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Métodos Quantitativos Matemáticos: Professor Me. Arthur Ernandes Torres Da Silva
Métodos Quantitativos Matemáticos: Professor Me. Arthur Ernandes Torres Da Silva
Quantitativos
Matemáticos
Professor Me. Arthur Ernandes Torres da Silva
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
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Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Matemática Básica e Conjuntos Numéricos
UNIDADE II ................................................................................................... 31
Funções Polinomiais, Exponencial e Modular
UNIDADE IV .................................................................................................. 86
Integrais
UNIDADE I
Matemática Básica e
Conjuntos Numéricos
Professor Me. Arthur Ernandes Torres da Silva
Plano de Estudo:
● Grandezas e proporções;
● Teoria dos conjuntos;
● Representação de funções;
● Domínio e imagem de funções.
Objetivos da Aprendizagem:
● Aprender relações de proporcionalidades;
● Conhecer os conjuntos numéricos;
● Compreender o Plano Cartesiano;
● Entender o domínio, contra domínio e imagem de uma função.
3
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à primeira unidade de nosso material. Esta unidade
será dedicada ao estudo das grandezas diretamente proporcionais e inversamente propor-
cionais, bem como algumas regras de três que serão de grande utilidade para os exercícios.
Na sequência, vamos entrar na teoria dos conjuntos, os quais descrevem os núme-
ros em algumas classes. Na terceira parte o estudo será direcionado a representação de
funções e por fim, vamos aprender a calcular o domínio e imagem de uma função.
Na natureza, tudo aquilo que pode ser medido e estudado é uma grandeza. A
física divide as grandezas em duas grandes vertentes. A primeira refere-se as grandezas
escalares, suponha que você esteja comprando uma determinada quantidade de carne no
açougue. Como exemplo hipotético, você diz “por favor, gostaria de 1 Kg de alcatra”. Por
outro lado, seria estranho se fosse dito “por favor, gostaria de 1 Kg de alcatra na horizontal
para direita”. Note que, dizendo apenas a quantidade da grandeza já foi suficiente para
deixar claro o que queria. Essas grandezas que são caracterizadas pelo seu módulo, ou se
preferir, pelo valor da mesma, são batizadas de grandezas escalares. Outro exemplo é a
temperatura, provavelmente nunca você presenciou a apresentadora da previsão do tempo
falando “amanhã fará sol com uma temperatura de 35o C na vertical para cima”, basta dizer
“amanhã fará sol com uma temperatura de 35O C”. Diversos outros exemplos podem ser
usados, como por exemplo tempo, potência, energia e entre outros.
Contudo, quando você está trabalhando em uma estrutura e precisa especificar um
eixo que sustenta o sistema de forma estável, será necessário um estudo da distribuição
de forças. Toda vez que trabalhar com essa grandeza é necessário especificar além do seu
módulo, sua direção (vertical ou horizontal) e sentido (direita, esquerda, sentido positivo,
sentido negativo, leste, oeste). Dessa forma, a grandeza força é chamada de grandeza
vetorial. De forma geral, sejam grandezas escalares ou vetoriais, elas podem se relacionar
entre em, seguindo uma proporção direta ou indireta.
Observe que quando a cada uma hora, a distância percorrida é de 100 km. A conta
obvia que você deve ter feito foi, por exemplo, entre os tempos de 1h e 2h:
Nesse caso, quando duas grandezas variam uma na razão inversa da outra, é
denominado inversamente proporcionais.
Vamos fazer alguns exemplos para compreendermos relações de proporção. Quan-
do a proporção for direta, vamos fazer uma regra de três simples. Já se forem inversamente
proporcionais, utilizaremos a regra de três inversa. Para a resolução, iremos adotar um
processo padrão:
1) Construir uma tabela com dados especificando cada coluna e a variável que
queremos encontrar;
2) Identificar se é uma correlação diretamente ou inversamente proporcional entre
as grandezas;
3) Escrever a proporção e resolver a equação.
Ex. 01
Anderson comprou 2 camisas para um final de semana na praia e pagou R$100,00.
Quanto ele gastaria se comprasse 7 camisas da mesma marca e valor?
Resolução:
Logo:
Ex. 02
No parque de exposições de Paranavaí, um dos brinquedos do parque é o carros-
sel. Supondo que o brinquedo execute 40 voltas em 10 minutos. Quantas voltas ele irá fazer
em 18 minutos?
Resolução:
Voltas Tempo
40 10
x 18
Fonte: o autor (2021).
Multiplicando cruzado:
Logo:
Ex. 03
Durante uma vistoria de segurança em uma cozinha de restaurante, Cleiton verifica
que uma torneira está pingando. O proprietário afirma que em 25 minutos, foi desperdiçado
3 litros de água. Qual a quantidade de água desperdiçada em uma hora?
Multiplicando cruzado:
Logo:
Ex. 04
Fátima é uma costureira muito requisitada, em uma de suas encomendas teve que
usar 4 metros de um determinado tecido que custa 82,00 R$. Qual o preço de 11,5 metros?
Resolução:
Tamanho Valor
4 metros 82,00 R$.
11,5 metros x
Fonte: O autor (2021).
Multiplicando cruzado:
Desse modo, vimos até aqui algumas relações de grandezas diretamente propor-
cionais. Contudo, como fica o caso de relações inversamente proporcionais? Para resolver
esse problema é de forma muito parecida, mas quando reescrevemos a equação, devemos
alterar a ordem de uma das frações, veja os exemplos:
Ex. 05
Um automóvel está em movimento à uma velocidade média de 60Km/h e realiza
um determinado percurso em 2 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a
velocidade utilizada fosse de 100km/h? Resolução:
Velocidade Tempo
60 Km/h 2h
100 Km/h x
Fonte: o autor (2021).
Multiplicando cruzado:
Logo:
Ex. 06
Para encher um reservatório de água, uma torneira demora 4 horas. Porém, e
se fossem utilizadas 5 torneiras, quanto tempo levaria para preencher o reservatório no
mesmo nível de antes?
Nº de torneiras Tempo
1 4
5 x
Fonte: O autor (2021).
