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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 AS PESSOAS ................................................................................................ 4
1.1 Variabilidade humana ..................................................................................... 5
1.2 A complexa natureza do ser humano ............................................................. 7
1.3 Motivação humana ......................................................................................... 8
1.4 Clima organizacional .................................................................................... 11
1.5 Comunicação ................................................................................................ 13
1.6 Percepção .................................................................................................... 16
1.7 Barreiras à comunicação .............................................................................. 17
1.8 Comportamento humano nas organizações ................................................. 19
1.9 Conceito de homem complexo ..................................................................... 21
1.10 Tendências em GH ....................................................................................... 24
1.11 Capital humano............................................................................................. 25
2 A ÉTICA NAS EMPRESAS .......................................................................... 28
2.1 Vantagens para as empresas ....................................................................... 28
2.2 Conflitos de valores ...................................................................................... 32
2.3 O custo da legalidade ................................................................................... 32
2.4 A integridade do RH ..................................................................................... 33
3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ..................................................... 34
3.1 Teorias de motivação aplicadas ao trabalho ................................................ 34
3.2 Programas empresariais de qualidade de vida no trabalho .......................... 38
3.3 Benefícios dos programas de QVT ............................................................... 40
4 PRINCIPAIS PARTICULARIDADES DE UM PROGRAMA DE QUALIDADE
DE VIDA NO TRABALHO (QVT) ................................................................. 44
5 PROGRAMAS DE BEM-ESTAR .................................................................. 45
6 RESULTADOS DOS SISTEMAS DE TRABALHO DE ALTA
PERFORMANCE.......................................................................................... 46
6.1 Resultados para os funcionários e qualidade de vida no trabalho ................ 46
6.2 Aplicação para pequenas empresas............................................................. 47
6.3 Resultados organizacionais e vantagem competitiva ................................... 49
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 52
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 AS PESSOAS
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personalidade, aspirações, valores, atitudes, motivações, competências etc. Cada
pessoa é um fenômeno único e multidimensional sujeito às influências de uma
enormidade de variáveis ao seu redor. (CHIAVENATO, 2022).
Variáveis intervenientes
Fatores internos Fatores externos
Personalidade Ambiente organizacional
Percepção Cultura organizacional
Motivação Políticas internas
Valores pessoais Regras e regulamentos
Aprendizagem Processos e métodos
Expectativas íntimas Recompensas e punições
(Fatores internos e externos que influenciam o comportamento humano. CHIAVENATO, 2022,
p. 48)
7
dos quais percebe e concebe a realidade ambiental que as envolve de uma maneira
muito própria e particular.
9
(Etapas do ciclo motivacional envolvendo a satisfação da necessidade. CHIAVENATO, 2022, p.
54)
No ciclo motivacional da imagem apresentada, a necessidade é satisfeita. À
medida que o ciclo se repete com a aprendizagem e a repetição (reforço), os
comportamentos tornam-se gradativamente mais eficazes na satisfação de certas
necessidades. Uma vez satisfeita, a necessidade deixa de ser motivadora de
comportamento, já que não causa tensão ou desconforto.
No ciclo motivacional, contudo, a necessidade nem sempre pode ser satisfeita.
Ela pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada (ou seja, transferida para outro
objeto, pessoa ou situação). No caso de frustração da necessidade, no ciclo
motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra uma
barreira ou um obstáculo para sua liberação. Não encontrando saída normal, a tensão
represada no organismo procura um meio indireto de saída, seja por via psicológica
(agressividade, descontentamento, tensão emocional, apatia, indiferença etc.) seja
por via fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas ou digestivas
etc.).
Em outras ocasiões, a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas
transferida ou compensada. Isso se dá quando a satisfação de outra necessidade
reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita,
conforme indicado na próxima imagem. É o que acontece quando o motivo de uma
promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou
por uma nova sala de trabalho. (CHIAVENATO, 2022).
10
(Etapas do ciclo motivacional com frustração ou compensação. CHIAVENATO, 2022, p. 54)
11
Sentem-se bem em relação às outras pessoas.
São capazes de enfrentar, por si, as demandas da vida.
12
Chiavenato (2022) aduz que o conceito de clima organizacional envolve um
quadro amplo e flexível da influência ambiental sobre a motivação das pessoas. O
clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que:
1.5 Comunicação
13
A COMUNICAÇÃO CONSTITUI UM PROCESSO COMPOSTO DE CINCO
ELEMENTOS:
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Sistema Sistema telefônico Porta automática Televisão
Afluência de pessoas
Fonte Voz humana Programa de TV
rompendo o raio de luz
Câmera, transmissor,
Célula fotoelétrica e
Transmissor Aparelho telefônico equipamento e antena
circuitos auxiliares
transmissora
Estática, interferência,
Estática, ruídos,
Mau funcionamento dos chuviscos,
Ruído interferências, linhas
dispositivos disfuncionamento dos
cruzadas
componentes
1.6 Percepção
16
Chiavenato, (2022) explica que existem três aspectos na percepção social:
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3) Sobrecarga: ocorre quando a quantidade de comunicação é muito
grande e ultrapassa a capacidade pessoal do destinatário de processar
as informações, perdendo parte delas ou distorcendo seu conteúdo.
