Você está na página 1de 60

 

Eliana dos Reis Callgars

PROSTITUIÇÃO:
Ü ETERNO FEMININO

escua

© by Edora Ecuta para


para a edição em lngua potugesa
2• reimpessão: outbro de 2006
2006

EITOS
Manoe Tosa Brlnk
Mara Crisna Rios Maalhãe

CAPA
Laka Desgner Asocados,
com to de Leo Spgao

PRODUÇÃO DOIAL
DOIAL
raide Sanche

Caligaris iana dos Rei


Postião o eteno minno  Elana do es Cagars
So alo  Ecuta 06
88 p ; 4x2 cm

Bblogaa
Oigamente
Oigam ente isseração de Mesrado
ISBN 857137239-X

 omorta
omortament
mento
o sexal
sexal 2 Femnilidade
Femnilidade 3 ostuição
ostuição
4 Pscologa Clnic 5 Sexo
Sexo (Pscolog
(Pscologa)
a)  Tíulo
CDD553

ditora Escuta Ltda


R D Hoem de Melo 446
0500700 São Palo SP
eefax  1) 38658950 / 3675-190 / 362-834
362-8 34
emal escta@uolcombr 
wwedtoaescuacom. 

 ac ervo
 acer vo
lacaniano 
 

Para Contardo,
Justfor a while .
 

NOTA
Na origem ese lir
lir há u
uaa isseação de esrao q qee
en,
de São so o eso
Pal, em íuo
1996,acooia
axioUiesidae
a CAPES. Caóica
U
agraeimeo especial
especial ai a Maoel Tsa Beick, qe oieo
oieo
e aba daquees anos c saei amizade e
geeosiae
Há ez aos, ao
ao dei o BBasi
asi e em
emiaa
iaa ese ex,
eus aigos o peo Diaa e Mário Coo cariosaee me me
andaa  eses diários (aa não nhaos e-ai), papaaa qe a
sadae o e país não tomase coa a inha aa
sempeQuao
pronopessoas
para ua
e conesa,
jaa oa ausee
nnca esiir:
ais preee
Car,
qe
se possa iaginar, osaneee
osaneee ao e ado, mmee zeo i e
pacieeene me aa, eso qando eu gaúo umo
oaa Riardo e Raio hos sáis qe e ia cese
e fze pae a inha bsca; feea u u �ahso_
para ia aormenaa ciosiade pea ida Reo, e
L

geeroso irão, me acançu cagem s as aeas e


peii que e cnhecesse o und  eos ("só pea
etade,
Esa c
isseação
ee i
perane
peranece
 ) ce nas ihas gaea (
( 
rae os quase dez aos que pssei os Esos Us caixs
Mas ess peêia as gaves ã i ie pois a
ese de urameo, qe dedi n Iiue f he Sy of
Viece e Bso, é jsaee u peuisa epíria e

quatativa com um gupo de postituas da cidade de São


S ão Pauo
A tese em sum cupre ua promessa dexada e aberto no
fm da isseração au resentada.
A ublcação o texo ue segue toou seno e se oo
necessária paa m, o descobrr que o essencal o e escre
em 1996 contnua aleno e resse à roa da essa e acao
de erna

SUMÁRIO
Laur: Fantasia de psão 1

Adrea: Ps
Psuç
uçã
ã cm vlên 33

Rchele Uma prsuã realzada 51

Cclusã 69

pne enldde ascula 71

Refrs T

LUR:
fANTSI DE PROSTITIÇÃ
No cao para o aeroporo de Garlhos  eore
cartaz me urpreede Auciava ua peça peça de vestuário; sobre
oveda)
corpo soso da odelo estava escrito Body fr sale
(corpo à
o er aqela ase, e etras eores
eores,, pese que seu valor
publcitário estava o coteúdo
coteúdo verdadeiro e escodi
escodido
do que ela
reletia Fconava
Fconava coo se ago extreaete precoso tivesse
sdo toado eprestado do capo da tasia eia e exposto
e letras garais para que todos qe ali pssasse, desde o
hmilde trabahador até o rco emresário estragero sobesse
a verdade.
Por qe chao essa, cetaete gêua, propagada de
verdade?
Ela pode cusar váras reações, as detre eas duas e
parece ais próxas de trazer  toa  eleeto relevate
do coteúdo psqico o Ua é: Qe hor, ode á se
vu colocar à veda u corpo
corpo de h
her,
er, isso é cosa de prostta"
prostta"
Essa seria a reação ais explcita e eqüete ou, o o,
esperada pois ela é absoutaete desva do deejo de ser
aquee corpo
sedo Otra
acado,
prodida,
prodi reaçã
pis
possve
eso
da, o que sbliiar é o
sbliiareteqe
iteresse
a ase
peo expícta
obeto
ete fca veado é Tavez co ue
ão está
sea
co essa
roupa me corpo possa ostrar-se  eda A propagada
exerce sa ecáca

12 Eiana Jos Rei Clhqr

A ulher que aresena a rieira reação ge orreno


oo o ibo a ruz e quaquer aroxiação o esej e
oreer seu copo
copo Já
Já na segu
seguna
na reação, el
elaa assim
assimla
la eo olar
pela leiua e "Coro à vena algo que palpia num eopem
ser ro m_� sso 
  § senar
senar,
  , que 
ura as ndações do eminno
m oem poeria er qualquer uma as ua reações,    ão
sóor recD OU eso elo oro exposo, mas por ieni
ieni açãÜ
a ese corpo; exaamente na via a femnzação que abm
poe
 /'habiar
orpoaaene asuna
muler sore de uma rseza basane esona
ma riseza naa na esobera de ser drene o oo
uino Essa riseza é bsane esondda porque, pelo
onrário, o orpo a ulher poe ser aparenemene radiae
  â ooio bronzeao, oeao exuberane Presume
se que exale alegria e exale o deseo Mas, não esqueçaos
não  preso uio para que esse opo pera a or que heio
e sombras, sem brho e aparenano oa a rseza da sua
exsêna
Em am
am  s a rsz  um alere da cosrução
s q  a _ e s
  ; ;     de CS) EP
i     - -   eeroza-la
�  0  c  :a·seza
y· ar  Euma   '  
 
 
      p 
Pº a neressane r 
r
   
  -  
eo,  f      s  sível 
e ousa
No seguno,  riseza não ôe ser dsrçaa e a erozação
passa ea deonsração úba e que o orpo ão serve
mesoo ara aa  se não  posíve
mes posíve zr
zre e eseeseáve áve enão
sere a
aro que se raa aqu e uma generaização exagraa,
as de era rma  o que esuamos a na de uheres
que "izem não arar o esejo asuno pos não ser araene
alvez seja ua esoha subeva. eso os raços mas esran esranhos hos
poem ser acopanhaos e uma uz no ohar, ua seu seução ção nos
esos ua aleria, que zm om µ  esses esmos raços
sttbbeleçam, proclame· �   g _     J 4   
    :  -   !  
 ! j  
  s i. .     '" Q
   Q
    
   
1outro Inversaee a eeza as eesal ode zer roar
lgas a aa geo a ada ohar a ad
adaa não sorriso oe aar
aenas a riseza do oro.

Laur: anlsio Je priui�ã 13

E 1929 Ferec escree:


/Ms ess agreivdde, cetmente enqued
 pel hmlção  un
un  nft edn m
-    (gúst de strã) é m rteíst 
Í psqs msln em gerl; à uler entrent só
! e ret 
  e e mbte  beez send rs
'. rteríss
 .... . �-
-�  bnde e  ur 1929 p 4 
�- ·"'
·"'
 • 

Sguo a aração e Fereci o coae a uler


esaria siuao e sua eez
eez ora
oraoo a sua coição
coição e seuir
seuir
e arair eos senios
Aoece que agus eres arecem ser eaas a
reconecer e se corpo a ia e acesso a se uer e ouras
a rrio escoece ese "ólucro as usões coo
� coro aa sse a r c Üção d
iiliae   _      =  
   Ts uhres oeria goza  r 'f'
ouras ão Mas essa isição j é iferee aquea eocaa
or ereczi, is escoler o coe da eea, e ortano a  ,l

se
euç
uçãão, ai d
 da n� o  
 -i  - 
 
-  . °
°=
=e   _go
e  sa pr óópr 
pr a
A escua e mueres a cíca siíca aona ara a
iéia e que  escoa inia ara a seução (e não ara o
uo), e sua coseqüee ossibiliae e etregar-se esam
e uma ce  coinuiae co a freqüene faasa e
rosiiçã
rosi içãsa
sa faasia surge e a reeia
reeia e e varaa
varaass ·
nuances, a o  ão ser excessi§ Qyª
 ua
ua ds/
aias que orgaia a sexuaiae miià>

* 

Laura, 25
2 5 aos, soeir
soeiraa ea e eigee  eria. Parece
aúcoo e rocura e arc
aúc arcro
ro e alez ão seja e oo um ero
assi ensáo O aúco ão esva aixao  neu ugar
cocreo as resa que Laura rocrava ago que não sabia
esecfcar Já aia eso e coana e ário os,
ão reava roeas
roeas sexuais iores Sua vida rossrossioa
ioa
 

14 Eliana dos Re Calliqar

se esenvoia
cosegua e oa
veaz extreaente
ea que saie
saira.
ago ão esava ra. Tuo ocoisa
Agua que
atava
Ceta vez cohece u hoe Se ouvir a sa voz
apaixoase po
po suas
su as ã
ãos
os e ao vêo segurar  copo iagina
aqueas ãos sore o seu corpo Não emra e aes er ão
caraene e ejao u home Na aoescência ea azia
aasas e eixa-se captar por homens escohecios e e
casse socia fee a sua. Encuava a saa qao passava
a ente e raahaores a constução civ Ia para o cue
muio ceo quano só os coservadores a piscina á esav e
ispiceeene
ispiceeene eixava
eix ava seu qu
quni
ni eescoregar
scoregar osrao par
paree
os seios Esse ipo de seução co hoens escohecios e
avez ipossveis
ipos sveis agaavahe mas o que o jogo co
co garoos
e se eio e e sua ae
Reoeos ao ecoro e Laura co u hoe que
ovamee a z sonhar co  seução o esconhecdo; ea
poese asi zer preocpose. Na sessão segine a esse
encontro isse er perceo que em princpio o esconheco
ão guava
qe o apo
suas asias ereexreamee
u ao possíve sto he
pegosas zia
peo supor
risco e
vrem a e ornar reaiae Ea saia qe ese homem e he
pareca possvel (como eram ipossíves os coservaores a
piscia de sa aoescênca)
aoescênca) ea poa eüena
Essa oservação é porae pois  para a cama com
homes ue ea
e a inha amado nca he era a iceça ecessá
ecessára
ra
para qe sas ftasas sexuais se reazasse De ma cera
frma o amor a proega a erega sexa Desa vez Laura

percee
vez eque é corresponia
úias sobre ir o na
noroca
paraea ohares
caa coe pea
u primeira
hoe.
Depos e ee erhe io a coe ea eora-se itos ias
antes e correspoer à atura E, to imporane é invaia por
ua fasa que jaas he ocorera e pesa: Se eu sai co
ee so uma puta"
Digo ua ftaia eora evieteete  rase se
apresee como  pesaeo iposo e io osessivo É

Laura: fanlasia Je posuão 15

notáve que tais ensamentos (mas eqüentes nos homens)


mente cooquem como condção uma esécie de acaso que
aee nã deende do sujeto P exeo como ouva um
acente homem quase aucintoamente:
aucintoamente: Se a c
ct
taa do dnheo
o me boso  ma vou te que sasai
i i pa m sauna e me
oea na nte do imei mem aa sevi"
sevi" Na dnâca
obsessiva, de to a condição imessoa é u mandto oac oaca
a
eo qua ua instânca sueeóica não só autoiza as anda
o sjeto se entega à sa ntasa
No caso do pesameto de aa, a ma é difeente a
condião
condi
La aão
Laa coocada
A ase se euuma
é potanto saiantasa
com eeqe..
..)já
) deende
ecipi daa pópia
ecipi s
sa ópa
eaizaão
De fato, essa ase podz em Laa m eito de excitaão
 vedadea ameça tavez se instaasse caso e não ssse
co o omem qe cabaa de encontr.
 únca hestaão
hestaã o e toa seu óio desejo está na tita
oa subentendida se ma a não é uma cos cea Mas
essa eessã moal é o esutado e sbetdo a ova ou a
consatação de que n fase se ita um desejo Afina e
:; 
  
 �
  
  
   i   ·  t n  .% 
  
  
  
    !    
   
   
 
  
    
  
   
  
   o  
   
  
   
0

    o:  A •'P � �-- í  Q
Y!9 .�}   ·  i
 t i    i a   a c a bam �
  B [    ,i.L f  !  t   
 QB  �  
tansfmase
tansfma se eem
m cla oa aa no noss salva da eizaã,
eizaã,
poiss de outa fma não teams com vive nuica;
poi  =
'
 } 1ê \
-
sea, desejand  mossve
aua bsco todas as fmas paa conveces· �
quaqe tipo de apximação seia um nde
quaqe nde a necio Mas
necessáio dze Laa sempe foa coaosamente enconta o
seu desejo e nãoumseia
Passaam ia desta
nteiovezjnts,
qe eacaminaam
iia pea cidade
oaam objetos demse os baço iniamse de namodos
Ea eidente paa ambos que deejavam esta em  ua ua mais
esevado e oona a intmidade (dos coos qe havia se
deseoado duante o ia No tina cao, e Laua mosto-s
esitente o us de m táx a eváo a u ua mais íntimoínt imo

16 Eliana do Res Callqris

O oe,
oe, e ua a u
u to eciia pega o tele
telene
ne e alu
aluga
ga
u cao
nuca Esse atoeostaa
u oe eixa Lauratanto
exteaente pessionaa
esjo e têla os aços
Pouco, ou quase aa, se u o outo alé os omes a
convesa
conve sa ga o eo e aeniaes
aeniaes e naa "soe caa um é
lao nada e eclaações, naa e poessas, nada e tocas
veass ntas
vea
V o, no ca
caro
ro alugao
alugao paa
pa a u mote Laua spõe de seu
copo co extea aciliade e oerece com ieae e
scnação Tuo o que eseja é da pae paa o homem
dsconhecdo
dsconhe
antasa cdo
de A paav
paav esconheco é u taço potante da
etega
Na evoução o cao os ois estão no sagão a
concessoná
conces sonáa
a É 
 nío
nío d e no
note
te chuvosa e a;
a; sabe que a
vão sepaa-se, caa um toaá u táx, e naa a egado
coo contnuae da eação. Ee eta do oso um maço e
eo, e, este ento, Laua toa um coque e pensa:
"AGOR
"AGORA,
A, ELV
L V M PAG.

Reato esse agmeto a anáise de Laua paa ponua


uma séie e questões Ates gostaia e etoma (ao m
sato conoógco na hstóa de Laua) que esse econto
tansose nman ma ouaa hstóa e ao e sexo Sepao os
dos: amo e sexo, porque no enconto que nauguo a eaço
não se tato
t ato e
 e ua antas
antasa
a moosa que cutvasse a eazaço
o outo, mas s de ma ntasa caamente sexua que no
necessou (o
(o necessta) e entes espe[ta]culaes pévios. O
ao é outo paágafo desse enconto e Laa co o
escoheco
aoosa do tipoPa
"eeea, não 
e aá i necessáro
paa sempe quepossiitasse
ua antasao
ecoto sexua No etato é peciso e
essa
ssata
ta que o a petu
que esas ntass possegussem e Laua (eencontasse seus
canhos de goo co o eso oe oe   Dto e ou
outo
to o
oo,
o, ela
no teve que su e nunca mas econta o desconhecio Fo
possível tamém
ta mém aa e se eixa se amada peo esconecio,

Lau ra:  anlsia Je poã 17

se qe
qe  ao as
as a ez co
 coa
ass
ssee c   ae
aea
a 
 a
a
d desjo
desj
Paao Laa
sea.a aasa 
 a
a zada d dese
desejj  eaa semp
sempee
d
deaee
eaee eacada
eacada c  a de qe  pace
pace ea
e all e
 descec
descec    em e me  om actee actee
 eat aima qase se e Eidetemete ada e e
ela eaiaa sa atasas seas
sea s dza-se   cet pâc
a sesaã de desapa e a úica saída da agústia ea a
sada da ea o qe ea cilada pe f de pc  qse
ada sae  cece s oes om om qem ela se eaiaa
eai aa
sexamee  seja  qe eaaa sas asas
Cm s mes
me s e
e amaa ea stmaa de qe zia
am o s desoecids qe "oaa O amo qe e
peii
pei i (  pea pmea
pmea vz ee
 ee cdições
cdições de emii
emii)) q
qee
ateesse om o me me o quem gzaa z 
e o estad de desapa ã mas exsisse
Uaei  caso de Laa co eempl paa pesa a
�trçã tasáüa ema O qe e iteessa é  a
et 
 s s  °Se
Se éü sa  ele  a pta e "Ag
"Agaa
ee ai e paa pdzem, tao a taçã da sóa e
da
aasa
t a piegadoessas
pesã este mm
aes acm bjet aV!
posterioi), de desejo

_
 aet eato de Laa pl deseid
·   atat qe
qe''s sa mptates:
mptates:
• P e paa aa a desã de ohee  dei
ais tamee é pemeada de sessaltos a ed da
estão qe se taseste de mal "se e sai  ele s
a pta?
 O pensae
pensae  de Laua "aga ele ele ai e paga abe qe tp
• e
O qe
eia?
pde ea ma mle
mle a aze
aze esta
esta asia
asia "a
"a aa ele
ai e aa?
 Ql é a çã d eced essa 

·í .• o ' I d; a le é bastae piado de qaqe
/ gifcaçã
gifcaçã  sg
sg  caçã paa
paa  ei passa c sepe
sepe
 s  eba Fed pe  de e  co c o de em ma ma

