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POSICIONAMENTO

RADIOGRÁFICO II
Prof. Esp. Mateus Santos
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO II

➢ TÓRAX
• Tórax (Via Aérea Inferior)
• Via Aérea Superior

➢ CAIXA TÓRACICA
• Arcos Costais
• Esterno
• Articulações Esternoclaviculares

➢ ABDOME
• Abdome Simples
• Abdome Agudo

➢ PELVE
Anatomia do Tórax
O tórax é a porção superior do tronco localizada entre o pescoço e o
abdome. A anatomia radiográfica do tórax é divida em três seções:
caixa torácica, sistema respiratório e mediastino.
CAIXA TORÁCICA

A caixa torácica é a parte do sistema esquelético que fornece uma estrutura de


proteção para as partes do tórax envolvidas com a respiração e a circulação
sanguínea. Vísceras torácicas é o termo usado para designar estas partes do tórax,
que consistem nos pulmões e nos demais órgãos torácicos contidos no mediastino.
Na porção anterior da caixa torácica encontra-se o esterno (osso do tórax), que
possui três divisões.
A parte superior é o manúbrio, a parte central maior é o corpo, e a parte inferior
menor é o processo xifoide. Superiormente, a caixa torácica consiste em duas
clavículas que conectam o esterno a duas escápulas e aos 12 pares de costelas que
circundam o tórax. As 12 vértebras torácicas localizam-se na porção posterior.
CAIXA TORÁCICA
CAIXA TORÁCICA
CAIXA TORÁCICA
CAIXA TORÁCICA
CAIXA TORÁCICA
CAIXA TORÁCICA
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração consiste na troca de
substâncias gasosas entre o ar que
respiramos e a corrente sanguínea. O
sistema respiratório consiste em
partes do corpo através das quais o
ar passa, desde o nariz e boca até os
pulmões. As quatro divisões do
sistema respiratório são a faringe, a
traqueia, os brônquios e os
pulmões.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Uma estrutura importante do sistema respiratório é o diafragma, em
formato de cúpula, músculo primário da inspiração. Cada metade do
diafragma denomina-se hemicúpula hemidiafragma. Conforme a cúpula
diafragmática se move para baixo, aumenta o volume da cavidade
torácica. Esse aumento no volume, junto com outros movimentos do
tórax diminui a pressão intratorácica, criando uma ação de “sucção” ou
efeito de pressão negativa, fazendo com que o ar seja levado até os
pulmões através do nariz e boca, faringe, traqueia e brônquios. Isto faz
com que os pulmões sejam preenchidos com ar, o que é conhecido como
inspiração.
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
MEDIASTINO

A porção mediana da cavidade torácica, localizada entre


os pulmões, é denominada mediastino. As glândulas
tireoide e paratireoide, não são consideradas estruturas
mediastinais porque estão localizadas mais superiormente
e não no interior do mediastino. Entretanto, o timo está
localizado dentro do mediastino, abaixo da glândula
tireoide e anterior à traqueia e ao esôfago.
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
TIPOS FÍSICOS
Os tipos físicos requerem uma consideração especial na radiografia
do tórax. Por exemplo, um paciente hiperestênico previlínio possui
um tórax muito largo e profundo no sentido anteroposterior, mas
pequeno verticalmente. Portanto, deve-se ter cuidado para que os
lados ou o seio costofrênico não sejam cortados da radiografia PA
do tórax, que deve ser obtida com o RI posicionado
transversalmente. A centralização cuidadosa também é necessária
na incidência em perfil para garantir que as margens inferior ou
superior estejam incluídas na radiografia.
TIPOS FÍSICOS

HIPERESTÊNICO
TIPOS FÍSICOS

O outro extremo é um paciente magro, hipoestênico longilíneo. Neste


tipo físico, o tórax é estreito em largura e anteroposteriormente, mas é
muito longo em sua dimensão vertical. Portanto, no posicionamento da
radiografia do tórax, o tecnólogo deve garantir que o RI seja grande o
bastante para incluir tanto as áreas dos ápices, que incluem as clavículas,
quanto os seios costofrênicos inferiores. Uma radiografia de tórax em PA
em um paciente hipoestênico, mais próximo da média. O cuidado na
colimação vertical de tais pacientes deve ser exercitado a fim de que os
seios costofrênicos não sejam cortados na borda inferior.
TIPOS FÍSICOS

