Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e aprendizagem
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DA M E N T
P R O G R A M A S : L E R E E S C R E V E R / O R I E N TA Ç Õ E S C U R R I C U L A R E S
LIVRO DO PROFESSOR
2010
(vários autores)
ISBN 978-85-8028-017-3
ISBN 978-85-8028-008-1 (aluno)
Legenda/ Parlenda/Regras
Diagrama/
1o ano Bilhete/Recado Comentário de Conto de repetição de jogos e
Explicação
notícia brincadeiras
Cantiga/Regras
Manchete/Notícia Verbete de
de cirandas e
2o ano Receita televisiva e Conto tradicional curiosidades/
brincadeiras
radiofônica Explicação
cantadas
Notícia/ Verbete de
Poema para
3o ano Regras de jogo Comentário de Conto tradicional enciclopédia
crianças
notícias infantil/Explicação
Carta, e-mail, Verbete de
o relato de enciclopédia
4 ano Entrevista Fábula Poema narrativo
experiências infantil/
vividas Exposição oral
Artigo de
Roteiro e mapa
Notícia/Relato de divulgação
de localização/
5o ano acontecimento Lenda e mito Poema científica para
Descrição de
cotidiano crianças/
itinerário
Exposição oral
Carta de
solicitação e Biografia/
6o ano Entrevista Conto/Causo Canção
de reclamação/ Depoimento
Debate
Requerimento
e carta de Artigo de
solicitação e Resenha/ divulgação
7o ano HQ e tiras/Piadas Cordel
de reclamação/ Comentário científica/
Solicitação, Exposição oral
reclamação
Notícia,
Verbete de
Estatuto/Debate reportagem/ Crônica/Relato de
8o ano Poema visual/Rap enciclopédia/
regrado Notícia televisiva e fatos cotidianos
Exposição oral
radiofônica
Currículo/
Artigo de opinião/ Relato histórico/
9o ano Entrevista Teatro Poema
Comentário Exposição oral
profissional
II – Conteúdo temático
Efeitos narrativos (suspense, mistério, terror, aventura) com base em histórias simples
(envolvendo um único conflito e poucas personagens, em espaço e tempo bem definidos).
II – Conteúdo temático
Efeitos narrativos (suspense, mistério, terror, aventura) com base em histórias que mesclam
elementos míticos e lendários, deixando explícito que se trata de narrativa fantasiosa.
II – Conteúdo temático
De forma geral, as biografias apresentam como tema a vida pessoal do biografado. Assim, elas
constroem, por meio de narrativas e relatos, a trajetória de vida de uma pessoa, focalizando
aspectos centrais da infância, adolescência, vida adulta, velhice, com destaque para a relação
com o trabalho. Crianças e jovens raramente são biografados, o que revela uma escolha social
por certas personalidades em dado momento histórico. O biografado (personagem) é o elemento
fundamental na temática da biografia, sobretudo suas ações ao longo da vida. Nas biografias não
autorizadas, é possível encontrar aspectos negativos e posições diferentes da opinião pública.
Ciclo I Ciclo II
1o ano 2o ano 6o ano 8 o ano
Cantiga/Regras
Parlenda/
de cirandas e
Regras de jogos Canção Rap
brincadeiras
e brincadeiras
cantadas
II – Conteúdo temático
O conteúdo temático das canções varia bastante e está relacionado com o estilo musical e
intenções do compositor. Assim, é importante perceber a intencionalidade estética provocada
pela relação entre letra e melodia. As letras veiculam diferentes discursos e apontam para
aspectos como ritmo e estilo musical. Por exemplo, o tema da “seca” é encontrado com mais
frequência no forró, no xote e no baião do que em outros estilos musicais. Os temas, portanto,
são diversos, como nos poemas, mas sempre estão relacionados aos estilos do compositor e
musical e à forma com que são apresentados em determinado contexto histórico. O samba,
por exemplo, é uma produção do início do século XX com temáticas específicas, enquanto o
pagode surgiu nos anos 1990, em um formato mais comercial, com forte temática sentimental
ou romântica.
Imagens D e E.
Há um livro na imagem D.
Resposta pessoal
Conforme expressam os créditos 3. “Ali Babá e os quarenta la- ta e qual seria a continuação
(em vermelho, apenas nesta ver- drões”; e dela, procurando ajudá-los a
são), os fragmentos reproduzidos 4. “O pequeno polegar”. estabelecer oralmente uma
pertencem aos seguintes contos Leia-os com expressividade lógica narrativa com o que já
da tradição oral: para os alunos. Após a leitura sabem. Atribua a essa reme-
1. “O gato de botas”; de cada um, pergunte a eles se moração coletiva um caráter
2. “Aladin e a lâmpada mágica”; sabem de que história se tra- lúdico. O mais importante não
Salvou-o.
Acolha as opiniões dos alunos car um furto, sem caracterizá-lo perguntas, espera-se que perce-
e garanta que percebam quão como tal. bam que os ladrões convencem o
inusitada foi a ação desses la- Na questão 3, esse sentido de homem a soltar o carneiro na es-
drões, que usaram uma artima- salvar não é tão conhecido e tal- trada. Para conseguir isso, apon-
nha para ludibriar o dono do vez os alunos não o percebam. tam o focinho, as patas e o pelo
carneiro, surpreendendo nossas Se necessário, chame a atenção como provas de que o animal é
expectativas do que é furto. Po- deles para as acepções de salvar um cachorro.
demos entender que, do ponto como cumprimentar, saudar, fa-
de vista das personagens, essa zer uma saudação, explorando o
foi uma forma diferente de prati- próprio texto. Nas duas primeiras
Veio com essa conversa para o meu lado. Veio com esse papo
pra cima de mim.
Ressalte para os alunos a lin- valorize-as e converse sobre elas. Chame a atenção para os dife-
guagem bastante próxima à fala Adote o mesmo procedimento nas rentes marcadores temporais. É
cotidiana como uma caracterís- atividades 2, 3 e 4. importante mostrar em que ele-
tica dos contos regionais. Isso Espera-se que eles relacionem mentos linguísticos nos apoia-
poderá ser visto também mais esse tempo ao tempo da fanta- mos para construir os sentidos
adiante, nos causos. sia, do faz de conta. do texto. Ajude os alunos a per-
Algumas das questões a seguir Pergunte-lhes sobre outros con- ceber também como os elemen-
ajudam os alunos a identificar tos que conheçam com essa tos temporais são decisivos no
características do conto. Se apa- mesma abertura ou com outras desenvolvimento do enredo.
recerem outras, não mencionadas, similares a esta.
