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PESQUISA DE MERCADO

Pesquisa de Mercado
no Contexto de Marketing:

É uma ferramenta para tornar as decisões a


respeito do Mix de Marketing mais seguras.
Algumas dúvidas envolvidas nas decisões dos
executivos de Marketing...

Qual é a participação de mercado


da marca “X” na categoria de produto ?

Qual é o perfil demográfico, sócieconômico e psicológico do


consumidor do produto ?

Qual é o grau de satisfação


dos usuários com relação aos produtos e serviços?

Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do produto, na


percepção do usuário?

Quais as razões de rejeição/ não uso do produto?

Quais critérios eu posso utilizar para identificar e compor uma


estratégia de segmentação de mercado?
Pesquisa de Mercado

“É o planejamento, coleta, análise e apresentação


sistemática de dados e descobertas relevantes
sobre uma situação específica de marketing
enfrentada por uma empresa”
(Philip Kotler)
Pesquisa de Mercado

“Investigação sistemática, controlada,


empírica e crítica de dados com o objetivo
de descobrir e (ou) descrever fatos e (ou)
de verificar a existência de relações
presumidas entre fatos (ou variáveis)
referentes ao marketing de bens, serviços e
idéias, e ao marketing como área de
conhecimento de administração ”
(Fauze Mattar)
Processo de Pesquisa de
Mercado

Problema/Objetivos
da
Pesquisa Plano
de
Pesquisa Coleta
da
Informação Análise
das
Informações
Apresentação
dos
Resultados
Definição do Problema
da Empresa

 Primeiro e mais importante passo do projeto


de pesquisa

 Todo projeto de pesquisa deve partir de uma


real necessidade de informação, ou seja, uma
situação onde há questões a serem
respondidas.
Indagações Básicas
 Por que realizar a pesquisa ?
 Quais decisões deverão ser tomadas à
partir dos resultados da pesquisa ?
 Quais as possíveis respostas para os
problemas definidos ?
Indagações Básicas

Para este momento sugere-se estudos exploratórios,


utilizando fontes de dados secundários, contatos com
pequenos grupos de consumidores ou estudos de
casos.
– Estudos Exploratórios: meta é demonstrar a real
natureza do problema e sugerir possíveis soluções
ou nova idéias

– Dados Secundários: dados que foram coletados para


outra finalidade e podem ser encontrados em algum
outro lugar.
Determinação Objetivos
Pesquisa
 Quais são as informações necessárias para
resolver o problema de pesquisa

 Formulaçãode hipóteses que serão ou não


confirmadas pela pesquisa.
Tipos de Pesquisa
de
Mercado
Tipos de Pesquisa
 Oportunidade de Vendas
 Oportunidades no mercado onde atuamos ou
pretendemos atuar

 Organização de Vendas
 Avaliação de políticas de distribuição, comunicação e
estrutura de vendas
Pesquisas Oportunidades
Vendas

 PESQUISA DE MERCADO

– Identificar preferências, hábitos, costumes e perfil


socioeconômico

– Avaliar imagem da marca, intenções de compra e análise


da participação de mercado

– Previsão de demanda, potencial de mercado, tendências


de negócios e pesquisa de imagem corporativa.
Pesquisas Oportunidades
Vendas

 PESQUISA DE PRODUTO

– Identificar diferenciais competitivos entre produtos


concorrentes

– Potencial para novos produtos ou necessidade de


modificações nos produtos já existentes

– Teste de produtos e determinação de preços.


