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4 Aplicações
O tempo de conservação dos alimentos pode ser aumentado pelo armazenamento a bai-
xas temperaturas.Alimentos como banana maçã,tomate,cebola,alface,repolho e batata não
exigem congelamento para seu armazenamento. A maioria dos alimentos deve ser armaze-
nada a temperaturas próximas de 0ºC. Algumas frutas podem ser armazenadas a tempera-
turas inferiores a de congelamento da água, sem apresentar a formação de gelo, devido à
presença do açúcar ou outras substâncias que reduzem o ponto de congelamento.
O período de conservação dos alimentos pode ser aumentado ainda mais pelo do con-
gelamento. As técnicas de congelamento rápido evitam a formação de microcristais de
gelo no interior do produto. Os métodos mais difundidos de congelamento são: túneis de
congelamento, com ar a alta velocidade (air-blast); congelamento por contato pela dispo-
sição dos alimentos entre placas refrigeradas; congelamento por imersão do alimento em
salmouras a baixa temperatura; e congelamento criogênico, em que um fluido criogênico
no estado líquido, como o bióxido de carbono ou nitrogênio, é aspergido no interior da
câmara de congelamento.
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Muitos produtos eletrônicos requerem salas limpas para a fabricação dos circuitos inte-
grados que os compõem, pois sua qualidade é adversamente afetada pela quantidade de
partículas no ar. O controle da umidade relativa é necessário para evitar a corrosão e a con-
densação, e para eliminar a eletricidade estática. O controle da temperatura mantém
materiais e instrumentos em condições estáveis e também é requerido pelos operários
que trabalham com vestimentas especiais. Uma sala limpa em uma indústria eletrônica,
por exemplo, requer uma temperatura de 22,2 ± 1,1ºC, umidade relativa de 45 ± 5% e uma
quantidade de partículas livres no ar, com diâmetro de 0,5μm ou maior, de no máximo
3531 partículas por metro cúbico. Em indústrias de precisão, é sempre necessário um con-
trole preciso de temperatura durante a produção dos instrumentos de precisão, ferramen-
tas e equipamentos, com variações de temperatura de ±0,5ºC.
■ existência de termostato;
■ presença de impurezas (óleo e/ou poeira) nas aletas e tubos dos trocadores;
(5.1)
em que:
.
V é a vazão do forçador;
(5.2)
Com relação ao consumo de energia elétrica mensal do compressor (Cm), quando o sis-
tema for composto de dois ou mais compressores em paralelo, o valor de Cm que aparece
na equação 5.2, deve ser igual à soma do consumo de energia de todos os compressores
que alimentam o espaço refrigerado em consideração.
(5.3)
O número de lâmpadas incandescentes, bem como sua potência, quando não disponí-
vel, deve ser estimado pelo valor recomendado acima, isto é, 10 W/m2.
(5.4)
Para câmaras frigoríficas, a perda pode ser estimada em função das dimensões da
câmara, da diferença entre a temperatura externa e a interna, do material e espessura do
isolamento e do número de horas de funcionamento diário.
(5.5)
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li é a espessura do isolante; e
A valor calculado pela equação 5.5 deve ser comparado com um valor empregado
comumente em projeto de câmaras frigoríficas, que é de 10 kcal/m2.h. Se o valor calcula-
do for superior a 10, calcula-se então o calor excedente por:
(5.6)
(5.7)
Pode ser obtida aproximadamente, em função da área estimada AEST dos vãos e aber-
turas, pela seguinte expressão:
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(5.8)
(5.9)
A instalação do espaço a ser refrigerado próximo a fontes de calor eleva a carga térmi-
ca e o consumo de energia elétrica.
A iluminação interna deve ser desligada com o fechamento da porta do ambiente refri-
gerado. A instalação de um interruptor no batente da porta contribui para a redução do
consumo de energia elétrica.
As aberturas das ilhas e balcões devem ser fechadas no final da jornada de trabalho,
para que não haja perda de frio para o ambiente. Pode-se ainda desligar o equipamen-
to, quando as características do produto e/ou operacionais permitirem, ao final do
expediente.
A formação ou acúmulo de gelo no evaporador e nas tubulações pode ser causada pela
falta de isolamento das tubulações, desregulagem da válvula termostática ou ausência
de forçador de ar no evaporador. A formação de gelo no evaporador dificulta a troca de
calor, ocasionando redução de eficiência e aumento no consumo de energia.
A presença de impurezas, como óleo ou poeira, na área responsável pela troca térmica
(aleta e tubos) reduz a eficiência do condensador elevando o consumo de energia elé-
trica. É recomendável a limpeza periódica.
área responsável pela troca térmica, fato que contribuí para a elevação do consumo de
energia elétrica.
■ Quanto maior a altura da câmara, maior a relação entre o volume interno e a superfície
isolada. Esta altura está limitada pela possibilidade de empilhamento, que, para paletes
normais, é de 8 metros. O mesmo é válido para a área da planta da câmara. Quanto
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maior essa área, maior a relação entre o volume interno e a superfície isolada. Uma vez
estabelecida a superfície a isolar, os fluxos de calor dependem da natureza e da espes-
sura do isolante
■ Em câmaras de conservação a baixa temperatura, além das portas normais, devem ser
instaladas portas flexíveis.
■ Permitir que a pressão de condensação seja tão baixa quanto possível. Deve-se observar
que em instalações dotadas de válvulas de expansão termostática evita-se reduzir a
pressão abaixo de determinado limite por razões práticas de funcionamento da válvula.
■ Por razões semelhantes, unidades que trabalham com vários condensadores ou evapo-
radores apresentam funcionamento mais econômico que unidades monoblocos.
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■ Na utilização de congelamento por ar, deve-se dar atenção especial ao consumo dos
ventiladores. Em geral, o consumo de energia, ainda que grande, não incide em grande
proporção no custo total do congelamento.
■ Caso se disponha de uma central geradora de vapor a alta pressão, deve-se estudar a
possibilidade de utilizar turbinas a vapor para o acionamento dos equipamentos do sis-
tema de refrigeração.
■ Empregar um tratamento de água adequado para evitar incrustações e sujeira nos con-
densadores.
■ No tratamento de água, não se devem utilizar mais produtos químicos que o necessário.
■ Verificar e ajustar periodicamente a purga contínua das torres de resfriamento para evi-
tar a perda de água e produtos químicos.
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■ Utilizar a água quente da saída do condensador como fonte de calor para outra insta-
lação que funciona como bomba de calor.