HIPOESTÊNICO
TIPOS FÍSICOS
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

Os movimentos da caixa torácica durante a inspiração


(levar o ar para dentro) e a expiração (expelir o ar)
mudam consideravelmente as dimensões do tórax e o
volume torácico. Para aumentar o volume do tórax
durante a inspiração, a caixa torácica aumenta de
diâmetro em três dimensões.
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

O primeiro é o diâmetro vertical, que é elevado primariamente


pela contração do diagrama que se movimenta para baixo
aumentando o volume torácico.
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

O diâmetro transverso é a segunda dimensão que aumenta durante a


inspiração. As costelas deslizam para fora e para cima, e isto aumenta
o diâmetro transverso do tórax.
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

A terceira dimensão é o diâmetro anteroposterior, que também


aumenta durante a inspiração através da elevação das costelas,
especialmente da segunda até a sexta.
CONSIDERAÇÕES DE POSICIONAMENTO

1. Quando uma radiografia do tórax é realizada, o


paciente deve inspirar da maneira mais profunda
possível e então prender a respiração de modo a aerar
os pulmões por completo. Fazer uma segunda
inspiração profunda antes de prender a respiração
permite uma inspiração ainda mais profunda.
INSPIRAÇÃO
EXPIRAÇÃO
CONSIDERAÇÕES DE POSICIONAMENTO

2. Remoção de todos os objetos radiopacos das regiões do


tórax e pescoço, inclusive roupas com botões, fechos, ou
quaisquer objetos que possam ser visualizados na radiografia
sob forma de artefatos radiopacos. Para garantir que todos os
objetos opacos foram removidos da região do tórax, o
procedimento habitual é pedir ao paciente que remova todas as
peças de roupa, inclusive sutiãs, colares ou outros objetos ao
redor do pescoço. O paciente então veste a camisola hospitalar,
que geralmente possui a abertura nas costas.
CONSIDERAÇÕES DE POSICIONAMENTO

3. Cabelos longos com tranças ou amarrados com elásticos ou


outros prendedores podem causar imagens suspeitas na
radiografia se deixados superpostos na área do tórax. Tubos de
oxigênio ou monitores de eletrocardiograma (ECG) devem ser
movidos com cuidado para o lado, se possível. Todos os objetos
radiopacos devem ser movidos cuidadosamente do campo
radiográfico de interesse a fim de impedir que os artefatos
interfiram na qualidade da imagem.
CONSIDERAÇÕES DE POSICIONAMENTO

4. Todas as radiografias de tórax devem ser obtidas em posição


ortostática (em pé) caso as condições do paciente permitam. As
três razões para tal são:

- Permite que o diafragma se desloque mais para baixo.


- Níveis hidroaéreos no tórax podem ser visualizados.
- Engurgitamento e hiperemia dos vasos pulmonares podem
ser evitados.
CONSIDERAÇÕES DE POSICIONAMENTO

5. A radiografia do tórax feita em AP, em vez de uma PA, a


uma distância de 183 cm causa uma ampliação da silhueta
cardíaca, fato que induz o diagnóstico de um possível aumento
cardíaco. Essa ampliação é explicada pela localização anterior
do coração no mediastino; colocando-o mais perto do RI na PA
haverá menor ampliação. Uma DFR de 183 cm, por ser maior,
causa menos ampliação porque o feixe de raios X sofre menos
divergência.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

POSICIONAMENTO

É importante que não haja rotação. Para evitar a rotação,


certifique-se de que o paciente esteja apoiado igualmente
sobre os dois pés com os ombros deslocados para frente e
para baixo. Verifique também a face posterior dos
ombros, A porção baixa da caixa torácica e a pelve para
assegurar-se de que não haja rotação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

POSICIONAMENTO

Rotações em radiografias PA do tórax


podem ser determinadas pelo exame
das extremidades esternais das
clavículas e sua simetria em relação à
coluna. Em uma radiografia PA
verdadeira sem rotação, as
extremidades esternais direta e
esquerda das clavículas são
equidistantesda linha central da
coluna.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Elevação do Queixo