Pesquisas Organização
Vendas

 PESQUISA DE DISTRIBUIÇÃO

– Identificar melhores canais de distribuição

– Verificar desempenho e eficiência dos canais já


existentes.
Pesquisas Organização
Vendas

 PESQUISA DE ANÁLISE VENDAS

– Avaliar estrutura e organização de vendas da


empresa
 Atuação da equipe de vendas
 Divisão geográfica vendas
 Remuneração vendedores
Pesquisas Organização
Vendas

 PESQUISA EM PROPAGANDA

– Avaliação de campanhas publicitárias e peças


promocionais
– Pesquisas de recall (memorização)
– Efetividade da propaganda
– Mídia (adequação e veículos e meios)
– Estratégias de promoção de vendas
– Estudos sobre concorrência
Métodos de Pesquisa
de
Mercado
Metodologia de Pesquisa

 A metodologia de pesquisa é definida de


acordo com a fonte de dados a serem
utilizadas, os objetivos e a amplitude dos
estudos e o tipo de análise que se pretende
fazer, de acordo com o controle das variáveis
em estudo.
Estudos Exploratórios

 Primeiro contato com a situação a ser


pesquisada ou um melhor conhecimento
sobre o projeto e hipóteses levantadas.

 Principais características:
 Informalidade
 Flexibilidade
 Criatividade
 Baixo Custo
 Utilização de dados secundários
Estudos Descritivos

 Também chamados de pesquisa Ad-hoc,


procuram descrever situações de mercado
através de dados primários, relacionando e
confirmando as hipóteses levantadas na
definição do problemas de pesquisa

 Dados primários: obtidos através de


entrevistas pessoais ou discussões em
grupo.
Estudos Descritivos
 Descrever situações de mercado à partir de
dados primários
– Estudos Descritivos Estatísticos:
Pesquisa Quantitativa
– Estudo Descritivo de Caso: Pesquisa
Qualitativa
– Estudos Experimentais ou Causais
Pesquisa Quantitativa

 Busca uma análise quantitativa das relações


de consumo, respondendo à questão:
“Quanto?” para cada objetivo do projeto de
pesquisa que tenha adotado esta metodologia.
 Estudos realizados à partir de amostras da
população, utilizando cálculos estatísticos.
Pesquisa Quantitativa

 Entrevistas Domiciliares
 Telefônicas

 Central Location
Pesquisas Qualitativas

 Busca compreender as relações de consumo


em profundidade através de análise qualitativa
das informações obtidas.
 Questões a serem respondidas:
 Como as pessoas compram ?
 Por que compram?
 Que imagem têm do produto ?

etc ...
Pesquisas Qualitativas

 Levantamento de opiniões sobre o tema – privilegia


FALA e REAÇÕES
 Caráter exploratório, possibilitando o surgimento de
impressões emocionais
 Não possuem o objetivo de mensurar dados
 Fornecem subsídios para uma etapa quantitativa ou
para definição preliminar de caminhos para o
produto/serviço
 Amostras bem menores
 Dependendo do objetivo, é “autosuficiente”
Pesquisas Qualitativas

 Métodos:
– Dinâmica de grupo ( Focus Group)
 Mínimode 8,máximo de 12 pessoas.
 Nunca menos de 8 pessoas

– Entrevistas em profundidade
Qualitativas x Quantitativas
QUALITATIVAS QUANTITATIVAS

AMOSTRA  Não probabilística  Probabilística


 Não representativa  Representativa

INSTRUMENTO Roteiro não estruturado Questionário Estruturado


COLETA

ABORDAGEM Aprofundada Superficial

ANÁLISE Conteúdo Estatística


Estudos Experimentais
ou Causais
 São destinadas a testar hipóteses específicas, isto é, testar
idéias; tentativas de relações

 Pontos desfavoráveis:
 Alto custo
 Resultados difíceis de serem obtidos com a exatidão desejada

 Ex:Testes de mercado, em que os produtos são colocados à


venda em áreas selecionadas para avaliação de potencial de
demanda, provocando alteração das variáveis de marketing,
como o nível de propaganda, preços e promoções.
Exemplo de Estudo Experimental
Pré-teste de Campanhas Promocionais
Métodos de Teste Controlado de Varejo

Grupo
Grupo
De
Experimental
Controle

Implementação da Promoção Situação Normal,


sem a promoção

Avaliação Comparativa de Vendas


Métodos de Coleta de
Dados

 OBSERVAÇÃO
 INQUÉRITO ou CONTATO
 INTERATIVO
OBSERVAÇÃO

 Utilizada quando se pretende levantar


hipóteses preliminares sobre o
comportamento de consumo

Obs.: esse tipo de estudo é realizado com


freqüência junto ao público infantil, levando
em conta que este público tem dificuldade de
verbalizar suas opiniões sobre os produtos.
Críticas ao Método
de Observação

