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Transtornos menstruais

Podem ser neuroendócrinos ou anatômicos

Existe uma semiologia própria que está ligada a causas específicas

1. Hipomenorreia menstruação com duração menor que 2 dias pode ser relativo a fluxo
diminuído tb. Causa principal: uso de anticoncepcional de baixa dose de etinilestradiol
15mcg
2. Hipermenorreia – menstruação maior que 8 dias. Causada por alterações anatômicas
do útero, como:
o Miomatose uterina (tumor benigno, mais após 40 anos)
o Adenomiose – células endometriais infiltram o miométrio
o Pólipos
o DIU de cobre
3. Oligomenorreia - poucos ciclos num ano com aumento da duração do mesmo (maior
que 35 dias). Se manifesta como menstruações mais esparçadas e pode ocorrer
menorragia pela hiperplasia muito grande sem ovulação.
o Ocorre por ciclos anovulatórios, como na SOP.
4. Polimenorreia –e ncurtamento do ciclo (menor que 21 dias) com muitos ciclos num
ano. Se manifesta como menstruações menos esparçadas. Ocorre por diminuição da
fase proliferativa, a lútea (ou secretora) é fixa.
o Muito comum fisiologicamente na primeira fase do climatério, explicado
abaixo.
5. Menorragia – sangramento de mais de 90ml por mais de 8 dias
o Miomatose principalmente
6. Metrorragia – sangramento fora do período menstrual
o Miomatose
o DIU de cobre
o Pólipos
o Adenomiose
7. Meno-metrorragia – sangramento fora do período menstrual, e no menstrual tem
fluxo maior que 80 ml
8. Amenorreia – ausência de menstruação por 6 meses ou 3 ciclos consecutivos. Causas:
o Causada por principalmente gestação.

Os neuroendócrinos são diagnósticos de exclusão e são chamados de sangramento uterino


disfuncional. Ele ocorre principalmente por ciclos anovulatórios, que podem ser fisiológicos ou
não. Os fisiológicos ocorrem na adolescência por imaturidade do eixo hormonal e em parte do
climatério.

Se o sangramento mais intenso for muito prejudicial à adolescente pode-se usar ACO, só
investigar após 2 anos.

Quanto ao climatério é diferente, o que ocorre na primeira fase é uma redução da inibina,
produzida pela granulosa, que deixa de inibir o FSH, que aumenta, aumentando a aromatase
na granulosa e, assim, aumentando a conversão de testosterona em estradiol. Com pico de
estradiol mais cedo, tem-se tb mais cedo no ciclo o pico de LH e encurtamento do ciclo, com
polimenorreia. Já na segunda fase do climatério, por esgotamento dos folículos, n tem mais
estradiol e assim n tem mais LH, o que impede a ovulação, gerando oligomenorreia, podendo
ter menorragia.

A causa patológica é SOP, com oligomenorreia, até amenorreia e com menorragia.

Tratamento do sangramento uterino disfuncional: progesterona de 2 fase (para mimetizar a


fase lútea e ter ovulação), análogo do GnRh (bloqueia o eixo e mimetiza menopausa, mt efeito
colateral, n se usa muito), ACO (principalmente adolescente), DIU com levonogestrel (mais
climatério), AINES (o que provoca o sangramento são prostaglandinas e essas são diminuídas
com o bloqueio da COX). O MELHOR TTO É um antifibrinolítico, o ÁCIDO TRANEXÂMICO
(PRINCIPALMENTE CLIMATÉRIO) – ele bloqueia o ativador tecidual de plasminogênio. Assim, a
plasmina n é formada e n degrada a fibrina, tornando o coágulo estável por mais tempo,
diminuindo o sangramento.

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