Muitas vezes, a sobrecarga produz um colapso que paralisa o sistema.
20
1.9 Conceito de homem complexo
21
um incansável captador de dados, processador de informações e
tomador de decisões. Segundo essa concepção, as pessoas
recebem e processam informações do ambiente que as rodeia e
tomam incessantemente decisões a respeito de todos os seus atos
cotidianos e corriqueiros.
Na realidade, cada uma dessas diferentes concepções conta apenas uma parte
da história e mostra apenas um pedaço do todo. E nem poderia ser diferente. Seu
caráter parcial e limitado é óbvio e salta aos olhos. Mas dá para perceber a diferença
em cada concepção que explicamos anteriormente. (CHIAVENATO, 2022).
Recompensas salariais e
Administração científica Homem econômico
financeiras
Recompensas sociais e
Relações humanas Homem social
simbólicas
Recompensas salariais e
Estruturalista Homem organizacional
simbólicas
Processo decisório e
Comportamental Homem administrativo busca de soluções
satisfacientes
Microssistema individual e
Contingência Homem complexo
complexo
(Diversas concepções do homem segundo a teoria das organizações. CHIAVENATO, 2022, p.
74).
Chiavenato (2022, p. 74. Grifo do autor) explica que a concepção de homem
complexo é baseada nas seguintes justificativas:
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1) O ser humano não só é complexo, mas é também variável: tem
muitas motivações que se encontram dispostas em certa hierarquia
de importância; porém, essa hierarquia está sujeita a mudanças de
momento a momento e de situação a situação. Além disso, os
motivos se inter-relacionam entre si e se combinam em perfis
motivacionais complexos.
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PARA COMPLEMENTAR: DOIS PONTOS SÃO ESSENCIAIS NA
COMPREENSÃO DO HOMEM COMPLEXO.
As percepções referem-se à informação que o sistema
individual recolhe sobre seu ambiente. Valores são o
conjunto de crenças sobre o que é certo e errado,
importante e sem importância, e que é conservado e
1. Diferentes apoiado conscientemente. Motivos são os impulsos
sistemas individuais subjacentes ou necessidades que se desenvolvem
desenvolvem-se com inconscientemente à medida que o indivíduo experimenta
diferentes padrões êxito ou fracasso ao dominar seu ambiente. Essas três
de percepções de variáveis – as percepções, os valores e os motivos – são
valores e de motivos: altamente inter-relacionadas. O que um indivíduo percebe
em uma situação particular é influenciado por seus valores
e motivos. O desenvolvimento de motivos e valores é
influenciado pelo processo de percepção que determina a
informação recolhida pelo sistema.
Mas continuam a se desenvolver enquanto e à medida que
encontram novas experiências com problemas. Os
2. Os sistemas
mecanismos perceptuais que filtram as informações para
individuais não são
dentro e para fora do indivíduo permitem, de um lado, a
estáticos:
manutenção do sistema individual e, de outro, a
aprendizagem por intermédio de novas experiências.
(CHIAVENATO, 2022).
1.10 Tendências em GH
O mundo digital
Na Era Digital, está crescendo rapidamente o número de organizações virtuais
e interconectadas em redes digitais, assim como os negócios virtuais através da
internet. O volume de atividades relacionadas com e-commerce, e-business e e-
organization entrou em intensa expansão. E qual é a razão? Os negócios tradicionais
estão sendo substituídos por negócios digitais através de plataformas da web. É o
foco em um novo cliente. E em um novo tipo de funcionário. Estamos falando do homo
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digitalis: aquele que se comunica com o mundo por meio da TI, seja pela internet,
celular, smartphones ou terminais de computador. O mundo ficou mais conectado e
muito menor do que antes. Qualquer acontecimento em qualquer lugar ou momento
em nosso planeta é rápida e agilmente conhecido em qualquer lugar. (CHIAVENATO,
2022).
1) Autoridade: dar poder às pessoas para que elas possam tomar decisões
independentes sobre ações e recursos. Nesse sentido, cada líder reparte e delega
autoridade às pessoas para que elas possam trabalhar de acordo com o que elas
aprendem e dominam. Ou seja, dar autonomia às pessoas. É o chamado
empowerment.
2) Informação: fomentar o acesso à informação ao longo de todas as fronteiras. Criar
condições para disseminar a informação e torná-la útil e produtiva para as pessoas
no sentido de facilitar a tomada de decisões e a busca de novos e diferentes
caminhos.
3) Recompensas: proporcionar incentivos compartilhados que promovam os
objetivos organizacionais. Um dos mais fortes motivadores é a recompensa pelo
trabalho bem-feito. A recompensa funciona como um reforço positivo e como um
sinalizador do comportamento que a organização espera de seus participantes.
