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O Estado como sociedade política tem um fim geral, que é o bem comum, constituindo-se em
meio para que os indivíduos (nós) possam atingir seus objetivos particulares. O Estado tem várias
formas de atividades financeiras para gerir e aplicar os meios próprios para satisfazer suas
necessidades (receitas), sendo a sua receita derivada de tributos e multas. A receita tributária é a
atividade mais comum e mais eficiente.O tributo é o instrumento básico viabilizador de qualquer
sociedade constituída. O Direito Tributário é um ramo autônomo do tributo.
“Só há duas coisas inevitáveis na vida: a morte e os impostos.” Benjamin Franklin um jornalista,
cientista e um dos líderes da revolução americana.
Houve muitos movimentos históricos originados ou motivados por questões tributárias como:
• A Inconfidência Mineira, uma revolta ocorrida em 1789 na então capital Minas Gerais, contra
o domínio português quando a coroa Portuguesa resolveu intensificar o seu controle fiscal
sobre o Brasil;
• A Revolução de 1817 em Pernambuco, onde se verificou a revolta de grupos extremamente
descontentes com a política de favorecimento implantada por Dom João, especialmente com
o aumento do peso dos impostos da Colônia para manter as despesas da Corte e os gastos
das campanhas militares;
• A Guerra dos Farrapos, mais conhecida como Farroupilha, um movimento separatista
iniciado no RS, que durou de 1835 a 1845 e teve como uma de suas causas imediatas o fato
de que o charque Riograndense era tributado mais pesadamente do que o similar oriundo da
Argentina e do Uruguai;
As críticas ao Sistema Tributário Brasileiro permanecem até os dias atuais, uma de suas muitas
criticas é a complexidade. Outra questão importante refere-se ao peso da carga tributária, a qual
atingiu em média 36% do PIB em 2013, segundo estudo da Receita Federal.
Com essa breve descrição da área tributária e frisando a importância de estuda-la podemos
ainda destacar:
A existência dos tributos está relacionada à construção da figura Estado, como centralizador e
organizador dos padrões sociais de convivência de um povo, num determinado território ou até
mesmo entre os povos em territórios diferentes.
O Estado tributa porque precisa de recursos para tratar do que é de interesse comum, mas
também porque tem poder para tanto, o chamado poder coercitivo. A ação de tributar é uma prática
que perdura há séculos.
Além da finalidade arrecadatória, pode-se dizer que alguns tributos exercem uma função
regulatória, como um mecanismo utilizado pelos governos para executar a política fiscal e
econômica.
Pode-se dizer, portanto, que os tributos influenciam as decisões das empresas, bancos,
investidores, cidadãos, enfim todas as instituições que interagem num determinado ambiente,
realizando transações entre si ou com outras instituições em nível internacional.
Sob essa ótica, os tributos exercem um papel importante na economia de qualquer país. Se bem
administrados podem contribuir fortemente para o crescimento e o desenvolvimento de uma nação.
Se mal administrados podem sufocá-la, dificultando limitando ou mesmo reduzindo o seu potencial
de crescimento.
Em cada uma das esferas governamentais (federal, estadual e municipal), o Poder Legislativo é
quem cria e altera os tributos, observadas algumas limitações que veremos a seguir, cabendo, ao
Poder Executivo, a arrecadação dos tributos e a fiscalização dos contribuintes e ao Poder Judiciário,
por sua vez, julgar as questões e conflitos surgidos entre governos e contribuintes.
Cabe destacar que essa estrutura, que se replica em cada uma das esferas governamentais,
representada por meio das diversas entidades públicas, é típica de uma república federativa e,
portanto, demonstra como o país se organiza para tratar de questões não só tributárias, mas também
das questões econômicas, ambientais, sociais, etc...
Fontes são os “modos de expressão do Direito”, isso significa que as fontes do Direito Brasileiro
são as normas jurídicas, uma vez que é por meio delas que o direito se manifesta. Podemos
classificar as fontes do Direito em fontes primárias e fontes secundárias.
