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|iisino de
Terapia
JOYCE SHAPERO SÀBARI

PALAVRAS-CHAVE l
Análise da atividade Após estudar este capítulo, o estudante ou terapeuta será
Adaptação da atividade capaz de:
Síntese dá atividade 1. Identificar uma série de situações nas quais os terapeutas
Treinar versus aprender ^%^^-^'" ocupacionais analisam, adaptara e sintetizam atividades. -
Aquisição de habilidades ç^*' 2. Discutir metas especificas de resultados para as quais
Retenção de habilidades os terapeutas ocupacionais ensinam atividades.
Generaliza.ção de habilidades 3. Distinguir entre treinamento e aprendizado em termos
Tarefas fechadas . de objetivos terapêuticos e estratégias de intervenção.
Tarefas abertas 4. Analisar como as intervenções terapêuticas irão dife-
Aprendizado processual versus declarativo rir, dependendo dos vários tipos de processos de apren-
Processos explícitos e implícitos de aprendizado dizado que um paciente precisa desenvolver.
Estratégias 5. Aplicar os conhecimentos atuais sobre os fatores que
Metacognição influenciam o processo ensinar-aprendernas interven-
Feedbacks intrínseco e extrínseco ções da terapia ocupacional.
Feedback sobre o desempenho 6. Implementar um tratamento de terapia ocupacional
feedback sobre os resultados elaborado para promover o desenvolvimento ativo de
Interferência contextuai estratégias.
Planos de treino fixo e randomizado 7.-Fornecer instrução adequada, feedback e treino,'ajus-
Treino integral vcrsus segmentado tados às tarefas individuais e melas do cliente.'
Contextos de prática 8. Promover a generalização do aprendizado em situa-
ções da vida real com abordagens eficazes ao ensino de
atividades. :

ATIVIDADE: UM COMPONENTE ve como uma ferramenta no processo de inter-


CRÍTICO DA INTERVENÇÃO,pA ; venção para ajudar o-pacymrite a atingir suas me-
tas de TO1'0. •
TERifPlA OCUPACIONAL
No contexto da intervenção para pacientes com
Os tefí-ápeutas ocupacionais são especialistas em deficiências físicas, os terapeutas ocupacionais reali-
'ativijpade, Indepeníentemente do diagnóstico ou zam o seguinte:
do apbiente de tratamento, a melhora no desem- 1. Analisam atividades.
penAo de atividades é uma meta final para a in- 2. Adaptam atividades.
teryjmção da terapia ocupacional (TO). Além disso, 3. Sintetizam atividades.
o drísempenho de atividades com frequência ser- r4. Ensinam atividades.

