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I IDENTIFICAÇÃO
II DEMANDA
III PROCEDIMENTOS
IV ANÁLISE
Maristela Pereira dos Santos, 30 anos, natural de São Paulo/SP, noiva, Engenheira de Automação,
trabalha há 05 anos na empresa Atala Engenharia e Manutenção Predial. A requerente reside em
casa própria, com a mãe, padrasto e o noivo, no endereço constante nos autos.
Questionada a respeito sobre como teria sido sua infância, a requerente verbaliza que sua mãe
juntamente com Felipe, tiveram participação na sua infância, sendo essa de extrema importância em
sua vida. Demonstra que quando criança o relacionamento em família se perpetuava no amor,
alegria e paz, em convívio com os avós inclusive. Relata que não tem lembranças de Joaquim com
ela nesta fase.
Narra que Felipe sempre foi ativo na sua educação, auxiliava nos custos da família, todavia jamais
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
FORO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
2ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES
Rua Gaivotas, nº 359 – CEP: 09126-000, Fone: (11) 4342-1249
São Bernardo do Campo – SP, E-mail: saobernardo2@tjsp.jus.br
Horário de atendimento ao público: das 13h às 17h
Antônio Joaquim Santos, 67 anos, natural de São Caetano do Sul/SP, divorciado, Coletor de Lixo -
Aposentado há 3 anos. O requerido reside só, em casa própria, no endereço constante nos autos.
Questionado a respeito das razões que levaram ao divórcio com Luana, o requerido verbaliza que
após o nascimento de Maristela as brigas e discussões tornaram-se frequentes entre o casal, tendo
como consequência o divórcio, que a este atribui a questões relacionados a seu emprego, condições
financeiras, contudo afirma que tiveram uma separação amigável.
Questionado sobre uma possível alienação parental, afirma que sempre tentou se aproximar de sua
filha, porém a genitora fazia de todas as formas que tal feito não acontecesse.
Relata que sempre auxiliou a filha com uma pequena ajuda de custo mensal, pois não se beneficiava
de altos valores mensais, devido sua profissão.
Reconhece que Felipe participou ativamente da vida de Maristela, não contestando qualquer vínculo
afetivo que germinou entre ambos, contudo não considera que tenha abandonado sua filha
voluntariamente, trazendo consigo que a genitora sempre impossibilitou tal aproximação.
Cita que, após a separação, sentiu-se chateado por não poder conviver com a filha, e que hoje a
admira.
Questionado se teria outros filhos e qual sua relação com eles, afirma que sim, tem um filho, hoje
com 32 anos e que possuem boa convivência.
O requerido esclarece que, somente agora procurou por Maristela, com ajuda de amigos, através das
redes sociais para pedir-lhe auxílio financeiro, por estar debilitado, com problemas de saúde,
havendo gastos com medicamentos, o que sua renda humildade não suporta.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
FORO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
2ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES
Rua Gaivotas, nº 359 – CEP: 09126-000, Fone: (11) 4342-1249
São Bernardo do Campo – SP, E-mail: saobernardo2@tjsp.jus.br
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V CONCLUSÃO
Conforme avaliado, S.M.J., sob o aspecto psicológico, consideramos que não existe vínculo filial de
Maristela em relação ao requerido, e este também não demonstra afeto pela filha biológica.
Consideramos sim, haver vínculo socioafetivo entre a requerente e o segundo requerente, Sr. Felipe.
À apreciação de V.Exa.