As fontes primárias podem inovar em matéria jurídica, ou seja, por meio das fontes principais
podem-se criar, modificar ou extinguir preceitos legais. São fontes primárias:
• Emendas Constitucionais – Podem alterar, dentro dos limites estabelecidos pelo poder
constituinte originário, princípios e regras reguladoras de todo o Sistema Tributário Nacional STN.
Exceto as denominadas “cláusulas pétreas” conforme Art. 60 da CF.
• Leis Complementares – O que diferencia as leis complementares das demais é o seu processo de
votação, para aprovação de uma lei complementar é necessário maioria absoluta de votos,
enquanto que para as demais leis se exige maioria simples. A lei complementar que rege os
assuntos de natureza tributária é o Código Tributário Nacional. A lei complementar em regra não
cria tributos, eles devem ser criados por lei ordinária, medida provisória ou lei delgada.
• Leis Delegadas – São elaboradas pelo Presidente da República sobre matérias específicas
quando o Congresso Nacional assim autorizar.
• Medidas Provisórias (MP) – São editadas pelo Presidente da República, nos casos de urgência e
de relevância, e têm força de lei ordinária. Devem ser apreciadas em cada uma das casas do
Congresso Nacional no prazo de 60 dias, prorrogáveis automaticamente uma única vez por mais
60 dias. Têm validade então pelo prazo máximo de 120 dias, sendo o projeto de conversão em lei
considerado aprovado por maioria simples.
• Decretos Legislativos – São atos do Congresso Nacional que se prestam a disciplinar matérias
privativas, entre essas matérias devem ser citados os tratados e convenções internacionais.
Seguindo-se às leis na hierarquia jurídica temos também as fontes secundárias, que não devem
inovar em relação às leis, mas que podem detalhar ou dar explicações práticas ou ainda reunir e
consolidar num único texto legal a legislação dispersa sobre determinado tributo.
• Decretos – São normas editadas pelo chefe do Poder Executivo para o cumprimento das leis
tributárias.
• Normas Complementares – Têm como objetivo explicitar as leis, os tratados e as convenções
internacionais e os decretos.
A pirâmide das fontes do Direito indica que a hierarquia deve ser observada na interpretação do
conjunto de normas reguladoras dos contratos entre os diversos entes governamentais e a
sociedade:
O CTN observa ainda, dentre outros detalhamentos fornecidos para a correta aplicação da regra
de interpretação descrita, que o emprego da analogia não poderá implicar na exigência de tributo não
previsto em lei, e que o emprego da equidade não poderá resultar da dispensa de pagamento do
tributo.
Publicação: toda lei uma vez aprovada para que seja de reconhecimento de todos deve ser
publicada. As leis federais, por exemplo, são publicadas no Diário Oficial da União, que é um jornal
editado pela imprensa oficial do governo. No entanto, nem sempre a lei começa a surtir efeito logo
após a sua publicação, o período de tempo no qual a lei surtirá seus efeitos chama-se vigência e é
fixado na própria lei.
Vigência da legislação tributária no tempo: no que diz respeito às leis de natureza tributária,
há normalmente um intervalo de tempo entre a sua publicação e a sua vigência. As leis tributárias
que instituem ou majorem tributos devem obedecer ao Princípio da Anterioridade. Salvo disposição
em contrário, entram em vigor: os atos administrativos na data de sua publicação; as decisões com
eficácia normativa trinta dias após a sua publicação; os convênios nas datas neles previstos.
Vigência da legislação tributária no espaço: a legislação vigora nos limites do território do
ente federativo respectivo. Leis estrangeiras, em regra, não são aplicáveis em nosso país.
Aplicação: é preciso frisar que a lei pode estar em vigor, mas não será aplicável se não
ocorrerem os fatos previstos como causadores da obrigação tributária. A aplicação refere-se,
portanto, a uma situação concreta na qual a lei é ou não aplicável.
