
com apontamentos sobre calendário escolar, temática para nortear as práticas pedagógicas e demais
orientações fundamentais em relação ao que deve ser desenvolvido nas diferentes etapas da educação
básica. Dúvidas e questões relacionadas à Portaria serão o ponto inicial para o estudo do Caderno das
Diretrizes mais detalhadas para ano letivo de 2023.
Nesse momento, é fundamental que todas as escolas da rede discutam a temática do ano letivo. Para início da
discussão, a equipe pode partir do capítulo 2 deste caderno, intitulado "Aprendizagem Criativa", assim como
utilizar dicas e materiais de apoio apresentados em:

https://aprendizagemcriativa.org/volta-aulas-com-aprendizagem-criativa

As escolas que ofertam a etapa Ensino Médio, de posse do registro de escuta dos estudantes, das Matrizes

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Curriculares e do Catálogo de Itinerários Formativos, devem definir a oferta de Itinerários Formativos da
unidade. A socialização e a validação dessa oferta, junto à equipe de professores, podem ocorrer no primeiro
de dia Jornada Pedagógica. Para aprofundamento dessa discussão, a equipe deve considerar a discussão
apresentada no capítulo 4 deste caderno.
O item 6.3., disposto no capítulo 6, apresenta atualizações acerca da Educação de Jovens e Adultos. Também
é fundamental que as escolas que trabalham com a EJA organizem uma discussão nesse momento dedicado à
organização pedagógica.
Acesse a calendário, matrizes e documentos de orientação em:

https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

3.3. Avaliação, ENEM e reflexão sobre dados da escola


Esse momento deve ser organizado na perspectiva de que a escola discuta sobre os dados da escola, a fim de que a
reflexão embase o planejamento de ações e metas para o desenvolvimento da aprendizagem. Nesse sentido, é
preciso discutir avaliação e como ela é realizada nos ambientes escolares para compreender quais os caminhos e
desafios são necessários trilhar para atualizar a compreensão sobre avaliação e sua execução.
Para fomentar esse momento, cada escola recebeu um boletim da SEDUC, com alguns de seus dados. Esses dados
estão relacionados, especificamente, ao SAEB, ao SAVEAL, à avaliação diagnóstica realizada com os estudantes de
Ensino Médio e aos simulados Aprova Brasil. De posse desse material, é possível verificar avanços e pontos de atenção
a serem trabalhados no ano de 2023.
Nesse momento, também é necessário mobilizar para:
o SAEB, com período de aplicação das provas de 23 de outubro e 03 de novembro.
o SAVEAL, Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas, com provas a serem aplicadas em 2023, em datas a
serem definidas.
o ENEM, a ocorrer nos dias 05 e 12 de novembro. Nesse sentido, é importante atentar para as ações na
perspectiva do Programa Foca no ENEM e incluí-las no planejamento da unidade de ensino.
Por fim, destaca-se que é imprescindível refletir sobre os dados de fluxo e proficiência, assim como destacar a
importância da mobilização para participação dos estudantes em cada etapa do processo avaliativo. Todo esse
material deve ser contemplado no planejamento de 2023.

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3 - Jornada Pedagógica
3.4. Planejamento pedagógico: planejando a 1ª semana e o acolhimento dos estudantes
A partir da apropriação dos dados, obtidos por meio de avaliações externas e das avaliações
realizadas pela rede estadual de Alagoas, a equipe pedagógica deve iniciar o planejamento
pedagógico semestral. O Planejamento Pedagógico é parte integrante e orientadora dos trabalhos e
das atividades que serão desenvolvidos durante o ano letivo. Ele deve ser organizado pelos docentes
das unidades escolares, considerando as diversas ofertas de forma a priorizar a qualidade do ensino,
bem como as múltiplas formas de acolhimento aos educandos.
Para essa atividade, sugere-se a organização de grupos por área do conhecimento para a elaboração
do planejamento semestral. Nesse momento, é fundamental considerar as competências e habilidades
do Referencial Curricular de Alagoas, para as etapas Infantil e Fundamental, e a Base Nacional Comum
Curricular, além dos temas transversais apontados nesses documentos.
Portanto, é necessário que, no planejamento pedagógico, seja contemplado o desenvolvimento de
competências digitais, que envolvam a proatividade, a criatividade, a autonomia, a socialização, a
cooperação, a concentração e a capacidade de resolver problemas. Os recursos didáticos (jogos e
animações, avaliação online, livros digitais, redes sociais) que respeitam a diversidade do público
estudantil podem ser disponibilizados em vários formatos: material impresso, material audiovisual e
material multimídia.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Assim, planejar de forma colaborativa e cooperativa passa ser uma prática necessária e contribui para
promover a interdisciplinaridade quando um mesmo objeto de aprendizagem pode ser visto por olhares
diferentes, buscando identificar correlações entre os componentes curriculares.

3.5. Reflexão sobre as ações implementadas em 2022


Para iniciar um novo ciclo, faz-se necessário refletir sobre o anterior, verificando desafios e oportunidades.

Essa atividade, que pode ser desenvolvida por meio de um painel de reflexões, por exemplo, tem o objetivo de
indicar o nível de alcance do que foi realizado em 2022 com relação ao que foi planejado, com foco nos
resultados das aprendizagens.

Nessa atividade, algumas perguntas norteadoras, tais como:


O que planejamos, o que realizamos em 2022?
O que deu certo e traremos para 2023?
Quais as dimensões que devem ser contempladas?
Quais são as ações prioritárias?
Que outras ações precisaremos implementar?

A proposta é que esse momento proporcione uma melhor compreensão dos acertos e de como melhorar ainda mais
as ações, mas também, dos erros e das possibilidades de aperfeiçoamento das atividades que não tiveram os
resultados almejados.

3.6. Plano de Ação


O último momento destinado à Jornada Pedagógica será reservado para o planejamento da unidade de ensino
para 2023, baseados nas diretrizes e orientações recebidas. A proposta é estabelecer um espaço para que a
escola construa um planejamento coletivo para o cumprimento de suas metas. Para isso é necessário analisar os
dados, planejar com o objetivo de fortalecer o vínculo do estudantes com a escola e garantir os direitos de
aprendizagem desse público. Mais que um momento burocrático, deve ser compreendido como uma construção
coletiva de eixo condutor dos diferentes atores da unidade escolar.
Para isso, a equipe precisa consultar informações dessa unidade, tais como: estudantes matriculados, turmas, perfil
desses estudantes, resultados das últimas avaliações internas e externas, entre outros. Nesse momento os
profissionais da escola farão o estudo desses dados para elaboração do Plano de Ação da unidade, contemplando
as diferentes dimensões propostas. Nesse contexto, é importante refletir, entre outras questões, sobre as estratégia
para busca ativa, para engajamento e atendimento de todos os estudantes, para o desenvolvimento e a garantia
das aprendizagens.
Nesse sentido, as ações devem ser projetadas para composição do plano de ação da escola, conforme orientações
e modelo recebidos pela Superintendência de Rede. Esse momento, então, inicia a construção desse plano.

14
4 - Ensino Médio
4.1 Documento Curricular Referencial de Alagoas (ReCAL)
O ReCAL de todas as etapas da Educação Básica foi aprovado pelo
Conselho Estadual de Alagoas, e os documentos estão disponíveis na
plataforma Escola Web por meio do link disponibilizado abaixo:

https://escolaweb.educacao.al.gov.br/

A partir de sua implantação, o olhar para o currículo ao longo do ano letivo deve conduzir a consolidação de práticas pedagógicas
planejadas a partir do Referencial Curricular de Alagoas e aportes teóricos que subsidiem o planejamento integrado entre os
campos do conhecimento e componentes de uma determinada área do conhecimento.
Neste sentido, o desafio tem início na “gestão integrada” visando a coordenação de várias categorias (gestão, administrativo,
pedagógico) e profissionais (gestores, professores, técnicos), uma vez que a cerne do Projeto Político Pedagógico é o trabalho
coletivo e colaborativo, desde sua construção até o desenvolvimento nas ações cotidianas.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Assim, utilize o PPP como fonte para as formações de todos os
profissionais, iniciando na semana pedagógica, com as seguintes
proposições:

I - Apresentação dos pontos principais, metas e plano de formação integrantes do documento para
serem utilizados como fio condutor da práticas de todos os profissionais, principalmente, da
intencionalidade pedagógica do ano em curso;

II - Fortalecimento do plano de ação vinculado ao PPP para orientar os planos de atividade no


âmbito da Educação Infantil e os planos e projetos das áreas do conhecimento no âmbito do Ensino
Fundamental e Ensino Médio;

III - Mobilização das ações a partir dos princípios do currículo integrado, estudado no Curso de
Formação para Gestores realizado pela SEDUC em 2022. O material de estudo está disponível na
plataforma https://classroom.google.com/u/2/c/NDg3OTY0MDUyNjg0 para os gestores e
professores participantes do curso.

O Currículo Integrado

Deve ser orientado pela visão de interdependência entre as atividades e experiências desenvolvidas na Educação Infantil,
componentes curriculares, anos/séries escolares e etapas do Ensino Fundamental e Ensino Médio que se busca integrar. Pode-se
questionar, o que os aproxima? Quais as evidências dos pontos comuns? Tornando-os solidários, fazendo-os aderir em conjunto nos
planos de aula, projeto, semanários, mas sem fundi-los.

No planejamento dos professores, assume destaque a identificação dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento (EI), das
competências e habilidades congruentes entre os campos do conhecimento, componentes curriculares (EF/EM) com uma dinâmica
na qual esses elementos interdependentes são colocados em movimento e coordenados entre si. Assim, é de extrema relevância o
planejamento por área do conhecimento.

15
4 - Ensino Médio
4.2. Novo Ensino Médio
A implementação da nova arquitetura curricular, para a Rede Pública Estadual, foi definida e já foi iniciada no ano letivo de
2022. As decisões referentes ao modelo a ser adotado teve como base escutas realizadas desde 2019 em encontros formativos
com gestores, técnicos das Gerências Regionais e professores, bem como com estudantes, em reuniões, fóruns e por meio de
pesquisa online. Dessa forma, dentre os diversos arranjos possíveis, ficou definido que a implementação ocorrerá de forma
gradual, iniciando pelo 1º ano, em 2022, e ampliando para o 2º ano, em 2023, e 3º ano em 2024.
O currículo do Ensino Médio passa a ser composto por duas partes indissociáveis: Formação Geral Básica e Itinerários Formativos.

4.2.1. Formação Geral Básica (FGB)


A Formação Geral Básica é o conjunto de competências e habilidades das áreas de conhecimento previstas na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), que aprofundam e consolidam as aprendizagens essenciais do ensino fundamental, a compreensão
de problemas complexos e a reflexão sobre soluções para eles.

A FGB é composta dos 12 componentes, distribuídos em 4 Áreas do Conhecimento:


Linguagens e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte e Educação Física)
Matemática e suas Tecnologias (Matemática)

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Física, Química e Biologia)
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (Filosofia, Sociologia, Geografia e História)

A carga horária da Formação Geral Básica deve ter, no máximo 1800 nas 3 séries, estando
distribuída, em todas as unidades de ensino, da seguinte forma:
1ª série do ensino médio: 800 horas anuais;
2ª série do ensino médio: 600 horas anuais;
3ª série do ensino médio: 400 horas anuais.

4.2.2. Itinerários Formativos


O Itinerário Formativo é definido como um conjunto de unidades curriculares que possibilitam ao estudante aprofundar ou
ampliar seus conhecimentos e se preparar para o prosseguimento de estudos ou para o mundo do trabalho. Podem ser simples
(apenas uma Área do Conhecimento ou Formação Técnica e Profissional) ou integrados (duas ou mais Áreas do Conhecimento ou
da Área do Conhecimento com a Formação técnica e Profissional).
Na 1ª série do Ensino Médio, o Itinerário Formativo é iniciado com o Projeto de Vida e Eletivas.

As eletivas estão organizadas a partir de um catálogo de eletivas da Rede Pública Estadual.

Acesse o Catálogo de Eletivas do ano letivo de 2023:


https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

Itinerário Formativo nas Itinerário Formativo nas


Escolas de Tempo Escolas de Tempo
Itinerário Formativo nas Itinerário Formativo nas Integral em 2022 Integral em 2023
Escolas de Tempo Parcial Escolas de Tempo Parcial
em 2022 em 2023
Oferta Eletiva
Oferta Eletiva
Projeto de Vida
Projeto de Vida
Projeto Integrador
Oferta Eletiva Projeto Integrador
Oferta Eletiva Estudo Orientado
Projeto de Vida Estudo Orientado
Projeto de Vida Clube Juvenil
Trilhas de Aprofundamentos Clube Juvenil
Oficinas Trilhas de
Oficinas Laboratórios
Aprofundamentos
Oficinas
Laboratórios
Oficinas

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4 - Ensino Médio

A carga horária destinada aos Itinerários Formativos


deve ter, no mínimo 1200 nas 3 séries, estando
distribuída da seguinte forma:

ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL


ESCOLAS DE TEMPO PARCIAL
- 7 HORAS - - 9 HORAS -

1ª série do ensino médio: 200 horas anuais; 1ª série do ensino médio: 600 horas anuais; 1ª série do ensino médio: 1000 horas anuais;
2ª série do ensino médio: 400 horas anuais; 2ª série do ensino médio: 800 horas anuais; 2ª série do ensino médio: 1200 horas anuais;
3ª série do ensino médio: 600 horas anuais. 3ª série do ensino médio: 1000 horas anuais. 3ª série do ensino médio: 1400 horas anuais.

Avançando na implementação, iniciada na 1ª série em 2022, a 2ª série passa a cursar a(s) Trilha(a) de Aprofundamentos no
Itinerário Formativo.
Cada Trilha de Aprofundamento integra 2 Áreas do Conhecimento, sendo formada por 4 módulos com componentes curriculares
desenvolvidos na 2ª e 3ª séries, em 2023 e 2024, respectivamente.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Trilha de Aprofundamentos - Uma das partes que compõem o Itinerário Formativo, sendo um conjunto de situações e atividades
que aprofundam e ampliar as aprendizagens, ocupando a maior parte da carga horária dos IFs. As possibilidades de arranjos
ofertadas pela Rede integram 2 Áreas do Conhecimento ou trazem a Formação Técnica e Profissional (cursos técnicos e cursos
FIC).

Acesse as Trilhas de Aprofundamentos do ano letivo de 2023:


https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

deve

A escolha do(s) das Trilhas de Aprofundamentos do itinerário formativo pelo/a estudante deve
contemplar as etapas de escutas, comunicação e mobilização e, por fim, a manifestação de interesse.

As escutas realizadas durante o ano letivo são muito importantes, pois permitem conhecer
1 - Escutas as percepções, expectativas e interesses da comunidade escolar e, dessa forma, avaliar
aspectos fundamentais da implementação.

Esta etapa compreende a divulgação do Catálogo das Trilhas de Aprofundamentos e do


Catálogo de Eletivas da Rede Pública Estadual. A SEDUC sugere Atividades de Reflexão
2 - Comunicação e

(no componente Projeto de Vida na 1ª série) e a Feira das Trilhas de Aprofundamentos (no
Mobilização
final da 1ª série ou no início do ano letivo da 2ª série), como estratégias para que todos
conheçam os itinerários formativos.

Após conhecer o Catálogo, os/as estudantes devem responder o formulário de


3 - Manifestação

Manifestação de Interesse disponibilizado pela SEDUC, onde indicará as suas preferências


de Interesse
dentre as possibilidades do Catálogo.

A definição da oferta das Trilhas de Aprofundamentos


que cada unidade de ensino irá ofertar em 2023 deverá
considerar:
o Catálogo das Trilhas de Aprofundamentos da SEDUC;
a Capacidade de oferta (corpo docente, etc).
a Manifestação de Interesse do/a estudante;
Veja as orientações para a definição da oferta das Trilhas de Aprofundamentos por cada unidade de ensino no link:

https://docs.google.com/document/d/174agEnmyIkoxK3sCwpUhnkA0NdH0YKvvX96pTozhPlQ/edit?usp=sharing

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4 - Ensino Médio
4.2.3. Projeto de Vida

Trabalho pedagógico intencional e estruturado que tem como objetivo primordial desenvolver a capacidade do estudante de
dar sentido à sua existência.
É componente curricular desenvolvido ao longo dos três anos de Ensino Médio. Para apoiar as práticas pedagógicas nesse
componente, a Rede Pública Estadual conta com material para cada série: Guia do Educador, Material do Estudante e Revista
da Família:

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

Guia do Educador Guia do Educador Guia do Educador


Material do Estudante Material do Estudante Material do Estudante
Revista da Família Revista da Família Revista da Família

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Acesse os Cadernos de Projeto de Vida:
https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

4.2.4. Itinerários Formativos - Programa Alagoano de Ensino Integral - pALei

Projeto Orientador de Turma


O Projeto Orientador de Turma (PrOTurma) é um projeto de gestão de sala de aula
baseado no acompanhamento mais intenso dos estudantes, fortalecendo a
aprendizagem. Para efetivação do PrOTurma é necessário que a Unidade de Ensino
disponha de um docente por turma.
Este docente será o mediador das relações e das aprendizagens, identificando e
desenvolvendo as potencialidades e experiências dos estudantes de forma que os
tornem protagonistas de sua própria história. Recentemente, o Programa Professor
Mentor, Meu Projeto de Vida como fortalecimento das ações do Projeto de Vida.

Págs 28-69
Para mais detalhes clique aqui

Projetos Integradores

Os Projetos Integradores têm como proposta inicial identificar situações problemas no


território, ou seja, localizar e reconhecer contextos que causem experiências negativas
para seus envolvidos, como por exemplo agridam aos direitos humanos ou prejudiquem
o meio ambiente e que ainda sejam passíveis de estratégias educacionais para sua
resolução. No desenvolvimento desses projetos, a aprendizagem é um processo que tem
os estudantes como protagonistas e o professor como orientador auxiliando os
estudantes na elaboração de hipóteses e caminhos possíveis, no desenvolvimento de
argumentação para as problematizações e na busca e compartilhamento de soluções
múltiplas, criativas, autorais e coletivas para as situações propostas nos PIs.

As aprendizagens propostas nos PIs estão relacionadas aos métodos de investigação e, para isso, são sugeridas experiências que
envolvem a observação, a coleta, a seleção de informações, a elaboração de soluções e a reflexão sobre os resultados obtidos,
que são caminhos para explorar os temas com criatividade e autonomia, além de propor o exercício da empatia e do diálogo.
Págs 70-91
Para mais detalhes clique aqui

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4 - Ensino Médio
Oferta Eletiva
A Oferta Eletiva emerge na garantia da inclusão de componentes que atendam às necessidades e
interesses dos estudantes, ultrapassando o limite dos objetos do conhecimento já institucionalizados
nos componentes curriculares e áreas do conhecimento. Isso exige atividades interativas e
integradoras dos conhecimentos e saberes, uma vez que possibilita a integração curricular, evitando a
sua fragmentação em salas multisseriadas.
A ideia é incentivar o protagonismo juvenil, de modo que os estudantes sejam ativos, corresponsáveis
na escolha daquilo que pretendem estudar, com o objetivo de proporcionar maiores possibilidades de
aprendizagem significativa, ampliando conhecimentos a partir de experiências pedagógicas
múltiplas, inovadoras, dinâmicas e criativas, atribuindo-se novos sentidos para a vivência escolar
atendendo ao projeto de vida do estudante. Em suma, a eletiva pode ser relacionada ao itinerário do
Págs 92-107 estudante, aprofundando a sua área de conhecimento; à Formação Geral, relacionada às
Para mais detalhes clique aqui competências gerais da BNCC; a outro itinerário, que não o do estudante; ou formação profissional.

Estudos Orientados
O Estudo Orientado integra a Parte Flexível do Currículo do pALei tendo como um dos maiores

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


propósitos o de aprender a fazer, um lugar em que se desenvolve habilidades e incentiva-se o
aparecimento de novas competências. Alinha-se em três pilares: querer estudar, poder estudar e
saber estudar.
Para isso, os Estudos Orientados contarão com a presença do docente, como o
facilitador/orientador neste processo, cuja essência é a construção da autonomia de seus
estudantes, o desenvolvimento de técnicas e hábitos de estudo, organização do material e
responsabilidade pessoal. Destaca-se, ainda, que esta ação não poderá, em hipótese alguma, ser
Págs 108-117 tratada como aula de reforço, visando a excelência acadêmica e consequentemente a construção
Para mais detalhes clique aqui
do Seu Projeto de Vida de forma autônoma.

Clube Juvenil
Os clubes desempenham um papel relevante nos projetos das escolas integrais brasileiras,
relacionados tanto à perspectiva do desenvolvimento do protagonismo juvenil quanto à construção dos
projetos de vida por parte dos estudantes – dimensões ligadas entre si.
No pALei é uma das atividades que compõem o IF que possibilita a criação de tempo e espaço para
que a condição juvenil seja traduzida em diversas atividades relacionadas aos seus interesses,
necessidades e experiências. Tem como objetivo promover a autonomia, o trabalho em equipe, a auto-
organização e tomadas de decisões, entre outras.
Págs 118-127
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Laboratórios de Comunicação, Iniciativas Sociais e Prática Experimentais

Espaços de aprendizagem mão na massa, ampliando habilidades e competências além da BNCC.


Esta proposta aborda a importância da existência de espaços físicos apropriados para a prática de
aulas dinâmicas e com relevância para os estudantes. Nessa concepção de trabalho pedagógico
não se pretende apenas abordar o espaço físico, mas ampliar a discussão sobre a disponibilidade de
materiais e equipamentos adequados, para que esse espaço seja utilizado como um local de efetivo
aprendizado. As atividades propõem a busca pela reflexão, resolução de problemas, espaços de
Aprendizagens Criativas que abordam temas transversais, com temas que percorrem diversas áreas
do conhecimento e que, paralelamente, colaboram para a educação socioemocional, com foco na
formação do estudante e sua preparação para vida em sociedade e para o mundo do trabalho.

Para mais detalhes clique aqui

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4 - Ensino Médio
4.2.5 Itinerários Formativos de Formação Técnica e Profissional

Aprofunda ou amplia os conhecimentos na Formação Técnica e Profissional. Podem ser:

Qualificação Profissional Técnica de Nível Médio (curso técnico) - cursos que se integram à organização
curricular de uma Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio, compondo o itinerário formativo.

Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio


São cursos que habilitam para o exercício profissional em função reconhecida pelo mercado de trabalho
(Classificação Brasileira de Ocupações – CBO), a partir do desenvolvimento de saberes e competências profissionais
fundamentados em bases científicas e tecnológicas Promovem o desenvolvimento da capacidade de aprender e
empregar novas técnicas e tecnologias no trabalho e compreender os processos de melhoria contínua nos setores de
produção e serviços.

Especialização Técnica de Nível Médio


São cursos voltados aos concluintes dos cursos técnicos, com carga horaria mínima de 25% da respectiva habilitação
profissional que compõe o correspondente itinerário formativo da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


O Itinerário de Formação Técnica e Profissional estará organizado a partir dos
seguintes eixos:
Gestão e Negócios

Recursos Naturais

Informação e Comunicação

Turismo, Hospitalidade e Lazer

Produção Cultural e Design

Acesse as Matrizes Curriculares do ano letivo de 2023 do itinerário de Formação Técnica e Profissional:
https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

4.3. Matrizes Curriculares 2023

Para o Ensino Médio, no ano letivo de 2023, tem-se:

O Ensino Médio Diurno de tempo parcial permanece organizado em 3 (três) séries anuais, com mínimo 1.000 horas
anuais e carga horária mínima total de 3.000 horas, em consonância com a Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.

O Ensino Médio Noturno, inclusive o Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, passa a ser organizado em 3 (três)
anos, com carga horária total de 3.000 horas, para os estudantes ingressantes no ano letivo de 2023.

