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HISTÓRIAS FLUMINENSES

MAXIMILIANO
UM PRÍNCIPE AUSTRÍACO EM SOLO FLUMINENSE
AVENTURA E TRAGÉDIA
Guilherme Peres

Irmão do imperador Francisco José


da Áustria, o arquiduque Maximiliano de
Habsburgo era um príncipe admirado na
Europa pelo seu caráter nobre e bondoso.
Estudioso das ciências naturais
interessava-se pela fauna e a flora das
Américas, despertando-lhe o desejo de
conhecer o Brasil. Durante sua visita, além
de outras homenagens, o seu nome foi
inscrito no quadro social do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro.
Aportou na Bahia a bordo da corveta
a vapor “Elisabeth” no dia 11 de janeiro
de 1860, tendo os jornais de Salvador
registrado o acontecimento. Anteriormente
havia passado em Recife para encontrar-se
com seu primo o imperador D. Pedro II, o
que não aconteceu, conforme vemos nos trechos de duas cartas escritas pelo do Dr.
Antonio d´Araújo Ferreira Jacobina, mordomo itinerante de S. M. Imperial:
“Agora estamos à espera do arquiduque Maximiliano d´Áustria que vem aqui estar
oito dias com a mulher, filha mais velha do rei da Bélgica” (10-12-1859).
Entretanto, a viagem foi retardada devido ao seu desembarque inesperado na Ilha
da Madeira, com sua esposa a arquiduquesa Maria Carlota Amália, princesa da Bélgica,
impedida de viajar por motivo de doença, o que fez com que o mordomo, Sr.Ferreira
Jacobina registrasse em outra carta:
“O imperador designou-me para ficar a espera do arquiduque, que já se demora
desde o dia 16. Creio que não terei a chance de o ver chegar quando eu estiver só”. “(O
Imperador partira naquela data para Santo Antão)”. (18-12-1859).
“O Diário” de Salvador do dia 14 registrou: “Antes de ontem passeou por várias
ruas desta cidade um personagem moço, louro, trajando “toillete” branca, em um carro
puxado a quatro cavalos, acompanhado do cônsul austríaco e de outro representante da
Áustria”.
E mais adiante: “O Sr. Arquiduque é irmão do atual imperador da Áustria,
Francisco José... nasceu no dia a seis de julho de 1832; é filho do arquiduque Francisco
José; é governador geral do reino Lombardo-veneziano; vice-almirante e comandante
em chefe da marinha imperial... casou-se com a arquiduquesa Maria Carlota Amália,
filha do rei dos belgas... consta-nos que sua alteza viaja como fim de instruir-se, pois é
cultor apaixonado de história natural”.
Durante sua estada em Salvador, foi homenageado por Herculano Ferreira Pena,
presidente da província da Bahia, que recebendo recomendações do Imperador foi
recebê-lo a bordo. Convidado a permanecer mais tempo na cidade, recusou. Prometeu
na volta, tocar naquela Província para encontrar-se com S. M. o Imperador. Partiu “na
madrugada do dia 15 em direção ao Rio de Janeiro”, não sem antes navegar próxima à
região paradisíaca do sul da Bahia, o que facultaria observar as matas e as praias da
costa atlântica.

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CHEGADA AO RIO DE JANEIRO

No dia 26 de janeiro adentrava na Baia de Guanabara a corveta “Elisabeth”,


conduzindo em seu interior o arquiduque e toda sua comitiva, sendo cumprimentado
ainda a bordo pelo senhor ministro dos negócios estrangeiros e o cônsul da Áustria.
Desembarcaram à tarde no Arsenal de Marinha “trajando um paletó branco e
chapéu de Chile”. Percorreu a Rua Direita em direção ao Largo do Paço a bordo de um
carro acompanhado da comitiva para visitarem os diversos estabelecimentos públicos
destinados às obras sociais: a Santa Casa de Misericórdia, onde percorreram todo o
edifício “mostrando-se bem impressionado com a ordem e o asseio lá encontrados”. Em
seguida conheceu o morro do Castelo e os bairros Gloria e Botafogo “onde conheceu o
Hospício D. Pedro II”, e como última etapa o Campo de Sant´Ana, terminando o roteiro
no Hotel da Europa, com um jantar em sua homenagem.