r
•ui Processo e rática da Terapia Ocupadonal

Análise, Adaptação e pósitos gerais. Primeiro, uma atividade pode ser sin te-
Síntese de Ativídades
detejrminada.ocupação ou ..atendeiirequisitos .especí-
Os terapeutas ocupacionais realizam uma análise .ficas. Segundor'atjvidades sintetizadas como jogos..cie,
da atividade para as atividades que se deseja, ou re- ouja^^
quer, que o paciente desempenhe. Uma razão para esta
a^íjisejl^lenrrôjn; ^
de spbre_a_sa_úde_dopjicjfinte^Uma avaliação deta- Estudantes e^ terapeutas que estiverem lendo este'
ffiãdã cios efeitos ergonómicos de uma atividade sobre texto já aprenderam os fundamentos da análise, àdâp-<?
a função musculoesqueléticapossibilita que o terapeuta tacão e síntese de atividades ao longo de trabalhos;
recomende ou institua ladaptações apropriadas no anteriores de TO. Este capítulo visa introduzir prin-
ambiente e nos procedimentos para evitar lesões por cípios e orientações para melhorar a eficácia do en-
estresse repetitivo. Uma análise das demandas de ener- • sino de atividades no contexto da intervenção da terapia
gia de uma atividade provê os fundamentos para as adap- ocupacionaL
tações elaboradas para maximizar as capacidades de
resistências cardiovascular e muscular do cliente.
Uma segunda razão para que os terapeutas ocu- Quando e Por Que os Terapeutas
pacionais analisem as atividades é determinar até que Ocupacionais Ensinam Atividades
ponto são necessários componentes específicos de de- Uma porção significativa da intervenção da TO con-
sempenho. Após esta análise, o terapeuta determina quais ' siste no ensino djsatividades. Quandp_danoE; cognitivos.;,,
déficits em componentes de desempenho estão 'contri- limitam a capacidade de um indivíduo de lembrar-se;,:
buindo para as dificuldades do paciente ao:desempe- de procedimentos e precauções associados a tarefas da;;
nhar atividades selecionadas em contextos específicos. vida diária, ps^ej-a^uta^p_cupj.dçin.ais_reensi na m Áíiví-,l:
A seguir, o terapeuta determina o potencial do paciente dades familiares, .L ;>:;/!'
para melhorar estes componentes de desempenho. Se São ensinadas novas maneiras de realizar ativida-
há um potencial realista para melhorar, o terapeuta ocu- des familiares aos pacientes dentro de um amplo es-
pacional desenvolve um programa para melhorar os pectro de doenças, lesões e deficiências. Com frequência,
componentes de desempenho. A meta final é que o clien- esses novos procedimentos são ensinados para ajudai-
te use suas capacidades aperfeiçoadas e seja capaz de os pacientes a compensar danos ou restrições de longo
desempenhar as atividadès identificadas, bem como ou curto prazo em componentes de desempenho. Em
inumeráveis tarefas não previstas. outras situações, os novos procedimentos são elabora-
Algumas vezes, a revisão dos dados médicos e dos dos para aumentar a segurança da atividade para os
achados da avaliação indiba um baixo potencial para pacientes com riscos ou vulnerabilidades específicas.
melhora em um componente de desempenho identi- Uma funcionária de escritório aprende novas estraté-
ficado. Nestas situações, o' terapeuta ocupacional en- gias para usar seu computador, para evitar lesões por
sina o paciente a desempenhar atividades selecionadas, estresse repetitivo e reduzir dores musculoesquelétieas.
com adaptações que o habilitam a realizar ás ocupa- Um paciente que está se recuperando de cirurgia de
ções desejadas, apesar de E nas limitações nos compo- bypasspaia artéria coronária aprende novas maneiras
neníes de desempenho. de desempenhar atividades familiares para reduzir as
A adaptação da atividade é a modificação de tare- demandas cardiovasculares. Após uma cirurgia de
fas bem conhecidas. Os terapeutas ocupaciçnais são prótese de quadris um paciente aprende métodos al-
habilitados para adaptar c contexto, os materiais ou ternativos que permitem que ele continue realizando
as regras de atividades famil ares para atingir duas metas tarefas diárias dentro das limitações das contra-indi-
gerais. Primeira, os terapeutas adaptam atividades para cações ortopédicas temporárias. Um paciente com o
fazer com que o.desemper ho seja mais fácil ou mais equilíbrio alterado causado por lesão n e ur o muscular
seguro, com base no conhecimento a respeitcraoSjcom- aprende a realizar atividades em posição ereta de ma-
ponentes de desempenho disponíveis para o paciente neira a minimizar o risco de quedas.
e dos riscos para a saúde. Segunda, os terapeutas adap- Os terapeutas ocupacionais ensinam atividades
tam as atividades quando à realização de uma tarefa novas para quelse atinjam metas clínicas ou terapêuti-
tem a função de desafio terapêutico para ajuclarjo cliente cas. Pessoas que acabam de adquirir uma deficiência
a desenvolver uma função i melhor em componentes ou contrair uma doença precisam aprender atividades
de desempenho selecionados. que não faziarnparte d.e seu repertório anterior de tare-
A síntese da atividade elo desenvolvimento de ati- fas. Com frequência, precisam aprender a realizar estas
vidades novas e, geralmente, não familiares. Como tarefas dentro.das limitações dos componentes de de-
ocorre na adaptação da atividade, os terapeutas ocupa- sempenho. Tais atividades vão desde administrar a ro-
cionais sintetizam as novas atividades com dois pró- tina dos intestinos e dabexiga após uma lesão na medula
Ensino de Ativiclacles na Terapia Ocupacional

espinhal até a auto-aplicação de injeções de insulina com .


hemiparesia. Realizar rotinas domésticas de exercícios, Ambiente Tarefa
administrar cuidados pessoais, manobrar uma cadeira.
de rodas, usai'tecnologia auxiliai' e dispositivos ortóticos
• são outros exemplos dessas atividades.
y •'- Por fim, os terapeutas ocupacionais ensinam ati-
vidades que servirão como desafios terapêuticos para J
ajudar os indivíduos a melhorar os componentes de
desempenho. Antes de começar um jogo de tabuleiro
que produzirá contrações musculares repetitivas, com
Interações Terapeuta-paciente
resistência, o paciente que está se recuperando de uma
lesão nervosa periférica precisa aprender como deve Figura 9.1 - Proce >so de ensino e aprendizado na terapia
ser realizada a atividade. O terapeuta ensina o paciente ocupacional.
como posicionar seu corpo, o tabuleiro e as peças do
jogo para que a atividade tenha o máximo impacto te-
rapêutico. Antes de começar uma atividade na cozinha, • dizado é que o cliente desenvolva sua própria solução,
que foi elaborada para apresentar desafios cognitivos que pode ser aplicada em uma variedade de situações5.
e de equilíbrio para uma cliente que está lidando com Com base nas habilidades do paciente e nas deman-
os danos residuais de uma lesão cerebral, o terapeuta das de seus papéis, o terapeuta ocupacional determi-
ensina as características mais importantes da tarefa te- na se a objetivo de ensino será promover o treino ou o
rapêutica. Isto pode incluir adaptações para melhorar aprendizado. Tanto o treino quanto o aprendizado re-
os desafios relevantes da atividade aos componentes de querem a aquisição de habilidades e a retenção de
desempenho da cliente, bem como recomendações es- habilidades (Tabela 9.1).
tratégicas para maximizar o desempenho. A aquisição de habilidades ocorre durante a ins-
: Quando os terapeutas ocupacionais ensinam ati- trução inicial e a prática. A retenção de habilidades,
vidades, a meta final é o desempenho funcional de uma que é demonstrada após a sessão inicial de prática, é
tarefa. Isto requer, no mínimo, que o paciente apren- frequentemente chamada de canyover. Uma importante
da a realizar a atividade fora do ambiente de tratamento diferença entre o treino e o aprendizado é que a genera-
e longe da supervisão do terapeuta. As metas do ensi- lização de habilidades é um resultado do aprendizado,
no serão variáveis, dependendo da gravidade das li- mas não do treino. Quando o terapeuta ocupacional
mitações físicas e -cognitivas de cada indivíduo. Se a escolhe uma abordagem de treino, a tarefa deve ser pra-
supervisão de um atendente for necessária sempre, é ticada no próprio'ambiente em que o indivíduo pla-
responsabilidade do terapeuta incluir os atendentes no ' neja realizar a tarefa. Anão ser que a pessoa desenvolva
processo de ensino das atividades. Para os pacientes ativamente uma estratégia pessoal de desempenho, não
quê esperam retomar as funções independentes, os há evidências de que a aquisição e a retenção de habi-
métodos de ensino do terapeuta devem assegurar a lidades sejam transferidas para outros contextos, que
generalização do aprendizado para uma variedade de hão o da situação de treino 9 ' Z1 - 23 .
contextos e tarefas relacionados. Além disso, um Geralmente, q objetivo da TO é que um paciente
terapeuta ocupacional bem-sucedido usa os princípios venha a generalizar, ou transferir, as habilidades apren-
do aprendizado que são adequados para atingir as metas didas no ambiente terapêutico e as use em múltiplos
sélecionadas. contextos da vida real. Vários princípios apresentados
mais adiante, neste capítulo, orientam as estratégias
OS PRINCÍPIOS DO de: ensino do terapeuta quando a generalização do
aprendizado é'a meta de resultado.
ENSINO DE ATIVIDADES
Os terapeutas ocupacionais estruturam o ambiente, as •
tarefas-objetivos e as interações com cadapaciente para •
maximizar o processo ensinar-aprender (Fig. 9.1).

