Conjunções Coordenativas Aditivas - 3ACE
Aditivas: exprimem ideia de soma, acréscimo,
adição; o e exprime outros valores.
e
nem... (= e não)
nem... nem
tampouco (= nem)
não só/ não somente/ não apenas... mas (também)
não só/ não somente/não apenas... mas (ainda)
não só/ não somente/não apenas... (bem) como
bem como
não só... como (também)...
não só... como (ainda)
não só... como (ainda)
não só... senão (também)
não só... senão (ainda)
tanto... quanto
tanto... como
mais (em linguagem matemática ou coloquial)
* Os parênteses indicam que tais palavras podem
ou não aparecer. No lugar de não só, pode aparecer
não somente ou não apenas, nas conjunções
correlativas aditivas.
Cuidado!!!
1) Sobre o "e":  – Sobre este último ponto ainda, podemos
Além de apresentar a ideia de adição, também
pode ter outros valores semânticos, como
adversidade (mas, porém) ou
conclusão/consequência (portanto, por isso,
então). 
– Choveu intensamente, e a cidade ficou
inundada.  
(portanto, por isso – conclusão/consequência)
– Cumpra suas obrigações e será recompensado. 
(portanto, por isso – conclusão/consequência)
– Nós acordamos cedo, e chegamos, infelizmente,
atrasados.  aparece em outras construções também, todavia
(mas, porém – adversidade/oposição)
– Fazemos muitas dietas, e não conseguimos
emagrecer.  nem ao menos, nem sequer, nem mesmo)
(mas, porém – adversidade/oposição)
– Depois de ontem, vou chamar-lhe e dar-lhe uma
bronca. ( para – finalidade)
Observações importantes sobre o "e":
– Pode ser usada a conjunção e logo após um
ponto (.) para imprimir ênfase ao conteúdo da
oração que a segue: Você é muito importante para
mim. E será sempre.
– A ênfase pode ser conseguida também quando
vem após a vírgula: Concordo com ele, e muito!
– O e, no fim de uma enumeração, pode ser
dispensado, colocando-se vírgula em seu lugar:
Comprei maçã, uva, figo e banana. > Comprei
maçã, uva, figo, banana.
– O e repetido (polissíndeto) dá ideia de acúmulo:
Eles são abusados, e desbocados, e impertinentes,
e aproveitadores, e muito mais!
– Usa-se a construção e nem quando o nem
equivale a não (neste caso, o e é uma conjunção
aditiva e o nem é um advérbio de negação, apesar
de que alguns gramáticos, como Cegalla,
repudiam tal construção; Bechara pede para
evitá-la a não ser que se use por motivo de
ênfase: 
Não estuda e nem (= e não) trabalha.
       
