Você está na página 1de 23

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE ENSINO E CULTURA

ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS


“CEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO”

CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO


DE POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA
ORDEM PÚBLICA

APOSTILA DE DEONTOLOGIA

Departamento de Ensino e Administração


Divisão de Ensino e Administração
Seção Técnica e Seção Pedagógica
Setor de Planejamento

APOSTILA ATUALIZADA EM JUNHO DE 2014.


ÍNDICE:

1. OBJETIVO 03
1.1. INTRODUÇÃO 03
2. ÉTICA 04
2.1. ETIMOLOGIA DE ÉTICA E MORAL 04
2.2. DEFINIÇÃO DE ÉTICA 05
2.3. ÉTICA E HISTÓRIA 05
2.4. DOUTRINAS ÉTICAS 05
3. ÉTICA PROFISSIONAL 06
4. A ÉTICA MILITAR E O ESTATUTO DOS MILITARES 07
5. DA ÉTICA MILITAR 08
6. MANIFESTAÇÕES ESPECIAIS DO VALOR MILITAR 10
7. ÉTICA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR 11
8. LEI 17
9. ESTRUTURA DO ATO MORAL 17
10. VIRTUDE 17
11. CÓDIGO DE CONDUTA PARA A POLÍCIA, SEGUNDO A ONU 18
12. DA DEONTOLOGIA POLICIAL-MILITAR 19
13. DOS VALORES POLICIAIS-MILITARES 20
14. DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES 20

BIBLIOGRAFIA 24

2
1. OBJETIVO
Orientar o aluno a comportar-se dentro de padrões éticos e de
princípios morais em sua vida profissional e social, respeitando os bons costumes e
cumprindo seus deveres conscientemente como futuro policial militar.

1.1 INTRODUÇÃO
São frequentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na
política, na indústria e até mesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.
A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que
praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil verificar
que o desejo obsessivo na obtenção de posses e o consumo da maior quantidade possível de
bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social
é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de
sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Atualmente, na era da
informação, destacamos o sucesso nas redes sociais buscado por muitos, que
irresponsavelmente, divulgam notícias falsas para obter notoriedade na rede.
Hoje prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e
mediocridade que ameaçam e permitem a manipulação fácil das pessoas.
Um dos campos mais carentes no que diz respeito à aplicação da
ética, é o do trabalho e exercício profissional.
O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética
pessoal, tem levado alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos
interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e
investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos do que
estamos dizendo, além da grande exposição a que as pessoas hoje são submetidas com a
evolução e o desenfreado crescimento do acesso à internet.
Os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de
recursos humanos dão muita ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados,
discutidos e considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a
dinâmica de qualquer atividade profissional.

Nosso trabalho traz como proposta discutir a importância da ética na

3
formação de recursos humanos na Polícia Militar, buscando as vantagens que a Instituição e a
sociedade poderiam obter com esse estudo. E se entendermos os estabelecimentos de ensino
da Polícia Militar como o local da produção do conhecimento e ampliação de horizontes
cognitivos, passaremos então a vê-la como o espaço natural para o desenvolvimento científico
do estudo da ética havendo em complemento a técnica, legalidade, necessidade e
proporcionalidade como requisitos imprescindíveis para a construção das ações de polícia.

2. ÉTICA

A ética é uma característica inerente ato da ação humana e, por esta


razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso
ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas
ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do
certo e do errado, do bem e do mal, embora, relacionados com a ação individual, essas
classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em determinadas
sociedades e contextos históricos.

O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25


séculos. Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros
outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Citam-se sociólogos,
psicólogos, biólogos e muitos outros profissionais que desenvolvem trabalhos no campo da
ética.