4) Competências: ajudar as pessoas a desenvolver as habilidades e competências
para utilizar amplamente a informação e a autoridade. É assim que se criam
talentos na organização: definindo as competências que a organização precisa para
alcançar seus objetivos e criando condições internas para que as pessoas
aprendam e desenvolvam tais competências da melhor maneira possível.
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Segundo Chiavenato (2022) a Era da Informação e, mais posteriormente, a Era
Digital mudaram radicalmente esse panorama pelas seguintes razões:
Cada Era está tornando o trabalho cada vez menos físico e muscular e cada vez
mais cerebral e mental. A atividade humana está deixando de ser repetitiva,
rotineira e imitativa para ser cada vez mais criativa, mutável e inovadora. As
pessoas deixaram de ser simples fornecedoras de mão de obra para serem alçadas
à categoria de fornecedoras de conhecimento e de competências, como parceiros
– e não como empregados submetidos a um contrato formal de trabalho – da
organização. Cada pessoa é uma cabeça, uma inteligência a serviço da
organização, e não um simples conjunto de músculos e habilidades físicas.
As pessoas estão deixando de ser meras commodities nas organizações e
assumindo seu caráter pessoal, individual e singular em função das diferenças
individuais. Antes, as práticas de RH – como seleção, treinamento, remuneração,
benefícios – eram padronizadas e estereotipadas, a fim de garantirem
homogeneidade no comportamento organizacional. Hoje, pelo contrário, as
diferenças individuais estão sendo realçadas e incentivadas, os talentos estão
sendo procurados com sofreguidão e as competências pessoais aprimoradas para
garantir a competitividade organizacional. A diversidade e a inclusão estão em alta.
As pessoas estão deixando de ser meros recursos produtivos na base da
organização para serem o universo que define o capital humano da organização.
O trabalho está deixando de ser individualizado, solitário e isolado para se
transformar em uma atividade grupal, solidária e conjunta. Enquanto os cargos –
conceito típico da Era Industrial – estão passando por uma total redefinição, as
equipes estão cada vez mais em voga. A velha abordagem cartesiana de divisão
do trabalho e especialização já deu tudo o que tinha de dar no passado. Hoje, em
vez de dividir, separar e isolar, tornou-se importante juntar, empoderar e integrar
para obter efeito sinérgico, holístico e multiplicador. As pessoas trabalham melhor
e mais satisfeitas quando o fazem socialmente juntas. Equipes, células de
produção, times, tribos, trabalho conjunto, trabalho móvel, compartilhamento,
participação, solidariedade, consenso, decisão em equipe, colaboração inteligente,
empowerment, autogestão, multifuncionalidade, polivalência: atualmente, essas
estão sendo as palavras de ordem nas organizações bem-sucedidas.
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Hoje, não se trata apenas de reter talentos na organização: possuir talentos é
apenas uma parte da questão. Eles precisam ter uma jornada de trabalho agradável
e divertida, uma liderança servidora, um clima organizacional gostoso de sentir e a
vontade íntima de permanecer e crescer na organização e não simplesmente a
atuação para segurá-los dentro da empresa. Não mais reter, mas engajar,
empoderar, desenvolver, liderar e alavancar os talentos para que se sintam
trabalhando no melhor lugar para se trabalhar. E o mais importante é o que fazer
para que eles sejam rentavelmente aplicados: desenvolver talentos e saber aplicá-
los no sentido de obter elevados retornos desse precioso capital humano. E dar a
ele os retornos de todos os seus investimentos na empresa.
O papel dos gestores e executivos está mudando rapidamente. Eles estão se
transformando em líderes democráticos e incentivadores. O tradicional papel
gerencial de pensar e de comandar pessoas foi bom para uma época que já passou:
a Era Industrial. O comando autocrático e impositivo de um lado e a obediência
cega de outro funcionaram bem em uma época de manutenção do status quo, na
qual a mudança era lenta e contínua. A área de RH tradicional era centralizadora e
monopolizadora: selecionava, treinava, avaliava e remunerava de acordo com suas
políticas e processos internos. Agora, quem cuida disso são os executivos: os
atuais gestores de pessoas. O RH sofreu uma metamorfose de órgão executor e
operacional para constituir uma equipe estratégica de consultoria interna. Lidar com
pessoas tornou-se uma responsabilidade de linha e uma função de staff.
O desenvolvimento de pessoas deixou de ser uma tarefa exclusiva da área de
treinamento e desenvolvimento (T&D) para se transformar em uma preocupação
holística na organização. A gestão do conhecimento e das competências, a criação
de universidades corporativas, a transformação das empresas em organizações de
aprendizagem são decorrências típicas dessa transformação. Um verdadeiro
mutirão de esforços conjuntos e integrados para incrementar a aprendizagem
organizacional.
