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F U

1ª INSTRUÇÃO – P S
PREFÁCIO

A P Sdada aos ApM quando de sua primeira instrução possui um significado


amplo, histórico e esotérico, o qual este trabalho tentará ser útil para alimentar o
desejo de conhecimento.

Conforme consta no Dicionário Michaelis e Aurélio:

“pa.la.vra sf (gr parabolé, pelo lat)

1 Conjunto de sons articulados, de uma ou mais sílabas, com uma significação. Considerada em seu
aspecto material, tem por sinônimo vocábulo; quanto à significação, termo. Col: dicionário, elucidário,
léxico, vocabulário (dispostas ordenadamente e explicadas).....4 Faculdade de expressar as idéias por
meio da voz. ... P. secreta: na maçonaria, palavra que se impõe aos adeptos e que é enunciada letra
por letra; o que é interrogado dá a primei letra, o que interroga, a segunda, e assim por diante...”

MICHAELIS

“sagrado . [Do lat. sacratu.] Adj.... 2. Concernente às coisas divinas, à religião, aos ritos ou ao culto;
sacro, santo.... 4. Profundamente respeitável; venerável, santo. 5. Que não deve ser tocado, infringido,
violado: os sagrados direitos do homem. 6. A que não se pode faltar; que não se pode deixar de cumprir:
dever sagrado...”

AURÉLIO

“sa.gra.do adj (part de sagrar)


... 2 Relativo, inerente, pertencente, dedicado a Deus, a uma divindade ou a um desígnio religioso: A
Escritura Sagrada.... 5 Que recebeu um caráter de santidade, mediante certas cerimônias religiosas. 6
Que, pelas suas qualidades ou destino, merece respeito profundo e veneração absoluta; venerável. 7
Diz-se de uma coisa em que não se deve mexer ou tocar. 8 Que não se deve infringir; inviolável. Antôn
(acepção 4): profano. sm 1 Aquilo que é sagrado. 2 O que foi consagrado pelas cerimônias do culto. 3
Lugar vedado a profanações. 4 Lugar privilegiado. Sup abs sint: sacratíssimo e sagradíssimo. S. fórmula:
palavras que o sacerdote pronuncia quando consagra a hóstia, na parte da missa chamada
consagração. S. espécies, Teol: hóstias consagradas, durante a missa, ou conservadas no sacrário. S.
Letras: a Bíblia; a Escritura Sagrada. “

MICHAELIS

Assim teríamos como sendo “Palavra Sagrada” uma idéia expressa que deve ser
respeitada e mantida inviolável.
GENEALOGIA

O nome de BOOZ aparece incluído entre as quarenta e duas gerações que se


sucederam de Abraão até o nascimento de Cristo, citado no prólogo do Evangelho
segundo São Mateus.

Abraão
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|
Booz
Obed
Jessé
Rei Davi
Salomão

Nesse sentido, Salomão seria descendente de Booz, sendo seu tataravô.

NOMES E SIGNIFICADOS

Nomes de dois personagens bíblicos, até certo ponto inexpressivos, JAQUIM aparece
em dois livros, Números (XXVI-12) como terceiro filho de Simeão, um dos doze filhos
de Jacó e no I Livro de Crônicas (XXIV-17) fazendo parte de uma família de
sacerdotes.

BOOZ encontrado no livro de Rute, com quem se casou, era rico proprietário de terras
em Belém, fazendeiro benevolente, preocupado com o bem estar de seus empregados
tendo grande senso de responsabilidade familiar, descendente da linhagem
genealógica direta da ascendência de Davi e Salomão.
BOOZ e JAQUIM, assim denominadas as duas colunas no pórtico do templo.

JAQUIM - Jah(Deus) + Achin(Consolidar) = "Deus Consolidou"

BOAZ - Beth(em) + Oaz(força) = "Com Força"

"Deus consolidou (o templo) com força (solidamente)"

"Deus consolidou (o templo) e nele (Deus) está a força"

A primeira frase dá uma conotação de sólida construção que se realizou para


reverenciar o Deus IAVÉ. A segunda dá uma conotação da força mística de Deus
e não especificamente do templo.
A palavra JAQUIM é escrita em hebraico com as letras Iod (I) - Caph (Ch) -
Iod (I) - Nun (N), reunindo-se as iniciais fonéticas forma a palavra ICHIN
ou IACHIM, cuja pronuncia em português é JAQUIM e em hebraico é YAHHIN.