18 Elian dos Re -Cqr


,1� 
 anatia ascuia u a,  castaa u,  aina
\ pta rara ee uu pêi
pêiss u ievitav, seseáá < r rta   

tL".
l c
c e
Pa
e uJ� e para  uê  cp feii ste?
·    
 d ,. •
- 

�,i
�1 Evi    ç c à ãe e a relaçã com  pai
ê e

 ã cstçõ iaginária. Mas ea pruze pruze t s eit


q�-i'"u·ma muer a situar-e sxuaent  fra tã
ivrsa s hes Tabém s its a itin itinçã çã anatôica
 ã ináris c i Feu: ". ". aui utitui /
·  .
?    .        ,       ·               •       ;
;c-'w�
'w�

 acu
acunianiaee u a eini
einiia
iaee é ua caract
caractítica ítica dsc
dscnec
necii
que fg  acnce _a a aaatat
iaia 93
93 2]2]   4 1 ) . ç:)

-= ·
·f
sigf
sig  í�nin
í�ni
cantenue
cante a, qua"
qua "do 
 lh
lh pa
a trin paete
a mãunnau
a tentatv
tentatva
nau a êtav
sxo Óntrare
par cm ua ngativa Vcê nã i  fih no u eu
prava para m cpeta cpeta Sgun Freu A ã nte nte
té satiçã sm iites iites na sua raçã c eu ff  n nn;
n;
ste é se excçã  ais prit, prit,  ais vre  aiv aivaaência
ência
! O re reaci
acinato
nato a as }  
s    6}
Qan a i s depara c  pai a enctra ua
pópria dirnça atô
atô
caca o ar ue rce e ue p r
ar
intpreta
intpreta
nã r
 c
intprta
jante.
(u á
 áinteprtáve)
aui est a
nna nã ter co vir a r uhr Ma utant e cn
cntraiçã
co
traiçãesjat
se s
se
a
e
ar
ar nã pe er prpria
prpriantente jante b pna  não eerr
ai   pai mas u uaet
aet a e u h uaque uaquerr I
poe cçar a ns xpicar a cesia  ar para ue a
entrega e te pív a evdnte, a s tepo
is no inca qu a cxistência ntre ar e entrga nª é  
                ·      ·    
  pacífi
Expc a pcua  parceiro aso e sexua se s
feits
puéso u pnsar
 arinaugura
pns upa
u ua uhr hr,, dreação cra,
ua cr  paie
Tavez
eana
ana
a raçã
raçã ara ut ut ai  a  s s tp  ua a
bstate ais isa  ue actce cm os  Tes
empss ess
emp ess ppsit a p picicad
ad pe
peaa us  a
cprn pes hon na raç raç asa, ua ouvi ouvim
m
 

Laura: anlia  p os 5 õ o 19

o sos pac
osos pacetes
etes hoes dzedo
d zedo:: Mas o ue ue acotece qque ue o
cosgo ca aradá-a?"
 e 
o q
qe
see
se
 aua
 he
her
cestuoso,r
cestuoso, sc
sc
e 
nou
s
se
e parcero
a aucado
auc é um
ador r o
ohar
de har des
deseate
aga
ag a eate
cupa
· ' de
de 
 
  de mher
m her ue etáetá ssed
edoo dese
dese ado
ado
>  Segudo Fred
Fred  a ae
ae�ça �ça de casr
casraço
aço qúeqú e se
se  
mea é em relaço a todo seu corpo, o soente como
acotece com o eo em reaço ao pês pos esse ela á
sae" e pede A aeaça para as meias passa eto peo
medo da peda de amor; se teor se cocretiza no medo de
erder
er der aago
go exteorf o copo
c opo ou ssea
ea rep
repet
etdo
do o amo
amor.r.
/ue taém ô
taém aa a âe
escoha obetor
esco ha obeta a da ude
uher
her de dedoarcssmo
d e mo
modo e par 
\ eea,a, serser ada
ada é a a ec
e cssss dade
da de mmss rte
rte e
e aaaar"r" (id
(id , 
· \p. 162)                     
·-�.>súnor;ói oa -à a a uher parece deer sua
 posíve
po síve s
s    caço E sem amor,
amor, ete
etega
garr seu corpo eequ qua
aee a
perder-se Coso
C oso as e 
  ae
ae 
 JJsti
 stituta
tuta sea
sea chaaa
chaaa
de muher
muher e
e 
ó 
 r 
cc o
oaa como
com o ua ssteação posse e
ecssáa
ueso se para ue ado
compica m uhe possa gozr
costataos e odechaado
seu coro aor
etra ua ea cono com o amor que ea pretedia ter
recebdo do pai.  seja é ecessáio e o ohar se 
conuge comco m o oohar
har aoroso parapara u
uee a orde
orde  ddaa snfcaçã
snfcaçãoo
araa ua muher
ar muher ão se se a perd
perdda
da m o  ras
ra s paara
pa arass ainda
ainda é
ne
   
e 

   s 

gg Por outro ad  ado,o, o
pbea é qe, se á m amor ue dee poder po der sustetar
sustetar a entre
entre
ga sea
sea,,  eviaveet
evi aveetee é o amor do pai Ora Ora  esse
esse amo
amorr rote
entrega
e dea
dea  s  pos
po s mpca
mpca por ss
ssmm dz
dzeer,  ipossib
ipossibdade
dade da
da
Isso ustr
 ustraa otro aspec m co
cohecido
hecido da psico
psicoogia
ogia das
here  sexo é as fáci u uado amoroso, pos só o
or oderia
oderia sstetar
sstetar a decopo
dec oposiç
siço
o magá
ma gáaa e m
m copo
c opo
em
emo
o soe durante
durante e depois d reaço sexua
sexu a No deeaos
 

20 Eana do Rei Calli q ars

os ad
ad  ue sea seam m uase sepe as ueres ue depois do
ec�tro seu peguta Você e ama?
 Lau
- Lauaa udo se ecot ecotra ra · outs vezes co seu ov ovoo 
agora j podeos caál caáloo as assi
simm  copaeio vive vive ces ue
ucaa ate
uc ate poderia
poderiam m ser aadmidmitd
tdas
as por e
eaa  Ceta
Ceta vez ecotra
o eito coberto de pétalas de rosa; é uma das ceas mais
roâtica que poder p odera er imagiado. É suavemete detada
a tter detada soe
a maciez
maciez ddas as fores coberta de doces bei bei os e ao mesmo tepo tepo
solicctad
soli tadaa a cocooca
oca sua oca na mas ipura em termos ig igên
ênicos
icos
 parte d o corpo de se  om ome e Nada s do ue a seg seguaç
uaçaa
oroa per permit
mitu
u  e av
avçaça femete sobre qaisqu qaisquerer pdrões
pdrões
de limtes a reação sexua As pétas ncoaram como
 palavras Voe aqui
e aao
o  o ue
açar ue ve
mão ve
de ma
dep
depos
mas sos
ué pe
grat
gratuit
peue uito
ueno noo.ag
 . ento cíico
agento
 paa au au x   iar ia argumet
argumetação ação
B eatriz
eatriz á alg algus
us aos i iibida
ibida ccom
om seu copo qe começ começaa a
evehecer ão consegue mis e iagiar deseável, sentese
evergoda
evergo da com algumas poições quado tem reações sexais
com seu compaeio
comp aeio de uito tempo temp o ecd
ecdee sub
subeter
eter-se
-se a ua
cirurgia plástica supodo que io ciitara sua capcdade de
etega-se e ter pazer se sexu
xu.
. De
Depois
pois de basta
bastatete rest
restabe
abeecida
ecida
ecorpo
pesado
corpo proõeque
 proõ e umaeaposiço
a ora a decaa
mostraruelvemete
ue iagia vaiseuexcit
ovo
excitar
ar o
copaero
co paero pois seu co corpo
rpo ca totam
totamete
ete à mo mostra
stra e de fete
 paa e eee  Quado termam el elee e di
di "O ue é? Agor
Ag oraa qe está
de corpo oo decidiu se ostra? 
Como reatou Beat B eatriz riz em aá
aáse
se:: }\
}\ a d J
a J
dee fi bem maior do que a dor do restabeleceto crgco
Ela so
soe e uma verdadeira dor acsi acsista
sta esperava ouv  Como
está gostosa " " e belo copo qua qua e e eção
ção ao praze ue
suas ovs
o vs form
formas as pudes
pudessem sem vir a icita no companeiro. Nada
dsso ela ouiu  ecião coida a mraça de ue ela
isi
isittaa e prod
produzir
uzir desejo
desejo e isso sei proibido
proibido As palar
palaras
as do
copaei
co paeio o de BBeaeazz c
cioio aa coo o anú anúcio
cio de
de ue el
elaa
deeria seirs
sei rsee culpda po ser bita de m m corpo que deseja
desejo

Laur: f nlsi de poição 21

A    r
r  s h
 hr
res
es resse
resse  cos
cossrsr os esrçs
esrçs is
r se oem s es e esejáveis Pnu o ceo? No,
é  cor url Coo esá e cê fz det? o ese é eu
eso eo
Tem hbu
esprte?res su ço
o no ssou
a,rs
a , noeses
soba empo
soba ão ecoa
cágu)
oa
odo o dis às 6h  cmir tr quômetros) Tems 
impressão de estr ouvo Chpeuznho Veelo clcano
questões par o lobo dsarç de vovó e receendo resposts
escorregads quando  objeiv in é: "Pra e comer comer  
A verd
verdadadee do coo fmnn
fmn n ouo u sobr
sobree o crpo fnino
fnino
não oe ser revea
revea   Esríamos
Esríamos ao sobresobre o ls do co
co   
sobre
sob re  mnt
mnt  que inevt
inev tvelen
velentete ele comor. Ese corpo
no é rmçes
Es seu estes caes
esven o seus são {brcdos lse
o o/Desvendm�o o
· rouz
rouzrr desejo
desejo E  lguas
lguas muer
mueres
es pruzr
pruz r esejo
esejo é vo
 vo
<do      · "-. _.

�-7Qãnaõ·e m  roi


roi  pouzr ese
eseo
o??
 , Fo pr
pr o
o quno em lgu moen
moeno o precce
precce ddee s va
 a mulher drg
dr gu
u seus esejos r o homem "erro u hoem hoem
 robdo
ro bdo ou sej r o p Pra um hoe que não seja o 
tvez el pense que  emssão es d Cm ese he
ea ode demo
demonst
nstrar
rar seus
seus muos menos u uc
css que
qu e car
car 
perds num ssado que tee que ser esqueco (o (o tempo o
quero agradr
agradr meu a )  Se o interes
interesse
se em grar ao p ti t ies
esse
se /
!
sso
o explc
expl c tmente
tmente demon
demonsra
srado
do el
el ter o
 o casg
casg  comcom a
pera o ar o rópro p e pssvelmente tabém cm _
  perda da consderaço mea
   '   Bâ
â nsÜ
ns Ü
 mito be azer a drenç
drenç enre
enr e um
um
 probi
 pro bi e umum our hoem, par que
que el
el 
    entregr-se
entregr-se
Ela  cz de mur e mr Ms  se ci ouvd o
comnhero é recebd como u sua o p Lembran Lembranoo Freu
Freu::
O pa
pa  "
" que
qu e  exessa um sen
send
d ent ;
evo
ev o à ees
ees o, c one
on ete-o
te-o e  eu pa
pa es á e
e
baendo" (estou snd spancd peo eu ) Esse
e esancao
es ancao é goa u conergênca
con ergênca o senento
senent o
e ua e o ao seua . Não é apes o cstio pela

22 Eina dos Rei Cal q ars

relção genl probida ma amém o ubstio


eresv
eresv o d
dquel e
eação
ação ( 1 9  , p . 237) 

Paece ue evtavete ua ue peanece


po
p
pode, oda
da
de a ee
va abadad
abad
a
as s  eade

a
ato
eto ate
ate e uedo
espea uaque
 espeado e
 leb-
leb-a a de
quee est peca
qu pecad"
d" cudad!
cudad ! pe
pede
de
  a
a d pai!
pai ! ) 
/  aa agua uhees é ecess ece ss ant
antese
ese sb o h ha
a
_pate
_pate  o uca etega
etega-s-see ea
eaete,
ete, nã
nã cre
credo
do,, aassi
ssi,
,  isc
Q pde o ao d a Peanece lhees, a se
distaa
di staa  d ºssve ii
ii� � Pa utas  coo LauLauaa taez
 'õ
'õ  s s
s e
e  
; de eu cop e ua a ais
póxia
póx ia d goo. Resta sabe coo ss acntece acntece
Hée
Hé
d stana
dstana e De
Deutsc
a j oeutsc
oe  ac
cta
ta ue,
uad e uit
ela tge ui
a attd
at casos, o a sea
daade sexal
ça vv  ve 
  c ua ua de
dead
adee d
d pa e se vinga pes
pesaadd
Tod
T od  s hoen e lua de m oe ( 1 944 p 243) 243)  A
vngaça
v ngaça tab
tabéé te
te ssgn
gncado
c ado de 
 idelda
ideld ade
S ua ue cca tds s hen o uga de u
, eu cp cp est j do a dpb
d pbiade
iade,, n p o e
uo gasto
aua
a ua tem u asg e cc a aea
ea dese
de se lga
l ga que e cp c p
ocu
oc uaa no ei
ei e
eÓ Ó   é u cp di dispível
spível acesve,
acesve , qu quee
aceitaa tda as ivest
aceit i vestdasdas de eueu cpahei
cpahei.. Paa Paa ela
ela,, situase
s ituase
iediatamete a cona, a gesta, elação nte essas
ntasas e a sttuição. E talve esta meso a elaçã
ete a dio di ob
blldad
dadee que u coo pde eeaeea e a pstitição
·   scee élne D Deutsc
eutsch:h: A oça eses,, a eos e
a ta tasia
sia,, não e
e  det
det
 de sua ããee Deve gza
gz a sua
sua
exualade,
exua lade, não e e  ua ule epei
epeitáv
tável
el c a mãe,mãe, senã
vve
v ve Jve nte, se ua  ottta ibi
J ve "
ibidd,, p 242)
242)
'   pó�ca  s
s adlecete
adlecet e unca
unca ntasa
ntas a
 seduzi u
ho
hoe,
nu e, co
c o seus ob
trotoir. ob à sta, ca
caando
ando ndu
nduososae
ae te
uado ée Deuch tua
tua a e
eaação iag
iagaa da 
a
a
c a e, ve pea que, se a ãe de eta agu
ae de ua vida sexua ea tabé fntaiou  eso

L a ro:  onlosio  priui�ã 23

m ção à su póp mã Tlv sso os qu  cos


 ssê  ss muls o o o  qu
qu su mã uc g-
 zou
zou  u mã  g g
   já h
h o
o
 qu
qu   ss
ss m
m çõs sexus s l ão gosv uo u us
qusõs "Sá qu os s ãs são hscs? É  ou  o uoo
pováv E souo: "Po ue s s cem o disuso
s mãs?
Pc
P c qu
qu  s mães sos o que sg s g
 s mu
muhh
m
 m dm
dmu u s ps  sus   hs
hs muh
muhss xpsso
qu   os  v sxu ão é ão o ss e qu 
fh não s sor po ão st om qu hm ão
jo (o p. É posív que s ãs se em ssm d
vj s ls vej u vvm s vt 
· /ggs
ssv
svid
As id  
lhs
lhs ovvêc
ovvêc
pes    dsuso

 dsuso mo
mo pos  u
 m  mt
mt  uão e u v sxu sjásjáv
v  ee
ee
 os ps Tvz sj  mo   s o sío sío que
 ço p po us  cosgu v as coss 
ss sl
Esss coçõs os  s ops es 
lçõs mgás o âguo pmh E m eess
-
sb
s b
  qu  e
 eç
ç exs 
 sa ão se oo
-

_ ã que


  L
L u
 com gozou e emte
 possbl ão se
 eega-se oo
 um omss
omm mãe
m s
s
 o po dd s ão compcompo
oee  sgcç
sgcção
ão ue
ue sgu
sgu
o mgáo s muhees vm o mo o p À odção 
que o mo o  s pogo com uhs e dees, m que
 p
p  sso u u u
u
 u
u ss gue
gue  homm gu
      Õ coá eme ão s coo  mãe qu u
gozu ou j met eg-s  qum
gozu qum se g ss
eeg)
ee g) é u es
eslh
lh qu po
po p um ch
c hoo ms   
ou  mo ee  qu
qu o so co
co  
  Rso
Rs o  seuo
 p  sgcção e ous pvs  se 
S  copo m
m  vv
vv  o o
o pdo
pdo lgo s
see
o co
co  u u 
 he
h em
moo o u s os
ossv
sv s oz
ozo?
o?
 k �tç 
,. .
  
  o do  u u'
  ·  
u'  u I1 O
"  • . . n    :o  

    �-    
.

