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59 a 68 CP
Sistema Trifásico
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Classificação das circunstâncias
• Circunstâncias Judiciais: não estão
elencadas na lei, sendo fixadas livremente
pelo juiz, de acordo com os critérios
fornecidos pelo art. 59 do CP. São elas: a)
culpabilidade; b) antecedentes; c) conduta
social; d) personalidade do agente; e)
motivos; f) circunstâncias do crime; g)
consequências do crime; h)
comportamento da vítima.
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• Análise, criteriosa, de cada uma das oito
circunstâncias judiciais:
• Individualiza a pena para cada réu e para
cada infração penal praticada
• Sentença sem fundamento para
valoração das circunstâncias judiciais ou
que não indica os elementos dos autos que
formaram o convencimento do Juiz quanto
a essa valoração padece de nulidade
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Circunstâncias judiciais - Art. 59 do CP
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Circunstâncias judiciais - Art. 59 do CP
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É necessário fundamento baseado no
conjunto probatório
• Elementos para valoração: laudos
psiquiátricos, informações trazidas pelos
depoimentos testemunhais e, ainda, a
própria experiência do Magistrado em
seu contato pessoal com o réu
• Não havendo, elementos suficientes
não deve, o juiz, hesitar em declarar que
não há como valorar essa circunstância
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Circunstâncias judiciais - Art. 59 do CP
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• dano moral implicará na dor, abrangendo
tanto os sofrimentos físicos quanto os
sofrimentos psicológicos.
• não se pode considerar como consequência
desfavorável do crime de homicídio, a perda
de uma vida.
• o fato de o agente ter ceifado a vida de um
pai de família numerosa, o que é mais
censurável do que a conduta daquele que
assassinou uma pessoa solteira.
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2ª
SEGUNDA FASE
Circunstâncias legais
Arts. 61 e segs. CP
Agravantes
e
Atenuantes
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
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Art. 61 CP
I – Reincidência.
Somente será reincidente aquele indivíduo
que já praticou algum crime que
transitou em julgado, antes da data do
crime, praticado aqui no Brasil ou em
país estrangeiro, caso essa reincidência já
tenha sido usada na primeira fase, não
poderá ser admitida na segunda fase.
Art. 61 CP
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Art. 61 CP
Art. 61 CP
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Art. 61 CP
Art. 61 CP
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circunstâncias agravantes
VII - Abuso de autoridade ou prevalecendo-se das
relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade.
• Pune o abuso de autoridade nas relações domésticas, o
exercício ilegítimo da autoridade no campo privado, como
relações de tutela, curatela, não abrangendo funções públicas.
• Relações domésticas: são as relações entre indivíduos da mesma
família, criados e patrões, aquelas pessoas presentes no âmbito familiar.
• Coabitação: são aquelas pessoas que vivem sob o mesmo teto, mesmo
que seja por pouco tempo, exemplo pensão.
• Hospitalidade: a expressão indica a estada de alguém na casa alheia
sem que seja caso de coabitação, uma visita por exemplo.
circunstâncias agravantes
VIII - Abuso de poder ou violação inerente a
cargo, ofício, ministério ou profissão.
• O agente deve exercer cargo, ofício,
ministério ou profissão, vindo a praticar o
delito com o abuso de poder ou violação de
obrigações inerentes a sua atividade.
• Cargo ou ofício: devem ser necessariamente
públicos.
• Profissão: qualquer atividade exercida como
meio de garantir sua subsistência.
• Ministério: pressupõe uma atividade religiosa.
circunstâncias agravantes
IX - Cometer crime contra criança
velho ou enfermo
• Criança - 12 anos de idade, completos, conforme
o ECA (Estatuto da criança e do adolescente).
• Pessoa velha - idoso ou pessoa idosa, de acordo
com o Estatuto do Idoso, Lei 10.714/2003.
• Enfermo - Deficiente - os deficientes físicos,
cegos e os paraplégicos também.
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circunstâncias agravantes
X – Quando o ofendido está sob a
imediata proteção da autoridade.
