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Nome: Maria Gisele Tavares Disciplina: História da Educação

Professor(a): Ângelo Oliveira Curso: Lic. Geografia


Semestre: S1

RESUMO
“FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURRÍCULO MÍNIMO E POLÍTICA EDUCACIONAL DA DITADURA CIVIL-
MILITAR (1964-1985)”

A Ditadura Militar estabeleceu a profissionalização compulsória para o ensino


médio, vinculando o ensino à formação de mão de obra. Indivíduos ligados ao poder
político, tanto militares quanto civis, começaram a moldar a educação com base na
Teoria do Capital Humano. O objetivo é tentar compreender os processos de
fragmentação do conhecimento e consolidação de uma concepção predominantemente
técnica de ensino no Brasil. As políticas educacionais elaboradas durante a Ditadura
Civil-Militar implementaram o ensino tecnicista. Havia a necessidade de um novo perfil
de professores. A profissão docente já não carregava o perfil do
passado, numericamente inferior e oriunda das classes médias urbanas e das próprias
elites. O perfil dos profissionais da educação passou por drásticas mudanças, desde a
nova formação uma vez que o sistema tinha a necessidade de mão de obra, aumentou-se
o quadro docente e, consequentemente, a diminuição do valor da remuneração. Assim
como o sistema educacional foi usado pela Ditadura Militar para a transmissão de
ideologias. A formação de professores(as) sofreu as consequências das políticas
educacionais implantadas que levariam a educação a formar pessoas aptas para o
mercado de trabalho, deixando de cumprir assim seu papel: a formação voltada para
emancipação dos alunos e das alunas, através da formação para a cidadania. A
profissionalização descuidada e indiscriminada, aliada à expansão das vagas particulares
do ensino superior, visava mais controlar a procura por esse nível de ensino do que
propriamente a qualificação do nível médio. Filosofia, Sociologia e Psicologia desse
grau de ensino-, introduziu-se um grande numero de disciplinas supostamente
profissionalizantes, mas que longe estavam de qualificar alunos para a obtenção de um
emprego. No ensino tecnicista, o processo educativo é reorganizado de modo a torná-lo
objetivo e operacional, inspirado no princípio da racionalidade, eficiência e
produtividade. Para que o professor tivesse neutralidade no processo de ensino
aprendizagem, o currículo fora reduzido. No período ditatorial, os setores mais
conservadores da sociedade sentiram-se ameaçados pelos efeitos produzidos pela teoria
materialista histórico-dialética. Isso levou os líderes militares a implementar a disciplina
de Educação Moral e Cívica no currículo oficial. A regeneração da sociedade passou
então, para ambos os protagonistas do pensamento político conservador, por uma
educação pautada na busca do bem comum. Criou-se a Educação Moral e Cívica, que
viria a substituir o ensino da Filosofia no Ensino Básico, fazendo com que o curso
universitário e a disciplina de filosofia perdessem prestígio. O item educação e
desenvolvimento, segundo seus defensores, visa a formação consciente do
cidadão. Uma sociedade sem memória, que não conhece sua história, não consegue
fazer críticas plausíveis e participar ativamente dos processos que regem seu país. Tal
sociedade está condenada a repetir erros e deixar que os tiranos estejam no comando. O
Conselho Federal de Educação, por meio do parecer 85371, estabelece que seus
objetivos 'eram a integração espaço-temporal e social do aluno em âmbitos
gradativamente mais amplos'. O período da Ditadura Civil-Militar no Brasil mostrou em
suas políticas educacionais o quanto a educação pode alienar os alunos. A educação
continuou sendo elitista e, com sua característica principal, que antes expulsava grande
número de crianças e jovens das escolas continuou expulsando e retendo .
As notícias sobre as escolas goianas têm chamado a atenção, pois adotam fortes
métodos de repreensão. A política que implantou o ensino técnico foi um fracasso, pois
as escolas públicas se desorganizaram. O Movimento Estudantil Horizontal do Ensino
Médio, conhecido como Coletivo Autônomo das Organizações do Ensino Médio, se
posicionou contra a tentativa do governo do estado de São Paulo de fechar várias
escolas públicas.
O Movimento Estudantil do Ensino Médio ganhou visibilidade no cenário político e
social a partir de 2015. Em 2016, ocorreu um dos maiores movimentos de ocupação
escolar do país. Mais de 843 escolas foram palco de resistência estudantil contra o
governo de Michel Temer. Segundo Mészáros, a educação não deve qualificar para o
mercado, mas para a vida.

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