AprèndizadòY
Tipos de Processos de Aprendizado
-Estágio'Úm: aquisição'' Estágio um: aquisição •
Resultados do Treino e do Aprendizado dá habilidade:': '<• j "•',''.'. da Habilidade '':.'••'•'•''• -",
Estágio dois: retenção Estágio dois: retenção :
O objetivo do treinamento é que o paciente me- :dã: habilidade . • • - . - . ] • . „;! da habilidade:,.; .;., ;. L
morize uma solução prescrita para um desafio de uma .Estágio três: generalização
dá habilidade •' ' ";'
tarefa selecionada, ao passo que o objetivo do apren-
Processo e Prática da Terapia Ocupacional

A Tax.onom.ia dê Gentile dizado'declarativo. Durante o ensaio mental o indivíduo


para as Categorias de Tarefas pratica a sequência ao revisá-la silenciosamente ou arti-
cular o processo verbalmente ou por escrito.
Um esquema para classificai" as atividades se baseia O aprendizado processual é executado sem um
em duasdimensõesje características ambientais relacio- •F
componente significativo do idioma, e é eficaz quando
nadas às tarefasjPrirneir^ as superfícies de apoio e os ob- se aprende tarefas tipicamente realizadas de maneira l
jetos da tarefa podem ser imóveis ou estar errjmovimento. automática. Q aprendizado processual é desenvolvido
íêgunda,jas características ambientais podem divergir do pelaprâtica da tarefa em uma série de contextos varia-
desempenho de uma tarefa para a próxima, ou permane- dos. Um indivíduo aprende a manobrar uma cadeira
cerem iguais durante as [tentativas3. Os terapeutas ocu- de rodas por meio de um processo de aprendizado pro-
pacionais podem usai' este sistema de classificação de tarefas cessual. A instrução verbal, apenas, é de pouca valia.
para guiar a escolha das estratégias de ensino16. Certamente, uma pessoa aprende os procedimentos •
O^usoja^prátigaj.-epetida ^eino)_corno estratégia de para realiza^ esta nova tarefa motora por meio de opor- v
aprendizado só éjfícaz;cQmastarefes|ecjiadâs,,ouativi- L
tunidades, enquanto está sentada na cadeira, para ex-
perimentar com diferentes combinações entre os l
sãpjmj^:ULejiãj3vari^^ movimentos do braço e do braço e perna para obter'
,nhp. A maioria das atividades diárias, contudo, necessita propulsão em várias direções e velocidades. É respon- :

de adaptação às condições ambientais em mudança, em sabilidade do terapeuta ocupacional determinar se o