24 Eln  dos R ei  C a lli q r 

<q,�   sa aal  o op


 opÔ>Ô>OO oooo  costtu
cost tuíí _ �
� ata
 a qu vo s snolao  culos êtao
9 9sa
sa55 0 yao
ya o Poto, o oo      o: úâ' ú â'õam
am
s buao,  otzaootzao aço a aço aço,, ata a ta a aoo
< _ 
u"Yaa
cojuto
coju toôSmõqu i 'qtoo "às
e "às é ót
ótoo t�ma
mÜ; rozávl
rozávl
t�ma  ;; à "iã) os
llasas 
  Ã,
f
Ã,  osa
osa     puo a
uaço  popo u os homs so os u toma as uhs
ua a uma, po po osram (ag ( agar aramt
amt)) qu possupossu um
só  , ota to, s? pm usá-o a a 
v  as urs
u rs v vvm m (tab 1magaa
1magaa  su oo oo \
m too rotzáv
r
rotz ávll  nbuloso ao or or  u u  burao qu qu
prsa s bto
 bto o    vus Potato,   as magam  
, atuam
ca
- "<:ó!
rassra 
possv
trauzr sr ss
 toos
too os
otzávJ
homn o orpo 
  qt·  ê    ' f - â = =dc     oé� s "   p e r s  e gu e ?    
· Provavm psgu a pluraa o sjo os hos
u oaoaia
ia omo oha u toalza o coo o o sta
staoo
 s rotzaos Prsum u o opo po sr
 tQo  ho·s  êõi"os as  }
}
 
< 1

pór m mag
agr
r u
u sj
sj  um ololh h o
o  
 u  vva
a
à muhr u orpo u ão s prá aos pao. A orag
para
trga
notrar
Dgo pgosa
auáv ss oarpo
xg,osnvtavmt
rsultao ua pr
prgosa
ão
Ettato,
E ttato, ssa posão
posão   ntrga,
ntrga, talv
talv  z a uh
uhrr sap
sap
as pors cosüê
cosüê as a hsta  possa zr algo ntrssat
ntrssat
om sua ta
ta naugural
naugural 
A spo
 spo bla lata
lataaa por mha
m ha pac
pactt Laura ma
ma
sta u
u oo
oo 
 oo  não strco
strco Ess
Ess copo
copo é vv
v v o como
um too sm otas
otas  acaclt
lt or
or  o Naa pac
pac 
pir a ota Mas vtavt o  a ca sxual traz
osgo
Laura, quu lata
scoto
spo dspcamt
su opo co aralba.
ua ulh O momo
a
a sexua prouz xat a pço  u o copo ão
 too
too ago ta
ta  Au
Au no
n o ramos
ra mos a fro
f ro t
t  a o op
opoo 

 

Laura: f nlasia Je p ou�ão 25

nino que é iposta po ago exteo  iposta po copo o


hoe
A fasia de osuço (so
de os ( so ua puta") taez coduza
uma uh a se 
 
 em ü ü 'a paixão ca po u
· excuete
hme
hm e - oete  aaor
aor
cooco
coeocou
sexo:
sexo
u Esa
E: sesa e
aix
aixo
eteo
o õe
õpeco
pee couma
umoaaao
disão
o o
_/ a a ou, etão
etão  se amoamo o pa
pa  não e enteo aa   u
u Não é
só paa os homes
homes que ses e areseta coo coo eces
ec essáa
sáa a dcooa
ee a pua e a ama. Será que ua mulhe cosegue etega
 seu coo ag
aga aose
ose coo a aa aa do aor
que, paa se etea, ela pecsa epse o eaoaento
aor coês?
coês ? Ou seá
seá
i peo ópo copo cobeto dos estdos endaos que aea
  (ou aleaam)
aleaam) os ohos ohos evaieci
e vaiecidos dos do pai Ess Essaa dis
disãoão raa
raa
• ousugee
derse
uma aeta
ee aleate ete eusar o ozo no
  sâída dessa aleaa paece apesetarse da seue
 oomama  necessio
neces sio ta ta o pa
pa  Mas o que s s ca
ca tra
tra o a
Feudd ((  �
Feu
-·� 


�
Não pposso
osso eep pllcar
car a opsição qe po ess odo 
levanaa pelas mennas à masração fáca exce
spondo
spo ndo exis
exisr
r algm
al gm o
orr conc
concoren
orenee qe ça a enna
larse olenaene conra essa aidade prazesa
Es
Es 
or
senimenoor est  ão.de
narcssa Nã
N ã pod
podee ser oora
hlação ra cosa
ladcoàsaneja
qe se
sedo
pêns,
pên s, o lebre
lebreee de qe anal
a nal de onas esesse
se é  pono
pono
no qal ela não pode copetir co os ennos, e qe
assm sera melho paa ela aandonar a déa de zê-lo zê-lo
Se reconecmen
reconecmenoo da dstnção
d stnção ana
anaômca
ômca enr
enree ooss seos
rça-a a afastars da asclndade e da asação
acn pa noas las que condem ao
 �e<!VOlv
�e<!VOlvent
entoo da mnldade
mnldade (p 3 1 7).

bológca,
Fre oo
pae
paece
ce
sestuar
estese
est ese
ess
e ssa
a ecoa
dzedo
dzedo co
que
que um
dos natual
natu
sees
seeala
s ua
ae
uaos
ohos azus poduzem lhos de ohos azus No esara reud eos
quase
e
apeetado ua eso ctada esa passage?
 

26 Ena do Res Cali q  r  

Esse não é o úico oento


Esse oento n a obra obra  e Freu
Freu ee ue ee e e
escreve a tasição a fse fse fáli
fálica
ca à escola a  a posiç
posiçãoão   iina
na
coo u process process se se soieto e fcu fcuaaee  Be
Be saeos
que talvez
talvez só ua a a se
se per
per ta a uma ueu err encontrr esse esse
luar ito femnno Ceto, re em otos váos momentos
embra ue essas
apoxção uasãom
de ua meapeas
err ao conseraçes
ao inno
inn o tavez nãeais
tav ez não passee e
o passe a
de 
estatuto teórco Não só utas muleres clente eerce
sa fenae, as també o e é o mas copcao e
atoóco
atoó co aa  uas vv  ram as ostas
ostas paa uauer possbl possblade
ade
e v a se leres/mnna. Aotano ou não ma escolha
hooerótica no é so e porta) eas se nsaam m
copleo
cople o e asculini
asculiniae ae Hélne
Hélne Detsc esce esceve ve ass
assmm esa
possçã
po çãoo      a ativae
ativae a ler uir uiree m caráte
caráte anoa
anoa e
perturbao
pesonalae, quano
o sejase com
cocoloca e oconto
m o núcleo
núcle feinocoSó oento
estooeos
e sua
fa e complexo de masculnae Mas aate, no esmo
cpítuo
cp ítuo ea va bnha
b nha ueue "    o copl
coplexo
exo e ac acui uii
iade
ade
utas ezes oculta não m protesto as um teor às ções
inna
i nna  194 p 259-97259-97,, tad
taduçuçoo lve
ve
Todas essa conieraçes paece imortantes para
lba e o contráro do e aece er a fra tranüla
pela qal re apresenta a cgaa ao feno, esse é 
processo
proces so dooioàenecessiae
Volteos ne sepre besuceo
be suceo
e trai o pa para sar a
ateatva etre se recusa ao ozo inno e se erder nee
Poderíaos contempar as posiçes paa a tura pretensa
le paa que que talvez pesse
pesse uuf
uuf e sua n  nddae se
sorento
sor ento neótco:
neótc o:  .

  _  · ;�
;� u
u'' 
  pai a ao ao°°Qa o nteese
nte ese ess
essaa
CfeI
Cfe IçãT   
qu ea ue pe crer ue u dia o pa a amo, ue sabe,
quea
não peraneça
ofrecido a posição
por outro de etera
(o outros) eaa
É certo de terencotrar
e tenta ese amoro
ao que o pa não oreceu
ore ceu se
se aa o
o é ma pos
posção
ção e extremo
 

Laur: fnlsi de p oi  ã o 27

.
SetO  o ouo uca se o d pa e pt t,
{'
a a

u paece o su1


a su1cc ete u  equad E   s p a  ptat
tate,e, o a

e ue tea cup esse peo c    ees a a

copc as  ete uexa f e, pot


a a a pot tt,, 
aa ct
ctddaa
a aa a

ust ç e u
a ucaca co
coesespo
poee u fel de n   a a a a

esse
u substtut
substtut
hoe (sepe
ue
u e ãã
sgca
sgcate)
 peáte)
ucao sep
pente
enteg
  g  ps ee s
s
a a

�2 Tsge f fÚ


Úee e
aea
a o  i e oeece-se a a a

uts oes
oes 
Jª9º  Lü  <    z a

cee e
 e,, is ue é po eo esse ola  ee e ee a a

su deç sexul. Po outo   esse olha tamé


a a tamé le pee
a

eseseuu co cot


e cotee tacto (peo
(peo e
eos
os,, a part  expeêci a a

clca, peos esa ue  gi iaee ssim se passm a a a

ue
as cosas
o pa le
paapopõe
a eia
seu eteÉ c  as
se a peepeuecooagcção sse
a a
a

ue e eucie a sexu lete se co ã


a a a ã nos é est  a

o cu despez ue s p s tê  lee,    o


a a a a

aad ue f apeseta a a

Ua oç c s e co ts los esse c saeto


a a a

esole dca-se; epos e lgu te sozn , ecot a a

m o aoado Qu do ece p ssa cne a a a

 itlete, ela pensa e  coet ape s coo a e


a a

espe, sto ue é u ulhe lta com tês ls e


a a

pofssalete
u l ã
ã é  supes
a
etbeec
a u cuc
   e espoe:
a
os p is suh!
a

hecso
a ! Ago
a a a

que eu pesa ue ocê t  pa c sa"


a a a a a

Co sai esse cíclo e fg ue poete o p  íso o a a

a p te   pee c pag eto el e


a a ae?? Felae
Felae a a

ess , tauz e c stdae


a a a

É ssel ue, a poet -se  esse c p oso


a a a a a

lc sej ecess


ecesso
a o  gia-se t nsgessoa net s
a a see  a a

o   le pate  a a


Na stóa
t o  clc e  ua ecotamo
paa usaua lav
fato astutte
a a a
teess a   
a esfçs
a a a

C ez ue


a ue el vv a  cas  ee p exeplo u  le
a a

28 Elin dos Re Caqri

uto  ove co u


uto u  oe be as
as ve
veo
o e vce-vea casas
casas
ultacas etc a fase saía apaete Mas é ua puta
eso. aa La essa a, e u ceta f, apotava
paa o fato
fato  ue na ved o p eva gosa as p
pas
as a
aá
á
las e po sso,
sso, pocav econhecêla Tabé
abé  uando Laa
Laa

ea aolescete
uioso coetava e tocava
"V
"Você e acaba
ocê a naoao co
seo aeüêca,
p
ptata e o pai
 e ua   
aa peceba e, nessa aeaça de u hoo uuo, podeia
se escoe algo de  eseo (cinto eventaete) po
ela Instal
Instalo-s
o-s ssm a possbilad
possbilad e e tega-s se pede
pede
o coecien
co eciento to o pai, ois é ccao,
ao, paa
paa  oo eado
eado as
onsas e o pai iiga a essas ules e ele paeca
espeza al escoia o se eseo Po cosegine na
fatasia e posttço Laua negociaa co o oeo e
susteao do ppio
ppio sseo
eo pae
Duate a aálse e Laa, enconei-e às vola co a
segute pegunta: nas tasias de postito, o estaia se
tatado e a ie ietcaç
tcaçoo istica co o pesio ob ob eto
o e
eeeo icos
icoscce
ete
te pateo?
pateo? Mas a cíi
cíica
ca   á a do ppp
piioo
Feu e oa l905[190])
l905[190]) té a ta ove oossexa
  920
920))  os os
osa a qe
qe o aata iséico
iséico e a
 a tal ien
ient
tca
ca
oo
é popiaente u apaxoaeto ooetico peo obeo do
eseo
es eo pateo
pat eo A stéic
stéi c acaba aado
aado a "pu supostate
eseada peo pai Agoa oua coisa seia consegui abta o
lgaNo
as esá
"oas
cetoe
queia eeadas
essa soço seaplo
aispai
a prpetuação
o iidável Éipo nno pois ela plca jstaente
econece
eco nece e aceia
acei a o caá
caáte
te aiscadae
aiscadaene
ne aleatóio
aleatóio o esejo
asculio o pai.
A taa couos a ual ua le se encona e
elaço ao ebelza-s ae sea esta ee a caa insane,
sua sgiicaç
sgiicaçoo  pos
possibia
sibiaee e pouz desejo  se gaa
gaaa
a
e u ao assegao pelo peço a castae Ness sentio,
a fasa e postituiço seia a das janelas paa e a
ule se atoze a epulsase o ccito ee ao peito
e sexo iteitao
it eitao co o pai
pai

Laura: f nlaa de p osllui 5ão 29

/  gua da postua e um eto podeso se o



_
,

 magáo eo. Po que a posttução asce cmo ua


 possã"
possã"
-
nna?
< =· Ã� Hcç;à popula  ser i a   de  que  s  hme n s   tê 
necesdade fsca de sexo e que aguas mulhees na aioa
das cultuas, decda oecer a essa ecessdade  obe
acessel ao c
c suo
suo e toca
toca do ded pagamen
pagamen Co
C o 
pã que é vedd ao sujeto famto A eaão cecal ca
em estaelecda
estaelecda  um necessta
necessta e o ot
otoo e
 e 
 Não creo qe ea tão sile asim Dfícl  pesa
dento dessa atemtca spsta que aquea qe se orece
coo u ojeto qu quee saca ua necessidade tamém etá saciand
saciand
alo
Emet Muhy e e e
euu lo
l o Hitória dos gndes
gn des bor
bordéis
déis
do mundo, dz:
Os onpesetes boés e Roa apaete
xeiam  scíio pecula sobr  ulhee da
f a ptr
ptrci
ci s. Paa as u res
res de la
la  peor qe
dpunha os recuss necro ora abas
aa aa o nés auio ma a cialit
cialit
d eão gostava eso era  ra raa
aha
ha no paa
paae
e
co  S eudo Juvenl
Juv enl  te
tecea
cea espoa  p
pa
ao
o
Cáudio
Cá udio Vaéia
Vaéia Messaa,
Messa a, cclt
ltivava
ivava ese paze:
paze:
Cea e ao ea  esteda os eçó
aceoo de eu bode, ocpado o qato apeas
paa la eevado Denudava o alos pnao 
aasava
aasava as ea coaco a q
qee hava
hav a dado à   b-
acio Bri
Briânco
ânco ( 1 994 p 35 )
O pa
paze
ze n
n ddee mtu
mtu-e
-e cm
c m a psttu
psttuta
tass nã é
algo o e, segund dfeetes moetos da hitóa da
hadade cfoe s ales getes ese ea  háto
ea
ea záe  nã. A c ca
aã
ã de Mu  dca
d ca que a Roa aga
a mulhees de fas ptas tnha aceso a realzar essa
ftasia
(e da Idepe
Idepedetem
a)detemete
ata   a)
ata  ce nnoete
o da nstioalzação
 pate
pate
 e ra o não
ra s daes
da ddo
es do hito
o es
esmo
mo
 

30 Eliana dos Rei Ca q ar

posseet codue ua uhe  ogaza ua as


e prostu
prostuço
ço ua  as
asaa   oece seu orpo a quaq quaque
uerr
home· se escoha,
escoha, sem reas
reas ss  
 õ�s
õ �s sp
s psete
sete
oecersee ve para goar de seu coo sei up
Laura ôâ tr aa qu o  o que o
copanhero aquea note retrara do boso b oso servra para coprar
he u
um purodo
 do preseeem
pagaeto quenotas
he ssera
era
cooorecdo
são paas Pre
Prer
ru
as u agar
prosttuas.
Certamete essa atasa abru u possve campo etco co
ess hoe.
hoe. Não  o de de r  o aoroso que a exctou
ex ctou e evou a
ele as sm  ti o  ua u'
  a ra a sua puta
puta co ee tuo se oaraoara possíve
possíve O us
usoo
o possessvo em seu reato  aqu cruca cruca  e
 e  amb baa
s paavra
pa avrass de
de amor
amor de m casa Sua ço aparece carete:
o posesvo  u vestígo o aor qe abre a possbade de
etega pos savaurda
é ua espce e catãoa güstco
scaçãoAás
da muler
ete Oaua
posessvo
 seu
compaeo
compae o se
se 
  tuou a ese
ese rspo
rsp o a esp
espci
ciee e oo
e carrete Ee he a Você  u puta Essa ase abra u
campo e oo ode e ostava de e perder as de ode ea
esa vot
votava
ava corgdoo
corgdoo  "Não e sou a sua puta
puta .!

TRANSIÇÃO

Evoque ua atasa de postução coo passage


obrigatóra paa que um copo de muler possa se erotar e
eventuaete
eventua ete - escapa
escapando
ndo às a
aas as edp
edpcas
cas  cohecer ao
ao
do goo que lhe sea possvel
Mas po
p o sesíve
sesíve que essa tasa apaeça
apaeça a escuta cca
c ca
e por
po r mas que ea ecotre justfcatvs
just fcatvs teórcas
teórcas resta que sua
evocação
evoca ção produ
produ de imedato
imedato dua
duass  por
por ass d
de
e  ojeções
ojeções
 pe
p ea
a que po
poderí
deríamo
amo vugaete chaa
chaarr de sta
 sta
da que ua
voêc a evocação
do seo s erega
ascuo Ela ãoa uer  pepotca
teressate e
aqu peo
 

Laur: fnsia Je prlu  ã o 31

seu coeúdo
coeúdo deoóc
deoó coo É mais reeae ear eneder
eneder o queque
essa
es sa proesão de de mheres
m heres revea e eeual
ee ualete,
ete, coira
coira
o coesta quto à faasia qe La os pertu escutar 
esse
es se o tema
tema do
do seuo
seu o captlo
captlo
A oua objeão
objeão é ddee cuo as poppopiame
iametete soca
s oca Se
dúida, ão é miha iteão prouz uma apolQgia a prostiuiçprostiuiço
o
rea coo vda prossoal Aida eoatase e ir
e - o â
â rcrccio
cio a prostiião coinca
coinca sepr
sepree
co ua vêcia do ozo eino (a o ser eventualente
comoo veeos,
com veeos, a a supoo do
do ho
hoees)
s) Escol etão
etão  será o
erceir
er ceiroo cptuo
cptuo  iterr
iterroa
oarr as en
en  as e ruarua prostutas para
para
vercr se e coo a escoa à qul elas cem rosaene
ão é só o eto
e to e ua volêca social
social Ou meo
m eorr dito
dito não é
só o eio socia
socia e ua vvoênc
oênca
a mas a
amb
mbé é,, ao eso
eso epo,
epo,
ua aaão prouzida por codiões ocais ue na verdade
coiguram u raa edípico especco Tratase e ovo e
er se essa atuo oada cotesta ou cona a antasia
escuda o scurso de aura.

