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Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de

2018 6:00 am, 26 de fevereiro de 2019 em Perigos biológicos As doenças transmitidas por
alimentos, mais comumente conhecidas como DTA, são causadas pela ingestão de água
ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA e a maioria são infecções
causadas por bactérias, vírus e parasitas. Vale a pena relembrar que surto alimentar por
doença transmissível por alimento (DTA) é definido como um incidente em que duas ou
mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo
alimento ou água, e as análises epidemiológicas apontam a mesma origem da
enfermidade. Esta síndrome geralmente é constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou
diarreia, acompanhada ou não de febre. Os sintomas digestivos não são as únicas
manifestações, podendo ocorrer afecções extraintestinais em diferentes órgãos, como rins,
fígado, sistema nervoso central, dentre outros. Surto é o aumento na ocorrência de um
agravo à saúde acima dos níveis esperados. Em geral, nos serviços de saúde, os surtos
estão relacionados a quebras nas rotinas técnicas, utilização de insumos industrializados
com desvio de qualidade e introdução de novas tecnologias. Essas situações aumentam a
morbidade e a mortalidade entre os pacientes envolvidos, e elevam os custos assistenciais
com grande impacto no sistema de saúde. A probabilidade de um surto ser reconhecido e
notificado pelas autoridades de saúde depende, entre outros fatores, da comunicação dos
consumidores, do relato dos médicos, das atividades de vigilância sanitária das secretarias
municipais e estaduais de saúde. A ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos
(DTA) vem aumentando de modo significativo em nível mundial. Vários são os fatores que
contribuem para a emergência dessas doenças, entre os quais destacam-se: o crescente
aumento das populações; a existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais
expostos; o processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de
alimentos em grande escala. Contribui, ainda, o deficiente controle dos órgãos públicos e
privados no tocante à qualidade dos alimentos ofertados às populações. Outros
determinantes para o aumento na incidência das DTA são a maior exposição das
populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo – fast-foods, o consumo de
alimentos em vias públicas, a utilização de novas modalidades de produção, o aumento no
uso de aditivos e a mudanças de hábitos alimentares, sem deixar de considerar as
mudanças ambientais, a globalização e as facilidades atuais de deslocamento da
população, inclusive em nível internacional. A multiplicidade de agentes causais e as suas
associações a alguns dos fatores citados resultam em um número significativo de
possibilidades para a ocorrência das DTA, infecções ou intoxicações que podem se
apresentar de forma crônica ou aguda, com características de surto ou de casos isolados,
com distribuição localizada ou disseminada e com formas clínicas diversas. Vários países
da América Latina estão implantando sistemas nacionais de vigilância epidemiológica das
DTA, em face dos limitados estudos que se tem dos agentes etiológicos, da forma como
esses contaminam os alimentos e as quantidades necessárias a serem ingeridas na
alimentação para que possa se tornar um risco. Seguem abaixo as informações de acordo
os dados atualizados da Vigilância Epidemiológica das DTA no Brasil. Os dados são
atualizados até Junho de 2018. No ano de 2016, foram registrados 538 surtos de DTA e
9.935 pessoas doentes contra 598 surtos e 9.320 pessoas doentes no ano de 2017. O ano
de 2015 fechou com redução de 20% nos surtos comparando com o ano de 2016, mas
essa tendência não seguiu no ano de 2016 para 2017, pois tivemos um acréscimo de 10%
nos surtos. A região Sudeste lidera o histórico com mais notificações nos casos de DTA, e
na sequencia foram as regiões Sul e Nordeste. As residências continuam como o local
principal de ocorrência dos surtos, com 36,5% de predominância, seguidas dos
Restaurantes e Padarias (similares) com 15,4%. Os alimentos mistos (ex:pizza, risoto,
carne ao molho) continuam à frente como os alimentos mais envolvidos nos surtos com
11,7%, Alimentos múltiplos ou seja que registrou 2 ou mais alimentos como responsável
pelo surto ( 7,61%) , na sequência produtos à base de ovos (7,3%). Lembrando que
46,84% dos casos foram de origem Ignorada, ou seja, não houve registro de alimento(s)
relacionado(s) ao surto. Os principais agentes etiológicos associados aos surtos,
representando 81,4% dos casos, são as bactérias Salmonella, E. coli.e S.aureus,
respectivamente. Fonte: 1-
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/julho/02/Apresentacao-Surtos-DTA-
Junho-2018.pdf Post Views: 138 FacebookTwitterWhatsAppCopy
LinkEvernoteLinkedInCompartilhar379 Juliana Lanza Juliana Lanza é engenheira de
alimentos, e especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos, pela
Unicamp e pós graduada em MBA de Gestão de Qualidade e Produção pela Fundação
Getúlio Vargas – FGV. Atuou em industrias do segmento lácteos, açucar e álcool .
Atualmente é gestora área de qualidade e segurança de alimentos do ramo de
suplementos alimentares. Com sete anos de atuação na área de alimentos e bebidas
participou de implantações de HACCP e Sistema de Gestão da Qualidade como ISO 9000,
ISO 22000, FSSC 22000. Formação como auditora líder em ISO 2200 e ISO 14001.

Respeite a autoria e referencie a fonte original: https://foodsafetybrazil.org/surtos-


alimentares-no-brasil-dados-atualizados-junho-de-2018-2/

Fonte: 1- http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/julho/02/Apresentacao-
Surtos-DTA-Junho-2018.pdf

Respeite a autoria e referencie a fonte original: https://foodsafetybrazil.org/surtos-


alimentares-no-brasil-dados-atualizados-junho-de-2018-2/

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