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As 5 fases da evolução:
1. Fase Artesanal – foco na produção -> finalidade da empresa era produzir, não vender
2. Fase Industrial – foco nas vendas -> concentração do marketing para as vendas do produto
3. Fase do Consumidor – foco no cliente -> a função da empresa é satisfazer o cliente
4. Fase da valorização da marca – foco no marketing societal – marketing socialmente responsável
5. Fase Digital -> foco no marketing holístico
1º MODELO
2º MODELO (ELEMENTAR)
3º MODELO
Nos fatores de situação, a empresa tem de se adaptar, pois as modificações não dependem dela
(fatores externos)
ESTUDOS DE MERCADO
O QUE SÃO?
Processo sistemático e objetivo de recolha e consequente fornecimento de informação relevante oara a tomada
de decisão na esfera da gestão ou do marketing.
Minimizar a amplitude da incerteza (nenhum estudo consegue eliminar a incerteza a 100%, mas é
possível diminuir o erro na tomada de decisão)
Proporcionar informação sistemática e objetiva que apoiará os decisores na tomada de decisão (para
definição de estratégias de ação)
Mediar a relação entre o fabricante e os consumidores finais (papel principal)
Conhecer o consumidor (os seus gostos, preferências, vontades, necessidades, etc)
OS PASSOS SÃO:
Quanto à recolha, podem ser dados primários (eu recolho a informação no momento) ou dados
secundários (dados já existentes);
Quanto à natureza podem ser qualitativos (dados que se exprimem por palavras que significam
qualidades, realidades não quantificáveis) ou quantitativos (dados que se exprimem por números que
significam quantidades;
Quanto à sua origem podem ser dados internos (recolhido na amostra) ou dados externos
(recolhidos junto dos stakeholders);
FONTES DE DADOS
Critérios científicos (precisão, objetividade, validade interna, validade externa) ou critérios práticos
(pertinência, rapidez, custo).
DESCRITIVOS
Objetivo: descrever o mercado. Por exemplo, quem são os compradores de um produto?
Características: é a abordagem mais comum, proporciona um desenho estruturado do mercado
Métodos: dados primários, inquéritos, etc.
CAUSAL
Objetivo: determinar relações de causa-efeito, verifica o efeito de um fenómeno sobre o outro
Características: assemelha-se a uma experiencia cientifica, permite testar cenários de marketing
Métodos: Experimentação
PROCESSOS DE DECISÃO E PAPEL DOS ESTUDOS DE MERCADO
1. Reconhecimento da situação que obriga à tomada de decisão (gestor é informado que quota de mercado
baixou, por exemplo. Tem de tomar uma decisão para resolver)
ESTUDOS
2. Definição do problema que exige uma tomada de decisão (problema ou oportunidade, definir o que precisa
EXPLORATÓRIOS
de ser corrigido)
3. Identificação das alternativas de ação (identificar combinações de variáveis)
6. Implementação da alternativa de ação escolhida e seu acompanhamento (os estudos de mercado fornecer
ESTUDOS DE
os meios para monitorizar a eficiência da ação selecionada e as variáveis que influenciam a performance
ACOMPANHAMENTO
do programa)
Quanto ao tipo de recolha de informação, podem ser estudos de gabinete (dados já publicados ou
recolhidos para outros estudos) ou estudos de campo (recolha para a a investigação em curso).
Quanto à metodologia utilizada, podem ser qualitativos (dados explicativos. Como? De que
maneira) Porquê) etc) ou quantitativos (dados quantificáveis. Quantos? Quantas vezes? Com que
frequência?)
