Você está na página 1de 17

FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

Unidade Belém

Disciplina: Fundamentos da Psicanálise


Pulsão

Prof. Me. Alex Miranda


e-mail:
170100622@prof.uninassau.edu.br
Pulsão
A Tradução:

• Termo Trieb e suas possíveis traduções;

• Primeiro traduz o termo por “instinto” e o segundo


grupo por “pulsão”.
Pulsão
Definição:
• Pulsão é um dos conceitos fundantes em psicanálise que expressa a
especificidade da visão freudiana sobre o sujeito humano.

• É um conceito limite entre o psíquico e o orgânico; constituindo-se no


“representante representativo”, no psíquico, das exigências somáticas
do sujeito.

• Segundo Freud é um impulso traduzido em desejo.

• O corte epistemológico freudiano transforma (no sentido de


ultrapassar uma forma) o corpo biológico em corpo erógeno.
• Onde era instinto (puramente biológico) surge a pulsão (no limite bio-
psíquico)..
Pulsão
O instinto:
• É sempre inscrito em um determinismo que antecede o indivíduo – É
da espécie.

• A pulsão dialetiza sujeito e ambiente, constituição e


experiência subjetiva. A necessidade, no humano não existe
simplesmente.

• Ela tem sempre um resto, um “para além” que é da ordem do prazer .


Pulsão
O Conceito - Introdução:
• O recalcamento provoca uma ruptura entre o afeto e a idéia a qual ele pertence, e
cada um deles passam por vicissitudes diversas. Mas Freud (1915) diz acreditar
que de modo geral, o afeto não se apresenta até que o irromper de uma nova
apresentação do sistema consciente tenha sido alcançada com êxito. Garcia-Roza
(2005) diz ser a pulsão o instinto que se desnaturalizou, que se desvia de suas
fontes e de seus objetos específicos; ela é o efeito marginal desse apoio-desvio. A
pulsão se apóia no instinto, mas não se reduz a ele. Zimerman, (1999) diz que o
apoio marca não a continuidade entre o instinto e a pulsão, mas a
descontinuidade entre ambos, transformando o somático em psíquico, com as
respectivas sensações das experiências emocionais primitivas, o indivíduo vai
construindo o seu mundo interno de representações. Em o Instinto e suas
Vicissitudes (1915) Freud localiza a pulsão como tendo uma “pressão”; uma
“finalidade” ou “objetivo”; seu “objeto” e sua “fonte”.
Pulsão
O Conceito - Introdução:

• “O Instinto e suas Vicissitudes” - Pulsão como tendo:


• Pressão;
• Finalidade ou objetivo;
• Objeto;
• Fonte.
Pulsão
A Pressão:
• É o fator motor da pulsão, a quantidade de força ou exigência do
trabalho que ela representa.

• A rigor, não existe pulsão passiva, apenas pulsões cuja finalidade é


passiva.

• Toda pulsão é ativa e a pressão é a própria atividade da pulsão.

• Desde o Projeto para uma Psicologia Cientifica (1895), Freud define a


pressão como o elemento motor da pulsão que impele o organismo
para a ação especifica responsável pela eliminação da tensão.
Pulsão
A Finalidade ou objetivo:
• A finalidade da pulsão é sempre a satisfação, sendo que a satisfação
é definida como a redução da tensão provocada pela pressão.
Freud fala que as pulsões podem ser inibidas em sua finalidade,
mas mesmo nesses mecanismos há uma satisfação substitutiva,
parcial.

• O objeto é uma coisa em relação a qual ou através da qual o


instinto é capaz de atingir sua finalidade. É o que há de mais
variável em uma pulsão.

• Garcia-Roza (2005) fala que objeto para Freud não é aquilo que se
oferece a consciência, mas algo que só tem sentido enquanto
relacionado à pulsão e ao inconsciente.
Pulsão
A Fonte:
• É o processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo, e cujo
estimulo é representado na vida mental por uma pulsão.