 
NDREA:
PRSTITUIÇÃO CM VILÊNCIA

uando a uheuhe tasgde as les ddoo ÉdenÉden e oecoecee ao


hoe o fuo do sabe do e e do al o seno a casga
"Mutiplicaei
"Mu tiplicaei os soeos da tua gavd
gavdez, ez, pa
paásás co do, a
 _ axão aasta-te-á
 ·KV  HApaa
A
o ado e ele
HA c�do
e donª
c�do:: vv
vvee Eva
Eva vvveu
veu
divdda ete dos castgos que e atacaa o copo e o o
pas com do e a paxão astateá. Que são essas
ulhe,ueses
habita copoo sees
cop que seacados
que convenconoupeacha
dormadodeao,
chama corpopela do de?
de he?
he
Não so a pmea a coloca a questão, que é ão anga qao a
civização hn Fala da uhe ono-se qase a
pseguião seja pel esatuto do nada que ta ese se
denoado
deno ado ul
ulhe
he  as que
que apes
apesaa de udo aava,
va, o que j
colocava bastate pobeas  seja pelos ovieos das
iguadddes
igua des huanas
huanas que elevo o grupo ddto to noa aos pplcos lcos
lunados
luna dos de uua
a consdeaç
consdeaçãoão dubtá
dubtáveve
coo O cidadã,
oventoco sta
seus detos
é esonsáve
e deveesp sa
esabeecdos, coisa que nlmee ão ea o caso até poasdeenddos
a mle e
décdas Po ouoouo ado temos
temos tabé
tabé que e eeti
eti  sso
sso esestátá
ocoedodo deno dos pópos gupos
ocoe gupos m mns
nstas
tas  atatéé que pono
o eto de sepe demanda codeaço não stuou aguas
uhhees
u ees e um ceceto
to dstacaeo dos hoes e dede que a

34 Eln do Rei Cllqars


sso pro
prodz
dz e prd prdz
z vdav dass l
le ess  qex
qexosas
osas EE ootrtras
as
plavras, paree qe qe  ped de recon reconhehee ett  b
j s
s
 socm
soc m__een�
n�  veo rerar
rerar aqela demad demadaa para
para 
'aor pao, a qal exl d amp dos possíves a etega
  !nna do oo Para sar e str esa qestão, rae,
aante m iportante ebae qe ocorre nos Estados
Undos há ais de ez anos e qe c cn
naa epesentativ
epesentativoo e a
penso
Antes dsso
a onsio
onsetomo
io aguns
e ma eeentos
mlhe enontr
enontra
sobea os canhos qe,
Fed, aa  as o enos  90 90  esablecia um paae paaelolo ent
entee
a sex
sex çã do do enno  e as ninas
ninas ou, entã então,o, exp
expa
ava
va coo
coo
e dva  sexação para s ennos e dexava e sspense o
qe ooria com as nns, dzendo qe até en enão,
ão, os seus estos
no e
 exx av ar coo as cosas cosas aontea para as n nasas  
A part
partrr e ses extos e 1 920, 920 , ele pas
pas a esar
esarecerecer pontos q
abrr  campo as cund e pesqisa
abrr pesqisa 1 .  
  /a
arara o o,  o co ô qal g g la
la,, o c
crp rpoo
a
 a uher,
exas gera a segunte
exas nnt): desse orpo conu
conuão
ão postero
poste ro a toas
orpo algo  eao, o qe sgnfca qe as o
oras
ras
 me tb ago pode ser eirao. O eno sa do Éipo
co ma dúvda eerna e uma ívia constante Dúva etea:
vo ouo u nã
nãoo ser privao
privao como as ennas? Dív Dívidaida conste
conste tdo
tdo
re para vtar qe sso me acotea acotea e tuo re paa agaee
ese prvg
prv goo sse pvilo é urgado po pa pa poeos
poeos qe
casra (castrou ennas), não  casao e até agora não m
casro
aaUma
cresce  nnas, o passe:
consatação tenhnão,
posteror: ago,ave
as não enor,
cesa,vai
potanto e traram, o qe siga qe toos podem perder A
menna entra no Épo ( e a qestão omo ebra Freu,  de
saber se e co oerá s e) om a onstaão e qe
�/
          ·   
.

  = =   -

  ' Texos cmo: "Ag


"Agmma consqüênc
consqüênc sí
síss  f
fr
rnç
nçaa anaôm
anaômca ca
{ en   eo ( 1�5), Onzaã
en Onzaãoo n
n
 til
til ( 1 93
93)) Dsou
Dsouç çoo /
1
 mpe
mpe  Edpo (( 924
24)) . _ /" _-·
. -�-�_
.
"

Andea: Prsu
Prsu  ã o c  m  v ol �n c i  35

too, or estare ropensos a erder ode ser caaos e


castrados
castrados,, ncuse o a
a   _ 
  N
N 
  
 da da abÕ abÕ�d�dage
age ssbre bre a qu quesesttoo eeddppcaca,,
o
 o-m
-mee eb
ebrararr que a enna enna  t trara u uer er é entfca entfcada da
e se dentfca a art de uas gotas de sangue Dgo "gotas
de sangue no sento as fgurado osse; coo ua boa
metára para coeçar a faar o corpo da uher Esse coo
/ agnaraene
deinido ncalentedo
crúrgca reorçaa pela éa por coo ua ftoso
espéce e
éa de a erda que  nu de retahado
aginára nucatrizasse ablação
catriza' corpo ' 
�er odicament:,_l   -      
    ü o teto bíbco nos ugere é: Parrás co dor, teu
Gorpo ete ara    
soer 

  �oaor


 
a 

 o ata, para nós de econtrar nesse texto a descrção  e"_er
         ,   
rasejar     
      
 .     

        
\ doartíro
=- o ddee nascer muler as s im dede entender
artír entender esessasa decção
coo se nstaurasse ou confiase e nossa cutura guas
z
zer
ntasas
ntas
erTao
aeasopo
ndae
ndaenas,
n
neress
eressane
poss atrá nas,
ane ou,
co
co
 etão,
as quas
so
soáico.
atrás pacipe de u congrescadaáico.
n
neuróti
eurótico
coulher
congressoso sobre a seulher
seua pode
uadae
dae
contemporânea U das paestrantes, ue desde o co
apresentouse coo coo nst
n st <!u do to de Lth Lt h  Lebrou
u segundo
segundo ua trad tradção
ção  ith i a eia uer
.

crada
crada por Dus  d es esoo o que Ad Adãoão e co
co os me mesos
sos
drtos Só que Ad
drtos Adoo rec
recaou
aou para o Sen Senoror ue
ue essa u uher
her
era nsb
ns bisissa, sa, n ão aceitando de detar
tar-- se a posção proposta papaaa
oexpulsou
ao
 os de rocração
Lit
o s or da do paraso,
O
da  Dedo à so Seor
castgando-a
sodão ecebeu
dão de Adão, e co
as
eus,quexas
a pena de
de Adão
ter
us, durate o soo do
e
únco oe no paraso retro retrou-
u-hehe ua cos
cosea
ea e croouu auela
quee ee ca
qu caou
ou A ajudat
judatee ddee AdãAdãoo  denn
dennaa aa Eva  a
quaa  , aparen
qu aparenteent
teente,e, ereraa as
as subss
subssaa
O coentáro
coentáro da paestrante, aoa aoada
da or gu
guaa ulere
uleress
a patéa fo o segunte "Por ue fora ecessáras duas
eres, Lth e Ea e Ado fo sere o eso e conta
seno o eso
eso aé ho
hojeje?? 
 

36 Eliana dos Re Ca q a r  

Ora jusmee é ierssae esruar dessa ucidade


ou mesm
mesmoo u ui
iiae
iae que abia a me
men
n e o coo mi
mioo
A mutip
mu tip cdd
cddee amb
ambémém é rcebida o psi
psiquis
quismo
mo masc
mascu i
ioo as
ea ão represea ua raura ea" ea em sempre o o
co o orga
coo orgaizad
izador
or ce
cer
ra
a Par
Paraa ua mu
mu
er
er essa
es sa org
orgaiz
aização
ação -
se é que
que e
eaa exise  se á ddee rma ddive
iversa
rsa Segu
Segudodo Ger
Gerard
ard
Poer:
sej aO apaên
oóo oqe
oóo f
fnnoo é m engma
o gnáo ene qaqe
e a qe
A
inss
in ssanes
anes oi
oi ações e s
s  esenação
esenação enona
eno na
se ae
ae o nm nm  asni
asni  e ameno
ameno e sa
s a 

evo
evo  nen
neniamene
iamene C o eseo
eseo a 
dae
dae
esaa às aaas  se maném e oa are  &o
ae]e]a_a_a
a ane
ne se
s e s�   ulher
ul her ão te ieni
ieni 
as s ienicaes; qe exrem a ala e'
onstêna o ao eicao e revem a
iossbidae de efinr u oeo emnno \ 1
j
i
in
o vazio,
ndae
dae
na
na a
se res
rese
ea  neise
e na aesenaçã
aesenação
( 1 987
98 7 .. o33
33)
esse
) onaeno-· 
Seguido a cação aca be represenava ais)
poderíam
pode ríamosos esar qu quee o mi
mioo se esab esabeece
eece - e for for

nerropida coo  jogo de velar e rev
nerropida revea earr - o esaço vvazoazo
qe é prodzido
prodzido coo eo de vári váriasas dicações
di cações desde que;
esse esaço  o ea ree reechdo
chdo de ra inomáica   _
 ulpc
ulp cdade asc
asci iaa se opõe direadireae
e à in
inaa
a edida e que ea  consolida graças ao fao de que o coro
fenino é oado coo º�1 ue rereen   E
ourass aav
oura aavras
ras a mu
muiic
iicidad
idadee ascui
ascuina na arece sempre Qse ar
reavamene a u óo organizador cenral, esmo que esse
sea
sea o cas caso,o, a iniae erida Nesse senido, aás, é vverad eradee
que u sc[s c[ osivo so sobre
bre o miio é sem semre
re ua asia
a
a Üaa - ão pórTso ia  ser aa
Ü aa U JJa
a
    e
e
 e ho
ho

  ·
  êia sobre o soieno
soieno
ao eor do fao fao e ser sepre o mesm mesmoo  a ua ua para ive
iv ear ar u
novo ugar. A possbidade de se  oco diferee é um
desea e agúsa (coo isse c ara que ném a

AnJrea: Posfuião como violênci 37

eea a e nã te peo naa e se cp se sepe 
mesm é a a e nã ce scs)
otanto
otan to 
 c
cp
p e 
h
he
e,, a fantasa ascna é ais
ve pe com mais ibeae goa é  orpo qe não eve
paga nã
n ã está enivia
enivia  co nngé
nngé Algo
Al go imptate aqi se
se
apesenta pois tave  cp qe evese
apesenta evese as antasias asclnas
sbe a inia
iniade
de nã sej
sejaa m cp de he
 he as si m
coo qe pems pensa co m hipotéti
hipotétic
c cp
cp pae
paente
nte
einin
mag a (ient
maga m cop q ee se
qe mofec
ofee
ece e mhe).
ce ncncin
ncn Essase anasas
cinaent
aente Não
Não a
vs hes qe q e come
comentam:
ntam:   e e osse e, sei
seiaa ma
pta
pt a Cmo se a ntas
ntasaa ascna  pói o coo e a
lhe fsse a beae em se ece inintertamente Se
assi sse a he seia sepe inna  eten vazo
se signicação pópia, ponta a se oeece a go e às
ntaias s ts.
N coeç s ans 1990 hove em onais e estas
aecanas m ebate qe i  i apes
apesenta
entaoo n
n  especia a Fola
de S. Paulo sb  tt Seo pô e nepitansmo". s
2

teas ana
an a ca pplêmicas
lêmicas na ssc ceae
eae nteaecana e
no m)
m ) e ae paa ança a qestão os escamescaminhos
inhos cads
qano  pe púbico teta a cnta da sexalae huana
(obe
(obe  m
mnn
nna)
a)
O sena eblicano · Mit Mitch
ch McCnnel,
McCnnel, e Kentucky,
Kentucky,
apesent  et e lei ( ecet e cpensaçã às
vítms a pogaa qe peta qe as vtias e cimes
seais  ses epesetantes) etasse c  ocess
conta pbicações pgáicas
pgáicas qe teia nspia
nspia os ats e
ses ages  p pet
et de lei
lei visava esponsabii
esponsabiiza
za a gaf
gafa a
((vs
vs ts evistas e iles)
iles) e ce
cess seais
seais e sicpat
sicpatas.
as.
Paecia
Pa ecia com esc
esceve
eve Be
Bea
a Cavah
Cavah  escito e j 
aista
aista
a Folha - qe esse senad e apvetava
apvetava e ua
ua tenência
tenência

2. "Sex o, porô e neouritasmo  Folha de  Pau, 3 de o de 1 99 

38 E l i a n a d o s Re   C a    q a r  

ae rcaa
aerc aa a o
o  ss e
epres
presentaõe
entaõess o o própróprproo ato para
para
tetar ipor a
 a e e servr
servraa e
 e preex
preexo
o para
para a pepeseg
seg o
 o
e aqer
aqer o co co ssera
eraaa osc
oscea
ea 
Esse po
poeto
eto e e
e aasao peo otê ic  ic ári
árioo o seao
oteaecao gero a apa discssão A The New York
T imes B ook Revew pbo m exto o escrto orte
3

aeicano Jo IvIvng


ng ataa
ataaoo o p
4
poeto
oeto e lei votao paa as
v as da po
vas poogogai
aiaa e c
ctiano
tiano as eisas qe saír saíra
a 
apoo à déa
U dos pmeos argme argmentosntos e rv
rvg
g é de qe o estpro e
o moesaento
moesaen to sexa as ianças po exepo exep o são cos
cosas
as qe
antecede o apaeeo
apaeeo os vos eót eóto
o das revsas e os
víos ponogácos Otra estão aordaa e e oo o
po eto epeensíve é qqe
po e oamene seia uvoso esoar a
eponsbi
epon sbidae
dae de alqe
alqe e sexa pa paaa m tece
teceo
o  e
otss paav
ot paavas
as astá-l
astá-laa o veadeio crmioso
A éia,
 éia, igêa os  ee ea o po poeto
eto ei é e qe se
paásemoss de osa estpros o
paásemo  o cnea as pessoas de dexai
xaia
a
de
ágcooeêos
iantaeva reaomer
e ão Sera chooa
go próxo
chooaee eeaoboas
pesaeto
nota nnaa
· 
a;
a;
  ec
ecso
so esa.
/'  

gg hega eso a ze a asão ao to e qe o
 
c
c�já
�já passo po as  a
aas
as e oes mas gergerae
aetete
eve
e ve a se pro
pro
 aga co cosa
sa de  não se gostgostaa e e nnão
ão
se conseg
consege e oo
oo
 Ma ea
eae
eee o ao
ao objetvo o artgo
ea essata paa e ee caa nas nas amgas feinsas"
o asrdo
asrdo exstent
exstentee oo ato
ato e e  oveto (( sta)
sta) e
e
a abé
pesse
pes se apo apea
apoa o taibedae
pr oeoo eeeexpessão
proe Casava econstea
berdaeãodea opão
consteaão vg
e agmas emstas estivesse ansosas e proibr a
poogaia
poog aia po
po s eee
e er
erava
ava e poo tepo ates  ivo

3. Publi cado em 29 e m
mrç
rço
o e 1 99
4 Auto : O mundo seg Grp, Hotl Nw H he O flo e
De vai à e et

Andrea: Prosui � ã o c omo v   l ê n    39

e   sa c a
aad
ad Ou Bods, Oselves 5 (Nossos copos
nós esa) esava send pb pb
 peas d
d es de escesclas
las e
de bibiecas
bib iecas púbicas p d
d  pís A da d iv
i v eea
a pi
pica
ca
 aces
aces  das u hees a in
inações
ações sbe seu cp e sua sua saúde,
s aúde,
e,  ea, a chamada
chamada id idelg
elgia
ia miisa
miis a  áá d liv
li v i
cdea
c deada
da subv
subvesiva
esiva
Naquea casiã, uis ecie e gaizaçes de
esci
esc ites
tes escr
esc reveam cas às dieias de esclas
escla s e bibliecas
bibli ecas,,
enand e ee a suaçã , aga as mesas miisas
esav dizend que as aiudes em elaçã a eu e a
mlesa
mles ae
e sexua de caças ssóó pdeiam se
se mdfcadas
mdfcadas se
acabáses
aca báses cm
cm as déis  s
siv
iv as
Mas a vez ea a idegia ue esava sed pbd
segud Irvig Ele lebava que esavam sed ppss e
isau
i sauds
ds (pela va le)
le ) e de cesra; es ess
esses
es que
que
ã s ã di
ã diees
ees d puriam
puria m qe vu
v u s Esads Uids
a sua
s ua igem clzada,
cl zada, qua
quad
d uua
a mulher
mulher que
que ccees
eesse
se 
aduléri era bigada a ada eas ruas de sua cidade c a

leta
esaia " A ubdada
bda da  ei
 vmeei P
P iss
qu is
e s a
as d Senad
meeca cCe
cCe,
se camad  d ,e
epuaim
Evideemee,  ex de Irg vcu uma série de
epsas
ep sas de ue
uees
es.. Rela a qqe
e me parece as ier i eree ss ae
e ue anasei c um agme ieái. Adea Dwk
ubicu a The ew Yor Time Book Reve ua cora c ora--
essa a aigaig d escri J Iving
Ivin g Ela dis
disse
se que esdia
esdia
cm muler deeiada
deeiada a desrui a idsia
idsi a g
gá áica
ica e
ambm c eescia scia de llivs
ivs que
que acus am a ga
gaia ia e a
uilil zaçã d c da
u da ulhe
ulhe cm
cm bje
bje da ga
gaa, a, qu
quee é
masculia
Andea D
D k,
k , a épca em qu quee esceve esse e, e e

45 ss . Cna
Cn a que ddua
uae
e sua descê
des cêcia cia rabalh
rabalh cm
cm babá.