diferentes situações e períodos diferentes. ÍNa taxonomia
aprendizado processual ou declarativo é mais apropria- .
de Gentile, estas são categorizadas como tarefas imóveis
do para cada meta individual específica.
variáveis. Por exemplo, asldemandas motoras para beber •f1
algo irão variar, dependendo do tipo de xícara, caneca ou
copo utilizados, bem comjo da quantidade de líquido co- Processos Implícitos e í; l
locada no recipiente. Para Se vestir independentemente, é Explícitos de Aprendizado ;
necessário que uma pessoa domine a colocação de rou-
pas de vários estilos, tamanhos -e tecidos. i Gentile4 propõe que os indivíduos usem dois pro^
As .tarefas abertas são caracterizadas *por um mo- cessos distintos, mas interdependentes, durante a aqui-
~-——* •—-• j ;
vimento imprevisível das superfícies de apoio ou dos sição de habilidades motoras funcionais. Um processo >
objetos da tarefa durante seu desempenho. Estas ati- explícito de aprendizado, orientado conscientemen-
vidades necessitam da crpnometragem apropriada das te, guia a cinemática do movimento. Para Gentile, há a '
respostas, assim como da previsão espacial do movi- hipótese de que as pessoas usem um processo explica
mento dos objetos. Por exemplo, ao sentar-se em um to para desenvolver uma associação aproximada en-
trem em movimento, um passageiro deve manter o tre o formato ou a direção de seus movimentos e as
equilíbrip enquanto a superfície de apoio move-se de exigências ambientais para atingir uma meta. Um
maneira imprevisível. Ao! atravessar uma rua, um in- feedback externo provavelmente terá efeito'benén'co
divíduo deve antecipar aVelocidade e o ritmo dos pe- sobre o processo explícito de aprendizado.
destres e dos veículos ao; redor. Na maioria dos jogos Um processo implícito de aprendizado orienta a
com bola, os competidores devem prever â velocida- cinética do movimento, ou a dinâmica da geração de
de e a direção da bola para que se posicionem no lugar força. Este aspecto do movimento requer a seleção
certo, na hora certa, adequada de padrões de contração muscular, deter-
.as habilidades necessárias minados por previsões acertadas sobre como as for-
j>ucj3dadj3jiêj:are^ aprendidas ças externas afetarão o movimento. Para Gentile, há a
,pela prática repetida em um ambiente imóvel 6 hipótese de que "o refinamento da dinâmica da fcrça
*•—•- -Í___-~—~~ ~* ' «-"•""""™*»*_-*| —-—--'—•~~**~*~~~~———"•"—" '
é devido a um processo de auto-orgánização do apren-
dizado implícito"11. Este processo de auto-organização
Aprendizado Processual e Declarativo pode levar mais tempo para se desenvolver que o apren-
l ' dizado explícito. Além disso, o aprendizado implícito
Uma categorização popular da memória]4 foi adap-
tada19 para representar o grau em que a consciência, a ' está além do alcance da consciência e provavelmente
atenção owmi&tKprocessoscortfcafs são usados drrran- não aumentará com feedback externo.
te a aquisição dp habilidades, sua retenção ei desempe-
nho. O aprendizado declarativo é necessário para tarefas Fatores que Influenciam o
nas quais são usadas capacidades idiomáticas para or- Processo Ènsinar-Aprender
ganizar e praticar sequências complexas de ação. Apren-
der umareceítanpva ou umasequênciade dança cbm muitos A literatura a respeito do desenvolvimento de ha-
passos pode exigir que a pessoa seja capaz dt; expressar bilidades apresenta vários conceitos úteis^para orien-
conscientemente os processos que serão realizados. O tar os terapeutas ocupacionais quando estão ensinando
ensaio mental é uma técnica eficaz para melhorar o apren- atividades aos pacientes (Quadro 9.1).
Ensino de Atividades na Terapia Ocupacional