Cada executivo passou a ser inserido no esforço conjunto de desenvolver
continuamente o talento humano. Aumentar e aplicar o capital humano passou a
ser uma obsessão das empresas competitivas. E isso passou a ser totalmente
descentralizado por toda a organização. Uma tarefa de todos.
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Essa é a nova face do RH ou da GH. E as mudanças estão caminhando cada
vez mais rápido. O RH precisa ser o catalisador das mudanças que estão acontecendo
nas organizações. E ele tem tudo para isso: os principais ativos intangíveis da
empresa estão sob a sua batuta. (CHIAVENATO, 2022).
Por que razão a empresa deveria ser ética? O que ela ganha com isso?
Ações e decisões éticas têm um custo. Qual é o benefício?
Lacombe (2021) afirma que em primeiro lugar, há de se lembrar que os valores
materiais não são os únicos a serem considerados, nem mesmo para as empresas.
Existem outros valores: prestígio; respeito do público, dos empregados, dos
fornecedores e dos consumidores; confiança nos produtos e nas decisões da
empresa; entre muitos outros. Todos esses valores acabam, no longo prazo,
contribuindo para os próprios resultados financeiros da empresa.
Em segundo lugar, a empresa ética atrai e retém empregados, clientes e
fornecedores éticos e responsáveis. Não se pode esperar compromisso de
empregados, clientes e fornecedores antiéticos. Trata-se de uma “rua de duas mãos”.
Se a empresa agir de forma antiética, não reterá empregados éticos, e de antiéticos
pode-se esperar tudo, até roubo, boicote e chantagem. O mesmo ocorre com clientes
e fornecedores.
Em terceiro lugar, há de se considerar não o sistema empresa, mas o sistema
sociedade, pois uma empresa não terá como prosperar solidamente em uma
sociedade antiética e rota, e a contribuição que a empresa dá para a formação da
sociedade na qual opera se reflete, de alguma forma, no longo prazo, na própria
empresa. Vale a afirmação de Keith Davis citado por Lacombe (2021): “Há uma férrea
lei de responsabilidade afirmando que, no longo prazo, quem não usa o poder de um
modo que a sociedade considere responsável tende a perdê-lo”.
Se, no longo prazo, a postura ética tende a beneficiar a empresa, por que essa
postura nem sempre é seguida?
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Lacombe (2021) aduz que primeiro, há de se considerar que as organizações
são semelhantes aos organismos vivos e, em consequência, colocam sua
sobrevivência acima de tudo. Se uma empresa perde a competitividade se se
comportar de forma ética, ela pode “apelar” para ações antiéticas para assegurar sua
sobrevivência. Isso é perigoso, pois, cedo ou tarde, as consequências negativas
aparecem.
Segundo, da mesma forma que as pessoas, existem organizações que
privilegiam o curto prazo, sem se importar com o futuro. Procuram maximizar os
ganhos imediatos. Estão hipotecando o futuro em benefício de uma situação mais
favorável no presente.
Finalmente, devemos considerar que são os pequenos deslizes que levam aos
grandes, como demonstrou o Padre Antônio Vieira, no século XVII, na sua obra A arte
de furtar. Muitas pessoas ou empresas, aparentemente éticas, acham que, em um
momento de pressão, será válido cometer um pequeno deslize, esquecendo-se das
consequências que isso pode acarretar no futuro. É possível, às vezes, superar o
problema, mas existem riscos.
Uma nação que não se comporte de forma ética terá dificuldade para atrair
investimentos e parceiros comerciais.
O professor Giannetti da Fonseca ressalta: “A sobrevivência, é verdade, é
condição para tudo o mais. Mas, sem ética, a própria sobrevivência fica
comprometida. Sem ela, não há ordem social, paz ou ‘comida’ – há desagregação,
guerra e fome”.
O que seria uma empresa ética? A empresa ética é definida, pelos nossos
padrões, como aquela que conquistou o respeito e a confiança de seus empregados,
clientes, fornecedores, investidores e outros, estabelecendo um equilíbrio aceitável
entre seus interesses econômicos e os interesses de todas as partes afetadas,
quando toma decisões ou empreende ações.
Até onde vão as obrigações éticas das empresas? Em um extremo, situa-se a
posição de Milton Friedman:
Há uma, e apenas uma, responsabilidade social das empresas: usar seus
recursos e sua energia em atividades destinadas a aumentar seus lucros, contanto
que obedeçam às regras do jogo e participem de uma competição aberta e livre, sem
enganos e fraudes. A intervenção governamental é frequentemente inde--sejável. As
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autoridades burocráticas, responsáveis pela implementação de programas, têm, na
verdade, pouco incentivo para resolver os problemas para os quais suas organizações
foram criadas. Um sistema com muitos benefícios governamentais desencoraja o
trabalho. Deve-se dar mais liberdade a cada indivíduo para tomar suas próprias
decisões econômicas. Essa liberdade levará a menos desperdício e maior
produtividade.