A carga horária, do Ensino Médio Noturno, passa a contemplar até 30% (trinta por cento) das atividades na modalidade
a distância (Art. 17 § 15 da Resolução nº 3 de 21 de novembro de 2018), com acompanhamento de docente, que
desenvolverá estratégias interdisciplinares orientadas em documento específico.

Os estudantes que ingressaram no Ensino Médio Noturno no ano letivo anterior ao ano letivo de 2023, continuarão na
organização em que ingressaram, organizado em 4 (quatro) anos, com carga horária total de 3.000 horas
Os componentes que compõem as Trilhas de Aprofundamentos constam no anexo das Matrizes Curriculares.

Acesse as Matrizes Curriculares do ano letivo de 2023 e Anexo (Trilhas de Aprofundamento)


https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

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5- ENEM
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma prova de admissão à
educação superior, realizada pelo INEP, e faz uma retomada das
aprendizagens da etapa Ensino Médio. A avaliação foi criada em 1998,
inicialmente para diagnosticar a qualidade da Educação brasileira, e
começou a ser considerada para o ingresso às universidades públicas em
2004. Atualmente se configura como principal instrumento de acesso às
instituições públicas de ensino superior no país, assim como possibilita
recebimento de bolsas de estudos em universidades particulares, por meio
do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para
Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

5.1. Foca no ENEM: orientações e engajamento

A rede estadual de Alagoas oferta a etapa Ensino Médio para cerca de 30.000 estudantes alagoanos, ou seja, têm-se
considerável público apto a participar do ENEM anualmente. Para mobilizar e preparar esses estudantes egressos da educação

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


básica, o Programa Foca no Enem foi instituído em 2020 e, em 2023, as ações continuarão e serão organizadas em 5 etapas:
pré-inscrição, inscrição, preparação, intensivo pré-prova e resultados.

1ª Pré-inscrição

FOCA

2ª Inscrição

NO

ENEM 3ª Preparação

Intensivo

4ª pré-prova

5ª Resultados

1ª ETAPA - Pré-Inscrição
A pré-inscrição é a etapa que inicia com o ano letivo, período em que a escola apresentará a proposta do Programa Foca no
ENEM ao estudante, assim como a necessidade da documentação necessária à inscrição. Também, nessa etapa, a escola deve
se preparar para o dia de imersão ENEM. Nesse dia, é necessário que haja uma exposição sobre o ENEM no pátio da escola,
apresentando formato, objetivo, documentos necessários à inscrição de forma a mobilizar os estudantes para a participação no
exame. Podem ser abordadas, ainda, questões tais como:
O que é o Enem?
Qual sua importância para o desenvolvimento profissional e financeiro?
Quais os cursos oferecidos pelas universidades?
Qual será a minha aptidão profissional? Como se inscrever?
Quais universidades alagoanas utilizam a nota do ENEM como forma de acesso para cursos superiores?
Qual a diferença entre SISU e PROUNI, com ênfase nas diferentes possibilidades de bolsas no PROUNI (Integral e Parcial)?
O que dizem os estudantes que ingressaram no ensino superior por meio do ENEM?

Acesse sugestão de teste vocacional gratuito que pode ser aplicado com os estudantes durante a
discussão sobre aptidão profissional:
https://www.educamaisbrasil.com.br/teste/vocacional

21
5- ENEM
2ª ETAPA - Inscrição

Na etapa de inscrição, é fundamental


17 que haja uma semana dedicada às inscrições dos
estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Para isso, podem ser organizados momentos de
conversa com os estudantes e horários para inscrição da turma, com o apoio da equipe da
escola. Nesse processo, os representantes de turma e os estudantes gremistas podem auxiliar
a equipe pedagógica. É importante, ainda, que a escola informe, em instrumento fornecido
pela SEDUC, a lista de todos estudantes inscritos no ENEM 2023.

3ª ETAPA - Preparação
A preparação deve ser contemplada desde o início do ano letivo no planejamento dos professores, com atividades relacionadas
ao ENEM, tais como: aulões, simulados, resolução de questões de exames anteriores, produção de redação, devolutivas
pedagógicas, momentos tira dúvidas, jogos etc. De forma complementar às ações desenvolvidas pela escola, a SEDUC apoiará o
processo de preparação dos estudantes com:

MATERIAL DE REFERÊNCIA: material didático baseado na matriz de referência do ENEM e nas


unidades do conhecimento mais relevantes para o exame, dentro das áreas de conhecimento, com
apresentação de questões de provas anteriores.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


SIMULADOS: avaliação ofertada de forma online, nos meses de ABRIL e AGOSTO,
com questões de múltipla escolha e devolutivas online, a ser aplicada pelas
escolas. Os estudantes destaques no simulado serão certificados pela SEDUC.

FOCA NA REDAÇÃO NOTA 1000: concurso de Redação para os alunos da rede estadual de educação.
Nessa ação, todos estudantes das 3ª série do ensino médio produzem o texto, a partir de uma
proposta de redação elaborada pela SEDUC.
Com base na matriz de referência da prova de redação, os professores selecionam um texto para
representar a escolha e enviam à GERE.
A GERE seleciona um texto por regional e envia à SEDUC Central. A SEDUC seleciona os textos nota
1.000, certifica os estudantes e os divulga para a rede.

#SeLiganoEnem: PodCast e Videolog voltados para assuntos mais


relevantes e recorrentes no Enem, com dicas curtas.

AULÕES ONLINE: aulões transmitidos quinzenalmente via


Youtube SEDUC, abordando as 4 áreas do conhecimento. O
link das aulas será divulgado posteriormente com as escolas.

4ª ETAPA - Intensivo pré-prova


Com a proximidade do exame, também é importante que as ações de preparação e de mobilização sejam intensificadas. Isso
deve ocorrer na etapa denominada Intensivo pré-ENEM, na quinzena anterior à primeira prova do ENEM, sendo a primeira
semana relacionada ao trabalho com redação e às áreas de Linguagens e Humanas, e a segunda semana relacionada às áreas
de Matemática e Natureza, conforme formato da prova do ENEM. Nesse caso, as ações devem ser realizadas diariamente até a
data da prova.

5ª ETAPA - Resultado

Na etapa Resultado, a rede deve fazer apresentar os dados de estudantes com


acesso ao ensino superior por meio do ENEM. Com esse objetivo, a escola deve
sinalizar os estudantes aprovados, na planilha de estudantes inscritos já fornecidas
anteriormente, para que haja a consolidação dos dados.

22
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.1 Etapas ofertadas
A Educação Escolar Indígena é voltada às escolas localizadas em terras habitadas pelas comunidades indígenas, com a
garantia do atendimento de ser diferenciada, específica, intercultural e de acordo com a realidade sócio -linguística de cada
povo. O termo “Escolar” é utilizado para diferenciar das demais atividades indígenas. Esta categoria educacional, portanto, não
deve ser confundida com a educação indígena tradicional própria de cada etnia, conforme as diferentes culturas e
pedagogias.

6.1.1. Creche, Educação Infantil

A Educação Infantil, seja Creche e Pré Escola, é de execução das Redes Municipais, todavia Educação Escolar Indígena é
responsabilidade da do Governo Estadual, por meio da SEDUC, incorporada na Rede Estadual de Ensino

6.1.2 Escolas de Ensino Fundamental I e II - pALei

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


FUNDAMENTAL II - pALei
Escola Estadual Teotônio Vilela
Escola Estadual Prof.ª Maria José Loureiro
FUNDAMENTAL I - pALei Escola Estadual Prof.ª Laura Dantas Santos da Silva
Escola Estadual Prof. José Vitorino da Rocha Escola Estadual Ovídeo Edgar de Albuquerque
Escola Estadual Maria Rosália Ambrózzio Escola Estadual Dr. Paulo de Castro Sarmento
Escola Estadual Maria Rita Lyra Escola Estadual D. Pedro II
Escola Estadual Aurino Maciel
Relatório detalhado acesse pelo QR Code clique link abaixo: Escola Estadual Estado de Nova Jersey
https://datastudio.google.com/s/quKGjuO8cfg
Relatório detalhado acesse pelo QR Code clique link abaixo:
https://datastudio.google.com/s/ui9zYZ3WJFg

O pALei e o Projeto de Vida no Ensino Fundamental


O projeto de vida será oferta nas turmas do pALei Ensino Fundamental, transversalmente, orientado
principalmente, pelo Docente Orientador de Turma. Se estrutura como uma abordagem pedagógica
desenvolvida com os estudantes para o seu autoconhecimento e planejamento pessoal.

Desta forma, as atividades deverão ser planejadas conforme as orientações do Caderno Orientador Ensino
Fundamental - Anos Iniciais, Anos Finais e Projeto de Vida na Educação Infantil e Ensino Fundamental,
disponíveis no link abaixo:

https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/programa-alagoano-de-ensino-integral-palei

Importante que a prática seja planejada e se desenvolva, conforme orientações observando:


temáticas - identidade, conhecimento da realidade, convivência, sonhos e planos;
período – bimestral;
etapas de ensino – anos iniciais e anos finais.
I

Em 2022 ocorreu a formação com cinco encontros síncronos e utilização de plataforma de estudo.
Em 2023 ocorrerá a formação mensal com orientação para registro e produção de materiais complementares.
Esse trabalho pedagógico deve estar assentado nas relações dialógicas, professor-criança, criança-criança, professor-estudante,
estudante-estudante, uma vez que está pautado em uma aprendizagem que decorre, principalmente, da interação social dos
indivíduos que ensinam, modificando e sendo modificados por sujeitos que aprendem.

Caberá ao professor responsável pela condução do trabalho planejar e registrar as atividades conforme orientações da
coordenação estadual como parte do eixo 3 de implementação do Projeto de Vida no Ensino Fundamental.

23
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.1.3. Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral - pALei

O Ensino Integral vai além de uma jornada ampliada de estudos, propondo uma aprendizagem mais ampla e desenvolvendo não só
o aspecto cognitivo/intelectual, mas também o emocional, físico, social e cultural dos estudantes. O desenvolvimento integral do
aluno ocorre por atividades que vão além do currículo tradicional, com a oferta de disciplinas eletivas, projetos integradores,
clubes juvenis e estudos orientados, dentre outras ações. Essas ações podem ser contempladas em iniciativas de protagonismo
juvenil voltadas ao esporte, cultura, inclusão social, iniciação científica, entre outros.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


O mapa acima indica as 93 escolas do pALei EM em Alagoas.
Cada conjunto de cores corresponde a uma GERE.
Relatório detalhado acesse pelo QR Code clique link abaixo:
https://datastudio.google.com/s/ppFBdsXaPwY

6.1.4. Escolas de Ensino Médio Parcial


O Ensino Médio de Alagoas acompanha as mudanças do Novo Ensino Médio. No tempo parcial, o que confere 3000 horas
no três anos, a oferta do ensino médio nas unidades de ensino da Rede Estadual de Ensino perpassa pelo desenvolvimento
da Formação Geral Básica (1800 horas) e Itinerário Formativo (1200).

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.2. Matrizes Curriculares
As Matrizes Curriculares são diretrizes que definem a atuação pedagógica. As Matrizes da Rede Pública Estadual para o ano letivo

de 2023 estão disponíveis para o acesso de toda a comunidade escolar. O índice está organizado da seguinte forma:
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos

Para as turmas de 2ª série do Ensino Médio em 2023, acesse também as matrizes curriculares das Trilhas de Aprofundamentos do

Itinerário Formativo.
Para ter acesso às matrizes basta fazer login com o e-mail institucional. O link abaixo contém as Matrizes
Curriculares das ofertas do Ensino Fundamental e Ensino Médio para o ano letivo de 2023 :
https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

Ao abrir, click no LINK da MATRIZ CURRICULAR pretendida e seja direcionado à aba da oferta correspondente.

Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental de tempo parcial, concernente aos Anos Iniciais, organizado em 5 (cinco) anos, terá 25 horas semanais e
carga horária total de 1.000 horas anuais.
A Matriz Curricular dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental nas comunidades indígenas terá a oferta do componente
curricular Cultura Indígena no atendimento à Educação Escolar Indígena como preconiza os art. 78 e 79 da LDB nº

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


9394/96 e orientado pela Resolução CNE/CEB nº 3/99 e Parecer CNE/CEB nº 14/99.
O Ensino Fundamental de tempo parcial, concernente aos Anos Finais, organizado em 4 (quatro) anos, terá 25 horas semanais e
carga horária total de 1.000 horas anuais.
O Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais) do Programa Alagoano de Ensino Integral (pALei) permanece organizado com 40
horas semanais e carga horária total de 1.600 horas anuais.
Ensino Médio
O Ensino Médio no âmbito do Programa Alagoano de Ensino Integral (pALei) de 9h
permanece organizado com 45 horas semanais, carga horária total de 1.800 horas anuais e
o de 7h será organizado com 35 horas semanais e carga horária total de 1400 horas anuais.
O Ensino Médio Diurno de tempo parcial permanece organizado em 3 (três) séries anuais,
com no mínimo 1.000 horas anuais e carga horária mínima total de 3.000 horas, em
consonância com a Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
O Ensino Médio Noturno, inclusive o Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, em atendimento ao que preconiza a Lei
13.415, de 16 de fevereiro de 2017, passa a ser organizado em 3 (três) anos, com carga horária total de 3.000 horas, para os
estudantes ingressantes no ano letivo de 2023. A carga horária passa a contemplar até 30% (trinta por cento) das atividades na
modalidade a distância, com acompanhamento de docente.
Os estudantes que ingressaram no Ensino Médio Noturno no ano letivo anterior ao ano letivo de 2023, continuarão na
organização em que ingressaram, organizado em 4 (quatro) anos, com carga horária total de 3.000 horas, incluindo os
sábados.
No Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, o desenvolvimento da prática profissional supervisionada, os componentes
curriculares que contribuem para a formação técnica profissional deverão estar relacionada aos seus fundamentos técnicos,
científicos e tecnológicos, orientada pelo trabalho como princípio educativo e pela pesquisa como princípio pedagógico, que
possibilitam ao educando se preparar para enfrentar o desafio do desenvolvimento da aprendizagem permanente, integrando as
cargas horárias mínimas de cada habilitação profissional técnica e tecnológica.
As Unidades de Ensino deverão reunir documentos comprobatórios das atividades pedagógicas desenvolvidas, a
exemplo de relatórios, portfólios, diários de bordo etc., bem como horas cumpridas no desenvolvimento de projetos
integradores no território.

Educação de Jovens e Adultos- EJA


A matriz curricular da Educação de Jovens e Adultos orientada pela LDB nº 9.394/1996,
Resolução CNE/CEB nº 4/2010, Resolução CNE/CEB nº 7/2011, no Ensino Fundamental (Anos
Iniciais e Finais) diurno, será organizada em quatro períodos distribuídos em dois anos e no
noturno será organizada em cinco períodos distribuídos em dois anos e meio. No turno diurno, acontece em três
períodos organizados em um ano e meio e, no turno noturno, será organizado em quatro períodos, distribuídos
em dois anos. As aulas terão tempo de 60 minutos, com 4 tempos aula no diurno e 3 tempos aula no noturno. No
ensino médio EJA Modular, será organizada em quatro módulos de 50 dias cada e deve seguir a trilha dos módulos
organizada pela unidade de ensino.

25
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.3. Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Dentro do que preconizam as três funções da EJA observamos:


A reparadora que diz respeito não só ao direito a uma escola de qualidade, mas também ao
reconhecimento do direito subjetivo de igualdade para todos;
A equalizadora atende aos trabalhadores e a outros segmentos sociais, tais como: donas de casa,
migrantes, aposentado/a(s) e privados de liberdade, a reentrada no sistema educacional dos que
forçadamente tiveram uma interrupção dos estudos pela repetência ou evasão, resultado de
desigualdades sociais, deve ser reparada, mesmo que tardiamente, possibilitando novas
oportunidades no mundo do trabalho e na vida social.
A qualificadora que propicia a todos a atualização de conhecimentos.

A educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade da educação básica que atende cidadãos trabalhadores, tem
como objetivo o compromisso de fornecer subsídios para que os estudantes possam aprender permanentemente,
refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


A EJA precisa ter uma estrutura flexível, capaz de contemplar conteúdos significativos e possibilitar o envolvimento
dos estudantes jovens e adultos nas práticas escolares, garantindo o acesso aos saberes em suas diferentes
linguagens, articulados com suas necessidades, expectativas e vivências, portanto, a escola deve estar atenta aos
conteúdos específicos de cada área, para serem articulados com a realidade e colaborando para que os mesmos
ampliem seus conhecimentos na busca pelos direitos da melhoria de sua qualidade de vida.

A EJA atende um público diverso, jovens e adultos, compreender o perfil desses estudantes requer conhecer a sua
história, cultura e costumes, entendendo como um sujeito com diferentes experiências de vida.

A matriz curricular da Educação de Jovens e Adultos da Rede Estadual é


orientada pela:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº 9.394/1996,
Resolução CNE/CEB nº 4/2010,
Resolução CNE/CEB nº 7/2011,
Resolução Nº 050/2017-CEE/AL,
Resolução CNE/CEB Nº1/2021.

Ensino Fundamental Ensino Fundamental Ensino Médio


Anos Iniciais e Finais Anos Iniciais e Finais EJA MODULAR
DIURNO NOTURNO DIURNO E NOTURNO

4 PERÍODOS 5 PERÍODOS 4 MÓDULOS (Por área do conhecimento)


2 ANOS 2 ANOS E MEIO 1 ANO

As aulas terão tempo de


As aulas terão tempo de 50 dias por módulo para o noturno e
60 minutos, com 4 tempos
60 minutos, com 3 tempos diurno e deve seguir a sequência
aula no diurno aula no noturno. dos módulos orientada pela escola.

26
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023

Cada módulo será desenvolvido por meio do planejamento de Projetos Integradores e oficinas, contemplando as
COMPETÊNCIAS e HABILIDADES da Base Nacional Comum Curricular-BNCC do Ensino Médio, os módulos desenvolverão
projetos integradores, considerando os setores produtivos do território, além dos tempos comunidade, trabalho e suas
práticas.
A avaliação proposta para a EJA deve ser qualitativa e voltada para a realidade. Avaliação da aprendizagem entendendo
como processo contínuo, de orientar os estudantes para a superação das suas dificuldades, com a identificação das
experiências, a valorização de sua história de vida, para inserção no mundo do trabalho e na sociedade. Pautadas no
princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os
estudantes.

Para mais informações sobre a oferta de EJA na Rede Estadual de Ensino, consulte o link abaixo:
https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/organizacao-pedagogica-2023

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.4. Educação Escolar Indígena, Escolar Quilombola e do Campo
A história do estado de Alagoas configura realidades étnico-raciais, socioculturais, geracionais, socioeconômicas e de crenças
religiosas, que caracterizam a diversidade de povos (do campo e da cidade), com seus saberes característicos. Nesse sentido, a
diversidade pode ser compreendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças (GOMES, 2007).
Nesse contexto, faz-se necessário compreender que a escola deve perceber que toda sua proposta político pedagógica tem
que ser pensada, estruturada, organizada de forma acolhedora à diversidade dos sujeitos da escola, sua identidade, seus
territórios e suas territorialidades.
Desta forma as políticas educacionais em sua efetivação tem que considerar a valorização e respeito à multiculturalidade e
pluridiversidade do público estudantil, constituídas das diferentes culturas, identidades e saberes que marcam a história do
estado de Alagoas. Para tanto, a organização do trabalho pedagógico precisa considerar os aspectos históricos, sociais,
econômicos, políticos, religiosos, culturais e ecológicos que compõem as geografias, territórios, territorialidades e as identidades
presentes no rosto das diversidades.
É imprescindível que na educação escolar, tenha-se clareza sobre estes aspectos e a relação
entre as diferentes realidades e suas práticas curriculares. Tais práticas devem envolver um
aprender sobre as realidades, nas realidades e das realidades, a fim de transformá-las.

Vale ressaltar, que a base legal que dá suporte à discussão das citadas temáticas,
encontra-se:

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Na Constituição Federal Brasileira de 1988 (artigos 3º, 5º, 78 e 79 e 206, 208, 210, 211, 225, 231,
232);
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 em seus artigos 23,
24, 26 (10.639/2003 e 11.645/2008), 28 (com a inclusão do parágrafo único - Lei 12.960/2014),
32, 37, 38, 58, 5978 e 79;
No Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2014);
No Plano Estadual de Educação de Alagoas (Lei nº 7.795, DE 22 de Janeiro de 2016);
No Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos;
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica de 9/07/2010; e,
No Referencial Curricular do Estado de Alagoas para a Educação Infantil, Ensino Fundamental,
Ensino Médio e as Modalidades.

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA


No território alagoano encontra-se assentada 12 etnias indigenas, a saber: Aconã, Geripankó, Kalankó, Karapotó, Kariri-Xocó,
Karuazu, Katokinn, Koiupanká, Pankararu, Tingui-Botó, Xukuru-Kariri e Wassu-Cocal. Ressalvando-se que a etnia Pankararu, que
está instalada no município de Delmiro Gouveia, vem travando uma luta para ser reconhecida pelos órgãos competentes.
Tendo como parâmetro o censo demográfico de (2010) em Alagoas foram identificadas 16.291, se auto declarando indígenas,
porém, 6.268 moram nas comunidades dos povos originários e 10.023 residem em espaço geográficos do não índio. No entanto,
há uma divergência sobre tais números, quando confrontados com os dados divulgados pela Secretaria Especial de Saúde
Indígena (SESAI) / Ministério da Saúde. Segundo a SESAI apud FUNAI (2018), existem mais de 20 mil indígenas distribuídos em
terras alagoanas, onde 11.887 do público declarado indígena, residem em comunidades dos povos originários, tais divergências
entre os números divulgados oficialmente, segundo a Funai (2018), a referida discrepância das estatísticas oficiais decorre da
ausência de critérios comuns, entre os órgãos, para a identificação de alguém como indígena.
Em se tratando de Educação Escolar Indígena o Estado de Alagoas conta com 17 unidades escolares da Rede Estadual de
Ensino em 5 Gerências Regionais de Ensino / GEREs (3ª, 5ª, 9ª, 11ª e 12ª, contando com 2.944 (dois mil, novecentos e quarenta e
quatro) estudantes matriculados na Educação Básica em suas etapas e modalidades de ensino.

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de ações voltadas para a


promoção de Educação Escolar Indígena nas escolas:
Construir com o coletivo dos povos originários uma educação escolar que atenda aos interesses dos
povos a partir da afirmação de identidades, dos territórios, suas territorialidades e culturas;
Fomentar a implementação da educação escolar indígena que fortaleça o empoderamento identitário
do povo, considerando seus territórios e suas territorialidades;
Incentivar o processo de resgate e ou reconstrução da língua nativa de cada povo;
Valorizar a produção de materiais didáticos apropriados à cada realidade vivenciada na unidade
escolar indígena; e,
Articular junto às lideranças dos povos originários a elaboração do referencial curricular para a
educação escolar indígena de Alagoas.

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
Educação Infantil Indígena
A Educação Infantil ofertada nas escolas indígenas deverá ser desenvolvida com o planejamento de atividades,
que conforme orientações dos referenciais específicos, oportunizem:
A garantia dos direitos de aprendizagens;
Fortalecimento das identidades infantis e culturais;
Experiências que privilegiam interações e brincadeiras;
Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento com identificação dos campos de experiência e grupos
etários;
Tematização da prática;
A necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas e de acompanhar a
progressão das aprendizagens e desenvolvimento.

A atuação pedagógica na educação infantil exige que o professor se aproprie de conhecimentos específicos sobre o
desenvolvimento infantil em sua totalidade e compreenda que o aprendizado se refere à aquisição de diversas habilidades
ligadas a este desenvolvimento.