VISITA A PETRÓPOLIS

No dia 30 pela manhã, balouçando ao sabor das ondas, encontrava-se atracada no


cais do Arsenal de Marinha a galeota imperial, gentilmente oferecida ao príncipe para
iniciarem uma viagem em direção a Petrópolis, conforme desejo de sua alteza
manifestado no dia anterior.
Esta embarcação totalmente construída no estaleiro Mauá, cuja máquina foi
oferecida ao imperador pela rainha Vitória, era o transporte destinado a Sua Majestade
D. Pedro II, em suas viagens para a serra ou seus passeios pelo interior da baia.
Debruçado em sua proa via-se um dragão de madeira dourado “de largas dimensões
lançando-se sobre um florão também dourado que terminava à linha d´agua. Da popa
ate à proa nos dois bordos, estavam adaptados os dois verdugos, um na tabica e outro no
corrimão da borda simulando dois cabos de ouro paralelos. O topo dos portalós em pau
cetim destacava-se em belo relevo contornando duas âncoras cruzadas sob a coroa
imperial”.
No pavimento inferior, a riqueza da decoração compreendia: “os caixilhos das
janelas dos compartimentos eram de subir e descer”, sendo as janelas duplas com
“vidros de cores venezianas”. Sofás, tapetes, mesas cadeiras douradas, cortinas, relógio,
divãs e “objetos de “toalete” em prata de lei... Por ante a ré ficavam os compartimentos
das instalações sanitárias”.
Após a comitiva acomodar-se no interior da galeota acompanhando o príncipe, a
bela embarcação deslocou-se pelo interior da baia passando por várias ilhas cobertas de
vegetação. Barcos e colônias de pescadores se sucediam até avistarem ao longe a igreja
de N. Sra. da Guia de Pacobaíba, sinalizando próximo o porto de chegada. O barco
atracou junto à gare do trem onde já os esperavam uma comissão para dar-lhe as boas
vindas, embarcando em seguida na composição com partida prevista para as 7 horas,
cuja locomotiva exibia à sua frente, duas bandeirolas simbolizando os impérios do
Brasil e da Áustria.
Em carta dirigida ao conselheiro Paulo Barbosa da Silva, dois dias antes de sua
partida para Petrópolis, o ministro de estrangeiros João Lins Vieira Cansanção de
Sinimbu, comunicava o desejo do príncipe Maximiliano de “fazer uma visita a Suas
Altezas”, pedindo providências para preparar sua recepção:
“O príncipe embarcará pelas 6 horas da manhã no Arsenal de Marinha na galeota
imperial; vou providenciar para que as sete, um trem especial espere na estação do
Caminho de Ferro de Mauá”.
Na carta, o ministro também recomenda que o conselheiro ponha à disposição de
Sua Alteza “duas carruagens na estação oposta (Raiz da Serra), por quanto a comitiva
será de 6 a 7 pessoas” e prepare “aposentos para o príncipe no Hotel Oriental... ou um
alojamento no próprio palácio de Petrópolis”, indicando que este oferecimento só

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poderá ser dirigido à pessoa do príncipe, “bastando que o aposento que lhe for destinado
conste de duas peças”.
A chegada da composição ao final da linha férrea situada em Raiz da Serra, com a
locomotiva envolta em fumaça, chamou atenção de alguns curiosos que se achavam nas
redondezas. Um pouso de tropeiros avarandado próximo à estação, abrigava homens e
animais em descanso, demonstrando na calmaria dos terrenos pantanosos, a presença
das febres palustres.
A carruagem atrelada aos animais subiu a serra, levando sua alteza e a comitiva,
onde “muitas famílias foram esperá-lo na Vila Teresa, acompanhando-os até o hotel”.
Em seguida foram convidados para jantarem no palácio em companhia de suas primas
SS. AA. as princesas D. Isabel e D. Leopoldina “numa reunião íntima presidida pela
condessa de Barral”. A visita a Petrópolis durou apenas dois dias, pois o viajante
deveria prosseguir no dia 5 para a Província do Espírito Santo, a fim de encontrar-se
com o Imperador. “Nos últimos dias de permanência na Corte, também visitou a
Imperial Fazenda de Santa Cruz”.

