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ESAF

FUNPRESP - A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR


DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

Módulo 10 – Migração de
Regime Previdenciário
Relatório Anual de Informações 2016 1
Sumário
Apresentação...........................................................................................................................................................3

Introdução................................................................................................................................................................ 4

1. Benefício Especial.............................................................................................................................................5

2. Coberturas de risco (morte e invalidez) após a migração......................................................6

3. Como migrar?......................................................................................................................................................7

4. Como fazer adesão à Funpresp após a homologação da migração?..............................8

5. Como é calculada a contribuição à Funpresp caso o servidor migre de regime


previdenciário e opte pela adesão?..........................................................................................................9

6. Concessão da pensão por morte e aposentadoria por invalidez pela Funpresp.. 10

Principais vantagens em aderir à Funpresp após a migração:....................................................11

7. Comparando os cálculos das contribuições sem a migração x pós-migração com


adesão à Funpresp..............................................................................................................................................12

7.1 Permanência no RPPS sem migração.........................................................................................12

7.2 Migração para o RPC – Regime de Previdência Complementar com adesão à


Funpresp...........................................................................................................................................................13

8. Como fica a migração com a PEC 287/2016?................................................................................16

Síntese........................................................................................................................................................................17
Módulo 10 – Migração de Regime Previdenciário

Apresenta ão
Olá!

No módulo passado, falamos sobre empréstimo. Você ficou surpreso com a possibilidade? Eu fiquei.

Neste módulo, falaremos sobre Migração do RPPS para o RPC com a adesão à Funpresp. Basicamente, aqui é
onde entram as principais dúvidas, então, aproveite os esclarecimentos para sanar as suas.

Abraços e até mais! Não se esqueça de continuar resolvendo seus exercícios!

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Introdução
O servidor que ingressou no serviço público federal do Poder Executivo antes de 04 de fevereiro de 2013
(data da instituição do RPC – Regime de Previdência Complementar) pode optar pela migração de regime
previdenciário: das regras do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o RPC.

A Lei nº 13.328/2016 reabriu o prazo de opção para a migração pelo período de 24 meses, a contar da data
da sanção da lei, em 29/07/2016.

Importante
É importante destacar que a migração é uma decisão individual, de caráter
irrevogável e irretratável, por isso o servidor deve conhecer todas as informa-
ções para a tomada de decisão.

O servidor que optar pela migração ficará com a aposentadoria limitada ao teto
do INSS¹. Os valores contribuídos para a previdência, enquanto servidor público,
que excederam o teto do INSS, serão revertidos em Benefício Especial (Art. 3o da
Lei 12.618/2012), a ser pago pela União.


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Em 2017, o valor do teto do INSS é de R$ 5.531,31. O valor do teto é alterado todos os anos no mês de janeiro.

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1. Benefício Especial
O Benefício Especial será calculado de acordo com a média das 80% maiores remunerações no serviço
público e o tempo de contribuição até o momento da migração.

Após a migração, o valor contribuído anteriormente para o RPPS não é transferido para a Funpresp. As
contribuições são administradas no regime financeiro de repartição simples, pela União. Desta forma, o
Benefício Especial será pago pelo mesmo órgão da União responsável pela concessão de aposentadoria,
inclusive por invalidez, ou pensão por morte. Seu pagamento será mantido enquanto perdurar o benefício do
RPPS, até mesmo junto com a gratificação natalina.

E como simular o valor do Benefício Especial?

Através do simulador disponível no Sigepe, diretamente no RH ou por meio do simulador desenvolvido pela
Funpresp (disponível no portal da Funpresp).

Faça o seu baixando o simulador em sua sala de aula!

O valor será atualizado pelo mesmo índice aplicável ao benefício de aposentadoria ou pensão mantido pelo
RGPS (Regime Geral de Previdência Social).

Importante
O Benefício Especial será pago apenas caso o servidor se aposente no serviço
público.

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2. Coberturas de risco (morte e invalidez) após a migra ão
A migração não suspende a cobertura previdenciária da União; a cobertura permanece, porém, limitada ao
teto do INSS. Ou seja: em caso de invalidez, o servidor receberá da União uma aposentadoria por invalidez
limitada ao teto do INSS, além do Benefício Especial.

Em caso de morte, será paga uma pensão por morte aos beneficiários do servidor, também limitada ao teto
do INSS, além do Benefício Especial.

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3. Como migrar?