• Facultatividade: o ente federativo pode exercitar ou não sua competência tributária. Ex: imposto
sobre grandes fortunas, pois a União não exerceu sua competência para instituir tal imposto.
• Indelegabilidade: não é possível ao ente político que recebeu a competência delegá-la a outro
ente ou a outra entidade.
• Incaducabilidade: essa característica garante ao ente político valer-se desse poder de tributar
quando desejar sem que tenha que se preocupar com seu “prazo de validade”.
O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público
diversa daquela que a Constituição a tenha atribuído.
Importante::: A capacidade tributária ativa não se confunde com competência, pois a competência
vem em decorrência de uma regra constitucional, já a capacidade vem delegada em decorrência de
uma Lei Ordinária. O CTN admite a delegação da atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos. Ressalta-se que a atividade de legislar não pode ser delegada e que não constitui delegação
de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo de arrecadar tributos (Art.
7º).
As limitações ao poder de tributar devem ser observadas sob dois aspectos: o primeiro diz
respeito aos princípios, os quais regulam, norteiam a competência dos entes políticos; o segundo as
imunidades, regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos a fim de proteger
determinados conteúdos axiológicos (é o ramo da filosofia que estuda os valores) contidos na
Constituição.Além de estabelecer quais são os tributos que a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios podem instituir e cobrar, a Constituição Federal estabelece limites, que funcionam
como princípios gerais, as quais devem se subordinar todas as normas de natureza tributária.
• Princípio da Legalidade: este princípio estabelece que os entes federativos não possam exigir
(instituir e cobrar) ou aumentar tributos sem que isto tenha sido estabelecido por Lei. Para alguns
tributos que além da função de arrecadação cumprem função de regulação da economia, o poder
de aumentar os tributos é concedido ao Poder Executivo, dentro das condições e limites
estabelecidos em Lei. São eles: Impostos de Importação; Impostos de Exportação; Impostos
sobre Produtos Industrializados; Impostos sobre Operações Financeiras de Crédito, Câmbio e
Seguro ou relativas a títulos ou relativas a valores mobiliários;
O Princípio da Legalidade traz uma proteção para o cidadão, uma vez que o processo de
tramitação de uma lei é público e segue um ritual específico de legitimação. Assim o contribuinte
pode tomar conhecimento do que está sendo discutido antes mesmo da publicação da Lei. Se a
Constituição não criasse essa limitação, o cidadão ficaria totalmente exposto às vontades do
Poder Executivo.
• Princípio da Igualdade (Isonomia): este princípio estabelece que o agente arrecadador deva
tratar de forma igual os contribuintes com uma situação econômica semelhante. A situação
econômica equivalente é chamada no âmbito tributário de capacidade contributiva. Segundo o
princípio da igualdade, quem tem maior poder aquisitivo deve pagar mais tributos. Esta é a lógica
que orienta, por exemplo, a progressividade da tabela do imposto de renda das pessoas físicas.
• Princípio da Não Diferenciação Tributária: esse princípio veda que exista diferença tributária
em razão da procedência ou destino dos bens ou serviços.
• Princípio da Não Cumulatividade: visa evitar o famoso efeito cascata dos tributos,
compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou
prestação de serviços com o montante já cobrado.
Direito e Contabilidade são ciências que caminham juntas e complementam-se, desde longa data,
acompanhando a natural evolução das diversas sociedades.
Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade,
existindo para isso as diversas jurisprudências. É o conjunto das normas jurídicas vigentes no país.
Entre essas, destacam-se as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, constituindo o Sistema Tributário nacional, que disciplina a
arrecadação e distribuição de rendas.
A Contabilidade, por sua vez, é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e
registro dos fatos contábeis, servindo como ferramenta para o gerenciamento da evolução do
patrimônio de uma entidade e, principalmente, para a prestação de contas os sócios e demais
usuários, entre os quais se destacam as autoridades responsáveis pela arrecadação dos tributos de
uma nação ou região.
