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NOME: CARNE E OSSO DOCUMENTÁRIO.

OBJETIVOS: Mostrar os abusos praticados pelos frigoríficos em relação as condições de


trabalho e as consequências desses abusos na vida e saúde dos trabalhadores.

INTRODUÇÃO:

O documentário mostra o sistema da indústria da carne com enfoque na rotina e condição


de trabalho dos trabalhadores dos frigoríficos. A rotina de trabalho era muito excessiva. A
empresa trabalhava sobre metas extremamente exigentes. Alguns frigoríficos não possuíam
estrutura que correspondesse as metas impostas. Algumas atividades como remover o
osso da carne, coxa de frango, exigia movimentos rápidos e repetitivos das mãos (18
movimentos em 15 segundos, ou seja, 80-120 movimentos por minuto), que segundo
pesquisas estão acima do recomendado (35 movimentos por segundo).

Os trabalhadores eram submetidos a rotinas extremamente estressantes, com muita


cobrança e pressão exercida pelos superiores. Estes não permitiam conversar no trabalho.
Os trabalhadores possuíam pouco tempo para fazer a atividade. Até mesmo o tempo que
demoravam no banheiro devia ser descontado.

Muitos pacientes desenvolveram problemas nas articulações (punho, ombro, cotovelo,


pescoço) além dos problemas psíquicos associados, e não recebiam nenhum suporte da
empresa, pelo contrário, procuravam removê-lo. O médico da empresa receitava apenas
diclofenaco. Uma fisioterapeuta entrevistada chega a dizer que 80% dos seus pacientes
eram de frigoríficos. Um ex trabalhador relatou que desenvolveu depressão por conta das
imposições da empresa. As limitações físicas causadas ficaram, em muitos casos, por toda
a vida, incapacitando o indivíduo para outros trabalhos. Alguns sofreram da síndrome do
sobrevivente: trabalhadores que se mantem no trabalho com medo de serem demitidos
mesmo com muitos problemas de saúde causados pelo próprio emprego.

Algumas estatísticas mostram que no abate de bovinos o traumatismo de cabeça é 2x


maior; traumatismo de abdômen, ombro e braço 3x maior; A cada 100 mil, 209
desenvolverão transtornos mentais. No abate de aves e suínos: a cada 100 mil, 712
desenvolverão transtornos mentais. Tem frigoríficos que 20% da força de trabalho estão
adoecendo. A proteção dos trabalhadores também é muito precária e muitos acidentes
aconteciam. Foi mostrado também que muitos profissionais de frigorifico ganham pouco e
vivem em situações desagradáveis.

O estado demonstra pouco interesse pela segurança dos trabalhadores, visto essas
empresas fazem parte do ramo comercial que mais dão grande retorno financeiro. .
Algumas intervenções que estão sendo buscadas frente ao ministério público:

 Estabelecer pausas para a recuperação dos tecidos;


 Diminuição do ritmo de trabalho.
 REFERENCIAS:

https://www.youtube.com/watch?v=887vSqI35i8&list=LL&index=2. CARNE E OSSO.


Direção: Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros. Roteiro e edição: Caio Cavechini.
Fotografia: Lucas Barreto. Pesquisa: André Campos e Carlos Juliano Barros. Produção
Executiva: Maurício Hashizume. Duração: 65 min. Realização: Repórter Brasil, 2011.

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