 Subjetivismo da análise do pesquisador

 Necessidade de observação de grande


quantidade de casos para garantir
consistência e representatividade de estudo
Inquérito ou Contato

 Pessoal – mais largamente utilizado, pois se


obtém o maior número de informações possíveis
do entrevistado.
 Telefone
 Vantagem: rapidez
 Desvantagens:
– Desinteresse por parte do entrevistado em responder,
ocorrendo maior número de recusas que na entrevista
pessoal.
– Necessidade da amostra ser criteriosa, visto que o fato da
pessoa ter que, necessariamente, ter telefone pode
distorcer o resultado da pesquisa.
Interativo

 Via Internet e multimídia


 Rapidez na coleta simultânea de dados de
vários países
 Diminuição / eliminação de erros decorrentes
da interferência humana

 “Método do Futuro”
Etapas Projeto Pesquisa

 Definição do problema gerencial


 Métodos de Pesquisa
 Definição dos objetivos da
 Estudos Exploratórios

pesquisa  Estudos Descritivos


 Definição do tipo de pesquisa
 Quantitativo

– Oportunidade de Vendas
 Qualitativo
– Pesquisa de Mercado  Estudos Experimentais ou
– Pesquisa de Produto Causais
– Organização de Vendas  Métodos de Coleta de Dados
– Pesquisa de Distribuição
 Observação
– Pesquisa de Análise de
Vendas
 Inquérito ou Contato
– Pesquisa em Propaganda  Pessoal/Telefone /Correspondência
 Métodos Interativos
Elaboração Formulários
para Coleta Dados
 Pesquisas Quantitativas: Questionários
– Forma: estruturada
– Conteúdo: objetivos
 Pesquisas Qualitativas: Roteiros

Pontos Importantes Elaboração Precauções


Formulários

 Listar aspectos importantes  Não fazer perguntas embaraçosas


 Perguntas devem ser formuladas de  Não obrigar o entrevistado a fazer
acordo com o objetivo do projeto cálculos
 Simular possíveis respostas e verificar  Não incluir perguntas que remetam a
ambigüidade e falta de alternativas um passado distante
 Não incluir perguntas que já
contenham respostas
Formulários podem ser ...

FORMA CONTEÚDO
Estruturado
 Disfarçado
 Não estruturado  Não disfarçado

 Estruturado: seqüência lógica de perguntas que não podem ser


modificadas nem conter inserções do entrevistador.
QUANTITATIVA: questionários – estruturados
 QUALITATIVA: roteiros – não estruturados
 Se os objetivos da pesquisa estiverem explícitos, o formulário é
NÃO DISFARÇADO. Se, por motivo estratégico, não estiver claro, é
DISFARÇADO.
Classificação Consumidores

 Utilizado tanto em pesquisas qualitativas quanto quantitativa


 Classifica os respondentes segundo critérios socioeconômicos,
demográficos e de estilo de vida
 CRITÉRIO NORMALMENTE ADOTADO: “Brasil” – ANEP
– ANEP: Associação Nacional das Empresas de Pesquisa
– Critério adotado como parâmetro para análise do poder aquisitivo
do público em estudo.
 IMPORTÂNCIA: cruzamento das respostas obtidas nas
pesquisas com a identificação dos diferentes tipos de
consumidores.
Amostragem

 Amostra: parte de um universo (população), com as mesmas


características deste.
 Podem ser: pessoas, empresas, entidades, famílias, lojas,
etc.
 Parte importante do planejamento da pesquisa, a amostra
precisa realmente estar apta a responder a pesquisa, sob pena
de não atender aos objetivos propostos inicialmente.
 VANTAGEM: Impossibilidade de estudos envolvendo todo o
universo a ser pesquisado. Entretanto, em alguns casos, quando
a população é pequena, é possível pesquisar todo o universo.
Técnicas Amostrais