enfaticamente usar e nem (= mas não), e nem
sequer, e nem assim, e nem por isso etc.: 
Assistiu à ótima peça e nem (= mas não) aplaudiu.
/ A moça não o cumprimentou e nem sequer olhou
para ele.
---------------------------------------------------------
2) Sobre o "nem": 
Pode ser conjunção aditiva (reforçada por alguns
termos), alternativa (raro!) e advérbio de negação;
veremos isso mais à frente.
– O homem não come nem tampouco bebe. (ou
– Não sei nem se fico, nem se parto. (alternativa =
Não sei se fico ou se parto.)
– Nem sempre colabora com obras humanitárias.
(advérbio = não)
– Nem estudo nem trabalho. (só o segundo nem é
uma conjunção aditiva, = e não, o primeiro é um
advérbio de negação, = não).
-------------------------------------------------------
3) Conjunção aditiva - tampouco (= nem).  Sobre
a expressão nem  tampouco, Ernani Terra condena,
dizendo que se trata de redundância, já Maria H. de
Moura Neves não se opõe a ela.  agora
---------------------------------------------------------
4) Em “João mais Maria se apaixonaram.”, o mais
é uma conjunção aditiva coloquial (regionalismo).
---------------------------------------------------------
5) As correlações aditivas equivalem ao e, isto é,
dizer “Não só estudo mas trabalho.” equivale a
dizer “Eu estudo e trabalho.”. Nas correlações
aditivas (ou séries aditivas enfáticas), só as
orações iniciadas por mas, como, senão e quanto
são consideradas aditivas, o que indica que, stricto
sensu, os conectivos aditivos, de fato, são o mas, o
como, o senão e o quanto.
6) Às vezes, o início da correlação vem implícito,
caso em que o mas tem valor aditivo:
Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos
do mal. = Não só não nos deixeis cair
em tentação, mas livrai-nos do mal. E, às vezes, os
termos da correlação vêm afastados dentro da
frase: A conjunção não liga só orações, mas liga
termos também.
7) Se a correlação tanto... quanto vier em períodos
diferentes, o sentido pode mudar e a análise de tais
vocábulos idem:  todavia, entretanto, no entanto, não obstante
Tanto estudo! Quanto trabalho!  podem:
Note que agora são advérbios de intensidade.
Conjunções Coordenativas Adversativas -
3ACE
Adversativas: indicam essencialmente uma ideia
de adversidade, oposição, contraste; também
ressalva, quebra de expectativa, compensação,
restrição; elas realçam o conteúdo da oração que
introduzem.
mas
porém
contudo
todavia
entretanto
no entanto
não obstante
só que
senão (= mas sim)
antes
ainda assim
Cuidado!!!
1) O mas pode apresentar matizes de sentido:
raposição)
– Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te
amo. (compensação)
– Casou-se, mas não com a primeira namorada.
(restrição)
– Foi em direção ao beijo, mas desistiu por
timidez. (quebra de expectativa)
– Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a
reportagem. (ressalva)
– Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva)
– Era bela, mas principalmente rara. (adição,
segundo Celso Cunha).
A maiorias dos gramáticos considera redundante as
construções em que ao mas se juntam outras
conjunções adversativas, que eram outrora
consideradas advérbios: mas porém, mas contudo,
mas no entanto, mas entretanto etc. Atualmente,
tais construções são consideradas expressivas, em
que a segunda conjunção realça a primeira. 
2) Diferentemente do mas, que não pode ser
deslocado na frase, as conjunções porém, contudo,
 