A CONDESSA DE BARRAL

Nascida na Bahia em 1816, Luísa Margarida Portugal de Barros, tornou-se Barral


graças ao seu casamento na Europa aos 21 anos, com o nobre francês Eugéne de Barral.
Voltou para a Bahia em 1848 onde permaneceu com seu marido administrando um
engenho até 1856, quando viajou para o Rio de Janeiro para assumir as funções de aia
das filhas de D. Pedro II e dama de honra da imperatriz Tereza Cristina. Cargo que
ocupou, aceitando um convite do próprio imperador, indicada por Paulo Barbosa,
mordomo da Casa Imperial. Dirigiu a educação das princesas Leopoldina e Isabel até
1864, ano em que ambas contraíram matrimônio.
Durante sua permanência na sede do Império e no palácio imperial de Petrópolis,
manteve uma correspondência constante durante muitos anos com D. Pedro II, sendo
aconselhada pelo mesmo a queimá-las após ter enviuvado, suscitando desde então,
comentários maliciosos de suas relações com o Imperador. As cartas que restaram,
foram anos mais tarde publicadas pelo historiador Raimundo Magalhães Júnior.
Através de uma dessas correspondências datada de 1º de fevereiro de 1860,
ficamos sabendo da visita do príncipe Maximiliano a Petrópolis: “Deus seja mil vezes
louvado. Suas altezas contarão a Vossa Majestade, a visita do Senhor arquiduque
Ferdinando Maximiliano, mas é natural que digam quanto elas se portaram bem. Eu não
esperava nem tanta boa graça nem tanto desembaraço sem demasiada familiaridade, em
suma fiquei muito contente, e todos encantados com nossas princesas”.
A propósito do alojamento do Príncipe, a condessa revela que ele ficou
hospedado no Hotel Oriental, de propriedade de Said Ali, (o turco) situado na Rua dos
Artistas, hoje Avenida Sete de Abril, recusando-se a usar as dependências do palácio
Imperial. No dia 30, a carta confirma que houve um jantar realizado no paço “e no dia
31 um pequeno chá em família sem ninguém de fora, exceto D. Francisca de Paula dos
Reis Alpoim, casada com o mordomo da casa imperial conselheiro Paulo Barbosa da
Silva”.
O Hotel Oriental foi durante os anos de 1855 a 1865, citado anualmente no
Almanaque Laemmert como uma referência nos serviços de hospedagem, segundo
anunciava seu proprietário: “Este hotel, situado num dos melhores lugares, recomenda-
se pela elegância e asseio das acomodações para cavalheiros, famílias e pela
regularidade e prontidão dos serviços e preços moderados”.
O jornal “O Paraíba” também anunciava os serviços do hotel, acrescentando que
seu proprietário Said Ali, fabricava “Superior geléia de marmelada, notável pela
aplicação às pessoas que sofrem do peito”, publicado por Carlos Augusto Taunay em
“Centenário de Petrópolis”, acrescentando alguns dados sobre a vida do “turco” como

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sendo poliglota, e “depois de ter acompanhado distinto fidalgo pelo mundo como seu
criado, veio estabelecer-se em Petrópolis como hoteleiro”.

