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A agricultura na idade moderna

♡ Mediocridade técnica;
Agricultura de subsistência
♡ Força humana e animal;
♡ Fraca produtividade do trabalho; Fraca produtividade
♡ Minifúndio – autoconsumo; Autoconsumo
♡ Pousio;
Carestias
♡ Fertilizantes naturais.

Economia pré-industrial

Agricultura era de baixo rendimento



Potencia crises de subsistência

A agricultura bloqueia o crescimento da população

Europa moderna = Europa a dois ritmos


espaço rural espaço urbano
uniformidade económica diversidade económica
população homogénea população heterogénea
condicionado pelo clima -
rara mobilidade social e profissional maior mobilidade social e profissional
mais resistente à inovação menos resistente à mudança
MAIS CONSERVADORA MAIS DINÂMICA

F. Braudel: a evolução da população era semelhante a um “sistema de marés”.

população/evolução demográfica
séc. XVI séc. XVII séc. XVIII
crescimento queda/crise crescimento

Modelo demográfico antigo


♡ Típico de uma economia pré-industrial.
♡ Séc. XV, XVI, XVII, e 1ª metade do século XVIII.
♡ Características:
✩ taxa de natalidade elevada:
o pois a taxa de mortalidade era elevada;
o “eram necessários dois nascimentos para produzir um adulto”;
o nasciam muitos.
✩ taxa de mortalidade elevada:
o “morriam muitos”;
o cerca de 35% “em tempos normais”;
o forte mortalidade infantil.
✩ casamentos tardios:
o método anticoncecional;
o forma de controlar a natalidade;

♡ este modelo é muito vulnerável e dificilmente equilibrado – propicio a crises

demográficas.

Crises demográficas
Características do Modelo Demográfico Antigo:
♡ sucedem quando existe uma rutura no frágil equilíbrio do modelo;
♡ carestias;
♡ epidemias;
♡ guerras;
♡ principais características:
o elevação brusca das mortes;
o quebra muito acentuada dos nascimentos;
o diminuição acentuada dos casamentos;
o curta duração;
o seguida de uma fase de recuperação.

Sociedade de ordens
♡ A sociedade do Antigo Regime (séc. XVI, XVII, XVIII) era constituída por ordens ou
estados.
♡ Ordem ou estado: categoria social definida pelo nascimento e pelas funções sociais que as
pessoas desempenham, conferindo aos seus membros determinadas honras, direitos e
deveres. Distinguem-se pelo traje e pela forma de tratamento.
♡ Clero = rezar
♡ Nobreza = lutar
♡ Povo = trabalhar

Principais características:
♡ sociedade fortemente hierarquizada;
♡ desigualdade social (definida pelo nascimento);
♡ sociedade assente em privilégios;
♡ estratificação social;
♡ sociedade tripartida;
♡ sociedade trifuncional;
♡ sociedade de símbolos;
♡ sociedade com diferentes estatutos jurídicos;
♡ mobilidade social reduzida.

Clero
♡ estado mais digno, pois é o mais próximo de Deus.
♡ ordem não tributária (não pagava impostos);
♡ isento da prestação de serviço militar;
♡ cobrava impostos (a dízima);
♡ exclusivamente dependente do papa;
♡ possuía tribunais e foro próprios (o direito canónico);
♡ direito de asilo;
♡ único estado que não se adquiria por nascimento;
♡ aglutina elementos de todos os grupos sociais;
♡ organizados de acordo com o estatuto social do seu nascimento:
o alto clero: o bispo, o cardeal e o abade/abadessa;
o baixo clero: pároco e a freira/frade.
♡ dividia-se em:
o regular: clero dos conventos que seguia uma regra;
o secular: clero que vivia entre as pessoas.

Nobreza
♡ ocupa cargos de poder no exército e na administração
♡ desfruta de um regime jurídico próprio (o foro privado)
♡ está isenta do pagamento de impostos, exceto em caso de guerra, quando era convocada a
♡ pagar os mesmos, assim como tributos;
♡ cobra direitos senhoriais aos camponeses;
♡ definido:
o pelo nascimento;
o pelo poder fundiário.
♡ grupo fechado (para não perder o poder fundiário);
♡ grupo endogâmico (casamentos dentro do próprio grupo);
♡ grupo homogéneo;
♡ fortemente hierarquizada:
1. nobreza de sangue ou nobreza de espada;
2. nobreza rural, senhorial ou fundiária;
3. nobreza togada ou administrativa.