No exercício de suas funções, claro está que o contador deve obedecer, além das normas e dos
princípios de contabilidade, também à legislação tributária concernente à correta apuração, registro,
divulgação e arrecadação dos diversos tributos que incidem nas diversas fases de atividade das
empresas e, principalmente, sobre a obtenção de renda e lucro em determinado período.
Dentro da Lei Máxima do País (Constituição Federal) está definido que cabe ao governo gerar
mecanismo de proteção ao cidadão, bem como valores destinados ao trabalho e valores da livre
iniciativa, para que isto se torne realidade se faz necessário que haja por dos governantes a geração
de receitas para cobrir estes custos, assim como da própria maquina administrativa, ou seja, das
obrigações do Estado para com seus cidadãos.
• Apurar o valor dos tributos devidos, ou conferir o valor apurado pelo contribuinte
dependendo do tipo de tributo;
• Instituir obrigações relacionadas ao processo de arrecadação/fiscalização/cobrança, tais
como: remessa periódica de informações, escrituração de livros específicos para apuração
de imposto, emissão de notas fiscais;
• Fiscalizar as pessoas e atividades relacionadas ao tributo;
• Cobrar os tributos, inclusive buscando a via judicial, quando necessário (divida ativa);
• Fornecer documentos comprobatórios de quitação do contribuinte (certidões negativas);
• Responder às consultas feitas pelo contribuinte em matéria tributária;
Cada ente da federação fiscaliza os tributos a seu cargo, em nível federal a fiscalização não
esta restrita a um só órgão: o Ministério do Trabalho e Emprego fiscaliza o FGTS (Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço) e a Receita Federal fiscaliza as contribuições previdenciárias e o restante dos
tributos. Já nos âmbitos estadual e municipal existem normalmente Secretarias de Fazenda ou de
Finanças que efetuam a arrecadação e fiscalização dos tributos.
4 – TRIBUTOS
4.1. Definição: É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”.(Código Tributário Nacional Art. 3°)
Para melhor entendimento sobre a definição de tributo, é possível decompor sua definição nas
seguintes características:
- Prestação Pecuniária: Significa que o tributo deve ser pago em unidades de moeda corrente,
inexistindo o pagamento “in natura” ou “in labore”, ou seja, o que é pago em bens ou em trabalho ou
prestação de serviços.
- Que não constitua sanção de ato ilícito: As penalidades pecuniárias ou multas não se incluem no
conceito de tributo; assim, o pagamento de tributo não decorre de infração de determinada norma ou
descumprimento da lei.
- Instituída em lei: Só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com força de lei
estabelecer essa obrigação.
Assim, de maneira simplificada, tributo é um valor instituído por lei, pago pelos cidadãos ao Poder
Público para viabilizar as atividades do Estado e aplicado em benefício da coletividade.
3. CLASSIFICAÇÂODOS TRIBUTOS:
- Tributos Não Vinculados: São aqueles em que a pessoa que efetua o seu pagamento
não recebe diretamente uma contraprestação, um serviço do Estado. O produto da
arrecadação se destina a custear despesas gerais do Estado, como a segurança pública, a
saúde, a educação, etc.
- Tributos Vinculados: São aqueles que a receita decorrente da sua arrecadação tem
destinação certa e determinada, em benefício direto daquela pessoa que efetua o
pagamento. Ex.: Taxas, Contribuições de Melhoria, Contribuições Especiais e os
Empréstimos Compulsórios.
4. ESPÉCIES DE TRIBUTOS:
Os tributos são instituídos pelos Governos Federal, Estadual ou Municipal e se destinam ao custeio
das necessidades públicas como educação, saúde, segurança e à manutenção da máquina
administrativa.
I – Impostos;
§1º Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultando a administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificando e respeitando os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Assim, temos:
b) TAXAS: Estão vinculadas à utilização efetiva ou potencial por parte do contribuinte, de serviços
públicos específicos e divisíveis.