5. Boston Woen'
oen' s Heah Colec
Colec ve  97 , S mon & Suster
Suster Edição
Edição
rad
rad e 1 992 e  996

40 E l  a n a J o s R e i s C  l  q  r  

 a u e uue


a uue s d
dee asse éd
édaa e
eaa possve en
enotr
otr
  vo
vo suj
sujos
os  nas p
prae
raee
es
s asas   ubndo ee deç
deção
ão a
e eente esonddos s de u vaso de pans Os
vos
 vos costva se Ulise
Ulise,, O T Trróp co e C Câ e  e O amnt
âe
de Ly Chattely.  esr esrto
tora
ra e
ebrbr ue es
eso
o os 1 5 ou  6
os peceba ue ao estaho hv nessa teseção espe
etre  ae  le e o seo so  uba de obscenidade
Euto sso sua d oo uhe e tepos pé-e
nsts otnua E pena que ea u ser huo co to
dos os etvos detos Ms anes ue tesse pssdo uto
dos  8 n
nos
os  ata
ataa
ada
da seua
seuament
ment ês e
ees
es  p
p
er
eraa e
oteeu udo tnh ove anos on onou
ou os pas os qs parparaa
proteê por be ou po  o cham a poíc 
coo e e epress
ep ress
 "
"eu
eu  uesto d
do
o ptac
ptacado
ado (s
(s se
se

outr epção)  seud e  espncada e estuprad por
dos oes; uado e estava use à bea da orte u de
seus aressores cetdo peo outo odeu epetda e pe
ersae u eta o otou  nnguém estaa tb
lhdo p
lhdo pra
ra u rurupo
po p
p fs
fsa
a  ece
ecer
r e
ez
z aos  8 anos
anos
t
t
 si
sido
do pe
pess po par p d  stço na U pr
protest ontr  Guea do Vet Na pisão soeu brutd
des de dos édcos Peetração fçad co u espécuo p
5 dd
 tee srae
sraetoto aina
aina  Su eperê
eperêaa fo
fo re
reat
atd
daa
e todos os jos s os édos não receber uaur
pução
Ela diz  "Ped
"Pedii a aa
aa Fu fe
fed
d mis do ue th palavs
Durate u aoa o deixou o pas. V Votdo
otdo e cotrou-se se

sa pobe e nda su


suen
entete tua
tuatzd
tzd Qu  o cai
caio o
esoido por
por dea
dea  woki p p
 se
seuir
uir e
endo?
ndo? ui repto
suas pa
pas:
s: A
Aped
ped a tro
troca
ca seo ppor
or die
dieo.
o. Passe uuto
toss
oss as rrus
o us v  edo u
um
m eistên
eistên  seá
seáe
e  Pensav ue
eu r reente ua e-durona doaejda, duoa
desespeada duo-endontda duronespnad por
oes sep ida de todos os dos iusive de aeça
paa bao 

A n d  e o : P r  s  i t u   ã cm vlêna 41

ica E ra
ica ma
ma: :   .vez
i  pa sega
ageia esacavez D
esaca e ta
taa pre a faa
a ags a
 pl me
me própi mari mari " 
Lvaa p se ai a mc a sava
machca
mach caa,a, arisc pipi aa a. O mc  ss   peria llhe
he
ar ma receia e Vaim  ieála. Te gr e d v
 peir a  a. Fi a aaaa
a e v  aa á
ári
rias
as vezes ( p  r aaii g
gs,s,
 paes, píci
p íciaa ec
ec).
). Os viihs vi via
a s
 s gi
giss  a
ass 
g
gmm
ia ada. N ha haaa pre
preçç  ea iz. E au
auii r
rascev
ascev a
frase e ra e parece iterssa er rada ais
aiae E cgei a iscrs deai e  hmm
araa  raa. E chegi a iss eaix a
ralia d ihares e mes. Para i a vilcia 
casame i pi e a vicia a prsiiç Os oes
vivm
vivm a prgraa
prgraa 
Dwrki acrscea e e se raah d icçã 
a-ic, ea ar vz a res cra  per e é pes
mr
mr  s
sre
re vc, pph
h e pis rgai
rgaias
as par
paraa a
a-a
-a q
qie
iea
a
 escra
escra pe
pesa
sa e Dee
Dee a p
pg
gra
rai
iaa c s 
ss
ss
iscrs   er
erais
ais s ef
ef
ee
  s v
vss escra
escravsvs A úú
ca
ca
c a
a p
p
graa
graa é  sor
sorri
ri a mh
mher"
er"
D  s flam esses argsarg s ? Re
Rea
aei
ei a
ass parc
parca
aet
et

mas  mais eiga ssíve  sem cmárs ara
u  eir p
p   sa e
err a iia c
cara
ara 
ss fas ipde
ipdee een
ene e
as cseraõs e prpri Oprame uizar ais
agmas
agm as as
ases
es dd s 
is
is esc
escies
ies qe me ppararcm
cm impres
Uma paciete cmeava er muas amigas pe ud
ara e, pra rcebe muas caras  ais em  h

ia:
O qe O eámerca d hms
acec e ssá ac"
mes Ea s pergava
v  c 
ss isc
iscrs?
rs?""
É  p
 pss s vl 
 a s mher
mheres
es  s
sja
jamm p
p d  sc
scarar
ag  e própr
ag próprii isc
iscrs.
rs. Par
Parece
ece  a spara s s gêers
 s gr
grp
pss gr
grss s hes/g
hes/gp p s 
r
res
es ã eem
csegi
csegi  mi  ai
aiss  
ee c
c c  grp re reiv
ivi
iic
ica
arr  
as here
heress  a p psiç
siç e cpa   r
r g
gp
p   
ss he
hess

42 E i a na d os Re Cl l  q a r 

- d e ttod
odos
os ooss ma
maeses (se é que ee  stem
stem . ) que
que envov
envovem
em o se
uher
u her T
Tavez
dsus quavez os
quee  os home
homens
osoo e quens
queedestejam soment
somente
edoo a do u
ugar e es
escutndo
gar de av cutndo
avoo de uo eo dess
dessee
u  oêna
proetada
Na esa época e que aonteca o debate entre Andrea
Dworkn e John Irvng  revista  apresentava u texto6

nteressante
nteres sante de N G  bbs sore o back lash, exp expres
ressão
são que pode
podera
ra
er traduzda oo o retoo do bumerangue ou o retoo do
golpe Ttavase do bak lah do ov ovent entoo nsta Nesse
text
textoo era ta
tada
da uua
a as dt por Re Reea
ea West ee  1 9  3  E
una
Eu  que
ó se apazas de encontrr
pessos pesamente
me aam o que ada
de nsta é mnso
vez que
eu expresso sententos que e deenca de ua dona de
asa o de ua posttuta
posttuta 
A rase é astante
a stante reveadora
reveadora pos, po  lado, nos
nos ala de
ua das dvses que habta a subjetvdade das uheres 
dona de asa e prosttuta Por outro deara que se nst é
ar de u
u uga de
dente
nte As
A ssm a quest
questão
ão que porta é eso
eso
o qe sea
se a ser uma muh
muher
er que oupe u u ugar
gar drente
drente dos que
Rebeca
são popostosest pea
popunha
dvsãoqueente
a mnsta
dona deocupse cs e prosttuta?
esse ugar
Tvez seja possíve que o ser her (drente d alteatva
entre dona
dona de asa e pprosttu
rosttuta
ta não sej ua dentdade  luga
úco e fxo Ser uhe s oars� ada q
a pra  vdetoa
vd etoa qu qu a feindade
feindade vvda coo uu  i

espa q poe nherse ao so  · das ondas nu r e v 
de dentcaõ
dentcaõ 
_ Tô ôos
os oh
ohece
ece esta frs
frsee que hhaa uutur
tur popular:
Na soedade ua daa e uma puta n aa" Mas natura 1

nte a duâad
çãoo ddee d
çã dsses
es nnna
nntas
tas n  
á
á;; 
  a ultip
ultipca
ca
O que envove o ugar d e ddaa aa o ugar da dona d e casa ou
eso o ug de e e?? Evove a posç
posçoo de saco de do doçã
çãoo

6. 9 e m arço de 1 992

AnJrea: Prsliluião com voêc 43

o sebaear o apaa gae eso chegao a


ateia co u fo os baços Eoe at espécie 
:!'â�
â�  r;.,t ( =v-
g r

 • '      ·


�êõ eaieica
0  -  
Da fI, er sagrad  (eso se
ecreos sbólicos especicos aparecer coo nocáe ara
us om
/ A ãe pod ser obeo e u deseo seual pcíco ão
ecessariamee iceuoso
iceuoso coo já ou
ouii ho
hoes
es coear
coear e
< acie
aciee
oa e eque
ulh
ulhees
 
ees
cofiare
 ergue ae oano
gra
grae
e S
SÊ
aé
Ê s
 s
ose
osea
a a
   -       Feud, �':! :!p pt i .çal §
§c     _
 hom home es"
s" ( 1 9 1   1 54
54)) le
lera
ra o cof
cofo
o qu
quee uu 
ino
ino e aaoo
i saer de ua fora ais caa coo ua relação sua
\ acoece acoece:: ee acab cocio
cocio qque ue er uuaa ã
ã e ua ros
rosua
ua
  nã nãoo  e x ste ste   m
mt c r
r��ç pq
,  pq__i  as duas}a_J 
J   < s !ül
!ül.. f -
 s sãoão é a ororgge
e e uÚ
uÚâ â ao og
ogoo de ssua
ua a
J or ese ese ar s sxxuale
ualeee e aaaa a es esma
ma u
uher
her Parece
Parece nã
nãoo
que a disão ere a pua e a aa abé esá prse a
L,que aasa
aa sa 
culina
culina o que
que  ais ua e
ez
z ão
sea a úca são.  geal é sepre ehor pensa emos peie
pe ie esar
1 ros e uliplicdae e o apea e upicidde no qe
     cee
cee s iúeriúerss fafai e
e Q
QY!
Y! ª en hmaa 
   
re
re à re reação
ação aa muh
muher
er co
co
 prõôo,
Feu ao ongo  oo o eo O abu a irgindae" (918
[ 1 9 1 7 ] ) lemlemba
ba o qqua
uaoo a pe
pera
ra a rga
rgaee é i
ia
a coo u
ao sanguoeno or a uher ão s no seno o coo
as porque eole ua ijúria arcssa qu ecorr da
esuição
racoaaa e uo rgão ssa ijúrasocia
recoheceo é rprseaa  ra
e que a pera da
rg
 rgae
ae ea  uç
ução ão o aor
aor sexual Tabé é ioriora
aee
ebar o quao o eloaeo eanta a eação arcaca e
hosae paa co o hoe
ssa ração e hosilia
hosiliae e a
a as é o qu ua os osiiae
iiae
acaca como sse aes reava ao pai que iaginaaee
 

4 Eana dos Re Calli q ar

o aq
aq  qu h
h to
t o  ou ão h coc
coc  m daço a ma
mass
d ca
F
F um
czaço
cz scv:qu o a a h está veno
/ ( .   )  condço p
p
 do pm
pmo
o gozo seul
seu l plene
plene
fmnn
fm nnoo é j usmente
usmente um eso es o ogânic
ogânic:: a uptu
uptu
 o
híen el el pêns
pên s e  d
dll t
t bua
bua da agina
agina S upnho
que essa esão, que og nlmente nlmente não taz oo sexuasexua 
cet
c et
 secundmnte o deslocme
desl ocmeoo 
  lbdo
l bdo sbe
_  vagin ridarida  1 929 p 43  
N o etato  llão
ão não
não ssa
a su
s uc 

 aa dsloca a ido

o
ob
baot
a vagia
otaa lsãoia
qu ash
qu a z a v
va
h a 
 q a
a zaconhc-s
é a s
ssg
sgc
caço
aço dd
dnt
do  s
s  at
 at o
o
 O q tnt
tntoo nsa
nsa é o st
st  coo
 s s a ss
ssignficação
ignficação po s i
itoat
toatzada
zada o
o s
s _
É stano q a �a Àd wÓkn ão s la 
não c co q pstêci la pocava atás dos
amáos pto  Ds, o vos dtos pooácos d ss
atõs (láscos
(lásc os coo Ulise, o x xmpl
mploo  .  ) 
Qçá pt
ptd
ds
ss
s lê-os aa podpod cada v v cctcá
tcá-los
-los 
coloca-s como a vg noávl O ntão coo a e
v
v
m
m ddfaa
faa lo hom
hom ca
c aal
al Toa
Toas s c
cssaa m
maa
r
r a
ava
va Nada o qq es
estou
tou ttando
ttando pont
ponta
a va nnoo t
too con
táo a uma lta n
nhaha cota
co ta a vol
volêc
êca
a A popl
poplção ção 
 
na at sof  cotant ataqus e volêncas sxs
nas as
a s do nd
ndoo nto
nto MaMass pac a constatação
const atação d qu quee
 xatant
xa tant o U U
 o país ococdtal
dtal od a a ada
da do moas
o e do noputaso é as sacda é  dos aís co
ao dc d volêca sxua sxua oa o valo co comaat
maatvo vo do
ídc sja pobláco pla alta cnag d vioênca
qu são
sã o dncaas
dncaas  std
stdas)
as) s
so
o q
q nos país od
não há cs
c sa
a  lação à ooga ((como como os aís ód
coss o a Ho
co Hoada
ada o xpo
xpo o ídc d d volêca  a
a é
óxx o a zo
ó zo E
Esa
sass 
vaç
vaç va
va a aa qqu
u tal
talv
v a
aa d aaq à voêc sua ão sa a ssão a
ooaa

Andea: Prosilu�ão como voa 45

Reoado à esctora  a sas dcaraçs e rpio


ão das co  epo it itrár
ráro
o  pnso u é ass
ass es
esoo
u ea dj se
serr da
da - dveos v
vantar
antar 
 pon ais sut
sut 
Por  tatos soetos no copo? workin oi atacada
sexamente trs vzs; como consüência sgndo ela
brnas no undo a prosttço  nalnt ncontra
 marido   spanca Termo e sr bastant ingênuos
para toarmos todos esses ftos coo coincdências Vamos
tentar ar a sguna vota No prieiro ata a t nov
anos rlata o acontcdo os pais sses não toma auer
providên
prov idênc
ca
a vence o ptriarado diz ela) Essa ase ssee ngat
a u erto convencinto d u É exist a urra ntr os
gênros dsd
dsd a mas tenra idad
idad  coo s A  dra ncessitass
ternar  vnc  u prde oupano portanto o  ugar
 vtim
vtim o a
all obv
obva
ant
nt nã
nãoo é prvado de gogozo
zo
É o pi
pi u ve venc
nc é 
 
 pri qu u corpo sja
lacerad
laceradoo , ais oo qu iss
isso
o tavz e
eee goz
goz dess to mso
Não ia d ser a das lituras
litur as possv
possvisis o gozo o pi (tanto
pra os ons omo ara as muheres) o seja a suspeita 
u l go do podr d castrar as ninas  açar os ninos

portanto e na
raro scutar goz de u
clínica corpo oercido
antasias d punições ao scrício
sias ploNãopaié
chegando
cheg ando até à crca
crcação
ção Falar
Falarii ais a
aant
ant dsse pai ro
rozz
no q se rr às mulrs
No sgudo
sgudo ataque o to  Dworki
Dworkinn prtcr a  go
paciista ip  a ça ma ia O vento dv sr
suido
O rcro atau vem do social É prsa e os éios da
prisã
prisãoo a violn
violnaa om o spéulo
A posttição é visitad coo ua possibilidade d qu o
s opo s endurça a partir de suas própras ãos. worn
elge a prot
prot
ç
ção
ão como 
aa reto
retoada
ada  podr nss mon
monto to
 a vida é eeaa e não os "otr
"otros
os  decid oo su corpo
vai s ndurcer, s orr, se atratar se punir Mas ess
so corpo voa às mãos do rdo  ma ma v  
corpo matratado

46 El i an  Jo R e  C ai qar s

Os somt
somtss por
por 
  rdos são d dgos
gos d cost
costrão
rão
ms o qu
qu  
terss
terss coo já dss
d ss é omr o mpo como
como
áro
áro e asá
Tvza sáo
sja o  uz
emo uz d
copcá
pcás
sdo rcdo que um
vtór
meia se res
res aa o su corpo prvdo d um pedo pedo de
de c
c 
que prece ser to vozado
vozado  Sm v   ceu o p ora pod pod
mos sur a uta N vrdde ão xste ut eum ms
ps uma tetva d pzumeto do que "st peo
do  me em parecr u ut d ras quo ão
com  ã
ã  drtamt
drtamt com o p. A mãe muts muts vzes
vzes  é a qu
dá  ra ssa lt o corpo pa qua a e recma

como(ses
dro  m ão vess
ão ve
é pes umssprtess
sdo
sdo capz
capzore
d z  prft
um t Cos
qu mrece
r maor
ma or drsso) que udo
udo  m
m    od drg
drg-s
-see drt
et ao p  su uta trá ms cces de resovr sus
quexs
No sgudo
sg udo omto Dwork
Dwork cocu
coc u que tudo
tudo sso deve
ser squecdo, mometo de dscso Vmos esperr 
doscênci par votar à crg da quxa E ss retora o
tercero
terce ro mometo A que
que    é depostad o soci que mpde
mpde 
mu hr d caar o qu ostr (embre-se
muhr (e mbre-se do atque
atque od os
médicos a achucm) O socl é resposaizdo p do d
ser mer
me r Aui apens
apens um pequ
pequ oservão
oserv ão que lívo
lívo pr
os pis
pi s que  dolescêca
dolescêc a troduz
troduz um pouco d queix did
o uo
u o fra das pards
pards d cas
cas
Úos mometos do rto emerem  prostituão e o
mrdo que espc
espc   Adr
Adr dz:
dz : Perd
Perd a f
f  Fu fria is do
que tha pvras
Por que ua mur pod cgr  car sem pavrs? O
que dá acesso à pavra?
Freu
Freu
tos desedução
o íco
ícoque
de su suscca
c ca
 ouvadzam
pctes como vrddros
tr sodo os
fâcia Apesr
Apesr 
  m
m   s dt
dt tr vrfcdo
vrfcdo u sss retos
retos
fazm part ds ftss das stércs u iurrm sua
cíc o dou  scutáos pos os rsptv por
 prssrm um
um os s d d aúst m
m 