Não pude sair hoje; fiquei assistindo a um filme
com minha esposa, porém. / Não pude sair hoje;
fiquei, contudo, assistindo a um filme com minha
esposa. / Não pude sair hoje; fiquei assistindo,
entretanto, a um filme com minha esposa. (etc.)
3) Não obstante pode ser uma locução conjuntiva
adversativa (seguida de verbo no indicativo), uma
locução conjuntiva concessiva (seguida de verbo
no subjuntivo) ou uma locução prepositiva (não
seguida de verbo ou seguida de verbo no
infinitivo). Veja os respectivos exemplos: 
Gasta-se muito aqui, não obstante há
compensações. / Não obstante haja compensações,
não vale a
pena tanto gasto. / Não obstante adoença, manti
nha-se firme. /   – Maria, eu sei que João é alcoólatra, mas ele é
Não obstante ter acordado, voltou a dormir.  carinhoso, então dá uma chance a ele!
Os estudiosos da língua, como José de Sá Nunes e
Geraldo Amaral Arruda, afirmam que nada
obstante é expressão sinônima a não obstante.  texto (Perdi o dia, mas ganhei o mundo.), além de
4) Segundo os linguistas Ataliba T. de Castilho e
Sanderleia Roberta Longhin-Thomazi e
os dicionários Aulete e Houaiss – para citar alguns
–, modernamente a expressão só que vem sendo
considerada uma locução conjuntiva adversativa,
“que promove uma quebra de expectativa e
introduz a informação mais importante no
enunciado”. 
5) Sobre agora, antes e ainda assim, que
comumente são encaixados na classe
dos advérbios, é bom dizer que alguns gramáticos,
como Sacconi, Cegalla e Napoleão M. de Almeida
já alistam como termos de valor adversativo.  ora...ora
“2. O conectivo ‘Ainda assim’, pode ser
substituído por ‘No entanto’ sem que o sentido do
texto se altere.”. 
A partir dessa afirmação, pense: se no entanto é
uma locução conjuntiva adversativa e substitui
ainda assim, infere-se que ainda assim
é adversativa.
6) Conjunções adversativas, realçam o conteúdo
da oração que introduzem.  times. (inclusão/adição; = e)
Exemplo1:
Imagine uma vizinha chegando até você (mulher) e
dizendo assim sobre seu marido:
– Maria, eu sei que João é carinhoso, mas ele é
alcoólatra. (Percebe que a vizinha está querendo
“jogar areia” na relação de vocês dois?)
Agora, outra vizinha:
– Maria, eu sei que João é alcoólatra, mas ele é
carinhoso. (Percebe que a vizinha está querendo
dar uma “moral” ao seu relacionamento?)
Por que deduzimos isso? Muito simples: a
conjunção adversativa dá relevância ao
conteúdo da oração que a segue, de modo que
chegamos a conclusões diferentes na fala das
duas vizinhas, certo? Veja de novo, com a
conclusão/ desfecho, o que se subentende na fala
delas:
– Maria, eu sei que João é carinhoso, mas ele é
alcoólatra, então larga ele!
Exemplo2:
A conjunção adversativa mas, utilizada no
implicar contraste, desempenha o papel de? 
Realçar o conteúdo da segunda oração, que cons
titui o elemento central na argumentação. 
Conjunções Coordenativas Alternativas -
3ACE
Alternativas: exprimem ideia de exclusão,
alternativa (opção/escolha), alternância (ação
ou resultado de alternar), inclusão, retificação etc.
ou
ou...ou
quer...quer        
seja...seja
já... já
umas vezes... outras vezes
talvez... talvez
Cuidado!!!
1) A conjunção ou pode ter matizes de sentido:
– Ou sobe, ou desce. (exclusão)
– O Flamengo ou o Vasco continuam sendo bons
– O Brasil tem 25 estados, ou 26. (retificação; =
ou melhor)
– A parte da frente do navio, ou proa, está
avariada. (precisão/sinonímia)
– Abram a porta ou todos serão repreendidos
severamente! (exclusão-condição/exclusão-
consequência; = senão – muitos dicionários dizem
que “senão” é conjunção alternativa neste caso)
2) Registram como conjunções alternativas umas
vezes... outras vezes... e talvez... talvez..., o
gramático Sacconi e o dicionário Houaiss. É bom
dizer que, excetuando ou, todas as demais
conjunções alternativas são correlatas.
3) Os gramáticos Sousa e Silva e A. Gama Kury Ela volta logo; vamos preparar-lhe uma surpresa.
ensinam que não pode haver combinação (advérbio de tempo) / Ela volta hoje, logo vamos
de correlatas diferentes, isto é:  preparar-lhe uma surpresa. (conjunção
conclusiva) / Como é bom relembrar o passado;
Seja homem ou mulher, todos gostam de música. namorava-se então no portão de casa. (advérbio
(errado) / de tempo) / 
Seja homem seja mulher, todos gostam de música. O mestrando perdeu totalmente o fio do discurso,
(certo).  então a banca de professores o reprovou.
(conjunção conclusiva). 
Ainda sobre “seja”, a maioria dos gramáticos não Falando nisso, sendo assim e assim sendo
toleram sua flexão, afinal, conjunção é uma são construções registradas pelo dicionário Aulete,
palavra invariável:  equivalendo a logo, portanto e
Sejam dias frios, sejam dias quentes, sempre toma assim. Logo, trata-se de locuções conjuntivas
banho gelado. (inadequado) /  conclusivas.
Seja dias frios, seja dias quentes, sempre toma
banho gelado. (adequado).  3) Alguns gramáticos, como Gama Kury, Sacconi
Bechara não se opõe a nenhuma das duas e Infante, dizem que de modo que, de
construções. maneira que, de forma que e de sorte que podem
ser locuções conjuntivas coordenativas
4) Além de indicar exclusão, a correlação “quer... conclusivas. 
quer” pode apresentar um matiz de
concessão:  4) As expressões desse modo, dessa maneira e
dessa forma são inegáveis conectivos de valor
Quer queiram, quer não, eu sou um grande conclusivo dentro do discurso, como alista o sábio
profissional! = Embora queiram ou não, sou um Othon Moacyr Garcia.
grande profissional!
Conjunções Coordenativas Explicativas -
Conjunções Coordenativas Conclusivas - 3ACE
3ACE
Explicativas: exprimem ideia de explicação,
Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou justificativa; normalmente vêm após verbos
consequência. no imperativo.
logo
portanto porque
por isso                que
pois (posposto ao verbo) porquanto
por conseguinte pois (antes do verbo) (=porque)
então
assim Cuidado!!!
em vista disso 1) O pois explicativo equivale a porque, logo, por
Cuidado!!! mais que venha separado por vírgulas,
1) Algumas conjunções conclusivas podem vir nunca será conclusivo: 
separadas por vírgula quando deslocadas,
falo sobre isso melhor em Pontuação:  Gratidão a Deus todos devem, pois, além de tudo,
Ela se casou com um homem rico; não Ele entregou Seu filho por nós. 
passará necessidades, portanto. (ou Ela se casou
com um homem rico; não passará, Veja a diferença, agora como conclusivo: 
portanto, necessidades.).
Gratidão a Deus todos devem. Devemos, pois,
2) Não confunda os advérbios de tempo logo e levar em conta que Ele entregou Seu filho por nós.
então com conjunções conclusivas: 
2) As conjunções explicativas também podem ser Desde que conseguimos entrar na Faculdade,
causais. Veremos a diferença entre causa e precisamos agora conquistar nosso diploma. 
explicação na parte de Orações Subordinadas
Adverbiais. O fato é que tal construção não é nada usual
3) Pelo amor de Deus, jamais confunda portanto atualmente.
(conclusiva) com porquanto (explicativa).
5) Segundo Bechara, “a construção ‘sendo que’ é
usada como equivalente à conjunção aditiva ‘e’ ou
Conjunções Subordinativas Causais –  à adversativa ‘mas’ (...) , os autores a consideram
coloquial, nessas acepções.
(6C F TPM)
6) Dado que e Posto que são normalmente
Causais: exprimem a causa, a razão de um efeito. locuções conjuntivas concessivas
porque (normalmente com verbo no subjuntivo): 
que
porquanto Dado que/Posto que tenha deixado de estudar,
pois nunca esqueci as explicações do mestre. 
como (= visto que; só no início da oração)
pois que (uso mais literário) Não obstante no Soneto de Fidelidade, de Vinícius
dado que de Moraes, ele se valeu de sua licença poética para
visto que usar posto que como causal: 
visto como
já que Que não seja eterno posto que (= porque) é chama
uma vez que mas que seja infinito enquanto dure. 
na medida em que
sendo que A norma culta não acolhe a classificação de
Em razão de locução conjuntiva causal para posto que. 