- A receita ou o faturamento;
- O lucro.
4.1 IMPOSTOS:
4.1.1 Definição: Os Impostos estão definidos art. 16 do CTN, vide transcrição: “ Art. 16. Imposto é o
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade
específica, relativa ao contribuinte.”
Uma vez instituído por Lei, é devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao
contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito
passivo.
O imposto é de competência privativa, instituído pela CF, ou seja, é exclusivamente da União, dos
Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal (art. 153 a 155 da CF).
Os impostos são pagamentos obrigatórios feitos aos governos federal, estadual ou municipal, pelas
pessoas físicas ou jurídicas, sem contrapartida direta e que se destinam a cobrir as despesas e os
investimentos públicos As pessoas jurídicas, de uma forma ou de outra, acabam repassando os
impostos que pagam, de modo que o consumidor final é quem, sempre, paga os impostos.
4.1.2 Classificação dos Impostos: Os impostos são classificados como Diretos e Indiretos,
Progressivos e Regressivos, Seletivos, Cumulativos, Declaratórios e Proporcionais.
4.1.2.1 Impostos Diretos: Os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre a renda
das pessoas e seu patrimônio, isto é, incidem diretamente sobre o contribuinte, assim, a mesma
pessoa é o contribuinte de fato e de direito.
Os impostos Diretos Incidem sobre o patrimônio e sobre a renda. Exemplo IPTU, IRPJ, IRPF E
CSLL.
Pela Lei, essas obrigações não podem ser objeto de repercussão, ou seja, não podem ser
repassadas para o preço ou para outra pessoa.
Contudo, é praxe nos contratos de locação imobiliária incluir cláusula obrigando o locatário ao
pagamento do IPTU, ou seja, repassando um imposto sobre a propriedade para quem não é
proprietário. Mas, esta cláusula só tem validade entre as partes e não pode ser oposta ao Fisco.
Ex.: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito (ITCD).
Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis,
bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF); e
Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR).
4.1.2.2 Impostos Indiretos: São aqueles que a cada etapa econômica, são repassados para o
preço do produto/mercadoria/serviço, ou seja, é a transferência do ônus tributário para o consumidor,
embutindo-o no preço de venda ou do serviço.
Assim, os Impostos Indiretos são aqueles que incidem, por exemplo, sobre as transações comerciais,
sobre o preço de bens e serviços ou valores agregados pela empresa, os quais, indiretamente,
incidem sobre o contribuinte.
4.1.2.3 Impostos Progressivos: São aqueles cujo percentual vai aumentando conforme a
capacidade econômica do contribuinte. O Imposto de Renda é o típico imposto direto e progressivo:
existe uma faixa de rendimentos isentos, acima da qual as alíquotas aumentam à medida que os
rendimentos ficam maiores.
4.1.2.4 Impostos Regressivos: São aqueles que não consideram o poder aquisitivo nem a
capacidade econômica do contribuinte. Com isso, quem gasta praticamente tudo o que ganha no
consumo de produtos, como é o caso de muitos assalariados, proporcionalmente contribui mais do
que aqueles que têm possibilidade de poupar ou de investir.
O ICMS e o IPI são tributos indiretos e regressivos. Isso significa que, proporcionalmente, quem
ganha menos paga mais. Independentemente da capacidade contributiva, todos pagam o mesmo
imposto, que está embutido no preço de um produto.
4.1.2.5 Impostos Seletivos: São aqueles que incidem somente sobre determinados produtos,
mercadorias ou serviços, que se destacam dos outros pela sua qualidade.
No sistema tributário atual os impostos sobre bebidas alcoólicas, fumo, perfumes/cosméticos e carros
(automóveis), dentre outros, são seletivos, porquanto têm alíquotas diferenciadas. Por sinal, no
sistema tributário nacional vigente, a seletividade tributária praticamente tornou-se uma regra, ao
invés de exceção.
