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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Autorização Decreto nº 9237/86.

DOU
18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95 UNIDADE ACADÊMICA DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Resolução CONSU/UNEB nº 1.051/2014 de 15 de maio de
2014. DOE 20/05/2014 Especialização para Formação de
Professores em Letras Libras-EFPL/Libras

PLANO DE ENSINO – ANO 2018


Pós Graduação Especialização para Formação de Professores em
Letras/Libras
Aluno (a): Elisa santos da silva

RESUMO
Para entendermos claramente o “processo de letramento de surdo com ênfase nas práticas
sociais entre duas línguas e culturas”, se faz necessário a compreensão dos termos
alfabetização e letramento. Assim, podemos perceber que embora sejam impostas como uma
única prática, as mesmas apresentam contextualizações diferentes. No entanto, devem ser
mantidas em consonância para serem bem aproveitadas tornando o indivíduo apto para
desenvolver suas capacidades cognitivas, integrando-se ao meio social e /ou cultural.
Assim, defini-se alfabetizar como um processo de codificar e decodificar um sistema de
língua escrita, que por sua vez, é utilizado para registrar fatos, história entre outros. Ou seja, é
o aprendizado do alfabeto, sua estrutura e código.

No entanto, letramento refere-se ao entendimento da escrita, qual a mensagem inserida em


cada texto ou contexto. O desenvolvimento da leitura e da escrita, além da percepção e
compreensão do que está sendo lido ou escrito. Tornando o indivíduo um ser letrado, porém,
está definição refere-se à pessoa que possui muitos conhecimentos literários, por ter um
conhecimento amplo de leitura.

Nesse sentido, segundo Signorini 2001, letramento é como um conjunto de práticas sociais de
linguagem relacionadas ao uso de materiais escritos, que se relacionam, intrinsecamente, com valores
socioculturais, linguístico-discursivos e político-ideológicos.
Assim, é imprescindível que ambas as práticas: alfabetizar e letramento estejam sempre em
conformidade para um melhor desempenho tanto dos educadores que devem conhecer todos os
processos, nos seus pilares mais básicos como: psicológicos, fonológicos, linguísticos,
sociolingüísticos; quanto para os alunos, uma vez que terão um aprendizado significativo para o seu
desenvolvimento cognitivo, social e cultural.

Na escola comum, o processo de alfabetização e letramento acontece quase que de modo


simultâneo, ou seja, muitos educadores, pedagogos e didáticos adotam um sistema de ensino
que favorece esse processo de ensino. No entanto, nas escolas que possuem uma comunidade
surda ocorre alguns fatores divergentes, principalmente, quando não há a presença de um
profissional adequado para atender tal especialização.

Desse modo, é importante que a escola regular tenha um profissional responsável e


especializado para atender a comunidade surda, demonstrando que o mesmo deve ter
segurança e domínio de sua língua, a libras. Colocando seu ensinamento como L1 e a língua
portuguesa com L2. A partir de então, o aluno será capaz de internalizar sua língua como sua
língua materna e terá mais domínio e segurança para desenvolvê-la. Apresentando a
conformidade entre a libras e a língua portuguesa, do mesmo modo como ocorre no processo
de alfabetizar e letramento. Ou seja, o aluno surdo será alfabetizado na sua própria língua
LIBRAS, mas será um aluno letrado, capaz de desenvolver sua língua em conformidade com
a língua portuguesa, pois, compreenderá cada texto ou contexto do idioma, traduzindo a
mensagem para sua língua materna. Sendo o receptor e emissor da mensagem.

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