Cuidado!!! Para Cegalla e para o gramático Houaiss, Dado

1) Não confunda porque, que, porquanto e pois
causais com explicativas. Sempre que vier um
verbo no imperativo antes – não respire! –, tais
conjunções serão sempre explicativas:
que pode ter valor condicional.
7) Não confunda na medida em que (locução
causal) com à medida que (locução
proporcional). 

“Vem, que eu te espero!” (explicativa).  É bom dizer também que na medida que é uma
locução inexistente na língua culta. 
2) Por causa que e por causa de que são
coloquialismos. Evite! – Observe o período: “Eu desejava mais uma
blusa: quem viaja está sempre pensando em
3) Não confunda o como causal com o aditivo, alegrias que, de volta, pode dar aos amigos.”.
comparativo e conformativo:  Substituindo-se os dois pontos por uma conjunção
ou locução conjuntiva, a relação entre as orações
Como fizesse frio, pus um casaco. (causa) /  estará correta em:
Tanto nado como pedalo. (adição) / 
Como age o pai, age o filho. (comparação) /  Eu desejava mais uma blusa, na medida em que
Como já dissemos, acalmem-se!(conformidade) quem viaja está sempre pensando... (a relação
entre as orações separadas por dois-pontos é de
4) Desde que (= uma vez que; causal) é ignorado causa e consequência)
por alguns estudiosos e abonado por
outros: 
8) Há muitas questões que trabalham relação de * As conjunções comparativas em si são as que
causa e consequência e reescritura de frases ao não estão entre parênteses; os termos entre
mesmo tempo. A banca que privilegia tal assunto é parênteses só participam da correlação. Outra
a FCC. Vou dar um exemplo:  coisa: lembre-se de que o 'do' é facultativo antes do
que.
Como Berenice não gostava de ir ao cinema
(causa), seu pai a levava à força. = Berenice Cuidado!!!
não gostava de ir ao cinema de modo que seu pai 1) Que nem e feito são vistos como conectivos
a levava à força. (conclusão/consequência)  coloquiais, mas Cegalla os alista entre
as comparativas sem fazer ressalva alguma,
Os irmãos viviam brigando porque sentiam ciúmes portanto cuidado com a abordagem das bancas:
terríveis um do outro. (causa) = Os irmãos sentiam Ela recendia perfumes que nem um galho de
ciúmes terríveis um do outro, por isso manacá silvestre. / Por que ficou me olhando
viviam brigando. (conclusão/consequência).  assim feito boba? (C. Drummond de Andrade)