Aconteciam sempre.
Na questão 4a, os dois falam da esclareça que trama é a sucessão Na questão 4c, espera-se que
festa no céu; as personagens são de fatos da história, o enredo. respondam que as diferenças
basicamente as mesmas, muda No desfecho, o animal que vai à devem-se ao fato de serem con-
apenas o protagonista; ambos festa sem ser convidado é punido. tadas em diferentes comunidades
contam uma festa no céu para Na questão 4b, espera-se que os (África e Brasil).
animais que têm asas, mas um alunos respondam que a armação Na questão 4d, diga-lhes que
animal sem asas se aproveita da tartaruga para chegar ao céu provavelmente a versão africana
do outro para chegar à festa. no primeiro conto é diferente da chegou ao Brasil com os africa-
Se os alunos tiverem dificuldades, armação do sapo. mos que aqui viveram.
Sugestão de leitura
complementar: “A moça
tecelã”(Colassanti, Marina.
Doze reis e a moça no labirinto
do vento. São Paulo: Global,
2000, p. 9-14).
Antes da atividade, pergunte aos pre esperam um príncipe encan- adivinhas que aparecem no texto
alunos sobre os contos que eles tado para salvá-las do perigo e pedindo-lhes que tentem decifrá-
conhecem com princesas e quais da maldade. Gere expectativas, -las. Depois, durante sua leitura,
são, em geral, as características dizendo que eles conhecerão faça interrupções em pontos es-
dessas personagens. Ajude-os a outro conto em que a princesa tratégicos para que eles relacio-
notar como Cinderela, Branca de é adivinhona. nem as adivinhas às passagens do
Neve e Rapunzel, entre outras, Para introduzir o conto, crie uma texto e se sintam mais “partici-
são bonitas, obedientes e sem- atmosfera lúdica, propondo as pantes” da leitura compartilhada.
princesa
rapaz
Humor, graça.
Positiva
Na questão 5, a pergunta supõe vas personagens: bolar um plano cebimento de prêmios) quanto ao
não só relações com os conheci- (Cebolinha), pegar um pedaço de elogiá-lo. Destaque os adjetivos
mentos prévios, como também re- melancia (Magali), apanhar um empregados – gentil, simpático e
lações intertextuais. Informe que a guarda-chuva (Cascão) e deixar o vitoriosa, entre outros – e as afir-
brincadeira do repórter se refere coelhinho de pelúcia pronto caso mações elogiosas, por exemplo:
a personagens da Turma da Môni- seja necessário usá-lo (Mônica). “colecionador de prêmios”, tem
ca, citando objetos usados e/ou Na questão 7, comente que o uma “vitoriosa caminhada profis-
modos de agir típicos delas. De- autor transmite uma imagem po- sional”. Além disso, as referências
safie-os a relacionar esses objetos sitiva do entrevistado tanto ao feitas às personagens de Mauricio
ou modos de agir com as respecti- eleger fatos para citar (como o re- de Sousa são simpáticas.
Nesta atividade procura-se retra- vista do estilo/análise da lín- saber “estudo de quê”, devem
tar a entrevista com um especia- gua (uso de pronomes e advér- procurar o sentido de “arqueo”:
lista, para ressaltar a relação en- bios interrogativos). Antes de “antigo”, “antiguidade”. Sugira
tre enunciados da entrevistada e ler o texto, pergunte aos alunos que pensem na palavra arcaico
da entrevistadora e identificar se sabem o que é arqueologia. ou procurem-na no dicionário e,
elementos que compõem o gê- Explique-lhes que zoologia é o em seguida, pergunte: “Do que,
nero, tanto do ponto de vista estudo dos animais; morfologia, então, vai tratar a próxima entre-
da forma composicional (título, o estudo da forma, para que pos- vista?”, “Que informações poderá
texto introdutório, perguntas e sam concluir que arqueologia é conter?”, “Que perguntas poderão
respostas) quanto do ponto de o estudo de alguma coisa. Para ser feitas?”.
Consulte o documento x
Orientações curriculares e
proposição de expectativas
de aprendizagem para o
Ensino Fundamental – Ciclo II,
Língua Portuguesa, SME/DOT,
2007, p. 123-126, para mais
informações.
Nesta atividade, pretende-se entrevista assistida pelos alunos tos gramaticais que favorecem o
trabalhar com a elaboração de (com base no conhecimento do cumprimento dos objetivos do
questões relacionadas a diferen- tema e nos propósitos do texto texto. Destaque a possibilidade
tes aspectos: o primeiro, voltado divulgado pela TV, com foco no de inverter a ordem dos advérbios
à antecipação e à posterior com- funcionamento do par pergunta- e pronomes interrogativos para
paração de tipos de perguntas, -resposta). o fim do enunciado, como em:
partindo daquelas já formuladas É importante salientar a relação “Como você começou a escrever
(com ênfase na análise linguísti- entre o tipo de pergunta e de res- poemas?” para “Você começou a
ca) e, o segundo, dirigido à ela- posta, a fim de induzir a análise escrever poemas como?”.
boração de questões para uma do aluno sobre o uso de elemen-
• P16 Estabelecer conexões entre Pela fala, na íntegra, de Pelos trechos escritos,
o texto e os conhecimentos Sócrates. com a síntese das falas de
prévios, vivências, crenças e Sócrates.
valores.
Pelas imagens que Aparecem pelo registro
• P22 Planejar a entrevista: registram momentos de escrito: das reticências
elaboração de roteiro, silêncio e de risos dos (para as pausas) e do
levantamento de informações participantes. uso do termo [risos] entre
colchetes.
sobre o entrevistado e sobre
o tema de que ele vai falar, Espectadores Leitores interessados na
elaboração de perguntas. interessados na vida do vida do ex-jogador.
ex-jogador.
Nesta atividade enfoca-se a es- vidade 8, os alunos farão a entre- tação. A segunda refere-se à im-
colha do entrevistado, com base vista oral e, na última, produzirão possibilidade de se deslocarem a
em uma pesquisa (“Ideias que dão a entrevista escrita. um local e até a um entrevista-
certo: gente que trabalha pela co- Duas considerações merecem des- do; se isso ocorrer, tente agen-
munidade”) e em um levantamen- taque: a primeira diz respeito ao dar uma visita do entrevistado
to feito na própria sala de aula, momento em que eles irão à ins- à escola, para que façam uma
para a elaboração de um roteiro tituição fazer a entrevista; con- entrevista coletiva, previamente
de entrevista. Essa é a primeira de verse com a direção/coordenação organizada, e para que os gru-
três etapas do trabalho com a da escola, para, se necessário, pos produzam a escrita com base
mesma entrevista, já que, na ati- fornecer uma carta de apresen- em diferentes enfoques. Pode-se
para o futuro (da instituição, do O objetivo da atividade 8 é pro- de salientar que essa é mais uma
projeto ou das ações)?”, “Qual a duzir uma entrevista oral e fazer etapa do trabalho e, portanto,
importância desse projeto (dessas a transcrição das falas do entre- que o registro das falas será fun-
ações)?”. vistado para posterior produção damental para a etapa final, a
escrita da entrevista. Não deixe entrevista escrita.
