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net/publication/266245015
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Rita Ferreira
DWG Arquitetura
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All content following this page was uploaded by Rita Ferreira on 29 May 2015.
RESUMO
Este artigo tem por objetivo discutir neste evento os diferentes posicionamentos de contratantes e
contratados de projeto sobre as responsabilidades, atribuições e até mesmo perfis dos
profissionais de Gerência, Coordenação Técnica, Compatibilização de Projetos e Projetista.
1. PLANEJAMENTO E PROJETO
A definição de projetar e planejar é exatamente a mesma. Portanto, o projeto é por si parte
fundamental do planejamento da obra. Entretanto, dada a complexidade do projeto de um objeto
industrializado, temos a necessidade de planejá-lo em vários níveis, conforme o que demandar o
processo de produção. Entendemos assim que a desagregação em vários níveis de agentes do
processo de planejamento e projeto depende necessariamente de tomadas de decisão
estratégicas.
2. OS PARTICIPANTES DO PROJETO
Independentemente da estratégia a ser adotada para organizar o projeto (funcional ou hierárquica,
matricial, força-tarefa), notamos, no setor da construção civil imobiliária, dificuldades durante do
projeto de identificar a figura correta a se recorrer para a tomada de decisões.
Assim, é importante para o grupo de projeto identificar as responsabilidades com clareza, não só
no mesmo nível (projetista a projetista), mas também quem está antes e quem está depois
(gerência e produção).
Considerando-se que quem desenvolve projetos são pessoas com um grau de independência
considerável, parece razoável que o Gerente de Projetos conduza a equipe baseado em
lideranças que vão da democrática à liberal.
1.3. O Compatibilizador
Esta figura é extremamente nova no processo de projeto. Existem várias contradições a respeito
desta figura. Há quem acedite que o projetar necessariamente é compatibilizar. Mas, da mesma
forma que acontece com Gerente e Coordenador, o ato de projetar pode ser dividido em uma
etapa conceitual e outra dimensional.
Sob este ponto de vista, fica claro que podemos ter uma etapa de identificação de um espaço e,
em outro momento, seguinte dimensionarmos precisamente este mesmo espaço. Podemos
também ter uma situação inversa: existe um padrão de dimensão de espaço e o projetista com
base neste padrão redimensiona-o em uma nova situação conceitual.
Quando se trata de um projeto simples, com poucas áreas técnicas, é fácil perceber que a
conceituação e o dimensionamento físico acontecem quase simultaneamente. Os dois modos de
estruturar o pensamento quase que se misturam. Porém, o ato de conceituação coloca a mente
humana num nível de raciocínio que o propicia a ligar informações de maneira inovadora. Ou seja,
ligar idéias que não estão necessáriamente ligadas. Já o raciocínio de quem dimensiona é o das
relações de uma ou mais direções porém precisamente ligadas.
O entendimento acima descrito nos mostra que, em projetos mais complexos, é difícil ter tanta
flexibilidade mental para subir no nível das coisas que não se relacionam, e logo em seguida
descer ao detalhe. Mais uma vez, é necessário dividir esta responsabilidade para obter o máximo
de cada membro da equipe.
1.4. O Projetista
O projetista é a figura que dimensiona de maneira focada. Tomamos o seguinte exemplo: o
projetista estrutural é o responsável pelo dimensionamento da estrutura, tomando como referência
o dimensionamento do edifício (arquitetura).
O problema que enfrentamos, hoje, deve-se ao fato destes processos serem extremamente
dinâmicos e rápidos. Não é pouco freqüente que durante o processo de dimensionamento de um
sistema, a tecnologia adotada se torne ultrapassada. O que fazer? Continuar com a decisão
tomada por aquela tecnologia? Ou descartá-la, assumindo-se os custos daquela decisão?
Nestas questões, na verdade nem sempre é uma coisa ou outra. Tudo depende do grau de
precisão das informações colocadas. E os agentes acima nada mais são do que operadores
destas informações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
QUEIJA, Paulo S. Como Desenvolver Lideranças e Estimular a Motivação, In Curso Como
Desenvolver Lideranças e Estimular a Motivação. Sebrae-SP, São Paulo, 1999.
DISMORE, Paul Campbell. Gerência de Programas e Projetos. Pini, São Paulo, 1992.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru e outros. O Gerente do Projeto "Peso Pesado": Um Estudo de
Caso. In Economia & Empresa. Universidade Mackenzie, São Paulo, 1997.