Terceiro estado
♡ maioria da população;
♡ a maior parte é constituída por camponeses;
♡ pagam impostos;
♡ é a ordem mais heterogénea;
♡ fortemente hierarquizada:
1. homens de letras ou burguesia letrada;
2. mercadores ou financeiros;
3. artesãos;
4. lavradores;
5. assalariados ou trabalhadores braçais;
6. mendigos, vagabundos e indigentes.

Sociedade do Antigo Regime


♡ primazia do nascimento como critério de distinção;
♡ os comportamentos eram rigidamente estipulados;
♡ a diferenciação social era clara e visível: defesa dos privilégios pelas ordens sociais mais
elevadas;
♡ mobilidade social:
o reduzida;
o processo lento;
o formas de mobilidade:
- estudo;
- dedicação aos cargos do Estado;
- lucros do comércio/riqueza;
- casamentos com filhas(os) da velha nobreza.

Europa do século XVII caracterizava-se:


♡ grande diversidade de Estados:
o repúblicas oligárquicas;
o monarquias hereditárias.
♡ grande diversidade de regimes políticos:
o feudais;
o absolutistas;
o regimes parlamentares.

Monarquia absoluta de origem divina


♡ o poder supremo do rei era legitimado pela vontade de Deus;
♡ o rei é o vértice da hierarquia social;
♡ confere ao rei todos os poderes e toda a responsabilidade do Estado.

♡ os fundamentos do poder real:


- o poder do rei conjuga quatro características básicas:
1. o poder real é sagrado:
✩ porque provem de Deus que o conferiu aos reis para que estes o exerçam em seu nome;
✩ logo atentar contra o rei é um sacrilégio;
✩ deve-se obedecer ao príncipe por princípio de religião;
✩ a ordem divina do poder real torna-o incontestável;
✩ mas a origem divina do poder real também impõe limites: “respeitar o seu próprio
poder e só o devem utilizar para o bem público”.

2. o poder real é paternal:


✩ poder mais conforme com a natureza humana;
✩ porque é a primeira forma de poder que o homem conhece;
✩ o rei é “o pai do povo”:
o deve satisfazer as necessidades do seu povo;
o deve proteger os fracos;
o deve governar brandamente.

3. o poder real é absoluto:


✩ ou seja, independente/incontestável;
✩ o príncipe não presta contas a ninguém;
✩ não está coagido a nada;
✩ mas poder absoluto é diferente de poder arbitrário;
✩ viver sob o governo absoluto do rei é viver em liberdade;
✩ o rei assegura (com o seu poder supremo):
o a legitima ordem das coisas;
o evita a anarquia que retira aos homens os seus direitos e instala a lei do mais forte.

4. o poder real está submetido à razão:


✩ é a sabedoria que salva os Estados e não a força;
✩ é a perceção superior das coisas, inerente do príncipe, que faz o povo ser feliz.
✩ qualidades régias que garantem um governo bom:
o bondade;
o firmeza;
o força de carácter;
o prudência;
o capacidade de previsão.

o absolutismo régio é o resultado da centralização política iniciada na Idade Média

♡ outros fatores que permitiram o aparecimento régio:


o o ressurgir do mundo urbano e mercantil;
o o desejo de ascensão da burguesia;
o a decadência da sociedade senhorial;
o revitalização do direito e do pensamento político romano;
o o crescimento económico e demográfico;

teorização de um poder de origem divina = permitir enaltecer e engrandecer o rei.


obrigam a uma organização unitária eficaz e permanente = organização centralizada.

♡ o rei absoluto concentra em sim toda a autoridade do Estado:


o o poder legislativo (o rei era a lei viva);
o o poder judicial (o rei era o juiz supremo)
o o poder executivo (do rei dependiam todas as decisões de governação).

♡ o rei torna-se o garante da ordem social estabelecida.