Educação Escolar Quilombola


Alagoas é reconhecido como berço da resistência negra no Brasil, marco estabelecido por meio da instalação do Quilombo dos

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Palmares, no século XVI, na conhecida Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, consolidou-se como o maior
quilombo no período do Brasil colônia, liderado por Zumbi dos Palmares.
Passados 500 anos no território de Alagoas há 71 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares,
distribuídas em 35 municípios, situadas em sua maioria na região do agreste, sertão, baixo São Francisco e na zona da mata.
A educação na escola quilombola tem provocado o distanciamento do estudante de sua história. Sendo assim, faz-se necessário
uma avaliação e contextualização do projeto político pedagógico da escola, em territórios de remanescentes de quilombos,
para a ressignificação de práticas sócio educativa que possibilite a garantia de direitos aos/às estudantes de se apropriarem
dos conhecimentos tradicionais e suas formas de produção, de modo a contribuir para o seu reconhecimento, valorização e
continuidade.

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de ações voltadas


para a promoção de Educação Escolar Quilombola nas escolas:
Oferecer aos profissionais da educação escolar quilombola e aos/às estudantes instrumentos e meios pedagógicos para
práticas antirracistas;
Subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas as etapas da Educação Básica, pública e privada, compreendida
como parte integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro, cujo conhecimento é imprescindível para a compreensão
da história, da cultura e da realidade brasileira;
Assegurar aos profissionais da educação escolar quilombola conhecimentos básicos para o desenvolvimento de práticas
pedagógicas contextualizadas e em educação antirracista; e,
Promover meios para que os/as profissionais da educação escolar quilombola desenvolvam práticas educativas
fundamentadas nos conhecimentos tradicionais da comunidade.

Educação do Campo

A Educação Básica para a População Campesina tem como objetivo garantir o direito à
educação escolar para a diversidade dos sujeitos do campo considerando os aspectos históricos,
sociais, econômicos, políticos, culturais, religiosos, ambientais, de gêneros e diversidade sexual, de
etnia e de geração.

A IDENTIDADE DOS POVOS DO CAMPO COMPORTA EM SUA DIVERSIDADE:


Agricultores/as familiares, assalariados rurais temporários, posseiros/as, meeiros/as, arrendatários/as, acampados/as,
assentados/as, reassentados/as da reforma agrária, vileiros rurais, povos da floresta, comunidades tradicionais indígenas e
quilombolas, pescadores, artesãos/ãs, ribeirinhos/as, operários/as da agroindústria, caboclos/as e outros que suas condições
materiais de existência a partir do trabalho no meio rural, conforme preconiza o Decreto no 7.352, de 4 de Novembro de 2010,
em seu Artigo 1, Parágrafo 1o e a Resolução Normativa No 040/2014 do CEE/AL.

29
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

Para melhor compreensão da Educação do Campo, faz-se necessário fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. O que
é educação rural? O que é educação do campo?
A concepção de Educação rural representa uma base política ideológica referendada nos documentos oficiais que
historicamente apresentam os povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e proteção, defendendo o “rural”
como lugar de atraso. O rural nessa ótica está pensado a partir de uma lógica economicista e da meritocracia. Enquanto a
concepção “campo”, surge no cenário nacional a partir dos anos 90 do século XX, em uma construção coletiva da Educação do
Campo, trazendo como identidade a cultura dos povos campesinos. Nesse sentido, o campo é reconhecido como espaço de
relação de vida, lugar de trabalho, emancipação humana e política, cultura e produção de conhecimento, ultrapassando a
definição jurídica que o restringe apenas a sua localização espacial e geográfica. De fato, o “campo” tem como foco, o modo
de ser dos seus sujeitos como lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e culturas.

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de ações


voltadas para a promoção Educação do Campo nas escolas:

[...] em Alagoas existem cerca de 1.699 escolas rurais públicas, nas quais estão matriculados 195.707 mil estudantes. Quase
a totalidade destas escolas está sob a responsabilidade dos Municípios (1.644). Destas, 61 são escolas em Áreas de
Assentamento de Reforma Agrária e 50 são escolas em Áreas Remanescentes de Quilombos. Das 40 escolas rurais sob a

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


responsabilidade da gestão do Estado, há 17 localizadas em Terras Indígenas e 1 (uma) em Área Remanescente de
Quilombo. (Dados encontrados no Catálogo de Escolas disponível em https://inepdata.inep.gov.br/analytics/saw.dll?
dashboard )
A Educação Básica para a População Campesina tem como objetivo garantir o direito à educação escolar para a
diversidade dos sujeitos do campo considerando os aspectos históricos, sociais, econômicos, políticos, culturais, religiosos,
ambientais, de gênero e diversidade sexual, de etnia e de geração.
Contextualizar a Identidade sócio-política-econômica (étnicorracial, de gênero e diversidade sexual, geração, religiosa,
cultural e ambiental) da população de Alagoas;
Possibilitar reflexões sobre a organização dos tempos e espaços (aspectos históricos e culturais, direitos sociais, mundo do
trabalho e sobrevivência, saúde, democracia, organizações sociais, conhecimento dos recursos naturais e relações com o
meio ambiente, dentre outros);
Incentivar o estudo, pesquisa, debate sobre territórios e territorialidades (na prática política, envolvendo a construção da
identidade de classe, tensões de poderes e a organização política do campesinato); e,
Provocar debates e reflexões sobre o mundo do trabalho e a humanização das relações na perspectiva da educação em
direitos humanos - divisão social e territorial (prática produtiva do campesinato, questão agrária e desenvolvimento
ecologicamente sustentável, segurança alimentar); e,
Aprofundar o processo de humanização e de integração das relações campo e cidade, na perspectiva da educação
contextualizada.
6.5. Educação Ambiental
A educação ambiental surge na segunda metade do século XIX. Em 1864, ocorreu o lançamento do livro “O Homem e a
Natureza”, ou “Geografia Física Modificada pela Ação do Homem”, de autoria do norte-americano Georges Perkins Marsh. Cinco
anos depois, o vocábulo “ecologia” é proposto por Ernst Haeckel para definir os estudos a serem realizados sobre as relações
entre as espécies e seu ambiente.
Em 1968 a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação e Ciência e a Cultura, realizou estudo sobre educação
ambiental com o tema interdisciplinar. Essa interpretação influenciou depois a Política Nacional de Educação Ambiental,
instituída pela Lei no 9.795/99, que no art. 10, parágrafo 1o, dispõe: A educação ambiental não deve ser implantada como
disciplina específica no currículo de ensino”

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de ações voltadas para a


promoção de igualdade racial nas escolas:
Estimular a compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas
relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais,
econômicos, científicos, culturais e éticos;
Motivar a democratização das informações ambientais;
Contribuir com o fortalecimento de uma postura crítica sobre a problemática
ambiental e social; e,
Incentivar à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio ambiental, para o exercício da cidadania.

30
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.6. Relações Étnico-Raciais e Promoção da Igualdade Racial na Escola
Sendo o Estado e a sociedade brasileira estruturados nas desigualdades étnico-raciais, que implicou e implica a negação dos
valores civilizadores de africanos\africanas e dos seus descendentes no processo da construção da sociedade brasileira, a
escola, enquanto instituição, desde seus primórdios fez parte desse projeto político de exclusão da população negra ao
acesso à educação.
A abolição da escravidão em 1888 pelo Estado brasileiro, findou o regime que instituiu a escravidão no Brasil, iniciada do
século XVI (1500). No entanto, as mazelas da escravidão foram cruéis, violenta e extensiva em todo território nacional,
envolvendo e atingindo todas pessoas, independente de sua condição social e pertencimento étnico racial.
Ao declarar extinta a escravidão no Brasil, não houve nenhum ganho no plano social e econômico para as pessoas livres e
os\as ex-escravizados\as, pelo contrário, foram criadas outras formas de dominação para subjugar a população negra
brasileira, dentre elas, o racismo e a ideia da democracia racial.
O silenciamento, a negação e a falta de uma análise mais crítica da história da escravidão no Brasil, tem levado estudantes e
profissionais da educação a criar e perpetuar percepções destorcidas da participação da população negra na construção do
Estado e da sociedade brasileira. Mas, e tão cruel quanto o silenciamento, bem como a negação e a falta de uma histórica
crítica em relação a escravidão, é observar no espaço escolar comportamentos e atitudes racistas naturalizados e
normalizados por estudantes e profissionais da educação.
A equidade na educação é uma política que pode promover a igualdade de oportunidade ao estudante vítima do racismo

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


porque ela garantir que existe uma preocupação com justiça/processos justos, de modo que a educação de todos os
estudantes seja considerada como de igual importância[1].
O estudante é a maior vitima do racismo na ambiente escolar, independente de seu pertencimento étnico-racial, porque ele
gera.

A escola, mesmo sendo um espaço de reprodução da desigualdade racial e social da pessoa negra, enquanto instituição do
Estado e da sociedade brasileira, é também um espaço de desconstrução dessas desigualdades, dada sua condição de
trabalhar com práticas pedagógicas que podem transformar o ser humano.

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de ações


voltadas para a promoção de igualdade racial nas escolas:

Favorecer a adoção de políticas educacionais concretas para eliminação da discriminação étnico-racial no espaço
escolar;
Oferecer aos profissionais da educação e aos/às estudantes instrumentos e meios pedagógicos para práticas antirracistas;
Sugerir aos profissionais da educação livros, filmes, textos, sites e atividades artísticas e culturais que colaborem na
elaboração das suas práticas pedagógicas e no combate ao racismo;
Divulgar as experiências educacionais, conduzidas por profissionais da educação e estudantes, voltadas à promoção da
igualdade racial e eliminação de todas as formas de discriminação;
Desconstruir as práticas e comportamentos preconceituosos e discriminatório no espaço escolar;
Humanizar as relações entre estudantes das diferentes etnias presentes no contexto escolar; e,
Criar condições para profissionais da educação e estudantes perceberem quando uma pessoa é vítima de qualquer tipo de
preconceito ou discriminação.

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.7. Educação para as Relações de Gêneros e Diversidade Sexual
Diante do anseio de construirmos uma sociedade e uma escola mais justas, solidárias, livres de preconceito e discriminação, é
necessário identificar e enfrentar as dificuldades que temos tido para promover os direitos humanos e, especialmente,
problematizar, desestabilizar e subverter a homofobia. São dificuldades que se tramam e se alimentam, radicadas em nossas
realidades sociais, culturais, institucionais, históricas e em cada nível da experiência cotidiana.
Ao mesmo tempo em que nós, profissionais da educação, estamos conscientes de que nosso trabalho se relaciona com o quadro
dos direitos humanos e pode contribuir para ampliar os seus horizontes, precisamos também reter que estamos envolvidos na
tessitura de uma trama em que sexismo, homofobia e racismo produzem efeitos negativos e que, apesar de nossas intenções,
terminamos muitas vezes por promover sua perpetuação.
Ao longo de sua história, a escola brasileira estruturou-se a partir de pressupostos fortemente tributários de um conjunto
dinâmico de valores, normas e crenças responsável por reduzir à figura do “outro” (considerado “estranho”, “inferior”, “pecador”,
“doente”, “pervertido”, “criminoso” ou “contagioso”) todos aqueles e aquelas que não se sintonizassem com o único componente
valorizado pela heteronormatividade centrada no adulto, masculino, branco, heterossexual, burguês, física e mentalmente
“normal”.
A escola transforma-se, dessa forma, num lugar de opressão, discriminação e preconceitos, em torno do qual existe um
preocupante quadro de violência a que estão submetidos milhões de jovens e adultos LGBTQIA+. E isso se faz com a
participação ou a omissão da família, da comunidade escolar, da sociedade e do Estado.
No Brasil, em 2004, o governo federal lançou, em conjunto com a sociedade civil, o “Programa Brasil sem Homofobia”, voltado a

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


formular e a implementar políticas integradas e de caráter nacional de enfrentamento ao fenômeno. O programa traz, no seu
cerne, a compreensão de que a democracia não pode prescindir do pluralismo e de políticas de equidade e que, para isso, é
indispensável interromper a longa sequência de cumplicidade e indiferença em relação à homofobia e promover o
reconhecimento da diversidade sexual e da pluralidade de identidade de gênero, garantindo e promovendo a cidadania de
todos/as.
Ao envolver autoridades, profissionais da educação, membros da comunidade escolar e da sociedade em geral em esforços de
desestabilização da homofobia, também será necessário não esquecer que o poder e as instituições (entre elas, a escola)
funcionam produtivamente em termos de interdições e de estímulos. A repressão sexual (enquanto prática institucional, da qual a
homofobia é uma de suas expressões, embora a transcenda) opera não só pelo conjunto explícito de interdições, censuras ou por
um código negativo e excludente, mas se efetiva, sobretudo, por meio de discursos, ideias, representações, práticas e instituições
que definem e regulam o permitido, distinguindo o legítimo do ilegítimo, o dizível do indizível, delimitando, construindo e
hierarquizando seus campos.

Abaixo propomos algumas orientações para o desenvolvimento de


ações voltadas para a promoção de uma Educação para as Relações
de Gêneros e Diversidade Sexual nas escolas:

Contribuir com a criação de políticas curriculares que oportunizem a inclusão de estudantes e servidoras/es dissidentes da
cisheteronorma;
Possibilitar formação continuada com a temática Educação para as Relações de Gêneros e Diversidade Sexual para as treze
gerências regionais da SEDUC/AL;
Dialogar com as gerências regionais sobre o entendimento da temática relações de gêneros e sexualidades que vigem nas
escolas;
Propor diálogo com as superintendências (SURE e SUSI) sobre as temáticas em pauta.
Incluir os estudos de gêneros e sexualidades nos planejamentos pedagógicos das Unidades de Ensino.
Propor a construção de projetos de prevenções e intervenções na perspectiva interdisciplinar que possibilita a desconstrução
de sexismo, misoginia, transfobia e homofobia.
Possibilitar o protagonismo de estudantes no trato com a temática gêneros e sexualidades

CADERNO DAS DIVERSIDADES


Orientações Teórico - Metodológicas das/para às Diversidades: Um outro olhar para as diferenças.

https://drive.google.com/file/d/1dMATurFKGFW2MDiCfSmJOtQc0BhM35nC/view

32
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.8. Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva

ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

A Superintendência de Políticas Educacionais- SEDUC-AL, por meio da Supervisão da Educação Especial/


SEESP vem apresentar informações detalhadas sobre a estrutura, as funções, as ações e os procedimentos
adotados por esta supervisão no ano vigente.
O referindo documento visa também tornar pública tais informações, de forma a conferir transparência ao
processo e fornecer subsídios as Escolas para que as mesmas possam colaborar de maneira efetiva com as
ações da Secretaria de Estado da Educação a partir do acompanhamento e orientações da Supervisão da
Educação Especial, no que concerne o processo ensino aprendizagem do público alvo da educação
especial.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Para FERNADEZ, (1998) o processo ensino aprendizagem implica no ato educativo que obedece
determinados fins e propósitos de desenvolvimento social e econômico e em consequência
responde a determinados interesses sociais, sustentam-se em uma filosofia da educação, adere
a concepções epistemológicas específicas, leva em conta os interesses institucionais e, depende,
em grande parte, das características, interesses e possibilidades dos sujeitos participantes,
alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo.

A visão tradicional do processo ensino aprendizagem é que ele é um processo neutro, transparente, afastado da conjuntura de
poder, história e contexto social. O processo ensino-aprendizagem deve ser compreendido como uma política cultural, isto é,
como um empreendimento pedagógico que considera com seriedade as relações de raça, classe, gênero e poder na
produção e legitimação do significado e experiência.
Ensinar é a atividade que tem por finalidade que o outro obtenha o conhecimento. Para que se tenha um ensino de forma que
realmente agregue valor é preciso que o professor como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e
técnicas adequadas que tenham base não apenas no contexto geral como o local, assim a necessidade básica do aluno será
encarada como uma ponte para o ensino e não como um obstáculo.
Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem do aluno através de conteúdo. A relação
de ensino e aprendizagem não deve ter como base a memorização, por outro lado os alunos também não
devem ser deixados de lado sozinhos procurando uma forma de aprender o assunto.

Para LIBÂNEO (1994) “O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer exigências e expectativas que os alunos possam
cumprir e, com isso, mobilizem suas energias. Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede”.

Os fundamentos pedagógicos da BNCC, com foco no desenvolvimento das competências e compromisso com a educação
integral. Reconhece que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica
compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam
a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Considerando-os como sujeitos de aprendizagem e promovendo
uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades.
Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática de não
discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades A organização e oferta do serviço perpassa pelo
processo de ensino aprendizagem, pois irá propor a prática das ações pertinentes a educação especial na perspectiva da
educação inclusiva, por meio dos diversos agentes educacionais que promovem a inclusão escolar.
O atendimento educacional especializado é garantido no art 208, inciso III da Constituição Federal de 1998, devendo ser
realizado preferencialmente na rede regular de ensino.

33
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

O AEE visa promover acessibilidade, atendendo às necessidades pedagógicas e as atividades específicas dos estudantes
público-alvo da educação especial, devendo a sua oferta constar no Projeto Político Pedagógico da escola, em todas as
etapas e modalidades da educação básica, a fim de que possa se efetivar o direito destes estudantes à educação.
O Atendimento Educacional Especializado é um serviço pedagógico realizado pelo professor especializado em educação
especial na sala de recursos multifuncionais e por outros profissionais de apoio da educação
especial no espaço escolar.
O Atendimento Educacional Especializado deve constar no Projeto Político Pedagógico-PPP da Escola, efetivando o direito
desse estudante à educação.

O serviço do Atendimento Educacional Especializado ocorre por meio de:


1- O Plano de Ação Estratégica da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva como proposta da Inclusão
Escolar na Rede Estadual de Ensino.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


2- O planejamento com o coordenador pedagógico da escola, com o professor regente de sala, com o profissional de apoio
escolar , com o professor da sala de recursos multifuncional e outros profissionais que venham eliminar barreiras e
contribuir para a potencialização das competências e habilidades do estudante público alvo da educação especial no
ambiente escolar;

3- O espaço físico, a Sala de Recursos Multifuncional, e o local do atendimento pedagógico em que irá ocorrer as
atividades de acordo com as especificidades da deficiência do estudante por meio de recursos e material didático acessível,
com tempo determinado para o atendimento e a obrigatoriedade da frequência do aluno no atendimento.

4- O Atendimento na Sala de Recursos deverá ser realizado no contraturno; No caso dos estudante do PALEI sugere o
atendimento no mesmo turno, ou turno inverso, podento ser utilizado as aulas de Estudos Dirigidos e outro horário que não
venha compromenter sua carga horária escolar.

5- A complementação a formação dos estudantes com deficiência, TEA, TDAH e Dislexia;

6- A suplementação aos de estudantes com altas habilidades/superdotação;

7- O Dossiê e o PAEE do estudante elaborado pelo professor da Sala de Recurso Multifuncional, documento norteador da
sua prática pedagógica na sala de recursos multifuncional.

A matrícula no AEE na sala de recursos multifuncional pode ser


contemplada da seguinte forma:

A O estudante é matriculado na escola pleiteada, preferencialmente na região de sua


residência no ano ou série por meio do sistema online;

B O estudante é distribuindo em salas de aula de acordo a organização e números de turmas da escola,


considerando sua deficiência, altas habilidades, TDAH, Dislexia e suas comorbidades;

No primeiro mês do ano letivo são realizadas atividades pedagógicas com finalidade diagnóstica em sala de
C aula, como ponto de partida para o reconhecimento das competências e habilidades gerais dos estudantes, as
atividades diagnósticas serão elaboradas pelo professor da Sala de Recurso multifuncional, considerando o
ano, série do estudante público alvo da educação especial, por meio de instrumentos que serão entregues ao
professor da sala regular e após concluída entregue ao professor da educação especial, para iniciar o
processo de inserção no atendimento educacional especializado na SRM;

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

D O estudante ao ser reconhecido pelo professor regente com necessidades educativas especiais deverá ser
encaminhado para o Atendimento educacional especializado de acordo com os seguintes critérios:

1 - Prioritariamente em sala de recursos multifuncionais da própria escola;


2 - Em sala de recursos multifuncional de outra escola pública;
3 - Centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública;
4 - Em sala de recurso multifuncional da escola pólo na mesma regional, de preferência na mesma cidade em que o estudante
reside;
5 - Para as OSCIPS de acordo com o convênio instituído.

A partir destes critérios o atendimento educacional especializado deverá ser


realizado no contra turno da sala de aula regular.

O AEE deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da


família, atender às necessidades específicas dos estudantes, público-alvo da
educação especial e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

O Professor da educação especial realizará atividades do desenvolvimento das habilidades mentais superiores
e atividades de enriquecimento curricular, fará o registro do estudante na ficha de matricula do atendimento
educacional especializado. Após esse registro iniciará sua o processo de atendimento, utilizando-se de uma
entrevista com os familiares, uma avaliação diagnóstica das competências e habilidades do estudante, em
seguida inicia seu Plano de Atendimento Educacional Especializado - PAEE de forma individualizada ou em
pequenos grupos, 2 vezes por semana.

A cada semestre o Dossiê, documento da sala de recursos com os


instrumentos de avaliação e documentos informativos do estudantes , serão
revisados e reavaliados.

O professor da Sala de Recursos Multifuncionais fará por meio destes instrumentos o seu trabalho
pedagógico utilizando-se de recursos didáticos e de tecnologia assistiva, assim como orientará os
professores regentes da sala comum por meio do HTPC e em outros momentos formativos por meio dos
projetos elencados no Plano Estratégico da Educação Especial da Escola.

Ao final de Cada Semestre o Professor deverá apresentar os resultados dos avanços e entraves dos
trabalhos realizados no AEE por meio de relatórios á GERE e a supervisão da educação especial.

A organização da oferta do processo Ensino Aprendizagem por meio do Serviço do Atednimento


Educacional Especializado, deverá ser cumprido pelas escolas que tem sala de recursos mutlfuncional e
pelos Centros Estaduais de Educação Especial do Estado de Alagoas.

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6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem
6.9. Programa de Combate à Intimidação Sistemática ( Bullying )
Com o objetivo de criar mecanismos de prevenção e intervenção às diversas formas de violência existentes no território escolar,
o poder legislativo criou a Lei 13.185/2015. De acordo com o Art. 1º fica instituído o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying) em todo o território nacional. Com base neste ordenamento propomos a inclusão dessa pauta na
formação continuada docente, formação de diretoras e diretores, extensivo a toda comunidade escolar com o objetivo de
mobilizar a comunidade escolar, no sentido de ofertar conhecimento sobre os fatores que podem interferir nas relações sociais
da escola.
Por intimidação sistemática (bullying) entendemos um conjunto de violências que se repetem por determinado período em forma
de agressões verbais, físicas e psicológicas que humilham, intimidam e traumatizam a vítima. Os danos causados pelo bullying
podem ser profundos e acarretar distúrbios comportamentais, transtornos emocionais, altos níveis de agressividade, entre outros,
desaguando na evasão escolar. Neste sentido, a escola precisa estar atenta a comportamentos atípicos manifestados pelos
estudantes de modo a investigar o que motivou tal comportamento oferecer o auxílio.
Entende-se que as pessoas propensas a serem afetadas pelo bullying são aquelas que não se enquadram nos padrões sociais
tidos como normais, por questões físicas, psicológicas ou comportamentais. Assim, pessoas com excesso de peso ou magras
demais, pessoas de estatura menor, pessoas que não se enquadram no padrão de beleza ditado pela sociedade, pessoas de
condição socioeconômica inferior, homossexuais, transexuais, pessoas com dificuldade de aprendizagem ou muito estudiosas

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


são o alvo das agressões.