Multiplicando cruzado:
Logo:
Para finalizar nossa análise das relações de proporção, vamos estudar uma situa-
ção em que existam três grandezas ou mais e relacioná-las entre sim. Para isso, vamos
fazer uso da regra de três composta. Veja alguns exemplos:
Ex. 07
Um armazém para o estoque de soja é construído em 10 dias com 15 operários,
os quais trabalham 4 horas por dia. O mestre de obras decide na próxima obra contratar
20 operários e que eles trabalhem 8 horas por dia. Logo, em quantos dias a obra ficaria
concluída? Assumindo que o armazém seja o mesmo.
Resolução:
Ex. 08
João Carlos trabalha em sua fazenda colhendo laranjas. Sozinho ele colhe 1000
laranjas em 6 horas. Devido à grande quantidade de trabalho, ele pretende aumentar a
produção e contrata mais 2 funcionários que iriam trabalhar com ele por 8 horas. Quanto
de laranja o grupo vai colher?
Resolução:
Caro leitor, essa primeira unidade será dedicada para o estudo de conjuntos nu-
méricos. Não pretendo apresentar todo o assunto de forma morosamente ou ser leviano,
mas para entendermos o rigor matemático das próximas unidades, é justo que revisemos
o básico antes.
A representação dos números naturais junto ao (*) indica que estamos “excluindo”
o número zero, ou seja, naturais não nulos.
Veja que a adição de números naturais resulta em outro número natural, ou seja:
0+3=3
2+8=10
Bem como a multiplicação dos números naturais resulta em outro natural:
0 .2=0
6 .4=24
Portanto, podemos escrever que o conjunto dos números naturais está contido no
conjunto dos números inteiros:
Ex. 01
Marque verdadeiro ou falso nas sentenças abaixo e justifique a resposta
Resolução:
O primeiro item é verdadeiro, pois
= {…,-4,-3,-2,-1,0,1,2,3,4,…}
Ou seja, o elemento zero pertence ao conjunto dos números inteiros 0 .
IV) (-2)2 ∈ *
Isso significa que o número (-2)2 = 4 pertence aos inteiros negativos? Não! A alter-
nativa está errada.
V) (12-16) ∈ *
Dessa vez, a operação 12-16 resulta em -4, um número negativo e este pertence
aos inteiros negativos? Sim! Portanto, a alternativa está correta.
Vamos retomar nossos estudos sobre o conjunto dos números. Observe que a adi-
ção, subtração e multiplicação de números inteiros pertencem aos números inteiros. Ou seja:
-5+2=-3
-1-4=-5
2.(-8)=-16
Contudo, e se a operação for uma subtração?
Nos dois primeiros exemplos o resultado foi um número inteiro, mas o terceiro resulta
em um número inteiro? Não, veja que é um número não inteiro. Portanto, isso exige um novo
conjunto que englobe as divisões, a esse conjunto foi dado o nome de racionais .
A definição desse novo conjunto é dada por:
Note que
Pois um número sozinho é o mesmo que estar sendo dividido por 1! Ou seja:
Outro conjunto muito importante são dos números irracionais , que são valores
decimais não exatos que possuem uma representação infinita e não periódica:
√2 = 1,4142135…
√3 = 1,7320508…
π = 3,14159265
Por fim, mas não menos importante, a união do conjunto dos números racionais
com o conjunto dos irracionais , gera o conjunto dos números reais . A definição deste
último conjunto pode ser escrita como:
Para definir uma função matemática, vamos inicialmente entender com clareza
todas as ferramentas que serão utilizadas, começamos pelo plano gráfico no qual vamos
usar a partir desse momento.
FIGURA 3 - LOCALIZAÇÃO DE P
3.2 Conjuntos
matemático importante para várias ciências, tais como Engenharia, Física, Economia,
uma função do dinheiro que você leva para tal fim, o consumo de gás em sua cozinha
Mas o que é uma função? Sejam dois conjuntos não vazios A e B, chamamos de
B. x1, x2 , x3 , x4 , y1 , y2 , y3 , y4.
Todo elemento de uma função é da forma (x , y), por efeito de notação usamos:
( x,f (x)).
Ex. 02
Sejam os conjuntos A = {0,1,2,3} e B = { x ∈ N / 2x – 9 < 7}. Considere a função f: A
→ B definida por y = f(x) = 2x + 1. Calcule f(0), f(1), f(2) e f(3). Faça um diagrama de flechas
indicando a função.
Resolução:
Vemos que 2x – 9 < 7, então 2x < 7 + 9. Assim 2x < 16 implica em x < 8. Logo B =
{0,1,2,3,4,5,6,7}. Desta forma:
f(0) = 2.0 + 1 = 0 + 1 = 1
f(1) = 2.1 + 1 = 2 + 1 = 3
f(2) = 2.2 + 1 = 4 + 1 = 5
f(3) = 2.3 + 1 = 6 + 1 = 7
Ex. 01
Encontre o domínio da função f (x) = 5 x
Resolução:
Veja que podemos atribuir qualquer valor para x, seja ele negativo, nulo, positivo,
uma fração ou mesmo uma dízima. Portanto, dizemos que o x pertence ao conjunto dos
números reais:
D = {x ∈ }
Ex. 02
Dada a função abaixo, encontre seu domínio
Resolução:
Inicialmente, vamos fazer uma experiência. Nesse exato momento, pegue uma
calculadora, seja ela científica, comum, do celular ou do computador, e faça a divisão de 5
por zero. O que acontece?
Muito provável que alguma resposta como: “não é possível dividir por zero” ou
“erro” apareceram em seu visor da calculadora. Isso significa que não podemos dividir um
número por zero. Logo, x = 0 não faz parte do domínio da função, pois fazendo:
Resolução:
Nesse caso, vamos analisar outro fator, a raiz quadrada. Sabemos que dentro do
conjunto dos números reais, não existe raiz de números negativos. Logo:
Assim, qualquer valor da incógnita que seja nulo ou maior do que zero, está dentro
do domínio da função.
Agora que compreendemos o que significa o domínio de uma função, vamos en-
tender outro conceito simples, a Imagem de uma função. Basicamente a imagem de uma
função é o valor assumido pela função quando encolhemos um valor para a incógnita. Veja:
Ex. 04
Determine a imagem da função quando x = 6.
f(x) = 3x-8
Resolução:
f (6) = 3.(6)-8
f (6) = 18-8
f (6) = 10
Logo Im =10.