volver estratégias úteis estruturando tarefas, em um


éfíaiização do
ambiente seguro, que oferece aos indivíduos as opor-
tunidades para experimentar diferentes soluções para
os desafios que surgem14.
Participação ativa
: As habilidades da consciência de si mesmo .e da
Desenvolvimento de estratégias aútomonitoração são pré-requisitos críticos para a ca-
Ensino com foco externo pacidade que uma jjessoa tem de gerar e aplicar estra-
' Feedback intrínseco tégias apropriadas. A metacognição é o conhecimento
Condições de prática e a regulação de processos e capacidades cognitivos
'.-.' Interferência contextuai pessoais8. Ela engloba a consciência dos próprios pontos
- Planos de treino randomizado fortes e limitações bem como a capacidade de avaliar
- Contextos naturalistas a dificuldade da tarefa, planejar para o futuro, esco-
- Treino integral lher estratégias apropriadas e alternar entre estratégias
em resposta às dicas do ambiente.
\ modelo dinâmico interativo de Toglia22'23 para
Participação Ativa do Aprendiz indivíduos com danos cognitivos após lesões cerebrais
enfatiza a importância da metacognição. A auto-revi-
•' Aprender é um processo ativo. Embora intervenções, são do desempenho e o planejamento orientado para
passivas, como massagens ou manipulação física, se- lidai- com os desafios de tarefas futuras são fatores-chave
jam procedimentos úteis para atingir algumas das me- ' nobrecesse terapêutico.
tas da TO, elas não contribuem para o processo de \a a metacognição seja tipicamente discuti-
aprendizado. Os pacientes têm mais probabilidade da em relação à melhora das habilidades cognitivas, a
. de aprender novas habilidades quando são participantes consciência de si mesmo e a monitoração dos compo-
ativosno estabelecimento e na compreensão clara das nentes relevantes de desempenho podem ser pré-requi-
metas de resultado. Quando o aprendizado declarativo sitòs igualmente importantes para o desenvolvimento
é o mecanismo apropriado, tanto para a tarefa quanto de estratégias motoras, para lidar com os fatos e inter-
para o paciente, pode ser útil que o terapeuta solicite pessoais. Especificamente, a intervenção direcionada a
periodicamente ao paciente que reformule os objetivos ajudar os pacientes a desenvolver uma melhor consciên-
e os procedimentos para o desempenho da tarefa. cia da cinemática e do alinhamento de seus corpos pode
ser um componente importante para o aprendizado
Desenvolvimento de Estratégias motor1.. ' i '
i
;: • As estratégias são planos organizados ou conjun-
Instrução ' >
tos de regras que orientam a ação em várias situações15.
As estratégias motoras englobam o amplo repertório JÁ instrução terapêutica fornece pistas que levam
de encadeamentos cinemáticos e cinéticos subjacen- o paciente a orientações selecionadas de desempenho.
tes à realização de movimentos hábeis e eficientes. A instrução pode ser;apresentada de modos verbal,
&s estratégias cognitivas englobam as múltiplas e va- uisual ou tátil-cinestésica.
riadas táticas que.as pessoas usam para facilitar o !|PL instrução verbal relacionada ao desempenho de
processamento, o armazenamento, a recuperação e atividades pode ser mais útil quando um mínimo de pa-
a manipulação de informações. As estratégias inter- lavras é usado. Particularmente quando os pacientes apre-
pessoais ajudam nas interações sociais com outros sentam danos cognitivos, como nalinguagem, um falatório
indivíduos. As estratégias para enfrentar (coping) per- excessivo do terapeuta pode desviar a atenção dos pa-
mitem que as pessoas se adaptem de maneira construtiva cientes de indícios visuais e somatossensoriais do am-
ao estresse. biente e de seus próprios corpos.
As estratégias fornecem aos indivíduos habilida- A instrução visual'pode. ser proporcionada com o
des básicas que podem ser adaptadas às demandas, desempenho da tarefa p elo próprio terapeuta. Além disso,
em constante mudança, das ocupações'dentro das in- fotografiasailésêrílioSiofereêèrrfpistas visuais podero-
imitas variações de múltiplos ambientes. Assim, é mais sas sobre o alinhamento postura! ótimo ou sequência
provável que o aprendizado seja generalizado para no- apropriada exigida para o desempenho da tarefa.
vas situações quando as pessoas têm oportunidades de As instruções somatossensoriais proporcionam in-
aesenyolver estratégias funcionais21. As pessoas desen- dícios pelos canais tátil e cinestésico. A orientação
oivem estratégias por meio de um processo de encon- manual2 é geralmente urna técnica eficaz para dar ins-
ar problemas, implementação de soluções e monitoração truções específicas sobre a direção e a velocidade re-
s eleitos destas soluções. Os terapeutas ocupacionais comendadas (cinemática) de um movimento funcional.
' m as atividades para ajudar os pacientes a desen- A orientação manual pode ser mais eficaz que as ins-
Processo e Prática da Terapia Ocupacional