Caracteriza-se a intimidação sistemática ( bullying ) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação,
humilhação ou discriminação e, ainda:
ataques insultos grafites
pilhérias
físicos pessoais depreciativos

Intimidação
Sistemática cyberbullying
(Bullying)
comentários expressões
ameaças por isolamento
sistemáticos e preconceituosas
quaisquer social
apelidos
meios consciente e
pejorativos
premeditado

A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:

VERBAL MORAL SEXUAL SOCIAL PSICOLÓGICA FÍSICO MATERIAL VIRTUAL

-Insultar, -Difamar, -Assediar, -


-Ignorar, -Perseguir, -Socar, -Furtar, -Depreciar,
-Xingar e /ou -Caluniar -Induzir
-Isolar
-Amedrontar, -Chutar -Roubar -Enviar mensagens intrusivas da
-Apelidar
e/ ou e/ou
e/ou -Aterrorizar, e/ou e/ou, intimidade,
pejorativamente; -Disseminar Abusar -Excluir; -Intimidar, -Bater; -Destruir -Enviar ou adulterar fotos e dados
rumores; -Dominar, pertences pessoais que resultem em sofrimento
-Manipular, de outrem; ou com o intuito de criar meios de
-Chantagear
constrangimento psicológico e social.
e/ou
-Infernizar;

Constituem objetivos do Programa:


I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática ( bullying ) em toda a sociedade;
II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução
do problema;
III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;

IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização
do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;

36
6- Organização da Oferta e Processos de Ensino e Aprendizagem

VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância
mútua;
VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que
promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas
recorrentes de intimidação sistemática ( bullying ), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e
outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.

Conforme a Lei é dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas
assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à
intimidação sistemática (bullying). Trata-se incluir esta temática nos planejamentos didático-
pedagógicos, de forma interdisciplinar, por meio de projetos de intervenção pedagógica, oficinas,
palestras, seminários, rodas de conversa, entre outras formas de debate, tendo em vista que a
realidade das nossas escolas nos possibilita criar caminhos alternativos para a difusão de práticas
verdadeiramente inclusivas, contrárias à desumanização dos sujeitos socialmente alijados.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


É importante que as escolas desenvolvam ações, projetos e atividades, que fomentem ações de respeito e
tolerância, bem como de educação dos direitos humanos no combate a intimidação sistemática (Bullying).

LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015


Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática ( Bullying )

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa, Financeira e Relacional

7.1. Formação para gestores


A formação de gestores acontece de forma contínua e em serviço por meio de ações do
Núcleo Estratégico de Acompanhamento e Assistência à Gestão Escolar - NEAGE em
parceria com os demais setores da Seduc, além de formações propostas pelo Mec e/ou
em articulação com instituições parceiras.

Além da formação para gestores de unidade de ensino no exercício da função, a Seduc proporciona momentos formativos
para professores que pretendem atuar na gestão escolar. A partir de 2023, com a publicação da nova Lei que rege a gestão
das unidades de ensino (Lei nº 8.748, de 28 de setembro de 2022), o professor para ser candidato vai precisar ser certificado
pela Seduc, em curso específico de gestão escolar, que abordará as quatro dimensões de gestão: político-institucional,
pedagógica, administrativo-financeira e relacional.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


7.2. Eleição para Gestores de Unidades de Ensino
Para assumir a gestão de unidade de ensino, o professor passará pelas seguintes etapas:
I – certificação para composição do banco de Gestores de Unidade de Ensino da Rede Estadual
II – análise de títulos, avaliação de conhecimento e experiência profissional
III – consulta pública direta e secreta

Concluídas as etapas I e II, o candidato deverá compor chapa de acordo com a tipificaçao da escola a qual será
submetido à consulta pública com todos os segmentos que compõe a comunidade escolar.
Para os atuais gestores das Unidades de Ensino participarem do processo de escolha para um 2º mandato consecutivo na
mesma Unidade de Ensino ou 1º mandato em Unidade de Ensino diferente, é necessário que, além de participar das
etapas I e II, apresentem resultado crescente nas avaliações externas nacional e estadual.
7.3. Eleição para Conselhos Escolares

A Seduc publica a portaria com as orientações de todo o trabalho relativo ao pleito.


A eleição para conselheiros escolares acontece de 2 em 2 anos e envolve toda a
comunidade escolar.
O próximo pleito está previsto para março de 2024.

O Conselho Escolar é uma entidade sem fins lucrativos que está vinculada à Escola Estadual e, por esse motivo, o Gestor
é membro nato titular, sendo os demais segmentos, professor, estudante, funcionário e responsáveis dos estudantes,
eleitos por seus pares para um mandato de 2 anos.

As reuniões ordinárias do Conselho Escolar devem acontecer, no mínimo, mensalmente com cronograma
previamente definido e exposto à comunidade.

Todos os membros da comunidade escolar podem e devem participar das reuniões de Conselho Escolar com
direito a fala, no entanto, terão direito a voto apenas os conselheiros titulares ou na ausência destes, o seu
suplente.

O Conselho Escolar deve analisar, discutir e propor ações para melhor desempenho da unidade de ensino nas
dimensões político-institucional, pedagógica, administrativo-financeira e relacional.

Todas as reuniões do Conselho Escolar devem ser registradas em ata com assinatura e identificação de todos os
presentes. As atas devem ser fidedignas às discussões e deliberações de toda a reunião.

38
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.4. Grêmios Estudantis/Protagonismo Estudantil
A Seduc tem fomentado a participação dos estudantes nas decisões da gestão da escola. Para isso, um dos mecanismos é a
formação dos grêmios estudantis como entidades representativas que defendem os interesses dos estudantes atuando em
atividades culturais, esportivas, sociais, políticas e comunitárias em parceria com todos os atores da escola.
A criação dos Grêmios Estudantis tem respaldo nas seguintes legislações :
Lei Federal 7.398 de 04/11/1985 – Dispõe sobre a organização de entidades representativas de
estudantes de 1º e 2º graus;
Lei Federal 8.069 de 13/07/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 53 inciso IV –
garante o direito dos estudantes de se organizar e participar de entidades estudantis;
Lei Estadual 7.982 de 23/01/2018 – Regula a organização da representação estudantil,
denominada “lei da representação estudantil”, e confere outras providências.

As escolas que ainda não possuem Grêmio podem solicitar ajuda para a criação ao Técnico de

Acompanhamento da Gestão da escola ou enviar solicitação por e-mail para

escola.comunidade@educ.al.gov.br.

7.4.1. PROGRAMA JOVEM SENADOR - PJS

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Anualmente o Senado Federal lança edital do Programa Jovem Senador, que
proporciona aos estudantes, de até 19 anos, do ensino médio das escolas públicas
estaduais e do distrito federal, conhecimento acerca da estrutura e do funcionamento
do poder legislativo no Brasil e estimular o relacionamento permanente dos jovens
cidadãos com o Senado Federal, incentivando a reflexão sobre política, democracia e
exercício da cidadania.
Para participar o estudante precisa participar de um concurso de redação proposto
pela coordenação do programa e encaminhado às Gerências Regionais para
socialização com as escolas.
7.4.2. PROGRAMA JOVENS EMBAIXADORES - PJE
O Programa Jovens Embaixadores (JE) é uma iniciativa oficial do departamento de estado norte-
americano e, no Brasil, é coordenado pela embaixada dos Estados Unidos da América. Criado em 2002,
o JE é um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos que tem como público alvo estudantes
brasileiros do ensino médio da rede pública que se destacam em sua comunidade pela atitude positiva,
bom desempenho acadêmico, conhecimento da língua inglesa, capacidade de liderança e espírito
empreendedor com idade entre 15 e 18 anos.

7.4.3. FORMAÇÃO INICIAL DOS GREMISTAS


O Grêmio é um órgão colegiado de estudantes que buscam participar cada vez mais das
ações da escola. Para melhor atuação, a Supervisão de Integração Escola Comunidade -
Siec, proporciona formação inicial para os gremistas para que tenham melhor compreensão
da estrutura do grêmio, sobre o papel da liderança estudantil, além de desenvolver técnicas
para solução de problemas. A formação é desenvolvida em forma de oficinas,
proporcionando rodas de conversas, palestras, dinâmicas de grupo, vídeos, trabalhos em
grupo, utilização de textos para leitura e fruição.

7.4.4. ENCONTRO DOS GRÊMIOS


Visa fortalecer o protagonismo juvenil, proporcionando um espaço para o compartilhamento de experiências, troca de ideias
entre os Grêmios Estudantis e todos os estudantes das unidades de ensino, buscando inspirar novas iniciativas, liberdade de
pensamento e de opinião, por meio de mecanismos de escuta, interação e debates das juventudes gremistas, contribuindo com a
melhoria da educação de forma significativa para o fortalecimento da integração da escola, seus estudantes e a comunidade,
que compõe a programação do Encontro Estudantil da Rede Estadual de Ensino de Alagoas e ainda promover a formação de
chapas e eleição da CEGREAL.

39
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.4.5. FOMENTO À CEGREAL
A Coordenação Estadual dos Grêmios Estudantis da Rede de Ensino Estadual
de Alagoas (CEGREAL) é o órgão máximo de representação dos estudantes da
rede Estadual de Ensino de Alagoas. Foi fundada em 23 de novembro de 2018,
na cidade de Maceió, no III Encontro dos Grêmios Estudantis da Rede Estadual
de Alagoas. Com duração de 2 anos e regida pelas normas do seu Estatuto.
Tem como um de seus objetivos estimular o interesse dos alunos na construção
de soluções para os problemas da unidade de ensino, contribuindo para formar,
assim, cidadãos conscientes, participativos e multiplicadores destes valores,
sempre condizentes com a Constituição da República Federativa do Brasil,
promulgada em 1988.

NAR
LIMI 7.4.6. AVANÇA GRÊMIOS

E
Programa de repasse de recursos às unidades executoras pertencentes às unidades de ensino da

O PR rede estadual para serem utilizados em ações gremistas na escola e tem como objetivo garantir
autonomia aos estudantes para desenvolver ações de busca ativa; de aprendizagem;
relacionadas às questões de gênero, as pessoas com deficiência, a população LGBTQA+,

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


bullying, e cyberbullying, a educação para as relações étnicos-raciais, as orientações religiosas e

VER incentivo à cultura.

7.5. Programas e Projetos Federais e Estaduais da Rede de Ensino

7.5.1. Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE


O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) oferece
alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a
estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo
federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores
financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de
fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o
número de alunos matriculados em cada rede de ensino.

7.5.2. Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE


O PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE, foi criado, em 1995, com a
denominação de Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
(PMDE), por meio da Resolução nº 12, de 10 maio de 1995, atualmente é regido pela
Resolução CD/FNDE/MEC. Nº 15 de 16 de setembro de 2021.
O PDDE consiste na Assistência Financeira às Escolas Publicas de Educação Básica das Redes Estaduais, Municipais e do
Distrito Federal e às Escolas Privadas de Educação Especial, por Entidades sem fins lucrativos.
Os Recursos do PDDE devem ser utilizados para adquirir bens e contratar serviços que contribuam para o funcionamento e
melhoria da infraestrutura física, bem como para o desenvolvimento de Atividades Didatico-Pedagógica da Escola.

7.5.3. Internacionalização do Ensino Médio


O Programa de Intercâmbio Internacional “Daqui Pra o Mundo”, instituído pela Lei nº 8.783, de 22 de dezembro de 2022,
destina-se à concessão de bolsas de intercâmbio aos estudantes do Ensino Médio da Rede Público Estadual, supervisionadas e
custeadas pelo Poder Público e tem a importância de fomentar o protagonismo juvenil de forma a ampliar a interação dos
estudantes com outros espaços de aprendizagem com base na Lei no 13.415 de 16 de fevereiro de 2017 e poderá ofertar
programas de intercâmbios internacionais nas seguintes modalidades:
I – intercâmbio que ofereça curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil;
II – intercâmbio para curso profissionalizante; e
III – intercâmbio para curso de imersão na língua pátria do país de destino.

40
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.5.4. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

O Programa Saúde na Escola (PSE) é um programa intersetorial da Saúde e da Educação, instituído pelo Decreto Presidencial
nº 6.286, 2007, no qual as políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação
pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral.
Compete à Seduc monitorar as ações que estão sendo realizadas nas escolas da rede estadual aderidas ao Programa e
alinhar as ações entre as Secretaria de Estado da Educação e demais Secretarias Municipais de Saúde, bem como articular
formações para os profissionais da rede estadual de educação.

As escolas participantes do PSE são predefinidas e estas recebem ações de promoção da Saúde municipal que devem ser
acompanhadas pela Gere para registro e monitoramento.

7.5.5. PROGRAMA MAIS MERENDA

O Programa Mais Merenda consiste no repasse complementar de recursos financeiros às Unidades


Executoras das Unidades de Ensino da rede pública estadual garantindo ações de educação alimentar e
nutricional dos estudantes. O repasse é feito para todas unidades de ensino para complementação da
merenda, Recurso Estadual, sendo efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a
cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de alunos matriculados em cada rede de ensino.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


7.5.6. PROGRAMA ESCOLA DA HORA

O Programa Escola da Hora consiste em um programa de repasses financeiros para diversas ações das Escolas Públicas da
Rede Estadual de Ensino, dentre elas: Contratação de Internet e Manutenção de Laboratório de Informática, Aquisição de Gás
de Cozinha, Aquisição de Fardamento Escolar, Encontro Estudantil, Desfile Cívico e aquisição de bens permanentes e consumo.

7.5.7. PROGRAMA RUMO ÀS AULAS


Implantação e implementação do Programa Rumo às Aulas, que define Diretrizes Gerais
para o Repasse Financeiro Emergencial, em caráter excepcional, às Unidades de Ensino da
Rede Estadual no contexto da pandemia da Covid-19, em preparação ao retorno das
atividades presenciais.

7.5.8. PROGRAMA EQUIPA ESCOLA

O programa Equipa Escola, lançado em julho do corrente ano pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da
Educação (Seduc), tem como objetivo melhorar a infraestrutura das unidades de ensino de todas as regionais, com a aquisição
de carteiras estudantis, conjuntos de professor, refeitórios entre outros mobiliários.
O Equipa Escola é um programa que nasceu para mudar a realidade da infraestrutura das nossas escolas no que se refere ao
mobiliário. As escolas da Rede Estadual de Ensino, com esse programa estão promovendo uma verdadeira transformação do
ambiente escolar e isso tem feito a diferença na Educação, principalmente das cidades do interior.

7.5.9. PROGRAMA MEU CICLO NA ESCOLA

O Programa Meu Ciclo na Escola tem o objetivo de combater a pobreza menstrual das alunas da Rede Pública de Ensino,
garantindo condições mínimas de cuidados pessoais e evitar a evasão escolar por ausência dos respectivos bens. Inicialmente
foram beneficiadas pelo Programa 22.489 alunas, com idade entre 13 e 18 anos, pertencentes às 13 Gerências Regionais do
Estado. O kit é composto de absorventes, lenços umedecidos e sabonete de higiene íntima. A “pobreza menstrual” é uma
expressão utilizada para denominar a falta de acesso a produtos de higiene menstrual. As brasileiras que mais sofrem com essa
situação são as que vivem em condições de baixa-renda e vulnerabilidade em ambientes rurais ou urbanos.

41
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.5.10. BAE e Buscae

Programa Estadual de Busca Ativa Escolar – BUSCAE


Ação: Plano de Combate ao Abandono e a Evasão Escolar

O Acompanhamento da frequência escolar garante a permanência dos estudantes na Unidade de Ensino a


fim de evitar o abandono e a evasão escolar, identificando estudantes infrequentes; mapeando as causas da
infrequência, evasão e abandono;
A Regional de Educação deverá orientar as Unidades de Ensino quanto a elaboração do Plano de Ação de
incentivo à frequência e prevenção ao abandono; Realizar a consolidação dos dados da Busca Ativa, de
forma a mensurar seus resultados;
Cabe a GERE o monitoramento e a orientação às Unidades de Ensino - UEs.

As orientações do trabalho pedagógico e administrativo das Unidades de Ensino para a efetivação das
estratégias e do acompanhamento da frequência escolar serão apresentadas no Programa de Combate
ao Abandono e à Evasão: Busca Ativa Escolar - BUSCAE ALAGOAS.

O acompanhamento da Frequência Escolar tem como objetivos:

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


I - identificar estudantes infrequentes;
II - identificar as causas da infrequência;
III - monitorar os encaminhamentos realizados pelas Unidades de Ensino - UEs e pelas Gerências
Regionais de Ensino - GEREs;
IV - reduzir as taxas de infrequência e, por conseguinte, de abandono e de evasão escolar.

Importante
A comunicação interna, entre professores regentes, coordenação pedagógica, articuladores de ensino e equipe gestora das
Unidades de Ensino, sobre os estudantes infrequentes deve ser semanal e/ou quinzenal, conforme as ocorrências
identificadas.
A periodicidade para a comunicação ao Conselho Tutelar e/ou ao Ministério Público sobre os estudantes infrequentes deve
ser mensal ou bimestral, considerando o motivo identificado pela escola e/ou apresentado pelo discente para a
infrequência conforme o caso apresentado.
Nas Unidades de Ensino do campo que construíram o calendário escolar alicerçado na Pedagogia da Alternância, a
infrequência do estudante no espaço físico da escola pode não significar, necessariamente, ausência da prática
pedagógica escolar, devendo, então, serem observadas as singularidades dos cotidianos familiares, dos sujeitos do campo e
de suas específicas temporalidades e espacialidades em articulação com a escola em seu Projeto Político Pedagógico -
PPP, seu Histórico Cultural e Ambiental.
A infrequência de estudantes que estejam cumprindo Medidas Socioeducativas (Semiliberdade, Liberdade Assistida ou
Prestação de Serviço à Comunidade) deve ser informada, mensalmente, à respectiva Gerência de Regional ou à
Gerência/SEPREV de referência.
A infrequência de estudantes que estejam em Internação Provisória ou em Cumprimento de Medidas Socioeducativas de
Internação deve ser informada, mensalmente, à respectiva GERE para acompanhamento da área técnica responsável.

bandono e evasão
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Entende-se
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42
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.7. CEL - Centros de Línguas
O CEL/AL ofertará, por meio das Unidades de Ensino, nas 13 Gerências Regionais de Educação (GERES), prioritariamente, aos
estudantes e egressos da Rede Pública Estadual de Ensino, vagas nos seguintes cursos de línguas:
I. Língua Inglesa;
II. Língua Espanhola;
II. Língua Francesa;
IV. Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS;
V. Língua Portuguesa.

O CEL deverá, gradativamente, implementar os cursos de línguas em sua oferta, além construir seu Projeto Político
Pedagógico - PPP, a partir da comunidade escolar da unidade ensino. Cada curso poderá ser ofertado com carga horária
presencial, uma vez por semana, preferencialmente no período noturno, e com carga horária remota com apoio na
aprendizagem pela plataforma Moodle ou outra, definida pela SEDUC/AL. Os cursos terão carga horária mínima de 160
horas, configurando-se como: Cursos de Formação Incial e Continuada - FIC de qualificação profissional.
O CEL poderá desenvolver outras ofertas, conforme possibilidades e ajustes no programa e planejamento de oferta dos
cursos, sempre alinhado com as diretrizes da Administração Central da SEDUC/AL. O nível dos cursos (básico, intermediário
e avançado) e os testes de proficiência devem ser tópicos obrigatórios do PPP do CEL/AL.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


O CEL não é uma unidade de ensino, contudo caracteriza-se como uma extensão da unidade de ensino concedente do
espaço físico, devendo a GERE, articular espaços e equipamentos comuns da gestão, de professores, das aulas, de
materiais didáticos, instrumentos tecnológicos e correlatos, bem como, proceder às devidas lotações de servidores da
educação para o melhor atendimento aos públicos. A cada semestre a SEDUC deverá publicar em Diário Oficial o período
de inscrições e cursos. Cada GERE deverá através do SEI solicitar a abertura de seu CEL obedecendo aos critérios e
definições de acordo com a Portaria.
7.6. Integração Escola Comunidade
A Supervisão de Integração Escola e Comunidade - SIEC tem como objetivos fomentar e acompanhar o Protagonismo Juvenil,
possibilitando aos estudantes que eles se tornem o elemento central da prática educativa, de forma a participar ativamente de
todo o processo, desde a construção até a avaliação das ações propostas, de forma a vivenciar possibilidades de escolha e de
responsabilidades, com a finalidade de permitir ao estudante que ele tenha uma participação social de fato, contribuindo com a
escola e a comunidade ao qual está inserido, ressaltando a influência e importância que há na integração da comunidade com a
escola, mostrando que existem possibilidades e medidas práticas que propiciem essa inter-relação.
São ações desenvolvidas pela SIEC: Fomento e acompanhamento do Protagonismo Juvenil, articulação e engajamento dos
estudantes da Rede Estadual para participação de ações de protagonismo juvenil, Grêmios Estudantis - Elaboração do Edital e
acompanhamento do processo de escolha dos membros da Coordenação Estadual dos Grêmios Estudantis da Rede Estadual de
Alagoas - CEGREAL, como também fomento e acompanhamento das ações da Cegreal na Rede Estadual de Ensino e
coordenação do Encontro Estudantil da Rede Estadual, do Desfile Cívico em alusão à Emancipação Política de Alagoas, Festival
de Quadrilhas, do Programa Jovem Embaixador - PJE, do Programa Jovem Senador - PJS e do Programa Fulbrigth na Rede
Estadual.
DESFILE CÍVICO ESTUDANTIL
Anualmente, é elaborado um projeto com a temática do ano letivo para que seja comemorada a
Emancipação Política de Alagoas. Lançamos um edital onde convidamos as escolas a participarem do
Desfile Cívico Estudantil. Em conformidade com a portaria do ano letivo, as escolas participam de um
concurso de produção textual dentro da temática para que seja selecionada a escola e banda fanfarra
que representará a gerência regional.

Na realização do desfile as 13(treze) gerências regionais são representadas pelos pelotões.


FESTIVAL DE QUADRILHA JUNINA DAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL

Uma das maiores festas da cultura popular alagoana é a Festa Junina. E nas escolas ela
não passa despercebida, por isso a Seduc propõe o Festival de Quadrilha Junina das
Escolas da Rede Pública Estadual, que visa promover e estimular a cultura popular
alagoana por meio de apresentações de quadrilhas juninas matutas, fortalecendo as
raízes culturais e a democratização dos festejos juninos na região, contribuindo para a
promoção da diversidade das expressões populares.
Cada escola estimula a criação e ensaios de Quadrilha Junina Matuta para participar do
Festival promovido pela gerência regional entre as escolas de sua jurisdição.

43
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.7.1. ENCONTRO ESTUDANTIL DA REDE ESTADUAL DE ALAGOAS

O Encontro Estudantil é um evento multidisciplinar que apresenta a


culminância de programas, projetos, ações e atividades artístico culturais,
sociais ou científicas interdisciplinares. Realizado anualmente com a
finalidade de proporcionar aos estudantes, o incentivo à cultura, artes, ciências,
inovação e tecnologia, além de estimular o protagonismo uma vez que serão
eles os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de projetos com o
objetivo de incentivar maior integração entre a comunidade escolar e seu
território.
A SEDUC lança o edital conforme portaria do ano letivo, e os estudantes dentro do calendário publicado, efetuam suas
inscrições na modalidade escolhida.
Os estudantes inscritos participam de uma seleção, inicialmente feita pela Gerência Regional - GERE.
Durante o evento os trabalhos são apresentados e avaliados por uma comissão, que ao final selecionam os 03 (três) melhores
nas categorias existentes, que serão premiados com medalhas.
Todos os estudantes e professores orientadores selecionados recebem certificados como reconhecimento da sua
participação.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Público Alvo
Estudantes protagonistas da etapa do Ensino Médio, inclusive da modalidades EJA da rede pública estadual de ensino de
Alagoas.
Os estudantes poderão desenvolver suas atividades de forma individual ou coletiva, formando duplas ou grupos, sob a orientação
de um docente das escolas e/ou técnico da GERE da rede pública estadual, representando sua unidade de ensino com projetos
de incentivo à Cultura, Artes, Ciências, Inovação & Tecnologia que devem ser INÉDITOS ou já apresentados na unidade de ensino,
exceto em outras edições do Encontro Estudantil, eventos nacionais ou estaduais.