Esta atividade objetiva aproximar Unidade: escrever uma carta de esse objetivo como um desafio a
os alunos do tema e do gênero da reclamação (se possível, para ser ser superado por todos.
Unidade, ativando seus conheci- enviada de fato) para tentar rea- Com relação ao título da ativida-
mentos prévios. Ao discutir as res- ver algum prejuízo que o aluno ou de, Com a boca no trombone, caso
postas das questões, destaque as alguém da família dele tenha tido os alunos não conheçam essa ex-
situações em que seria adequado ou possa estar tendo em relação pressão, explique-lhes o que signi-
escrever uma carta de reclama- à compra de algum produto. Para fica e pergunte-lhes se conhecem
ção. Depois, aproveite para falar que as atividades sugeridas façam outras com sentido semelhante.
do objetivo final da Parte I desta mais sentido para eles, apresente
Para iniciar a abordagem do con- Talvez eles não compreendam o soais e forma de se relacionar
texto de produção das cartas de sentido do termo papel social com as pessoas e de se expres-
reclamação, esta atividade pro- mencionado nesta atividade. De sar determinados. Na escola, as-
cura fazer os alunos perceberem forma bem simples, explique-lhes sumem outro papel social: o de
algumas diferenças básicas entre que em cada situação de nossa alunos, com direitos, deveres,
os vários tipos de carta, princi- vida assumimos um papel social interesses pessoais, forma de se
palmente em relação à sua função diferente. Por exemplo, em casa, relacionar com as pessoas e de
específica e ao papel social dos eles são filhos e, portanto, têm se expressar diferentes dos que
interlocutores. direitos, deveres, interesses pes- têm em casa. Isso determina, por
A questão 3 objetiva levar os alu- Se constatar dificuldade deles em Na questão 5, espera-se que os
nos a recordar os elementos cons- responder à questão 4, ajude-os alunos concretizem a ideia de que
titutivos da organização interna perguntando: “O assunto é o mes- escolhemos gêneros e linguagem
das cartas. Se tiverem dificulda- mo?”, “O papel social dos inter- mais ou menos formal, de acordo
de, ajude-os perguntando: “Como locutores é igual?”, “O objetivo é com nosso objetivo comunicati-
cada carta começa?”, “O que está o mesmo?”, “A linguagem usada vo, segundo nosso interlocutor e
escrito depois do local e da data?”, é a mesma?”, “Por que a lingua- o papel social que assumimos.
“Como as cartas são encerradas?”, gem da carta 1 é diferente da das
“Antes da assinatura, há algo se- demais?”.
melhante em todas?”.
As atividades 3 e 4 visam a forne- é preciso garantir que temos co- sua forma composicional. Ofereça
cer informações importantes sobre nhecimentos suficientes sobre também textos com as informa-
o Código de Defesa do Consumidor. o gênero adequado à situação de ções e os conteúdos que, em ge-
Quanto mais os alunos conhecerem comunicação e sobre o tema que ral, são expressos nesse gênero.
as situações sociais em que os tex- será abordado, pois, se nos falta Antes da leitura do primeiro texto,
tos são lidos ou escritos, melhor informação, faltarão também as levante os conhecimentos prévios
os compreenderão e mais condi- palavras para escrevê-lo. dos alunos, perguntando-lhes se
ções terão de fazer as escolhas Assim, ofereça para leitura diver- já ouviram falar dessa lei e o que
adequadas para escrevê-los. Além sos textos no gênero escolhido, sabem sobre ela.
disso, antes de escrever um texto, para que eles se familiarizem com
T
D
Ainda explorando o contexto de Ensino Fundamental (p. 12-21), passa para trás’. O que vocês
produção das cartas de recla- antes de começar a ler o texto imaginam que há nele?”
mação, o objetivo da ativida- com os alunos, faça oralmente • “Observem as imagens e os sub-
de 4 é levar ao conhecimento uma atividade de levantamento títulos. Vocês acham que eles
dos alunos seus direitos como de conhecimentos prévios e de ajudam a confirmar a resposta
consumidores. hipóteses acerca do conteúdo do dada à pergunta anterior?”
De acordo com as indicações do texto. Para isso, poderão ser fei- • “Por que você imagina que o
Referencial de expectativas para o tas perguntas como: título do texto de onde foram
desenvolvimento da competência • “Vocês vão ler uma continuação extraídos esses trechos é ‘Essa
leitora e escritora no Ciclo II do do texto ‘Essa turma ninguém turma ninguém passa para trás?’”.
O objetivo da atividade 6 é re- levar o aluno a observar alguns • no corpo do texto: a linguagem
tomar os principais aspectos da aspectos específicos das cartas de e as expressões formais de sau-
forma composicional das cartas reclamação: dação e despedida.
em geral (vistos em unidades an- • no início da carta: endereça-
teriores: data, saudação, despedi- mento à empresa ou aos cui-
da e assinatura), bem como fazer dados de um profissional es-
uma síntese do que foi discutido pecífico;
até o momento. • o assunto principal: relato do
Além da retomada e da síntese, problema e a solicitação (ou
esta atividade visa também a exigência) de uma solução;
Data
Nome da empresa/setor
Saudação
Relato do que
aconteceu
Exposição da
reclamação do
conumidor
Fórmula de finalização
Assinatura
O objetivo da atividade 7 é ob- lesou o reclamante: as cartas de por correio ou e-mail. Na maio-
servar as diferenças entre cartas reclamação publicadas em jornal. ria das vezes, antes de serem
de reclamação, dependendo do Na questão 1, espera-se que o publicadas no jornal, as cartas
local e do meio usado para escre- aluno perceba que o texto 1 foi originais sofrem cortes de tre-
vê-las. Paralelamente, objetiva-se enviado por e-mail e o texto 2, chos e adaptações. Na carta de
também apresentar aos alunos publicado em jornal. Nas cartas jornal lida, o texto provavelmen-
uma boa possibilidade de exercer publicadas em jornal não há as te foi adaptado e, em vez de 1a
pressão contra a pessoa ou contra formas de início e encerramen- pessoa (eu), o relato e a soli-
a instituição que supostamente to típicas das cartas enviadas citação são feitos na 3a pessoa
Resposta pessoal
Resposta pessoal
No item b, pode-se dizer que é Item c: Em geral, as cartas pu- associado a uma reclamação,
comum os jornais procurarem a blicadas em jornal contribuem pois isso transmite uma imagem
pessoa ou a instituição acusada para que o problema seja resol- negativa. Assim, é do interesse
para ouvir o outro lado da ques- vido em pouco tempo, pois o dela resolver o problema quanto
tão. Isso serve como forma de objetivo de quem as envia aos antes e, de preferência, divulgar
pressão a favor do leitor e de- jornais é tornar sua reclamação a todos a resolução.