Andre a: P ro s    u i  ã o co m o v  o l ê c a 47

É ua ans
ansaa que se o a a no desap
desapao ao pouzdo pelo
sabe in
 innn de que  pa tabé é castado castado Essa desceta
acaeta teo po poss ; send o pai casad sua foa paa potee
es 
  ainaiaente) d d nuíd
nuídaa O qe ptege  ene na
a  que
que
a apaa ini i nic
calmene
almene é su suaa cnsante tentativa de de apnta qque
ue o
sueit que ea eseja ( ( pa e
e  po co
conseqüên
nseqüênci ciaa  s outos hmens
c que
que  cuzaá nnaa vida) nã é digno  seu ao Ce Cend
nd que
ee nã é no ea se potee de ca pesa as mahas esse
ao nindaveente: não e deiaei pea Esse seia u
pieo vient
vient mainái
ma inái a enin
eninaa (muhe) e eaã
ao pai
pai  oviet que cas stbe stbeecid
ecid  pediá
pediá adiale
adialeee
de nventa  ""in inin in
O pai não é di dino
no d d seu am
am ois é u sueito anui
an uii
i
que a acou etaene  copo E p out ado nã é
sucnteente potente paa poteêla o ales da vida. Essa
é a fantasia
fantasi a que cooca
cooca a u ue
e e sbeais
sbea is n que se ee à
violência seual. Quand ea é tea além da conta elas
uhees
uhe es quando
quando é fantasiada e antecpada co co ei
eiza
za e epsa
eps a
é que ea
e a é a evivncia de ua vioência já iaginaizada
iaginaizada (violência
(violência
do pai sbe
sbe  co que a z mulhe n iagná iagná  a castaão)
castaão)..
Tavez essa cena e esse te se taduz n que Dwokin
zz  éAscuna

que utizaã d copo
copo da uhe
A poogafa c obet
obet
é vivenciada cm a poaf
poafa
estu  a
estu
Se a aposta
aposta  fé incn
incndicon
diconaa na vo
voênci
ênci ds hoens
hoens
 o que agita  encont exa, o encnt encnt se see voência.
vo ência.
O se seá teidoteido c mi mita
ta angústia pois ee seise iaa a as
 asã
ã
de evie o sanuinolento casti divin (paiás c , tua
feida nnca se cicatizaá etc) qe substitui e epesenta ao
esm tep
esm tep a vvo oêência pate a É a epetão d qu
patea quee á oceu
ianaiaente no crp se possibidade de eotiza  ut
da viência
vi ência (o co copp in
 inn
n)) Aliás tata-se ddee ua
ua in insist
sistênc
êncaa
aiss  que ddee uma epetção.
ai
Desdee essas consideaões
Desd consideaões eteos a pegunt peguntaa inicia
in icia
Como ua ue pdea pde a sa do Édp? Deixando
Dei xando de se a il ila
a
ueiosa do pedao e cne que he o negad  aptad
pe paipai  Se a úti
úti  tentaiva d elaço
elaço c
c os hoens na vda vda

48 Elana do Res Calh qa r i 

 ma mhr
m hr é o otro o
omm m
 m sjito
sjito io
io  o
o pa
pa q
ssa mhr aia ão io sapar  ria o pai roz
Ns aso, o oto om o so ao  po ar
ssa mhr a i�r co  opo so a orma  ca cta
 poanaa (é s para isso q  m qr)
O rato o txto  Dwori é xmpar  ma ma 
costtição a tasia  itas mhs; or ss motio é
itrssat sitáo  ontos
A qixa ao pai ( c
 c o patri
patriara
arao)
o) é o  po a qixa
  fti  pr
prcoc
coc
O siêcio paifista tm a sa ção q roz a
atêia
atê ia na i
iaa os sjitos (o sxua u naa qroqro sr)
o
otoA sgr,
sg r, a rsposa
rsposabiiz
to aosc
aosct t abiização
ação
a ia o oi
oia
aa a pos ma o no
m)
_  Efi, a prosti
prostiti
tição
ção coo
coo única
única saa
saa  com o ob
objtio
jtio 
· ur
urcr cr o coo com as as próprias
próprias ãos
ãos -  como scho o
cotro
co tro co o ariarioo spaaor,
spaaor, q só po sr io
i o coo o
 rto
rtoo o s ãos o pai crnto o coço
Q
 Q nssa ara
a ra,, a protiição srja coo ma  ioênci
ioênciaa
à q
q çosamt a s sumt sumt  sguo s rrat
atoo  po
porr
razõs  orivêcia soa oirma ossa itura pois a
prostitião  ra apar oo a atuação irta o qu s
rpt s
rpt s o coço
coço m  m sa ia: a iolêcia ata ca
ca   
ltrapa  atação nss caso é atuação a sma
" ·w•-   

ncssia psíqica q cada a tasia  ara co a


irnça  q s trata aqi para Ara,  a ataão sm
alor rótico, s a ntasia rtia q parc tr s tornao
possíe para Laa A protitição d ra tm o mso
statto ppara
statto ara carza o qu m m masoqi
masoqiso
so q s rsora
 atr trat o jolho as pras das msas. Ela é
xmparr  m os ois acassos
xmpa acassos possíis a 
i
ilad
lad 
são, por m ao,
ao , a  i ao êorpü rüzaa pl m ,
i
or otro ma trga sm sigiicã q só p  r y< y<ªª 
co oo Dworki ita Üma saía ial q parc sr
a st sss ois asos o io a gra a irgo
riiicaora,
ri iicaora, qu s toa a ocação d sa ia ia

Andrea: Dsliui � ão om viênc 49

D rgns
 rgns ross u 
 mlr s l
la
a nsr n
  gm  g
gr
r s ccg
g rm
 rm
  Vrg
Vrgm
m ar
s lrs ingrs r xss  s o
s n sss
ossl q a E cnusj
s lrs   sa u
ncssário ransgrss
passo  misÉ
o q prmacr ss úc lugr  � sgrss 
ê
 êcc d s m mul
ulplic
plicd
d   mrs
mrs c
c
rra
a  rg:
qla qu s c s ss cs  m o amr  pi
c su c  c c
c   rcncim
rcncim Es  nssa
nssa rg
· âqula
âqula q m o p s s i um g g
 sl  coo prê
prê
gn
gn  uum m  

g
g  qu qu dá ac acss
ss à para nn,
n n, cr
crn
n 
 
érgind
rgindd
só o d
m
 am
ms
rêc
s ã éa só sso
ss
iênci
o s poc é 
Pcisas qi qi lm
lmrr rr q   r
r-s
-s  css  r 
  
 r
r
r-
r-s
s c  p p   
  cor
co r u u prl 
úncc  icç
ún icç rci po a é a dn dnc
cç
ç o
o a
alo
lo o
qu paa sr mul u r nna n ast A sa é
car ar u sj lirs d s as rs clds a
) para b  am no já qu  poss rdcr o
prrar
prr ar  
l
l (a
(auu cnn
cn n   co pêns) pêns) }} dr 
Nss canh
canh surg    ó
ós
s d pdr a Ô   r
aa
r  prrn
l ncr
r comcra ms
 rgm aqla
aq lausoqu
z qud 
spçocta
spço or ooso
orosor
codo
  spç
spç  ç
 ç  r
 r
 
  tfcç
tfc ço
o  s_
s_o
q  rá u l n prca s plvrs.
q
Is
Is  nn "  se ü;  ôs s q trab
"
 clnca scc sm  sio d sus cs
ulhrs  s  r c s ss rcíc  d s
 '{a signc  só cnsir qu um i s pi s
mu q o q q s 
ss oáas
oáas s
s 
J
 J u
u ur
u r

 MsOd
 l
l
só d   ém
   is ms
  ulrs 
 ms  s ulrs
Co
C o r
r  m r   c
c
 o g gz z s
s  sã
sã
c  lmrand q s cor é csr eno 
sd pr  s c mu? S  o sss

50 E lian a Jo Re s Clliq,

costaeme
costae meee evive
evive
 su
su  csação
csação ão oe ae
ae  
µ  e coato com o seu  _'
e se
Revi
Revipo
ve a ca
caea
 ração
ração
avesao
 g
g  paclmete
paccom
lmetejá ofoiecae
eca
m
evez
é e
 exa
e
xa
vioêia
vio êia"" masia
masia Pois ambém foi foi ea
e a viêia e a z
z e
lhe É  lac
faz lhe lacate
ate olha  o ese
ese o asclino
asclino e aa o
ú f�
· C ú OO iee
f�
:� - '1,_  .= -
 
u-s OS
gaa qu-s
iee e. Ê a p o gaa    ·  • 
\éus o es�!e e pegta o e ees mhe? 

.

:Ai yle recod


:� :A teriormente 
ecod    e avacei ateriorm bre o
· ifceqilíb e a eega sexa e o mo Ua fansia
pôe se eaiza  aso e Lua sem o ao om coição
év e aece poe v a se mae e estee gaças à
veção, oma
ae po eemo
é  se e eócas
amaa paicles
e emie a momhe
amo não
De
soe a volêa ieuiv e o to sexa ia. Taez
Dwok  tenha io coições e esca  e ees
mlhe? É possíve
possíve e esbiss
es bissee qe e  e  hoem tmbémtmbém
poe-se ee amo O mo (aqele esmo e aesa e se
iil
i il cohece,
cohece, m a a o pa lhe igiu) po si só ã ãoo possibi
possibiita
ita
a pva, mas ambm sem ele  eega é a A2aaya
1      ipss
ipssíveíve oabçã   o e e eg 
 oabçã ds 
Aneaa se posicia
Ane posicia e
 e fom
fomaa o
 o et o
 o ao
 ao a
 a eega
eega e a
v  o êc
ê ca
É oaue
hega a ea
ela ha a s
h a e po mas
ma s
p ogapu
pu 
gai ceza,
ce za, a
 a e sem
i  peie   hoe amo
amo 
avega ee a vige e a pa pa e goza o oo ae e ee
ma É  oogia e  beo deseo oe eca-se,
ão s{
s{ 
  
 oo e e
 ee
e o
 ode
deiij  aça
aça ha
hagas
gas
e só seem paa ueimamo-os s aos oos, ens e
lhees  
;Õoki e Joh Ivg esejam os is
lemba e a  o  oaa
o aa esá
esá em caa
caa m e nós
nós  os Qe
e ase
mees
a poo
po ogaf
gafia
ia é a apseação
apseaçã o o
o eia
eia o aasma
ue aima  ossas
ossas vs
v s sexais ão é ecessá
ecessáo o se psiaa
psiaalist
list
paa sabê-lo
sabê-lo Os
O s ata
atas
sasas o pssem os ossos
 ossos sóãos m  mos
 os
e poem sai à oie o eo ão à rua asssao aees
e a
a  ão os ecohecea
ecohecea
 

ocHL:
MA PROSTITUIÇÃO REALIZADA

ochele te 13 nos é fl e ua prostuta que, ao


eegrvidar
grvidar teteveve seu pproro eto de aortr ipeio
ipeio pepeaa irã ais
velha  proposta eta r era que  gravez sse levaa a
tero e que o final  gestação o eb lhe fsse oo, á que
não tinh
Qado
filho
filhosas ea
e es
esejava
ejavaasce
ter u
a mãe deaparece e a ia oa o
lugar a ãe e ochle Esa ta, uano ochele nha cerca
e 9 anos aoe
aoecece  a enina
enina pssa a orar co out outrara a (tamém
rã a ãe), csaa e co filhos
ochee é toaa
toaa coo oe-ora grau grautata Deve raalh
nos azeres doésticos, cuiar a csa, as roupas e os itos
ios, co
co algua reretr trções
ções não poe servirse lveene a
ispensa ne a gelaera, apena quano for autorzaa. Não
tem
ecertafoe,
permissão
e a aosegu
anhã, segparaacorarse
uasar
a tiecasa
terc
tercer
teaera
Rochee
a ãeareclaa
sair ,caa
, quano
e acansaço
iz: enna,
"Não. Tue
ess uio casaa Eo eraecers na caa aé que e
casaço passe
u a C dere a o é peia e ir ao ale as eve
peranecer na caa Ao ue parece, o fto e ue o escanso
solcado pela a tenha so
so a caa ão sserá
erá sese conseüê
conseüêncas
ncas
Fio o dio ecso, ochee oge e passa a vagar peas
rua e Prto legre. Peanec dos ias a ee e ua

52 Eln Jo, Reis Caiqar

e ca
ec a ccm
m  om
omee aa
aa e ue
ue   I
Iu
uto
to de Ed
Educ
ucaç
aço
o
Uma da euae aecee a ea cee paa
caa.
ca a. A e da e eudae
udae 
me
me a  uao par a urd
urde
e
   cado
c ado a ggua
uard
rdaa d
daa me a

A as
ree as
ree ae de Rhee
aiaas ão
o caizada
o se  uioe para
uio eretada:
er
er a meia ere
de
oa
Do o 
Do  prae ara a hsóhsór
r a desa  a
a ee
exa
exa  oeo e ua a
O rmero  que a ias ruxera as o da prra
cmuho de Rchee para demotrar à pcóa que a
ere av
ere  av  qu
quao
ao h
ha
a 
e
eio
io a e
ea: a: "A
"At
t  e
edo
do
da primea cmuhão ó compra, ea que era uma -
aradecd e, de quaq
quaquer
uer rma, á 
hh a os aus hábios d dee ruar
e adar co he caad
o ono d prceo de erev erev a
a,
, chee ecre e cree
e uma
cara basae carhsa r as ias, que mra na cdade
róxiaa a P
róxi P
 ere
ere died que em audade e qe gos gosaria
aria
muio e relas
relas Eas  acredia
acredia qe a caa eh ehaa s ec
ecaa
or Rochee e reem  Paa ós ós u  eee
e V
Va
aoo rasa
rasarr
a uas
 uas os
os  Ou eja, a a rova de que a a   rasido
quano o i dee ao e  que exe, passa por ua o
Ua o oda err coo rva e qu quee o eio fra ca cado
do
Da esa rma, a o rasada pode ear a prv a
exê
ex êca
ca e Roche
Rochee,
e, que ara  é  u, a u u
daa  á 
d  gee, ó q
que
ue ua   
O rceso
r ceso  rád
rád:
: a  a ão i
ie
e e o uz
uz p
per
ere
e q
que
ue
Rochee peraea com a nva e quara ãe.
O eud o que chaa a aeo ão s oícas ai
que e
e  de Roche
Rochee
e pi
pi c  o prces i rá
rápd
pdo
o e o ui
asiu a guara oiciada, Rochee pára de ser ua pea
pcóa

uiaA
uiaçõe

 ca
çõe ca 
ideai
ideaida
 
da e que
 rpa
rpa chee
 da o
o e re
 irm
irm reiad
ouiad
e
ea, pe
pequ
quea
eass
a, equeo
r aear de ear e preeeda c oa roua E
ur  inr
inr a
ae,
e, ea e
e e
ea
a dur  amorad
amorado o da ir

R o c   l e : U m p rosfu � ã relizad 53

C o  ess
esseses ados pereos o caso caso e isa a o ia
ciosade e sae e deso erá ocee Peraneceá
essa oa cas o gaará e oo as ra?
Gilbero Dee  o  o de
de  vro brle
brle - Menias
da oite - e qe qe erevisa
erevisa e ograa
ograa eas
eas prosídas
prosídas
escravas o Noroese o Bras Na as erevis erevisas as epos de
coar sµasµ a sór
sóraa pesoa
pesoa  (
(  ü
üâ â �a
�ass �fstràçô'd,) d ,)
' 

__d
da
a
 ê) u-má.reíâTê·p�gnti; pse
 aer
aer  o? o ? 
  p 1 00) ParaPara as e
ea ass e a
a as
caças são sas caas Eas cessaeee abora os
asees
as ees;; são os "os
" os e as as
as  o q ec
ecper
peraa a re falar
falar
essa grade casa qe é a a Os resos são o almeo e aez
a prosção sej sej o úco
úco or
o ro
oee do da
da (Fe
(Feeo
eo 1 992
92  e
qe fra
fra podeos
podeos pesar
pesar a pros
pros  ção
ç ão como úco orzoe
o rzoe
soca e por qe peso qe Rocele ao er sas fo rasgadas
pode ecora
ecorarserse com o orzoe
orzo e a ora do corpo prostuído?
As eas, e ses reaos, geralee dze qe saíram
e casa porqe eava casaas e ciar os afazeres
oés
oé sco
co e os
os ãos
ãos eores Tabé
Tabé avez pr prcpa
cpae
eee
poqe
po qe soe pressões e asséos assé os exas dos pas, pas, parasos
paras os o
os oo
o o faafaa a e
eaa qe orava co o o o::
(   ) as p casa do eu o o eeuu  ão u er
eroo  pore e
eee ssóó
qué abê e c ta tasad
sad o comigo
comi go Quado eu aa l
prá dê e d u p prrto e co i d  u ina que ans
o ee ee E
Ess
ssee ne
negóci
góci o de i c assi r ra
a no com
me u to  eu ch choo s so ui o fo , vim p p rrua
ua ((F
Feelo
1 992 p 6 e 1 27 27).).
O qe esraha é qe a a é possíve ransar; a a é
possve
poss ve ecora
ecora essa cobraça
cobra ça rea qado
qado sae
saeee é essa
cobraça qe ea oge qado some de casa. Sabe qe
ão é a coraça cera
cera co
co  o se pagar
pagar o preço qe
qe é cobao e
caa osse algo esvo e a a pesse ser ago feree
Na rasea
esá o pasaàsa ser acesívedos
cobraças vvel
v vel e rcpaee
dos rcpae e elapas,
parees os ão
pass ec) Esas corança ão podedo ser siócas