Note que há duas maneiras de dizer a mesma 2) A expressão tal qual, quando varia, é analisada
coisa porque há uma correspondência na como tal (pronome demonstrativo) e
construção com conjunção causal e com qual (pronome relativo), é por isso que tais
conjunção conclusiva/consecutiva.  vocábulos variam com seus referentes: 

Note também que é possível dizer que há ideia de
causa e consequência mesmo com o uso de uma
locução conjuntiva conclusiva (por isso).
9) Não confunda por quanto (preposição +
pronome; indica quantidade) com porquanto
(conjunção causal ou explicativa).
10) Venho acompanhando o progresso da
expressão haja vista que (= pois, porque, visto
que, já que etc.) como locução conjuntiva causal.   “O governo daqui é tão corrupto quanto os de lá (...
Conjunções Subordinativas Comparativas - 
(6C F TPM)
Os filhos agem tais qual o pai. / O filho age tal
quais os pais. / Os filhos agem tais quais os pais.
O tal, de tal como, também varia: “As crianças,
tais como os idosos, merecem
cuidados.”.
3) É normalíssimo que os verbos das orações
iniciadas pelas conjunções estejam elípticos
(implícitos): 
quanto são os governos de lá)”. 
Dentro de um contexto, pode haver elipse total de
uma oração e, ainda assim, haver duas orações: 

João Rosa e Pedro Orósio estão disputando o

Comparativas: exprimem comparação, analogia, segundo turno. Os dois candidatos não param de
tanto qualitativamente como discutir sempre que têm uma chance. No entanto,
quantitativamente. na última vez que se viram, Pedro parecia mais
tal qual calmo. (ou seja, Pedro parecia mais calmo do que
tal e qual parecia João). 
qual
tal como A oração sublinhada apresenta, portanto, duas
(tão)... como/quanto orações, só que uma delas está em elipse total.
tanto... como
como 4) Não confunda a construção “tanto... quanto”
assim como comparativa com aditiva: 
como se
*(mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... Ela tanto ri quanto chora. (adição) / Ela chora
(do) que tanto quanto ri. (comparação).
5) A ideia de superioridade pode representar uma
preferência com a construção “antes...
(do) que”:  que, mesmo que, posto que, apesar de que...)
O apelo das cidades seria antes social que
econômico.
6) Lembre que “maior, menor, melhor, pior... que”
é construção própria de comparativo de
superioridade. Reveja o grau dos adjetivos!
2) É quase unânime a opinião de que as locuções
conjuntivas concessivas terminadas em que (ainda
sempre vêm seguidas de verbo no modo
subjuntivo. 
Disse “quase”, pois Maria H. de M. Neves,
Laudelino Freire, Assis Cintra e Cegalla registram
a possibilidade de tais conectivos virem seguidos
de verbo no modo indicativo também: 

Posto que era/fosse esperto e malicioso, acabou

Conjunções Subordinativas Consessivas  sendo enganado. 
- (6C F TPM) 3) Atenção! Não obstante é locução conjuntiva
concessiva quando seguida de verbo
no subjuntivo: 
Concessivas: exprimem contrariedade, ressalva,
oposição a uma ideia sem invalidá-la. Não obstante possuísse muitas posses, era humilde.
Embora
malgrado 4) Mesmo se não é locução conjuntiva concessiva,
conquanto tampouco construção culta, portanto evite! No
ainda que/quando lugar de “Mesmo se arrumasse um emprego fixo,
mesmo que não conseguiria manter-se.”, use simplesmente
em que (pese)¹ “Mesmo que arrumasse um emprego, não
se bem que conseguiria manter-se.”.
posto que
nem que 5) Semanticamente, as conjunções adversativas são
apesar de que muito próximas às concessivas. Há duas maneiras
por (mais, menos, melhor, pior, maior, menor, básicas de diferenciarmos uma da outra:
muito) que 
I – Memorize o grupo de ambas, pois as
Cuidado!!! conjunções adversativas nunca são iguais às
concessivas, exceto não obstante – mas o modo
1) ¹ Construção cristalizada na língua. A locução verbal que se seguirá a esta expressão
conjuntiva é em que (= ainda que) seguida do irá diferenciá-las: indicativo (adversativa),
verbo pesar (= provocar determinado sentimento).  subjuntivo (concessiva).

