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AULA
Energia potencial em 3-D:
o potencial gravitacional
Metas da aula
Apresentar a condição necessária e suficiente
para que uma força seja conservativa;
introduzir os conceitos de campo e potencial gravitacionais;
estabelecer a lei de Gauss da gravitação e discutir suas
aplicações e conseqüências mais importantes.
objetivos
112 CEDERJ
MÓDULO 1
tão simples assim. Ele está sendo apresentado apenas como curiosidade.
5
Se você quiser conhecer mais sobre esse tema, sugerimos que leia o livro
AULA
O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking, editora Arx, 2002.
No espaço tridimensional, a força gravitacional varia com o
inverso do quadrado da distância (a força eletrostática também). Devido
a esta dependência com o inverso do quadrado da distância, uma grande
simplificação ocorre: para os propósitos de gravidade uma esfera age do
mesmo modo que uma massa puntiforme em seu centro. Assim, também,
a força gravitacional entre duas esferas é a mesma que se elas fossem
substituídas por duas massas puntiformes. Caso contrário, descrever, por
exemplo, o movimento dos planetas seria uma tarefa bem complicada.
A força gravitacional é uma força conservativa, podendo, portanto,
como já definimos antes em 1-D, ser derivada de uma energia potencial.
Nesta aula você verá, no entanto, que, em três dimensões, depender só
da posição é uma condição necessária, mas não é condição suficiente
para que uma força seja conservativa.
A formulação de uma lei de força do inverso do quadrado da
distância pode ser feita de uma forma compacta e poderosa por meio da
lei de Gauss. Para isso, vamos introduzir a noção de campo vetorial e o
conceito de fluxo de uma quantidade vetorial. Também, introduziremos
o potencial, uma quantidade escalar e, portanto, mais simples, a partir da
qual podemos calcular o campo.
dvx dvy dv
m = Fx , m = Fy , m z = Fz (5.1)
dt dt dt
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Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
d 1 2 d 1 2 d 1 2
mvx = Fx vx , mvy = Fy vy , mvz = Fz vz (5.2)
dt 2 dt 2 dt 2
d 1 1 1 2
mvx + mvy + mvz = Fx vx + Fy vy + Fz vz
2 2
(5.3)
dt 2 2 2
ou r r
d 1 2
mv = F ⋅ v (5.4)
dt 2
1 1 t2 r r
mv22 − mv12 = ∫ F ⋅ vdt (5.5)
2 2 t1
r r r r r r
Como vdt = dr e sendo F =uma
ma função de r1, epodemos
r2 escrever o
lado direito da Equação (5.5) como uma integral de linha:
r2 r
r
1 1 r
T2 − T1 = mv22 − mv12 = ∫r F ⋅ dr (5.6)
2 2 r1
114 CEDERJ
MÓDULO 1
percurso. Como no caso 1-D, nós chamamos a força associada com tal
5
potencial força conservativa. Vejamos, então, que tipos de forças 3-D
AULA
são conservativas. Podemos afirmar o seguinte:
r r
Dada uma força F (r ) , uma condição necessária e suficiente para
que o potencial,
r r r
r
r r
V (r ) = − ∫r F(r ’) ⋅ dr (5.8)
r0
r r r
(r ) = − F ⋅ dr = − ( Fx dx + Fy dy + Fz dz )
dVdV (5.10)
r ∂V ∂V ∂V
(r ) =
dVdV dx + dy + dz (5.11)
∂x ∂y ∂z
( F , F , F ) = − ∂∂Vx , ∂∂Vy , ∂∂Vz
x y z (5.12)
Portanto,
r r r r
∇ × F = − ∇ × ∇V = 0 (5.14)
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Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
r r
Aqui, C é uma curva arbitrária que fazemos passar por r0 e r1 .
r
S é uma superfície arbitrária que tem C como fronteira e d A tem
módulo igual a um elemento infinitesimal de área em S, e direção
ortogonal a S.
r r
A Equação (5.15) diz que, se ∇ × F = 0 em todo lugar, então
r r
Ñ∫ F ⋅ dr = 0
C
para qualquer curva fechada. Mas, olhando a Figura 5.3,
r r r
r r r r0 r
r
r r
r r r rr r r
Ñ∫
C
F ⋅ dr = ∫r0 (1)
r F ⋅ dr + ∫r (2)
r F ⋅ dr = ∫r0 (1) ⋅ dr − ∫rr0 (2) F ⋅ dr (5.16)
r F
r r
Logo, se Ñ∫ ⋅ dr = 0 , a Equação (5.16) nos diz que
C
F
r
r r r rr r r
∫ r
r0 (1)
F ⋅ dr = ∫r F ⋅ dr
r0 (2)
(5.17)
r r
para dois caminhos arbitrários (1) e (2) ligando r e r0 .