QUANTITATIVOS QUALITATIVOS
Com significado estatístico Sem significado estatístico
Metodologia extensiva (grandes Metodologia intensiva (estudo de pequenas
amostras) amostras em profundidas)
Técnicas de contacto com o consciente Técnicas de contacto com o consciente e
do entrevistado inconsciente do entrevistado
Investigação de caráter descritivo Investigação de caráter explicativo
Observar, constatar, medir Compreender, explorar, aprofundar
Comportamentos e hábitos Motivações e atitudes
Estatística Coerência interna, redundância
Amostras de grande dimensão, Amostras de pequena dimensão, não
proporcionais e representativas proporcionais, não representativas
Recolha estruturada, questionário de
Recolha semi ou não estruturada, guião ou
perguntas abertas ou fechadas, condução
protocolo, condução semi ou não diretiva
diretiva
Entrevistador dirige o entrevistado,
Entrevistador acompanha o entrevistado,
conhece mal os objetivos e não tem
conhece os objetivos e é especializado
especialização
Entrevista individual Entrevista individual / dual / grupal
Pessoal, telefónica, postal ou online Pessoal
Com entrevistador ou auto-
Com entrevistador
preenchimento
1. TÉCNICAS DE RECOLHA DIRETA (Discussão livre, fala-se abertamente sobre o tema. Utiliza-se um
guião ou questionário não-estruturado)
Reuniões de grupo (Entrevista não estruturada, conduzida por
um moderador treinado junto do grupo. Não há questionário, há
um guião. Grupo de 8-10 pessoas homogéneo em algumas
variáveis. Feito em salas, videoconferência ou online, em
ambiente descontraído. Duração de 2h/2h30 – entrevista gravada
em áudio e vídeo. Moderador conduz de forma a falarem “sem
medirem as palavras”.)
Entrevistas em profundidade (Entrevista individual, não
estruturada que leva o entrevistado a falar abertamente e
expressar detalhadamente o que pensa, sente, o motiva e inibe,
quanto aos tópicos da investigação. A maior vantagem é que se
aprofunda e cria uma ligação que permite debater assuntos
delicados – drogas, sexualidade, etc. Tem a desvantagem da
influência que o entrevistador pode ter (é necessário reduzi-la ao
máximo).
Entrevista pessoal (face to face) – pode realizar-se em casa, no ponto de venda, no local
de trabalho, numa sala, etc. Pode ser realizada em papel ou via computador (CAPI –
Computer assisted papel interview). Tem pontos fortes, como o contexto/ambiente, a
amostra, observação, ajuda na comunicação, se for por tablet maior controlo de tempo,
podem aplicar-se perguntas filtro. Tem pontos fracos, como o custo, é mais demorado, o
entrevistador pode enviesar.
Entrevista telefónica – anotação das respostas pode ser feita em papel ou computador
(CAPI). Tem como vantagens a rapidez, o custo (menos elevado que a pessoal), menos
efeito do entrevistador sobre o entrevistado. Pontos fracos, entrevista de duração curta,
perguntas têm de ser simples, não se observa o entrevistado.
Entrevista postal – as vantagens são o custo pouco elevado, resposta ao ritmo do
entrevistado, dispersão de amostra. Desvantagens, não se controlam as condições de
resposta, alta taxa de não resposta.
Entrevista online – Selecionam-se as pessoas (painel), envia-se convites por email,
apresentam-se objetivos do estudo e link para acesso. Vantagens: não há entrevistador,
não condiciona as respostas, o entrevistado responde ao seu tempo, timing. Desvantagens:
confidencialidade, representatividade de certos targets, sem acesso a comunicação verbal.
Tipos de inquéritos online: pergunta única no banner; link no site para que todos
respondam; envio de email convite (mais usado e credível).
Não é o consumidor que é medido, mas sim as suas opiniões, preferências, atitudes, perceções, etc
Regra geral, utilizam-se números para facilitar a comunicação de regras e em muitos casos a análise
dos resultados obtidos.
TIPOS DE ESCALAS
Escalas nominais – servem para caracterizar, é uma designação. Ex: sim/não; Porto/Lisboa
Escalas ordinais – dão o sentido de ordem. Permitem determinar se um objeto tem mais (ou menos)
uma determinada característica, mas não consigo quantificar a diferença
Escalas de intervalos – intervalos onde o espaço é mensurável, consigo avaliar os intervalos
Escalas de rácio – proporções iguais entre os valores da escala correspondem a proporções iguais
entre as características de medida
Número de categorias a utilizar – quanto maior o número de categorias mais fina é a descriminação,
mas mais difícil é para os respondentes utilizarem a escala. Se os respondentes conhecerem bem a
marca as categorias podem aproximar-se de 10, se os respondentes não conhecerem bem a marca
devem ficar-se por 5.