Aqueles que adotam essa forma de pensamento argumentam que a melhor
forma de ajudar o próximo é aumentar a produção e os lucros, para que possa haver
mais investimentos, mais empregos, mais trabalho e mais consumo por parte de
todos. Dizem ainda que as empresas são socialmente responsáveis quando cumprem
seus interesses econômicos de acordo com a lei e que a tentativa de atingir metas
sociais dilui o objetivo básico da empresa: a produtividade econômica. Finalmente,
argumentam que os executivos de empresas não costumam ter o perfil mais
adequado para tratar de assuntos sociais.
No outro extremo, estão os que argumentam que sobre toda propriedade pesa
uma hipoteca social, que não é suficiente cumprir todas as “regras do jogo” impostas
pela legislação e pelos princípios éticos universais e que cabe aos mais afortunados
ajudar os mais pobres, não apenas reinvestindo e proporcionando mais empregos e
trabalhos, mas também os beneficiando com alguma forma de assistência direta.
Acrescentam que a colaboração na solução dos problemas sociais ajuda a melhorar
a imagem da empresa e permite um relacionamento melhor com a comunidade.
Argumentam que as empresas possuem grande poder na sociedade e quando o poder
é maior que a responsabilidade, esse desequilíbrio pode estimular o comportamento
irresponsável, contrário ao bem comum.
A conclusão de consenso a que podemos chegar é que o poder gera
responsabilidade no seu uso. E responsabilidade gera obrigações para todos os que
se relacionam com a organização detentora do poder. Podemos, então, nos
questionar a respeito das obrigações que a empresa tem em relação a seus
fornecedores, seus clientes, seus acionistas, seus empregados e suas famílias e a
todos os seus stakeholders externos.
Como passar dos princípios para a prática? Nenhuma empresa pode ser ética
se a alta administração não transmite uma cultura organizacional ba--seada em
premissas éticas. O ponto de partida é, portanto, a vontade da alta administração de
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estabelecer objetivos, políticas, normas e padrões éticos a serem adotados pela
empresa. Algumas chegam a definir e divulgar um código de ética a ser seguido por
todos os que dirigem e trabalham na empresa, mas, se houver um código explícito,
terá de ser obedecido.
Partindo desses princípios, será indispensável recrutar e selecionar
empregados que estejam de acordo com essa cultura ética espelhada na cultura da
empresa e treiná-los para que se comportem de acordo com os seus padrões. Será
necessário que as decisões sejam calcadas nesses princípios e valores. (LACOMBE,
2021).
Dois casos ilustram as vantagens a longo prazo de uma postura ética:
1) Um grupo empresarial brasileiro decidiu jamais subornar fiscais para não lavrarem
multas. Como o grupo empresarial tinha grande preocupação ética, sempre havia
alguma forma de se defender judicialmente das penalidades aplicadas, o que era
feito sistematicamente, com re--sultados positivos na maioria dos casos. A longo
prazo, o número de “fiscais” que visitavam as empresas do grupo caiu
drasticamente, resultando em um benefício para todo o grupo empresarial.
2) Uma das empresas mais reconhecidas internacionalmente pela sua postura ética é
a Johnson & Johnson. Quando teve de enfrentar a crise provocada por um
psicopata que envenenou cápsulas de Tylenol, ela teve a atitude que seria
esperável por parte de uma empresa com o seu nome: recolheu todos os
comprimidos existentes no mercado, incinerou-os, passou a utilizar uma
embalagem de violação muito complicada e, meses depois, com intensa campanha
publicitária, relançou o produto, que voltou a ser um dos mais lucrativos.
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Em empresas éticas. Jamais gostaria que um jovem entrasse em uma
empresa que não fosse ética. Seria uma péssima primeira experiência. Se
perceber que não há ética em determinada empresa, ele deve ir embora.
Aliás, acredito que as empresas que sobreviverão serão as que têm ética e
que visam ao bem-estar comum: funcionários, clientes e sociedade.
O trabalho infantil;
O trabalho forçado;
As discriminações de qualquer tipo (raça, credo, sexo, nacionalidade ou
qualquer outra);
O assédio sexual.
Em geral, não é muito difícil saber o que é certo e o que é errado. O problema
é mais sério quando ocorrem conflitos de valores: quando se tem de optar entre duas
alternativas que parecem ambas antiéticas. Podemos demitir um subordinado
dedicado e comprometido porque a empresa está solicitando um corte na folha de
pagamento? Devemos ir ao recital de piano de um filho ou permanecer na empresa
para receber um importante cliente? Quando isso ocorre, devemos nos perguntar
quais das responsabilidades e dos valores que estão em conflito estão mais
profundamente enraizados na vida do profissional em questão e na das pessoas e
das comunidades que ele preza? É preciso também considerar quais são as
interpretações éticas dessa situação. Os administradores precisam determinar se
suas visões éticas serão apoiadas pelos seus colegas, clientes, acionistas e
subordinados. (LACOMBE, 2021)
Muitas organizações, que dizem que gostariam de ser éticas, não conseguem
sê-lo sem pôr em risco a sua sobrevivência. Conforme diz Ghersi citado por Lacombe
(2021):
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Temos que admitir que é preciso fazer algo para lhes dar condições de
operarem de forma ética sem esse risco. Provavelmente, elas não têm
condições de cumprir a legislação e por isso não se consideram éticas. O
problema pode estar no custo da legalidade. Na América Latina, o custo da
legalidade está muito acima da renda da população, e aí reside o problema.