Ex. 05
Determine a imagem da função quando z = -4.
g(z) = 4z
Resolução:
g(-4) = 4.(-4)
g(-4)= -16
Portanto Im = -16.
Para que uma relação binária seja função, cada x do domínio deve estar associado
com um único y no contradomínio. Assim, podemos identificar se um gráfico cartesiano re-
presenta uma função traçando retas paralelas ao eixo y. Então você pode notar que se todas
essas retas verticais interceptam o gráfico em apenas um ponto, então, temos uma função.
Observe as figuras a seguir:
Nessas figuras note que a lei de formação de ambas tem domínio o intervalo D =
[x1 , x2]. Mas a Figura 7 não representa função pelo fato existir um x D com mais de uma
imagem, enquanto a Figura 8 representa uma função.
É válido ressaltar que uma função real de variável real diz respeito a uma função
que apresenta números reais tanto nos elementos do conjunto de partida ou domínio, como
no conjunto imagem. Desse modo, em razão dos números pertencerem ao conjunto R, a
função é dada por f: R → R.
Como exemplos de funções reais de variáveis reais, veja as sentenças a seguir:
f(x) = 5x + 7, f(x) = x3 + 2x + 4, f(x) = -12x + ¾. Note que, quando resolvermos as funções,
chegaremos em um número real, isso se trocarmos o x por um valor real.
O conjunto constituído pelos números reais que possuem imagem denomina-se
domínio real. Ademais, uma função real de variável real normalmente é dada por f: A → R,
onde A é um subconjunto dos números reais. Porém, é importante destacar que nem todos
os números reais tenham imagem pela função. De modo a se chegar ao domínio real, é
necessário refletir acerca da condição de existência da lei de formação da função.
Pitágoras dizia que o “Universo deve ser visto como um todo harmonioso, onde tudo
emite um som ou vibração e obedece a uma ordem criada pelos números”. Os números
estão muito enraizados em nosso dia a dia que nem pensamos mais sobre eles, mas
o que eles representam? São formas apenas de medir ou quantificar o que existe ao
nosso redor?
SAIBA MAIS
Quando o tronco de uma árvore é cortado, é fácil notar que existem círculos escuros.
Cada círculo desse é chamado de anel de crescimento. Cada anel corresponde a um
ano de vida. Nas espécies de regiões tropicais, como é o caso do Brasil, os anéis são
difíceis de definir. Os anéis são contados de dentro para fora, a partir da medula. Nas ár-
vores que vivem em regiões de clima temperado esses anéis são bem fáceis de contar.
Podemos associar essa contagem a uma função do primeiro grau.
Pronto! Você chegou ao final da Unidade I de nosso material, foi possível estudar
e abordar uma série de tópicos da matemática envolvendo proporção entre grandezas, as
quais variam de forma direta ou inversa entre si. Na sequência adentramos nos conjuntos
numéricos e classificamos os números em naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais.
Iniciamos nossos estudos sobre funções, a representação de conjuntos, como
calcular o domínio e imagem de uma função.
Espero que você tenha aproveitado ao máximo esse material e que ele sirva como
referência para futuras consultas.
FILME/VÍDEO
Título: Donald No País Da Matemágica
Ano: 1959.
Sinopse: É uma aventura voltada para o mundo infantil, mas tam-
bém é muito interessante para adultos. Espécie de documentário,
com 27 minutos, no qual Disney usa a animação para explicar
como a matemática pode ser fácil de entender e como ela está
aplicada em coisas muitos simples do cotidiano.
LIVRO
Título: Matemática Básica Para Cursos Superiores
Autor: Sebastião Medeiros da Silva.
Editora: Atlas.
Sinopse: Esta obra tem como principal objetivo oferecer uma revi-
são dos conhecimentos de Matemática para os alunos ingressan-
tes no Ensino Superior, apresentando as ferramentas necessárias
para o desenvolvimento de seu raciocínio lógico. Ele apresenta
exercícios e incentivos para o uso de recursos eletrônicos, como
calculadoras programáveis e tabelas em Excel. Livro-texto para
a disciplina Matemática do ciclo básico de cursos nas áreas de
Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas.
Plano de Estudo:
● Funções do primeiro grau;
● Funções de segundo grau;
● Funções modulares;
● Funções exponenciais.
Objetivos da Aprendizagem:
● Estudar as funções polinomiais de primeiro e segundo grau;
● Aprender a calcular e aplicar funções exponenciais;
● Compreender funções modulares.
31
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), nesta segunda unidade, vamos ver em específico algumas
funções que compõe uma vasta aplicação nas ciências exatas, principalmente nas enge-
nharias. Vamos começar estudando as funções de primeiro e segundo grau, assim como
suas representações gráficas.
Na sequência, vamos entrar em duas funções características, as exponenciais
e as modulares, as quais são vagamente aplicadas em outros ramos como em ciências
biológicas e economia.
Olá, caro(a) aluno(a), nesta segunda unidade, vamos ver em específico algumas
funções que compõe uma vasta aplicação nas ciências exatas, principalmente nas enge-
nharias. Vamos começar estudando as funções de primeiro e segundo grau, assim como
suas representações gráficas.
Na sequência, vamos entrar em duas funções características, as exponenciais
e as modulares, as quais são vagamente aplicadas em outros ramos como em ciências
biológicas e economia.
Quando um sistema pode ser descrito por uma igualdade em que temos números
e uma variável a se determinar, temos uma equação. O objeto desconhecido na literatura
pode ser chamado de incógnita, parâmetro ou variável. Em termos básicos, o problema
de uma equação simples de primeiro grau é encontrar o valor da variável que satisfaça a
equação. Veja um exemplo:
12x - 36 = 12
Para encontrar o valor da variável x que satisfaça essa equação, devemos isolá-lo
na expressão. Portanto, primeiro passamos para a direita , que se torna positivo:
12x = 12 + 36
12x = 48
Agora, para finalizar, o número 12 está multiplicando a incógnita. Logo, passamos o
12 dividindo para o lado direito da igualdade. Assim encontramos o valor da variável.
