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Podemos ter pessoa com uma estrutura perversa e não está ligada a nenhum ato de
perversidade. O masoquista (aquele indivíduo que gosta de sofrer), não produzir dor em
ninguém, a não ser nele mesmo.
Ao invés de enfatizar uma estrutura perversa, talvez devêssemos referir a uma sociedade
perversa, onde todos nós praticamos perversidade, mas não estamos ligados a uma estrutura
perversa. A estrutura perversa é menos especifica do que a neurose e a psicose, as duas
estruturas são mais bem delimitadas em termos clínicos.
É importante considerar que o sintoma no perverso não causa sofrimento, mas sim prazer. Na
estrutura perversa o sintoma é a sensação de trinfo. O indivíduo não procura ajuda
psicoterapêutica em função dos sintomas, mas das perdas significativas advindas da própria
estrutura.
O sintoma funciona como um lugar defensivo e só começa a ruir quando o sujeito sente-se
intensamente ameaçado, ou seja, quando começa a surgir efeitos indesejados.
O ego (eu) se divide, se cliva dando origem a duas ações opostas, uma aceita a realidade, o
que falta: limite, valores, princípios, relações sociais e a outra recusa, mecanismo de defesa. A
recursa funciona como obstrução do recalque, da confusão entre os papéis sexuais, ao
desaparecimento as diferenças, limites e normas, pois a função paterna é presente, mas
enfraquecida. O perverso reconhece a lei do pai, mas infringi. A transgressão das leis é fator
predominante na dinâmica da perversão.
É justamente por conhecer a lei que perverso recusa, o que vale não é a lei do pai ou acordo
social, é a própria lei do perverso. Por isso, é muito comum que perverso tratar o outro como
objeto à sua disposição.
O grande desafio da clínica lacaniana é desestruturar o sintoma para que o sujeito perverso
perca essa sensação de trinfo, de prepotência, de gozo. Apesar de não haver cura para a
perversão e seu tratamento se difícil, muitos psicanalistas conseguem estabilizar este quadro
patológico.
Classificação da perversão