A palavra BOOZ é escrita em hebraico com as letras (B) - Ain e Zain (Z),
pronuncia-se em hebraico BO´HAZ. Nome derivado do hebraico Beth (em) e oaz
(força) e significa "em força" ou "com força" ou ainda "nele a força". Com
relação a pronuncia, no hebraico as vogais tem só uma grafia. Tanto se pode
ler BOAZ como BOOZ.

O Padre João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia


respeitando o uso hebraico, dando ao português a grafia correspondente ao
som com "ao" ao invés de "oo", como se vê escrito no livro de Rute e Reis. É
simbolicamente interpretada como "feminino-passiva" e, na Maçonaria, é
considerada a Palavra Sagrada do Aprendiz, cuja submissão dentro dos
mistérios maçônicos o coloca em relativa passividade, limitando-se a ver,
ouvir e calar até que evolua na escala hierárquica da Ordem.

HISTÓRICO

“1 – Salomão edificou também a sua casa, levando treze anos para acabá-la.
21 – Depois levantou as colunas no pórtico do templo; levantando a coluna direita, pôs-
lhe o nome de Jaquim; e levantando a coluna esquerda, pôs-lhe o nome de BOAZ.
51 – Assim se acabou toda a obra que o rei Salomão fez para a casa do Senhor. Então
trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi tinha consagrado, a saber, a prata, o ouro e
os vasos; e os depositou nos tesouros da casa do senhor.”

1º Reis – versículo 7 – LL

LOCALIZAÇÃO

JAQUIM á direita e BOOZ à esquerda (de quem entra no templo).

"Levantou colunas, uma à direita outra à esquerda da fachada do Templo:


chamou à da direita Jaquim e à da esquerda Boaz" - (II Crônicas III-7).

É muito difícil deturpar esta citação do livro Crônicas, pois o autor deixou
claro que J.·. à direita e B.·. à esquerda da fachada do Templo, deixando
claro que era de quem olhava para a frente do Templo. Nos idiomas semitas,
de maneira geral, e no hebraico, em particular, se escreve da direita para a
esquerda, JAQUIM viria em primeiro lugar e BOAZ na seqüência.

A colocação das colunas corresponde a um tradicionalismo universal e histórico, e a


Maçonaria, através do sistema inglês e escocês, seguiu exatamente como descreve o
Livro Sagrado.

As disposições das colunas J.·. ao sul e B.·. ao norte do Templo, correspondem


respectivamente às colunas do 2º e 1º Vigilantes, como se observa no sistema adotado
pelo R.·.E.·. A.·. A.·., obedecendo a interpretação simbólica e filosófica da própria
Ordem Maçônica e resume a doutrina esotérica que implica a colocação do Aprendiz
ao norte (B.·.) e do Companheiro ao Sul (J.·.).

Esotéricamente, as duas colunas representam os dois sexos. Foi com este sentido que
a Maçonaria as recebeu como herança dos hermetistas.

Ainda pelo lado esotérico: J.·. (-) negativo, estabilidade, recepção da energia,
direcionamento da força, cinzel, lua, "tamas" (propriedade passiva da matéria),
discernimento para direcionar a iluminação, racionalização da ação e reflexão dessa
vontade; B.·. (+) positivo, força espiritual, malho, sol, rajas (propriedade da matéria),
iluminação espiritual, ação determinada, vontade espiritual.

O maçom estando entre colunas adquire equilíbrio, harmonia, serenidade, recebendo


energia para estabilidade interior.

A PALAVRA NA MAÇONARIA

Assim como o toque mostra que o maçom deve esforçar-se por penetrar na essência
profunda das coisas em vez de ficar na superfície, a palavra mostra seu ato de fé e a
atitude interior de sua consciência.