Contudo, uma equação deve ser classificada quanto a ordem da sua variável:
ax + b = 0
Note que a variável x está elevado ao expoente 1 (por isso não está especifica-
do). Já os termos a e b são constantes que pertencem ao conjunto dos números reais (o
conjunto que engloba praticamente todos os números, como negativos, zero, positivos,
frações, raízes e dízimas).
Ex. 01
Resolva a equação
3x + 3 = 12
Resolução:
Começamos fazendo algumas operações algébricas. Primeiro, o que está soman-
do (ou subtraindo) vai para o outro lado da igualdade. Como se tivéssemos que deixar
variáveis de um lado da igualdade e números do outro.
3x = 12-3
3x = 9
Passando o termo que está multiplicando a incógnita:
Ex. 02
Resolva a equação
9y - 2y = 12 + 4y
Resolução:
Separando a variável de um lado da igualdade:
9y - 2y - 4y = 12
3y = 12
Portanto:
y=4
Ex. 03
Resolva a equação
Resolução:
Separando a variável de um lado da igualdade:
Nesse caso, para somar uma fração om um número (ou uma fração com outra
fração), é necessário que o denominador seja o mesmo. Existem algumas maneiras de
resolver essa soma, a mais conhecida é o MMC (mínimo múltiplo comum). Contudo, nesse
caso, vou apresentar uma forma diferente.
Ex. 04
Resolva a equação
Resolução:
Devemos começar isolando variáveis e números na equação:
Nesse momento caro leitor(a), fique à vontade para fazer a soma de frações como
achar mais fácil e prático.
Resolução:
Isolando os termos:
Veja que ambos os lados da igualdade temos o sinal negativo. Assim, podemos
simplificar. Ficando apenas:
O ponto destacado em rosa indica onde a curva toca o eixo das coordenadas.
Portanto, o ponto em que a bolinha está mostrando no gráfico é o coeficiente linear b, nesse
exemplo, é no ponto y =2.
Como mencionado, no primeiro caso f (x) = y = 2x+2, ou seja, o coeficiente angular
é positivo. No segundo gráfico f(x) = y =-2x+2, logo a inclinação é negativa e a reta aponta
para baixo. No terceiro caso, não há inclinação f (x) = y =0.x+2 → f (x) = y = 2.
Em que:
Além disso, veja com muita atenção que quando o coeficiente que multiplica o
termo quadrático for igual a zero, ou seja a = 0, então não será uma equação de segundo
grau, mas sim de primeiro. Pois o que restará será apenas bx + c = 0, que é a expressão
genérica de uma equação de segundo grau. Vamos resolver alguns exemplos para que
você compreenda o método de Bhaskara.
Veja que o sinal negativo deve ser levado em conta também. Vamos calcular o valor
de delta agora:
Atente-se aos sinais no cálculo do valor de delta. Outro ponto importante é que o
ideal é que o resultado de delta seja um valor que tenha raiz quadrática exata. Nesse caso,
a raiz quadrada de 121 é 11, o que é um bom sinal que sua resolução está caminhando
para o resultado certo.
Vamos calcular as raízes da equação. Da expressão genérica temos:
O sinal positivo para a raiz quadrada de delta é para uma das raízes, por outro lado,
o sinal negativo diz respeito a segunda raiz. Vamos calculá-las separadamente:
Já a segunda raiz:
Observe que quando não tem “nada” multiplicando uma variável, não importa o seu
expoente, é o mesmo que o número 1 multiplicando o termo. Portanto, x2 = 1. x 2 → a = 1.
Esse caso é muito importante! Quando delta for nulo, as raízes são idênticas, pois
o que faz x1 ser diferente de x2 é ±√Δ na equação genérica da raiz. Dessa forma:
Ex. 03
Resolva a equação
x2 - 9x =0
Resolução:
Nesse caso não precisamos fazer o processo de Bhaskara. Basta isolar a variável:
x2 - 9x
Podemos simplificar em ambos os lados, deixando da forma:
x=9
Essa portanto é a solução da equação.
Resolução:
Comparando a expressão de segundo grau com a equação genérica, temos os
coeficientes dados por:
Assim:
Observe que elevar uma raiz quadrada ao quadrado é o mesmo que simplificar a
raiz, restando apenas o número.
Já a segunda raiz:
Ex. 06
Considere a função f: R→ R definida por f (x) = x2 – 5x + 6. Obter o vértice do gráfico de f.
Resolução:
Para obtermos o vértice dessa parábola iremos usar a fórmula
Então:
Logo temos
2) Coeficiente b:
Esse coeficiente multiplica o termo que multiplica x e é responsável por deslocar a
parábola no sentido positivo ou negativo do eido das abcissas. Observe a equação x2+0x-2
= 0, ou seja, com coeficiente b = 0.
Deixando claro que o termo é responsável por deslocar o gráfico, fazendo com que
o vértice ora se situe em um quadrante, ora no seu simétrico.
Observe no marcador que a parábola passa pelo ponto y = 1. Vamos ver mais
algumas funções:
Suponha que você está em uma nova cidade e pergunta a alguém onde fica o
shopping. É provável que a pessoa responda que o shopping está a uma quantidade de
quilômetros de distância. Esse valor é positivo, dado que as medidas vinculadas à distância
apresentam um valor positivo.
Note, portanto, que a distância é conceituada como a medida da separação de
dois pontos. Ao tratarmos da distância entre dois pontos, discorremos sobre o mínimo
comprimento entre os prováveis trajetos, saindo de um ponto A e alcançando um ponto B.
Percebe-se assim que a distância é sempre uma medida positiva. Além disso, a distância
de um ponto A até um ponto B é a mesma distância do ponto B até o ponto A.
Com base nessas reflexões, faz-se agora uma análise do conceito de módulo ou
valor absoluto de um número real x, o qual relaciona-se à distância de um ponto da reta à
origem. É válido ressaltar que, para a definição do módulo ou valor absoluto de um número
real, a exemplo de |x|, são utilizadas essas duas barras | | a fim de representar o módulo de
x. Outrossim, mostra-se a distância de x a zero na reta real ao trabalhar com o módulo de x.
