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Módulo 10 – Migração de
Regime Previdenciário
Relatório Anual de Informações 2016 1
Sumário
Apresentação...........................................................................................................................................................3
Introdução................................................................................................................................................................ 4
1. Benefício Especial.............................................................................................................................................5
3. Como migrar?......................................................................................................................................................7
Síntese........................................................................................................................................................................17
Módulo 10 – Migração de Regime Previdenciário
Apresenta ão
Olá!
No módulo passado, falamos sobre empréstimo. Você ficou surpreso com a possibilidade? Eu fiquei.
Neste módulo, falaremos sobre Migração do RPPS para o RPC com a adesão à Funpresp. Basicamente, aqui é
onde entram as principais dúvidas, então, aproveite os esclarecimentos para sanar as suas.
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Introdução
O servidor que ingressou no serviço público federal do Poder Executivo antes de 04 de fevereiro de 2013
(data da instituição do RPC – Regime de Previdência Complementar) pode optar pela migração de regime
previdenciário: das regras do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o RPC.
A Lei nº 13.328/2016 reabriu o prazo de opção para a migração pelo período de 24 meses, a contar da data
da sanção da lei, em 29/07/2016.
Importante
É importante destacar que a migração é uma decisão individual, de caráter
irrevogável e irretratável, por isso o servidor deve conhecer todas as informa-
ções para a tomada de decisão.
O servidor que optar pela migração ficará com a aposentadoria limitada ao teto
do INSS¹. Os valores contribuídos para a previdência, enquanto servidor público,
que excederam o teto do INSS, serão revertidos em Benefício Especial (Art. 3o da
Lei 12.618/2012), a ser pago pela União.
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Em 2017, o valor do teto do INSS é de R$ 5.531,31. O valor do teto é alterado todos os anos no mês de janeiro.
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1. Benefício Especial
O Benefício Especial será calculado de acordo com a média das 80% maiores remunerações no serviço
público e o tempo de contribuição até o momento da migração.
Após a migração, o valor contribuído anteriormente para o RPPS não é transferido para a Funpresp. As
contribuições são administradas no regime financeiro de repartição simples, pela União. Desta forma, o
Benefício Especial será pago pelo mesmo órgão da União responsável pela concessão de aposentadoria,
inclusive por invalidez, ou pensão por morte. Seu pagamento será mantido enquanto perdurar o benefício do
RPPS, até mesmo junto com a gratificação natalina.
Através do simulador disponível no Sigepe, diretamente no RH ou por meio do simulador desenvolvido pela
Funpresp (disponível no portal da Funpresp).
O valor será atualizado pelo mesmo índice aplicável ao benefício de aposentadoria ou pensão mantido pelo
RGPS (Regime Geral de Previdência Social).
Importante
O Benefício Especial será pago apenas caso o servidor se aposente no serviço
público.
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2. Coberturas de risco (morte e invalidez) após a migra ão
A migração não suspende a cobertura previdenciária da União; a cobertura permanece, porém, limitada ao
teto do INSS. Ou seja: em caso de invalidez, o servidor receberá da União uma aposentadoria por invalidez
limitada ao teto do INSS, além do Benefício Especial.
Em caso de morte, será paga uma pensão por morte aos beneficiários do servidor, também limitada ao teto
do INSS, além do Benefício Especial.
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3. Como migrar?
A migração pode ser feita por meio do Sigepe, no menu Optar por vinculação ao RPC. Basta imprimir 3 (três)
vias do requerimento e entregá-las no RH do órgão patrocinador para homologação.
Importante
A migração não acarreta automaticamente adesão à Funpresp. Após a migração,
o servidor pode optar ou não pela adesão à Funpresp.
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4. Como fazer adesão à Funpresp após a homologa ão da migra
ão?
Assim que o RH processar a migração, o servidor poderá aderir ao plano de previdência complementar.