4.1.2.6 Impostos Cumulativos: São aqueles que incidem em cada operação tributável, em que não
é revista compensação, dedução ou abatimento, em relação à operação anterior., ou seja, é a
incidência em todas as etapas intermediárias do processo produtivo e/ou de comercialização de
determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto, anteriormente pago, da origem até o
consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em conseqüência, na fixação de seu preço
de venda.
Ex.: PIS e COFINS cumulativos.
4.1.2.7 Impostos Não-Cumulativos: São aqueles que a norma prevê compensação, abatimento ou
dedução do vlaor do tributo pago ou devido na operação anterior, de conformidade com o disposto
no sistema constitucional tributário.
Ex: ICMS, IPI, PIS e COFINS.
4.2.1.9 Imposto Adicional: É aquele imposto que se adiciona ao mesmo imposto, constituindo um
bis in idem permitido, desde que não ofenda princípios constitucionais, tais como o da legalidade,
igualdade e capacidade contributiva.
4.2.1.10 Impostos Declaratórios: Os impostos para serem pagos e/ou recolhidos aos cofres
públicos, depende da vontade ou de providências (preenchimento de declaração, formulário, DARF,
carnê etc.) por parte do Contribuinte ou do Responsável pelo recolhimento, tais como IPI, ICMS, ISS,
IPTU, ITR, IR, INSS, FGTS, etc.
4.1.3 Competência dos Impostos: União, Estados e Municípios:
Municípios
Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos
de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre
ITBI Artigo 156, II
Imóveis,bem como cessão de direitos a sua
aquisição
Artigo 156, III
Imposto Sobre Serviços de Qualquer
ISS / ISSQN
Natureza
União
Imposto sobre Operações de créditos,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou IOF Artigo 153, V
valores imobiliários;
Está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou
colocado à disposição do contribuinte.
Pelo serviço prestado pela administração pública, são exigidas “Taxas” por exemplo, pela Prefeitura
Municipal, para a fiscalização do local para instalação de uma empresa - “Alvará de Localização”.
Assim, as Taxas são cobradas em razão do poder de polícia ou de serviços públicos prestados ou
colocados à disposição do contribuinte, ou seja, há uma relação entre o que é cobrado e o serviço
público prestado.
Poder de Polícia é a atividade da administração pública que limita e disciplina direito, interesse ou
liberdade em razão do interesse público, concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção, do mercado, à tranqüilidade pública ou a respeito à propriedade
e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78).
As Taxas são cobradas em razão dos serviços públicos prestados ao contribuinte ou postos à sua
disposição, para seu uso particular ou por interesse individual específico.
As Taxas não podem ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos ao imposto, nem ser
calculada em função do capital das pessoas (físicas ou jurídicas) – parágrafo único do art. 77.
Ainda, as taxas para serem cobradas, dependem da atuação do Estado, dirigida especificamente ao
Contribuinte. Trata-se de prestação unilateral. O destino da arrecadação será para atender à
atividade estatal dirigida ao contribuinte. Esta atividade só poderá ser prestada pelo Poder Público,
ou por delegação a particular, mas não diretamente por este.
As Taxas são tributos vinculados, pois suas receitas serão destinadas ao custeio da atividade
prestada pelo Estado. Não pode o produto da Taxa ser transferido para outros fins, mesmo para
obras públicas, pois é vinculado ao serviço ou ao poder de polícia.
É o tributo que visa custear obra pública, decorrente de valorização imobiliária. Inexistindo
valorização imobiliária, não há como cobrar a contribuição de melhoria. É um tributo vinculado, pois
está relacionado à atividade estatal prestada ao contribuinte.
Pode ser cobrado, pelo ente federativo (União, Estado, Município ou Distrito Federal) que realizar
obra pública da qual decorra valorização imobiliária. Os contribuintes ou sujeitos passivos são os
proprietários dos imóveis valorizados pela obra pública.