monstra um suposto compromisso pública e, com isso, pressionar o
ético-jornalístico, segundo o qual destinatário a solucionar mais
se deve procurar ouvir todos os rapidamente o problema. Nenhu-
diferentes ângulos da questão. ma empresa deseja ter seu nome
Em relação à questão 2, é possí- um ponto final no lugar dessas para reclamar do produto. Quando
vel que, ao fazer a correção cole- palavras. No primeiro parágrafo, cheguei lá na loja fui mal-atendida
tiva na lousa, você e seus alunos por exemplo, eliminando o exces- pelos funcionários da loja...
encontrem soluções diferentes, so de conjunção “e” e do advérbio A repetição das palavras loja e
porém adequadas, para os pro- “aí”, substituindo-os por ponto fi- defeito, por exemplo, pode ser
blemas apresentados. nal, temos: Quero reclamar sobre solucionada por sua eliminação
Chame a atenção deles para o ex- um defeito de aparelho que com- ou usando-se sinônimos ou ex-
cesso da conjunção “e” e do ad- prei na loja SBA. Já na segunda pressões que as substituam.
vérbio “aí”. Muitas dessas repeti- semana, o aparelho deu defeito e No entanto, talvez a melhor dica
ções podem ser eliminadas com começou a travar. Fui até a loja seja mostrar que a carta não pre-
Agora que várias atividades fo- integrante da escrita. Assim, esta não precisem mais desse tipo de
ram feitas desde a elaboração da atividade tem como objetivo pro- recurso externo e revisem seus
primeira versão da carta, este é o por a revisão da carta de reclama- textos de forma autônoma.
momento de verificar se houve a ção elaborada na atividade 5. Se possível, providencie que a
aprendizagem planejada e em que A tabela oferecida na atividade carta deles seja efetivamente
medida ainda é preciso avançar. deve dar aos alunos os parâme- enviada. Depois de um tempo,
É preciso que fique bem claro para tros necessários para sua revisão. pode-se consultá-los para verifi-
os alunos que a revisão é parte O ideal é que, com o tempo, eles car os resultados.
O objetivo desta atividade é ativar como objetivo discutir com eles usar uma linguagem mais formal
os conhecimentos prévios dos alu- a importância de ter um compor- (e sem palavrões, é evidente!),
nos acerca do gênero debate e co- tamento adequado durante um não elevar demais o tom de voz,
meçar a explorar algumas de suas debate. Este é o momento para, não fazer ataques pessoais etc.
especificidades em relação à sua desde o início, cobrar deles uma
forma composicional e a seu estilo. atitude respeitosa com os cole-
Nas questões 1 e 2, além de gas, ressaltando a necessidade de
fazer um levantamento de co- ouvir com atenção o que o ou-
nhecimentos prévios, tem-se tro diz, esperar sua vez de falar,
Briga
Não.
Não.
Não.
Não.
Não.
Sim.
Sim.
Sim.
Sim.
Sim.
Este vídeo é a representação de uma meta para o aluno, que pas- relação aos oponentes é sempre
dois momentos de um debate. O sará a regular seu comportamento respeitosa.
primeiro mostra a tentativa desor- tentando atingi-la. Repare que, no Aproveite o convite feito na cena
ganizada de fazer um debate. Já segundo, cada participante fala final do vídeo e proponha aos
o segundo retrata um modelo do na sua vez, retomando a fala do alunos a continuação do debate
gênero. Embora saibamos que, na outro e assumindo uma posição assistido. Esse primeiro deba-
realidade, quase nunca os debates com argumentos sólidos. Além te pode servir para que você
transcorrem dessa forma, a apre- disso, a linguagem usada é formal, faça um diagnóstico da turma.
sentação de um modelo estabelece não há gritaria e as atitudes em O quadro na última atividade
Resposta pessoal
Resposta pessoal
deste Volume pode ser usada polêmica envolvida no deba- “papel social”, vista na atividade
como base para sua avaliação. te. O objetivo da atividade 2, 2 da Parte I – Carta de reclama-
Para que os alunos estejam cien- portanto, é levar os alunos a ela- ção, à página 114 deste Caderno.
tes das metas de aprendizagem borar uma questão polêmica, sa- Com relação à escolha de pos-
a ser alcançadas, divulgue a eles bendo diferenciá-la de outra que síveis questões para debate, é
o resultado de seu diagnóstico. não seja de fato polêmica. importante ressaltar que os te-
Não há debate se não houver po- Para o aluno responder aos itens mas devem ser realmente sig-
sições contrárias a ser defendidas. e e f da questão 1, retome para nificativos para a turma. Pode
Assim, há sempre uma questão a turma o sentido da expressão ser algo relacionado diretamente
Respostas pessoais
Certas questões, apesar de sus- rie de questões polêmicas, mas a te, discute-se o manejo sustentá-
citarem discussão, não podem questão aqui não é controversa, vel e, portanto, trata-se de uma
ser consideradas polêmicas. Por pois se espera uma resposta que polêmica. Esse argumento pode
exemplo, o racismo deve ser seja uma descrição (embora des- ser refutado com a declaração de
combatido, e ponto. Talvez cai- crições nunca sejam isentas de que, na pergunta, está em jogo
bam discussões sobre as formas valor) e não uma polêmica. o “desmatamento”, o que não
de isso ser feito, mas nunca se Com relação à pergunta “O des- pressupõe o manejo sustentá-
deve ou não acontecer. matamento da Amazônia deve vel. Portanto, é consenso que o
Da mesma forma, o tema dos continuar?”, é possível que algum desmatamento, sem manejo, não
sem-teto pode levar a uma sé- aluno argumente que, atualmen- pode continuar.