*>
truções verbais ou visuais quando a meta de resultado
é o aprendizado processual, e não declarativo.
Independentemente do canal sensorial, as ins-
truções para o aprendizado' podem produzir íun foco
na cópia impressa, fornece feedback extrínseco sobre
os resultados das ações do digitador. Outra pessoa pode
fornecer feedback extrínseco sobre o desempenho da
tarefa, informando ao digitador sobre o alinhamento
:
externo ou interno de atenção28. Uma quantidade con- do corpo, o posicionamento das mãos e a-escolha cie
siderável de evidências obtidas em pesquisas18'2B su- teclas. Embora o feedback extrínseco possa ser útil no
gere que as instruções relativas ao corpo (um foco início do processo de aprendizado, o digitador conse-
interno) são menos eficazes que as instruções relatí- guirá maior independência e eficiência rias átividades
• vás ao efeito da ação desempenhada sobre o ambien- com o computador ao desenvolver á capacidade de
te (um foco externo). Os terapeutas ocupacionais são continuar aprendendo através áofeedbackintrlnsecQ,
especialmente hábeis na estruturação de tarefas te- e não extrínseco.
rapêuticas de modo que um efeito crítico selecionado Os terapeutas ocupacionais frequentemente tra-;
do movimento, ao invés de uma característica do pró- balham com pacientes cujas capacidades de reconhe-
prio movimento, torna-se o foco de instrução. Por exem-
plo, quando o objetivo do componente de desempenho
cimento sensorial ou processamento foram danificadas.
Nestas situações, o feedback extrínseco de um terapeuta
í
é realizar a abdução escapula: para melhorar a e: Meneia ou de um dispositivo tecnológico pode fornecer infor-
do movimento de inclinar-s í para frente, melhores re- mações suplementares úteis para facilitar a consciên-
sultados são obtidos quar dú pacientes com lesão cia e o aprendizado no inicio.
traumática cerebral são inst :uídos a focalizar oxterna- Os terapeutas precisam lembrar que o feedback
mente em inclinar-se para alcançar o painel de urryogo, impreciso fornece informações confusas aos clientes
do que quando são instruídas a focalizar internamente sobre os resultados de suas tentativas no desempenho
em alcançar o mais longe ppssível com o braço à fren- da tarefa. Devem ser estabelecidas diferenças claras :
te20. De maneira semelhante, Nelson e cols.11 rnostra- entre o elogio pelo esforço realizado e o feedback ver-
ram que o tratamento elaborado para melhorar a bal positivo sobre o desempenho. ."....:;?; :,t
pronação e a supinação coordenadas do antebraço é Mecanismos ãefeedbackt&cnológico incluem sis-
mais eficaz na reabilitação de um AVC quando os pa- temas de biofeedback eletromiográfico e eletrògo-
cientes são instruídos a focalizar externamente em gi- niométrico, assim como mostradores digitais com '
rar um lançador de dardos adaptado, no cqntexto do pertinentes dados cinéticos ou cardiovasculares em
jogoj do que quando são instruídos a focalizar inter- equipamentos computadorizados de exercício. Estes,
namente no próprio movimento. Wu e cols.27 desco- sistemas de feedback fornecem informações mais rá-
briram que a intervenção para melhorar a postura pidas, mais consistentes e mais precisas que o feedback
simétrica de adultos com hemiplegia alcançava resul- de um terapeuta. No entanto, uma verdadeira genera-
tados significativamente melhores quando um foco lização do aprendizado jamais poderá ocorrer se uma
externo de atenção, integraáo em tarefas de lixar ma- pessoa não aprender a gerar o feedback intrínseco, e
deira e jogos com lançamento de saquinhos de fei- responder a ele. Portanto, o feedback extrínseco' deve
jão, era produzido pela síntese da atividade e instrução ser diminuído gradativamente se a meta do paciente é
terapêutica. j o desempenho independente em uma ampla varieda-
de de tarefas não antecipadas.
Feedback O feedback simultâneo, proporcionado de manei-
! j ra contínua durante o desempenho da tarefa, pode ser
O feedback, ou a informação sobre uma resposta12, intrínseco ou extrínseco. O feedback terminal, ou re-
pode ser intrínseco ou extrínseco, simultâneo ou ter- sumo, é fornecido depois que a tarefa se completa. Não
minal, e pode fornecer conhecimentos a respeito do há estudos publicados que comparem a eficácia dos
desempenho ou dos resultados. O feedback intrínse- feedbacks simultâneo e do terminal.
co é resultado dos sistemas prdprioceptivo, tátil, ves- PBEDBACK sovm o DESEMPENHO E FEÈDBACKSOKK&
tibular, visual e auditivo-serisorial do indivíduo. Uma os RESULTADOS. O/eed&ac/csobre o desempenho (FD)
pessoa, que está aprendendo a usar um teclado de com- é a informação sobre os processos utilizados durante
putador, usa primeiro o feedbackvisual para ver se seus o desempenho da tarefa19. Os fatores de desempenho
dedos estão posicionados corretamente*e?seí:está;>press qtie-JÉtèreSsaíirítosterápetrtasBcupacionais são os com-
sionando as teclas certas. Rapidamente, o indivíduo ponentes cinéticos e cinemáticos do movimento e es-
passa a contar com osfeedbàckstÁtíl e proprioceptivo tratégias cognitivas e interpessoais específicas. O FD
sobre o alinhamento dos decjos e os toques nas teclas. pode ter seu papel na orientação dinâmica do desem-
• Isto libera o indivíduo para olhar para o texto enquan- penho à medida que ocorre. O feedback sobre os re-
to digita. sultados.(FR) é ainformação sobre o resultado de uma
0/eerífe«cfcextrínseco é ainformação de uma fonte ação no que se refere a atingir a meta pretendida19. O
externa. O texto digitado, que aparece no monitor ou FR pode servir como base para um desempenho mais
Ensino de Atividades na Terapia Ocupacional