A Contribuição de Melhoria tem como base o custo total da obra, que será rateado entre os
beneficiários na proporção da propriedade, em relação ao total da área objeto da obra pública.
Conforme previsto no art. 2º do Decreto-Lei 195, as obras que implicam valorização imobiliária são
as seguintes:
As hipóteses acima são taxativas e não meramente exemplificativas. Assim, se uma obra não está
incluída nos itens acima, não poderá ser cobrada a contribuição de melhoria.
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.”
II – fixação de prazo não inferior a 3 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados
de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo a
administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior,
sem prejuízo da sua apreciação judicial”.
Em face deste art. 82, (que se refere a publicação prévia do memorial descritivo do projeto,
orçamento do custo da obra, etc.) e pela possibilidade de impugnação pelos interessados (inciso II)
de qualquer dos elementos previamente publicados (inciso I), a contribuição de melhoria, na prática,
raramente é cobrada.
4.4 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS:
Contribuição Social é um tributo destinado a custear atividades específicas, que não são inerentes à
função do Estado.
O § 5º, do art. 212 da CF é expresso no sentido de que a educação básica pública terá como fonte
adicional de custeio a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma
da lei.
Art. 212....
A Contribuição Sindical, descrita nos art. 578 a 610 da CLT tem interesse, tanto da categoria
econômica (dos empregadores) quanto da categoria profissional (dos trabalhadores).
4.4.3 Contribuições Sociais destinadas à Seguridade Social: As Contribuições destinadas à
Seguridade Social estão previstas no § 6º do art. 195 da CF. A seguridade Social compreende a
Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde.
Estabelece o art. 195 da CF que as contribuições destinadas ao custeio da seguridade social são:
1. Dos empregadores, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
3. Sobre a receita de concursos de prognósticos. (São contribuições que incidem sobre concursos de
loto, sena, mega-sena, loteria esportiva, loteria federal, etc).
4. Do importador de bens, ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (Lei 10.865/04).
Art. 148. A União, mediante Lei Complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
O Empréstimo compulsório nada mais é do que “empréstimo” que deve ser feito obrigatoriamente
pelos contribuintes eleitos pela norma impositiva.
Empréstimo, por definição, é um contrato que, para ser celebrado, depende da vontade das
partes. Já o empréstimo compulsório pressupõe exclusão de vontade, pois a compulsoriedade
contém em sua estrutura intrínseca e extrínseca a idéia de força, coatividade, ou seja, prestação
pecuniária compulsória, representando verdadeiro tributo restituível.
Se é empréstimo, mesmo que compulsório, deve ser restituído na forma, prazo e espécie
previstos na lei que o instituiu.
4.6 OS TRIBUTOS NO BRASIL:
Art. 7o Até 31 de dezembro de 2014, a contribuição devida pelas empresas que prestam
exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), referidos no § 4o do art. 14 da Lei no 11.774 , de 17 de setembro de 2008,
incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
art. 22 da Lei no 8.212 , de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco
décimos por cento).
§ 1o Durante a vigência deste artigo, as empresas abrangidas pelo caput e pelos §§ 3o e 4o deste
artigo não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei no 11.774 , de 2008.
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam exclusivamente as atividades de
representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.
§ 3o No caso de empresas de TI e de TIC que se dediquem a outras atividades, além das previstas
no caput, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:
Art. 13. A Lei no 9.933 , de 1999, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 3o-A , 9o-A , 11-
A e 11-B :
"Art. 3o-A. É instituída a Taxa de Avaliação da Conformidade, que tem como fato gerador o exercício
do poder de polícia administrativa na área da avaliação da conformidade compulsória, nos termos
dos regulamentos emitidos pelo Conmetro e pelo Inmetro.
§ 1o A Taxa de Avaliação da Conformidade, cujos valores constam do Anexo II desta Lei, tem como
base de cálculo a apropriação dos custos diretos e indiretos inerentes ao exercício do poder de
polícia administrativa da atividade.