Este verbo pode ser VTD –  II – Perceba que a oração a seguir introduzida pela
conjunção adversativa, tem peso
“Em que pesem os esforços do governo, nada argumentativo, dando realce à oração que introduz;
muda em nosso país.” (os esforços do governo é o já a oração a seguir introduzida
sujeito do verbo pesar)  pela conjunção concessiva, não tem peso
argumentativo.
– ou VTI (neste caso, exige a preposição a: 
Maria tem boa reputação, mas não parece ter.
“Em que pese aos adeptos do progresso a (adversativa; maior peso argumentativo em
qualquer preço, continuaremos defendendo a relação à oração anterior) / 
natureza.” (aos adeptos do progresso a qualquer Embora não pareça (concessiva, menor peso
preço é o objeto indireto do verbo pesar). argumentativo em relação à oração posterior),
Maria tem boa reputação.
6) Posto, suposto (ou suposto que) são conectivos
concessivos não usuais. Encontra-se em Machado
e em Carlos Drummond:  Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo
nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: (...) (Machado) /
Certamente, falta-lhes não sei que atributo
essencial, posto se apresentem nobres e graves,
por vezes. (Drummond)
7) Não confunda com quanto (preposição +
pronome; indica quantidade) com
conquanto (concessão).
Também não confunda conquanto (concessão)
com porquanto (explicação ou causa).      indicativo), concessão, tempo e factualidade; por
Conjunções Subordinativas Condicionais  – Se os homens são por natureza imperfeitos, as
- (6C F TPM)
Condicionais: exprimem condição, hipótese.
se
caso
contanto que
exceto se
salvo se
desde que (seguido de subjuntivo)
a menos que
a não ser que
sem que (= se não)
uma vez que (seguido de subjuntivo)
Cuidado!!!
1) A locução conjuntiva sem que pode indicar uma
relação de modo, concessão, condição ou
consequência, segundo Bechara, Cegalla e outros
gramáticos.
– Saiu sem que se despedisse. (modo)
– Sem que estudasse, passou. (concessão)
– Sem que estude, dificilmente passará. (condição)
– Não sai sem que leve um casaco. (consequência)
No entanto, segundo Sacconi, “orações iniciadas
por sem que se classificam melhor entre
as concessivas ou entre as condicionais. (...)”.
Essa é a visão oficial, e não pretendemos dela nos
afastar. No dito pelo não dito, levemos as duas
verdades para a prova.
Fez tudo direito sem que eu lhe ensinasse.  todas as infinitas premissas do argumento, mesmo
Fez tudo direito embora/posto que eu não lhe
ensinasse. (concessão)
Não sairás daqui se não me confessares tudo
antes. (condição)
Não podem ver um brinquedo sem que o queiram
comprar.
Não podem ver um brinquedo de modo que não o
queiram comprar. (consequência)
Sairás sem que te vejam.
Sairás sem que te vejam. (modo)
2) Sobre a conjunção condicional se, Bechara e
Maria H. de M. Neves dizem que pode
apresentar sentidos subjacentes à condição, quais
sejam: causa (com verbo no
exemplo:
sociedades humanas não podem ser perfeitas. (= já
que; causa)
– Se você tem disposição, porque não corre a
maratona? (= já que; causa)
–“Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o
respeitava menos.” (Ondina
Ferreira) (= embora; concessão)
– A pele, se for bem clara, escurece muito debaixo
deste sol. (= embora; concessão)
– Se Maria vem aqui em casa, todos se alegram. (=
quando; tempo)
– Se fala, irrita a todos; se não fala, idem. (=
quando; tempo)
– Se eu não gosto de “funk”, é porque há muita
agressão verbal à mulher. (= Se é um fato que eu
não gosto de funk, eu não gosto porque há muita
agressão verbal a mulher; factualidade)
Já outros gramáticos, como Cegalla e Sacconi, são
mais “radicais” ao dizerem que o se é
uma conjunção causal ou concessiva. O Sacconi
vai além dos valores do se, mas não nos cabe aqui
dizer tudo o que é verdade para tal gramático. O
fato é que o se já foi considerado conjunção causal
em questão de prova.
3) O valor de condição necessária e suficiente da
construção se e somente se está nas
locuções desde que e contanto que: 
Um argumento é uma certeza absoluta se e
somente se (desde que/contanto que) a hipótese de
aquelas ocultas, se tornasse uma verdade, depois
da conclusão provada.
4) Pode haver elipse do verbo auxiliar da locução
verbal ou elipse da própria conjunção se:
2) A conjunção conforme também pode ser
proporcional, segundo o dicionário Houaiss e
Maria H. de M. Neves, equivalendo a “à medida
que/ao passo que”: 