Confira aqui o vídeo Migração de Regime Previdenciário

A migração pode ser feita por meio do Sigepe, no menu Optar por vinculação ao RPC. Basta imprimir 3 (três)
vias do requerimento e entregá-las no RH do órgão patrocinador para homologação.

Importante
A migração não acarreta automaticamente adesão à Funpresp. Após a migração,
o servidor pode optar ou não pela adesão à Funpresp.

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4. Como fazer adesão à Funpresp após a homologa ão da migra
ão?
Assim que o RH processar a migração, o servidor poderá aderir ao plano de previdência complementar.

Acesse o Sigepe, no menu RPC/Aderir. É necessário imprimir 3 (três) vias do requerimento de inscrição e
entregá-las no RH para homologação.

Menu do Sigepe Funcionalidade

Optar por vinculação ao RPC Fazer a migração

RPC - Aderir Fazer adesão à Funpresp

Ao optar pela migração e aderir à Funpresp, o servidor receberá 3 (três) benefícios na aposentadoria:

RPPS: limitado ao teto do INSS e pago pela União.

Benefício Especial: pago pela União de acordo com Lei nº 12.618/2012. Informe-se no seu RH sobre
a cobrança (11%) na fase de inatividade.

Funpresp: benefício complementar, calculado com base na reserva acumulada na conta individual
do participante.

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5. Como é calculada a contribuição à Funpresp caso o servidor
migre de regime previdenciário e opte pela adesão?
Primeiramente, o servidor deverá aderir como Participante Ativo Normal, voltado aos que recebem
remuneração acima do teto do INSS com direito à contrapartida do patrocinador (órgão em que trabalha),
o que faz dobrar o valor da contribuição mensal.

A alíquota de contribuição para o participante que recebe acima do teto pode ser de 7,5%, 8% ou 8,5% sobre o
salário de participação, que é a diferença entre a remuneração bruta recebida pelo servidor e o teto do INSS.

A remuneração bruta considera o subsídio ou vencimento do servidor no cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer
outras vantagens, excluídas as previstas na legislação aplicável ao RPPS, podendo o participante optar pela
inclusão de parcelas remuneratórias recebidas em decorrência do local de trabalho e do exercício de cargo
em comissão (DAS) ou função de confiança (Lei nº 13.328/2016).

Fique Ligado
O servidor com remuneração abaixo de teto do INSS também poderá migrar. Caso deseje,
posteriormente poderá aderir à Funpresp como Participante Ativo Alternativo, sem a
contrapartida do órgão patrocinador.

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6. Concessão da pensão por morte e aposentadoria por
invalidez pela Funpresp
A aposentadoria por invalidez corresponderá à diferença entre a média das 80% maiores bases de contribuição
para o RPPS da União e para a Funpresp (considerado o período a partir de julho de 1994 ou desde o início
da contribuição) e o valor recebido pelo RPPS. O resultado será multiplicado por um fator obtido através da
divisão entre a média dos percentuais da contribuição escolhidos pelo participante (7,5%, 8% ou 8,5%) e 8,5%.

Fórmula de cálculo:

%MC
[média(BC80% )− RPPS]×
8,5%

Base de contribuição para o RPPS: limitada ao teto do INSS.

Base de contribuição à Funpresp para o Participante Ativo Normal: parcela da base de contribuição que
excede o teto do INSS.

Já a pensão por morte corresponderá a 70% da diferença entre a média das 80% maiores bases de contribuição
para o RPPS da União e para a Funpresp (atualizadas pelo IPCA a partir de julho de 1994 ou desde o início
da contribuição) e o valor da pensão a ser concedida pelo RPPS. O resultado será multiplicado por um fator
obtido através da divisão entre a média dos percentuais da contribuição escolhidos pelo participante (7,5%,
8% ou 8,5%) e 8,5%.

Fórmula de cálculo:

%MC
[média(BC80% )− RPPS]× × 70%
8,5%

Base de contribuição para o RPPS: limitada ao teto do INSS.

Base de contribuição à Funpresp para o Participante Ativo Normal: parcela da base de contribuição que
excede o teto do INSS.

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Principais vantagens em aderir à Funpresp após a migração:
Na Funpresp, a reserva é individualizada e capitalizada. Em caso de perda de vínculo com o serviço
público, a reserva acumulada poderá ser resgatada ou portada. No RPPS, por se tratar de regime
financeiro de repartição simples, não há reserva; o servidor que perde o vínculo averbará somente
o tempo de contribuição.