A palavra Sagrada que o Aprendiz obtém como prêmio final de seus esforços, depois
de ter-se submetido às provas de iniciação, longe de ser uma palavra sem sentido,
possui um significado profundo cuja compreensão e aplicação vale o esforço que foi
empreendido para consegui-la. É uma palavra que é dada secretamente para que
permaneça no segredo da consciência, e o aprendiz dela faça o uso fecundo que
demonstra sua compensação.

A Palavra Sagrada significa: Na Força, e é, portanto o implícito reconhecimento


(conseqüência da iluminação recebida, como resultado de seus esforços nas viagens
do Ocidente ao Oriente) de que a Força Verdadeira e Real não reside no mundo da
aparência nem nas coisas materiais, mas no Mundo Transcendente no qual reside o
Princípio Imanente de tudo.

Este reconhecimento, quando for efetivo e profundo convencimento da alma, deve


produzir uma mudança completa na atitude do ser: o iniciado diferenciar-se-á assim do
profano, e em vez de pôr, como este, sua confiança nas coisas e meios exteriores, pô-
la-á unicamente no princípio da Vida, que é o Princípio do Bem, cuja presença e
onipotência terá reconhecido dentro de seu próprio ser.

O conhecimento e o uso da Palavra Sagrada é, pois, a base da verdadeira liberdade e


independência: cessando de depender por completo das coisas externas e do capricho
dos homens, o iniciado liberta-se das considerações materiais, que prendem a todos os
que ainda não sabem onde se encontram a Força e o Verdadeiro Poder e que assim
são geralmente escravos destas coisas.
Deste modo aprende o iniciado a não dobrar nunca o joelho ante os homens, elevados
que sejam seus postos e os cargos que possam ocupar na sociedade, tornando-se
igual aos reis ao tratar a todos os homens sem orgulho nem arrogância, e igualmente
sem medo e sem temor, ou seja, simplesmente como irmãos.

Mas, sabe dobrá-lo ante o Eterno, reconhecendo-o como a única Realidade e o único
poder, tirando como Moisés, ante a sarça ardente, os sapatos da ignorância e
presunção, e humilhando diante Dele as asperezas de sua personalidade, para poder
receber Sua Luz e tornar-se receptivo à Sua Influência, em íntima comunhão, no
místico segredo da alma.

A PRIMEIRA COLUNA

A Palavra Sagrada do Aprendiz é também o nome da primeira das duas colunas que se
encontram à entrada do simbólico Templo erigido pela iniciação: o Templo da Verdade
e da Virtude.

Isto quer dizer que seu reconhecimento é o Princípio Básico (ou coluna) que pode nos
conduzir a atravessar a Porta daquele Templo: sem este reconhecimento nunca
poderemos esperar nele adentrar; sua porta permanecerá fechada até que
reconheçamos essas duas colunas, das quais unicamente a primeira diz respeito ao
grau de Aprendiz.

Esta coluna próxima à qual o Aprendiz recebe seu salário é pois a Coluna da Fé,
coluna que ele mesmo deve erigir em si dela fazendo um ponto de apoio. E um
princípio do qual nunca deve se separar, em seus pensamentos, palavras e ações, sob
cuja condição poderá atuar de uma maneira sempre segura e construtiva em todas as
circunstâncias de sua vida.

De tudo quanto já foi dito percebe-se com toda a clareza e importância da Palavra e da
interpretação de seu significado, por ser a inteligência e o uso desta Palavra o que
verdadeiramente faz o iniciado e o maçom. Esta Palavra pode e deve ser aplicada
indistintamente em todas as condições da existência, estando nela o Poder de libertar-
nos do mal e estabelecer-nos no Bem.

Se, portanto, aprendemos a permanecer fiéis, a esta Palavra ou de temor cessará de


nos dominar e de Ter poder sobre nós: se a Força está Nele (que é a Realidade e o
princípio do Bem), toda aparência do mal é só uma ilusão que tem poder sobre nós
enquanto nossa mente reconhece esta ilusão como "realidade", mas que desaparece
tão logo paramos de lhe dar em nosso foro íntimo realidade e poder.