Acesse o Sigepe, no menu RPC/Aderir. É necessário imprimir 3 (três) vias do requerimento de inscrição e
entregá-las no RH para homologação.
Ao optar pela migração e aderir à Funpresp, o servidor receberá 3 (três) benefícios na aposentadoria:
Benefício Especial: pago pela União de acordo com Lei nº 12.618/2012. Informe-se no seu RH sobre
a cobrança (11%) na fase de inatividade.
Funpresp: benefício complementar, calculado com base na reserva acumulada na conta individual
do participante.
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5. Como é calculada a contribuição à Funpresp caso o servidor
migre de regime previdenciário e opte pela adesão?
Primeiramente, o servidor deverá aderir como Participante Ativo Normal, voltado aos que recebem
remuneração acima do teto do INSS com direito à contrapartida do patrocinador (órgão em que trabalha),
o que faz dobrar o valor da contribuição mensal.
A alíquota de contribuição para o participante que recebe acima do teto pode ser de 7,5%, 8% ou 8,5% sobre o
salário de participação, que é a diferença entre a remuneração bruta recebida pelo servidor e o teto do INSS.
A remuneração bruta considera o subsídio ou vencimento do servidor no cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer
outras vantagens, excluídas as previstas na legislação aplicável ao RPPS, podendo o participante optar pela
inclusão de parcelas remuneratórias recebidas em decorrência do local de trabalho e do exercício de cargo
em comissão (DAS) ou função de confiança (Lei nº 13.328/2016).
Fique Ligado
O servidor com remuneração abaixo de teto do INSS também poderá migrar. Caso deseje,
posteriormente poderá aderir à Funpresp como Participante Ativo Alternativo, sem a
contrapartida do órgão patrocinador.
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6. Concessão da pensão por morte e aposentadoria por
invalidez pela Funpresp
A aposentadoria por invalidez corresponderá à diferença entre a média das 80% maiores bases de contribuição
para o RPPS da União e para a Funpresp (considerado o período a partir de julho de 1994 ou desde o início
da contribuição) e o valor recebido pelo RPPS. O resultado será multiplicado por um fator obtido através da
divisão entre a média dos percentuais da contribuição escolhidos pelo participante (7,5%, 8% ou 8,5%) e 8,5%.
Fórmula de cálculo:
%MC
[média(BC80% )− RPPS]×
8,5%
Base de contribuição à Funpresp para o Participante Ativo Normal: parcela da base de contribuição que
excede o teto do INSS.
Já a pensão por morte corresponderá a 70% da diferença entre a média das 80% maiores bases de contribuição
para o RPPS da União e para a Funpresp (atualizadas pelo IPCA a partir de julho de 1994 ou desde o início
da contribuição) e o valor da pensão a ser concedida pelo RPPS. O resultado será multiplicado por um fator
obtido através da divisão entre a média dos percentuais da contribuição escolhidos pelo participante (7,5%,
8% ou 8,5%) e 8,5%.
Fórmula de cálculo:
%MC
[média(BC80% )− RPPS]× × 70%
8,5%
Base de contribuição à Funpresp para o Participante Ativo Normal: parcela da base de contribuição que
excede o teto do INSS.
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Principais vantagens em aderir à Funpresp após a migração:
Na Funpresp, a reserva é individualizada e capitalizada. Em caso de perda de vínculo com o serviço
público, a reserva acumulada poderá ser resgatada ou portada. No RPPS, por se tratar de regime
financeiro de repartição simples, não há reserva; o servidor que perde o vínculo averbará somente
o tempo de contribuição.
Além das contribuições via contracheque, é possível fazer aportes facultativos, limitados a 12% da
renda bruta anual tributável (Lei nº 13.043/2014), que permite aumentar as deduções no imposto de
renda.
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7. Comparando os c lculos das contribuições sem a migra ão
x pós-migra ão com adesão à Funpresp
Por Exemplo
Tomaremos como exemplo um servidor com remuneração bruta de R$ 15.000,00.
