Como efetivamente agregar valor aos usuários, diante dos deadlines
estratégicos e das equipes reduzidas?
Exemplo real: ao contratar o serviço de despacho de bagagem através do totem
de uma grande companhia aérea nacional, deparei-me com a ausência de uma mensagem informativa no penúltimo passo para concluir a compra, que resultou no cancelamento da ação e a necessidade de reiniciar todo o processo. Consequentemente, tempo desperdiçado, além de insatisfação e desnecessárias transações sistêmicas.
A reflexão: como esse cenário poderia ter sido evitado?
Como aquela simples mensagem informativa poderia me proporcionar naquele
momento, 3 minutos a mais de brincadeira com meu filho? Agora multiplique o meu tempo por milhões de usuários. Sim, pois foi graças a necessidade de ter que olhar o meu filho de 5 anos e simultaneamente realizar aquela compra, que eu não me dei conta de uma ação 'básica', totalmente perceptível para quem está sozinho, sem pressa e concentrado no que está fazendo, e aí sim, neste caso a compra teria sido finalizada com sucesso na primeira tentativa! Porém, aprofundando mais esta análise, acresente também a performance dos usuários com menos interação tecnológica. Será que eles teriam concluído a compra na primeira tentativa?
E como evitar essas situações?
O design thinking propicia o desenvolvimento de soluções para de fato ajudar
no dia a dia dos usuários, otimizar o seu tempo para que o usufruem da forma que quiserem, evitando insatisfações e perda do preciosíssimo e escasso tempo.
Para alcançar resultados satisfatórios na qualidade e usabilidade de sistemas, a
literatura e diversos cases de sucesso defendem o uso do design centrado no usuário, além de testes com o seu público alvo, e não apenas com profissionais de TI, que por mais que tentem reproduzir as dificuldades reais, nunca cobrirão todas as situações. Sabemos também que nenhum sistema cobrirá 100% de todos os cenários, pois assim não iria para produção no tempo devido, mas aplicar o design thinking através de prototipacao é possível e traz muitos benefícios.
O desafio está em cumprir prazos estratégicos, trabalhar com equipes
reduzidas, e de fato agregar valor aos usuários e ao negócio como um todo; evidenciar que design centrado no usuário sai bem mais barato do que gerar insatisfações aos usuários, corrigir problemas em tempo de testes, ou ainda mais adiante, em produção.
Voltando ao caso da minha simples compra de serviço para o despacho de
bagagem, os colegas de TI não vislumbraram alguns cenários: pessoas acompanhadas com crianças, animais, ou ainda: com sentimentos que os inibam de ter pensamentos lógicos, além de usuários com pouca habilidade tecnológica, por exemplo.
Sigamos o desafio de fazer sempre mais com menos, cumprir os deadlines,
aplicar as inovações que comprovadamente contribuem para facilitar o dia a dia das pessoas.