eficiente em tentativas futuras. No exemplo do tecla- terapeuta estrutura as condições de prática pode in-
do de computador, citado anteriormente, o FD estava fluenciar o sucesso do cliente na obtenção das metas
presente' na informação gerada intrinsecamente pelo de desempenho.
digitador sobre'o alinhamento dos dedos e os toques INTERFERÊNCIA CONTEXTUAI. A interferência contex-
. ríàs teclas, bem como no feedback gerado extrinse- tuai diz respeito aos fatores no ambiente de aprendi-
; camente sobre estes fatores de desempenho forneci- zado^ que aumentam a dificuldade do aprendizado
do por outra pessoa. O FR estava presente na informação inicial. Um FR limitado é um exemplo de interferência
sobre á precisão da digitação, fornecida pela cópia contextuai já discutido. Como mostrado em estudos
impressa do texto, produzida pelo digitador. A veloci- sobre FR, estes fatores tendem a promover a retenção e
-.:. dade de digitação, mensurada em palavras por minu- generalização mais eficazes. Uma explicação para isto
to, também fornece FR. é que um alto nível de interferência contextuai força a
:• - O FR extrínseco foi mais amplamente estudado.que pessoa a "usar processos múltiplos e variáveis para su-
:: o FD; rio entanto, a maioria das pesquisas publicadas perar a dificuldade da prática"29. Além disso, as pes-
; está relacionada a pessoas normais, realizando tarefas soas ^desenvolvem representações de memórias mais
"elaboradas em ambientes de laboratório. Os resulta- elaboradas das estratégias subjacentes, que foram usa-
• dos das pesquisas de laboratório com sujeitos normais das para realizar a tarefa, durante a fase de aquisição
1 confirma o ponto de vista de que o feedback intrínse- do aprendizado. •
co è mais crítico que o extrínseco para a generalização PLANOS DE TREINO Fixo E RANDOMIZADO. Os planos
de habilidades. Estudos demonstram que o FR frequen- de treino fixo e randomizado são exemplos de inter-
te, preciso e imediato tende a promover um melhor ferência contextuai, respectivamente baixa e alta. Du-
: desempenho durante a fase de aquisição do aprendi- rante a prática, ou treino, fixo, os pacientes praticam
zado, porém um desempenho mais fraco durante os uma tarefa até que a dominem. A isto segue-se a práti-
estágios de retenção e transferência17'26. De mesma ca de uma segunda tarefa até que seja também domi-
forma, caso o feedback só seja proporcionado quando nada. ÍSta prática randomizada, os pacientes tentam
a resposta de desempenho estiver fora de uma deter- • realizar múltiplas tarefas, ou variações de uma tarefa,
I. minada faixa de desempenho aceitável, ocorre melhor antes de terem dominado qualquer uma delas. Um pla-
generalização do aprendizado26. Schmidt18 formulou no de treino randomizado pode ser usado em um pro-
': a hipótese de que, quando um FR limitado é oferecido grama de TO elaborado para ensinar habilidades de
durante a aquisição, os indivíduòfe são forçados a de- transferência com cadeiras de rodas. O paciente é apre-
pender de dicas relevantes fornecidas por mecanismos sentado avarias situações de transferência sendo soli-
intrínsecos para melhorar o desempenho em futuras citado que pratique Jcada uma durante uma única
tentativas. Assim, eles tendem a depender menos do íessão. Por exemplo, o paciente praticará passar da
feedback extrínseco. cadeira de rodas para um colchpnete de terapia, e do
Como os terapeutas ocupacionais podem ajudar vaso sanitário para a cadeira de rodas. Planos de trei-
os pacientes a desenvolver mecanismos eficazes de no fixo são geralmente escolhidos quando o treino é o
feedback intrínseco? Primeiro, os terapeutas podem objetivo alongo prazo. No entanto, quando um clien-
fornecer aos clientes modelos eficazes de ação2 e cons- te mostra potencial p;ara generalizar o aprendizado, é
ciência sobre qual/eedbflc/cproprioceptivo e tátil deve preferível o plano de treino randomizado.
acompanhar as estratégias adequadas de desempe- TREINO INTEGRAL \\ERSUS SEGMENTADO. Os terapeutas
nho13. Os terapeutas podem conseguir isto com uma podem acreditai" intuitivamente que será mais fácil para
clara instrução visual e proprioceptiva, por orientação • o paciente aprender pequenos segmentos de uma ta-
manual, modelagem visual e figuras ou fotografias com- refa antes de aprender a realizar a tarefa completa/No
preensíveis. Em seguida, os terapeutas podem dar aos entanto, quebrar uma tarefa em partes para ensiná-la
clientes oportunidades de desempenhar ativamente só e útil se a tarefa pode naturalmente ser dividida
tarefas em contextos diversificados. Além disso, os te- em segmentos reconhecíveis25. Isto acontece porque
rapeutas procuram alcançar um equilíbrio entre for- as habilidades contínuas são mais fáceis de lembrar
necer 'o feedback extrínseco e solicitar que os clientes do que as respostas isoladas. Por exemplo, depois de
avaliem continuamente o próprio desempenho. Por fim, aprender a andar de;bicicleta, o indivíduo reterá esta
os terapeutas ajudam os pacientes a estabelecer ativa- habilidade motora por muitos anos, mesmo que não
mente suas próprias metas e determinar estnatégias-gara.^f •pratiquejsPo^jautcolado,,habilidades motoras seg-
melhorar o futuro desempenho das tarefas. mentadas do tipo usado em laboratórios podem ser
adquiridas facilmente, mas terão menos probabilidade
Condições de Prática/Treino de serem retidas ao longo do temp.o. Os terapeutas
são aconselhados a ensinar cada tarefa integralmen-
A prática, ou treino, é um componente poderoso te, e não em segmentos artificiais. Por exemplo, para
do processo de terapia ocupacional. O modo como o melhor retenção e generalização, é mais eficaz ensi-
Processo e Prática da Terapia Ocupacional