• Quem está sob a proteção do Estado,
supõe uma proteção maior e causa
agravamento da pena, pois o agente teve
uma ousadia ímpar, desafiando a
segurança estatal, portanto deve ver sua
pena agravada em função dessa ousadia.
circunstâncias agravantes
XI – Em ocasião de incêndio, naufrágio,
inundação, ou qualquer calamidade pública
ou de desgraça particular do ofendido.
• Essa agravante é nos casos que a situação não
foi causada pelo agente, porém, se aproveita
da situação para cometer o delito,
demonstrando total desprezo com a sociedade
e plena falta de solidariedade.
circunstâncias agravantes
XII – Embriaguez preordenada.
• Ocorre quando o agente se embriaga
propositalmente para adquirir
coragem para praticar o delito,
atitude essa que ele não teria se
tivesse sóbrio.
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circunstâncias agravantes
Outras agravantes
• Além dessas agravantes do art. 61,
existem ainda as agravantes
especificadas no caso de concurso de
pessoas, as quais estão previstas no art.
62.
Segunda fase
ATENUANTES
Menoridade
• Aplica-se essa atenuante nos casos em
que o agente está na idade de 18 a 21
anos, pois considera-se que nesse
período ele ainda não encontra-se
totalmente amadurecido, e pode agir
por impulsividade, merecendo a
benevolência do juiz.
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ATENUANTES
Senilidade
• Aplica-se essa atenuante no caso do agente do
delito ter essa idade na data da sentença
condenatória, visto que uma pessoa nessa
idade já não possui a mesma lucidez de uma
pessoa normal, pode sofrer alterações no seu
estado psíquico e agir de forma irracional e
assim como o menor de 21 anos merece
também maior benevolência do juiz.
ATENUANTES
Desconhecimento da lei
É difícil aplicar essa atenuante, pois o
art. 21 do próprio Código Penal diz que
o desconhecimento da lei é inescusável,
poderíamos pensar em alguém que não
tenha contato nenhum com a sociedade,
um índio de uma tribo muito distante.
ATENUANTES
Relevante valor social ou moral
• Quando o motivo da prática do crime é o valor
social, leva-se em conta interesses coletivos, não
meramente individuais, por exemplo, manter
preso alguns dias um bandido procurado. Por
sua vez, o valor moral já diz respeito aos
interesses particulares do agente, exemplo, o pai
que mata o homem que estuprou sua filha.
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ATENUANTES
Arrependimento
• Cabe quando o agente tentar por sua
espontânea vontade amenizar ou até
mesmo evitar as consequências do crime.
Deve reparar o dano antes do julgamento
ou agir para diminuir as consequências do
delito. Deve haver sinceridade na ação,
espontaneidade, conforme descrito na
alínea “b”.
ATENUANTES
Coação
• Aquele que é coagido a cometer um crime só que essa
coação era resistível terá sua pena atenuada, pois talvez
pudesse se refutar, mas por algum motivo não
conseguiu, dessa forma recebe a atenuante, se a coação
fosse irresistível, seria uma exclusão de culpabilidade.
ATENUANTES
Violenta emoção
• A aplicação dessa atenuante não requer que seja
logo após a provocação e basta ser a influência
dessa violenta emoção.
Confissão espontânea.
• Confessar é admitir contra si, voluntária e
espontaneamente, diante de uma autoridade
competente, a prática de algum ato delituoso.
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ATENUANTES
Influência de multidão, em meio a
tumulto
• Aplica-se essa atenuante quando o agente
agiu por influência de multidão criminosa,
pois entende o legislador que quando nessas
circunstâncias, o agente desagrega-se de sua
personalidade. Devemos salientar, no
entanto, que o agente criminoso não pode
ter sido o provocador do tumulto.
ATENUANTES
• O artigo 66 do Código Penal, traz ainda a
possibilidade da atenuante facultativa, na qual
prevê uma circunstância relevante antes ou
depois do crime. É uma norma extremamente
aberta, o juiz a aplicará segundo sua vontade e
interpretação.