Matematicamente o módulo é compreendido como:
Ex. 01
a) |+6| = 6 e |–6| = –(–6) = 6
b) |8| = 8 e |–8| = –(–8) = 8
Ex. 02
Solucione a equação |x + 3| = 6.
Resposta:
Aplicando as regras da função módulo |x + 3| = 6 ou x + 3 = - 6, vamos resolvê-las
individualmente.
x+3 = 6→ x = 6-3→ x =3
x+3 =-6→ x =-6-3→x =-9
Assim, a equação modular tem solução S = {-9 ; 3}
É importante destacar ainda que todas as funções modulares podem ser expressas
por mais de uma sentença. Veja abaixo alguns exemplos de funções modulares.
Ex. 05
Se a função f: R → R é definida por f (x) = |x2 – 4|, construa o gráfico dessa função.
Resposta:
A partir da definição de módulo, tem-se que:
Ex. 01
Classifique se as funções abaixo são exponenciais.
Resolução:
I. f (a) = 2a, como a base é maior do que , então é uma função exponencial.
II. f (x) = 4x, veja que 4 >1, então a função é exponencial.
III. , dessa vez temos o número 1/2 que se localiza entre 0 < a < 1, logo,
também é uma função exponencial.
IV. f (x) = (-1)x , nesse caso a base é negativa, isso significa que não é uma
função exponencial.
V. f (x) = (1)x , como a base é igual a 1, isso não é uma função exponencial.
VI. f (x) = (x)4, observe que a base é a variável, isso caracteriza uma função polinomial.
A função exponencial a variável vai no expoente. Logo f (x) = (x)4 não é exponencial.
Ex. 02
Dada a função exponencial f (x) = 3x, calcule:
I) f (3);
II) f (-2);
III) f (0,5).
Ex. 03
Determine o valor da variável na equação
3x+1 = 81
Resolução:
Para calcular o valor da variável, primeiro devemos deixar o lado direito da igualda-
de na mesma base que o lado esquerdo, ou seja
3x+1 = 34
Uma vez que 34 = 3.3.3.3=81. Agora, podemos simplificar as bases e sobra apenas:
Ex. 04
Resolva a equação
Resolução:
Vamos transformar o termo de dentro da raiz na base 2:
Note que ainda as bases não são iguais. Mas vamos verificar a seguinte propriedade:
Portanto:
Simplificando as bases:
Resolução:
Vamos colocar todos os termos na mesma base, podemos ver que 36 e 216 são
múltiplos de 6, assim:
Do lado direito da igualdade, invertemos a ordem, com isso o expoente fica negativo.
Resolução:
Primeiramente 0,75 = 75/100. Então:
Resolução:
Multiplicando cruzado:
Ex. 09
Determine o conjunto solução da inequação 2x-1 > 128.
Resolução:
Na fatoração de 128 temos 27, assim
2x-1 > 27 => x – 1 > 7= > x > 8.
Logo, a solução da inequação é o conjunto S = {x ∈ R/ x > 8}.
REFLITA
Como dizia Ketely Almela “O conhecimento científico é uma ciência que permite-nos
ampliar a semântica e o aprendizado que temos em relação ao mundo em que somos
compostos”. Os assuntos abordados nessa unidade, permite que possamos descrever
diversos fenômenos da natureza, caracterizado por funções. Você é capaz de pensar
em algum?
SAIBA MAIS
Quando o tronco de uma árvore é cortado, é fácil notar que existem círculos escuros.
Cada círculo desse é chamado de anel de crescimento. Cada anel corresponde a um
ano de vida. Nas espécies de regiões tropicais, como é o caso do Brasil, os anéis são
difíceis de definir. Os anéis são contados de dentro para fora, a partir da medula. Nas ár-
vores que vivem em regiões de clima temperado esses anéis são bem fáceis de contar.
Podemos associar essa contagem a uma função do primeiro grau.
Olá, caro(a) aluno(a), nessa segunda unidade vimos em detalhes alguns casos
e os mais corriqueiros de funções polinomiais, especificamente falando, da função de
primeiro grau e de segundo grau. Ademais, analisamos como essas funções são repre-
sentadas graficamente.
Junto a essas funções polinomiais, adentramos nas exponenciais, as quais pos-
suem grande aplicabilidade em qualquer área das ciências exatas e as funções modulares.
Esperamos que essa unidade tenha sido de grande proveito para sua formação
acadêmica. Aguardamos você na próxima unidade.
FILME / VÍDEO
Título: Cruzada
Ano: 2005
Sinopse: Ainda em luto pela repentina morte de sua esposa, o
ferreiro Balian junta-se ao seu distante pai, Baron Godfrey, nas
cruzadas a caminho de Jerusalém. Após uma jornada muito difícil
até à cidade santa, o jovem valente entra no séquito do rei leproso
Balduíno IV, que deseja lutar contra os muçulmanos para seu
próprio ganho político e pessoal. O filme mostra os rudimentos de
um sistema de coordenadas perpendiculares e suas vantagens.
No filme, é retratada a retomada de Jerusalém pelos muçulmanos,
em 1187; mesmo em menor número, o jovem francês Balian cria
um sistema de coordenadas para defender Jerusalém, o que lhe
permite obter maior precisão e otimização de seus recursos bélicos
LIVRO
Título: Guias de estudo de Matemática: Relações e Funções
Editora: Ciência Moderna
Autores: Estela Kaufman Fainguelernt e Franca Cohen Gottlieb
Sinopse: O livro apresenta conceitos referentes à relação e função,
fazendo uma sequência didática com maestria. O objetivo principal
deste livro é conduzir o aluno na construção do significado dos
conceitos de relação e função, bem como na compreensão de sua
utilidade como instrumento de trabalho nos diferentes contextos
em que são utilizados. Ele inicia abordando o conceito de relações
e conforme vai avançando a leitura ele constrói os conceitos de
funções e apresenta alguns casos particulares.
Plano de Estudo:
● Conceito de limite;
● Função contínua;
● Derivada e interpretação geométrica;
● Regras de derivada.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de limites e suas propriedades;
● Estabelecer a importância do limite para compreender
o comportamento de uma função contínua;
● Aprender a interpretação geométrica da derivada de uma função;
● Estudar as regras de derivada.