Modalidades e Regulamentos

Feira de Ciências do Estado de Alagoas - FECEAL é composta por três


categorias: Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (MECTI),
Mostra de Robótica e Programação, e Arena da Cultura Empreendedora da
Escola (ACEE). A feira tem como proposta promover a popularização das
ciências a partir da produção científica, tecnológica e empreendedora
desenvolvida nas escolas de educação básica com estudantes do ensino
médio da rede pública estadual.

MECTI - Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação


Incentivar nas unidades de ensino, a pesquisa científica como condição para explicar os fenômenos de forma lógica,
coerente e consistente, por meio de métodos de observação e experimentação.

Mostra de Robótica e Programação


Estimular e divulgar a produção de trabalhos científicos, inovações tecnológicas e metodológicas que
podem contribuir para o desenvolvimento de trabalhos na área de robótica realizados pelos estudantes do
ensino médio.

Arena da Cultura Empreendedora da Escola


Dar visibilidade ao protagonismo da Comunidade Escolar, por meio de projetos de fomento à Cultura
Empreendedora nas suas diversas modalidades, reunindo estudantes e professoras/es para que apresentem seus
Projetos Integradores com foco em Empreendedorismo com soluções de problemas no território.

Regulamento

FECEAL Mais detalhes pelo QR code ou pelo link abaixo :


https://docs.google.com/document/d/1v5BNy17pDQJ-RBhRpujfPdh5b9E0CYeDKBon3VYgpTk/edit

44
14 - Encontro Estudantil
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira

Tem como proposta promover ambientes propícios para o engajamento dos estudantes em
processos criativos bem como a incorporação de estudos, pesquisas e referências
estéticas, poéticas, sociais e culturais para a criação de projetos artísticos individuais,
coletivos e colaborativos, capazes de gerar processos de transformação, crescimento e
reelaboração de poéticas individuais e coletivas que proporcionam uma autonomia
reflexiva expressiva por meio da conexão entre o pensamento, a sensibilidade, intuição e
ludicidade. Conexões que ampliam o conhecimento do sujeito sobre si, o outro e o mundo
compartilhado e interconectam as percepções e compreensões do mundo em uma
perspectiva crítica, sensível e poética em relação à vida, que permite aos sujeitos estarem
abertos às percepções e experiências, mediante a capacidade de imaginar e ressignificar
os cotidianos e rotinas.

Mostra Estudantil de Artes Plásticas


A Mostra de Artes Plásticas é composta por duas categorias: Desenho e Pintura em Tela
e tem como finalidade promover e incentivar os estudantes a serem mediadores
culturais tornando-se protagonistas da escola, realizando apreciações e fruições através

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


da produção artística visual oportunizando reflexões, troca de ideias, pesquisas e
contextualizações históricas e socioculturais, ressignificando conhecimentos estéticos e
artísticos em compreensões mais amplas.

Regulamento Artes Plásticas


https://docs.google.com/document/d/18SetaFxgF808h_ol5V5gUsf6oV9ZHIhnPpCP-D8UVcU/edit#heading=h.fjlpl2dj3l36

Mostra Estudantil de Audiovisual


Incentivar a produção de vídeos em seus mais variados gêneros, criando
espaços de debate e de ampliação do repertório cultural, possibilitando
experiências e vivências por meio da linguagem audiovisual de forma
A Feira Livre de

transdisciplinar que estimula o desenvolvimento do processo de pesquisa Teotônio Vilela


apresentando conteúdos de forma significativa na prática, associado ao
cotidiano dos estudantes, desde o planejamento ao desdobramento da ideia, Acessibilidade e

Mobilidade

passando pelo roteiro, análise da técnica, montagem, edição de som, Reduzida

mixagem e etc.

Regulamento Audiovisual
https://docs.google.com/document/d/1s9j4YGw5FdE5_45Jp1KKvFcfsYqGdLcoTJTjz3ZzGSk/edit#heading=h.35nkun2

Mostra Estudantil de Fotografia de Alagoas


Promover e incentivar os estudantes a serem mediadores culturais proporcionando a experimentação na elaboração de técnicas
inventivas através do fazer artístico e maneiras de realizar apreciações e fruições que desenvolvam a percepção visual estimulando
o uso de novas linguagens através da fotografia, contribuindo para a valorização da identidade artística, a criação e a integração
entre estudantes, escolas e comunidade.

Regulamento Fotografia
https://docs.google.com/document/d/1LREA4An7N_NPcXblW2WLO6dGtfbECtoBntidIYJX_9s/edit#heading=h.35nkun2

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
Festival Estudantil de Dança Alagoas
Promover a dança como expressão artística, valorizando a apreciação, a criação, a
educação e o protagonismo estudantil com a prática da dança, possibilitando novas formas
de expressão e comunicação por meio da linguagem corporal, contribuindo para o processo
de ensino aprendizagem, para a valorização da identidade artística, a criação coreográfica
e a integração entre estudantes, escolas e comunidade.

Regulamento Dança
https://docs.google.com/document/d/1hSHIoRN_-d43LJUgEM5z8liGr_EH-VFjJufLQOy5aHQ/edit#heading=h.35nkun2

NAR
LIMI
E

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


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Festival Estudantil de Música de Alagoas

V
Incentivar e divulgar a atividade da composição musical dos estudantes da rede estadual, reforçando a importância do trabalho
artístico nas escolas, valorizando a música em suas diversas modalidades, estilos, ritmos e influências, bem como suas confluências
com outras artes, criando espaços para a manifestação da expressão da arte bem como o desenvolvimento de novos talentos.

Regulamento Música
https://docs.google.com/document/d/1vPsPwmflarYn2Pcx2U26UARu5Ms39BjZJHoOv5xkH8o/edit#heading=h.35nkun2

Festival Estudantil de Teatro de Alagoas


Incentivar a arte teatral nas escolas da rede pública do Estado de Alagoas, promover a integração do grupo, aprofundar discussões
sobre a importância do trabalho artístico nas escolas, além de fomentar a cultura, inclusão, diversidade, lazer e entretenimento.

Regulamento de Teatro
https://docs.google.com/document/d/16-Fshl7FvAfYtpZS2RAPjj0ZJim6JCVpVgDM0g3_6g4/edit#heading=h.35nkun2

Sarau Estudantil da Rede Estadual de Alagoas - SAEREAL


Estimular o desenvolvimento literário contribuindo para despertar nos estudantes o gosto pela leitura e
pela escrita, desenvolvendo o comportamento leitor e proporcionando a compreensão da linguagem
como forma de expressão e comunicação a partir de produções de diversos gêneros literários e
artísticos.

Regulamento do SAEREAL
https://docs.google.com/document/d/1Mj63t9MAXc98g3hpwoW0nbWz43HJHH4HROsl2rDLH1M/edit

46
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira

Intenciona fortalecer o protagonismo juvenil, proporcionando um espaço


para o compartilhamento de experiências, troca de ideias entre os
estudantes das unidades de ensino, como também premiar ações e
práticas que comprovadamente, tenham tido êxito e relevância no
tocante a promover estudos e debates sobre a história e cultura afro
indígena alagoana; práticas de combate à violência contra a mulher;
socializar práticas inspiradoras na busca de celebrar o espírito inventivo,
colaborativo oportunizando às crianças, jovens e educadores
explorarem materiais e tecnologias no ambiente escolar.

Encontro dos Grêmios Estudantis da Rede Estadual de Ensino


Fortalecer o protagonismo juvenil, proporcionando um espaço para o
compartilhamento de experiências, troca de ideias entre os Grêmios Estudantis e
todos os estudantes das unidades de ensino, buscando inspirar novas iniciativas,
liberdade de pensamento e de opinião, por meio de mecanismos de escuta,

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


interação e debates das juventudes gremistas, contribuindo com a melhoria da
educação de forma significativa para o fortalecimento da integração da escola,
seus estudantes e a comunidade.

Regulamento EGREAL
https://docs.google.com/document/d/1acyxcJsr6-12FbaGi1k6gHkBjJWde8h_xejpEnTppSA/edit

Prêmio Edvaldo Albuquerque de Protagonismo Estudantil


Incentivar, divulgar e premiar ações e práticas que valorizam a promoção do protagonismo das
juventudes estudantis que se propõem a transformar os seus territórios, desenvolvidas nas escolas
públicas de Alagoas que, comprovadamente, tenham tido êxito e relevância.

Regulamento Edvaldo Albuquerque


https://docs.google.com/document/d/1mWwCLrhsfH8Rlj7EQ2O1B1mSobgajoKko9xZYhqlEW0/edit#heading=h.35nkun2

Prêmio Personalidades Negras e Indígenas


Promover o estudo e debate sobre a história e cultura afro indígena alagoana
no ambiente escolar, a partir da produção do conhecimento, construído pelos
estudantes e docentes.

Regulamento Personalidades Negras e Indígenas


https://docs.google.com/document/d/12la6dBEE2tpg6IzEUCqUlezw0m-j-URNNAInq6RDQds/edit#

Prêmio Professora Cenira Angélica


O Prêmio Cenira Angélica tem como objetivo, promover no cotidiano escolar, a ampliação de
estudos e debates capazes de materializar reflexões e práticas de combate às violências de
gênero contra mulheres cisgêneras, transexuais e travestis. Trata-se de criar e reconhecer
projetos que resultem em práticas pedagógicas para orientar iniciativas que estimulem e
despertem práticas e políticas curriculares de inclusão, respeito e valorização às feminilidades.

Regulamento Cenira Angélica


https://docs.google.com/document/d/1pUHeIR12QSwq3fkvTJJyI9scl-4VZI3UMAfOSqT0jXE/edit#

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.8. Ações Complementares

pela Supervisão de Ações Complementares da Escola têm como objetivo principal a articulação com
As ações executadas
instituições parceiras (órgãos governamentais e instituições de natureza privada) e com as escolas da Rede Estadual, propondo
atividades que complementam o fazer pedagógico das unidades escolares.
As ações complementares ressaltam a relevância que há na integração da escola com as outras instituições, abordando temas
de interesse da comunidade escolar, como a promoção da saúde, prevenção e combate a violência e a promoção da cultura.
As articulações com outras instituições podem ser propostas pela Seduc ou articulada diretamente entre a escola e entidade
que atue na comunidade em que a escola está inserida. Para isso, é importante que a parceria seja oficializada junto à Gere
para que esta regularize com a administração central.
Entre outras parcerias que a Seduc estabeleceu com outras instituições para desenvolvimento de ações que acontecem no
ambiente escolar, temos:

PROGRAMA CIDADANIA E JUSTIÇA NA ESCOLA - PCJE


O Programa Cidadania e Justiça na Escola, subdivisão da Coordenação de
Projetos Especiais da Escola Superior de Magistratura de Alagoas- ESMAL,
tem como objetivo propiciar momentos de discussão, estudo, reflexão e
debate com a comunidade escolar de Maceió de forma a trabalhar temas

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


relevantes para desenvolver e fortalecer a noção de cidadania junto aos
estudantes, de maneira a torná-los agentes ativos no conhecimento
assimilado no programa, viabilizando a criação de uma rede conectada de
conscientização.
Desse modo, essa parceria sistematiza ações de Palestras, Cine Esmal,
Concurso de Redação, Natal Solidário, dentre outras realizadas nas Escolas
da Rede Estadual de Ensino que participam do programa.

Projeto RAVVS nas escolas


As ações da RAVVS (Rede de Atenção à vítima de violência) é uma parceria da
Secretaria de Estado da Saúde com a Seduc, que visa capacitar profissionais da
educação para prevenir e atuar no enfrentamento, no âmbito educacional, de
situações de violência física e psicológica sofridas por crianças e adolescentes.
A RAVVS tem promovido formações com os profissionais das escolas e oficinas com
os estudantes, com o objetivo de prevenir e identificar casos de abuso sexual. DITEAL
- DIRETORIA DE TEATRO DO ESTADO DE ALAGOAS/SEDUC
Parceria que promove o acesso à cultura aos estudantes da Rede Estadual de
Alagoas, sendo ofertados durante o ano letivo visitas ao teatro, espetáculos e
exposições.

VIVADI
Programa que acontece por intermédio de uma plataforma educacional digital
direcionada a acelerar o desenvolvimento das habilidades na escola em jornadas
continuadas, que vai desde a educação infantil ao ensino médio com o escopo de
estimular o desenvolvimento das habilidades sócio emocionais essenciais na escola.

Olímpiada de Língua Portuguesa - OLP


A Coordenação Estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa/2022 está na
Supervisão de Ações Complementares. A OLP implica em Formação para os
Professores da rede pública e Concurso de Produção Textual. Este, em 2023, terá a 8ª
Edição com os gêneros: Poemas, Memórias Literárias,Crônicas, Documentário e Artigo
de Opinião.
Tão logo o calendário da Olimpíada de Língua Portuguesa seja publicado, a Seduc
encaminhará às escolas para que professores e estudantes participem e dêem
continuidade ao sucesso crescente que tem sido o concurso.

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
CESSÃO DE ESPAÇO FÍSICO
Além de ações de articulação com outras instituições, a Supervisão de Ações Complementares lida com os processos de cessão
do espaço físico das unidades de ensino da rede estadual para realização de diversos tipos de eventos que tenham caráter
educativo e cultural.
A parte interessada deve abrir processo solicitando a cessão do espaço com, no mínimo, 20 dias de antecedência. É
interessante que haja uma conversa antes com a gestão da unidade de ensino para averiguar a possibilidade, se não atrapalha
as atividades letiva…, mas a cessão só pode ser autorizada pelo secretário de estado da educação. Na prática, a Seduc toma
ciência da solicitação e, entendendo ser viável, encaminha para que a escola e seu conselho escolar se pronunciem, podendo a
Seduc autorizar ou negar diretamente a solicitação.
A Portaria que rege a cessão de espaço físico das unidades de ensino é a de nº 11.657, publicada em 2016.
Obs : portaria em anexo para colocar no documento.

7.9. Gestão de Vagas


Gerenciar o reordenamento de vagas para fins de efetivação do processo de matrículas para o ano
letivo seguinte e acompanhar o preenchimento nas planilhas para organização das Chamadas
Públicas, fazendo reuniões com as Gerencias Regionais para a organização do reordenamento de
vagas.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Reordenamento de vagas para matrículas referentes ao ano seguinte de acordo com o espaço
físico de cada Unidade de Ensino;
Construção da Portaria de Matrícula;
Transferência interna de alunos da rede realizado pela SDEVE/SEDUC;
Inscrição/Resultado e Divulgação do Resultado da pré-matrícula.

INTEGRAL 7H
QUANTIDADE
QUANTIDADE DE ALUNOS VINDOS DO
MANHÃ TARDE NOITE
GERE MUNICÍPIO ESCOLA MANHÃ
DE SALAS MUNICÍPIO 9º ANO 1ª SÉRIE 1ª SÉRIE 1ª SÉRIE
1ª SÉRIE

7.10. Documentação e Vida Escolar


As Unidades de Ensino devem encaminhar às GEREs as solicitações de criação de turmas de acordo com a
modalidade de ensino e turnos ofertados conforme matrículas realizadas. Consequentemente as Geres compilam
as solicitações de todas as Unidades de Ensino de suas respectivas jurisdições e encaminham à Supervisão de
Documentação e Vida Escolar - SDEVE por meio do e-mail documentação.escolar@educ.al.gov.br para que
sejam efetivadas as criações no sistema de gestão da Rede Pública Estadual.

No caso de paralisação ou e/ou extinção e atos de criação das novas Unidades de Ensino da Rede

Estadual a Regional de Educação deverá abrir processos solicitando as providências legais.

Ações e suporte da SDEVE:


Acompanhar e orientar os atos regulatórios das Unidades de Ensino;
Minutas de Lei e ou Decretos para criação de Escolas Novas, como também encerramento de atividades;
De acordo com as matrizes curriculares criar os programas pedagógicos no SISTEMA;
Criação de turmas para todas as Unidades de Ensino da rede.
Suporte técnico às Escolas e Gerências Regionais - Promover formação para técnicos das Gerências Regionais da Rede
Estadual de Ensino no que se refere ao Sistema SAGEAL.
Formação para Inspetores Educacionais da Rede Estadual de Ensino no que concerne os processos de Calendários
Escolares e Publicação de Concluintes para o cumprimento dos Calendários Escolares, garantindo o mínimo de horas e dias
letivos previsto na legislação.
Orientação e acompanhamento da abertura de tramitação dos processos de paralisação e/ou extinção e atos de criação
das Unidades de Ensino da Rede Estadual - Orientar a elaboração e abertura de processos.
Apoio Técnico para repasse de recursos financeiros - Levantar dados/informações dos alunos concluintes do Ensino Médio e
enviar planilhas para CEF.

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.9.1. Publicação de Concluintes
Todas Unidades de Ensino que ofertam Ensino Médio, ao final do ano letivo
devem abrir processo e encaminhar às Gerências Regionais para
homologação da Inspeção as ATAS de resultado finais das turmas
concluintes solicitando as publicações no DOE – AL. Os concluintes serão
publicados conforme modelo abaixo:
As GEREs devem encaminhar e Acompanhar as publicações de concluintes
e dos atos regulatórios das escolas estaduais no DOE – AL, de acordo com
processos das Unidades de Ensino homologados pelos inspetores
regionais.para subsidiar o trabalho do/no setor - Acompanhar as
publicações no DOE-AL.

7.11. Sistema Oficial de Gestão da SEDUC


O Sistema Oficial de Gestão da SEDUC é a ferramenta oficial da
Secretaria de Estado da Educação para a coleta de informações,
gerenciamento das atividades de gestão, controle do processo pedagógico
e das atividades administrativas das unidades escolares e o uso do Diário

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


de Classe On-line - DCO, disponibilizado no Sistema. É o mecanismo
oficial para registro das atividades docentes, avaliação e frequência dos
estudantes, bem como estabelecer procedimentos referentes à inserção de
dados, prazos e sanções para seu uso pelas Unidades de Ensino.

Os registros no Diário de Classe On-line - DCO obedecerão


IMPORTANTE aos seguintes prazos:

I – Frequência do estudante - até 48 h após o encerramento da aula;

II - Conteúdos ministrados - até 48 h após o encerramento da aula;

III – Nota - até 05 (cinco) dias úteis após o encerramento do bimestre;

IV – Nota da recuperação final e 2ª Chamada - até 05 (cinco) dias úteis


após encerramento do período letivo.

Frequência;
Avaliação e notas dos estudantes;
Conteúdos aplicados; e
Procedimentos adotados em sala de aula referente a turma que está vinculado.
A inserção dos dados no Diário de Classe On-line – DCO é dotado de presunção da veracidade e de inteira responsabilidade
do professor.
Compete à escola, por meio de sua equipe diretiva (direção, coordenação pedagógica e articulador(a) e secretaria escolar)
acompanharem e fiscalizar o bom andamento do Diário de Classe On-line - DCO, bem como emitir todos os documentos que
forem solicitados.
O Diário de Classe On-line – DCO deve está com todos os campos de informações (conteúdo, nota e frequência)
devidamente preenchidos para que a secretária(o) ou agente administrativo possa fazer o cálculo de encerramento das turmas
e a rematrícula dos estudantes, gerando assim as Atas e demais documentos. É importante que os conteúdos sejam detalhados
com competências e habilidades propostas no Referencial Curricular de Alagoas - RECAL, inclusive com desenvolvimento da
aula.
As turmas concluintes do Ensino Médio, em todas as suas modalidades, utilizarão as Atas de Resultados Finais do Sistema,
como peça do Processo de Publicação de concluintes.

50
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.12. Calendário Letivo Escolar
As ações de responsabilidade da Supervisão de Documentação e Vida Escolar - SDEVE tem
como objetivo:
Promover momentos (in)formativos com os/as inspetores(as) educacionais para
socialização e orientações acerca dos Calendários Letivos Escolares.
Receber, analisar e despachar processos, via SEI !
Orientar os/as Inspetores(as) Educacionais sobre eventuais ajustes nos Calendários Letivos
Escolares decorrentes a situações emergenciais - pandemia, chuvas intensas, transportes,
suspensão e/ou reposição de aulas.
Acompanhar e registrar em planilha setorial os processos relacionados aos calendários
Letivos Escolares da Rede Estadual considerando a Escola e sua respectiva Gerência
regional.

A elaboração (versão piloto) dos Calendários Letivos Escolares (CLEs), tem como instrumentos orientadores os seguintes
documentos oficiais:
Lei de Diretrizes de Bases Nacionais - LDBEN
Conselho Nacional de Educação - CNE
Portarias

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Matrizes Curriculares - correspondentes a cada etapa e modalidade de ensino,
respeitando o total mínimo de dias e horas letivas.
A garantia do cumprimento do total mínimo de dias e horas letivas está preconizada na LDBEN
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) em seu Art. 12. Os estabelecimentos de
ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas.

O ano letivo e os períodos letivos de 2023 tem início em 06 de fevereiro de 2023 para a Unidades de Ensino da Rede
Pública Estadual, respeitando o tempo reservado no início do ano letivo referente às Reuniões de Organização do
Trabalho Pedagógico (ROTP) e da organização interna das Unidades de Ensino previstas para os dias 01, 02 e 03 de
fevereiro de 2023.

O recesso escolar deverá ser realizado no período de 19 de junho a 03 de julho mesmo que o 1º semestre do ano
letivo ou período letivo não tenha sido encerrado.

Que as Unidades de Ensino que ofertam Ensino Fundamental e ou Ensino Médio Diurno,
Ensino Médio Noturno (ingressantes a partir do ano letivo 2023) e na modalidade EJA e
ou EJA Modular cumpram o mínimo de 200 (duzentos) dia letivos anuais. Não estão
inclusos nesses dias: os exames de final de ano (recuperação final), contabilizados à
parte, as reuniões de planejamento (ROTP) e as demais atividades dos professores sem a
presença dos estudantes;

Que as Unidades de Ensino que ofertam o Ensino Parcial Noturno (ingressantes de 2020
a 2022) cumpram 250 (duzentos e cinquenta) dias letivos anuais, conforme o total de
carga horária anual estabelecido na Matriz Curricular, adotada ´pela SEDUC para cada
série/ano/período/módulo. No caso do Ensino Parcial Norturno (ingressantes de 2020 a
2022), não estão inclusos os exames de final de ano (recuperação final), contabilizados
É IMPORTANTE: à parte, as reuniões de planejamento (ROTP) e as demais atividades dos professores sem
a presença dos estudantes;

Que as Unidades de Ensino submetam o calendário escolar para apreciação e


aprovação do Conselho Escolar e encaminhem à respectiva Gerência Regional de
Educação - GERE ao setor de Inspeção Educacional, devidamente assinado pelo(a)
coordenador(a) e gestor(a), acompanhado de matrizes, horário de aulas, memorando e
ata de aprovação do Conselho Escolar pata análise e homologação, até 20 dias após o
início do ano letivo.

51
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
Calendário Letivo Padrão 2023

(16-02) FUND (05 e 08 horas) MÉDIO (07 e 09


(16-02) EJA PERÍODO - FUNDAMENTAL (D) (420h (16-02) EJA PERÍODO - FUNDAMENTAL (N) (336h
horas) (1000, 1600, 1400, 1800).pdf

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


ANUAIS).pdf ANUAIS).pdf

(16-02) MÉDIO EJA MODULAR (D) (1240 h (16-02) MÉDIO EJA MODULAR (N) (1200h (16-02) MÉDIO PARCIAL DIURNO (1080h
ANUAIS).pdf ANUAIS).pdf ANUAIS).pdf

(16-02) MÉDIO PARCIAL NOTURNO DE 3 ANOS (SS) MÉDIO PARCIAL NOTURNO DE 4 ANOS
(1000h ANUAIS).pdf (760h ANUAIS).pdf

Acesse e BAIXE (FAÇA O DOWNLOAD) os arquivos para edição e ajustes do Calendário Letivo de sua Unidade de Ensino

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7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.13. Alimentação Escolar
A Alimentação Escolar é um direito assegurado pelo Governo Federal a todo estudante da educação básica pública
brasileira por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar. O recurso financeiro enviado leva em consideração o
quantitativo de alunos matriculados na rede e é destinado para a cobertura de 200 dias letivos.