O custo da lei deve ser proporcional à situação econômica de cada país.
2.4 A integridade do RH
34
funcionários a produzirem mais e melhor. Os trabalhadores podem ser incentivados e
motivados de formas distintas, sendo esse ponto um tanto subjetivo e dependente de
vários fatores (BUENO, 2002; MARSON et al., 2011).
A motivação envolve uma ou mais atitudes que mantêm um indivíduo focado
em atingir seus objetivos (IVANCEVICH, 2008). Esses objetivos podem ser de origem
satisfatória ou necessária para as condições vitais. A motivação está ligada à
complexidade do ser humano e entrelaça fatores emocionais, biológicos e sociais,
além do ambiente familiar, laboral e mundano (GOMES; QUELHAS, 2003). Os fatores
podem ser divididos entre intrínsecos e extrínsecos. Na motivação intrínseca, o
trabalhador se sente satisfeito por desenvolver determinada atividade, pois se
identifica com ela. Já na motivação extrínseca, as pessoas são influenciadas por
estímulos externos, como salários, recompensas, reconhecimento, entre outros
(ALVES, 2011a).
Existem duas linhas de pensamento quando se trata de teorizar a motivação:
uma que enfoca seu conteúdo e outra que enfoca seu processo. De acordo com
Chiavenato (2004), a visão ampla, que parte do conteúdo das exigências do ser
humano, contribui para a compreensão do que as pessoas necessitam. Já a visão que
encara a motivação como processo busca entender os diferentes aspectos que
influenciam o comportamento de uma forma mais dinâmica.
As necessidades humanas foram organizadas por Abraham Maslow de acordo
com uma hierarquia geral. Nessa classificação, conforme ilustrado na Figura abaixo,
tais necessidades são divididas em: fisiológicas, de segurança, de afiliação, de
autoestima e de autorrealização. Entre elas, Maslow classifica as necessidades
fisiológicas como sendo as mais intensas e a necessidade de autorrealização como a
mais fraca (HESKETH; COSTA, 1980; MATSUOKA; SILVA, 2013). Essas
necessidades podem ser classificadas em primárias — fisiológicas e segurança —,
que são influenciadas por estímulos externos, ou secundárias — sociais, autoestima
e autorrealização—, influenciadas por estímulos internos (VIEIRA et al., 2011).
35
Fonte: Adaptada de ShadeDesign/Shutterstock.com.
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é diretamente proporcional ao nível de suas reclamações, em que o maior número
delas indica um elevado nível de vida e possivelmente uma maior organização da
empresa onde ele trabalha.
As reclamações citadas por Maslow (1954, 1973) para cada categoria podem
ser resumidas nos seguintes itens:
37
níveis educacionais mais altos priorizavam necessidades secundárias. As motivações
podem atuar em conjunto nos seres humanos, de modo a gerar um grau demasiado
de satisfação ou insatisfação (SILVA et al., 2006; MORAES; VARELA, 2007). Uma
necessidade não satisfeita pode gerar problemas psicológicos, levando a situações
de emergência comportamental (BONOME, 2009).
Portanto, a motivação pessoal dos trabalhadores de uma empresa depende de
várias necessidades e essas resultam no grau de satisfação deles. Logo, é quase
impossível ter todos os funcionários satisfeitos com seu empregador, mas ao mesmo
tempo a empresa deve prezar por melhorias aos trabalhadores mediante estímulos
como melhores salários e reconhecimento, por exemplo (SILVA; REZENDE; ULLER,
2015).
38
organizacional. Para ver uma melhoria na QVT, é preciso mensurá-la. Para isso, a
resposta em termos de satisfação por parte dos trabalhadores e em termos de
rendimento deve ser positiva, indicando um aprimoramento diretamente decorrente
de programas de QVT.
O trabalhador passa mais tempo trabalhando que em casa, e suas relações no
serviço se tornam um fator altamente influenciável na sua QVT. Essas relações podem
gerar estresses e desgastes tanto físicos quanto emocionais, considerando que cada
trabalhador possui seus propósitos e suas diferenças.