Serem balanceadas – o número de categorias favoráveis deve ser igual ao número de categorias
desfavoráveis.
Pares ou ímpares – com um número ímpar, a posição central chama-se “neutral” e pode influenciar a
resposta (exemplo: likert)
Forçada ou não forçada – caso a categoria “Não sabe/Não responde” não esteja presente, o
respondente é obrigado a ter uma opinião.
QUESTIONÁRIOS
ESTRUTURA DE UM QUESTIONÁRIO:
Título: Alcance e destino do questionário;
Introdução: deve ser pequena em que se solicita a colaboração do individuo e se garante a
confidencialidade e anonimato das duas respostas.
Corpo do questionário: Perguntas, anotações das respostas e dados de classificação
Instruções: chamadas de atenção ao entrevistador. No caso de serem necessárias instruções mais
extensas, estas devem ser elaboradas à parte.
Informação de identificação: nome, morada, telefone, data e hora da entrevista, código do entrevistador.
UM QUESTIONÁRIO DEVE:
TIPOS DE QUESTIONÁRIOS
1. Perguntas abertas – de resposta livre (O que mais lhe agradou na última vez que foi ao cinema?)
Vantagens:
Vantagens:
Desvantagens:
Devem facilitar a memória do entrevistado, isto é, deve-se perguntar sobre a ultima vez que usou,
comprou, viu… para não forçar o entrevistado a fazer contas.
Não deve cansar o entrevistado – deve ser aliciante para evitar respostas incompletas, etc
Evitar perguntas longas – se o texto fr longo, dividir em 2 ou 3 questões
Utilizar perguntas neutras para não influenciar as respostas – comprou, ou não comprou?
Evitar perguntas com informação ambígua
A sequência de perguntas deve dar a ideia de raciocínio logico, caso contrário, pode surgir a
dúvida se já não terá sido respondida aquela questão
A entoação de voz na leitura das perguntas é importante. Linguagem acessível
Evitar perguntas embaraçosas – se tiverem de acontecer, colocar no final onde já há alguma
confiança entre entrevistador e entrevistado. Dados de classificação também devem ir no fim.
TIPOS DE ESTUDOS
1. ESTUDOS DE NOTORIEDADE (conhecimento espontâneo ou sugerido de um produto ou marca.
Traduz o índice de ligação/associação que o respondente é capaz de dar à marca ou produto)
Podem ser:
2. TESTES DE NOME/MARCA
Objetivo: Determinar o nome ou marca mais aduqada para um produto ou serviço, a partir de nomes já
criados ou incluindo a criação
3. TESTES DE CONCEITO
Pode ser testado:
Apenas enquanto ideia (versão mais pura)
Combinando a ideia com imagens
Combinando o conceito com a visualização do produto e a sua utilização
Pode recorrer-se a um teste qualitativo seguido de um quantitativo
4. TESTES DE PRODUTO
Várias opções
Adequação do produto ao conceito
A fórmula é competitiva com a concorrência?
TIPOS DE TESTES
Quanto ao número de produtos em teste, podem ser monádicos (só há um produto em teste, não
existe comparação entre produtos, mas a avaliação do produto sem o comparar) ou teste comparativo
(pareado) (onde dois ou mais produtos são testados – quando mais que dois, testam-se aos pares –
utiliza-se quando existe uma marca líder no mercado ou se se pretender escolher uma das várias
alternativas existentes).
Quanto ao local de realização do teste, podem ser hall-test (conduzido em certos locais apropriados
para o efeito, salas preparadas para a experimentação e recolha de informação), ou test at home (em
casa do inquirido).
Quanto à identificação do produto, podem ser testes às cegas (produtos apresentados
descaracterizados, em embalagens neutras – para que a apreciação/preferência não seja influenciada
pela imagem que o inquirido tem da marca), ou teste identificado (produto testado como ele é, marca,
publicidade… para testar preferências da marca)
5. TESTES DE PACKAGING
6. TESTES DE PREÇO
Como é testado?