O recurso repassado pelo Governo Federal considera o quantitativo de estudantes informados no Censo Escolar realizado no ano
anterior e o recurso repassado pelo Governo de Alagoas considera o quantitativo de estudantes informados no SAGEAL (Sistema
de Gestão Escolar de Alagoas) até 30 dias após o inicio do ano letivo. Diante disto, é importante a atualização dos dados de
matrícula em tempo hábil para assegurar o recurso financeiro adequado.

O único profissional autorizado e apto para elaboração de cardápios e/ou adaptação dos mesmos é o nutricionista. Na
rede estadual de ensino o mesmo é construído ou adaptado após análise de todas as nutricionistas do corpo técnico da
Secretaria de Estado da Educação.

Os cardápios para o ano letivo de 2023, bem como todas as orientações e ferramentas de apoio estão disponíveis no Caderno
Orientador da Alimentação Escolar - 2023 (que deverá ser impresso e ter cópia nas cozinhas para acesso e leitura dos
manipuladores de alimentos) e no site do Escola Web.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Tenho estudante com patologias, como proceder?

Deve-se solicitar cardápio especifico para o mesmo por


meio de processo no SEI, solicitando via memorando e
Como solicitar adaptação de cardápio?
anexando laudo médico, para a unidade SEDUC SEPP. O
prazo para retorno é de até 30 dias úteis.
Deve-se preencher o Formulário de Solicitação de
Adaptação de Cardápio, anexando as comprovações
solicitadas e enviar via processo no SEI para a unidade
SEDUC SEPP. O prazo para retorno é de até 30 dias úteis.

7.13.1. AGRICULTURA FAMILIAR

Do montante de recurso repassado pelo Governo Federal é obrigatório


utilizar 30% adquirindo produtos direto de agricultores familiares, conforme
preconizado pela Resolução FNDE n° 06 de 09 de maio de 2020. A Secretaria
de Estado da Educação lança anualmente editais de chamada pública para
credenciamento de grupos formais e informais de agricultores familiares,
definindo alguns dos alimentos e o respectivo valor que, posteriormente,
deverão ser adquiridos pelos gestores escolares nas GERES contempladas.

Além disto, é possível comprar direto dos agricultores familiares que possuem
os documentos necessários para a correta prestação de contas. Para
estimular a aquisição deste produtos foi lançado o Catálogo de Produtos da
Agricultura Familiar de Alagoas que apresenta contatos de cooperativas e
associações.

Contato do Setor de Nutrição

E-mail: nutricao.sure@educ.al.gov.br
Endereço: Avenida Fernandes Lima, n° 679, Shopping Cidade, 1° andar,
Superintendência da Rede Estadual de Ensino
Unidade no SEI: SEDUC SEPP
Site: https://escolaweb.educacao.al.gov.br/pagina/alimentacao-escolar

53
7 - Gestão Político Institucional, Administrativa e Financeira
7.14. Recursos Financeiros
O repasse descentralizados de recursos financeiros destinados às unidades executoras das Unidades de Ensino da Rede
Estadual possuem critérios baseados em Leis, Resoluções, Decretos e Portarias para normatização e instruções de execução
dos recursos.
Os repasses financeiros visam garantir:
a conservação da unidade de ensino;
aquisição de materiais e serviços destinados ao desenvolvimento dos programas e ações pedagógicas;
aquisição de material e serviço de custeio;
pequenos investimentos que concorram a garantia do funcionamento administrativo da unidade de ensino; e,
para aquisição de bens permanentes.
aquisição de gêneros alimentícios.

Para utilização dos recursos a equipe gestora, com participação do conselho escolar, deverá
realizar o levantamento e seleção dos materiais e bens e/ou serviços destinados a suprir as
necessidades prioritárias da escola, além de considerar as categoria econômicas determinadas na
legislação em vigor.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Para utilização dos recursos é necessário que se faça uma reunião com os Conselhos Escolares
para a construção de um plano de ação financeira constando as ações a serem executadas com
os recursos recebidos de cada programa, onde deverá ser registrado em ATA. Após isso deverão ser
feita as pesquisas de preços, verificar a aptidão das empresas, emissão das certidões negativas e
em seguida e efetivação da compra dos produtos/serviços.

Após a utilização dos recursos, a escola deve realizar a prestação de contas dos recursos
recebidos, contendo os documentos comprobatórios.
7.15. Prestação de Contas

Os prazos para apresentação das prestações de contas dos recursos oriundos do FNDE
(PNAE e PDDE) e da SEDUC (PROGRAMA ESCOLA DA HORA, RUMO ÀS AULAS -
AVANÇA GRÊMIO e PROGRAMA MAIS MERENDA) e (PRÊMIO DE QUALIDADE IB GATTO
FALCÃO e GEITE), exercício de 2023 devem ser seguidos conforme abaixo:

1.1 – FNDE / PNAE


1.1.1 – 1º semestre / 2022 (31/07/2023);
1.1.2 – 2º semestre / 2022 (13/01/2024).

1.2 – FNDE / PDDE E AÇÕES AGREGADAS


1.2.1 – 1º semestre / 2022 (31/07/2023);
1.2.2 – 2º semestre / 2022 (31/01/2024).

1.3 – SEDUC / PROGRAMA MAIS MERENDA


1.3.1 – 1º semestre / 2022 (31/07/2023);
1.3.2 – 2º semestre / 2022 (13/01/2024).

1.4 – SEDUC / PROGRAMA ESCOLA DA HORA


1.4.1 – Anual / 2023 (31/01/2024).

1.5 – SEDUC / PRÊMIO DE QUALIDADE IB GATTO FALCÃO


1.5.1 – Contar noventa dias após o recebimento da segunda e última parcela.

1.6 – SEDUC / GESTÃO INTEGRADA DO TRANSPORTE ESCOLAR – GEITE


1.6.1 – Após a conclusão de adesão ao Termo entre a Prefeitura e o Estado, que ocorre automaticamente, no
início de cada ano, o município deverá apresentar a prestação de contas. Sugerimos, no final da segunda
quinzena, para dar tempo de buscar os extratos junto às instituições bancárias.

54
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
8.1. Avaliação Educacional

Compreendemos que a avaliação educacional externa e em larga escala possui diferentes significados,
tendo em vista que Avaliar é um termo polissémico. Aqui é entendido como um processo que, através da
aplicação de testes cognitivos padronizados para os estudantes em determinada área do conhecimento,
permite aferir a aquisição de:

COMPETÊNCIAS HABILIDADES

A avaliação em larga escala,


Nesse sentido, a avaliação externa se por um lado permite uma visão mais
ampla da realidade educacional, por outro lado projeta, de acordo com as nessa perspectiva, identifica
ações executadas, o aluno, o professor, a escola e os gestores de modo o que a escola deveria
geral, o que significa que avaliamos a qualidade do ensino ofertado. Isso produzir e projetar na
porque qualquer processo avaliativo constitui-se como um diagnóstico do
comunidade a que pertence.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


nível de desempenho do avaliador e do avaliado.

A escola é partícipe na responsabilidade da busca da melhoria da qualidade da educação, tendo em vista que, de acordo com o
desempenho que apresenta nas avaliações externas e internas, este agente deve apresentar propostas de modificação em sua
sistemática de trabalho, visando à superação das dificuldades dos seus estudantes.

Isso porque avaliar não é simplesmente recolher dados, mas


debruçar sobre eles e dar importância aos pontos essenciais
que necessitam de intervenção.

Mas esse papel não é exclusividade da escola. Salientamos que o Sistema de


Avaliação Educacional de Alagoas -SAVEAL - tem como papel retroalimentar as
redes de ensino, apontando necessidades que podem ser tomadas como pontos de
partida para a elaboração de políticas educacionais, desde as macro estruturais,
que cabem às secretarias de educação, até as executadas em sala de aula.

Somado a isso, o SAVEAL visa atender a, pelo menos, duas metas específicas do Plano Estadual de
Educação (PEE), LEI Nº 7.795, DE 22 DE JANEIRO DE 2016:

Meta 7
Meta 5
Preconiza fomentar a
Estratégia 5.2, que define qualidade da educação
instituir, em regime de básica em todas as etapas
colaboração, instrumentos e modalidades, com
de avaliação estadual melhoria do fluxo escolar e
específicos para aferir a da aprendizagem de modo
alfabetização das crianças, a atingir as médias
nacionais para o IDEB.

55
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
8.1.1 Avaliação Educacional - Ações Previstas

SAVEAL
Avaliação externa em Larga Escala, composta pela aplicação de testes cognitivos impressos de Língua Portuguesa e Matemática
para os estudantes de 2º, 5º, e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio.

FLUÊNCIA

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Aplicação de Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa de Fluência Leitora, composta por teste oral, dividido em três partes
de leitura: palavras, pseudopalavras e texto/ interpretação textual, aplicado para estudantes de 2º ano Ensino Fundamental.

AV. DIAGNÓSTICA DO EM
Aplicação de Avaliação Diagnóstica, composta por teste digital nas 04 áreas do conhecimento, a saber: Linguagens,
Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Aplicada para as turmas de 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio.

SAEB 2023 - CRONOGRAMA DE APLICAÇÃO: 23/10/2023 A 03/11/2023, CONFORME


PORTARIA DO INEP Nº 573, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2022

Sobre os resultados SAVEAL 2021, orientamos que sejam feitos os acessos à


Plataforma de resultados e sejam avaliadas formas de execução de planejamento
de aulas com base nas evidências dos resultados, para mininizar os déficits de
aprendizagem, ao mesmo tempo, potencializar as aprendizagens adquiridas pelos
estudantes. O gestor escolar deve acessar a plataforma, se autocadastrar, em
seguida, cadastrar sua equipe escolar (coordenador, articulador, professores de
Língua Portuguesa e Matemática). O Link de acesso é:

https://avaliacaoemonitoramentoalagoas.caeddigital.net/#!/pagina-inicial

O primeiro acesso do gestor é feito com o código do Inep da escola, como usuário e senha. Depois, preenche os dados pessoais e
profissionais, salva o autocadastro e faz novo login, tendo CPF como usuário e senha. Agora é só cadastrar a equipe escolar.
Todos farão acesso com o CPF como usuário e senha.

Um tutorial foi enviado para as Gerências Regionais e também para o e-mail da


escola. Qualquer dúvida, procurar a GERE.

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8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
8.2. Censo Escolar da Educação Básica

O Censo Escolar é uma pesquisa estatística declaratória realizada anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), em regime

de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, que tem por objetivo realizar um

amplo levantamento sobre a educação brasileira. É o mais importante levantamento estatístico educacional

sobre as diferentes etapas e modalidades de ensino da educação básica e da educação profissional.

Qual a finalidade do Censo Escolar ?


O Censo Escolar é uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais compreendam a

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


situação do ensino no país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito Federal, bem como das
escolas e, com isso, acompanhem a efetividade das políticas públicas.

Quais são as etapas da pesquisa ?


Matrícula Inicial
A Matrícula Inicial é a primeira fase de coleta do Censo Escolar. Nessa fase são coletados dados
de escolas, gestores, turmas, alunos e profissionais escolares em sala de aula, de todos os
estabelecimentos públicos e privados de educação básica e educação profissional, com base na
realidade das escolas na data de referência do Censo Escolar

Situação do Aluno
O módulo Situação do Aluno é a segunda etapa do Censo Escolar
da Educação Básica e tem por objetivo coletar as informações de
rendimento e movimento, ao final do ano letivo, dos alunos que
foram declarados na Matrícula Inicial. Para fornecer informações
sobre rendimento do aluno no Sistema Educacenso, a escola
declara a condição de aprovado ou reprovado. Há também outras
situações em que o aluno pode se encontrar e que indicam o seu
movimento. São elas: transferido, deixou de frequentar ou falecido.

Como a pesquisa se realiza ?


Por meio do Sistema Educacenso, uma plataforma eletrônica on-line
desenvolvida e mantida pelo Inep. Os dados censitários são coletados por
meio de cinco formulários: aluno, profissionais escolares em sala de aula,
gestor escolar, turma e escola.

57
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
Quem é responsável pela declaração das informações?

Cabe aos diretores e dirigentes dos estabelecimentos de ensino público e privado


responder ao Censo Escolar no Sistema Educacenso, responsabilizando-se pela
veracidade das informações declaradas.
O responsável pela escola responde administrativa, civil e penalmente pela
inclusão de informação inadequada, se comprovada a omissão ou a comissão, o
dolo ou a culpa, nos termos legais.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023

O Censo é realizado de forma descentralizada, por meio de uma colaboração entre a União, os
estados e os municípios. De acordo com a Portaria MEC nº 316, de 4 de abril de 2007, os qual
determina as atribuições para os diferentes atores no processo.
Anualmente é publicado no Diário Oficial da União portaria que define o cronograma de atividades
do Censo Escolar da Educação Básica.

58
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
Quais os principais programas governamentais que utilizam
o Censo Escolar ?

– Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)

– Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

– Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE)

– Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)

– Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023

IMPORTANTE:

O cronograma referente a 2023 será publicado em meados de março/2023

59
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
Cronograma: ETAPAS
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, no Diário Oficial da União (DOU)
desta terça-feira, 29 de março, o cronograma do Censo Escolar da Educação Básica 2022.

A Portaria n.º 89/2022 estabelece as datas e os responsáveis pelas duas etapas da coleta, bem como as atividades do
processo de declaração das informações da pesquisa estatística.

A coleta de dados da primeira etapa — Matrícula Inicial — começa no dia 25 de maio, última quarta-feira do mês em
2022, considerada a data de referência do Censo Escolar, em cumprimento à Portaria MEC n.º 264, de 26 de março de
2007. Os responsáveis pelas escolas e redes de ensino devem declarar os dados no Sistema Educacenso, até o dia 1º de
agosto.

O Censo Escolar é dividido em duas etapas:

1ª Matrícula Inicial

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Na primeira, o Inep apura informações sobre os estabelecimentos de ensino, turmas, alunos,
gestores e profissionais escolares em sala de aula. Em relação ao ano letivo de 2022, a
divulgação dos dados finais da Matrícula Inicial no DOU está prevista para a segunda quinzena
de dezembro.
2ª Situação do Aluno
Já na segunda etapa da pesquisa, o Instituto levantará informações relativas ao “rendimento”
dos estudantes — quantidade de aprovados ou reprovados — e ao “movimento” — quantos
foram transferidos, deixaram de frequentar a escola ou faleceram —, ao término do ano letivo
de 2022. A coleta de dados da Situação do Aluno ocorrerá no período de 1º de fevereiro a 17
de março de 2023.

60
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
8.3. Inspeção Escolar
A Superintendência do Sistema Estadual de Educação, Secretaria de Estado de Educação de Alagoas - SEDUC -AL, por meio da
Supervisão de Orientação e Inspeção Escolar - SOIE, vem apresentar informações sobre sua estrutura, funções e ações realizadas
por esta supervisão. A Soie está dividida em frentes de atuação que norteiam o trabalho da Inspeção Central da SEDUC-AL e das
Gerências Regionais de Educação - Geres.

Das atribuições do Inspetor Educacional junto aos sistemas e rede de


ensino, destacam-se aquelas referentes à verificação, ao controle,
ao acompanhamento e a avaliação da regularidade dos atos
normativos de funcionamento das instituições escolares e dos
aspectos relacionados à regularização da vida escolar dos alunos
assistidos.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Atos Regulatórios

Os processos de regularização de instituições escolares dizem respeito àqueles processos que atestam a
abertura, avaliação, modificações e encerramento de instituições escolares. Uma instituição que
pretenda oferecer serviços educacionais necessita obter um ato normativo para que seja admitida a
ofertar tais serviços, em casos de escolas da rede privada, a concessão. Este ato se expressa por meio
de uma credencial obtida através da constatação de que possui as condições básicas de
funcionamento, documentadas oficialmente por processos. Isso significa que a escola é registrada junto
aos órgãos competentes. Esses atos normativos recebem o nome de credenciamento, autorização e
reconhecimento junto ao sistema de ensino.

Todo esse processo de regularização


No Sistema Estadual de Educação do
das instituições escolares faz parte
Estado de Alagoas esses atos são
da rotina da inspeção escolar, pois,
normatizados pela Resolução de
tem a incumbência de subsidiar os
Nº51/2002 - CEE-AL, que estabelece as
órgãos do Sistema de Ensino quanto à
normas para credenciamento, autorização
orientação, à supervisão e a avaliação
e reconhecimento de instituições
do Sistema Estadual de Ensino de
escolares.
Alagoas.

Todas as unidades de Ensino que compõem a Rede Estadual, devem Prazos:


atualizar os Atos Regulatórios a partir das necessidades observadas em
suas Portarias; consequentemente suas Resoluções; de Credenciamento, I - Credenciamento: 10 (dez) anos;
Autorização e Reconhecimento, conforme prazo de validade de acordo
II - Autorização: 02 (dois) anos;
com a Resolução Nº 51/2002 - CEE-AL.

III - Reconhecimento:
Educação Infantil - 3 (três) anos;
O credenciamento, a autorização e o reconhecimento são concessões do
Ensino Fundamental - 4 (quatro) anos;
Poder Público, através do Conselho Estadual de Educação de Alagoas e
Ensino Médio - 3 (três) anos.
têm prazos de validade específicos, conforme a etapa ou modalidade.

61

8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar


Equivalência de estudos realizados
no exterior

Amparada pela Resolução de Nº 002/2019 - CEE-AL, que fixa normas para o reconhecimento da equivalência de estudos da
Educação Básica e Educação Profissional Técnica de Nível Médio realizados no exterior, revalidação de certificados e diplomas.

Quais sejam:
I – reconhecimento da equivalência de estudos da educação básica e da educação profissional técnica de nível médio
realizados no exterior;
II – revalidação de certificados e diplomas expedidos no exterior;
III – transferência de estudantes de país estrangeiro.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


A equivalência de estudos completos do ensino
fundamental e/ou do ensino médio ocorre quando o
aluno que pretende continuar etapas de ensino em
nosso sistema educacional, concluíram os referidos
estudos no exterior.

A equivalência de estudos incompletos do ensino


fundamental e do ensino médio ocorre quando os
alunos que estudaram no exterior e não concluíram o
ensino fundamental ou o ensino médio, e pretendem
se matricular em nosso sistema de educação.

O interessado em realizar a revalidação de


certificado ou diploma expedido no exterior deverá
encaminhar ao setor, Supervisão de Orientação e
Inspeção Escolar - SOIE, da Secretaria de Estado
da Educação o pedido de equivalência.

O interessado em realizar a equivalência de estudos


realizados no exterior para continuidade de estudos na
Educação Básica, poderá fazê-la em instituição de
ensino credenciada e com o respectivo curso
Se liga! autorizado e/ou reconhecido no Sistema Estadual de
Ensino de Alagoas.

62
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
Certificação

ENCCEJA

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos - ENCCEJA, foi realizado para aferir competências,
habilidades e saberes de Jovens e Adultos que não concluíram o Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio na idade adequada.
O Encceja é realizado pelo Inep em colaboração com as secretarias estaduais de educação e Institutos Federais de Educação,
Ciência e Tecnologia. O Exame é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a
emissão dos certificados e declarações de proficiências é de responsabilidade das Seduc e Ifes, que firmam o Termo de
Adesão ao Encceja. Em nosso estado a unidade certificadora é a SEDUC/AL.
www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/encceja

O interessado em obter o certificado de conclusão deverá atender

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


aos seguintes requisitos:

I - possuir 15 (quinze) anos completos para a certificação no


Ensino Fundamental e 18 (dezoito) anos completos até a data de
realização das provas do ENCCEJA.

II - atingir o mínimo de 100 (cem) pontos em cada uma das áreas


de conhecimento do Exame; e

III - atingir o mínimo de 5,0 (cinco) pontos na redação.

A certificação com base nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, iniciou na
ENEM edição 2009 até 2016, e destina-se às pessoas que não concluíram o Ensino Médio em idade
própria.

O interessado em obter o certificado de conclusão do Ensino


Médio deverá atender aos seguintes requisitos:

I - Indicar a pretensão de utilizar os resultados de desempenho


no Exame para fins de certificação de conclusão do Ensino
Médio, no ato da inscrição, bem como a Instituição
Certificadora;

II - Possuir no mínimo 18 (dezoito) anos completos na data da


primeira prova de cada edição do Exame;

III - Atingir o mínimo de 450 (quatrocentos e cinquenta na


edição 2011 a 2016) e 400 (quatrocentos na edição 2009 a 2011)
pontos em cada uma das áreas de conhecimento do Exame;

IV - Atingir o mínimo de 500 (quinhentos) pontos na redação.

63
8 - Avaliação Educacional, Censo e Inspeção Escolar
Secretaria Escolar
A Secretaria Escolar é o setor responsável pela documentação sistemática da vida da

escola em seu conjunto. Seu papel é o de proceder, segundo determinadas normas, ao

registro:
I - Da vida escolar dos alunos;
II - Da vida funcional dos professores, dos técnicos e administrativos;
III - Dos fatos escolares;
IV - Dos atos regulatórios.

A escola é uma organização que lida com vidas de pessoas. Sua peculiaridade é ser a primeira instituição que o
cidadão ou cidadã, ainda crianças, conhecem depois da família. Mais ainda, uma instituição que tem a missão
de educar em complemento, conjunto às famílias. A experiência na escola pode desenvolver sentimentos de
confiança, satisfação e de pertencimento à sociedade e de exercício à cidadania.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Atribuições do Secretário Escolar, conforme a Lei Nº 6.575/2005, Capítulo II, Das
atribuições, Art 3º(Redação dada pela Lei Nº 6.597/2005), Incisos I ao XXV; entre eles:
I– realizar atividades de assessoramento à direção da escola, respondendo pela secretaria da
escola, apoiar os serviços administrativos, analisar, organizar, registrar e documentar fatos ligados
à vida escolar dos alunos e à vida funcional dos servidores da escola;
III – atender ao pessoal da escola, da comunidade e ao público em geral;
IV – zelar pela identidade da vida escolar do aluno e pela autenticidade dos documentos
escolares;
XI – responsabilizar-se por toda a escrituração, expedição de documentos escolares e
certificados de conclusão, bem como pela autenticidade dos mesmos;
XIII – coordenar a organização e conservação do arquivo ativo e inativo da escola;
XIV – manter em sigilo a documentação atinente à vida escolar dos alunos e à vida funcional dos
servidores da escola;
XXIV – responsabilizar-se pela divulgação, pela guarda e atualização da Legislação Educacional;

O Secretário é o funcionário do qual a Diretoria assiste, delega e


endossa as ações documentadas. O secretário credenciado é de
IMPORTANTE!!! suma importância para a autorização e um bom funcionamento de
uma instituição escolar, presença indispensável. A secretaria é o
coração da escola.

A Secretaria e suas interações:


COM A DIREÇÃO: Assessoria, execução, coordenação e supervisão das atividades administrativas sob sua
responsabilidade; Harmonia de propósitos e de princípios;

COM A INSPEÇÃO: Colaboração; Apresentação de situações para ratificação ou retificação;

COM O CORPO DISCENTE: Atendimento direto, sem intermediários; Busca de soluções;

COM O CORPO DOCENTE: Elemento de ligação entre atividades pedagógicas e administrativa;

COM OS PAIS E COMUNIDADE EM GERAL: Presteza de informações; Busca de soluções; Respeito ao sigilo
profissional;

COM ÓRGÃOS COLEGIADOS: Subsidiar com informações; Formar o apoio ao bom andamento das reuniões.