54 Eana dos Re Call q a r i 

são eais
eais no coo
coo Não poe se
se ss
cas
cas poe
poe q
qen
eno o
ses coos
coos  os ios pa
paes
es aca e sese vao
va o s
sccoo e
paes: são hoens asqu Poano se tem qe se ea
qu seja ea eso A casa toase a a
- Essa oça é sa ag?ag?  qet
qetão
ão coocad
coocadaa a
m e nn
m nn  de
de .
- Não e não tenho tenho amga
amga ão cono ne ne na
ro pa e e tô estd o  ssas
ssas enn as de
de r no
no o
a gas de
de veda
vedae
e,, ã.
ã . Aga e eade
eade só a e (   
 60)
A ãe é coocaa nesse espaço úco, não L 
i<eali
i<e aliz�
z�ã
ã    
    IJ
IJµª µª  
igua
ig uass aais ocupam
ocup am na ogaiação
ogaia ção suetiva
s uetiva das enias
Aaeene qu o ze e aga e vae é só a
ãe
ãe  é aquea
se aaa. A ã cuja lbaça
ãee ppoea co
co 
oea aa e coo fra
fra e
e   ãe
co o  o aze poese pe
pe
a ze eisi a 
casa Se a casa não exstu não o poe coo caa auto
uco eas  a oa eoa e oaa-se capaes e
eja ahu   ccaee
aee U
Uo
o Se a casa não estiu
 que eaente eas a explsas igo reamene ois
as
as vive a caca  os iosios e u p ai im imagi
aginá
náio
io que as i iva
va
que as pva
pva soet
soeto
o e poe po e e
e ao
ao E ss ssee peio co cooo
 já ito
it o  é c o nsan
nsanee nnaa v
v aa e e ua u
u e
e e c ons
onsiit ivo · _e_ sa
tivo
sgncação
Qano Fe no tet soe iae ae esões
paa ene e e oa ua ena const sa eação /

co as as gu guasas aeas


aeas  ee coena
coena
Oeneos
Oen eos agoa nos so  nteresse
nteresse no sendo de
saer ncente e cosa õe f a ess odeosa
ncção
n cção da enina com s  e e Confe
Confe sae saeos
os
esse é se desn o hbta: esá
es á deter
deter nado
nado a da ga
ª_a ic l a< a seu  a  9 3 3 [ 1 932
9 32]]   1 50
casa eOpc
p acsso
aaopa
ca foi negao
   às
1 ennas
 1 qu
 aaona
a 

esaç;  ai não se apeseno coo  acoaouo yi    \
: _          - .     ,   �
� • - ·

Rochee: Uma p osllu � ão reaizaJa 55

one descansar or agu tepo ue eja e sua anústia e


e 
  aor pe�pe�
oo 'erane  eno a ,   sto ue o ai ·
er ane
 ÍâÔ enos i u aor enot enotrado
rado ou cogta
cogtado
do 
Volteos a Rochele para penar a "exstnc e "nã
exstn
ex stn a de ua es
essoa
soa atravs de ua to
to
Uma oto
peraece coo99
até teros uea
anos traza pela ta do
a representação de ohar
Rochele
mat é, e
mate
e
ue nos vê oo o bebê peret
peret e esperado Meso disates de
nossas casas osas ães permanece co port-retraos d
beb sonho. É  oa o dsej aterno ue pusa sobre a
 craça da to E essa ou essas tos é qe vão construndo a
a
a    

 no sentdo sbóco u uee ua o pode ter enan
enantoto
gura da nserção
 nserção 
ml
mlr
r
Note-se ue as tas de Rohele ostra  to da pera
counhão; da enina be-omportada ue ela elass espeaa u
uee
Rocele esse a er, eso ue eas sse naazes de azer
o necessáo paa que Roele fsse ou se toasse essa eina
Quando a oto é asgada, enhu olhar as pous sobre
ochee; ela gaha as ruas, recsa entrar e otra oo Ou
então vestr rvaente, as roupas da nova ã o ue é a
a de coloarse na o da rã
Lujo Basserann, storadr aleão, no ivro Hsóra d
postituçã, d  z :     ua das op nões pr prent
enteme
emene
ne
ontraórias e ue ue o f o scu
sculo
lo assa
assao
o se coraz
corazaa er
eraa
de

vue
vli
liza fora
zaçã o (9
ção uher
968 honesta
68,,  15 1 ) e o a postua u prdo d
Se a ulher honesa, como chaa o au autor,
tor, é u prodto da
c vilização, o que aotece com as me menas
nas ue chega às uas uas
e encontra a prostituição? N caso das enas de a o
processo cvilizador é se êxt êxto
o
Precsaos s tuar alguns pontos para eneder esse
esecí
es ecífic
ficoo da vvênc
vvêncaa ddaa ua pel
pelasas menas, e
e é a ros
rostituçã
tituçã
Por ue a prost
prostu
ução
ção sera o úúc
c hrzonte do   e coo is isso
so
earaFazentrelaçado co afatasia
seno evocar fantasianina de prostuição?
e prositução no caso as
enia de rua?

56 Eln dos Re Cigar

Se o e
Se ee
ep poo aa 
 esa
esappaaaa c o   uua
a ca
ca
cega ao ud a ea ecee sua pea o d a
aeoo ue e
ae  e oece
o ece u ug  ugaa o u
 u e a
a O ueue 
esse
es se e
e
 ge
geee e ão cco.
o. sasa  a o
o  o que a ãe gosaa
gos aa
de ve o e ceeza que vê na sua cana
ev
e vtaeent
taeente e apesa
apesa da   co
co ua na pe
peteade
teadea
a a
ãe aé  caa onase aô (agua vees mas epo
ana) pas
pas de se se o meo fogc
fog c cot
c ottao
tao pe
peaa ãe,
ãe,
pos o pa cega, e ceg paa asga a t, ee cega paa sva
a ªIÇ<
ªIÇ < es
esaa _ c a
a �€
�€   s.  pegua He
eut
e utssc: O e e epe
peaa a c
c  p?" ( 1 94 94,, p 28  J
J
P ! a cona a ãe e fo a ele Espa
ue o pa eja  a a eaade não u
repe
re pee etan te d a f o aa 
tante caene
caene pea ãe ãe))
·  •  C C
  en en
s
s e ena
enass se ap apo
oxa
xa  do pa?
pa ? Toman o
esmo eeplo
eeojetva da mãe?a foto coo se va e coss paa a
 avae e a agessv
agessv ae
ae os en ens
s sã acetas pe pe

pa co
pa co  o uado da d a fuc
fucia ia sc
sc a
a,, esa
esa é a e
ettu
uaa de Hée
Hée
Deutsc a santa que os pas aceta uo as a
agessvde s es p se u ao soca ecec.
Apesa
Ape sa do
doss vao
va oss soc
socia
iass eesta
stae
e gads
gads as psíq psíqu ucos
cos  vce
vesa ão é ossv exa e acescenta ue o pa enuato
hóspee e uua a su
sueeivade
ivade ascu
ascu na na ae
ae suas ptas a o o
Osoe de
d e oa
esos as
astosn
ve
 vetos ncen
ceniva
e aivaa
av daea eoagessvdae,
vdae o que a uma aecessáos
a muh.
muh
ecessáos.
paa asase da mãe nã ão u ncentivas na mena
Na sua nesda em eão a pa ea pecsa sua esses
v
 vmens
mens e a
a ene
ene s e e nsns
 oo a ena
ena é  e
e eocaa e coo coo a
a  que a d
eino  ea p exepo não poe g-se ao pa
uzando e e aae
a ae e agessvae. E Eaa tena
tena o encna
ouas f  mas e apoxmaão qu, evaveete ecae a
seução d copo Esa é u epeca ooosa, pos ao
cooa eu cp a abaa ela epe encoao cmo
cop o qu é agin
co agina
aae
aee
e c as
asa,
a, e seu
seu ua ca
 

Rc�ele: Uma posiuão raizad 57

Ou ehor
e hor u
uee fo e
ecc heco
hec o como
como m m o ars de ma
ioêci
/ H
He
,
e D
Dúú sc  a d d  ço
ço a me me aa pe
peea
ea ttem
em
ois pais - o ppai
ai do i
i co o ua uall sa eeaç
aç  cosc
co scente
ente e
 subli
subli aa or uma troca moos
moosaa ; e o pai pai a oi
oiee ue acareta
ameaçs de cueae  seduço e e mola sonos
_    gu ian tes " ( 1 94 4 ,  p    2 3  ) .  
A s tasia
tasia de cueae
c ueae e seu seuço
ço irirro
rompmpe e a a ora e
ed
e drr ue o pai oohe he e ecoheça
eco heça a ei,
ei , isto
i sto que ela só poe
imagiariaete te um corpo iio (imgianoo como
amputao, ou seja,µgiao ue algua cueae patea
(m iÚrc   ·a c 
ieiaemente eoca a hoa a seução ue camai a
aeço
aeç o patea
patea �uir oo__   s ii ii s r
r  a   !te:
!te :
ele recohece ue o corpo a me mei ia
a  eio
ei o pois i  i ele
ele
qe
q e o c astrou
astrou
etregaa se limit
etreg  Só
S ó
limitesue
u e o
es ou sejpai é tamé
tam é
sej a a to u c
c
ue,  aao
e, o olh
olhar a ras
rasgg a a
ar a mãe c atiat
too a
ati a a
eia uma eea priera comuhão O pai, em sa 
tam o sala salaor
or
Por um lao, el el  crue
cr ue  seduor (o pi  oie) oie)  por otr
o tr
aastou
aas tou o copo
copo da meame a ooss la lase
sess o
ocane
caness  a me. me.
ui reato um pequeo episóio e uma joe ue por
ot osos 1 2 anos pega um tx tx  Com seu seu cuo
cuo e aol aole ece
cet
tee
ves
estio,
tio, coça
co ça a cru crua a  a decruar sas s as es até mos mostrar
trar o
iíciosigam
ue as calciha
si gam capara
lcihasas ootr
a No
traaal
olaa "coria,
ola" cor
 aia,
meni
meninaonam
motoris
otorista
sa ta deotáxidopropõe
correo
corre páxi
ropõe e,
em casa, jogase cordo os aços do pa, izeo e o
motorsa e fe propostas sexuais e ue ea estaa uito
cocaa O pai a a cea espraa por ela ca rioso uer
chmr a polcia
polcia ec
ec  Ei
Ei  o qu quee ess
essaa joem
jo em pro procr
craa
aa??
No acho ue se tte e m baal proeto stico e
seução e  gaga aa ena E Eaa me pare
parece
ce pocu
pocuaa aa sasaee pri
prieireiro
o
ue seu corpo poderia er oecio e podur seção Ese
oo  castrado
se desoca a ms fsc
fsc
  a aa seguo
patea
patea  po u
ueeocorre
portato
rtato esarre
oco e
eço
çoout
 co poe
poro
ei
outro i
ou
 

58 Eiana dos Re Cal q ri

co m oout
com uto
o hms
hm s ; cio que o  ii d idd
idd poto o
pi do di, es d bços eos p p e qu po
cosee ele s em dio do sduo É coo s 
pocur
pocu rssss um
um  i
im
mção
ção de qu
qu  ps
ps  de su copo sedu,
sedu,
el ão perdi
perdi o mo pt
pto,o, ou sj
s j  ão prdi
prdi  potço
potço
do p do
do di S esesss  po
poço
ço se  e
erom
romps
psse
se,, el
el o
 o pode
podei
i
rogr
d áx ms
m s de o pi d ot po po eré
erédio dio dos motorsts
O m
m oo vot
vot p
p cs d
doo por xmpl xmplo o hoj
hoj u
priciei
priciei de um br
br
 u
u ,, he, p
pdi
di   "  em. E  e
en
n
vo p
p cs
c s codo d dss bod
bods
s seuis
seui s Sej os qqut utoo
os
 os o io me oh ohou"
ou" sej o doe o oss o moois
moois do
áx ou e sduzir" Por que ss dç?
Ms um vez ccto to él Dusch Muits
Muits ezes  si
se dvide em dois o
oss o pr
prmo
mo o to moquis
mo quis, , produz
produz tesão
sexul
sex
d ulo
se oseudo,
' o t
t mo
d e desj(1944, moos
oso,o,p.pop
poporc
238orco
o ods s deí
deíc
css
O que cocrico  ov moç que ce cim, se
seu pi pes
pe s h ivs
ivs dito se
sem
m oe
oece
ce brio
brio):): Ms
M s você
você
é um pu o qu você z p que ee h ito tl propos?" propos ?"..
Certmete o sudo o d s, como d
éle Deusch o suceder e o úco roo que  mi
er é qq  e ssóó xse o  i d oe
oe o pp  cruel Q�
Q�

_
_

y
y 

 ssrr mdo,
 ó v  r esejdo
os?O? E
oos
o quepricípio
coce
pricíp com Rocee
io qum rs  o qudo s s
d His rsmle
Majes the Babys
é o p
p  s
sd
doo  ci
cinç
nç do oor
r m
moo Aqu é  mã qe
s A posço p cou cd, e Rochele vve os dos
os   o
o  su dsdsruiço
ruiço  sob o comdocomdo do mesmo dr dre
eo
o
_,-0 qu quee se podpodee espr
es prrr sse
eo
o  u
ução
ção do copo ofrcdo?
ofrc do?
Já que i iuém
uém que m o og
g o copo rit quem qu me
sg ?
  ·  eudo os doi temos d tsi qu Hél Deutsc
d cit
ci
 dor tem
- oum
emp
empo
o masquis
masquis
ço   o pois
spcc tm
tmp
p\{ 
o
doi
o  o me
meoo 
·:� - ..�- ·

Roc�ee: Uma p rosliluião eazada 59


eo de ca oddo
oddo pe peo o pae a voaço
voa ço ea a o
oaa d

 

   ·  
As pe
p eas
as a
a  as saóas de a o o
 acene
ac ene
ea de ea sedo levada  ça o  go e hoen ea
se opas co os oho vedados sendo evada paa a
cvena ode deeado il se eal  zaa Nesa cavena
oo hoens eava  asicia se corpo ea aaado
de a  peaece
pea ece ex exposo
poso ao ohaoha dodo hoens
hoens E enia
edo pensava o qe coeeá coeeá? ? "o qqee ee faão?
Ceaee a as aba abaóiaóia dess
dessaa pa
paciene
ciene  qe
ea evada a oça co os ohos vendados o qe a ipedia de
abe qe ea ea o hoe e de qe se sea
a edo - eoza
eoza
a vonia qe ão é oóoga  vionc vioncaa que evetaee
 oga as eni
e nia a e a paa a posi po siç
ção.
ão.
o enano a das das no o copeaene esagea esage a A

é
éaa cad
c adaa e Hée Desch seg segndo
ndo a qu a voêc
voêcia
ia e
ev
v
aa
de absovção
absovção poea e e  e
e lad lad da egine  a:
a:  oo
(as  adad o ea aifes
aifes qe n ereg ereg  ago s se o qe
 pa
paaado
doxaxammeeee  po
pos s  b
ba
a a pópa eega
Mas, a vez as sso pode e vedade pa a pcene
q asa se evd  evd a ç çaa paa a cvea coo po exepo
paa aa na medda em qe a do (o veg vegooha
ha o cp
cp)  
apeo ando ao ao do p Enqano a eias de ra não
paece seqe po de  pa cjo ao posa se aido
po  apeo.
A pa da eozaçõe ao e Fed qano de Lcan
paece ca caa a eação do hoes co a dívda pae o
a oeece  econheceo sbóco à condço de
ecohece qe a 1coid
1coidde dee e é devda. MasMas paa
paa a mhee
mh ee
po ode pa paa
a o ecocieno de qe o pa e ezo
zo se aaho
o seja qe e eha
ha epeseado a eaidade eaidade e oposço  e?
A dívida ia é pga o ea se paga co o coo
o onde abé se da a posidade de a he se
ecohec
eco hecdada co
cooo sje
sjeoo É ddes es oa
oa qe o econecieno
do pai acoece; é ai ai
 po sa i i eveção
e veção (po agiáia qe

60 El   n  Jos R e i  C a l l  q r 
sea sre o coro da enna que o a reaiza sua are e
reesear a eaae e osç à e
De
De ss dess
dessaa n n eeç
e eçoo o coro da uher
uher no no em aisais
nada a erder a n er ee eo É u cor que j ee sua
rieira fo rasgaa co cosu ua outra Para que o
cro o
o se perca, u ooh h 
ee e es�ad
es�ad 0 JªÇ
JªÇ

Esse pa sca ete cue e seduor ee é é o ai que
recee os
hoes. oE
s raços
raço s a ha
ao eso haemo
que iéies
io est
tda
 daue
seuaee
entea apr pila
r ouros
as
raos e  uro
uro home  uur uur  r r11 49 to
as jusaee or ee eearar a eteg
eteg ;  g arae sua roeõ So
eses
e ses gu
g uss rtos
rto s e assage
assage da e e  e dizem
 
respeo
res peo ao
a o crpo
crpo da ea
e a
A muher rabaha
rabah a qu
 quccaee
aee para fzerfzer exis
existir
tir   co
roggd
ro d  coro que n n se ex exo
oha
ha qe se teha a sao sa o
do dee
dee o ate
ate  e no arig arig  do aor
aor Por
Po r our a aias
 aias
f'
 uese etregar
aceam araE u
,�-=·  .
uteressae
 goo
go o io
pesar
io eeam-na
am-na
a rge

a qererdaseaara
exor e
t
,/
rsuio ue segu Boch e Warburg e do atim
\\ prostiuee que sifica "eor ireete   a ent ent
 ae  co co  ocar
ocar Exo
Exo abertabertaeaete
te coca
c oca a ffene
ene 
 'sse du és o coaet ds uheres é igado à
éaa  que a muher é u
é u be rado r ado que  dee se exo exo
Mas eue u gosaria
g osaria de nssi
 nssi ea
e a  rada
rada de u só hme hme raa
desroda)
desro da) 
  ai Ms é um be rad rad fario) e toos s
hoe
hoe  à exceção
exceção o ai O dupo dupo sentid
sentid da aara
a ara "r
"rado
ado
(forto
(f orto
iidade aricuar
aric uar e espro
esp roi ido) ius
iusa a a dupa ia de acesso
acess o à
Eo, o que acotece quado o ai  é ua eceç?
Quadoo ara
Quad ara ce
cerr a e
eaa e e aa
a aça
ça depo
deposs as
as as
as deve
  traar c m ai adras
cm adrasto to ou tio? tio ?
_ >
 > )<  eercíc
eercíc a ss çç   dadass  e  nas
n as a
aear
ar 
d der
{  ab sdo rÜ as ·  ••  prc:  
\·' - , � e eco
coo
o diree o que que é buscad
buscad nma n ma nasia euóca
euóca coo
a de Laur. As eas ocua um enconro co o ai
iagiár
iag iároo que é crue
crue e que pria o pai d nie É aquee aquee pai
 

Roc�ee:
Roc�e e: Uma posllui
posllui  ão reaizada 61

que só a echecea e ea  seu c e que ã se


c c
 caia
aia c
c
 exceçã
exceçã que as deseja
desejaia
ia cm
c m quaq
quaque
ue ut
ut 
Esa excçã cm aa aes,  ecessáa aa que a
mu   pssa
mu pssa justamee
justamee eega
e ega eu c
c  uma
uma vez que  a
d ai a eea O que dee aqui é que  mei1J a,
cm
c m qua
quaque
que mue ecisa cc
c ceta
eta e eameteâlija
lijas
s 
pai que
q ue a de
dessea (seja ee eca
ec aad
ad el ti
ti  adast Ó ô
ô
 em
Mas ãdeec
casa)  Ela
e ca
a umeve
ev
paie diu
disacia
disacd
ia-se
-se de
dess
det
etsse
e ai
que cc
ssa ceaete
ceaete
llhe
he esitui
 cp Sb  ha de um i eteaee ntu  cp
e
 e es
esm
m desa
desaae
aece
ce ã se ais c
c  de gen
gene
e e vv a e
e
 
           � ""
• ·    

 
. !f·COr(  de . bicho   ,_    - •·

_/   
 a eaiva de gi da cbaça
cba ça ea que  dit
ditss aees
aees
.