Para que haja um debate é preci- O primeiro passo para que o aluno No trecho 1 há apenas uma afir-
so que, além de dar sua opinião, aprenda a argumentar é levá-lo mação que, por sinal, já é prati-
os debatedores as justifiquem. a compreender a diferença en- camente consenso mundial. Aliás,
Quanto melhor a justificativa, ou tre tese (opinião) e argumento mesmo que alguém discorde da
os argumentos, maior a probabili- (justificativa). Assim, o objetivo afirmação, dificilmente assumirá
dade de os debatedores ganharem desta atividade é ajudar os alunos isso em público.
novos aliados para suas teses ou a discriminar as teses (ou ideias No trecho 3 só há a opinião re-
conseguirem fazer seus oponen- defendidas) dos argumentos que lativa ao que o governo deveria
tes mudarem de ideia. as sustentam. fazer, mas não há justificativa
(argumento) que sustente a afir- próprios dos textos argumenta- função (por exemplo, porque, já
mação feita. tivos, pois são estes que permi- que, visto que, dado que etc.)?
No trecho 4 também há apenas tem a coesão entre a tese (ou Espera-se que, com isso, essas
uma opinião, sem argumentos ideia defendida) e os argumentos. palavras também sejam empre-
que a sustentem. Aproveite para perguntar aos alu- gadas no debate.
O objetivo do item c é explorar nos que outras palavras eles co-
alguns organizadores textuais nhecem que tenham essa mesma
No item d, como no item anterior, estimule-os a escolher os que per- pada com as consequências globais
seria interessante perguntar aos mitam que a turma seja dividida do desmatamento e, de outro, os
alunos que outras palavras eles em grupos distintos, com interes- donos de empresas, com preocu-
conhecem cuja função é acres- ses contrários por desempenha- pações apenas locais, que querem
centar argumentos aos já apre- rem papéis sociais diferentes. destruir parte de uma mata para
sentados e introduzir a conclusão. Leve-os a escolher um tema que abrir uma estrada que escoe a pro-
A questão 2 é preparatória para lhes permita representar institui- dução, gere riquezas e empregos.
o debate final. A escolha do tema ções distintas. Por exemplo, de Para que não faltem argumen-
adequado é fundamental para o um lado, uma associação de defesa tos aos debatedores, reserve um
sucesso do debate. De preferência, das áreas verdes da cidade, preocu- tempo para que os alunos possam
Esta atividade visa a ensinar aos Para auxiliá-los, reproduza na Se parecer conveniente, apresen-
alunos algumas formas de apre- lousa os tópicos das tabelas des- te-lhes alguns tipos de argumento:
sentar argumentos num debate ta atividade: concordar e justifi- a) Explicação
público formal, que é diferen- car; discordar e justificar; retomar Discordo de você, pois...
te dos debates cotidianos, nos a fala do outro para discordar. Vá b) Exemplificação
quais se podem usar gírias sem escrevendo no quadro-negro as Eu penso diferente, por exemplo...
justificá-las. sugestões deles e, no fim, acres- c) Argumento de autoridade
Além disso, esta atividade leva-os cente mais algumas formas de Eu li numa revista que...
a pensar em contra-argumentos e expressão. Meu tio é psicólogo e disse que...
formas de refutação.
Finalmente chegou a hora do de- A turma deverá ser divida em crianças, pode-se dizer que, de um
bate. Nenhum dos alunos sabe de dois grupos. Diga aos alunos de lado, estão em jogo os interesses
que lado da polêmica vai ficar. No qual dos lados da polêmica eles das instituições de proteção às
entanto, na atividade 3, já levan- deverão ficar. Procure lembrá-los crianças, de pais e educadores;
taram argumentos contra e a favor de que, ao aderir a um dos lados, e, de outro, estão os fabricantes
de ambas as posições. Portanto, estarão assumindo papéis sociais de brinquedos e as agências de
podem estar preparados para assu- que implicam a defesa de inte- propaganda. Certamente, alguns
mir qualquer uma das partes. resses distintos. Por exemplo, no deles vão reclamar de ter de de-
Se possível, traga alunos de outra caso da discussão sobre a lei que fender um ponto de vista em que
turma para assistirem ao debate. restringe propaganda voltada para não acreditam. Não importa se
A função do gênero biografia é a vida de pessoas consideradas de pessoas que conviveram com
informar sobre a história do in- especiais para determinados o biografado, fotografias, notí-
divíduo-alvo, a fim de explicitar grupos. Em geral, os biógrafos cias e reportagens, programas
a trajetória da personalidade, os são escritores, historiadores ou televisivos, fi lmagens, cartas
acontecimentos mais importan- jornalistas. Alguns deles contam pessoais, diários).
tes de sua vida pessoal e/ou pro- com a ajuda da pessoa biografa- Converse com os alunos sobre as
fissional e determinar quando e da para produção de seu texto lombadas dos livros e dos DVDs
onde ela realizou suas conquistas. (depoimentos, fotografias etc.). para que percebam o porquê de
Na discussão oral, sistematize o Outros realizam pesquisas em tais pessoas terem sua vida regis-
fato de que os biógrafos narram diversas fontes (depoimentos trada em livros e/ou filmes.
Ingressou na Lotus.
Ganhou um troféu de bronze por ter ficado em terceiro
lugar no campeonato mundial.
Foi contratado pela McLaren e conquistou o primeiro
campeonato mundial. Ganhou o primeiro troféu Casco d’Oro.
Foi vice-campeão do campeonato mundial.
Ganhou um troféu de prata.
Organize rodas de conversa para na lousa com fatos da vida de al- conversem com os pais e outros
que os alunos troquem informa- gum aluno para que eles possam membros da família para conferir
ções e relatem acontecimentos compreender que há uma organi- algumas informações e até trazer
diretamente ligados a eles que zação cronológica, mas os fatos fotografias para ilustrar a crono-
marcaram sua infância. Em se- podem se relacionar. É provável logia ou linha do tempo. Se pos-
guida, oriente-os para traçar que alguns tenham dificuldades sível, faça uma roda de conversa
uma cronologia ou uma linha do para relacionar os fatos em ordem sobre a produção para que perce-
tempo ano a ano. Exemplifique temporal. Nesse caso, solicite que bam as semelhanças e diferenças.