O temor é pois, a única corrente que nos prende ao mal e pode lhe dar domínio sobre
nós: se cessamos de temer o mal e, com plena e profunda convicção de nossa
consciência, lhe negamos uma verdadeira existência e realidade, fugirá de nós como
fogem as trevas ao aparecer a luz. Isto explica como Daniel, verdadeiro iniciado e fiel à
Palavra, pode estar perfeitamente tranqüilo em meio aos leões famintos, e como estes
não lhe causaram dano algum.
Esta coluna de Fé absoluta no Princípio ou Realidade cuja existência e onipotência
reconhecem em si mesmo, é aquela que o Iniciado deve levantar em seu interior para
que lhe sirva de base para apoiar todos seus esforços, tanto de baluarte como de
defesa em qualquer circunstância ou perigo.

O PRINCÍPIO DO BEM

A palavra reconhece implicitamente o Bem como único Princípio, Realidade e Poder, e


consequentemente o Mal como pura ilusão e aparência que não tem Realidade nem
Poder verdadeiros.

Este é o ensinamento de todos os iniciados: daqueles que chegaram a penetrar e


estabelecer-se com sua consciência por cima do domínio do aparente, onde o Bem e o
Mal figura como poderes iguais, como pares de opostos irreconciliáveis que lutam
constantemente um contra o outro, e que se alternam como o dia e a noite, a luz e as
trevas, a vida e a morte.

O iniciado sabe que, detrás do mundo da aparência, existe uma só e única Realidade,
e que esta Realidade é o Bem: Bem Infinito, Onipresente e Onipotente; que além desta
única e pura Realidade, nada existe e nada pode existir. Que aquilo que consideramos
mal é uma sombra inconsistente, uma verdadeira irrealidade, uma pura e simples
ilusão de nossos sentidos e de nossa imaginação, que deve ser superada no mais
íntimo de nossa consciência para que possa desaparecer como concretização exterior.

A primeira letra da Palavra Sagrada, com a qual costuma-se nomear a Coluna do


Norte, lembra-nos esse Princípio do Bem, no qual devemos por toda nossa confiança,
e que assim nos fará partícipes de seus benefícios, pois um Princípio faz-se operativo
unicamente quando é reconhecido, vive e reina em nossa alma.

O homem escravo da ilusão do mal, reconhecendo-o como poder e realidade, dá-lhe


preponderância em sua vida, e seus esforços para combatê-lo reforçam as correntes
da escravidão. Só quando o reconhece como ilusão, e cessa consequentemente de Ter
poder em sua consciência, é quando na realidade dele se liberta.

USO DA PALAVRA

A Palavra torna-se efetiva por meio de sua aplicação nas oportunas afirmações e
negações entendidas para conduzir nosso ser interno ao reconhecimento ou percepção
da Verdade que essa mesma Palavra quer revelar-nos. Muito explícitas e oportunas
são, sob esse aspecto, as palavras do maior Iniciado que conhecemos: Se
perseverardes na minha Palavra (ou na Palavra) conhecereis a Verdade e a Verdade
vos libertará.

A Palavra deve pois, afirmar-se e repetir-se com fidelidade e perseverança para que
possa conduzir-nos à consciência da Verdade que encerra. Então, esta Verdade tornar-
se-á efetiva em nossa vida, convertendo-se em verdadeiro poder que nos libertará do
erro, do mal e da ilusão.
Além disso todas nossas palavras, indistintamente, possuem um poder construtivo ou
destrutivo; as primeiras unem e atraem , as segundas desunem e afastam. É pois, de
importância essencial que selecionemos com extremo cuidado aquilo em que
pensamos e aquilo que dizemos, pois por trás de cada palavra ou pensamento, esta
aquele mesmo Poder do Verbo que se encontra no princípio de toda coisa: Todas as
coisas por ele foram feitas; e sem ele nada se fez.

