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Universidade Federal do Oeste da Bahia


Centro de Ciências Exatas e das Tecnologias
Campus Reitor Edgard Santos

Disciplina: Físico-Química Experimental 1


Prof. Dr. Danilo Rodrigues de Souza
PRÁTICA Nº 4 - VOLUME PARCIAL MOLAR
1. OBJETIVO

 Determinar o volume molar dos componentes de uma mistura simples;


 Determinar o volume total da solução a partir dos volumes molares dos componentes da
mistura.

2. INTRODUÇÃO

O conceito de propriedade parcial molar é muito importante no estudo de sistemas


homogêneos, uma vez que traduz a variação duma determinada propriedade com a temperatura,
pressão e a composição de outros componentes da mistura constantes.
Quando se estuda misturas de gases fala-se sobre pressões parciais, que é a contribuição para
a pressão total de um componente da mistura gasosa. Quando se estuda soluções líquidas, outras
quantidades molares parciais são importantes, como, por exemplo, a energia de Gibbs molar parcial
ou volume molar parcial.
Em geral, o volume parcial molar de uma substância A numa mistura é a variação de volume
da mistura provocada pela adição de um mol de (A) a um grande volume de mistura. Os volumes
parciais molares dos componentes de uma mistura variam de acordo com a composição, pois as
vizinhanças de cada tipo de molécula se alteram a medida que a composição passa de A puro para a
de B puro (ATKINS e PAULA, 2003). É a modificação do ambiente de cada molécula, e, portanto
das forças que atuam entre as moléculas, a responsável pela varia das propriedades de uma mistura
em função de sua composição.
A definição de volume parcial molar, Vj de uma substância J numa certa composição é:

( )

Onde nj é o número de mols do componente J e n significa que o número de mols de todos


os componentes da solução da mistura permanecem constantes. O volume parcial molar é o
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coeficiente angular da curva do volume total da mistura em função dos moles de J (ATKINS, 1999),
sendo a composição de todos os outros elementos constantes.

Uma vez sejam conhecidos os volumes parciais molares dos dois componentes de uma
mistura binária, na composição de interesse, pode-se determinar o volume total, V, de uma mistura
por
V = VAnA + VBnB

Enquanto, em geral, volumes parciais molares sejam positivos (um exemplo clássico é a
adição de água em etanol), existem vários exemplos onde o volume parcial molar é negativo. A
adição de um componente com um volume parcial molar negativo causa diminuição do
volume da solução. É o caso, por exemplo, da adição do Li0,5CoO2 quando a adição de Li resulta na
redução do volume do cristal (BALL, 2006).

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. Material e reagentes

 Água destilada;  2 Pipetas volumétricas de 25 mL


 Etanol;  2 Buretas
 2 Provetas de 50 mL

3.2. Metodologia

Solução 1: Variação de volume de água e volume de etanol constante

a) Deverá ser adicionado em uma bureta o volume total de 25 mL de água destilada.


b) Abaixo da bureta deverá ser colocada uma proveta. Nesta proveta deverá ser adicionado,
com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 25 mL de etanol.
c) Adicione 2 mL de água destilada na proveta com etanol.
d) Anote o volume final da mistura.
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e) Repita os passos (c) e (d) até adicionar 20 mL de água destilada.

Solução 2: Variação de volume de etanol e volume de água constante

a) Deverá ser adicionado em uma bureta o volume total de 25 mL de etanol.


b) Abaixo da bureta deverá ser colocada uma proveta. Nesta proveta deverá ser adicionado,
com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 25 mL de água destilada.
c) Adicione 2 mL de etanol na proveta com água destilada.
d) Anote o volume final da mistura.
e) Repita os passos (c) e (d) até adicionar 20 mL de etanol.

Para as soluções de etanol puro e água destilada, deverão ser calculadas as densidades com o
auxílio de um picnômetro.

4. Resultados

Anote os resultados com base na tabela 1.

Tabela 1. Dados obtidos


Solução V(água) V(etanol) Vtotal m(água) m(etanol) n(água) n(etanol)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

A partir destes dados deverão ser construídos dois gráficos. Vt x nágua e Vt x netanol. Sendo
que Vt = volume total da solução; nágua = número de mols de água; netanol = número de mols de
etanol.
Encontrar a equação que melhor define os gráficos. Dica: utilize ajuste polinomial (Origin,
Excel, etc). Anote a equação obtida e derive o gráfico obtido. O resultado da derivação do eixo y
(Vt) será a equação abaixo.
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( ) ( )

A partir da equação obtida para ambos os gráficos será possível determinar qualquer volume
molar da espécie (água ou etanol). Já o gráfico que será obtido pela derivação do 1º gráfico poderá
nos apresentar o Vm seja da água, seja do etanol de maneira direta.
Todos os gráficos deverão ser expostos com suas devidas equações e R2 (linearidade).

Bibliografia

ATKINS P. e PAULA J. Físico-Química Vol. 1. Rio de Janeiro - RJ: LTC 2003. 356 p.

BALL D. W. Físico-Química Vol. 2. São Paulo - SP: Thomson, 2006. 868 p.

FORMOSINHO S. J. Fundamentos de Cinética Química. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste


Gulbenkian, 1982. p.

IBAMA Manual de testes para a avaliação da ecotoxicidade de agentes químicos: E-2 - Teste
para Avaliação da Mobilidade. Brasília: 1990. p.

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