Se (for) reeleito, transformará a saúde carioca. / Conforme os convidados iam chegando, iam
(Se) Tivesse eu os votos do povo, mudaria sua acomodando-se nas cadeiras.
vida.   

5) É bom dizer que a concretização de uma Conjunções Subordinativas Consecutivas 

condição ou hipótese implica uma consequência
certa, portanto cuidado com questões que - (6C F TPM)
trabalhem a noção de causa e consequência, mas
não utilizem conjunções causais, conclusivas ou Consecutivas: exprimem resultado, efeito,
consecutivas, mas sim condicionais! consequência.
É isso mesmo! Exemplo:  tão... que
tanto... que
Se eu estudar, certamente passarei. Perceba que a tamanho... que
consequência (passar) depende da concretização do tal... que
fato contido na condição/hipótese (estudar). de tal modo/maneira... que
a tal ponto... que
6) É redundância, portanto totalmente tanto assim... que
desaconselhada a construção se caso:  de sorte que*
“Se caso você for, avise-me.” (inadequado) / “Se de modo que
(ou Caso) você for, avise-me.” (adequado).  de maneira que
de forma que
Já a construção se acaso (= se – conjunção
condicional + porventura – advérbio de dúvida) * As locuções de sorte que, de modo que, de
é correta:  maneira que, de forma que são sinônimas.
“Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só
dizem sim.” (Chico Buarque).     Cuidado!!!

Conjunções Subordinativas Conformativas – 1) Saiba que, nas correlações, só o que é a

(6C F TPM)  conjunção consecutiva! As expressões que
Conformativas: exprimem acordo, maneira,
conformidade.
conforme
consoante (não usual)
segundo
como (= conforme)
Cuidado!!!
1) Não confunda como conformativo com
comparativo. Na comparação é preciso haver
pelo menos dois seres sendo comparados, o que já
não ocorre na conformidade. É por isso
que, em “O lutador luta como o mestre.”, o como
é necessariamente comparativo.
formam a correlação com a conjunção que podem
vir implícitas: 
Essa mulher bebe (tanto)  que  acaba xingando
todo mundo. 
Normalmente, nas correlações, tão é advérbio de
intensidade, tanto é advérbio de intensidade ou
pronome indefinido e tamanho e tal são pronomes
indefinidos.
2) Na linguagem coloquial, a correlação
de cada + que é comum: 
Falou cada coisa de minha mãe  que  merecia uma
surra.
  
Conjunções Subordinativas Finais –
(6C F TPM)
Finais: exprimem finalidade, objetivo, intuito,
propósito, fim.
para que
a fim de que
porque (= para que; não usual)
de modo/maneira/forma/sorte que (= para que;
não usual)
Obs.: Não confunda para que (preposição exigida
por algum nome + conjunção integrante) com para
que (locução conjuntiva final):  Cegalla, repudiam o uso da preposição na
A preservação da Floresta Amazônica
é importante para que se mantenha o equilíbrio
ecológico mundial. (o nome importante exige a
preposição para, que vem seguida da conjunção
integrante que) /  a chover.”.
Quando o senhor quer algo de mim, é gentil.
(condição) / 
Vive saindo, quando deveria estar
estudando. (concessão) 
2) Não me custa dizer que mal e apenas são
advérbios, normalmente. Também não me
custa dizer para você tomar cuidado com desde
que condicional (seguido de verbo no
subjuntivo, pois indica hipótese:  “Desde que se
alimentasse bem, poderia desenvolver-se.”) e
desde que temporal (seguido de verbo no
indicativo, que não indica hipótese mas fato:
“Desde que se alimentou, pôde desenvolver-se.”).
Para fechar: a maioria dos gramáticos, como
expressão ao mesmo tempo em que.
3) Sobre a locução conjuntiva temporal no que (=
assim que), é coloquial, por não haver
registro na língua culta: “No que ele saiu, começou