Método experimental – apurar o volume de vendas de um produto com base na variação do preço em
diferentes pontos de venda numa mesma área geográfica – método quantitativo, duração de 3 a 12
meses
Método de inquérito direto a consumidores – espontâneo – testar atitudes e comportamentos face a
vários níveis de preço (qual o preço que considera justo para o produto X? Qual o preço acima do qual
não compraria)
Propostos/sugeridos – repete-se a pergunta ate saber valor mínimo e máximo (comprava o produto X
por 3€?)
Os estudos de mercado contribuem para identificar o intervalo em que o preço se deve fixar.
7. TESTES DE USO&ATITUDES
Exemplo: estudo de perfil de cliente U&A -> o conhecimento do perfil do cliente permite ajustar a atuação
da marca
8. TESTES DE PERSONALIDADE
Utilizam-se para estudar, de um conjunto de figuras publicas, qual a que se encaixa melhor em determinada
marca/produto.
O que as marcas pretendem com a associação a uma figura pública é reforçar vínculos com a marca e
acelerar a associação aos valores da marca.
Satisfação ou insatisfação é gerada pelas surpresas e desapontamentos e depende fortemente das expetativas e
da qualidade que subjetivamente é percecionada pelo consumidor.
Satisfação global – de uma maneira geral, qual o grau de satisfação com a empresa?
Satisfação com dimensões chave – de uma maneira geral, qual o grau de satisfação com o produto?
Satisfação com atributo – de uma maneira geral, qual o grau de satisfação com a facilidade em
encontrar o produto?
Métodos e técnicas: Pode-se testar anúncios de TV, rádio, imprensa, outdoors, cinema, internet. Pode-se testar
algumas partes, todo o anúncio, várias alternativas de anúncio ou vários anúncios.
Técnicas de recolha: entrevistas individuais, semi ou não estruturadas entrevistas de grupo 50-250 pessoas e
focus group.
Avaliação continua
Evoluções semanais
Avaliação da notoriedade
OBJETIVO: Facilitar a informação necessária para selecionar o melhor suporte ou o melhor conjunto de
suportes, entre todos os conjuntos possíveis (mede-se audiências para saber se os programas são populares,
conhecer a composição da nossa audiência, comparar as suas emissões com emissões concorrentes)
AUDIOMETRIA: Estudo de audiência de televisão com recurso a aparelhos de registo automático de
programas. Em Portugal, quem faz este estudo é a GFK
CONCEITOS A CONHECER:
12. EYETRACKING
Metodologia de observação e medição do comportamento visual através da interação humana em tempo real.
São gerados heat maps que permitem perceber para onde olham os consumidores.
COMUNIDADES ONLINE
Estudos etnográficos – técnica que consiste no estudo de um objeto por vivencia direta da realidade onde este
se insere. Por exemplo, a reconstrução fiel dos hábitos e estilo de vida de uma pessoa que corre.
As comunidades online consistem num processo continuado de relação com o consumidor através de uma
plataforma web fechada/privada, apoiados por técnicas como a etnografia digital, os diários de compras e as
entrevistas pessoais.
REDES SOCIAIS
Nos dias que correm, os consumidores expressam-se online e nas redes sociais.
Saber reputação de uma marca através de comentários nas redes sociais, analise de sentimento dos comentários
em tempo real, engagement através da criação de quizes sobre a marca.
RECOLHA PASSIVA DE DADOS - “Como ver sem ser visto, como saber sem perguntar.”
O que é?
Obter dados de forma não explicita, mas sempre com a autorização do painelista. É um software que
regista toda a informação de navegação de um usuário, sejam páginas web ou apps utilizadas.
Painelistas são identificados via cookies (arquivadores de informação). Consegue-se assim ver todo o seu
comportamento online, detetar painelistas que foram a determinado site, que foram expostos a
determinados anúncios ou campanhas publicitarias, etc.
GEOLOCALIZAÇÃO
Permite perceber onde estão os consumidores, localizá-los no espaço. As marcas podem, com essa informação,
colocar os outdoors estrategicamente num local que saibam que é frequentado pelo seu publico-alvo.