• Uma pulsão não pode ser destruída nem inibida, uma vez tendo surgido,
ela tende de forma coerciva para a satisfação.

• Aquilo sobre o qual vai incidir a defesa é sobre os representantes


psíquicos da pulsão.Os destinos dos representantes ideativos são:
reversão ao seu oposto, retorno em direção ao próprio eu,
recalcamento, sublimação.
Pulsão
A Fonte:
• Os destinos do afeto: transformação do afeto (obsessões)
deslocamento do afeto (histeria de conversão), troca do afeto
(neurose de angústia e melancolia).

• A reversão da pulsão em seu oposto transforma-se em dois processos


diferentes: uma mudança da atividade para a passividade e uma
reversão do seu conteúdo. Do primeiro temos o exemplo do sadismo
e do masoquismo. A reversão afeta apenas a finalidade da pulsão
(amor transforma-se em ódio, por exemplo).

• As vicissitudes pulsionais que consistem no fato de a pulsão retornar


em direção ao próprio ego do sujeito e sofrer reversão da atividade
para a passividade, se acham na dependência da organização
narcisista do ego e trazem o cunho dessa fase.
Pulsão

Economia das Pulsões:


• Do ponto de vista econômico, as manifestações das pulsões sexuais são
ligadas à existência de uma força de uma energia especifica
chamada libido.
• A catexia - que é o investimento de energia pulsional - alude ao fato de
que certa quantidade de energia psíquica esteja ligada a um objeto, tanto
externo como a seu representante interno, numa tentativa de reencontrar
as experiências de satisfação que lhe estejam correlacionadas.
• (Zimerman, 1999)Depois da experiência de satisfação, a representação do
objeto satisfatório, fortemente investida, orientara o sujeito para a busca
do mesmo objeto. O termo objeto pode designar tanto o objeto da pulsão
quanto o objeto de amor do sujeito.
• O objeto do investimento pulsional pode ser o próprio sujeito, que é o
caso do narcisismo.
Pulsão

O complemento de prazer:
• O complemento de prazer, inerente a necessidade é o fator sexual (Eros).
• Sexualidade é um conceito abrangente em psicanálise, refere-se a tudo
aquilo que é da ordem do prazer.

• A genitalidade sendo um de seus aspetos.

• O aparecimento da sexualidade coincide com o aparecimento do


fantasma, por estar essencialmente à experiência do prazer.

• O prazer tem a ver com a economia libidinal, não precisando de um


objeto específico.
Pulsão

O complemento de prazer:
• A inespecificidade do objeto o coloca na ordem do fantasma, ou seja,
do absolutamente subjetivo.

• Freud afirma “a pulsão sexual não tem um objeto determinado,


podendo ser qualquer um. Caso o tivesse não teríamos todas as
complexas questões relativas à escolha do objeto”.

• Libido vem a ser a manifestação da energia pulsional.


Pulsão
A Sequência Estrutural:

• A teoria das pulsões segue a evolução estrutural da teoria


freudiana, dividindo-se em dois tempos:
• A primeira Teoria Pulsional
– Pulsões de conservação;
– Pulsões sexuais.
Pulsão
A Sequência Estrutural:

• A teoria das pulsões segue a evolução estrutural da teoria


freudiana, dividindo-se em dois tempos:
• A Segunda Teoria Pulsional
– Pulsões de Vida (Eros);
– Pulsões de Morte (Tanatos).
Pulsão
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte:
Pulsão
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte:
1ª Teoria das Pulsões

Conservação do eu Pulsões Sexuais


(fome, sede, sono) – Se não as Não põem em risco a nossa sobrevivência.
satisfizermos pomos me risco nossa São as mais importantes, pois controlam o
sobrevivência nosso comportamento, tendem a
manifestar desejos sexuais

2ª Teoria das Pulsões

Pulsão de Morte Pulsão de Vida


Tanatos - Agressividade Eros – Pulsões de conservação do
eu e pulsões sexuais ou libidinais.

Você também pode gostar