Resposta pessoal
Resposta pessoal
É interessante comentar com os cem e como ficaram sabendo. Se parte da população brasileira.
alunos sobre a obra de Lobato e possível, faça uma visita à sala de Leia a biografia com a turma e,
lembrar as personagens mais fa- leitura para que tenham contato antes da resolução das questões,
mosas, como as do Sítio do Pica- com o autor e reflitam de forma promova uma roda de conversa
pau Amarelo e o Jeca Tatu, por crítica sobre a frase “Um país se sobre o texto, sistematizando os
exemplo. Antes de ler o texto, faz com homens e livros”, para pontos centrais na lousa.
levante hipóteses com eles sobre que entendam que o acesso ao
a vida do autor, o que eles conhe- livro ainda é restrito para grande
Na questão 4, há oportunidade Antes da leitura do texto, pla- práticas de linguagem pode aju-
de refletir sobre os temas prefe- neje uma visita ao site <http:// dá-los na elaboração de pesquisas
rencialmente tratados nos tex- educacao.uol.com.br/biografias>. para trabalhos de outras discipli-
tos biográficos, sobretudo tendo O gênero biografia, conforme as nas, como História e Artes. Explo-
em vista seu principal objetivo, Orientações curriculares, encontra- re com eles a lista dos sobrenomes
que é, em geral, divulgar e va- -se vinculado à esfera escolar, por em ordem alfabética, discutindo
lorizar as conquistas da perso- isso é importante que os alunos quem são as pessoas biografadas
nalidade biografada. compreendam que aprender tais e o porquê de elas estarem em
4 3
1 2
Converse com os alunos sobre a quais obras devem preferencial- vel, trabalhe de forma interdisci-
estrutura do texto biográfico, so- mente estar acompanhadas de plinar com o professor de Artes.
bre como é comum a presença de imagens (a foto na de Tarsila Para aprofundar a história das
imagens, tanto relativas à obra/ etc.). Pontue, ainda, o fato de obras e o contexto de produção
trabalho como à própria perso- os feitos/obras mais importantes de Tarsila do Amaral, visite com
nalidade. Discuta a importância serem comumente mencionados, os alunos o site oficial da artista:
da escolha dessas imagens, como assim como as datas e locais em <www.tarsiladoamaral.com.br/
determinar a legenda para elas, que foram produzidos. Se possí- index_frame.htm>.
No Brasil 1924
Brasil 1929
no colégio
em
onde
em ano em que
na
até
de volta
década
em
últimos
Nessa atividade, pretende-se tra- quanto mais longas, como esse Assista com os alunos ao vídeo
balhar com uma biografia mais trecho de livro. e levante comentários sobre ele.
longa, mais detalhada. Seria in- Retome e discuta com eles o fato Antes da leitura do texto, con-
teressante pedir aos alunos que de que a biografia é um relato verse sobre quem é o autor (o
pesquisem e tragam para a aula (muitas vezes extenso) dos epi- jornalista Celso de Campos Jr.) e
livros de biografia de personalida- sódios da vida de uma pessoa. É o público-alvo da biografia (por
des, para deixar claro que não há possível encontrar nas biografias exemplo, adultos interessados em
uma extensão para esse gênero: opiniões, depoimentos, fotogra- Adoniran Barbosa ou na história
existem tanto biografias curtas, fias, interpretações do historiador da canção no Brasil). Se possí-
como as lidas anteriormente, ou jornalista etc. vel, escute com os alunos alguma
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Antônia
Alice Ainez Ângelo Francisco
Helena
Jogar futebol com bola de meia, nadar no ribeirão, jogar bola de gude.
“Torceu o nariz quando viu sua nova casa, uma moradia coletiva,
espécie de cortiço à moda antiga”; “a pior notícia possível era
frequentar os bancos escolares”; “era convidado a bater papo
com seu Ladeira”; “o boletim de notas vinha sempre em branco”;
“levou uma surra memorável de dona Emma”; “‘Agora você vai
trabalhar’, lhe disse o pai”.
Resposta pessoal
A filha do casal, Maria Helena, que, depois, foi adotada pelos tios
Ainez e Eurico.
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
• entrevistas com o biografado, clarações pouco claras, a serem grafadas que eles sugerirem. Os
se vivo, ou com pessoas próxi- esclarecidas em outra entrevista. itens “O que você sabe sobre ela?”
mas a ele, se morto; É conveniente e oportuno que e “O que mais deseja saber?” po-
• anotações por escrito ou, mais na fase de planejamento dos dem encabeçar o planejamento,
facilmente, por gravação, com exercícios de produção escrita uma vez que os conteúdos de
a devida autorização do entre- os alunos sejam bem orientados, um não se confundem com os
vistado; assim como suas dúvidas e difi- do outro. O que se sabe vai exi-
• transcrição das gravações pelos culdades satisfatoriamente resol- gir confirmação, e o que se de-
entrevistadores, preferencial- vidas. Em princípio, contemple seja saber, pesquisa, entrevista,
mente, anotando dúvidas e de- todas as pessoas a serem bio- depoimento, leitura etc.
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
É importante que os alunos dis- determinados sons em um tempo trodução orquestral (herdeira dos
cutam e percebam, por meio do específico. O frevo de rua é dife- frevos de rua), mas é seguida de
vídeo, que a canção é um gênero rente dos outros tipos de frevo, uma letra de canção. Tal compa-
resultante do trabalho com dois justamente pela ausência da letra. ração é importante para que os
tipos de linguagem: a verbal (da O termo “canção”, em “samba- alunos construam um conceito
letra da canção) e a musical -canção” e “frevo-canção”, apon- inicial do gênero “canção”.
(do ritmo e da melodia). O “cho- ta justamente para a introdução Proponha aos alunos que pesqui-
rinho” e o “frevo de rua” são da letra na materialidade musical sem em enciclopédias ou sites os
músicas que utilizam instrumen- (rítmica e melódica). O frevo-can- instrumentos que auxiliam na
tos específicos para combinar ção, por exemplo, tem forte in- composição da melodia.
No frevo de rua, por exemplo, os ções e interações entre a letra ção da canção em sua comunida-
instrumentos são metálicos (pis- e a melodia e discutam sobre o de: rádio, televisão, bares, res-
tões, trombones), ao passo que processo de produção e circulação taurantes, supermercados, celular,
o samba-canção apresenta forte desse gênero. computador, jogos eletrônicos etc.
marcação rítmica de instrumentos Aproveite a conversa com os alu- Peça aos alunos que falem sobre
como o pandeiro e o tambor. nos para conhecer um pouco so- suas canções e artistas preferi-
No trabalho com o gênero canção, bre seus gostos musicais e sobre dos, os shows que frequentam, as
em sala de aula, é fundamental o que sabem a respeito do gênero canções que compõem as trilhas
que os alunos percebam as rela- canção e dos meios de distribui- sonoras de novelas e filmes etc.