• Existem ainda as atenuantes em leis especiais, as
quais devem ser analisadas casuisticamente, de
acordo com cada crime.
TERCEIRA FASE
Causas de aumento ou
diminuição de pena
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Encontrarem-se dispersas no Código
• parte geral – Ex.: tentativa, concurso
formal, crime continuado
• parte especial – Ex.: art. 157 §2º, art.
155 §1º § 2º
São facilmente identificáveis
• sempre expressas por uma fração
(aumenta-se da metade, diminui-se
de um a dois terços, etc.)
Ordem de aplicação:
• Primeiramente são aplicadas as
causas de aumento de pena e, em
seguida, as causas de diminuição.
• A causa de diminuição de pena em
razão da tentativa (art. 14,II, do CP)
será sempre a última a ser aplicada.
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PROCEDIMENTO PARA
EFETUAR A
DOSIMETRIA DA
PENA
REGRAS BÁSICAS
• PRELIMINARMENTE, verificar se o
crime é SIMPLES OU QUALIFICADO;
• Iniciar a operação de dosagem, partindo
sempre do LIMITE MÍNIMO;
• Justificar a cada operação as
circunstâncias que entendeu relevantes na
dosimetria da pena.
REGRAS BÁSICAS
Aplicar, na 1ª fase, as circunstâncias
judiciais, de acordo com os critérios
fixados no art. 59 do CP. Nesta fase,
não será possível fixar a pena abaixo
do mínimo, ainda que todas as
circunstâncias sejam favoráveis ao
agente, nem acima do máximo.
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REGRAS BÁSICAS
• Na 2ª fase, aplicar as atenuantes e
agravantes incidentes à espécie,
estabelecendo a quantidade de cada
aumento ou redução, com a
observância de que, nesta fase, a pena
também não pode sair dos limites
legais, nem aquém, nem além;
REGRAS BÁSICAS
Na 3ªfase, proceder aos
aumentos e diminuições
previstos na parte geral e
especial do CP, ou lei especial,
podendo a pena ficar abaixo do
mínimo ou acima do máximo.
Culpabilidade
Comportamento da
Antecedentes
vítima
Consequências do
Conduta social
crime
Circunstâncias do Personalidade do
crime agente
Motivos
Circunstâncias judiciais
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Reincidência
Motivo fútil
Motivo torpe
Circunstâncias Agravantes
Art. 61 - CP
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Promover ou Dirigir a atividade dos demais;
Desconhecimento da lei
Atenuantes inominadas
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1/2 1/6
1/3 2/3
CAUSAS DE AUMENTO E DE
DIMINUIÇÃO GENÉRICAS
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Definição do regime
inicial de cumprimento de
pena
• Após a fixação do quantum da
pena definitiva, o regime
inicial de cumprimento de pena
será definido com base no art.
33 do Código Penal.
Substituição da pena
• última etapa no processo de fixação da pena e deverá
observar o disposto no art. 44 do Código Penal.
• Os requisitos para a substituição da pena são:
• 1) crime culposo ou crime doloso com pena inferior a 4
(quatro) anos;
• 2) o crime não ter sido praticado com violência ou grave
ameaça;
• 3) o réu não ser reincidente no mesmo crime
(reincidência específica);
• 4) as circunstâncias judiciais serem
favoráveis. Obviamente se o juiz considerou na primeira
fase da fixação da pena as circunstâncias judiciais
favoráveis ao réu para fixar a pena-base, estas
circunstâncias também devem ser consideradas
favoráveis quando da análise da substituição da pena.
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Substituição da pena
OBSERVAÇÕES:
• A prestação pecuniária não obedece ao
critério de fixação com base em dias-
multa, devendo ser determinada uma
importância entre 1(um) e 360 (trezentos e
sessenta) salários mínimos
• O código se refere a prestação pecuniária
e, portanto, não é de boa técnica a fixação
de pagamento de cestas básicas, uma vez
que não são pecúnia (dinheiro) e podem ter
valor variável.
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