SIGNIFICADO DA PALAVRA

A Palavra Sagrada, dada pelo Ven. Mestre que toma assento no Oriente, simboliza a
Palavra Sagrada dada individualmente a cada um de nós pelo Espírito da Verdade que
igualmente se posta ou mora no Oriente ou origem de nosso ser. Também representa a
instrução que é dada ou deveria ser dada em Loja (ou lugar aonde se manifesta o
Logos ou Palavra) e que sempre deve partir do Oriente para ser efetiva, isto é, do que
cada um pode imaginar individualmente de mais nobre e elevado. Deve ser Luz
inspiradora e vida, como é a luz do sol que surge do Oriente material, iluminando e
vivificando nosso planeta.

À semelhança da Palavra Sagrada do Aprendiz, que se pronuncia ao ouvido, letra por


letra, assim deve ser dada a instrução maçônica. Dá-se a cada um o primeiro
rudimento, a primeira letra da Verdade para que meditando e estudando sobre seu
significado, chegue por seu próprio esforço a conhecer e formular a segunda, que lhe
fará digno de receber útil e proveitosamente a terceira. Desta maneira tem sido e
sempre foi comunicada a Doutrina Iniciática em todos os tempos, sendo o próprio
simbolismo maçônico a primeira letra da mística Palavra Sagrada da Verdade.

O significado particular da Palavra Sagrada do Aprendiz é: "Nele há Força". Isto quer


dizer que o Aprendiz reconhece por meio da palavra sagrada, ou seja, do Verbo Divino
nele próprio, que a força verdadeira não se encontra no exterior, no mundo dos efeitos,
mas interiormente, na Realidade que constitui o Princípio Imanente e Transcendente de
tudo o que existe.

Esta transformação completa do ponto de vista da consciência - que distingue o


iniciado do profano - não pode ser senão, o coroamento e a conseqüência de sua
iniciação. É preciso, pois, adentrar interiormente na percepção da Realidade, para
reconhecer que a força está nela, e não nas coisas aparentes que vemos,
estabelecendo-nos firmemente neste reconhecimento fundamental, como coluna do
simbólico Templo que erigimos, e baseando sobre este reconhecimento íntimo e
secreto, todas nossas ações.

Quando adentramos ao tempo, ficamos "Entre Colunas". O "Estar Entre Colunas" saído
o Maçom do átrio, significa também, o toque de purificação, suprindo qualquer falha
ocorrida no átrio, onde o Mestre de Cerimônias procede à purificação dos presentes
para que se dispam do "peso" trazido do mundo profano. No momento que os Maçons
adentram no Templo e passam pelas colunas, recebem a "força" e a "beleza" em seus
propósitos, porque dentro do Templo onde há sacralidade, faz-se necessária a
"energia" que provem da "força" e a "candura", que provem da "beleza".
A saída será feita pelas mesmas colunas, obviamente o Maçom encontrar-se-á "Entre
Colunas", para manter o compromisso assumido, de nada revelar sobre o que se
passou na loja, a passagem pelas colunas significa "selar" aquele compromisso e
manter segredo.

As colunas ficando dentro ou na entrada do templo têm sua importância conforme o rito
adotado, no que tange ao R.·.E.·. A.·. A.·., devem ficar fora do Templo.

CONCLUSÃO

Como Ap Mnós recebemos a primeira instrução para desbastar a pedra bruta e
iniciar a construção de nosso templo espiritual.

A minha interpretação pessoal é a de que ao tomarmos conhecimento da P


Sdevemos também nos lembrar o seu significado: “com força”, e interpretá-la para
a nossa vida maçônica e profana como um norteador para que possamos conduzir
nossas vidas sabendo ouvir e calar para que as palavras impróprias sejam
manifestadas sem prejudicar a construção do nosso templo interior.

Edson Joji Hirano – A M


Oriente de São Paulo - 01/08/2003 E.V.
BIBLIOGRAFIA

NAME, MÁRIO - O Templo de Salomão nos Mistérios da Maçonaria - 1ª edição -


1988 - editora A Gazeta Maçônica.

DA CAMINO, RIZZARDO - Os Painéis da Loja de Aprendiz - 1ª edição - 1994 -


editora maçônica "A Trolha" Ltda.