A extensão suficiente do pescoço do


paciente garante que o queixo e o
pescoço não se superponham às
regiões mais superiores dos
pulmões, (os ápices). Além disso,
certifique-se de que a borda superior
do colimador esteja alta o suficiente
QUEIXO ABAIXADO
para garantir que os ápices não
sejam cortados.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Elevação do Queixo

A extensão suficiente do pescoço do


paciente garante que o queixo e o
pescoço não se superponham às
regiões mais superiores dos
pulmões, (os ápices). Além disso,
certifique-se de que a borda superior
do colimador esteja alta o suficiente
QUEIXO ELEVADO
para garantir que os ápices não
sejam cortados.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Minimizando as Sombras Mamárias

Deve ser solicitado a uma paciente com mamas


grandes e pendentes que ela mova os seios para
cima e para fora com as mãos, conforme se
inclina contra o receptor de imagem (RI),
mantendo-os nesta posição. Tal procedimento
diminui o efeito de sombras mamárias sobre os
campos pulmonares inferiores. Entretanto,
dependendo do tamanho e da densidade dos seios,
as sombras mamárias sobre os campos
pulmonares laterais e inferiores não poderão ser
totalmente eliminadas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Lado mais Próximo do RI

O lado do paciente mais próximo do RI é mais bem demonstrado na


radiografia. O perfil esquerdo deve ser realizado rotineiramente a
menos que a rotina do serviço determine o contrário ou quando uma
patologia no pulmão direito justifique a necessidade de uma radiografia
em perfil direito. A radiografia de perfil esquerdo demonstra com mais
precisão a região cardíaca (sem tanta ampliação) porque o coração está
principalmente localizado na cavidade torácica esquerda.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Perfil verdadeiro

ROTAÇÃO
90º EXCESSIVA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Perfil verdadeiro

Rotação excessiva, observando-se


uma importante separação das
costelas posteriores direitas e
esquerdas, assim como uma
separação dos seios costofrênicos.
É um erro de posicionamento que
geralmente requer repetição. ROTAÇÃO
EXCESSIVA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Braços Levantados para o Alto

Certifique-se de que o paciente esteja com ambos os


braços suficientemente levantados evitando assim sua
superposição sobre o tórax superior. Pacientes debilitados
ou instáveis poderão precisar segurar em um apoio.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
MARCOS TOPOGRÁFICOS

Proeminência vertebral (sétima vértebra cervical)


A proeminência vertebral é uma referência topográfica
importante para determinação do local do raio central
(RC) na incidência do tórax posteroanterior (PA). Ela pode
ser facilmente palpada na maioria dos pacientes aplicando-
se uma leve pressão com a ponta dos dedos na base do
pescoço. A proeminência vertebral é o primeiro processo
sentido quando se palpa a nuca de maneira gentil, mas
firme, com a cabeça direcionada para frente.
Com um pouco de prática, esta referência pode ser
prontamente localizada na maioria dos pacientes,
especialmente se a cabeça e o pescoço estiverem
flexionados para frente.
MARCOS TOPOGRÁFICOS

Incisura jugular (incisura do manúbrio ou supraesternal)

A incisura jugular é uma referência


importante para determinar a localização do
RC nas incidências anteroposteriores do
tórax (AP), sendo facilmente palpada. É uma
incisura profunda ou depressão na parte
superior do esterno, abaixo da cartilagem
tireóidea. O meio do tórax, no nível da T7
(sétima vértebra torácica), pode ser
facilmente localizado a partir dessas duas
referências topográficas.
MARCOS TOPOGRÁFICOS
MARCOS TOPOGRÁFICOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONTRAGER, Kenneth L., 1937- Tratado de posicionamento


radiográfico e anatomia associada / Kenneth L. Bontrager, John P.
Lampignano; tradução Alcir Costa Fernandes, Douglas Omena
Futuro, Fabiana pinzetta. - 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.

BIASOLI JR., Antonio. Técnicas radiográficas: princípios


físicos, anatomia básica, posicionamento. 2 ed. ed. Rio De Janeiro:
Livraria e Editora Rubio, 2016.
Obrigado, estudem e até
próxima aula!
@profmateusrad

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