62
INTRODUÇÃO
Suponha que uma pedra seja solta do alto de um prédio. Através da cinemática,
podemos calcular a função horária das posições pela seguinte equação:
Assumindo que o ponto de referência inicial S0=0 e que a velocidade inicial é nula v0
, então a função horária se resume em:
Para ∆t=0,05
Para ∆t=0,01
Para ∆t=0,001
∆!"#$% &'("()#$*('+,
∆!"#$#* !"#$#%&'()#!"#
∆!"#$#% !"#$#%&'&)#!"#
∆!"#$##% !"#$#%&'&&)#!"#
Fonte: o autor (2021).
Vamos analisar o comportamento da função f (x) = x2 - x+2 definida por para valores de
x próximos de 2. A tabela a seguir fornece os valores de para valores de próximos de 2, mas
não iguais a 2.
Note que à medida que aproximamos o valor da variável por vindo de ambos os
lados, o resultado tende ao mesmo valor, ou seja y = f (x) = 2, matematicamente isso é
escrito como:
é dito que “o limite de f (x), quando x tende a a , é igual a L”. se pudermos tornar os
valores de arbitrariamente próximos de (tão próximos de L quanto quisermos), tornando x
suficientemente próximo de a (por ambos os lados de a), mas não igual a .
Temos que o quando x tende a x = 2 pela esquerda e pela direta resulta no mesmo
valor. Sendo assim, para especificar por onde nos aproximamos do valor limite, devemos
usar a seguinte notação:
Ex. 01
Determine o limite abaixo:
Resolução:
Ex. 02
Resolução:
Calcule
Resolução:
Note que, substituindo y = 0 na expressão, vai resultar em , esse resul-
tado é inconclusivo, pois não existem divisão por zero e nem zero por zero, então vamos
expandir o denominador:
Aplicando os limites:
Ex. 04
Determine o limite de
Resolução:
Fazendo x → 0 resulta em , que é um resultado inconclusivo. Sendo assim,
vamos reescrever o numerador da seguinte forma:
O limite de uma função quando x tende a a pode muitas vezes ser encontrado
simplesmente calculando o valor da função em a. Funções com essa propriedade são
chamadas de contínuas em a. Veremos que a definição matemática de continuidade tem
correspondência bem próxima ao significado da palavra continuidade no uso comum.
Mas afinal de contas, o que vem a ser uma função contínua? De maneira simples,
podemos dizer que uma função contínua é aquela na qual quando desenhamos o gráfico, a
função não possui saltos ou quebras em seu domínio, ou ainda, função contínua é quando
conseguimos desenhar o gráfico completo sem precisar interromper a linha desenhada.
Uma função f (x) é contínua em x = a se satisfazer as três condições a seguir:
a) f (a) está definida existir
b) existir
c)
Quando pelo menos uma destas condições não for satisfeita, a função f (x) é
descontínua em x = a.
Ex. 01:
Verifique a continuidade da função f(x) em x= 1
Está função possui valor quando x = 1 , pois f (1) = 1. Então, a primeira condição de
continuidade foi satisfeita, pois é definida no ponto. Precisamos agora determinar o limite
para quando x →1.
Ex. 02:
Verifique a continuidade da função f (x) em x = -1.
A primeira condição é que a função deve estar definida no ponto analisado. Aqui,
quando x = -1, temos:
Pela direita:
Note que os limites laterais existem e resultam no mesmo valor, isto quer dizer que:
Portanto, a função analisada é sim uma função contínua em x = -1. Para ficar mais
evidente, temos o gráfico da função a seguir (Figura 5).
Contudo, quando uma função não é contínua? Para verificar isso é muito simples,
basta você desenhar a curva do gráfico sem tirar a ponta do lápis do papel. Entretanto,
quando isso não é possível, é dito que a função é descontínua.
Suponha que uma dada função seja expressada graficamente da seguinte forma:
Observe que a função faz um movimento de altos e baixos, porém existem pontos
específicos dessa curva, aquelas em que ela inverte seu movimento. Estudamos no capítulo
de funções qualquer curva tem uma taxa de inclinação, descrita pelo coeficiente angular da
função. Quanto maior o coeficiente angular de uma função, mais inclinada é a curva, caso o
coeficiente angular seja igual a zero, então a curva não possui inclinação e, se o coeficiente
de inclinação for negativo, então a curva é orientada para baixo. Tome como exemplo o
gráfico da função afim (função de primeiro grau):
O ponto destacado em rosa indica onde a curva toca o eixo das coordenadas, no
exemplo é no ponto y= 2. Como mencionado, no primeiro caso f(x)= y =2x+2, ou seja, o coe-
ficiente angular é positivo. No segundo gráfico f (x) = y = -2x+2, logo a inclinação é negativa
e a reta aponta para baixo. No terceiro caso, não há inclinação f(x) = y= 0.x+2→f(x)= y =2.
Entretanto, como uma curva que possui vários altos e baixos pode ser descrita
como crescente ou decrescente?? Vamos ver um exemplo:
Ao longo da curva da figura anterior, em alguns pontos, foram traçadas retas tan-
gentes, que nada mais são do que retas que tocam em um único ponto. Logo, uma reta
tangente foi traçada no ponto A, em B, no ponto C e em P. Note que nos três primeiros
casos a inclinação da reta tangente é igual a zero e no ponto P a inclinação é positiva, pois
é direcionada para cima. Sendo assim, ao traçar uma reta tangente em um ponto, calcu-
lando a inclinação da reta tangente, podemos dizer que a função localmente é crescente,
decrescente ou é um ponto de máximo e mínimo.
Nesse caso, todas as derivadas são nulas pois os termos a serem derivadas são
constantes em relação as variáveis em questão.
Outro caso bem definido é quando temos a variável derivada em relação a ela
mesma, ou seja:
Nessa última parte vamos aprender algumas regras da derivada. Em todo cálculo
diferencial e integral, uma das mais clássicas são a regra da potência, exponenciais e as
derivadas trigonométricas. Sendo assim, em nosso curso, que serve como base introdutória
para o cálculo, vamos aprender essas três.