116 CEDERJ
MÓDULO 1
Voltando à Equação (5.6), quando a força é conservativa, podemos
5
então escrever o trabalho como
AULA
r
r2 r r r0 r
r
r r2 r
r
r
∫
r
r1
F ⋅ dr = ∫r F ⋅ dr + ∫r F ⋅ dr
r1 r0
r r
r
r2 r
r (5.18)
r1 r
= − ∫r F ⋅ dr + ∫r F ⋅ dr
r0 r0
r r
= V (r1 ) − V (r2 )
e, então, vemos que
r r r r (5.19)
T2 − T1 = V (r1 ) − V (r2 ) ⇒ T2 + V (r2 ) = T1 + V (r1 )
FORÇAS CENTRAIS
r r
Vamos mostrar explicitamente que ∇ × F = 0 para uma força
r r
∇×F =
central. Primeiro note que 0 ser escrita como
pode
r x y z ^
F(x, y, z) = F(r)r^ = F(r) ^i + j^ + k (5.21)
r r r
^ˆ
onde ^iˆ, ^jˆ e k são os unitários nas direções x, y e z, respectivamente.
Agora,
∂r ∂ x + y + z
2 2 2
x (5.22)
= =
∂x ∂x r
e, similarmente,
∂r y
=
∂y r (5.23)
∂r z
= (5.24)
∂z r
r r
para y e z. Tomemos, por exemplo, a componente z de ∇ × F = 0
r r ∂Fy ∂Fx
(∇ × F)z = − (5.25)
∂x ∂y
CEDERJ 117
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
Temos que
∂Fy ∂ (F / r ) d F ∂r xy d F
=y =y =
∂x ∂x dr r ∂x r dr r
(5.26)
∂Fx ∂ (F / r ) d F ∂r yx d F
=x =x =
∂y ∂y dr r ∂y r dr r
r r
onde usamos as Equações (5.22) e (5.23). Assim, ( ∇ × F )=z =0 0. Do mesmo
modo para as componentes x e y.
118 CEDERJ
MÓDULO 1
Para calcular a energia potencial correspondente a uma força central,
5
escolhemos um caminho de integração como indicado na Figura 5.5:
AULA
Figura 5.5: Caminho de integração para uma força central.
r r r r
Tomamos um ponto qualquer de referência r0 ,ee r1integramos de r0 até
e r1
r r r r
e r1
r0 primeiro ao longo de um raio (C1) que parte de r0 , ecujas
r1 coordenadas
são (r0 , θ0 , φ0 ) e vai até o ponto (r0 , θ0 , φ0 ) e depois, ao longo de um círculo
(C2) de raio r em torno da origem, até o ponto (r, θ, φ). Ao longo de C1,
r
dr = rdr
ˆ
e
r r r
∫ C1
F ⋅ dr = ∫ F(r)dr
r0
Ao longo de C2,
r
dr = θˆr dθ + φˆ r senθ dφ
e r r
∫C2
F ⋅ dr = 0
Assim, r r
V (r ) = V (r) = − ∫ F(r)dr
r0
r GMm ^
F(r) = − r (5.28)
r2
CEDERJ 119
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
onde o sinal menos indica que a força é atrativa. Qual será a força se a
massa puntiforme M for substituída por uma esfera de raio R e massa
M? Se a esfera tiver uma distribuição esfericamente simétrica de massa,
ou seja, se sua densidade for uma função só de r, então a resposta é que
continua sendo − GMm / r 2 . Para os propósitos da gravidade, é como
se toda a massa da esfera estivesse em seu centro. Nós vamos usar este
resultado quando estivermos estudando o movimento dos planetas.