♡ na sequência desta conjugação de fatores o rei vai controlar:


o a defesa nacional;
o a justiça social;
o o progresso e a fortuna das nações;
o tornando-se num “pai protector”, que igualava perante o seu poder, todas as ordens.

♡ a concentração de poderes obriga á organização – para garantir o funcionamento das


monarquias absolutas foi necessário um Aparelho de Estado:
o para fornecer meios materiais, técnicos e humanos que permitam impor a vontade
régia;
o criar uma administração central disciplinada;
o criar um corpo de funcionários régios;
o criar um exército permanente.

a montagem desta máquina de estado obrigou o aumento dos impostos.

Os limites do poder real


♡ o Absolutismo Régio comporta três limites teóricos:
o as leis de Deus;
o as leis da justiça natural dos homens;
o as leis fundamentais de cada reino (direito consuetudinário).

♡ mas como o seu poder é absoluto, o rei toma o lugar do Estado, com o qual se identifica.
♡ a construção das monarquias absolutas foi um processo difícil.
♡ esta construção encontrou muitas resistências, em particular, das classes mais altas.

♡ os verdadeiros limites do Absolutismo Régio foram:


o a permanência residual dos privilégios feudais das ordens e da administração local;
o os limites da máquina administrativa;
o as deficiências no funcionalismo do Estado;
o as limitações financeiras e de fiscalização;
o o grande aumento da burocracia (registos).
A encenação do poder
♡ o rei utilizava a vida em corte para melhor controlar a nobreza e o clero;
♡ sociedade de corte:
o grupo que rodeava o rei;
o cum do poder e da influência;

♡ o centro da vida em corte era o Palácio de Versalhes:


o lugar de governação;
o lugar de ostentação do poder;
o lugar de controlo das ordens privilegiadas.

♡ todos os atos quotidianos do rei eram ritualizados (encenados):


o endeusar a sua pessoa;
o submeter as ordens sociais.

♡ cada gesto tinha um significado social ou político.


♡ o rei controlava a sociedade através da etiqueta;

Cronologia
♡ 1578 – Morte de D. Sebastião e batalha de Alcácer Quibir, sobe ao trono Cardeal D.
Henrique.
Problemas:
o idade avançada, homem doente;
o o papa não dispensa o cardeal para ter bebés.

♡ 1579 – Cortes de Almeirim: determinar o sucessor do cardeal. Para que todos os putativos
herdeiros possam fazer justiça da sua herança e reclamar o trono, de forma que o cardeal
tome a decisão ainda vivo.

♡ 1580 – Morre cardeal D. Henrique.

♡ 1581 – Cortes de Tomar. Sobe ao trono D. Filipe II de Espanha, I de Portugal. Este rei vai
garantir que vai cumprir as cartas de foral e os privilégios das ordens. “Sou rei de Portugal
porque o herdei, porque o comprei, porque o conquistei.”

António Prior do Crato não tem apoio social.


D. Filipe III não cumpre as promessas dos seus antepassados.

♡ 3ª dinastia: 1580 – 1640

♡ 1638 – 40 – Revolução da Catalunha. O grosso do exército de Filipe IV de Espanha invade


a Catalunha e os Países Baixos. Manda reunir um exército em Portugal para a Catalunha que
se revolta contra Espanha.
Conjurados: grupo de 40 nobres que se organizam para fazer uma revolução, reintroduzindo
no trono o rei de Portugal.

D. João IV – duque de Bragança.

♡ 1640 – Restauração da Independência.

Duquesa de Bragança: impulsiona a revolução.

♡ 1 de dezembro:
o defenestração;
o conjurados matam o conde andeiro;
o aclamação do Duque de Bragança como rei de Portugal.

♡ 8 de dezembro: D. João IV e a rainha vai á igreja matriz de Vila Viçosa e vão depor a
Nossa Senhora da Conceição a coroa régia portuguesa. Ato simbólico e religioso: valorização
do clero. Nova padroeira de Portugal: Nossa Senhora da Conceição. Vaticano reconhece D.
João IV como rei de Portugal.

♡ 4ª dinastia:
o D. João IV;
o D. Afonso VI;
o D. Pedro II;
o D. João V;
o D. José I;
o D. Maria I.

♡ 1668 – guerra com Espanha pois esta quer reconquistar Portugal.

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