AMOSTRAS AMOSTRAS NÃO


PROBABILÍSTICAS: PROBABILÍSTICAS:
 Utilizam-se os conceitos de
 Selecionadas por critérios
estatísticas subjetivos do pesquisador,
de acordo com sua
 Podem ser:
experiência e com
– Probabilísticas simples
objetivos do estudo.
– Probabilísticas estratificadas
 Podem ser:
– Probabilísticas Sistemáticas
 Por conveniência
– Probabilísticas por
 Por julgamento
conglomerado
 Por cota
Amostras Probabilísticas
PROBABILÍSTICA SIMPLES
 Escolha aleatória dos elementos que farão parte da amostra.
 Há uma igual probabilidade, diferente de zero, de cada elemento
da população ser escolhido por meio de sorteio.
 PONTO POSITIVO: é a técnica mais perfeita para se obter uma
amostra representativa do universo
 PONTO NEGATIVO: método impraticável quando a população é
muito grande.

PROBABILÍSTICA ESTRATIFICADA
 É aplicada quando há necessidade de subdividir a população em
extratos homogêneos.
– Ex: classe social, idade, sexo, etc.
 Após determinação dos extratos, os elementos da amostra são
selecionados pela técnica probabilística simples.
Amostras Probabilísticas
PROBABILÍSTICA SISTEMÁTICA
 Os elementos da amostra (n) serão selecionados aleatoriamente
e será estabelecido um intervalo entre esses elementos.
 O intervalo é obtido com a divisão do número do universo
(população) pelo número da amostra.
– I = N/n, sendo que: I=intervalo, N=população, n=amostra
 Após a escolha aleatória de um número dentro do intervalo
estabelecido, inicia-se a aplicação do questionário.
– I = 100/10 ; I=10 – intervalo será de 10 unidades
 UTILIZAÇÃO COMUM: amostra muito utilizada em pesquisas
domiciliares, para diminuir possíveis distorções provenientes da
influência de atitudes/hábitos/opiniões entre vizinhos.
Amostras Probabilísticas

PROBABILÍSTICA POR CONGLOMERADO


 Exige a utilização de mapas detalhados de regiões, estados,
municípios e cidades pois, para a seleção da amostra, há
subdivisão da área a ser pesquisada por bairros, quarteirões e
domicílios.
 Após o sorteio dos domicílios que comporão a amostra, a
pesquisa será realizada se forma sistemática, para que não haja
interferências nas informações.
 Exemplo: Pesquisa no bairro São Gabriel – BH/MG. Dividimos o
bairro por quarteirões, identificamos a população do quarteirão e
então estabelecemos o intervalo por meio da fórmula da técnica
probabilística sistemática.
Amostras Não Probabilísticas
NÃO PROBABILÍSTICA POR CONVENIÊNCIA
 Pessoas são selecionadas de acordo com a conveniência do
pesquisador. São pessoas que estão ao alcance do pesquisador e
dispostas a responder um questionário.
 PONTO POSITIVO: é uma técnica simples e barata.
 PONTO NEGATIVO: os resultados não são conclusivos e a
amostragem não é confiável.
– Ex.: abordagem de alunos da PUC, campus BH2.
NÃO PROBABILÍSTICA POR JULGAMENTO
 Pessoas são selecionadas segundo um critério de julgamento do
pesquisador, tendo como base o que se acredita que o elemento
selecionado possa fornecer ao estudo.
– Ex.: verificação de razões do uso ou não uso de uma marca. Escolhe-se dois
grupos a serem entrevistados: usuários e não usuários.
Amostras Não Probabilísticas

NÃO PROBABILÍSTICA POR COTA


 A amostra se identifica em alguns aspectos com o
universo. Esta identificação pode estar ligada ao sexo,
idade, classe social, etc, e a quantidade a ser
entrevistada é aleatória.
– Ex.: Pesquisa de opinião sobre um jornal. Cada pesquisador tem que
entrevistar uma quantidade de pessoas da classe A e B, com idade
entre 30 e 45 anos, de ambos os sexos.