64
9 - Recomposição
9.1. Estratégias de recomposição das aprendizagens
Ao iniciar o ano letivo de 2023, a recomposição das aprendizagens ainda permeia o
desenvolvimento das atividades pedagógicas. Em 2022, as atividades escolares
ocorreram 100% presencial depois de quase dois anos de ensino remoto/híbrido em
decorrência do distanciamento social imposto pela pandemia. Assim, tornou-se urgente a
implementação de estratégias de promoção da Recomposição das Aprendizagens, com o
objetivo de entender e atuar nas lacunas de aprendizagem dos estudantes. Desse modo,
a rede pública estadual de ensino de Alagoas desenvolveu uma série de ações
pedagógicas a fim de atender as necessidades e a garantia do direito de aprendizagem.
Por recomposição de aprendizagens entende-se o processo em que o foco é garantir a
construção de conhecimentos que ajudem a desenvolver competências e habilidades de
acordo com o ano escolar em que os estudantes estão cursando. Para atingir este
objetivo as unidades de ensino, os gestores e professores devem, de forma articulada,
desenvolver práticas didáticas concretas para garantir a aprendizagem em todas as salas
de aula da rede pública de ensino de Alagoas. Para 2023 a recomposição das
aprendizagens será pautada nas seguintes práticas:

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


a) Estabelecimento de metas de aprendizagens dos estudantes
Apropriação dos resultados das avaliações externas e internas visando a definição de metas de
aprendizagem. Para tanto, deve-se interpretar os resultados das avaliações promovidas pela rede,
tais como: Projeto Aprova Brasil, Primeira Escolha e Saeb, que indicam diagnóstico da escola, da
sua turma e do estudante. Proceder com levantamento dos conhecimentos prévios de todos os
estudantes em relação às habilidades prioritárias como subsídios para o planejamento das aulas.
Contemplar no planejamento diário rotinas para avaliar se os alunos estão avançando com base em
diferentes instrumentos de avaliação. Os professores devem sistematizar regularmente as
aprendizagens para acompanhar o avanço de todos os estudantes.

b) Organização de agrupamentos produtivos em sala de aula (diferentes níveis de


complexidade)
Praticar o cruzamento das avaliações diagnósticas com os conhecimentos prévios dos estudantes para
identificar e agrupar aqueles com defasagens na aprendizagem. Os professores organizam,
estrategicamente, agrupamentos que favoreçam e ofereçam oportunidades de trocas e de avanço da
aprendizagem para todos. No preparo das atividades extras, há diferentes níveis de complexidade
sobre o mesmo assunto, além de explorar estratégias de ensino híbrido como metodologia de apoio.

c) Monitoramento de forma ágil para identificar avanços de aprendizagem e promover a


permanência.
O monitoramento ágil identifica avanços e/ou desaceleração das aprendizagens permitindo o
replanejamento das ações e garantir a permanência dos estudantes atendidos no turno e/ou no
contraturno. No planejamento deve constar rotinas para avaliar se os alunos estão avançando com base em
diferentes instrumentos de avaliação. Os professores sistematizam regularmente as aprendizagens para
acompanhar o avanço de todos os estudantes.

d) Rotina de acolhimento com intencionalidade pedagógica.


Criar na escola rotinas de acolhimento com intencionalidade pedagógica e desenvolver objetivos
de aprendizagem e critérios de avaliação. Desenvolver um planejamento de práticas inclusivas que
possibilite que os estudantes tenham voz e sejam respeitados em suas singularidades. Para isso,
devem ser promovidos processos de escuta, como rodas de conversas, em que o objetivo é criar
uma dinâmica acolhedora onde os estudantes possam compartilhar saberes, dúvidas, dificuldades
e angústias.

65
9 - Recomposição
9.2. Oficinas de leitura, produção textual e resolução de problemas

Para apoiar no desenvolvimento das práticas didáticas de recomposição das aprendizagens,


a rede estadual oferta Oficinas de Leitura, Produção Textual e Resolução de Problemas. Em
2022 as oficinas ocorreram aos sábados letivos, bastando o registro da frequência para fins
de aprovação. Em 2023, as oficinas ocorrerão dentro da carga horária dos componentes de
Língua Portuguesa e Matemática onde os professores desses componentes, destinarão 1h da
carga horária semanal para trabalhar as oficinas com metodologias ativas e estratégias para
consolidação de aprendizagens que resultem na mitigação dos efeitos das defasagens de
aprendizagens dos estudantes, considerando a BNCC e o Referencial Curricular Alagoas.

As atividades planejadas para as oficinas devem ter caráter mobilizador, dinâmico, instigador e
provocativo, despertando o gosto pela leitura, escrita e pelas habilidades matemáticas,
considerando os déficits de aprendizagem identificados através dos resultados das avaliações

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


diagnósticas internas e externas disponíveis, de modo a promover a efetiva melhoria da
aprendizagem e adequação ao nível ideal de ensino para idade e ano/série do estudante.

O(a) professor(a) poderá utilizar materiais didáticos, paradidáticos e banco de atividades


disponíveis, além da mediação de atividades em formato digital e interativo, que podem
fomentar o interesse dos estudantes. Caberá a cada Unidade de Ensino contemplar em seu
Plano de Ação, conforme a disponibilidade de recursos financeiros para aquisição de insumos
de apoio pedagógico, o atendimento em relação aos materiais necessários para organização e
confecção de atividades das oficinas.

Sob orientação das equipes pedagógicas das Unidades de Ensino,

os professores devem planejar e organizar as oficinas em horário de

HTPC específico, além de pesquisar, estudar, selecionar os

materiais e atividades que melhor se adequem aos objetivos

propostos em seu Horário de Trabalho Pedagógico Individual - HTPI,

previsto em sua carga horária de lotação na Unidade Escolar.

66
9 - Recomposição
9.3. Ler Mais Alagoas
Na proposta do trabalho com a recomposição das aprendizagens, o Programa Ler Mais Alagoas, no escopo do Programa Escola
10, foi instituído com o objetivo de promover a leitura e a valorização da cultura alagoana nas unidades de ensino da Rede
Estadual de Alagoas, nas escolas municipais de referência de cada um dos 102 municípios alagoanos e nas bibliotecas públicas
contempladas.
Para o alcance dos objetivos do Programa Ler Mais Alagoas, foram adquiridas pela SEDUC/AL obras da Literatura Brasileira,
Internacional e de autores alagoanos, além de atlas geo-histórico e cultural de Alagoas para o enriquecimento do acervo das
bibliotecas escolares estaduais e bibliotecas municipais, além de kits de obras literárias de autores alagoanos destinadas a
estudantes do Ensino Médio.
É importante destacar que são Diretrizes do Programa Ler Mais Alagoas:
a garantia da aprendizagem, por meio da leitura, a todos os estudantes do Ensino Médio da Rede
Estadual de Ensino e aos estudantes da rede pública dos municípios de Alagoas, contemplando as
comunidades escolares alagoanas;
o enriquecimento do repertório cultural dos estudantes e de seus familiares;
o fortalecimento das relações sociais, na comunidade escolar, entre estudantes, estudantes e
professores e escola e família;
o incentivo à leitura como prática prazerosa, como forma de diversão e, ao mesmo tempo, fonte

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


de conhecimentos para a visão de mundo;
o fortalecimento do protagonismo juvenil por meio de ações planejadas e realizadas, a partir de
leitura e estudo da literatura, produzidos por autores alagoanos;
o estímulo às diversas formas de expressões culturais, baseadas na Literatura Alagoana;
a garantia acervo bibliográfico para escolas estaduais e espaços de leitura de referência
municipais.
.

As escolas podem, ainda, no desenvolvimento do trabalho com a leitura, apoiar-se no caderno de orientações pedagógicas
produzido pela SEDUC, em parceria com o Instituto Sonho Grande, intitulado "Biblioteca Ativa”, e disponibilizado para a rede,
que também pode ser acessado por meio do link: http://gg.gg/bibliotecaativa.

A partir dessa proposta, é importante que as unidades de ensino desenvolvam ações interdisciplinares diversas para a
promoção da leitura das obras alagoanas, nacionais e internacionais, com culminância a ocorrer, preferencialmente, na semana
nacional da Leitura e da Literatura, no mês de outubro, conforme disposto na Lei Federal nº 11.899, de 08 de janeiro de 2009.
Essa ação também atende ao disposto no artigo 8º da Portaria que estabelece Diretrizes de Gestão Escolar e Diretrizes
Pedagógicas Operacionais para a organização e funcionamento do ano letivo 2023, no qual é disposto que sejam
contempladas atividades no dia Nacional da Leitura e na Semana Nacional da Leitura e da Literatura, no calendário escolar.
Por fim, é necessário apontar as responsabilidades das escolas públicas da rede estadual, municipal e bibliotecas
contempladas pelo Programa Ler Mais Alagoas:
apresentar termo de compromisso preenchido, conforme modelo em anexo, no ato de recebimento do material;
zelar pela guarda e conservação do acervo, quando destinados às instituições citadas no caput;
catalogar/organizar o acervo, registrando os dados do título, autor(es), tradutor(es), número da edição, editor, local, data
de publicação, número de páginas e ISBN da obra;
garantir o acesso dos estudantes e comunidade escolar, ao material, quando estes forem o público-alvo, no caso de livros;
utilizar o material no planejamento pedagógico das escolas, como os mapas e as obras literárias, por exemplo;
incentivar a leitura, com projetos interdisciplinares, concursos literários e por meio da utilização das estratégias de trabalho
de leitura, apresentadas na Biblioteca Ativa, produzida pela Secretaria de Estado da Educação
(https://drive.google.com/file/d/1lwr-hzASAxR-nff9oa0POEx20i1USNtH/view);
Trabalhar os acervos recebidos, utilizando Espaços Diferenciados, ou seja, promovendo uma conexão das salas de aulas
com bibliotecas escolares, com a comunidade escolar, praças, associações, hospitais, ONGs, aproximando todos(as) da
leitura e ao apreço do conhecimento.

67
9 - Recomposição
9.4. Progressão Parcial
A Progressão Parcial (PP) consiste numa política estratégica que possibilita ao estudante
prosseguir com os estudos na educação básica, oportunizando o direito de cursar, paralelamente
ao ano subsequente, o(s) componente(s) curricular(es) nos quais teve resultado insuficiente para
aprovação.

Conforme Portaria/SEDUC nº 15.022/2021, Art. 6º, o estudante terá


acesso a oferta de Progressão Parcial, no âmbito da Rede Pública
Estadual de Ensino, se cumprir os seguintes requisitos:

I - dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, reprovados independente do


percentual de carga horária da Matriz Curricular.

II - dos Anos Finais do Ensino Fundamental, reprovados em até 50% da carga

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


horária da Matriz Curricular;

III - do Ensino Médio, excepcionalmente, reprovados em até 50% do número


de componentes da Matriz Curricular, arredondando para o número inteiro
subsequente, quando necessário.

Em 2023, a PP será ofertada em formato híbrido, reservando-se, no mínimo, 2 momentos presenciais com
os estudantes. Deverá ser organizada por área do conhecimento, desenvolvida por professores de um dos
componentes curriculares da área, a partir de atividades interdisciplinares.

A carga horária para a PP será de até 12 horas semanais, para realização das atividades desenvolvidas
por área do conhecimento, sendo:

Para realização da PP, as Unidades de Ensino farão diagnóstico de sua demanda e procederão a
matrícula para 03 (três) ciclos bimestrais de Progressão Parcial. A cada dois meses, a Unidade de Ensino
deve ofertar novas turmas de PP, para os estudantes que não conseguirem avançar.

No SAGEAL, será registrado apenas o aproveitamento (notas) obtido pelo estudante, no Componente
Curricular que realizou a Progressão Curricular, não havendo a necessidade de registro de carga horária,
nem dos conteúdos e atividades trabalhados, uma vez que o estudante já cumpriu os mesmos durante o
ano letivo em que cursou o Componente Curricular.

68
10 - Acompanhamento
10.1. Acompanhamento da Gestão - TaG
O QUE É O NEAGE/TAG?
Núcleo Estratégico de Acompanhamento e Assistência à Gestão Escolar - NEAGE é formado pelos
Técnicos de Acompanhamento à Gestão - TAG que lidam no monitoramento e orientação aos Gestores
e Gestores Adjuntos além de contribuir para o bom funcionamento dos órgãos colegiados das unidades
de ensino.
QUAL A ATUAÇÃO NA UNIDADE DE ENSINO?
Propõe, coordena e acompanha a implementação de diretrizes
Gerência de Desenvolvimento específicas de monitoramento e orientação, em consonância com as

CENTRAL

necessidades da Gestão das Unidades de Ensino da Rede Pública e


da Gestão e suas supervisões
dos demais setores da Secretaria de Educação.
NEAGE

Chefe do Núcleo de Rede e Monitora, orienta e participa da gestão das unidades de ensino com
REGIONAL Técnicos de Acompanhamento ações sistematizadas pelo Neage Central, além de realizar formação


em serviço com a gestão e órgãos
colegiados, como o Conselho
à Gestão
Escolar e Grêmio Estudantil, promovendo a gestão democrática e
participativa.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


OS TAGS DESENVOLVEM AÇÕES, PRINCIPALMENTE, NOS SEGUINTES EIXOS:

I. GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA - acompanhamento à Gestão Escolar, de forma a trabalhar


com os colegiados, para que eles ajam de forma ativa e efetiva, tornando-se de fato co-gestores do
trabalho desenvolvido na Unidade de Ensino da Rede Pública Estadual.

II. PROTAGONISMO JUVENIL - fomentar a participação dos estudantes, possibilitando que eles se
tornem o elemento central da prática educativa, de forma a participar ativamente de todo o
processo, desde a construção até a avaliação das ações propostas.

III- ESCOLA E TERRITÓRIO - ressaltar a influência e importância que há na integração da comunidade com a escola, mostrando
que existem possibilidades e medidas práticas que propiciam essa inter-relação, a partir de uma gestão democrática legítima
que cria meios para que a família e a comunidade local estejam em sintonia com o ambiente escolar.

O TAG REALIZA VISITA QUINZENAL À UNIDADE DE ENSINO:


Em uma das visitas ele segue um roteiro, com foco definido na formação mensal do NEAGE para ajuste das ações de
gestão com vistas ao alinhamento da rede, além de dialogar com professores, estudantes, funcionários e gremistas.
A segunda visita é com foco no Conselho Escolar, onde o Tag participa como comunidade escolar, realiza formação em
serviço para os conselheiros e auxilia para o efetivo funcionamento do colegiado.

10.2. Acompanhamento Financeiro - TaF


Os Técnicos de Acompanhamento Financeiro - TAF tem suas atividades regidas pelas PORTARIAS SEDUC Nº 13.883/2022 e
15.203/2022, do Núcleo Estratégico de Apoio à Gestão Financeira das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino - NeAGFE,
que visa garantir a mediação e a coordenação de processos e práticas eficazes da descentralização, aplicação e execução dos
recursos financeiros.

TÉCNICOS DE ACOMPANHAMENTO FINANCEIRO - TAF'S, SÃO OS RESPONSÁVEIS :


Pela mediação e a coordenação de processos e práticas eficazes da descentralização, aplicação e execução dos recursos
financeiros, por meio do acompanhamento e orientação às unidades executoras nas unidades de ensino da Rede Estadual,
com vistas a alcançar a melhoria da qualidade do ensino público de Alagoas.
Por auxiliar os gestores escolares nas atividades que lhes competem, fazendo a análise e baixa das prestações de contas
dos repasses financeiros descentralizados para as Unidades Executoras.

Todo mês são realizadas reuniões para:


Estudos de normativas da descentralização
Socialização de utilização dos recursos nas Unidades de Ensino.

69
10 - Acompanhamento
10.3. Acompanhamento Pedagógico - TaP
Para garantir o desenvolvimento das práticas de recomposição das aprendizagens e o sucesso da
aprendizagem dos estudantes, o acompanhamento pedagógico é essencial. Desse modo, a rede
pública estadual de ensino de Alagoas tem uma estrutura de acompanhamento pedagógico que
permite orientar e apoiar o desenvolvimento das ações didáticas. O Núcleo Estratégico de
Acompanhamento Pedagógico (NEAP) é composto por técnicos da equipe central da SEDUC e
técnicos regionais lotados na Geres (TAPs). Estes realizam visitas regulares às unidades de ensino sob
sua tutoria, agendadas previamente e com pautas direcionadas para atuação do(a) coordenador(a)
pedagógico(a) no desenvolvimento das ações pedagógicas.

Mensalmente, além da realização do momento formativo com os técnicos regionais, a equipe


central desenvolve um roteiro de acompanhamento com orientações que deverão nortear o
trabalho pedagógico da rede. A partir dessas orientações, os TAPs também realizam os
momentos formativos com os(as) coordenadores(as) pedagógicos(as) visando o fortalecimento
de sua atuação junto aos professores para que possam orientar a prática pedagógica, em
sintonia com o Referencial Curricular de Alagoas, as modalidades e diversidades da educação
básica, as propostas do Novo Ensino Médio e a outras necessidades da rede e principalmente

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


dos estudantes. Além de acompanhar, orientar e apoiar o coordenador em sua atuação, o TAP
também é responsável pelo procedimento de seleção para designação ou dispensa da função,
conforme orienta a portaria Seduc 2.401/2022. Essa seleção é realizada em três etapas: Estudo
de Caso, Carta Colegiada da Comunidade e Análise do Currículo, tudo direcionado pelo técnico
na regional.

10.3.1. Atuação do Coordenador Pedagógico


Na escola, o(a) coordenador(a) pedagógico tem como atribuição principal coordenar o trabalho conjunto, assessorar os
professores, discutir e avaliar a prática pedagógica e acompanhar o desempenho dos estudantes na sala de aula. Para tanto, ele
precisa ter clareza de suas atribuições, organizando sua rotina para uma atuação produtiva e proativa, com foco no processo de
ensino e aprendizagem. Nessa rotina, o(a) coordenador(a) é o(a) agente mobilizador da prática pedagógica, aquele(a) que
orienta, direciona, escuta e discute possibilidades junto aos envolvidos no processo: professores, estudantes e pais. Alguns
espaços, instituídos como próprios para discussão e mediação dessas práticas, devem nortear a rotina do(a) coordenador(a)
pedagógico(a) nos HTPCs, como por exemplo, os espaços de planejamento, devolutivas pedagógicas e o conselho de classe,
espaços estes que precisam ser propositivos, e isso, depende da sua atuação.

Para apoiá-los na elaboração dessa rotina e planejar sua ação nos espaços de HTPC e acompanhamento do HTPI segue
algumas orientações e sugestões.

1ª - Planejamento e replanejamento de ações e projetos

Promover a integração da equipe e estimular a construção coletiva das propostas pedagógicas, no


sentido de viabilizar e discutir práticas interdisciplinares que garantam uma aprendizagem mais
significativa e efetiva. O planejamento pedagógico da escola deve ser pensado de forma integrada. É
claro que cada professor deve ter a liberdade necessária para colocar em prática seu próprio plano de
aula, mas é importante que ele seja conduzido de acordo com o planejamento pedagógico da
instituição.

70
10 - Acompanhamento
2ª - Devolutivas Pedagógicas

A devolutiva é instrumento pedagógico que traz as possibilidades de indicar as


fragilidades e as potencialidades de uma ação. Ao mesmo tempo, permite a quem
recebe a devolutiva fazer uma reflexão acerca de sua própria atuação, levando-o a
redefinir caminhos no sentido de reparar as fragilidades e fortalecer as
potencialidades. Esse instrumento, é uma proposta de roteiro aberta, que pode ser
ajustada conforme as necessidades da escola. Nela também o coordenador pode
fazer os apontamentos com relação ao acompanhamento dos registros do professor
no Sageal.

3ª - Acompanhamento das Atividades desenvolvidas no HTPI

O Horário de Trabalho Pedagógico Individual, conforme prevê a portaria SEDUC Nº 3.636/2019,


aponta o desenvolvimento da HTPI, a ser realizado em horário e local de livre escolha do docente,
para fins de atividades de planejamento, avaliações, preenchimento do Sageal, pesquisas e estudos.
Para que esse horário possa ser efetivo, o coordenador pedagógico deve acompanhar as atividades
e dar devolutivas aos professores.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


4ª - Conselho de Classe

Espaço de reflexão pedagógica, de caráter formativo, preventivo e propositivo. Neste espaço, todos os sujeitos do processo
educativo, discutem alternativas, propõem e deliberam ações educativas eficazes com vistas a sanar necessidades/dificuldades
apontadas no processo ensino e aprendizagem identificadas através dos resultados de avaliações, inclusive avaliações
qualitativas. O coordenador deve se organizar antecipadamente para que este momento seja produtivo e propositivo, seguindo
as etapas orientadas:

PRÉ-CONSELHO
Coletar dados dos alunos em uma planilha específica, listando apenas os alunos abaixo da média e com
baixo desempenho;
Entrevistar alguns alunos e/ou país, para colher dados da satisfação pedagógica;
Consolidar dados em planilha própria para análise do Conselho de Classe;
Definir quem participará do Conselho de Classe e alinhar a participação de cada um;
Estabelecer a pauta do Conselho;
Acompanhar a aplicação dos instrumentos pelos representantes de turmas (É importante que o professor
mentor da turma faça o trabalho de conscientização dos estudantes, sobre a importância e seriedade deste
processo de avaliação).

CONSELHO
Apresentar os dados estatísticos (desempenho e frequência) e síntese dos questionários de
avaliação/autoavaliação;
Estimular os conselheiros a proporem ações/intervenções (“Reforço”, revisão curricular, ações diferenciadas,
monitoria, encaminhamento para programas de ampliação do atendimento, destaque dos conteúdos
necessários para o sucesso no próximo bimestre que não foram apreendidos pelo aluno ou grupo de alunos);
Levantar fatores que interferiram no processo ensino-aprendizagem;
Estimular professores e representantes de classes a apresentarem suas considerações.

PÓS-CONSELHO
Dar devolutivas aos pais, alunos e professores;
Acompanhar as ações/intervenções individual e coletivamente

As Unidades de Ensino devem reservar as paradas a cada bimestre para a realização do Conselho de Classe, considerando a
hora/atividade dos professores e os espaços de HTPC. Fica estabelecido ao final do ano letivo um 5º Conselho de Classe,
que tem o poder de decisão de promoção do estudante, discordante do parecer do professor regente de determinado
componente curricular, devendo a alteração ser registrada em ata e no Diário de Classe, no campo “Observações”,
preservando-se nesse documento o registro anteriormente efetuado pelo professor.

71
10 - Acompanhamento
5ª - Plantões Pedagógicos / Reuniões de pais
É um momento planejado e executado pelo coordenador para o diálogo com a família, de caráter administrativo, pedagógico
e acadêmico cujo objetivo é apresentar o desempenho escolar dos estudantes, podendo ser realizados nos seguintes
formatos:
Plantões Pedagógicos: espaço de diálogo individual entre os pais e professores com o objetivo de discutir o
desenvolvimento e desempenho do estudantes. A participação dos pais neste processo é de suma importância
para que os alunos se desenvolvam e sintam-se apoiados. ‍‍‍

Reuniões de pais: Momentos coletivos para abordar e discutir determinados temas que consideram importante a
participação da família, visando o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


6ª - Atualização de documentos institucionais
O Projeto Político Pedagógico (PPP) e o Regimento Escolar são os documentos base que alicerçam e norteiam todas as
ações da escola. Para que sejam documentos vivos e efetivos precisam ser construídos de forma colaborativa com a
participação de toda comunidade escolar, tendo o coordenador como um dos principais mediadores deste espaço.

Projeto Político Pedagógico: É projeto, no sentido de projetar ações, é


político porque conta com a participação de todos e é pedagógico porque
norteia as ações que visam a garantir os direitos de aprendizagem dos
estudantes. É preciso questionar se o atual texto reflete a identidade da
instituição se a resposta for não, então é hora de mexer no PPP.