Banda Zava
Música romântica
Na questão 5, item c, é impor- A música “Só você” é interpretada A questão 6 visa a fazer com que
tante explorar as explicações dos por vários cantores (Fábio Júnior, o aluno tenha uma visão da can-
alunos, auxiliando-os a compre- Fagner, Capital Inicial) e pelo pró- ção por meio de diferentes face-
ender o que significa “sentido prio compositor. Peça aos alunos tas do processo de produção do
figurado”. Se necessário, traga que procurem em sites diferentes texto: quem produziu a letra e a
outras canções para que o aluno versões da mesma canção para melodia, quem interpretou a can-
perceba os usos da língua em di- comparar interpretações diversas. ção no vídeo, qual o estilo musi-
versos contextos. cal etc. Merece atenção especial
a discussão sobre o papel social
do produtor da canção.
A distinção entre a pessoa real canção “Só você”, há marcas lin- Na questão 1, item b, sugira pes-
do compositor da letra e da me- guísticas que mostram uma voz quisa em sites para que os alunos
lodia e o eu lírico que ele escolhe social masculina. Nesse caso, é conheçam um pouco da vida e
para sua canção é a ideia central importante que os alunos per- dos motivos que levaram Vini-
dessa reflexão. Os alunos preci- cebam as diferenças entre com- cius Cantuária a compor a can-
sam perceber a voz social que positor (autor da letra e/ou da ção “Só você”. Em alguns deles
emerge na letra da canção. Na melodia), eu lírico e intérprete. há entrevistas com o compositor.
1933 1977
Na questão 3, aprofunde as dife- em consideração para caracteri- que eles conheçam mais sobre os
renças entre o eu lírico e o compo- zar o eu lírico das duas canções. compositores e tudo o que envol-
sitor, fazendo com que os alunos Se possível, sugira pesquisas so- ve o mundo de suas canções: dis-
percebam as marcas linguísticas bre os compositores Noel Rosa cografia, prêmios, homenagens,
na letra da canção para compre- e Chico Buarque. Explore com songbooks, intérpretes etc.
ender o eu lírico e suas caracte- os alunos os sites <www.chico
rísticas. Procure perceber quais buarque.com.br> e <www.mpbnet.
são as pistas que os alunos levam com.br/musicos/noel.rosa>, para
Desarmada.
Chame a atenção dos alunos para crita toda a letra de “Teresinha”, não tem um compositor ou data
o fato de termos canções em que o uma vez que a intenção é apenas específica de composição. As can-
compositor usa um eu lírico em revelar as coincidências de letra tigas são entoadas pelas crianças
primeira pessoa ou em terceira e melodia com a canção infantil em suas brincadeiras e passam de
pessoa. Retome as canções ante- “Terezinha de Jesus”. geração em geração, integrando
riores para analisar o emprego de Discuta com a turma a relação o universo infantil. “Terezinha de
primeira ou terceira pessoa nas intertextual entre as duas can- Jesus” pode ser entendida como
canções. Se possível, traga ou- ções, lembrando que a canção uma cantiga de histórias, na qual
tros exemplos para a sala de aula. “Terezinha de Jesus” faz parte a canção identifica a personagem
Propositadamente, não está trans- da tradição oral popular, por isso (Cascudo, 2002, p. 102).
Ao assistirem ao vídeo, é im- Na questão 1, item b, é fun- Para conhecer mais sobre os com-
portante que os alunos, em um damental que os alunos acom- positores, proponha que visitem o
primeiro momento, não acompa- panhem a letra da canção e, se site <http://www.palavracantada.
nhem a letra da canção impressa, possível, cantem para perceber a com.br>.
para que possam apreciar a letra sonoridade e o ritmo.
e a melodia da canção. Chame a Com o CD Palavra cantada: toca-
atenção deles para o ritmo, o da, de Jonas Tatit, você poderá
coro e os instrumentos. explorar uma versão instrumental
da música “Fome come” e cantar
com seus alunos.
Tema, melodia e
ritmo contagiantes e facilmente assimiláveis, graças à harmoniosa
sincronia das rimas e do ritmo com a melodia.
Marcam o ritmo dos versos, uma vez que são todas palavras
paroxítonas e terminam em “te”, que pronunciamos “tch”, como uma
batida de prato de bateria. Essas palavras vão marcar a melodia
explícita e predominantemente ritmada.
As questões feitas aos alunos não sem alimento. A fome do que é pensável à vida, “deglute”. Por
se demoram na interpretação da atraente, de conhecer, de saber fim, a fome devora “o amor (não
letra, recreativa e bem-humorada. e de amar as pessoas é “carente”, metafórico) que a gente sente”,
É oportuno, no entanto, sondar insaciável, “no presente e no pas- do qual o eu lírico não abre mão.
com eles, sempre do ponto de vis- sado”. A fome tem curiosidade de É importante que os alunos perce-
ta do eu lírico, a interpretação da conhecer o desconhecido (“Se vem bam as mudanças estruturais das
fome e das comidas que a saciam. de fora ela devora”). A fome tritu- estrofes e das rimas e o ritmo
No geral, o termo fome metafori- ra a cultura e transforma a cultura da canção. Ressalte o papel do
za a necessidade do que é indis- em alimento para quem a ingere. coro nas estrofes mais curtas
pensável à vida, que não existe Ela não “discute” o que é indis- da letra.
Procure salientar a harmonização É oportuno salientar esses dois Para finalizar a atividade 3, ex-
perfeita do ritmo e da melodia resultados da canção para predis- plore o ritmo com latas, orientan-
com a letra. Ao mesmo tempo por os alunos a uma leitura me- do os alunos para que o marquem
que a letra se refere a muitas nos superficial da letra. A propó- com os intérpretes do vídeo. A
fomes, a melodia, marcadamen- sito, examine com eles o sentido intenção é lidar com a sincronia
te rítmica, alegre, contagiante e figurado da “fome” própria dos ritmo/letra = melodia e aprender
rápida, acompanha o desenvol- inquietos, inteligentes, sensíveis um pouco de percussão corporal
vimento temático dinâmico que pelos acontecimentos, fenômenos e instrumental (latinhas).
menciona, mas não aprofunda nem e pessoas e pelo que a realidade
comenta as diferentes fomes. lhes oferece.
Há intenção de provocar a leitu- mida recebem tratamento metafó- Salientadas essas ideias, a har-
ra intertextual, aproximando o rico de tudo o que é indispensável monia das melodias com suas
tema da comida entre “Bolacha à plenitude da vida humana, aco- respectivas letras pode ser reve-
de água e sal” e “Fome come”. É plado a uma melodia alegre, brin- lada aos alunos e percebida por
um pretexto cuja finalidade é sus- calhona e bem-humorada, “Bola- eles com mais proveito. Assim, o
citar a atenção dos alunos para cha de água e sal” não fica atrás, estudo da canção alcançará seu
os tratamentos temático, estilís- mas levanta o tema da qualidade principal objetivo.
tico e melódico das duas canções. das comidas industrializadas con-
Se, em “Fome come”, fome e co- sumidas também por crianças.