A RECEPÇÃO

Os detalhes cerimoniosos desse jantar são assim descritos: “O Príncipe ficou à


mesa entre as duas princesas. Dona Rosa perto da princesa D. Isabel, e eu ao lado de
minha travessa princesa D. Leopoldina que foi o mais amável que é possível”. Com os
anfitriões da casa e mais a comitiva, 15 pessoas rodeavam de atenção ao príncipe, que
trajava “casaca preta e calças brancas. Ele tem um todo elegante, e boas maneiras, fala
muito e tem grande uso dessas conversas de salão”.
Informa também que existia uma desconfiança, “que ele veio ver uma de nossas
princesas para o irmão, o arquiduque Luiz José Antônio Vitor que tem 18 anos, outros
para o cunhado, o conde de flandres que tem 23 anos, e isso logo me pôs de orelhas em
pé”.
A conta apresentada pelo hotel referente aos dois dias em que Sua Alteza esteve
hospedado era de um conto de réis, pago por um desconhecido que o turco não quis
revelar. “A princesa D. Isabel ofereceu ao primo um beija–flor empalhado, e deu-lhe,
para levar à senhora arquiduquesa, um pequenino enfeite de asas de besouro que ela
tinha. A princesinha mandou à arquiduquesa um lindo lenço de tecido, e ambas deram
um urubu-rei ao príncipe”, após saberem que ele era um estudioso de “Ciências
Naturais”. Durante a cerimônia do chá, as princesas “tocaram piano, valsaram com o
príncipe... mostraram as vistas da Bahia e de Pernambuco enfim, foi o tempo
agradavelmente empregado”.
Antes de se despedir, Maximiliano visitou o “Túmulo de S. M. a imperatriz
Leopoldina”, primeira esposa de D. Pedro I, irmã de Francisco Carlos José, pai do
príncipe, viajando em seguida “para a fazenda Santa Cruz ver as plantações de café”.
Destinada à criação de gado, a Fazenda Imperial de Santa Cruz, não escapou da onda
cafeeira que inundou o território fluminense.

DIÁRIO

Foram inúmeras as recepções oferecidas a nobre visita de um representante da


nação austríaca, todas cercadas de máxima atenção. A propósito da proibição do tráfego
de escravos e a falta de incentivo do governo para a importação da mão de obra
assalariada, o príncipe anotou em seu diário: “Nas regiões mais bonitas e mais bem
situadas pululam, desmesurada e ilimitadamente, os bens da natureza. Tentou-se
encontrar ajuda na força de trabalho comprado. Agora, porém quando a importação
está proibida, esgota-se também esse meio precário. O numero de negros diminui de
ano para ano, de maneira considerável. No momento o Brasil está regredindo e, se o
governo não organizar logo um sistema adequado de imigração, se não superar o ódio
aos estrangeiros e não souber vender os partidários da escravatura, o grande império
desmoronará e a mata virgem avançará, novamente vitoriosa cobrindo o país”.

HISTÓRICO

Nascido em Viena, Áustria, em seis de julho de 1832, Fernando Maximiliano de


Habsburgo, era filho de Franz Karl, arquiduque da Áustria, e de Sophie, princesa da
Bavieira, Irmão do imperador da Áustria, Francisco José e primo de D. Pedro II,
imperador do Brasil. “Depois de uma juventude dedicada a Marinha austríaca,
Maximiliano se afastara da vida pública, vivendo em seu castelo italiano de Miramare,
em Triestre, com a esposa Carlota”.
Após ser fundado o império mexicano (1864 -1867), os conservadores daquele
país convidaram Maximiliano para assumir a Coroa, e manter um sistema político

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apoiado pelo imperador francês Napoleão III, que ocupava com centenas de tropas este
território, dando-lhe o apoio necessário para assumir o governo. Além da Inglaterra, a
Santa Sé e a vaidade transformaram Maximiliano em um monarca, e não ser mais
predestinado a viver como o “irmão do imperador da Áustria”.
Assumindo o trono de um país completamente estranho para ele e mergulhado em
intensa crise política, ainda naquele ano Maximiliano entraria em choque com forças
conservadoras por ter escolhido um gabinete contrário à causa monarquista, ganhando
também a hostilidade dos seguidores de Benito Juarez, ao ordenar em 1865, a execução
sumária de seus líderes. Com a retirada das tropas francesas em 1866, Maximiliano
assumiu o comando das tropas mexicanas, minadas por idéias revolucionárias que as
enfraqueceram.