Para provar este resultado, é muito mais fácil primeiro calcular
a energia potencial devido a uma esfera e depois tomar a derivada para
obter a força em vez de calcular a força explicitamente. Isto porque a
energia potencial é um escalar, enquanto a força é um vetor. É suficiente
demonstrar o resultado para uma casca esférica fina, uma vez que uma
esfera é a soma de muitas de tais cascas. Para isso, vamos dividir a casca
em anéis, como mostra a Figura 5.6. Seja R o raio da casca e P o ponto
onde queremos calcular o potencial, a uma distância r de seu centro.
a b
Figura 5.6: Método de calcular a energia potencial de uma casca esférica. Em (a), a
casca é dividida em anéis. E em (b) mostramos as distâncias relevantes.
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MÓDULO 1
A energia potencial total em P é, portanto,
5
AULA
π 2πσ GR2 m sen θ dθ
V (r) = − ∫
(5.30)
0
R2 + r 2 − 2rR cosθ
2πσ GRm π
=− R2 + r 2 − 2rR cosθ
r 0
Nós agora devemos considerar dois casos. Se r > R, então nós temos
que é independente de r.
Uma vez que encontramos V(r), podemos achar a força como
r r
F = −∇V . Em coordenadas polares esféricas,
r ∂ 1 ∂ 1 ∂
∇ = rˆ + θˆ + φˆ (5.33)
∂r r ∂θ rsenθ ∂φ
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Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
LEI DE GAUSS
r GM
g = − 2 T rˆ (5.37)
r
Assim, nós podemos imaginar uma coleção de vetores por todo o espaço,
em geral diferentes em módulo e direção em cada ponto do espaço, e
que define a atração gravitacional da Terra sobre uma partícula teste
localizada numa posição qualquer. A totalidade de tais vetores é chamada
campo, e os próprios vetores são chamados intensidades do campo.
122 CEDERJ
MÓDULO 1
Considere agora uma esfera com o centro no centro da Terra e
5
raio maior que o raio da Terra, Figura 5.7. Usando a convenção de que
AULA
r aponta radialmente para fora, então a componente
a direção positiva
rF
radial de g =multiplicada pela área total da superfície da esfera, nos dá
m
uma quantidade Φ definida como:
GMT
Φ = 4π r 2 g(r) = −4π r 2 = −4π GMT (5.38)
r2
a b
Figura 5.8: (a) Superfície gaussiana envolvendo uma partícula de massa M. Existe
um fluxo gravitacional resultante devido à massa M. (b) Superfície gaussiana não
envolvendo M. O fluxo resultante neste caso é zero.
r r GM
d Φ = g ⋅ dA = − 2 cosθ dA (5.39)
r
CEDERJ 123
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
r r r
Agora, dA cosθ / ré igual à projeção de d A perpendicular a r0, e or1 quo-
2
r r
Φ = Ñ∫ g ⋅ dA = −GM Ñ∫ dΩ = −4π GM (5.41)
A
124 CEDERJ
MÓDULO 1
5
AULA
ML
Figura 5.9: Túnel através da Lua. Também mostramos a superfície gaussiana para
o cálculo do campo.
Φ = 4π r 2 g(r) = − 4π GM (5.44)
ML 4π 3 ML 3
M= ⋅ r = 3 r (5.45)
4π / 3RL3 3 RL
GML
g(r) = − r (5.46)
RL3
2π m RL3
T= = 2π = 2π (5.49)
ω k GML
CEDERJ 125
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
Mtotal = ∫ ρ dV (5.50)
V
r r r r
Ñ∫ A
g ⋅ dA = ∫ ∇ ⋅ gdV
V (5.51)
RESUMO
r r
Uma força é conservativa se ∇ × F = 0 . A energia potencial associada a
r r r r r
r
r
F =é FV(r(r) )r = − ∫r F(r ’) ⋅ dr, sendo o valor da integral independente do caminho
r0
r r r r
escolhido para ir de r0 reaté r
0 e1 r1. Você deve escolher o caminho de integração que
126 CEDERJ
MÓDULO 1
PROBLEMAS
5
AULA
5.1. Quais destas forças são conservativas? Encontre o potencial
para aquelas que são.
(a) Fx = ayz + bx + c, Fy = axz + bz, Fz = axy + by , onde a, b
e c são constantes arbitrárias.
