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— ambientação

Infernia
— a arquitetura
Infernia se baseia no que chamaríamos de arquitetura gótica e vitoriana.
Os casarões possuem tetos altos, com mais de um andar, a maior parte do
material feita de mármore negro. As casas menores possuem telhados estilo
mansarda, com sótãos e pequenos quartos nos andares superiores. Os que
possuem telhas, são em maioria de cores escuras, variando do preto até o
clássico bordô.
As grandes construções fazem uso do arco em ogiva, abóbada em
cruzaria e do arcobotante. Esses detalhes estruturais permitem que o peso do
teto seja melhor distribuído para pilares mais esguios, dando maior altura e
retirando a função estrutural das paredes, possibilitando espaços para grandes
janelas e grandes vitrais. O uso de rosáceas é bem característico da
Universidade de Infernia.
As ruas são pavimentadas por pedras toscas, lisas, de maneira que não
interfira no trânsito de carruagens. Possuem grandes postes que iluminam o
reino tomado pela penumbra durante o dia e a noite. As casas possuem energia
elétrica, embora o maior uso seja feito por candelabros e lampiões pelos mais
pobres. Por ser um reino ao sul de Aronian, conta com portos, dando uma maior
possibilidade para comércios estrangeiros de objetos trazidos pelos navios.
— a moda
A moda é algo peculiar em Infernia, uma vez que é muito
estimada entre os nobres. Usam roupas espalhafatosas, a maior parte
cheia de adornos e bordados, principalmente as damas. O uso de
chapéus e cartolas são comuns, além do uso de sobretudos e mantos
negros. As cores tendem a pender para tons mais escuros, variando
do preto para o índigo. As cores claras são usadas em festividades
abertas ao público, onde os nobres buscam chamar atenção para si
mesmos. Os homens costumam usar mangas bufantes de cores
claras, com coletes estampados ou lisos.
Entre os menos beneficiados, há o uso de roupas mais lisas,
como vestidos simples, sem adornos, e um espartilho feito de couro
animal. As cortesãs costumam usar roupas mais abertas, mostrando
as costas e os seios. Existe, ainda, o uso de ternos entre os homens,
os quais costumam ser adotados por figuras de alto calão,
principalmente em bailes, a fim de demonstrar sua superioridade.
Os acessórios tem seu uso exacerbado, pois uma dama que
utiliza inúmeras jóias sobre o corpo é considerada de alto patamar e
riqueza. São feitas de ouro ou de prata, algumas até arriscam aço
negro com pedras coloridas.
— a cultura
Há um ditado em Infernia: Aquele que aprecia a arte, é o mais
sábio entre todos. É muito comum que crianças aprendam a tocar
instrumentos clássicos desde pequenos, seja violino, violoncelo,
flauta doce ou harpa. Aos olhos da alta sociedade, os mais talentosos
são os mais estimados, uma vez que o investimento na cultura é uma
forma de controle sobre o povo.
Existem inúmeras casas de teatro por todo o reino, as quais
têm como suas peças prediletas os romances trágicos, trazendo a era
do romantismo para Infernia. A mais comum e mais popular, é a
peça de uma dama que se transforma em árvore quando padece cem
anos esperando pelo retorno de seu amado, o qual foi destruído pelo
criador e sua tirania.
O tema de Macabre, a capital, também é tocado em bailes e
festividades, conhecido como: danse di macabre. É uma valsa tocada
com violinos e cellos, a qual retrata o dia em que a morte pisou na
terra, revivendo os mortos uma vez por ano. O final remete ao
amanhecer, contando as badaladas no grande relógio da praça
central, quando a morte se despede e as almas retornam para o
Harikmer.
— os costumes
Em Infernia, aquele que possui maior poderio social é aquele que domina
os mais baixos. E isso serve para relacionamentos, também. Como não existe
amor puro entre corrompidos, é comum a cultura de dominação pelo mais forte.
Casamentos são feitos por puro arranjo político, de maneira a fortalecer as
famílias ou simplesmente manter as aparências. Não existe monogamia, ao
menos pela parte dominante, uma vez que o cargo hierárquico superior ao
cônjuge, pode ter mais de uma esposa ou marido, sendo denominados
concubinas. As concubinas ganham acessórios com o brasão da casa, os quais não
podem ser retirados a não ser por quem os colocou.
Uma vez unidos pela consumação, o casamento só deixa de existir quando
o ciclo chega ao fim, ou seja, um dos dois morre. Os Aronianos, no entanto,
seguem seu costume tradicional a ferro e fogo em seus casamentos, destoando da
“supremacia” corrompida. Por mais que a eles sejam dados cargos, aos mais
influentes, ainda há o preconceito entre raças.
O cortejo é feito de forma muito social, por incrível que pareça. O interesse
inflama na forma carnal, lasciva. Beijar a mão esquerda do pretendente é um sinal
de interesse e, se ele aceitar, responderá dizendo seu nome. Caso for rejeitado,
um aceno de mão é aceitável. Entretanto, cortejar algo que já possui um “dono” é
sinal de insulto, o que poderá levar a um duelo ou até mesmo a prisão,
dependendo do grau na hierarquia do proprietário.
— os arautos da morte
Conhecidos por toda região como a autoridade acima do exército. São escolhidos
pelo próprio governante com base em suas habilidades. Executam trabalhos brutais,
perseguições, assassinatos e torturas. Muitos são espiões, espalhados pelo território
como maneira de controlar os vassalos. Sabe-se que não deve irritar um Arauto ou que,
caso um deles esteja em seu encalço, seu fim será próximo. E, por conta disso, seu nome
nasceu.

