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REVISÃO INTELIGÊNCIA

ANALÍTICA
PROF. ME. IRAN DE MELO
Mas afinal, porque estudamos inteligência
analítica?
• Estudamos inteligência analítica por várias razões, principalmente
relacionadas à capacidade de tomar decisões informadas e
estratégicas com base em dados.

• Tomada de Decisão Informada: A inteligência analítica permite


que as organizações e indivíduos tomem decisões mais informadas,
fundamentadas em dados e análises. Isso é crucial para o sucesso
em ambientes empresariais, governamentais e acadêmicos.

• Eficiência Operacional: Ao analisar dados de maneira inteligente,


é possível identificar áreas de ineficiência e oportunidades de
melhoria nos processos operacionais. Isso leva a operações mais
eficientes e, muitas vezes, a economias de custos.
• Previsão e Antecipação: A análise de dados permite prever
tendências e eventos futuros com base em padrões identificados
no passado. Essa capacidade de previsão é valiosa para empresas
que desejam antecipar demandas do mercado, comportamento do
cliente, entre outros.

• Competitividade: Organizações que utilizam inteligência analítica


de maneira eficaz muitas vezes se destacam em seus setores. A
capacidade de analisar dados para obter insights estratégicos pode
ser uma vantagem competitiva significativa.

• Inovação: A análise de dados é fundamental para a inovação. Ela


permite identificar oportunidades de mercado, entender as
necessidades dos clientes e desenvolver novos produtos e serviços.
Certo, mas poderia esclarecer melhor o
que são dados?
• Dados são representações simbólicas ou valores
quantitativos e qualitativos que descrevem algo. Em um
contexto mais amplo, dados podem ser fatos brutos,
observações, estatísticas ou informações não
processadas. Eles são a matéria-prima fundamental para a
geração de conhecimento e insights através de análises.
• Dados Estruturados: São dados organizados em uma estrutura
definida, como tabelas em um banco de dados relacional. Cada
informação tem um formato específico e é armazenada em
colunas identificadas. Por exemplo, uma tabela de banco de dados
pode conter informações como nome, idade e endereço, com cada
coluna representando um tipo específico de dado.

• Dados Não Estruturados: São dados que não se encaixam em um


formato pré-determinado. Isso inclui informações como texto não
formatado, imagens, vídeos, áudio e redes sociais. Os dados não
estruturados podem ser mais desafiadores de serem analisados
devido à falta de uma organização rigorosa.
Além disso, podemos classificar os dados
em várias categorias:

• Dados Numéricos: Incluem valores quantitativos, como números


inteiros ou decimais. Exemplos são a temperatura, o número de
vendas ou a idade de uma pessoa.

• Dados Categóricos: Representam categorias ou rótulos e não têm


uma ordem específica. Exemplos incluem cores, tipos de produtos
ou estados civis.

• Dados Temporais: Relacionados ao tempo e à data. Exemplos


incluem datas de vendas, horas de acesso a um site ou registros
temporais em sensores.
Além disso, podemos classificar os dados
em várias categorias:

• Dados Textuais: Consistem em palavras e texto. Podem ser


encontrados em documentos, e-mails, redes sociais, entre outros.

• Dados Geoespaciais: Relacionados a informações geográficas.


Exemplos incluem coordenadas de GPS, mapas e localizações.
Então os dados são úteis para a tomada de
decisão...
Tomada de decisão

A tomada de decisão é o processo pelo qual uma pessoa ou


uma organização escolhe entre várias opções ou cursos de ação
para alcançar um determinado objetivo. É uma atividade
fundamental em todos os aspectos da vida, desde decisões
pessoais do dia a dia até escolhas estratégicas em ambientes
organizacionais e empresariais. A tomada de decisão envolve
avaliação, escolha e implementação de uma opção entre as
alternativas disponíveis.
Etapas típicas da Tomada de decisão

1 - Identificação do Problema ou Oportunidade: O processo


de tomada de decisão muitas vezes começa com o
reconhecimento de uma situação que requer ação. Isso pode
ser um problema a ser resolvido, uma oportunidade a ser
aproveitada ou uma decisão a ser tomada.
2 - Coleta de Informações: Para tomar decisões informadas, é
crucial reunir dados relevantes e informações sobre as opções
disponíveis. Essa etapa pode envolver a análise de dados,
pesquisa, consulta a especialistas e outras fontes de
informação.
Etapas típicas da Tomada de decisão

3 - Análise e Avaliação: Uma vez que as informações são


coletadas, é necessário analisar e avaliar as opções disponíveis.
Isso pode incluir a consideração de prós e contras, riscos
associados a cada opção e a avaliação de possíveis resultados.
4 - Tomada de Decisão: Com base na análise, a decisão é
tomada. Isso envolve escolher a opção considerada mais
apropriada para resolver o problema ou aproveitar a
oportunidade identificada.
Etapas típicas da Tomada de decisão