O valor contribuído à Funpresp é deduzido mensalmente da base de cálculo do Imposto de Renda


diretamente no contracheque.

Além das contribuições via contracheque, é possível fazer aportes facultativos, limitados a 12% da
renda bruta anual tributável (Lei nº 13.043/2014), que permite aumentar as deduções no imposto de
renda.

Possibilidade de tributação de 10% sobre benefício previdenciário recebido da Funpresp, caso


o participante escolha o Regime de Tributação Regressivo e permaneça no plano por um prazo
mínimo de 10 anos.

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7. Comparando os c lculos das contribuições sem a migra ão
x pós-migra ão com adesão à Funpresp

Por Exemplo
Tomaremos como exemplo um servidor com remuneração bruta de R$ 15.000,00.

Condição: servidor ingresso no serviço público federal antes de 4 de fevereiro de 2013.

Confira a seguir a comparação entre a permanência no RPPS sem migração e a migração para o RPC com
adesão à Funpresp.

7.1 Permanência no RPPS sem migração


Contribuição previdenciária ao RPPS: 11% de R$ 15.000,00 = R$ 1.650,00

Benefício de aposentadoria: a ser calculado, podendo ser a integralidade da última remuneração


(para quem ingressou no serviço público federal até 31 de dezembro de 2003) ou a média de 80% das
maiores remunerações (para ingresso de 1º de janeiro de 2004 a 03 de fevereiro de 2013). Informe-se
no seu RH sobre este benefício.

Regime de Tributa ão sobre a aposentadoria: Regime Progressivo, que pela tabela do imposto de
renda ficará em torno de 27,5%.

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7.2 Migração para o RPC – Regime de Previdência Complementar com
adesão à Funpresp
Contribuição previdenciária ao RPPS: 11% de R$ 5.531,31 (teto do INSS de 2017) = R$ 608,44

Contribuição à Funpresp: 7,5%, 8% ou 8,5% (conforme a opção do participante) sobre o Salário de


Participação.

Por Exemplo
Salário de Participação: R$ 15.000,00 – R$ 5.531,31 = R$ 9.468,69 x 8,5% (alíquota) =
R$ 804,83 (participante)

Total das contribuições previdenciárias mensais do participante = R$ 608,44 (RPPS) +


R$ 804,83 (contribuição Funpresp) = R$ 1.413,27

Valor do benefício complementar: de acordo com o tempo de contribuição, a rentabilidade do


plano, o total dos recursos acumulados e a expectativa de vida.

Regime de Tributa ão sobre o benefício complementar da Funpresp: Regime Progressivo ou


Regressivo (podendo chegar a 10%).

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Quadro comparativo:

RPC (migra ão sem RPC – migra ão com ade-


RPPS (sem migra ão)
adesão à Funpresp) são à Funpresp

11% sobre o teto do INSS


para o RPPS
11% sobre o salário 11% sobre o teto Contribuição para a Funpresp
Contribuição mensal
bruto do RGPS para o RPPS limitada a 8,5% sobre a dife-
rença que restar do valor do
RGPS para o salário bruto

11% sobre o valor do


Contribuição do benefício de aposen- Não há contribuição Não há contribuição do
Inativo tadoria que  excede o do inativo inativo
teto do  INSS

Não há capitaliza- As contribuições à Funpresp


Não há capitalização
ção - Regime Finan- ficam depositadas em contas
- Regime de Reparti-
ceiro de Repartição individuais e são transforma-
ção Simples (o que se
Capitalização das Simples (o que se das em cotas do fundo, que
arrecada é destinado
contribuições arrecada é destinado são rentabilizadas a partir
anualmente para o pa-
anualmente para o dos resultados dos investi-
gamento das aposen-
pagamento das apo- mentos e formam a reserva
tadorias em curso)
sentadorias em curso) individual do participante

Regime Progressivo tanto


para o Benefício Especial,
como para a aposentadoria
Regime Progressivo limitada ao teto do INSS
tanto para o Benefício Regime Progressivo ou
Imposto de Renda Regime Progressivo Especial, como para a Regressivo para o benefício
aposentadoria limitada complementar da Funpresp
ao teto do INSS (escolha do participante).
Caso escolha o Regressivo, a
alíquota de tributação pode
chegar a 10%.