No ditado popular, essa regra é conhecida como regra do tombo, pois seu princípio
é baseado em tombar o número do expoente para frente da base, passando a multiplicá-la
e quando ele “cai”, o número do expoente perde uma unidade. Vamos entender isso com
alguns exemplos:
Ex. 02
Determine a derivada de .
Resolução:
Ex. 03
Calcule a derivada da função:
Resolução:
Nesse exemplo, o terceiro termo é nulo pois estamos derivando um valor que
depende de x em relação a r , ou seja, é mesmo que derivar uma constante em relação a
variável, e isso vale zero.
Ex. 04
Resolução:
Ex. 05
Calcule a derivada da função:
Resolução:
Consequentemente
A terceira derivada é:
Logo, se uma função for trigonométrica, a sua segunda derivada é igual ao mesmo
valor da função a menos de um sinal, bem como para retornar à função primária sem alterar
o sinal é precisar derivar pela quarta vez. Veja alguns exemplos:
Ex. 01
Calcule a derivada da função
Resolução:
Ex. 02
Calcule a derivada de
Resolução:
Veja que não é tão complicado trabalhar com derivadas trigonométricas, mas faça
dessa tabela como seu principal apoio na resolução de exercícios.
Note então que a derivada da função exponencial é ela mesma. Vamos fazer alguns
exemplos:
Ex. 03
Calcule a derivada da função
f (x)= ex - x2
Resolução:
f (x) = e x - 2x
Ex. 04
Determine a derivada da função
Resolução:
Uma das aplicações mais básicas do cálculo diferencial em física é como calcular a ex-
pressão da velocidade de um corpo e aceleração, partindo da função horária das posições.
No movimento retilíneo uniformemente variado, aprendemos que a função do espaço é
dada por:
Logo:
Ou seja:
Assim:
“De que irei me ocupar no céu, durante toda a eternidade, se não me derem uma infini-
dade de problemas de matemática para resolver”
“O homem morre, mas suas obras ficam”
LIVRO
Título: Em busca do Infinito
Autor: Ian Stewart.
Editora: Zahar.
Sinopse: O autor apresenta a história da matemática de forma
clara e simples, passando dos primeiros símbolos numéricos
da Mesopotâmia aos grandes problemas ainda insolúveis que
desafiam a mente dos maiores cientistas de nosso tempo. Com
ajuda de mais de 100 ilustrações, desmistifica ideias essenciais da
matemática, explicando um tema de cada vez.
FILME / VÍDEO
Título: Gênio Indomável
Ano: 1997.
Sinopse: Em Boston, um jovem de 20 anos servente de uma uni-
versidade que já teve algumas passagens pela polícia, revela-se
um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer
terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analis-
tas, até se identificar com um deles.
Plano de Estudo:
● Primitivas;
● Integrais;
● Integral Indefinida;
● Integral Definida.
Objetivos da Aprendizagem:
● Interpretar o significado da integral de uma função;
● Aprender a calcular integrais definidas e indefinidas;
● Estudar as principais técnicas de integração.
86
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), essa unidade será direcionada para o estudo das integrais,
assunto esse que é o carro chefe do cálculo. Ademais, é indispensável que qualquer aluno
das ciências deixe de saber como funciona o cálculo de integrais.
Vamos começar estudando o Teorema Fundamental do Cálculo e entender grafi-
camente o seu significado. Nos tópicos posteriores abordaremos as integrais definidas e
indefinidas, as quais se diferem somente através pela presença do limite de integração,
além de a primeira resultar em um valor numérico e a segunda em uma expressão algébrica.
Esse módulo em específico prepara você para inúmeros conceitos físicos que são
escritos em teoremas de integrais, como por exemplo no eletromagnetismo em que aborda-
mos as equações de Maxwell, Princípio de Bernoulli, entre outras leis físicas.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e seja de bom uso na
sua formação acadêmica.
Bons estudos!
UNIDADE IV Integrais 87
1. PRIMITIVAS
UNIDADE IV Integrais 88
Veja a importante da necessidade desse denominador, a ideia é pensar “qual a
função que devemos obter que derivando retorna a essa inicial?” Se não tivesse esse
denominador, a primitiva seria assim:
Agora, para verificar se está certo, vamos derivar F (x) para ver se retorna a f (x):
Ou seja, antes f (x) = x 3 e agora f (x) = 4x3 ? Isso não faz sentido. Mas se for feito
da forma correta:
Então:
Agora está correto! Essa é a justificativa por dividir a primitiva por n + 1, pois serve
para “cancelar” o expoente ganho durante o processo do retrocesso da função. Vamos ver
alguns exemplos:
Ex. 01
Resolução:
No primeiro termo pense assim “o que eu devo derivar e que resulta em 4 x ?” Essa
função é o 2 x2.
Ademais, a constante C, surge para constituir a nova função primitiva. Para entender
isso melhor, pense no seguinte exemplo. Determine a derivada da função f (x) = 2x 3+3. Como
já aprendemos, a derivada é f (x) = 6x2, veja que a derivada de uma constante é igual a zero.
Contudo, se calcularmos a primitiva de f '(x), como fica? f '(x) = 6x2→ f (x)=2x3, até o momento
tudo bem, mas para onde foi a constante 3 ? O resultado não deveria ser f (x) = 2x 3+3 ? Note
que se não colocarmos então uma constante a função original perde um termo importante.
UNIDADE IV Integrais 89
Ex. 02
Nesse caso vimos que a primitiva de uma constante passa a multiplicar a variável x.
UNIDADE IV Integrais 90
2. INTEGRAIS
UNIDADE IV Integrais 91
Na matemática, aprendemos como encontrar a área de um quadrado, de um triân-
gulo, um trapézio. Porém, e quando é uma área que não é conhecida? Na qual um dos
lados tem um formato desconhecido? Neste caso, o cálculo diferencial e integral faz uso de
um princípio denominado soma de Riemann, que consiste em você somar vários pequenos
retângulos abaixo da curva ou que excedam um pouco ela a cima. O que acontece é que
quanto menor a largura desses retângulos, mais você pode somar a fim de preencher toda
a área abaixo da curva, com isso sua aproximação da soma de retângulos fica cada vez
mais próximo do valor da área total.