Possuem uma sede localizada nas proximidades do Palácio da Penumbra, mas


apenas os próprios Arautos e o governante sabem chegar até ela. Alguns dizem que fica
dentro do Vale dos Perdidos, o que impossibilita transeuntes e curiosos de
inspecioná-la. Entretanto, a “elite” tem sua morada dentro do próprio palácio para a
proteção e serviço de seu mestre.

Dentre os próprios Arautos há uma cultura de força, aquele que for mais capaz é
nomeado “Líder”, sendo ele capaz de controlar a tropa inteira de Arautos. Todos
respondem diretamente a ele e ao governante.
— história
Outrora conhecido como Reino de Ariohart, era um lugar próspero e abundante em
natureza. Ariohart, um sinônimo para uma verdadeira fortaleza. Como um reino florestal,
perpetuava o comércio natural. Entretanto, com a ascensão de Hokar em Aronian, os
corrompidos assumiram controle da cidade ao eliminar toda resistência, realizando uma
verdadeira chacina liderada pelo primeiro governante do que viria a ser Infernia — Mon’haz.
Por ordens de Yoan, Infernia se tornou um ducado, passando alguns séculos sob as mãos cruéis
de Mon’haz. Com o império corrompido estabelecido, Infernia criou raízes, deturpando a
cultura conservadorista de Ariohart. Inaugurou, também, os costumes vitorianos, apenas
agregando à beleza macabra do ambiente, o qual trouxe o nome da capital: Macabre.
O segundo governante de Infernia veio a ser Mephistophéles, o duque considerado insano
por sua sede de sangue incontrolável. O duque, no entanto, ganhou a forte reprovação da
população aroniana que ainda residia no ducado caótico, o que trouxe revoltas violentas que
devastaram alguns vilarejos importantes da costa. Devido a isso, ele criou o que viria a ser
chamado de “Arautos da Morte”. Os Arautos eram encarregados de executar a força bruta do
reino, sendo uma divisão especial à parte do exército. Ficaram conhecidos por sua brutalidade e
capacidade de fogo, acalmando os ânimos ao aniquilarem parte da resistência que ainda havia
em Infernia. Quando Mephistophéles desapareceu misteriosamente, Morgan Zegrath, o conde
de Delliria, foi nomeado como o novo Duque. Realizando a parte diplomática do reino por sua
carisma impagável, trouxe prosperidade econômica e acalmou os ânimos entre ambas as partes -
aronianas e corrompidas. Entretanto, sua loucura excede a de Mephisto, apenas mantendo a
fachada de bom governante. Logo após sua nomeação, recebeu o título de Arquiduque,
oficialmente transformando Infernia em um reino reconhecido por Aronian e Hokar.

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