Benefício complementar:
resgate permitido no desli-
A aposentadoria do
gamento do serviço público.
RPPS, limitada ao teto
Não há reserva, por- Vale destacar que a parte do
Resgate do INSS, será recebida
tanto, não há resgate patrocinador a ser resgatada
exclusivamente como
irá variar de acordo com o
benefício mensal
tempo de permanência no
plano

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Benefício complementar:
pode ser portado para ou-
tros fundos de previdência
A aposentadoria do complementar, fechados ou
RPPS, limitada ao teto abertos (bancos e segurado-
Não há reserva, por- ras)
do INSS, será recebida
Portabilidade tanto, não há recursos
exclusivamente como A aposentadoria do RPPS,
a serem portados
benefício mensal, não limitada ao teto do INSS,
podendo ser portada será recebida exclusivamente
como benefício previdenciá-
rio mensal, não podendo ser
portada

A aposentadoria do Benefício complementar: se


Benefício Vitalício Sim RPPS, limitada ao teto participante Ativo Normal,
do INSS, será vitalícia terá benefício vitalício

O RPPS pagará pensão


por morte ou invali-
dez, limitada ao teto
do INSS, de forma
vitalícia Benefício complementar: se
Proteção por morte e
Sim O Benefício Especial participante Ativo Normal,
invalidez
será convertido em terá benefício vitalício
pensão e aposenta-
doria por invalidez,
corrigidas pelo mesmo
índice do RGPS

Proteção e  Longevi-
dade (caso viva além Até o teto do INSS Benefício complementar: se
da expectativa de
sim O Benefício Especial é participante Ativo Normal,
vida projetada no
vitalício terá benefício vitalício
momento da aposen-
tadoria)

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8. Como fica a migra ão com a PEC 287/2016?
A PEC 287/2016 não traz alterações relacionadas à migração de regimes pelos servidores públicos, mantendo-
se a necessidade de manifestação prévia e expressa daqueles que tiverem ingressado no serviço público até
a data da efetiva implantação do regime de previdência complementar. Porém, a Lei n° 13.328, de 29 de julho
de 2016, reabriu o prazo para migração por 24 meses, a contar de sua vigência, reafirmando as características
de irrevogabilidade e irretratabilidade da opção.

Importante
A migração de RPPS para o RPC é uma opção irrevogável e irretratável.

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Síntese
Migração do RPPS para o RPC com adesão à Funpresp
A Lei nº 13.328/2016 reabriu o prazo de migração de regime previdenciário pelo período de 24 meses, a contar
da data da sanção da lei, em 29/07/2016. Com isso, o servidor que ingressou no serviço público federal
do Poder Executivo antes de 04 de fevereiro de 2013 (data da instituição do RPC – Regime de Previdência
Complementar) pode migrar do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência
Complementar (RPC).

Sobre a migração, é importante destacar que:

A migração é uma decisão individual, de caráter irrevogável e irretratável;

O servidor que optar pela migração ficará com a aposentadoria pelo RPPS limitada ao teto do INSS;

Após a migração, o servidor pode optar ou não pela adesão à Funpresp;

Caso opte por aderir, o servidor que migrou terá direito à contrapartida do patrocinador;

Os valores contribuídos para o RPPS enquanto servidor público que excederem o teto do INSS serão
revertidos em Benefício Especial, a ser pago pela União;

O Benefício Especial será calculado de acordo com a média das 80% maiores remunerações no
serviço público e o tempo de contribuição do servidor até o momento da migração;

O procedimento de migração pode ser feito por meio do Sigepe;

A migração não acarreta automaticamente adesão à Funpresp;

Na aposentadoria, o servidor que migrar e aderir à Funpresp receberá: benefício do RPPS (limitado
ao teto do INSS e pago pela União), benefício especial (pago pela União) e benefício complementar
da Funpresp (calculado com base na reserva acumulada pelo participante).

Principais vantagens em aderir à Funpresp após a migração:

oo Na Funpresp, a reserva é individualizada e capitalizada. Assim, em caso de perda de vínculo com


o serviço público, a reserva acumulada poderá ser resgatada ou portada;

oo O valor contribuído à Funpresp é deduzido mensalmente da base de cálculo do Imposto de


Renda diretamente no contracheque;

oo Além das contribuições via contracheque, é possível fazer aportes facultativos, limitados a 12%
da renda bruta anual tributável (Lei nº 13.043/2014), o que permite aumentar as deduções no
imposto de renda;

oo Possibilidade de tributação de 10% sobre benefício previdenciário recebido da Funpresp, caso


o participante escolha o Regime de Tributação Regressivo e permaneça no plano por um prazo
mínimo de 10 anos.

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