5 - Implementação: Após a decisão, é necessário colocar o


plano em prática. Isso pode envolver a alocação de recursos, a
comunicação de decisões às partes interessadas e a execução
das ações necessárias.
6 - Avaliação e Aprendizado: Após a implementação, é
importante avaliar os resultados e aprender com a experiência.
Isso pode levar a ajustes nas estratégias futuras com base nos
resultados obtidos.
Tomada de decisão

Segundo Stair (2003, p. 5), “o valor da informação está


diretamente ligado à maneira como ela ajuda os
tomadores de decisões a atingirem as metas da
organização”.
Uma decisão nada mais é que uma escolha entre duas ou
mais alternativas, na qual alguém opta por executar
determinada ação, conforme julgar melhor, por meio de
critérios preestabelecidos.
Tomada de decisão

Por isso, colher informações através de sistemas formais ou


informais é tão importante para se ser um administrador
eficaz.
(STONER; FREEMAN, 2007)
Tomada de decisão

Sistemas Formais Sistemas Informais


Questionários estruturados Conversas informais
Entrevistas estruturadas Observações não planejadas
Testes padronizados Interações sociais
Pesquisas de mercado Troca de mensagens em mídias sociais
Censos Análise de mídia social
Estudos clínicos controlados Feedback casual
Avaliações de desempenho formais Observações de comportamento espontâneo
Exames padronizados Discussões em grupo
Tomada de decisão

Certos fatores como a intuição, a racionalidade e a


percepção podem influenciar uma decisão. Sendo
que a “... intuição nasce da experiência e de
sentimentos a respeito de estímulos [...]”, o
comportamento totalmente racional é utópico, alguns
problemas, simplesmente não são resolvidos por meio
de regras, nem sempre é possível ter acesso a todos
os dados.
Tomada de decisão
Tomada de decisão

As decisões programadas são aquelas rotineiras e


repetitivas:
As decisões programadas fazem parte do acervo de
soluções da organização. Resolvem problemas que já
foram enfrentados antes e que se comportam sempre
da mesma maneira. Não é necessário, nesses casos
fazer diagnósticos, criar alternativas e escolher um
curso de ação original. Basta aplicar um curso de ação
predefinido. Exemplos de decisão programadas são
políticas, algoritmos, procedimentos e regras de
decisão. (MAXIMIANO, 2009, p.59).
Tomada de decisão

As decisões não programadas é uma decisão única,


tomada uma única vez:
As decisões não programadas são preparadas uma a
uma, para atacar problemas que as soluções
padronizadas não conseguem resolver. São atitudes
novas, que a organização está enfrentando pela
primeira vez e admitem diferentes formas de serem
resolvidas, cada uma com suas vantagens e
desvantagens. Situações desse tipo precisam de um
processo de análise sucessivas, desde o entendimento
do problema até a tomada de decisão. (MAXIMIANO,
2009, p.59).
ECONOMIA COMPORTAMENTAL
Economia Comportamental

A Economia Comportamental surge como


disciplina inovadora que busca modelar as
decisões de maneira mais realista. Ela pode ser
definida como estudo das influências
cognitivas, sociais e emocionais observadas
sobre o comportamento econômico das
pessoas (SAMSON, 2015, p. 26).
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:
1-Viéses Cognitivos: São padrões sistemáticos de desvio
do raciocínio lógico, levando as pessoas a tomar
decisões irracionais. Exemplos incluem o viés de
confirmação (tendência de dar mais peso a informações
que confirmam nossas crenças preexistentes) e a
aversão à perda (tendência de valorizar mais a evitar
perdas do que obter ganhos equivalentes).

2-Teoria do Prospecto: Proposta por Daniel Kahneman e


Amos Tversky, esta teoria sugere que as pessoas
avaliam ganhos e perdas de forma diferente e tendem a
ser avessas ao risco quando se trata de ganhos, mas
propensas ao risco quando se trata de evitar perdas.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:
3-Teoria dos Custos Irrecuperáveis (Sunk Cost): Refere-se à
tendência das pessoas de continuar investindo em algo,
mesmo quando isso não faz sentido racional, devido ao
investimento anterior, que já foi incorrido e não pode ser
recuperado.

4-Comportamento de Manada: Refere-se à tendência das


pessoas de seguir as decisões da maioria, muitas vezes
resultando em comportamentos de mercado que podem ser
irracionais.

5-Escolha Social e Influência Social: Examina como as


decisões econômicas são influenciadas por fatores sociais,
como normas culturais, influência de grupos e pressões
sociais.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:
6-Design de Escolha: Explora como a apresentação das
opções pode influenciar as decisões. Pequenas mudanças
no modo como as escolhas são apresentadas podem ter
grandes impactos no comportamento das pessoas.