Confira a seguir a comparação entre a permanência no RPPS sem migração e a migração para o RPC com
adesão à Funpresp.
Regime de Tributa ão sobre a aposentadoria: Regime Progressivo, que pela tabela do imposto de
renda ficará em torno de 27,5%.
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7.2 Migração para o RPC – Regime de Previdência Complementar com
adesão à Funpresp
Contribuição previdenciária ao RPPS: 11% de R$ 5.531,31 (teto do INSS de 2017) = R$ 608,44
Por Exemplo
Salário de Participação: R$ 15.000,00 – R$ 5.531,31 = R$ 9.468,69 x 8,5% (alíquota) =
R$ 804,83 (participante)
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Quadro comparativo:
Benefício complementar:
resgate permitido no desli-
A aposentadoria do
gamento do serviço público.
RPPS, limitada ao teto
Não há reserva, por- Vale destacar que a parte do
Resgate do INSS, será recebida
tanto, não há resgate patrocinador a ser resgatada
exclusivamente como
irá variar de acordo com o
benefício mensal
tempo de permanência no
plano
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Benefício complementar:
pode ser portado para ou-
tros fundos de previdência
A aposentadoria do complementar, fechados ou
RPPS, limitada ao teto abertos (bancos e segurado-
Não há reserva, por- ras)
do INSS, será recebida
Portabilidade tanto, não há recursos
exclusivamente como A aposentadoria do RPPS,
a serem portados
benefício mensal, não limitada ao teto do INSS,
podendo ser portada será recebida exclusivamente
como benefício previdenciá-
rio mensal, não podendo ser
portada
Proteção e Longevi-
dade (caso viva além Até o teto do INSS Benefício complementar: se
da expectativa de
sim O Benefício Especial é participante Ativo Normal,
vida projetada no
vitalício terá benefício vitalício
momento da aposen-
tadoria)
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8. Como fica a migra ão com a PEC 287/2016?
A PEC 287/2016 não traz alterações relacionadas à migração de regimes pelos servidores públicos, mantendo-
se a necessidade de manifestação prévia e expressa daqueles que tiverem ingressado no serviço público até
a data da efetiva implantação do regime de previdência complementar. Porém, a Lei n° 13.328, de 29 de julho
de 2016, reabriu o prazo para migração por 24 meses, a contar de sua vigência, reafirmando as características
de irrevogabilidade e irretratabilidade da opção.
Importante
A migração de RPPS para o RPC é uma opção irrevogável e irretratável.
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Síntese
Migração do RPPS para o RPC com adesão à Funpresp
A Lei nº 13.328/2016 reabriu o prazo de migração de regime previdenciário pelo período de 24 meses, a contar
da data da sanção da lei, em 29/07/2016. Com isso, o servidor que ingressou no serviço público federal
do Poder Executivo antes de 04 de fevereiro de 2013 (data da instituição do RPC – Regime de Previdência
Complementar) pode migrar do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência
Complementar (RPC).
O servidor que optar pela migração ficará com a aposentadoria pelo RPPS limitada ao teto do INSS;
Caso opte por aderir, o servidor que migrou terá direito à contrapartida do patrocinador;
Os valores contribuídos para o RPPS enquanto servidor público que excederem o teto do INSS serão
revertidos em Benefício Especial, a ser pago pela União;
O Benefício Especial será calculado de acordo com a média das 80% maiores remunerações no
serviço público e o tempo de contribuição do servidor até o momento da migração;
Na aposentadoria, o servidor que migrar e aderir à Funpresp receberá: benefício do RPPS (limitado
ao teto do INSS e pago pela União), benefício especial (pago pela União) e benefício complementar
da Funpresp (calculado com base na reserva acumulada pelo participante).
oo Além das contribuições via contracheque, é possível fazer aportes facultativos, limitados a 12%
da renda bruta anual tributável (Lei nº 13.043/2014), o que permite aumentar as deduções no
imposto de renda;
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