DA CAMINO, RIZZARDO - Iniciação Maçônica - não consta edição e ano -


editora - Mandarino Ltda.

JOSEPH CARLIER, RENE - Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica - 1ª edição -


1964 - editora - Gráfica Santa Filomena.

STORNIOLO, IVO (tradução) - LUIZ GONZAGA DO PRADO, JOSÉ (tradução) - Bíblia


Sagrada - 1ª impressão março de 1990 - editora Paulus Gráfica.

SILVA NETO, OVÍDIO – Ap Mda ARGBLS Campos Salles II – Sta. Bárbara do
Oeste – SP.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ORDEM E DA DOUTRINA MAÇÔNICA - ARLS – LUZ


DO HORIZONTE – GO.
RESUMO

A P Sdada aos ApM quando de sua primeira instrução possui um significado


amplo, histórico e esotérico, o qual este trabalho tentará ser útil para alimentar o
desejo de conhecimento.

pa.la.vra sf (gr parabolé, pelo lat)

1 Conjunto de sons articulados, de uma ou mais sílabas, com uma significação. Considerada em seu
aspecto material, tem por sinônimo vocábulo; quanto à significação, termo. Col: dicionário, elucidário,
léxico, vocabulário (dispostas ordenadamente e explicadas).....4 Faculdade de expressar as idéias por
meio da voz. ... P. secreta: na maçonaria, palavra que se impõe aos adeptos e que é enunciada letra
por letra; o que é interrogado dá a primei letra, o que interroga, a segunda, e assim por diante...”

MICHAELIS

“sagrado . [Do lat. sacratu.] Adj.... 2. Concernente às coisas divinas, à religião, aos ritos ou ao culto;
sacro, santo.... 4. Profundamente respeitável; venerável, santo. 5. Que não deve ser tocado, infringido,
violado: os sagrados direitos do homem. 6. A que não se pode faltar; que não se pode deixar de cumprir:
dever sagrado...”

AURÉLIO

“sa.gra.do adj (part de sagrar)


... 2 Relativo, inerente, pertencente, dedicado a Deus, a uma divindade ou a um desígnio religioso: A
Escritura Sagrada.... 5 Que recebeu um caráter de santidade, mediante certas cerimônias religiosas. 6
Que, pelas suas qualidades ou destino, merece respeito profundo e veneração absoluta; venerável. 7
Diz-se de uma coisa em que não se deve mexer ou tocar. 8 Que não se deve infringir; inviolável. Antôn
(acepção 4): profano. sm 1 Aquilo que é sagrado. 2 O que foi consagrado pelas cerimônias do culto. 3
Lugar vedado a profanações. 4 Lugar privilegiado. Sup abs sint: sacratíssimo e sagradíssimo. S. fórmula:
palavras que o sacerdote pronuncia quando consagra a hóstia, na parte da missa chamada
consagração. S. espécies, Teol: hóstias consagradas, durante a missa, ou conservadas no sacrário. S.
Letras: a Bíblia; a Escritura Sagrada. “

MICHAELIS

Assim teríamos como sendo “Palavra Sagrada” uma idéia expressa que deve ser
respeitada e mantida inviolável.

HISTÓRICO

Nomes de dois personagens bíblicos, até certo ponto inexpressivos, JAQUIM aparece
em dois livros, Números (XXVI-12) como terceiro filho de Simeão, um dos doze filhos
de Jacó e no I Livro de Crônicas (XXIV-17) fazendo parte de uma família de
sacerdotes.

BOOZ encontrado no livro de Rute, com quem se casou, era rico proprietário de terras
em Belém, fazendeiro benevolente, preocupado com o bem estar de seus empregados
tendo grande senso de responsabilidade familiar, descendente da linhagem
genealógica direta da ascendência de Davi e Salomão.
BOOZ e JAQUIM, assim denominadas as duas colunas no pórtico do templo.