Sentindo-se impotente no poder, Maximiliano tentou de todos os modos


aproximar-se de D. Pedro em busca de apoio, escrevendo-lhe freqüentemente cartas de
cunho público e pessoal, sempre de elogios ao Império Brasileiro. D. Pedro nunca se
deixou levar pelas palavras do primo. As nações da Europa e os Estados Unidos,
excelentes parceiros comerciais do Brasil, não apoiavam aquela interferência da França
em território americano.Condecorado com o Colar da Águia Mexicana, D. Pedro
recebeu a comenda com frieza, retribuindo-o com a Ordem Imperial.
As forças revolucionárias de Benito Juárez ganhavam cada vez mais terreno em
combate com as tropas francesas, até que estas se retiraram, deixando Maximiliano
entregue a defesa de “seu” próprio exército.
“Preocupado e angustiado com a situação, o imperador quis abdicar. Carlota o
convenceu a não fazê-lo e viajou para a Europa a fim de conseguir algum apoio, mas,
nem o papa quis recebê-la”. Não havia mais o que fazer a favor do marido. O império
de Maximiliano estava condenado ao desmoronamento.

FINAL DE UM SONHO
Dominadas em combate após o cerco em Santiago de Querétaro, o coronel
Miguel Lopez chefe da guarnição, entregou sua posição aos republicanos que invadiram
a praça de guerra em 15 de maio fazendo centenas de prisioneiros. O imperador retirou-
se para o Cerro de las Campanas com alguns de seus generais e se entregaram como
prisioneiros. Enquanto aguardavam o julgamento por um conselho de guerra, estiveram
presos no convento de La Cruz, dos Capuchinhos. “O general Ramon Mendes
simplesmente identificado foi passado imediatamente pelas armas”.
Apesar da interferência de ministros europeus e dos Estados Unidos, creditados
junto ao México, as sentenças de morte dos comandantes militares e seu imperador
foram confirmadas, no dia 19 de junho de 1867. Até uma carta do escritor francês
Victor Hugo com pedido de clemência foi recusada por Juárez. Colocados diante do
pelotão de fuzilamento os generais Miguel Miramón, Thomas Megia e o arquiduque
Maximiliano da Áustria tiveram o México como túmulo, apagando naquele país, os
últimos vestígios de uma aventura monarquista.

COMENTÁRIO
Vejo seu retrato: a barba ruiva resplandece sobre um colar de medalhas. Ao
cavalgar um ginete branco se convencia que nascera para galgar os degraus de um
império. Cavalo alado com asas de cera. Alto, jovem, olhos azuis, dedicados ao estudo,
dos que amam as coisas do espírito. Com orgulho indomável cultuava a
magnanimidade, o censo de justiça, o forte personalismo.
A loucura dominaria o ego, se recusasse empunhar a espada em defesa de um
trono, mesmo sendo alheio aos círculos honoríficos da Europa. Desfraldar uma bandeira
de vaidades e marchar contra os moinhos de vento.

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Naquela manhã após o toque do clarim, foi colocado diante do pelotão de
fuzilamento junto com seus comandantes. As balas atravessaram-lhe o peito. Medalhas
de sangue... e um corpo tombado na areia próximo a vala comum dos mortais.
A partir desses acontecimentos, confinada no castelo de Bouchot, na Bélgica, a
arquiduquesa Carlota Amália passaria o resto de sua vida completamente louca, até
morrer em 1927.

O relato sobre esse personagem de grande importância histórica, e quase


desconhecido nos registros dos inúmeros viajantes do século XIX que visitaram o
Brasil, despertou-me a curiosidade em adaptar e resumir o extenso artigo de Francisco
Marques dos Santos: “Viagem do Príncipe Maximiliano ao Brasil em 1860”, publicado
no Anuário do Museu Imperial, contribuindo para que esta descrição de sua passagem
pelo território fluminense não permaneça “esquecida” na poeira do tempo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

“As Cartas de Suas Majestades, 1859-1890” – Arquivo Nacional – 1977 - RJ

Marques dos Santos, Francisco – “Viajem do Príncipe Maximiliano ao Brasil em


1860”. Anuário do Museu Imperial – 1855 - RJ

Augusto Tonay, Carlos – “Centenário de Petrópolis”


Museu Imperial – Petrópolis - Vol. III

del Priore, Mary – “Condessa de Barral” - Ed. Objetiva – RJ – 2008.

Medina, Javier Torres – “Revista de História” – Ano 3 - N. 32 - 2008.

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