Observe que quando o número de retângulos é igual a 10, ficam alguns espaços
em branco, o que leva a um erro considerável da área verídica. À medida que aumenta o
número de retângulos, de 30 para 50, mais bem preenchida fica a área abaixo da curva,
tanto quando os retângulos ficam abaixo ou a cima da curva. Assim, definimos a integral de
uma função da seguinte forma:
Se f é uma função contínua definida em a ≤ x ≤ b , dividimos o intervalo em n
subintervalos de comprimentos iguais ∆x = (b-a) / n. Sejam x0 , x1 , x2 ,…, xn as extremidades
desses subintervalos e x1*, x2*,…, xn* os pontos amostrais arbitrários nesses subintervalos,
de forma que o i-ésimo subintervalo. Então a integral definida de f de a até b é dada por:
UNIDADE IV Integrais 92
Desde que o limite exista e dê o mesmo valor para todas as possíveis escolhas de
pontos amostrais. Se ele existir, dizemos que é integrável em .
Contudo, não fique preocupado com esse formalismo matemático, pois não será
necessário trabalhar com somas e limites. O conteúdo apresentado até aqui trata-se de
uma explicação da ideia de integrais. O que você realmente precisará saber para continuar
a partir desse momento é calcular as primitivas, pois realizar uma integral é calcular a
primitiva de uma função. Entenda que a integral é a área resultante, ou seja:
UNIDADE IV Integrais 93
FIGURA 5 – A INTEGRAL DE UMA FUNÇÃO DIVIDIDA EM
DUAS INTEGRAIS QUE DIVIDEM O INTERVALO
Agora, com esses conceitos bem explicados, vamos definir o Teorema Fundamental
do Cálculo:
Se f for uma função contínua restringida no intervalo [a , b], então:
Em que F é qualquer primitiva de f, isto é, uma função tal que F' = f . Veja que
integral a função em um intervalo definido é o mesmo que aplicar a primitiva no intervalo
superior menos a primitiva aplicada no intervalo inferior.
Outro detalhe é que as integrais sempre devem ter o símbolo junto com o seu
diferencial
UNIDADE IV Integrais 94
3. INTEGRAL INDEFINIDA
Podemos definir a integral indefinida de uma função f como uma outra função. Ou seja:
UNIDADE IV Integrais 95
Ex. 01
Calcule a integral indefinida
Resolução:
Ex. 02
Determine o valor da integral
Resolução:
Ex. 03
Faça a integral
Resolução:
Vamos reescrever a raiz quadrada de x como x 1/2
Ex. 04
Resolução:
UNIDADE IV Integrais 96
Atenção nesse exemplo pois no expoente é somado uma unidade, logo x -2 → - x -1.
O sinal negativo provém do fato de .
Ex. 05
Resolução:
Ex. 06
Resolução:
Ex. 07
Resolução:
UNIDADE IV Integrais 97
Ex. 08
Resolução:
Ex. 09
Resolução:
Ex. 10
Resolução:
UNIDADE IV Integrais 98
4. INTEGRAL DEFINIDA
Ex. 01
Resolução:
UNIDADE IV Integrais 99
Ex. 02
Resolução:
Ex. 03
Resolução:
Ex. 04
Resolução:
Resolução:
Ex. 06
Resolução:
Ex. 07
Resolução:
Resolução:
REFLITA
Segundo Richard Feynman “A ideia é fornecer todas as informações, para que os outros
possam julgar o valor de sua contribuição, e não apenas as informações que dirijam o
julgamento para uma direção específica”. Portanto, como podemos julgar as informa-
ções vistas nessa unidade? Em que parte do nosso dia a dia as integrais são utilizadas?
Parabéns por ter chegado ao fim dessa unidade e ao término desta apostila. Até
aqui, um breve formalismo matemático foi passado para você. Em especial nas duas últi-
mas unidades as quais caracterizam o cálculo diferencial e integral, permite que você esteja
capacitado para entender um curso de cálculo diferencial e integral.
Começamos essa unidade apresentado o que são as integrais e onde podemos
aplicá-las. Na sequência, aprendemos como calcular uma integral que não possui limites de
integração (as indefinidas) e a outra classe que tem os limites de integração (as definidas).
Note que a diferença entre essas duas classes de integrais é o resultado, uma fornece um
valor numérico, correspondente a área abaixo da curva entre dois pontos. Por outro lado, as
indefinidas servem para resolver problemas algébricos, como aquele que foi apresentação
ao término da seção envolvendo a física cinemática.
O estudo das integrais prepara você para novas técnicas de integração, como por
exemplo a técnica de substituição, integração por partes e integrais trigonométricas. Além dis-
so, uma vez que aprendemos as integrais de uma função que depende de uma única variável,
torna-se intuitivo quando você se deparar com as integrais iteradas no cálculo avançado.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo esse momento de estudo. Até
a próxima!
LIVRO
Título: Elementos de Cálculo Diferencial e Integral
Autor: Giovani Manzeppi Faccoin
Editora: Inter Saberes
Sinopse: Do tempo de Arquimedes até a criação do Teorema
Fundamental do Cálculo por Newton e Leibniz, quase 2 mil anos
se passaram. Durante esse tempo, gerações de matemáticos tra-
balharam ao longo de vidas inteiras para chegar a resultados que,
atualmente, o leitor pode determinar em apenas alguns minutos,
amparado pelas ferramentas modernas de cálculo. Considerando
a importância dessas ferramentas para a ampliação da percepção
sobre a prática de engenharia, a presente obra revisita as princi-
pais funções usadas no cotidiano, a noção de limites, derivadas
e integrais de uma variável real a uma variável real, e aplicações.
FILME / VÍDEO
Título: Aplicação de Integral na Física #Cálculo 1 – Cálculo Dife-
rencial e Integral
Ano: 2018.
Sinopse: Neste vídeo é feito um exemplo da aplicação de integrais
à física, em específico no tópico de cinemática.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=gc3na4DaGEw
GONGORRA, M.; SODRÉ, U. Ensino fundamental: Origem dos números. 2016. Disponível
em: http://www.uel.br/projetos/matessencial/fundam/numeros/numeros.htm. Acesso em: 12
nov. 2021.
106
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
107
+55 (44) 3045 9898
Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro
CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
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