.
ve,
ve, a mei
mei a ecta s uas  de
 de  cr  C
dzz Detei
d De tei:: "A misé
miséia
ia ju
j u as m
mei
eias
as a rua Elas
Ela s ã têm
ada aa vee ã sabe le cziha, esceve Só dem

\ _yeJ
_yeJ��P-
-ni
Pemniql}
emss aqui ql}os
eossue
es�
s�suem:
ím:
í o'
  corp
corpo
'o"ü( 1992
1992, , p 8).
8).     
·âs ]gou�í"ã
itua al a miséia iacia imenei z u excelete
tabalh e pesqua e nvitas Ent, alg ais é
eseciaet
esecia etee c
cate
ate e eu lili  S as fts
fts dasdas meinas da
ite Distei
Di stei es vveu
v veu u uga, u luga substittiv substittiv 
aa,  mes,
mes, ea
eass estã
estã s ts d  i, la c c  m gl
glh
h
aa a c ea que  ai ai cm
cmê êas
as O que elas buscabusca  a a 
cia
c ia mas,
mas, uit ai
aiss  que iss buscam u ce c eccmet,
met,
um am,
eas cuam
só sabem ev ca
evca
cua esseuamai que
pelafça eceçã
ta e seuscs
entat,O
que ecnam é só desej seual iigi a seus cs ã há
eceçã.
 b
be
e uma c
ces
esaa ete
ete i
iss est
esta
ag
gei
ei Um dz
d z a out
out :
"N Basi só te utas e tebl A que  ut esde
"Péa á, eu su cad
ca d cm uma um a baseia;
baseia; lica  iei
iei::
"Ah ! si
si  e que
que iie
e jjg
gaa a ssua
ua muhe?
muhe?
eá qe as sas meias deveam aee  eb
aa deae de se aea chcidas c as?
 

62 E  ana Jos Re i Clh qar 

N a a a poa cessa


cessaee de ago qe
qe es
es ore
oreça
ça 

 o
 o gar de sbol
s bola
aão
ão,, eas
e as se depa
depara
ra
 co carcaras
carcaras
do pa do d e do pa da oe Eas co
co  a o caão
caã o q as
aça para ee ee co sese oar desjae (fgdo
(fg do es
es orece
a o diree diree da oercida
oercida pea ã) E ecoram
ecoram o c c ee
ee
ee  tabé
 tabé a carcara do pa c c  el  agene
agene dada repad
repadaa
reaada e ada magi  magiár
ára
a E aos ecoro  co o caão
e co o cliee cliee  é o coo das eias eias qe eá emem evdêci
evdêciaa
As eias ecora abé o do pai da ru , que por
ru,
m isae, pecea ser  stito posível do pai do dia
a ele ietave
ie tavele
lee
e repee a fg imagiáio É coo
fg  do pa imagiáio
se a erega
ere ga do copo dasdas eas
eas de a a osa cutra sepre
devovesse ao pa iagário sa s a verdade dede u pai magário
 magário
S�!
S�! respa respa
oo si
siólólco
co    
-  - . Em  93,  ta ' publico ma m a repo
repoage
agem m ini
iniulad
ulada:
a:
De o Diabo? sore o pas de a os hoe ue dão
proeção explora e cia os eores a criialdade
 chaado
cdade pai depara
De e Dabo a dáo raalho
eoreseqe proege dos pergos
peraba da
pela
rua do Bral. A maoa da criaas ão sae ode ele moa
e sua verdadera
verdadera dedade Co
C o ao isrio
isrio cada pessoa
acaa conado hisóra dees e à veze divergees sore
o eo
e o pai
Maro
Ma ro eraxate
eraxate   daquee
daquee ue pode
pode ser
ser o o ão:
"É  ee
e e   o pai de a
a sempre a uda as cranças
cranças  di 
ereviado "aro egrxae dá coa e depois asa
sexualee das criaças  afira afira Alexdra
Alexdra ex-menia de
a ue era proegda por por aro
Cooo odo pai de a di a eporagem aro  Deus
Co Deus e o
Dabo Às ve só só Des coo qado socorre
socorre  garoo caído
a calçada coco  a caeça arada
arada;; oras
ora s vezes
vezes só Dao coo
o caso do aso exa É esse dplo pa qe as eas
ecotra a ua O pai Deu Deu  o pai Dao O elor  pai

I 25 de m ai
aioo  1 993.

Roche: Uma proslilui�ão aizada 63

eus (pa
(pa  do da
da  qu
quee ais ceo ou mais ta tade sepr
sepree se rreve
evea
a
abo (pai a note)
note) 
Resta
Res ta a úv
úvida
ida se oce
oc ee
e ten
tenoo su
suaa pmera o
oto
to rasg
rasgada
ada
- aiás
ai ás ea
ea teve
teve mumu  as fotos rasgada
rasgada pepeas
as váias ããeses 
enconrará outro eo e eazêa qe não seja passando por
enegas ea eass sem respdo sisim
mbóico
bói co..
A nquietação sobre ese ema  se m poi  ínma a
possb
poss bll ade
ade de qque
ue as menn
mennas as e a saiam a eaiade quase
quase
/_zooQca queselhes
que
  É coo lhhes
es é fsse
ore
oreci cida
da que ma
pedido manive
nivesse
sse o iimaginári
maginárioo
 o caava do tebo e das puas e egusem susenado o
reã
re ãoo da úsca
ús ca que
que ooss estange
es tangeiro
iross a
aoram
oram "n"não
ão e x i ste pecao
do ado ado e baxo
ba xo do Eqador
Eqador  JáJ á qe e
eas
as tê o "diabo oo corpo
to " , d�.Y - n r _expul s a  ºJ>!s?: 
e são me i n as se fto"
Apesar de todos os aspecto socioecoômico
socioecoômico  e mesmo os
rapo
raposs de mennas
men nas que ra
ra enganadas
en ganadas co a pompomes essa
sa e m
eprego e acaba
acabara
ra ecravas de protbos,
protbo s, ccomo
omo rre
eata
ata G
Gberto
berto
Dmensten exse ago na poção dessas ovens em reaço à
vida ue eu
eu me pero caar e escoh
escohaa
Mais um eato de Grci
Grciaa Feneo
Feneo 
- O que
que você ach
ach qu
qu s pssos pnsm
pnsm ds
nins coo ocê?
Vgbnds, mloqus!
 E oc o qu
qu c
c
  ocs s
s s
 Vgunds
gunds  oqurs  (p.
(p. 63)
Ess e não  o único
Esse úni co exemplo qe q e encontre
encontre de não es
esupeção
upeção
as meninas com o uga social que es é indicado ois esse
lugar
lug ar  vvi
v vio
o ppor
or elas como sedo
s edo o seu.
seu .
Outro eempo trazdo por Densten: "Com reze aos
Cáuda te ma paixo: daçar osta també e conhecer
novas pesoas
p esoas Na boate onde rabaa
rabaa te dança e sempr
sempree ge
gentente
ova paa conecer Preere fcar al a rabaar como abá em
Santaarém
Sant ém (1( 1 992  57
57 
Por que e auns cas casos
os as me
meias
ias cegam a a amti
mtirr e
e
perem
per em a a ou ou a boate ou ejej a a pros
prosttu
ttução?
ção?

64 Eana dos Res Clh q ari

Ouo aseco qu o oemo eiar de aoa é ue


ea s que a era daa coo cera é a d vgae. A
asage
asag e da ca
c a aa
aa a rua
rua é um mac
macoo eeq
q vae
va e
ee à asagem
de v gem
gem ar
araa '  her essa
essa o
o  o e
e do
do de seuamee
seuamee ava
a va 
A meas
e as de a ouco la lam;
m; o
 o v o à escoa
escoa e se j
am
a m esquece
esqueceram
ram Desevove uma    guagem gesuagesua esa
e sa
e ee  aam u dae
d aeoo só or ea coree
c oree
oo Feeo
Feeo
992)
O que as ennas de a fm que escadaa e fsca?
Gam? Cheam
C heam coa? Rouam? DoremDorem ao el ele
eo?
o? Exõe
sua gravez? De que vee nos a?
Charles Mela, em seus raaos sobre deliênca
(  992 aoa o deliqüe
deliqüee
e coo eto fta de um ouro
our o u
ue
çaa vae
ç va err a ei ou seja o deiqee agria
ag ria ara tea enco
encora
ra
um a ue eim o recohea emo ue a oma esse
reco
reco ecimento
ecimento sja o jugamento
jugamento ou a pisão
pisão
Nos reaos
reaos  o e meos (o
( o eas
e as)) de ua
ua econra-
se aci
aci me  e que
que a c onnudae
onnudae das vdas
v das os
o s meios de ua se se
á ea
ea deinqüênc
deinqüênc a e ue
ue muo
mu o joves aos
aos 1 4/ 1 5 nos oe
ser ches de gague Aém da j gran exrnca de ua
ees so menoes de idade
idade o qu z co com
m ue ocue
oc ue u u
 ugar
ug ar
de desaqe na gage
ga ge endo
endo e vista
vista ue
ue seo
seo julgados (cao
(ca o
sejam reos)
re os) co
c o o meores De ualqu
ualque
e ma eles se engaja
a deliqüê
deliqüêncnc a cujo o
 oi
ioe
oe é u eco
e coro
ro ((a
a ez eserao)
eserao)
co a le
E as eni
eni as? Se a casa deas é a a, se co coc
coamos
oamos ue
ue
elas tabé v v  ve num udo de eaões eas desovias de

vao sbó
sb ócc o o ue
ue seu
seu deso
deso o sea amé
amé o eso
de see recohecas a e ea denência? Po que eas
enco
enco  coo deso
des o a ost
ostu
uço?
ço?
Paa os mei
me ios
os egu
e gurr a
a deiêc
deiê caa é segui
segui a rocua
rocu a
e  ai
ai imólico
imólico  ocuar
ocuar aguma
aguma aiaço em sa sa do
a de dia
a d ia As meinas so las do mesmo desa desama
maroro socal
soc al e
am
am  ar; ar
ar e a amé ago da casrcasrao
ao alou
alou ea
ea uscm
a mesma
mesma co sa u os memeos os a econam
ec onam ago
ago die
diee
e A
euço e a ra oeece é o ecoo com a osuio

Rc�ee: Uma p osllu  ã raizaJa 65

(geralete
eo eula baraa)
eula e ccaa, que evera lhe rettur o que
aa, eo a <<> raaa perera
-- ·   ooo   aô
aôree,
ree, a o�ige o ao ee aaííaa à 
ão ie para o e eiioo e ea
e a : para a abo
bo,, prec
precee que o
i!} }  
  ai  f  

 e
e eoa
eoaoo
tuo, é aqui que qu e a quet
quetãão ee op
op aa e exate
exate egu
a ll ha
ha i
iaaa por Feu Feu,, o que e ree ao ao a
aoo a
caraço aculina
aculi na e fe eiina.
na. O eio
ei o que a à ua
ua procura
o ecoro co a lei e  emo
mo qque ue ela ee a vvi
vvia a co
cooo bualiae)
bualiae)
Coo
epera toda outa
e aa eea
a a reação
reaçãoeiqüee
a lei
lei O aca(Mela,
a caoo eetá1992), ua oa
tá ilíto o to
e ue, oe é perao recoeceto, encotae, por e
aio
ai o,, rereprpre
e Oe e eperav eperavaa ibólo,
ibó lo, ó ee aia
utaiae rea \ª a eia ão é frete, alvo ue eu
§.

ahoo a
ah aaa evcar u ao ao e pa pa pa
paaa ieitae
ieitaente nte ee
ortata de eu corpo
or corpo Ela
E la procu
procuaa e ec ecotra
otra a a,
, e ovo
ovo o pai
agiáro, o pa a ote Aquele que a rvou, que ó a
"recoecera elo real e eu o©
qqur
 / Laca
Lacae
e
  a95
953
a354)
faz
faze
54)e apota
pa
paarar ddapara
para procura
a oo fttoooeo flo
queiagn
ia
eagnáro
áro
il
i l a
aa
à oao
pêi rel o pa Se o ão aoee, e geal,  oque, a
eagua
e aguara,
ra, etá preete u pa ból  bólio io,, popo oto
o to qqueue eeaa
 No cca a ei eia
a e ua é ex extae
taeee io i o qque
ue pare
p areee ffttaa
• i Ela veia
veia, , po
poato,
ato, u efie e pê ea eum o
 _ JÜ  vá u ua
a a uti
u titui
tui o lo
l o ppaeo
aeo  o que é aracteítco
  â a é a a, coo o aterioee
º

aterioee Ma ea e a cotatação


o a pee, e paece até que popa, e e atae a

f
eu fcor
coro
r
ração
oação
ao
aoe
o
oe
ex
ex
er
 
r  q
que
Auepa
patr
lhe
tr ela,
outorg
outorga
ela
a a a
ae
ofre
ofreda
ee
coo u epéie e oeto epecal e, viveo oo ta, e e 
da e
cotíua
ott
ot tur
e
rereohee
ohee oo u grgrup up as ea e rruaua..
P que ão ra mpeete
mpeete ouca
ouca?? ão o o louca
poque a cul culura
ura otepla
o tepla u ugar para o ojet ojetoo eeecia
ecia que
  la
la  e oa
oa Ela t u u uga
uga
  Krotituição ftl é quae a rega e toa a zoa
bralra; o que em outro paíe ea ecaora e
 

66 Eliana Jo Reis Clliqari

prssa qaade o sea a aoescente qe sere a


gostos especfcos, aqui é ercaoria de conso poplar
Seraos ingêos e atra a era a peoia; ago iero
ceraente ocore
Diesteinn cita a ase estupef
Diestei estupefcate
cate "   passo os
qinze
qinze qios, está
est á bbo
o ( 1 992
92 p 2 ) As en
enina
inass de rua n sa
procra consege situar-se e us  usteta
tetarrse
se coo obje
objeto to entrege
entrege
ao próprio pai iaginário que
que as prio Aqu ocoeocoe m gir giro:
o: esse
es se
uo escânao e a onpresença da prostituição inti taez
tesenhe  pai
soiaete arente
arente ignário
na eiguade sociae ns
eiguade soca ca ceade
�as extremas é
e oíno e exporação Ese pai iagnáro não parece ser
sociaente contido,
contido, corigi
corigio
o or  p ibóico
ibóico Sobre es essese
pano e no não nã o estra
estrana
na qe
q e a menina a ass
ssee a presr que
a sa
s a entrega rea, a etrega
etrega o o o eto especia que
que é seu copo,
seja  resost
res ostaa soca esperada e adequada. Se o pa socia é o pa
da noite, coo procuráo se não pea enrega o coo coo??
É posse não pensar na entrega o copo a nia ao
coonizao onde ãoã o  nece
necess
ssria
ria a nteeiação
nteeiação da ingua
inguage,
ge,
a
 a espé
espéie
ie e ant
anteci
ecipa
paç
çoo  "É o e corpo e e ee qu
quer
er ! . A
entrga
entr ga o corpo das eninas e a, e nos nossasa ctura deoe
ao ai
ai sua erae ee pa iagináro
iagináro e respao sbco O
pai  da segue oo nnaeete
Quando e era criança, apren esta úsica
Se essa
e ssa a se essa a fosse  iha
e andava e adava ladilha
co pednhas
pednhas,, cm pednhas de de b lhant
pa o eu aa  meu amor assa . 
A etra da úsca certaente é otra para nossas eninas
e ra, porqe na a eas, os ros não acopanha os
passos o or. Que por ees passa são os copos, coos
priaos e peire aor
aor
Anrea Dworkin parece ter rennciao ao ao paterno
qano os pais
pai s sieciara a v  oência ita a se corpo ees não
aa os raços coo o pa de a pacete o episódo o

Rochl: Uma p •ositu  ão


ão realizada 67

táxi
coooSobrou
co destinooamp
destin Andrea
ostoo àamuher
mpost repetição
mu her e  de
fin umante
finame entrega
amente à iocia
 a possiiidad
possi iidadee
da reota.
As menias de ua nca ouam ar do aor pae
rrancarse à mãe rasgar a o toa-se assi siôio de e
aer rasgr o corpo Mas não só ua vez ad nnfn ttmm coo se
a uantidade e continuidade do pai da noite pudessem ir a
constitir
const itir um pai do dia
dia 
Em abo o casos
caso s é di
dici
ci ar de ntasia de postituião
as si de prosttuição
prosttuição rea coo atação de de u moento decisio
a subjetivação
subjetivação de ua uer ao qual a cance ão i dada de
simpesente acontecer Um momento decsio para ue uma

Você também pode gostar