. − x , Fy = ln z, Fz = e − x + y / z
(b) Fx = −ze
r
(c) F = arˆ / r
3 GM 2
V =− (5.53)
5 R
∇ 2ϕ = 4π Gρ (5.54)
r
(b) Mostre que o potencial ϕ (r ) de uma distribuição de massa
r
ρ (r ) é dado por
r
r Gρ (r ’)
ϕ (r ) = − ∫ r r dV ’ (5.55)
r − r’
CEDERJ 127
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
GM
ϕ (r) = − (5.56)
r 2 + a2
128 CEDERJ
MÓDULO 1
(a) Supondo que a distribuição de massa da galáxia possa ser
5
aproximada como esférica, mostre que a velocidade de uma estrela em
AULA
uma órbita de raio r (distância da estrela ao centro da galáxia) é
GM (r)
v (r) = (5.58)
r
SOLUÇÕES
r r ∂Fz ∂Fy ˆ ∂Fx ∂Fz ˆ ∂Fy ∂Fx
5.1. Devemos calcular ∇ × F = − i + − j + ∂x − ∂y k̂
∂y ∂z ∂z ∂x
Fy ∂Fx ∂Fz ˆ ∂Fy ∂Fx
iˆ + − j + ∂x − ∂y k̂ para cada uma das forças.
z ∂z ∂x
∂Fz ∂Fy ∂Fx ∂Fz
(a) − = ax + b − (ax + b) = 0 , − = ay − ay = 0 ,
∂y ∂z ∂z ∂x
∂Fy ∂Fx
− = az − az = 0
∂x ∂y
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Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
r r
r rr r
A força é conservativa. No cálculo deV (r ) = − ∫r F(r ′) ⋅ dr ′, vamos
r0
r
escolher r0 = 0 e o caminho, mostrado na Figura 5.10,
Figura 5.10
r ˆ r ˆ r ˆ
C1 → dr ′ = idx ′, y′ = 0, z ′ = 0; C2 → dr ′ = jdy ′, x′ = x, z ′ = 0 C3 → dr ′ = kdz ′, x′ = x
r ˆ r ˆ
; C2 → dr ′ = jdy ′, x′ = x, z ′ = 0 C3 → dr ′ = kdz ′, x′ = x, y′ = y . Então,
r
V (r ) = − ∫ Fx ’dx′ − ∫ Fy ’ dy′ − ∫ Fz ’dz ′
C1 C1 C1
x y z
= − ∫ (bx′ + c)dx′ − ∫ 0 dy′ − ∫ (axy + by) dz ′
0 0 0
1
= − bx 2 − cx − axyz − byz
2
r x y z y
V (r ) = ∫ e − x ’dx′ − ∫ 0 dy′ − ∫ e − x + dz ′
0 0 1
z′
= 1 − e − e ( z − 1) − y ( ln z − ln 1)
−x −x
= 1 − ze − x − y ln z
ax ay az
Fx = , Fy = 2 , Fz = 2
x +y +z
2 2 2
x +y +z
2 2
x + y2 + z2
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MÓDULO 1
ax ay az
Fx = , Fy = 2 , Fz = 2
5
x +y +z
2 2 2
x +y +z
2 2
x + y2 + z2
AULA
Assim,
∂Fz ∂Fy ax2y ay2 x
− =− − =0
∂y ∂z ( x + y + z ) ( x + y2 + z2 )
2 2
2 2 2 2
5.2. Uma esfera pode ser vista como um número muito grande
de camadas concêntricas, desde r = 0 até r = R. Imagine que você vá
juntando massa, camada por camada, para formar a esfera. A variação
na energia potencial quando uma camada de raio r espessura dr é trazida
desde o infinito (onde tomamos o zero da energia potencial) e colocada
na sua posição na esfera é
GM (r) dM (5.59)
dV = −
r
Agora,
M 3M
ρ= = (5.63)
(4 / 3)π R3 4π R3
CEDERJ 131
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
e assim, 3M 2
G (4π ) 2
V =− 4π R3 R5 = − 3GM (5.64)
15 5R
r
M(r) = ∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′
0 (5.67)
Para que g(r) seja constante,
GM (r)
= g0 = constante
r2 (5.68)
Então,
r
g0 r 2 = G∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′ (5.69)
0
2 g0 r = 4π Gρ (r) r 2
(5.70)