Os fatores negativos são capazes de afetar todo o círculo de convivência,
desde os trabalhadores, seus familiares, a empresa e até os clientes. O papel da
empresa seria, então, o de elaborar planejamentos de intervenção para melhorar a
QVT e consequentemente os vínculos dos trabalhadores, assim como
desenvolvimento, rendimentos, entre outros. Porém, essa implantação pode ser
complicada, pois demanda investimentos e muitas vezes coordenação por uma
equipe de gestão. Esse planejamento deve ser claro e bem argumentado para que
seja aprovado. Ganhos secundários para a empresa são os argumentos mais fortes
que podem ser utilizados e o resultado mais visível ao olhar do gestor (ALVES, 2011b).
O planejamento bem elaborado deve envolver diagnóstico e implantação de
melhorias gerenciais, tecnológicas e estruturais tanto no ambiente de trabalho quanto
fora. O diagnóstico levanta as questões a serem abordadas e a partir dele é planejado
um modelo de intervenção para mitigar as insatisfações e elevar a QVT. Os modelos
devem ser adequados para cada empresa, sendo que não é possível somente adotar
determinada estratégia porque deu certo em outra local ou porque foi citada como
eficaz. Há casos em que a má utilização dos meios reverte o resultado, trazendo ainda
mais fatores negativos à empresa (ALVES, 2011b).
Ações visando ergonomia, ginástica laboral, reajuste salarial, treinamentos,
remanejamentos de cargos, remanejamento de horários de serviço, avaliação de
desempenho, emprego de metas e objetivos e proposição de encontros extra jornada
para confraternizações e descontrações podem oferecer grandes benefícios, a serem
abordados na próxima seção. Outras ações, como apoio nutricional em um
restaurante institucional, apoio terapêutico psicológico, plano de saúde e revezamento
em datas comemorativas, são formas de garantir benefícios ao trabalhador e,
indiretamente, benefícios revertidos à empresa (MORETTI, 2005).
39
3.3 Benefícios dos programas de QVT
40
trabalhador, proporcionando melhor desempenho nas atividades desenvolvidas e,
acima de tudo, prevenindo problemas osteomusculares e reduzindo gastos com
atendimento de saúde (GOEDERT; MACHADO, 2007).
Por sua vez, a ginástica laboral é uma forma de manter a equipe ativa e
disposta para o desenvolvimento de suas atividades. Os exercícios empregados
podem ser por meio de alongamentos, caminhadas, relaxamentos, correções, entre
outros. Os benefícios gerados com a implantação da ginástica laboral em empresas
são: melhor disposição, humor, vínculo e satisfação entre a equipe, além de manter
os funcionários unidos e presentes na empresa (GOEDERT; MACHADO, 2007).
Já as avaliações de desempenho são formas de quantificar a produção e a
qualidade do trabalhador de forma justa. Tais atividades representam também um
meio de reconhecimento que a empresa pode demonstrar para o trabalhador,
podendo ainda oferecer alguns benefícios quando as metas são alcançadas
(GOEDERT; MACHADO, 2007).
Um ambiente limpo e em boas condições de trabalho é importante, pois, de
acordo com Chiavenato (2002), a prática da higiene no ambiente laboral garante a
proteção da saúde física e psicológica do trabalhador. A segurança e a oferta de
equipamentos de segurança são importantes para proteger a saúde do trabalhador de
riscos de infecções, acidentes e outros desastres que possam acontecer dentro do
ambiente de trabalho. É importante ressaltar que, em caso de ocorrências desse tipo,
a empresa é responsável pelo colaborador; por isso, ela é a maior interessada em
meios de prevenção e segurança.
A promoção de cargos e os reajustes salariais são termos importantes para o
incentivo do trabalhador, visto que estão diretamente ligados às suas necessidades
básicas. Por sua vez, a empresa obtém maiores benefícios quando o trabalhador se
mantém estimulado, então nada mais justo que ofertar também um melhor salário ou
dar a possibilidade de mudança de cargo a esse trabalhador (ARAÚJO, 2006).
Por fim, os planos de carreira e aposentadoria podem incentivar os funcionários
a almejarem um futuro tranquilo e garantido com uma aposentadoria digna. A
implantação desse tipo de programa normalmente é vista em empresas de grande
porte, que possuem capacidade de oferecer planos individualizados e/ou permitir que
o trabalhador se aposente e se mantenha trabalhando em período reduzido como
forma de garantir maiores rendimentos (ALVES, 2011a).
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De acordo com Alves (2011a), os benefícios da implantação de programas de
qualidade de vida são extensos e fatoriais. Veja a seguir alguns programas de ações
e planejamentos e os benefícios de cada um deles.
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Estudo de cargos e salários — manutenção dos recursos humanos,
aperfeiçoamento da administração dos recursos humanos, aumento da
motivação e satisfação dos trabalhadores, aumento da produtividade.
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As atividades são multifatoriais e podem ser dispostas em diversos horários, como
antes, durante ou depois do período laboral.