 PONTO NEGATIVO: as amostras obtidas pelas


técnicas não probabilísticas não permitem a inferência
sobre o universo, pois, nesses casos, o erro amostral é
desconhecido.
Planejamento Coleta Dados

 Entrevistas telefônicas: timbre de voz, capacidade de


comunicação verbal, capacidade de estabelecer empatia pela
voz, capacidade gentil de utilização do telefone, sem prejuízo de
outras características julgadas necessárias.

CONTROLE
 Controlar e acompanhar todas as atividades planejadas e a
medição constante das metas atingidas em comparação com as
programadas é fundamental para garantir o cumprimento de
prazos e orçamentos.
Planejamento Coleta Dados
 Pagamento dos entrevistadores:

SALÁRIO FIXO PAGAMENTO POR ENTREVISTA


 Nível dos entrevistadores acima média  Nível dos entrevistadores médio ou
 O tema da entrevista for complexo baixo.
 Tempo de entrevista longo  Tema da entrevista for simples.

 A supervisão no campo não for intensa  Entrevistas de curta duração

 Prazos flexíveis  Supervisão de campo intensa

Orçamento flexível  Prazos rígidos

 Tempo de locomoção entre entrevistas  Orçamento rígido

longo  Tempo de locomoção entre entrevistas


 Prospecção de entrevistados difícil curto
 Volume de trabalho por longo período  Prospecção de entrevistados fácil

de tempo.  Inexistência de volume de trabalho por


longo período de tempo.
Planejamento Coleta Dados
 Treinamento dos entrevistadores:
– Alto grau de similaridade entre entrevistadores
– Instrução sobre: objetivos da pesquisa, instrumento de coleta de
dados, plano amostral, abordagem dos respondentes, necessidade
de empatia, apresentação pessoal adequada, forma de perguntar e
registrar respostas e perfil do público a ser entrevistado.
 Sessões de treinamento devem ser conduzidas pelo supervisor

OBS.: os principais erros que têm origem no entrevistador são


provenientes de: ausência de empatia entrevistador-entrevistado,
forma de perguntar, forma de registrar a resposta e desonestidade.
Planejamento Coleta Dados
 Recursos Humanos: sucesso da operação de coleta de dados está
diretamente relacionada à qualidade do pessoal contratado.
– Perfil dos entrevistadores variam de acordo com o método de coleta de dados.
 Entrevistas pessoais: método mais difícil – pessoas com bom relacionamento
interpessoal.
 Pesquisador deve ter mesmo perfil do público alvo da pesquisa.
 Recrutamento de entrevistadores na região da pesquisa: custo mais baixo.

Características Idade, sexo, estado civil, raça, religião, ocupação, nível


Demográficas educacional, formação profissional, estrato socioeconômico,
estilo de vida, etc.

Características Motivação, atitudes, percepção, expectativas, valores, etc.


Psicológicas

Características Disciplina, honestidade, comunicação, apresentação pessoal,


Comportamentais precisão, etc.
Planejamento Coleta Dados

 Cronograma
– Início
– Término
– Descrição de todas as atividades: preparação e realização do
pré-teste, preparação do material para coleta de dados,
recrutamento, seleção e contratação de entrevistadores,
preparação do material para treinamento, treinamento dos
entrevistadores, aplicação dos instrumentos, verificação dos
instrumentos no campo, verificação do trabalho dos
entrevistadores e envio para escritório.
 Orçamento de despesas e saídas de caixa
– Despesas: salários, transporte, alimentação, hospedagem,
gráfica, etc.
– Saídas de caixa: momentos de pagar cada despesa.
Cálculo Amostral

 Para cálculo amostral utiliza-se, normalmente, softwares específicos,


como, por exemplo, o SPSS. Entretanto, pode-se calcular sem a
utilização destes softwares, valendo-se de cálculos estatísticos.
 MUITO IMPORTANTE: o tamanho da amostra deve ser diretamente
proporcional à diversidade da população.