7-Nudges: Refere-se a intervenções leves que visam


influenciar o comportamento das pessoas de maneira
previsível, sem proibir ou forçar escolhas.

8-Teoria da Preferência Revelada: Reconhece que as


preferências das pessoas podem ser inferidas a partir de
seus comportamentos observados, muitas vezes divergindo
das declarações explícitas de preferências.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:

Uma série de vieses comportamentais direcionam a


tomada de decisão. Involuntariamente e muitas vezes
inconscientemente, pratica-se heurística, que são
processos cognitivos empregados em decisões não
racionais, quando se busca respostas rápidas e fáceis no
dia a dia ou ainda quando se está diante de variáveis
muito complexas ou desconhecidas (GIGERENZER, 2011,
p. 451–482).
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:

Pensar rápido sempre envolve heurística intuitiva ou


intuição especializada. A armadilha é que o especialista
pode tomar uma decisão heurística sem perceber. Esse
fato é justificado por “nossa confiança excessiva no que
acreditamos saber, e a nossa
aparente incapacidade de admitir a verdadeira
extensão da nossa ignorância e a incerteza do mundo
em que vivemos” (KAHNEMAN, Daniel, 2012, p. 19).
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:
Kahneman, em seu livro homônimo desse subtópico,
defende um funcionamento do cérebro que preza pelo
mínimo esforço na busca de maior eficiência. Nesse
sentido, há conjugação de dois sistemas: I e II, tese
primeiramente defendida por Seymour
Epstein (1994) apud Slovic (2002). Ambos os sistemas
estão sempre ativos quando estamos despertos.

O modo experiencial é intuitivo, automático, natural,


não pode ser desligado e é baseado em imagens às quais
sentimentos afetivos positivos e negativos foram ligados
através da aprendizagem e da experiência. Apenas a
experiência passada valida uma decisão tomada pelo
sistema 1.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:

Pensar rápido sempre envolve heurística intuitiva ou


intuição especializada. O grande ponto sobre esta última
é que à medida que nos especializamos numa tarefa, a
demanda de energia para sua execução diminui. Esse
modo é tanto fundamental para o dia a dia das pessoas
quanto sujeito a enganos e ilusões cognitivas, que são na
verdade vieses que acontecem em situações específicas.
O sistema 1 usa atalhos que podem gerar erros de
conclusão.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:

Já o sistema 2 permanece majoritariamente em modo


de pouco esforço, onde apenas parte de sua capacidade
é utilizada, e só é acionado de fato quando o sistema 1
não consegue fornecer uma resposta rápida. Ele é
analítico, deliberativo e baseado na
razão. Requer justificativas lógicas e evidências para
validação de uma decisão. Basicamente, codifica a
realidade em símbolos abstratos, palavras e números.
Conceitos-chave e áreas de conhecimento
associadas à economia comportamental:

O sistema 2 monitora continuamente nosso


comportamento, e é mobilizado para aumentar o esforço
quando detecta um erro prestes a ser cometido. Esse
sistema interfere então no funcionamento do sistema 1,
programando as funções normalmente automáticas de
atenção e memória. Esse direcionamento de atenção é
sobretudo importante ao considerarmos nossa capacidade
limitada nesse quesito, e assim temos que escolher em
quais atividades alocá-la a cada momento.
Além disso, vivemos em um cenário de
Risco e Incerteza
Risco e Incerteza
Risco e incerteza são conceitos frequentemente
utilizados em finanças, economia e tomada de decisões.
Embora possam parecer similares, eles têm significados
distintos.

Risco:
Definição: Risco refere-se à possibilidade de ocorrer um
resultado indesejado ou uma variação em relação ao
esperado em uma situação em que várias alternativas são
possíveis.

Exemplo: Investir em ações no mercado financeiro é


frequentemente associado a riscos. O valor das ações
pode aumentar, proporcionando ganhos, ou diminuir,
resultando em perdas.
Risco e Incerteza
Incerteza:

Definição: Incerteza, por outro lado, refere-se a


situações em que não apenas os resultados são
desconhecidos, mas também a probabilidade de
ocorrência de diferentes resultados é difícil ou impossível
de ser determinada.

Exemplo: Quando uma nova tecnologia está sendo


desenvolvida e introduzida no mercado, pode haver
incerteza sobre como os consumidores irão adotá-la,
como os concorrentes reagirão e como as
regulamentações podem evoluir. Em situações
geopolíticas complexas, como negociações comerciais
entre países, a incerteza sobre os resultados pode ser
alta devido a vários fatores imprevisíveis.
Excelente Final de Semana!!

Prof. Me. Iran de Melo


E-mail: irandemelo@unifor.br
Insta: @irandmelo
Linkedin: Iran de Melo

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