Portanto, é importante que o profissional de educação física conheça as teorias
motivacionais que envolvem a relação trabalhador–empresa. Essa relação deve ser
reforçada com programas que promovam uma melhor qualidade de vida para o
trabalhador e um melhor ambiente para a empresa, assim como satisfação,
motivação, vínculo e redução de gastos adicionais com saúde e afastamentos
causados pela falta desses programas (MAGALHÃES, 2020).
Com a leitura realizada até aqui, você compreendeu que uma empresa é
formada por pessoas que, interligadas, formam uma sociedade organizacional. Nela,
cada indivíduo deve desempenhar suas funções, conforme suas habilidades
profissionais. Para a maior eficiência no desempenho dessas habilidades, cada
pessoa deve estar em perfeita harmonia com seu ambiente de trabalho, ou seja, a
qualidade da vida laboral de um indivíduo contribuirá positivamente para sua saúde e
para a produtividade da empresa.
A qualidade de vida no trabalho (QVT) pode ser entendida como o conjunto de
medidas que uma empresa adota, com o intuito de implantar melhorias e inovações
gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho. Para a melhoria na
QVT, a organização deve considerar alguns fatores, como riscos físicos, químicos e
biológicos, além da carga de trabalho física- -mental, cognitiva e psíquica. Tais fatores
podem influenciar de forma direta ou indireta na saúde do trabalhador e, por
consequência, na produtividade da organização como um todo.
A ideia central da QVT é identificar os pontos favoráveis e desfavoráveis de um
ambiente de trabalho para as pessoas. Esses pontos são caracterizados pela cultura
da empresa, pelo perfil individual de cada indivíduo que forma o ambiente
organizacional social e pelos fatores internos e externos que compõem a organização.
O homem tenta direcionar seus objetivos de forma a colaborar nos sistemas
produtivos no ambiente empresarial, mas busca atingir também seus próprios
objetivos de vida.
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ATENÇÃO: Um dos objetivos da QVT é servir tanto as aspirações mais altas dos
trabalhadores quanto suas necessidades mais básicas. Ela procura aproveitar as
habilidades mais refinadas dos trabalhadores, proporcionando um ambiente que lhes
dê coragem para desenvolver suas capacidades.
5 PROGRAMAS DE BEM-ESTAR
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Como os funcionários têm acesso a mais informações e mais autonomia, sentem que
têm um papel mais importante na organização e que suas opiniões e experiências são
mais valorizadas e, como resultado, tendem a estar mais satisfeitos e a sentir que
suas necessidades de crescimento de carreira estão sendo atendidas. Com
habilidades superiores e maior potencial para contribuição, é provável que tenham
mais estabilidade no trabalho e sejam mais cobiçados por outras empresas, como
descobriram os funcionários da divisão da Motorola na Índia.
Em contrapartida, quando o potencial dos funcionários não é apropriadamente
utilizado, a empresa opera sem alcançar seu desempenho pleno enquanto eles
desenvolvem atitudes e hábitos insatisfatórios de trabalho. Alguns anos atrás, a British
Land Rover Company, fabricante de veículos com tração nas quatro rodas, viu‐se
ligada a uma reputação notória por má qualidade e produtividade. Então, submeteu‐
se a uma transformação total: instituiu extenso treinamento (incluindo dar a cada
funcionário recursos para treinamento pessoal a ser usado em qualquer área),
implementou mais métodos de produção baseados em equipe, reduziu o número de
cargos, desenvolveu mais relações de colaboração com o sindicato e iniciou um
programa de qualidade total. Como resultado dessas mudanças, a produtividade, a
qualidade e as vendas da empresa aumentaram. No entanto, apesar das fortes
evidências documentadas sobre a eficácia do novo sistema, a BMW, que mais tarde
comprou a empresa, começou a implementar mudanças depois de assumir a direção
da Land Rover, mudanças estas que basicamente desestruturaram todo o trabalho de
transformação anterior. (SNELL, 2020).
Nos últimos sete dias, você recebeu algum tipo de reconhecimento ou elogio pelo
bom desempenho das suas funções?
Seu supervisor, ou alguém no trabalho, parece se importar com você como pessoa?
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que leva à vantagem competitiva. É realmente rara a capacidade de integrar os
negócios com as preocupações dos funcionários, e fazer isso de forma a acrescentar
valor para os clientes é especialmente admirável. Empresas como Google e
Southwest Airlines têm sido capazes de realizar essas metas e, como resultado,
gozam de vantagem competitiva. (SNELL, 2020).
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GOMES, A. A. P.; QUELHAS, O. L. G. A motivação no ambiente organizacional.
Revista Produção, Santa Catarina, v. 3, n. 3, p. 1-30, 2003.
IVANCEVICH, J. M. Gestão de recursos humanos. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2008.
MASLOW, A. H. The farther reaches of human nature. 3. ed. New York: Viking Press,
1973. MASLOW, A. H. Motivation and personality. New York: Harper, 1954.
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OLIVEIRA, Luciano Oliveira de. Gestão estratégica de recursos humanos [recurso
eletrônico] / Luciano Oliveira de Oliveira – 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
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