e resolvendo para ρ(r), encontramos
g 1
ρ (r) = 0 (5.71)
2π G r
132 CEDERJ
MÓDULO 1
r r
Inserindo g = − ∇ϕ no lado esquerdo desta equação, obtemos
5
r r
AULA
∇ ⋅ g = −∇ ⋅ ∇ϕ = −∇ 2ϕ (5.73)
e a Equação (5.72) torna-se
∇ 2ϕ = 4π Gρ (5.74)
Gdm
dϕ = − r r (5.75)
r − r′
r r
Agora, o elemento de massa na posição r ′ é dm = ρ (r ′)dV ′ e, assim,
integrando sobre toda a distribuição, temos o resultado procurado
r
r Gρ (r ′)
ϕ (r ) = − ∫ r r dV ′ (5.76)
r − r′
Figura 5.11
1 ∂ 2 ∂ 1 ∂ ∂ 1 ∂2
∇2 = r + sen θ + (5.77)
r 2 ∂r ∂r r 2 senθ ∂θ ∂θ r 2 sen2θ ∂φ 2
CEDERJ 133
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
−5 / 2
1 ∂ 2 ∂ϕ 2 ∂ϕ ∂ 2ϕ 3GM r2
∇ϕ= 2
2
r = + = 1 + (5.78)
r ∂ r ∂r r ∂ r ∂ r 2 a3 a2
Figura 5.12
Figura 5.13
134 CEDERJ
MÓDULO 1
A diferença entre a força exercida pelo planeta sobre uma partícula
5
de massa m no centro da rocha e uma partícula de mesma massa na
AULA
superfície da rocha é
GMm GMm
−2
r 2r 2GMmr
= 2 1 − 1 + ; 2 1−1+ =
d d d d d3
GMr m
FR = (5.81)
r2
2M 3
d3 = r (5.82)
Mr
4
M= π R3 ρP (5.83)
3
Similarmente,
4 3
Mr = π r ρr (5.84)
3
Logo, 4
2 π R3 ρP
2ρ
d = 3
3
r 3 = R3 P (5.85)
4 3 ρr
π r ρr
3
ou
1/ 3
2ρ (5.86)
d = R P
ρr
r v2
g (r) = − r^ (5.87)
r
CEDERJ 135
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
Por outro lado, usando a lei de Gauss com uma superfície gaussiana
esférica de raio r, concluímos que
r GM (r) ^
g(r) = − r (5.88)
r2
r
v 2 r = GM(r) = G∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′ (5.89)
0
v 2 = Gρ (r) 4π r 2 (5.90)
ou,
v2 1
ρ (r) = (5.91)
4π G r 2
rv 2 10 × 3, 08 × 1016 m × 16 × 108 m2 / s2
M(r) = = = 3, 7 × 106 Me (5.93)
G 6, 67 × 10−11 m3 / s2 ⋅ kg
136 CEDERJ
MÓDULO 1
5
AULA
Figura 5.14
dM Gm ρ a
dV = − Gm =− dφ (5.94)
b b
n ( n + 1) ξ 2
(1 + ξ )
−n
= 1 − nξ + + ... (5.96)
2
podemos escrever
−1 / 2
a r ′ 2r ′
2
= 1 + − cos φ
b a a
2
1 r ′ 2r ′ 3 r ′ 2 2r ′
2
r′
2π 1 r′
2
V (r ′) = −Gm ρ ∫ 1 + cos φ + (3 cos2 φ − 1) + ... dφ (5.98)
0
a 2 a
1 r ′ 2
= −2π Gm ρ 1 + + ...
4 a
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Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
ou,
−GmM 1 r ′
2
V (r ′) = 1 + + ... (5.99)
a 4 a
dV −GmM 1 r ′
=0= + ... (5.100)
dr ′ a 2 a2
d 2V −GmM (5.101)
= + ... < 0
dr ′2 2a3
4
M= πρ ( a3 − b3 ) (5.102)
3
Figura 5.15
138 CEDERJ
MÓDULO 1
Tomando uma superfície gaussiana esférica de raio r > a e com o centro
5
no centro da casca, temos
AULA
r GM
4π r 2 g = −4π GM ⇒ g = − 2 rˆ (5.103)
r
4 r 4πρG b3
4π r 2 g = − 4π G πρ ( r 3 − b3 ) ⇒ g = − r − rˆ (5.104)
3 3 r2
r r dr ′ GM
ϕ (r) = − ∫ g(r ′) dr ′ = GM ∫ ⇒ ϕ (r) = − (5.106)
∞ ∞ r ′2 r
(
Então, sabendo que ϕ (a) = − GM / a = − (4π Gρ / 3a) a3 − b3 , chegamos )
ao seguinte resultado:
a 2 b3 r 2
ϕ (r) = −4πρG − −
2 3r 6 (5.108)
CEDERJ 139