FATORES ( NÃO ESTATÍSTICOS) DETERMINANTES DO TAMANHO AMOSTRA


 Fatores psicológicos: diversidade psicológica
 Objetivos da pesquisa: necessidade de informações precisas ou não
 Objetivos múltiplos: pesquisa visa responder diversas questões
 Restrições tempo e custo
 Plano de análise de dados: simples ou cruzada.
Cálculo Amostral
 Utiliza-se conceitos estatísticos considerando-se que as populações
têm uma distribuição normal de freqüência ( curva de Gauss):
 Simetria das freqüências
 Média/ mediana/ moda
 Presença de desvio padrão

 Vital importância: margem de segurança


Desvio Margem
Padrão (Z) Segurança

1 68%
1,96 95%
2 95,5%
3 97,7%
 Erro amostral: variações
 Ex.: 10% de possibilidade de erro significa que há uma variação de 10%, a mais
ou a menos, nos resultados obtidos.
Coleta Dados

 Método tradicional:
– Impressão instrumento coleta Dados
– Coleta dos dados registrando no instrumento
– Transferir os dados para arquivo eletrônico (digitação)
– Processamento eletrônico
 Pontos Negativos: tempo (e recursos), erros não amostrais
e defasagem de tempo entre a coleta dos dados e a
disponibilização para os usuários de marketing das
informações coletadas.
 Solução : Tecnologia
Erros em Pesquisas de MKT

 Erros Amostrais
 Erros Não Amostrais
– Definição errada do problema de pesquisa
– Definição errada da população de pesquisa
– Definição parcial do problema de pesquisa
– Não respostas e substituições mal planejadas
– Instrumentos de coleta de dados mal construídos
– Escalas
– Entrevistadores e Entrevistados
– Inferências causais impróprias (relações causais incorretas)
– Processamento
– Análises (desde dados incorretos até análises estatísticas inadequadas)
– Interpretação (interpretação conveniente ao pesquisador)
Erros em Coleta de Dados

 Erros na Amostragem
– Processo de Amostragem não probabilístico
 Erros fogem do controle do pesquisador
– Listagens de população incorretas ou incompletas
– Localização errada da unidade a ser pesquisada
 Falha ou desobediência do entrevistador
 Erros de Não Resposta
– Recusas, Mudanças de Endereço, Ausências
 Erros durante a Coleta de Dados
– Para se evitar estes erros deve-se usar recursos humanos
adequados.
Processamento dos Dados

 O processamento dos dados compreende os passos


necessários para transformar os dados brutos coletados
em dados trabalhados que permitirão a realização das
análises e interpretações
 O processamento dos dados compreende as seguintes
fases:
 Verificação / edição
 Codificação
 Digitação
 Tabulação
Verificação/Edição
 A função básica da edição/verificação é a de impor um padrão
mínimo de qualidade aos dados brutos, de forma que sua
precisão seja a máxima e as ambiguidades mínimas. A
verificação/edição envolve a inspeção e, se for o caso, a correção
de cada instrumento de coleta de dados preenchido.
 Estágios:
– Campo:
 Correção de problemas antes que a equipe de pesquisadores seja
desfeita.
– Escritório Central
 Trabalho mais complexo. Exige pessoas com conhecimentos
profundos dos objetivos e e procedimentos da pesquisa.
Verificação/Edição

 O objetivo da edição/verificação é certificar-se de


que o instrumento está:
– Completo: todas as questões foram respondidas.
– Legível: claramente registrado e compreensível
– Consistente: existência de respostas coerentes.
– Preciso: verificação de precisão dos dados.

 Verificação campo: correções pelos entrevistadores ou


retorno a campo.
 Verificação escritório: como tratar os erros ?
Codificação

 A codificação é o procedimento técnico pelo qual os dados


são categorizados. Através da codificação, os dados brutos
são transformados em em símbolos, necessariamente
numéricos quando o processamento eletrônico for
utilizado, que podem ser contados e tabulados.