Temos de preservar a Floresta Amazônica para 4) As expressões todas as vezes em que, todas as
que se mantenha o equilíbrio ecológico mundial. vezes nas quais, ao mesmo tempo em que, ao
(locução conjuntiva final) mesmo tempo no qual são equivocadas, segundo a
língua culta. Os gramáticos Cegalla e Bechara, por
exemplo, abonam essa afirmação. As locuções
Conjunções Subordinativas Temporais  conjuntivas temporais adequadas são sem
preposição.    
- (6C F TPM)
Temporais: exprimem tempo.
Quando
Conjunções Subordinativas Proporcionais 
enquanto
mal (= logo que) - (6C F TPM)
apenas (= logo que; não usual)
depois que Proporcionais: exprimem proporcionalidade,
antes que simultaneidade, concomitância.
sempre que
logo que à proporção que
assim que à medida que
agora que ao passo que
todas as vezes que quanto mais/menos/menor/maior/melhor/pior...*
cada vez que (tanto) mais/menos/
ao mesmo tempo que menor/maior/melhor/pior
primeiro que (= antes que; não usual)
até que * As locuções conjuntivas iniciadas por quanto
desde que (verbo no indicativo) (quanto mais, quanto menos...) estão em correlação
com as expressões que as seguem (tanto mais,
Cuidado!!! tanto menos...).
1) A conjunção quando pode indicar matiz
condicional e concessivo: 
Cuidado!!! Conjunções Subordinativas Integrantes

1) Enquanto, além de temporal, segundo o - QUE/SE

gramático Celso Cunha e Maria H. de M. Neves
e os dicionários Aulete e Houaiss, é também Introduzem orações subordinadas substantivas;
conjunção proporcional:  conectam uma oração incompleta a uma oração
que, por sua vez, vai completá-la; 
Enquanto uns se decepcionaram, outros
aplaudiram.  bizu: substituir uma oração iniciada por uma das
integrantes (que ou se) por isto/isso, tais
Indica normalmente simultaneidade:  conectivos serão conjunções subordinativas
integrantes.
Desliguei a TV, enquanto ela me beijava. 
– Não sei se devo estudar mais. 
Equivale a “ao passo que”.  (“Não sei” o quê? Isto: “se devo estudar mais”.)
 Ainda sobre esta conjunção, o gramático – Verifiquei se faltava água aqui. 
Domingos P. Cegalla diz que ela equivale a “ao (“Verifiquei” o quê? Isto: “se faltava água
passo que” (conjunção adversativa, segundo ele) aqui”.)
quando indica contrariedade, oposição:  – Eu o informei de que a prova será amanhã. (“Eu
o informei” de quê? Disto: “de que a prova será
“Uns trabalham enquanto (= ao passo que, mas) amanhã”.)
outros se divertem”.  – Percebe-se que ela é uma boa aluna. 
(O que “se percebe”? Isto: “que ela é uma boa
Faz sentido, mas não conheço outro gramático que aluna”.)
diga o mesmo.  Obs.: As conjunções integrantes, não carregam
um sentido embutido, apesar de haver uma sutil
2) Preciso dizer pela milésima vez que na medida mudança de sentido nestas orações introduzidas
que e à medida em que não existem na língua por que e por se: 
culta? Cuidado! Só existe à medida que “Ela não sabe se ele virá.”    (dúvida) e 
(proporcional) e na medida em que (causal)! Não “Ela não sabe que ele virá.” (certeza).    
erre na prova!    

Conjunções Subordinativas Modais - (6C F

TPM)

Modais: Nem todo autor considera,  exprime o

modo pelo qual se executou o fato expresso na
oração principal.
sem que, 
gerúndio (indicando modo).
– Os alunos saíram da sala de aula sem que a
professora percebesse.
– Saiu  sorrindo do local.