JAQUIM - Jah(Deus) + Achin(Consolidar) = "Deus Consolidou"

BOAZ - Beth(em) + Oaz(força) = "Com Força"

"Deus consolidou (o templo) com força (solidamente)"

"Deus consolidou (o templo) e nele (Deus) está a força"

A PRIMEIRA COLUNA

A Palavra Sagrada do Aprendiz é também o nome da primeira das duas colunas que se
encontram à entrada do simbólico Templo erigido pela iniciação: o Templo da Verdade
e da Virtude.

Isto quer dizer que seu reconhecimento é o Princípio Básico (ou coluna) que pode nos
conduzir a atravessar a Porta daquele Templo: sem este reconhecimento nunca
poderemos esperar nele adentrar; sua porta permanecerá fechada até que
reconheçamos essas duas colunas, das quais unicamente a primeira diz respeito ao
grau de Aprendiz.

Esta coluna próxima à qual o Aprendiz recebe seu salário é pois a Coluna da Fé,
coluna que ele mesmo deve erigir em si dela fazendo um ponto de apoio. E um
princípio do qual nunca deve se separar, em seus pensamentos, palavras e ações, sob
cuja condição poderá atuar de uma maneira sempre segura e construtiva em todas as
circunstâncias de sua vida.

O PRINCÍPIO DO BEM

A palavra reconhece implicitamente o Bem como único Princípio, Realidade e Poder, e


consequentemente o Mal como pura ilusão e aparência que não tem Realidade nem
Pder verdadeiros.

Este é o ensinamento de todos os iniciados: daqueles que chegaram a penetrar e


estabelecer-se com sua consciência por cima do domínio do aparente, onde o Bem e o
Mal figura como poderes iguais, como pares de opostos irreconciliáveis que lutam
constantemente um contra o outro, e que se alternam como o dia e a noite, a luz e as
trevas, a vida e a morte.

O iniciado sabe que, detrás do mundo da aparência, existe uma só e única Realidade,
e que esta Realidade é o Bem: Bem Infinito, Onipresente e Onipotente; que além desta
única e pura Realidade, nada existe e nada pode existir. Que aquilo que consideramos
mal é uma sombra inconsistente, uma verdadeira irrealidade, uma pura e simples
ilusão de nossos sentidos e de nossa imaginação, que deve ser superada no mais
íntimo de nossa consciência para que possa desaparecer como concretização exterior.

A primeira letra da Palavra Sagrada, com a qual costuma-se nomear a Coluna do


Norte, lembra-nos esse Princípio do Bem, no qual devemos por toda nossa confiança,
e que assim nos fará partícipes de seus benefícios, pois um Princípio faz-se operativo
unicamente quando é reconhecido, vive e reina em nossa alma.

SIGNIFICADO DA PALAVRA

À semelhança da Palavra Sagrada do Aprendiz, que se pronuncia ao ouvido, letra por


letra, assim deve ser dada a instrução maçônica. Dá-se a cada um o primeiro
rudimento, a primeira letra da Verdade para que meditando e estudando sobre seu
significado, chegue por seu próprio esforço a conhecer e formular a segunda, que lhe
fará digno de receber útil e proveitosamente a terceira. Desta maneira tem sido e
sempre foi comunicada a Doutrina Iniciática em todos os tempos, sendo o próprio
simbolismo maçônico a primeira letra da mística Palavra Sagrada da Verdade.

O significado particular da Palavra Sagrada do Aprendiz é: "Nele há Força". Isto quer


dizer que o Aprendiz reconhece por meio da palavra sagrada, ou seja, do Verbo Divino
nele próprio, que a força verdadeira não se encontra no exterior, no mundo dos efeitos,
mas interiormente, na Realidade que constitui o Princípio Imanente e Transcendente de
tudo o que existe.

Esta transformação completa do ponto de vista da consciência - que distingue o


iniciado do profano - não pode ser senão, o coroamento e a conseqüência de sua
iniciação. É preciso, pois, adentrar interiormente na percepção da Realidade, para
reconhecer que a força está nela, e não nas coisas aparentes que vemos,
estabelecendo-nos firmemente neste reconhecimento fundamental, como coluna do
simbólico Templo que erigimos, e baseando sobre este reconhecimento íntimo e
secreto, todas nossas ações.

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