 OBS.: “Todos estes procedimentos são demorados e exigem um


trabalho muito desgastante da equipe de pesquisa. Portanto, vale
efetuar um esforço muito grande para que tornar a maioria das
questões do instrumento fechadas, e reservar as abertas apenas para
colher informações adicionais que possam contribuir para a
interpretação dos resultados, ou àquelas impossíveis de serem
transformadas em fechadas”. ( Fauze Najib Mattar)
Digitação e Tabulação
 Transcrição dos dados para o arquivo eletrônico
 Com os novos métodos de coleta de dados, a tendência é a
eliminação desta função.

Tabulação
 Contagem do nº de casos que ocorreram em cada categoria,
em cada questão.
– Simples: uma variável
– Cruzada: duas ou mais variáveis
 Quanto maior o volume de dados e quanto mais complexas
forem as análises a serem efetuadas, maior a necessidade de
utilização do processamento eletrônico.
Análise Dados

 Trata-se de um texto, com base nas respostas obtidas no projeto e


voltado aos objetivos da pesquisa. O planejamento correto da
pesquisa e utilização da metodologia adequada levará à análise
que responda aos objetivos primários e secundários propostos no
projeto
 A análise geral é um resumo dos principais dados descritos nas
tabelas de tabulação e deve ser um texto que responda às
principais dúvidas do cliente, relatadas na definição do problema
de pesquisa.
 Texto simples e descomplicado. Detalhes devem ser analisados
pelo cliente nos anexos.
Recomendações aos Clientes

 O pesquisador deve encerrar seu relatório com


sugestões seguras de ações mercadológicas,
respaldadas nos números, possibilitando ao
cliente tomar decisões conscientes que impeçam
os erros do empirismo.
 Exemplo: “Recomendamos que o cliente dê ênfase
ao diferencial de produto na sua estratégia de
marketing e também ações no sentido de
fortalecimento da imagem de marca neste segmento
extremamente competitivo”.
Comunicação dos Resultados

1. Página de Rosto
2. Sumário
3. Sumário Gerencial
1. Colocação do problema e dos objetivos
2. Principais resultados
3. Conclusões e recomendações
4. Corpo do Relatório
1. Apresentação (ou introdução)
2. Objetivos
3. Metodologia
Relatório 4. Resultados
Escrito 5. Conclusões, recomendações e limitações
6. Anexos
1. Instrumentos de coleta de dados.
2. Plano de amostragem
3. Quadros, gráficos, figuras e tabelas não incluídos
no corpo do relatório
4. Bibliografia
Comunicação dos Resultados
1. Página de Rosto: título da pesquisa, data, nome da organização
patrocinadora e nome da organização realizadora da pesquisa.
2. Sumário: listagem dos tópicos e respectivas páginas
3. Sumário Gerencial: uma das partes mais importante do relatório, pois é
onde a atenção do cliente se fixa.
4. Corpo do Relatório
1. Apresentação (ou introdução): fornecer ao leitor informações
necessárias para se entender o relatório de pesquisa. Deve conter:
exposição clara do problema de pesquisa, apresentação do objetivo
geral, incluindo a apresentação das questões ou hipóteses da
pesquisa e apresentação de informações sobre o mercado ou o
produto estudados.
2. Objetivos: Objetivo principal e objetivos secundários listados de forma
clara.
3. Metodologia: descrever todo o projeto e execução da pesquisa do
ponto de vista metodológico. O objetivo é tornar o processo claro para
o leitor e despertar confiança no resultado da pesquisa.
4. Resultados: É a maior parte do relatório. Utiliza-se textos, tabelas,
gráficos e figuras.
Comunicação dos Resultados
 Conclusões, recomendações e limitações:
– Conclusões: uma conclusão para cada objetivo da
pesquisa
– Recomendações: Sugestões de outras pesquisas, por
exemplo.
– Limitações: imperfeições da pesquisa.

 Anexos
– Instrumentos de coleta de dados.
– Plano de amostragem
– Quadros, gráficos, figuras e tabelas não incluídos no
corpo do relatório
– Bibliografia

Obs.: uma forma moderna de entregar o relatório de pesquisa é o


meio eletrônico, para que o cliente possa realizar outros
cruzamentos e análises se assim desejar.
Prof. Saulo André dos Santos
 sauandre@hotmail.com
 (83) 8825 8726

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