nar a vestir uma camisa como uma tarefa completa, aprendizado: 1. ajudando os clientes a desenvolver suas
que praticar uma parte diferente da tarefa durante cada capacidades de autoconsciência e automonitoração; t
sessão de terapia. Se é difícil para um paciente domi- 2. dando instrução eficaz ajustada às necessidades do
nar todos os passos de uma só vez, o terapeuta pode indivíduo; .3. implementando estratégias de feedback •
e
dar pistas ou orientação manual de alguns aspectos para ampliar as metas de aprendizado de cada indiví-
. da tarefa. Assim, o paciente experimenta a tarefa com- duo; e 4. realizando ás intervenções terapêuticas em
pleta em cada tentativa, e o terapeuta passa a ajudar contextos de prática, ou treino, que maximizem a ge-
gradativamente menos à medida que as sessões de neralização da habilidade e o desempenho cia tarefa
prática continuam. i . no ambiente real esperado para cada paciente;: ,\,í- • i,''..
CONTEXTOS DE PRÁTICA, Somente as tarefas fecha-
das4 são realizadas sempre sob condições ambientais
idênticas. Todas as outras ajividades exigem versa- PERGUNTAS PARA REVISÃO
tilidade no desempenho do indivíduo, A prática ern con- 1. Dê exemplos, diferentes dos apresentados neste
textos variáveis melhora a generalização do aprendizado capítulo, de como os terapeutas ocupaciouaís ana-
e ajuda o indivíduo a atingir esta versatilidade. Por exem- lisam, adaptam, sintetizam e ensinam ativhkidcs
plo, a mobilidade na cadeira jde rodas é praticada em em intervenções para os clientes com deficiên-
uma variedade de superfícies,! em ambientes internos cias físicas.
•e ao ar livre. A prática de aliinentar-se.sozinho é efe- 2. Qual à diferença entre aquisição, retenção e gene-
tuada com uma variedade de utensílios e tipos de ralização de uma habilidade? Aplique estes termos
comida. Além disso, caso se alimente sozinho e parti- à descrição dos estágios de aprendizado era "um
cularmente desafiador para um paciente em decprrên- cliente que tenha observado. • ; ;:.
cia de graves limitações físicas ou cognitivas, a prática 3. Qual a diferença entre tarefas fechadas, tarefas sem
de se alimentar com a TO irá acontecer em vários am- ' movimentos e tarefas abertas? Como os métodos
bientes - sozinho no quarto de hospital ou na cozinha de ensino irão diferir para estes tipos de tarefas?
de casa, assim como em ambientes com outra s pes- 4. Quando são usados os.processos de aprendizado
soas, como uma lanchonete ou restaurante. declarativo e processual? Como os métodos de en^
sino irão diferir quando forem necessários os.pro-
..,;;:"-'•"
cessos declarativo ou processual?
RESUMO m s 5. Como os terapeutas ocupacionais podem ajudar
Os terapeutas ocupacionais analisam, adaptam, sin- os pacientes a desenvolver habilidades metácog-
tetizam e ensinam atividades^aos pacientes com defi- nitivas? Porque estas habilidades são importantes
ciências físicas. Os propósitos da intervenção embasada no processo de aprendizado? "
em atividades são: melhorar o^desempenho de ativida- 6. Em que situações o/eec/feac/c extrínseco tem valor
des específicas e ajudar os pacientes a melhorar os com- para o processo terapêutico? Cite algumas vanta-
ponentes de desempenhp que os capacitarão a realizar gens e desvantagens do fornecimento AQ feedback,
um grande número de tarefas, previstas e nãp previs- extrínseco aos pacientes, ''
tas. Os terapeutas ocupacionais reensinam atividades 7. Como um terapeuta estrutura uma atividade tera-
familiares, ensinam atividades novas para atingir as metas pêutica para que suas instruções produzam um foco
terapêuticas e ainda as atividades que servirão como de atenção interno, ao invés de externo?
desafios terapêuticos para ajudar os pacientes a melhorar 8. Qual a diferença entre o feedback de desempenho
os componentes de desempenho. e o de resultados? Dê um exemplo de como o
Os terapeutas ocupacionais implementam uma feedback de desempenho pode ser proporciona-
variedade de estratégias de ensino elaboradas para pro- do, usando-se um foco de atenção externo, ao irW
mover a aquisição, retenção p generalização de uma vês de interno. • ' . . . : ' . -.-!:•:';'::'• í
habilidade. Os métodos de ensino fundamentamkse em 9. Por que a interferência contextuai contribui para
princípios desenvolvidos através de pesquisas sobre o a generalização do aprendizado? Pense em um
aprendizado e são selecionadós individualmente. Com exemplo, diferente dos utilizados neste capítulo,
base em uma variedade de fatores, diferentes princípi- de como a interferência contextuai pode ser incor-
os serão integrados ao tratamento da TO: porada a uma sessão de TO.
1. Se a meta de resultado é ò treino ou o aprendizado. ] 0. Diferencie os planos cie treino fixo e randomizado.
2. O tipo de tarefa que o indivíduo precisa aprender. Em que situações cada um destes planos de treino
3. Os processos cie aprendizado associados às me- poderia ser escolhido?
tas da tarefa. 11. Dê exemplos de como um terapeuta poderia estru-
A participação ativa e o desenvolvimento da es- . turar o treino integral e o treino segmentado. Em
tratégia são fatores-chave do aprendizado eficaz. que situações cada um destes tipos de prática po-
Os terapeutas ocupacionais maximizam o processo de deria ser apropriado?
Ensino de Atividades na Terapia Ocupacioiial

12. De que maneiras os terapeutas ocupacionais po- thetextureoflife:describingpurposeJiilactivitiíS:BsihcsáiL,Md,


:; ::.'• dein aumentar a variabilidade dos contextos de prá- 2000, American Occupational Therapy Association.
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