Regimento Escolar: É o documento que estrutura, define, regula e


normatiza as ações da Instituição de Ensino. A construção deve ser coletiva,
ou seja, com a participação de toda a comunidade escolar e em
consonância com o Projeto Político Pedagógico e tudo o que ocorre na
prática deve ser regulamentado nele.

72
10 - Acompanhamento
7ª - Observação de aula

No ano letivo 2023, o acompanhamento pedagógico tem como foco a recomposição das aprendizagens e para garantir o
cumprimento das ações do planejamento, será fundamental a estratégia da observação de aula, momento em que o(a)
coordenador(a) pedagógico(a) - CP, em comum acordo com o(a) professor(a) e planejamento, acompanhará o desenvolvimento
da aula para apoiá-lo(a) no cumprimento do seu plano de aula.

Como um coordenador deve fazer a observação de aula?


A principal função do coordenador pedagógico é dar suporte ao trabalho do professor, identificando problemas e
propondo as devidas soluções.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Seja para atuar em casos específicos — como o desempenho de determinado estudante, por exemplo — ou para
identificar um processo da escola que precisa ser revisto. É importante que o coordenador tenha contato direto com o
ponto central da escola: a sala de aula.

Mas qual é a melhor forma de fazer a observação de aula?

Quais são as estratégias necessárias para vencer a resistência dos professores

e não causar incômodo nos estudantes?

Antes de entrar na sala, marque com o professor


Os professores planejam cada momento da aula e o tempo costuma ser muito bem contado. Se você chegar de surpresa e
interromper uma atividade, poderá causar uma situação desconfortável.
Além disso, simplesmente entrar na aula sem aviso, correrá o risco de ser visto como uma invasão. Antes de fazer a visita,
conversar com o professor e saber qual é o melhor horário, garante que ele esteja preparado para receber.
Explique ao professor quais são os objetivos da visita
É importante que o professor não sinta-se vigiado. Então, quando for agendada a visita, aproveite para explicar quais são os
motivos. Se for algo relacionado ao desempenho dele, faça-o entender que a observação em sala de aula é uma forma de
auxiliá-lo.
Vamos supor que esteja sendo feita uma visita a sala por causa de uma reclamação da turma sobre a didática do professor.
Se for dito isso ao profissional de forma direta, pode criar uma forte resistência ao ouvir suas sugestões ou simplesmente
mudar o comportamento enquanto estiver na sala.
Se esse for o caso, é dito ao professor que notou que os estudantes estão tendo dificuldades e que deseja entender quais
são os motivos, abrindo-se para que possam resolver o problema em conjunto.
Montar uma pauta de observação é importante!
Para se organizar, montar uma pequena pauta com todos os pontos cruciais na observação e conferir enquanto estiver na
sala, certificando-se de que terá insumo suficiente para resolver o problema depois. É importante estar atento a tudo, mas
precisa manter o foco no que te levou até aquela turma.
Não tente dividir sua concentração entre várias situações simultâneas: caso perceba algum detalhe que precisa de atenção,
marque uma nova visita.
Ao entrar na sala, converse com os estudantes
Quando entrar na sala, explique resumidamente qual é o seu papel e qual o motivo de estar acompanhando as aulas
daquele dia (ou naquele determinado período, dependendo do tempo que for durar a observação).

73
10 - Acompanhamento

E
ORTANT
IMP

Procurar um lugar no fundo da sala e permanecer em silêncio;


Não interromper a aula e só fazer algum comentário se for realmente necessário — e sempre com a autorização do
professor;
Anotar todos os detalhes - para evitar o esquecimento, é importante anotar todas as observações em tópicos e,
assim que terminar a visita, escrever um pequeno relato sobre cada uma delas.

Dar um feedback ao professor é indispensável


Seja qual for o motivo da observação, o professor precisa saber quais foram as conclusões. É necessário que o
Coordenador Pedagógico marque uma conversa e explique as anotações detalhadamente, deixando que o professor
opine e esclareça os pontos que considere necessário, mostrando que está aberto ao diálogo e propondo soluções que
sejam construídas em conjunto.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Durante o feedback, é importante destacar os pontos positivos da aula para que o professor perceba que a observação
não é somente para apontar defeitos, e que as boas práticas, tanto dos professores quanto dos estudantes, devem
sempre ser valorizadas.

Entender que a observação em sala de aula é só uma parte do plano. O acompanhamento começa bem antes da entrada
na sala, é preciso entender que ele não termina quando é concluído a observação, mas é preciso estudar o material
coletado, comparar com as hipóteses que tinha antes e tentar formar conclusões.

É muito importante que consiga reunir informações claras e que não restem dúvidas sobre as medidas que precisam ser
tomadas, pois o principal objetivo é promover a aprendizagem dos estudantes. Se ainda precisar de algum
esclarecimento mesmo depois do feedback com o professor, não hesite em procurá-lo novamente, quantas vezes achar
necessário.

Lembre-se:
A observação em sala de aula é uma ferramenta essencial, que
certamente será muito útil se for utilizada da forma correta. Se
mesmo com todas as dicas acima os professores ainda mostrarem
resistência à ideia das visitas, vale a pena organizar uma reunião
com toda a equipe para explicar que o acompanhamento
pedagógico é um aliado e só traz benefícios, tanto à escola quanto
aos estudantes!

74
10 - Acompanhamento
10.4. Acompanhamento das ações formativas - HTPC

Considerando o desenvolvimento da política educacional de formação continuada de professores que atuam na Educação
Básica na Rede Estadual e buscando articular estratégias que promovam a qualidade social do Ensino Público de Alagoas e a
valorização e o aperfeiçoando da prática docente, a Secretaria de Estado da Educação - SEDUC instituiu o Núcleo Estratégico
de Formação Continuada (NEF), subordinado à Superintendência de Políticas Educacionais - SUPED, por meio da
Portaria/SEDUC n.º 1.500/2018.

O Núcleo Estratégico de Formação Continuada - NEF é composto por:

ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DA GERÊNCIAS REGIONAIS UNIDADES DE ENSINO
CENTRAL DA SEDUC
SEDUC (SUPED/NEF) DE EDUCAÇÃO DA REDE ESTADUAL
(SUPED/NEF)

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Equipe central, lotada na administração central da SEDUC, responsável pelas orientações e elaboração do Plano de
Formação da Rede e pela gestão e formação da equipe de Formadores Regionais e de Articuladores de Ensino - AE.

Formadores Regionais, lotados nas Gerências Regionais de Educação, responsáveis pelo planejamento e mediação de
encontros formativos, reuniões técnicas com os Articuladores de Ensino das Unidades de Ensino da Regional e com os
públicos demandados pela equipe central do NEF, a quem cabe orientar e acompanhar as ações de formação continuada
realizadas pelos Articuladores de Ensino em execução ao Plano de Formação Local das Unidades de Ensino, multiplicar as
trilhas formativas da Rede, elaborar trilhas específicas conforme demandas mapeadas nas Unidades de Ensino da Regional
e compartilhar as ações inspiradoras que possam colaborar com o aperfeiçoamento da prática pedagógica docente.

Articuladores de Ensino, lotados nas Unidades de Ensino da Rede Estadual, responsáveis pelo mapeamento e modulação
da carga horária dos professores destinada ao HTPC para construção do cronograma mensal de atividades pedagógicas e
formativas previstas, mediação e condução da construção do Plano de Formação Local junto aos demais membros da
equipe pedagógica e professores, zelo pelos registros de HTPC da Unidade de de Ensino, além da apropriação dos
resultados de avaliação de aprendizagem da escola para a definição de pautas formativas que contemplem as
necessidades dos professores e favoreçam à prática docente, visando a melhoria dos processos de aprendizagem dos
estudantes.

10.4.1 A rotina do Núcleo Estratégico de Formação Continuada

Mensalmente, após elaboração da rotina formativa, a equipe central do NEF promove um encontro com os Formadores
das Gerências Regionais para apresentar a rotina de trabalho do mês e os instrumentos de apoio ao serviço de formação
continuada. Após esse momento, os Formadores Regionais realizam um encontro com Articuladores das Unidades de
Ensino de sua Regional para replicar a pauta formativa/orientações que nortearão a sua atuação enquanto formadores
locais. A partir dessas orientações, o Articulador de Ensino, alinhado aos demais membros da equipe escolar, planejam,
organizam e promovem os momentos formativos para os professores. Além de efetivar a formação na Unidade de Ensino,
cabe aos Articuladores organizar e alimentar os registros das atividades de planejamento, desenvolvimento e avaliação da
formação continuada ofertada nos momentos de HTPC. Já os Formadores Regionais também são responsáveis por
coordenar, na Gerência Regional, o processo de seleção para designação ou dispensa dos Articuladores de Ensino,
conforme orienta a portaria Seduc 2.400/2022.

75
10 - Acompanhamento
10.4.2 Atuação do Articulador de Ensino

participação, semanalmente, com os demais membros da Equipe Gestora do alinhamento para definição das pautas a
serem desenvolvidas no HTPC, compartilhando sua rotina e agenda de trabalho;

orientação das ações pedagógicas, relativas à formação continuada na Unidade de Ensino, planejando e executando-
as com os demais membros da equipe gestora;

zelo pelo cumprimento do Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo da Unidade de Ensino;

articulação e planejamento dos espaços formativos na rotina da Unidade de Ensino e dos momentos de HTPC em
parceria com o Coordenador Pedagógico, visando o desenvolvimento do currículo e a aprendizagem de todos os
estudantes, conforme o Plano de Formação Local;

elaboração, organização e acompanhamento das atividades de estudos, com base nas necessidades apresentadas
pelo diagnóstico do Plano de Ação da instituição de ensino e pelo cotidiano da realidade escolar;

consolidação e encaminhamento ao Gestor da Unidade de Ensino as informações das atividades de Formação

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Continuada;

promoção, fomento, realização de parcerias e mediar formações sobre temas relacionados à educação inclusiva;

sistematização o quadro de distribuição da Hora Atividade, conforme orientação desta Portaria;

definição os dias e horários para execução das atividades do HTPC por área de conhecimento ou outros agrupamentos;

promoção e articulação de grupos de estudos, socialização e atualização de práticas para reflexão e aprofundamento
de temas relativos às formações;

participação nas etapas do conselho de classe e, em parceria com o Coordenador Pedagógico, analisar os dados de
desempenho dos estudantes, auxiliando os professores sobre metodologias para o desenvolvimento de atividades de
recomposição e recuperação;

realização de atendimentos formativos, em pequenos grupos ou individuais, aos docentes indicados pelo Coordenador;

colaboração com o Coordenador Pedagógico no apoio do planejamento e na inovação da prática docente, buscando
estratégias e metodologias ativas que possam contribuir e enriquecer o repertório didático em sala de aula;

auxílio do Coordenador Pedagógico no planejamento das observações em sala de aula e feedbacks formativos;

análise, mensal, um plano de aula de cada professor da escola e auxiliar a formatação da devolutiva aos docentes em
parceria com o Coordenador Pedagógico;

em parceria com o Gestor e Coordenador Pedagógico, planejamento e desenvolvimento de avaliação e metas do PPP,
do Plano de Ação e do Plano de Formação e fazer mediações/adequações periodicamente;

organização e acompanhamento, em parceria com o Coordenador Pedagógico, do cumprimento da Hora Atividade;

manutenção e controle das ausências do docente em HTPC, organizando e planejando momento coletivo onde o
docente possa compensá-las até o mês subsequente.

76
10 - Acompanhamento
10.4.3 Organização da Formação Continuada durante o HTPC

I. formação geral: espaço formativo, realizado na Unidade de Ensino, a partir dos módulos planejados pelo Núcleo Estratégico
de Formação da Secretaria;

II. formação específica: espaço formativo para grupos de docentes das mesmas áreas ou componentes curriculares, realizado
em polos de formação ou em plataformas digitais com temas específicos para qualificação e aperfeiçoamento da prática
pedagógica;

III. grupos de estudos e socialização de práticas: espaço de estudo e atualização de práticas, a ser desenvolvido na
Unidade de Ensino, por grupos de professores, para estudo da formação específica, socialização e planejamento de estratégias
de aplicabilidade em sua sala de aula de modo a atender as demandas e particularidades da aprendizagem dos estudantes.

10.4.4 Participação, acompanhamento, registro e devolutivas

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


A fim de garantir zelo, organização, transparência e publicidade às atividades relacionadas à formação continuada e
desenvolvidas durante o HTPC , demonstrando-se as ações relativas ao planejamento, execução, participação e devolutivas dos
momentos formativos, as Unidades de Ensino devem utilizar instrumentos integrados de registros e evidências que possibilitam o
monitoramento estratégico periódico para qualificação do serviço ofertado.

PLANO DE FORMAÇÃO LOCAL E AGENDA DE TRABALHO MENSAL FICHA DE CADASTRO DO HTPC


QUADRO DE TEMÁTICAS DO HTPC
Instrumento público mensal que Ficha cadastral preenchida por cada
Instrumento que expressa descreve a rotina de atividades dos professor em exercício, uma vez a
intencionalidades, demandas gestores escolares, articuladores de cada ano ou quando houver mudança
estratégicas e implementação de ensino e coordenadores permanente na organização semanal
ações formativas dos Professores, pedagógicos, de acordo com as de HTPC, contendo o compromisso
com base no planejamento de respectivas atribuições de cada de cumprimento da Hora Atividade
prioridades, ações e atividades da função, incluindo o registro do entre professor e Unidade Escolar,
Unidade de Ensino. planejamento e execução das devendo ser validada pela equipe
atividades pedagógicas e formativas escolar.
desenvolvidas no HTPC.

RELATÓRIO MENSAL DE EVIDÊNCIAS RELATÓRIO MENSAL DE


DO HTPC FREQUÊNCIA DE PROFESSORES NO

HTPC
Instrumento de registro das pautas e
das evidências pedagógicas das Instrumento de registro da
atividades desenvolvidas no HTPC frequência e/ou reposição das
semanal apresentado pela Unidade atividades de HTPC dos professores
de Ensino ao Conselho Escolar e nos a ser anexado ao boletim de
acompanhamentos dos técnicos da frequência encaminhado para o setor
GERE e da SEDUC. de Recursos Humanos da Gere.

FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DO HTPC REGISTRO DE ATIVIDADES DO HTPC


PAINEL DE ACOMPANHAMENTO
Instrumento virtual, sincronizado ao Formulário virtual preenchido pelo DOS REGISTROS DAS ATIVIDADES
drive institucional da Unidade Articulador de Ensino e Coordenador DE HTPC
Ensino, a ser preenchido pelo Pedagógico para registrar as
Painel de acesso público com
professor a cada encontro de HTPC atividades do HTPC.
registros e detalhamento das
semanal para registrar sua
atividades de HTPC de todas as
participação e avaliação qualitativa
escolas da Rede Estadual de Alagoas
dos momentos promovidos pela
equipe escolar.

77
11 - Formação de Professores
HORA ATIVIDADE
11.1 JORNADA DE TRABALHO DO PROFESSOR
Conforme a Lei Nº 11.738/2008, para a organização da jornada de trabalho do professor, será respeitado o limite máximo de
2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os estudantes.

HORA ATIVIDADE
Interação com Hora
os estudantes atividade
33.3

Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC): 50%


%

66.7

2/3
%

1/3

Horário de Trabalho Pedagógico Individual (HTPI): 50%

LEI ESTADUAL Nº 8.533/2021

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


LEI FEDERAL Nº 11.738/2008

11.2 CARGA HORÁRIA SEMANAL DO PROFESSOR

HORA ATIVIDADE
JORNADA DE
HORA AULA HORA ATIVIDADE
TRABALHO HTPC HTPI

20h 13h 7h 3,5h 3,5h

25h 17h 8h 4h 4h

30h 20h 10h 5h 5h

40h 27h 13h 6,5h 6,5h

11.3 HORÁRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO INDIVIDUAL - HTPI

Em horário e local de livre escolha do professor, o HTPI é constituído pelas atividades:

I. planejamento: tempo para estudo, pesquisa e seleção de materiais para elaboração de planos de aulas, projetos e
atividades;
II. avaliação: tempo para elaboração, revisão e correção de atividades avaliativas;
III. análise e intervenção no tocante ao desempenho dos estudantes: tempo para registros de diagnósticos, análise e
elaboração de proposta de intervenção;
IV. preenchimento do Diário Eletrônico: tempo para registros do desempenho dos estudantes com lançamentos de
frequência, notas, conteúdos e pareceres;
V. Participação em cursos indicados pela Seduc ou parceiros para aperfeiçoamento individual da prática docente;
VI. pesquisas e estudos individuais para qualificação do trabalho docente.

78
11 - Formação de Professores
11.4 HORÁRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO COLETIVO - HTPC
Na Unidade de Ensino, ou em outro espaço institucional, conforme organização da Seduc e da escola, o HTPC é constituído
pelas atividades:

I. formação geral: espaço formativo, realizado na Unidade de Ensino, a partir dos módulos planejados pelo Núcleo Estratégico
de Formação da Secretaria;
II. formação específica: espaço formativo para grupos de docentes das mesmas áreas ou componentes curriculares, realizado
em polos de formação ou em plataformas digitais (após validação e acompanhamento) com temas específicos para
qualificação e aperfeiçoamento da prática pedagógica;
III. grupos de estudos e socialização de práticas: espaço de estudo e atualização de práticas, a ser desenvolvido na
Unidade de Ensino, por grupos de professores, para estudo da formação específica, socialização e planejamento de estratégias
de aplicabilidade em sua sala de aula de modo a atender as demandas e particularidades da aprendizagem dos estudantes;
IV. planejamento e replanejamento de ações e projetos: espaço de planejamento e avaliação coletiva das ações
estratégicas e projetos da escola;
V. devolutivas pedagógicas: espaço reservado para acompanhamento e devolutivas acerca do planejamento do docente,
além das atividades desenvolvidas no HTPI (para alinhamento, validação e acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


professor nas horas individuais do HTPI);
VI. mapeamentos de aprendizagens focais: mapeamento estratégico por área de conhecimento/componente curricular de
competências e habilidades focais da BNCC e/ou do RecAL de cada etapa de ensino para melhoria da aprendizagem dos
estudantes;
VII. elaboração de instrumentos e diagnósticos avaliativos: grupo de trabalho para organização e sistematização dos
processos avaliativos, elaboração de avaliações diagnósticas, simulados, testes de conhecimento, avaliação de ações
pedagógicas e projetos com participação de estudantes, organização dos resultados e diagnósticos de turmas;
VIII. planejamento para participação em avaliações externas: planejamento coletivo entre equipes escolares e professores
para definição de estratégias de atuação para fortalecimento das práticas pedagógicas e incentivo à participação dos
estudantes nas avaliações educacionais, concursos e seleções estudantis externas regionais e nacionais;
IX. conselhos de classe: espaço para análise coletiva dos resultados de desempenho e avanços dos estudantes, tomada de
decisão e planejamento de ações estratégicas para alcance das metas estabelecidas;
X. plantões pedagógicos ou reuniões de pais: espaços de devolutiva aos pais sobre o desempenho, avanços e dificuldades
dos estudantes em sua jornada;
XI. atualização dos documentos institucionais (Projeto Político Pedagógico, Regimento Interno, Plano de Ação, Plano de
Formação Local, etc.) espaço reservado para estudos, aprofundamentos, avaliação das ações realizadas e atualização dos
documentos norteadores da escola.

11.5 ORGANIZAÇÃO DO HTPC

TIPO DE HTPC AGRUPAMENTOS

GERAL Todos os docentes

POR ÁREA DE Matemática e suas Ciências Humanas e Ciências da Natureza


Linguagens e suas tecnologias
CONHECIMENTO tecnologias Sociais Aplicadas e suas tecnologias

POR ETAPA DE Ensino Educação de Jovens e


Eduação Infantil Ensino Médio Educação Especial
ATUAÇÃO Fundamental Adultos

Projeto de
Eletivas Laboratórios Estudos Orientados Projetos Integradores
Vida
POR GRUPOS
ESTRATÉGICOS
Educação
Trilhas de Oficinas de Leitura e Oficina de Resolução
Profissional e Progressão Parcial
Aprofundamento Produção Textual de Problemas
Tecnológica

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11 - Formação de Professores
11.6 HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Os Professores da Educação Especial desenvolverão a hora atividade, quando em atendimento direto aos estudantes,
públicos da Educação Especial. Na execução da hora atividade, os professores de Educação Especial devem elaborar o
Plano de Ação Estratégico da Educação Especial, articulando o planejamento com a equipe gestora, com os professores
regentes de turmas regulares, com os profissionais de apoio escolar, com os professores da sala de recursos
multifuncionais e outros profissionais que venham eliminar barreiras e contribuir para a potencialização das competências
e habilidades do estudante público-alvo da Educação Especial no ambiente escolar.

No HTPI, serão desenvolvidas as seguintes atividades, prioritariamente:

Planejamento individual: tempo para estudo, pesquisa, seleção e organização de materiais para auxílio na
elaboração de planos de aulas, elaboração do quadro de atendimento individual e coletivo, construção de projetos e
atividades adaptadas para atendimento aos estudantes.
Avaliação: tempo para preenchimento de instrumentos avaliativos qualitativos e aferição do desempenho dos
estudantes nas atividades propostas pelos professores regentes e nos momentos de atendimento.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DE GESTÃO 2023


Intervenção junto aos estudantes: tempo para registros de diagnósticos, análise e elaboração de proposta de
intervenção.
Intervenção junto às famílias: comunicação e/ou convite para atendimento a familiares dos estudantes com
deficiência e visita domiciliar, quando necessário, para orientações específicas às famílias sobre o atendimento
educacional especializado;
Orientação ao professor em HTPI: diálogo junto ao docente de turma regular acerca de especificidades do
estudante com deficiência em atendimento;
Preenchimento do Diário Eletrônico: tempo para registros do desempenho dos estudantes com lançamentos de
frequência, registro de atividades e pareceres no sistema;
Preenchimento de dossiê do estudante: tempo para preenchimento do dossiê do estudante em atendimento
educacional especializado;
Participação em cursos indicados pela Seduc ou parceiros para aperfeiçoamento individual da prática
pedagógica e do atendimento educacional especializado;
Pesquisas e estudos individuais para qualificação do trabalho docente;
Elaboração do Plano de Ação Estratégico da Educação Especial;
outras atividades correlatas.
Aos professores da educação especial, além da participação nas atividades de HTPC da Unidade de Ensino, caberá o
desenvolvimento das seguintes atividades:
Alinhamento com a equipe pedagógica, professores e profissionais de apoio para subsidiar a elaboração do Plano
de Ação Estratégica da Educação Especial.
Articulação com os professores das salas comuns, nas diferentes etapas e modalidades de ensino.
Orientação aos professores do ensino regular na hora do HTPC e/ou do HTPI e as famílias sobre os recursos
utilizados pelo estudante;
Promoção das condições de inclusão dos estudantes na comunidade escolar com a equipe gestora e professores;
Articulação com a equipe gestora e professores, profissionais de apoio, Projeto Político Pedagógico - PPP,
Regimento interno e proposta pedagógica no que concerne a oferta do AEE aos estudantes públicos da educação
especial
Participação do planejamento, acompanhamento de forma colaborativa com a equipe pedagógica e professor
regente na elaboração das atividades e avaliações propostas da sala de aula comum;
Participação de atividades extraclasse, como palestras, cursos, jogos, encontros, debates e visitas, com a turma
em que exercite a atividade com o intérprete;
prestação de serviços em seminários, cursos e reuniões e/ou outros eventos de formação continuada, quando
solicitado pela Unidade de Ensino, GERE ou SEDUC/AL;
Apoio aos professores regentes e profissionais de apoio pedagógico (auxiliares sala) na adequação de contéudos,
materiais e na utiliação de recursos e/ou plataformas para o ensino e aprendizagem;
Outras atividades correlatas.

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