Resposta pessoal.
Acolha a natural reação de O eu lírico é uma criança (possivelmente do sexo masculino)
desconhecimento dos alunos. que gosta de brincar na rua com os amigos, além de apreciar
Não se trata exatamente de uma bolacha de água e sal. “Gosto quando vou brincar na rua /
canção comercial veiculada no Gosto quando encontro meu amigo / Gosto quando a mãe do
rádio e na TV. Procure salientar meu amigo / Me oferece uma bolacha / De água e sal.”
a beleza da trama e do resultado
entre letra, melodia, rima e ritmo.
Explore a compreensão da letra, da alimentação simples e sau- Entenda-se aqui “ideia” sempre
passando pelo raciocínio desen- dável. Mas sempre alimentação como a melhor alimentação figu-
volvido pelo eu lírico que insiste que repõe nossas energias para rada na bolacha de água e sal.
na imagem da bolacha de água melhor viver a vida, como em Se oportuno e conveniente, leve
e sal em detrimento dos alimen- “Fome come”. os alunos a perceber que se pode
tos mais sofisticados. Ele canta Não deixe de acompanhar com os fazer uma canção agradável, tra-
a simplicidade e trivialidade da alunos o raciocínio desenvolvido tando de um tema tão simples e
bolacha como herança de nossos na letra da canção: apresentação, corriqueiro: um alimento simples
antepassados, argumento que re- explicitação, justificação da ne- e presente na dieta diária, nota-
força e esclarece a necessidade cessidade da ideia e conclusão. damente de crianças.
Ao mesmo tempo que procura dispõe para sua cumplicidade de- abertas, tanto coincidem com a
explorar a experimentação da finitiva com a letra das canções. marcação da cadência musical
musicalidade das palavras e das Sempre que oportuno e neces- e da fi nalização da frase mu-
rimas, essa atividade também se sário, recorra à audição das can- sical quanto inspiram um tom
propõe a aproximar os alunos da ções, a fim de que os alunos per- mais leve e mais alegre à me-
música, da melodia, elemento es- cebam e assimilem a experiência lodia. Já as rimas em nasais ou
sencial à natureza própria da can- do casamento entre melodia e consoantes ou vogais fechadas
ção. Não se trata de aula teórica letra da canção. retiram dela esse tom, para lhe
de música, mas de percepção dos Geralmente, as rimas oxítonas emprestar o de certa melancolia
muitos recursos de que a melodia em vogal, em especial vogais ou mesmo de tristeza.
Brincar / combinar.
Essa atividade tem a intenção de do arranjo musical que se volta mesmo acorde, ao mesmo conjun-
levar os alunos à fruição da canção para o que está sendo cantado. to de sons harmônicos, como dó,
“Andança”, de 1968, terceira colo- Sublinhe em particular o dueto mi, sol, dó, sol, mi, dó.
cada no III Festival Internacional entre cantores. Melodia e letra Recursos como esses são bastante
da Canção e gravada mais de 300 são diferentes, mas em perfeita frequentes e explorados em ópe-
vezes no Brasil e mundo afora. harmonia, o que em música se ras com duetos, trios, quartetos,
Chame a atenção deles para a chama contraponto. As notas mu- quintetos, sextetos etc., bem
trama harmoniosa e agradável da sicais não se entrechocam, não como por coros que, regularmen-
letra com a melodia e o ritmo, desafinam porque pertencem ao te, cantam a quatro vozes.
Durante a questão 1, item b, o segundo com o quarto) e rimas voz de Tom Jobim, Beth Carvalho
mostre aos alunos as diferentes internas (quando uma ou mais e Golden Boys, Zezé di Camargo e
rimas encontradas na canção: ri- palavras rimam no interior do Luciano, Maria Bethânia, Dorival
mas emparelhadas (quando rimam verso: “Rodei de roda, andei”). Caymmi, Elis Regina, Roupa Nova
dois versos seguidos: “Vagando Escute com os alunos algumas e Chitãozinho & Xororó, entre
em verso, eu vim / Vestido de versões da canção “Andança”, outros. Assim, os alunos poderão
cetim”), rimas alternadas (quan- uma vez que ela já recebeu mais comparar interpretações diferen-
do, em grupo de quatro versos, de 300 interpretações. Na inter- tes da mesma canção.
o primeiro rima com o terceiro e net, é possível ouvir a canção na
Para ampliar a atividade, recor- zinho do caipira” permite ex- As rimas em oxítonas e paroxíto-
ra ao poema de Manuel Bandeira plorar a música de Villa-Lobos nas contribuem para o ritmo irre-
“Trem de ferro”, que complemen- e o poema de Ferreira Gullar. gular entre deslizes e solavancos
ta a noção das onomatopeias que A proposta é levar os alunos à ex- tão próprio das viagens com as
reforçam o tema e o estilo da le- perimentação da harmonia entre marias-fumaça.
tra. Explore também “Trenzinho palavra e melodia, condição que A intenção aqui não é entrar em
caipira”, de Villa-Lobos, música sustenta a noção de canção. A pormenores da análise literária
orquestral do gênero erudito. letra de “O trem de ferro” é bas- ou musical.
No CD Partimpim 2, de Adriana tante singela e ingênua, própria
Calcanhoto, a canção “O tren- dos textos de natureza folclórica.
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Resposta pessoal
Atenção às prováveis dificuldades Organize com eles a sequência rar figurino, maquiar e pentear,
dos alunos na substituição das das apresentações e o papel do decorar o local e providenciar as
oxítonas, paroxítonas e proparo- público durante as exibições das cédulas de votação do público.
xítonas rimadas ou não. A metrifi- paródias. Se possível, discuta • Assista aos ensaios a fim de
cação dos versos não deve ser al- com eles o quadro proposto para acertar prováveis arestas de cada
terada em razão da melodia que, a avaliação coletiva. performance.
com a letra, compõe a canção. • Identifique e responsabilize no • Estabeleça com os alunos crité-
É indispensável que você oriente grupo quem vai fazer o quê: rios de avaliação das apresenta-
os alunos e coordene as ativida- cantar, tocar instrumentos, ins- ções a ser transcritos sucinta-
des para a apresentação no sarau. talar microfones e som, prepa- mente nas cédulas de votação.