2.1 ETIMOLOGIA DE ÉTICA E MORAL


A moral, também chamada por muitos de ética, pois uma acaba sendo
tomada pela outra devido à dificuldade encontrada pelos romanos, dominadores do mundo
antigo, em traduzir do grego alguns vocábulos para os quais não havia sinônimo em sua
língua, o latim.
Ao conquistarem a Grécia, os romanos depararam com uma cultura de
alto grau de desenvolvimento, fruto do trabalho intelectual dos chamados filósofos gregos,
entre os quais podemos destacar Sócrates (470-399 a.C), Platão (429-347 a.C) e Aristóteles
(382-322 a.C).
A palavra "ética" tem origem etimológica nos vocábulos gregos:
"êthos", "éthos", cuja significação evoluiu para costumes, devido à influência do domínio

4
romano.
A palavra "moral" decorre do latim: "mos", "mores", que significam
costumes ou maneira de se comportar regulada pelos usos e costumes.
A ética profissional está intimamente relacionada à "deontologia",
palavra que provêm dos vocábulos gregos: "deon", "deonto", que significam dever.

2.2 DEFINIÇÃO DE ÉTICA


É a teoria ou ciência que cria e consagra os princípios que regem a moral
dos homens em sociedade, é a ciência que estuda a moral.

2.3 ÉTICA E HISTÓRIA


A história da ética é um assunto complexo e que exige alguns cuidados em
seu estudo. Cumpre advertir, antes de tudo, que a história da ética como disciplina filosófica é
mais limitada no tempo e no material tratado do que a história das idéias morais da
humanidade. Esta última história compreende o estudo de todas as normas que regularam a
conduta humana desde os tempos pré-históricos até os nossos dias. Esse estudo não é só
filosófico ou histórico-filosófico, mas também social. Por este motivo, a história das idéias
morais ou, se prefere eliminar o termo "história", a descrição dos diversos grupos de idéias
morais é um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e antropologia.

2.4 DOUTRINAS ÉTICAS


Vamos partir do princípio que a história da ética teve sua origem, pelo menos sob
o ponto de vista formal, na antiguidade grega, por meio de Aristóteles (384- 322 a.C.) e suas
idéias sobre a ética e as virtudes éticas.
Na Grécia, porém, mesmo antes de Aristóteles já é possível identificar traços de
uma abordagem com base filosófica para os problemas morais e até entre os filósofos
conhecidos como pré-socráticos encontramos reflexões de caráter ético, quando buscavam
entender as razões do comportamento humano.
Sócrates (470-399 a.C.).
Para ele ninguém pratica voluntariamente o mal. Somente o ignorante não é
virtuoso, ou seja, só age mal, quem desconhece o bem, pois todo homem quando fica sabendo
o que é bem, reconhece-o racionalmente como tal e necessariamente passa a praticá-lo. Ao
praticar o bem, o homem sente-se dono de si e consequentemente é feliz.
Platão (427-347 a.C.).
5
Para Platão, a alma - princípio que anima ou move o homem – se divide em três
partes: razão, vontade (ou ânimo) e apetite (ou desejos).
Cada uma das partes da alma, com suas respectivas virtudes, estavam relacionadas
com uma parte do corpo. A razão se manifesta na cabeça, a vontade no peito e o desejo no
baixo-ventre. Somente quando as três partes do homem puderem agir como um todo é que
temos o indivíduo harmônico.
A harmonia entre essas virtudes constituía uma quarta virtude: a justiça.
A ética de Platão está relacionada intimamente com sua filosofia política, porque
para ele, a polis é o terreno próprio para a vida moral. Assim ele buscou um estado ideal, um
estado-modelo, utópico, que era constituído exatamente como o ser humano. Assim, como o
corpo possui cabeça, peito e baixo-ventre, também o estado deveria possuir, respectivamente,
governantes, sentinelas e trabalhadores. O bom estado é sempre dirigido pela razão.

O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII da República é, talvez, uma das
mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a
situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos
condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à
condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras
reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.
Aristóteles (384-322a.C.).
Não só organizou a ética como disciplina filosófica, mas, além disso, formulou a
maior parte dos problemas que mais tarde iriam se ocupar os filósofos morais: relação entre as
normas e os bens, entre a ética individual e a social, relações entre a vida teórica e prática,
classificação das virtudes etc. Sua concepção ética privilegia as virtudes (justiça, caridade e
generosidade) tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização pessoal
àquele que age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que vive.
Segundo Aristóteles, toda a atividade humana, em qualquer campo, tende a um
fim que é por sua vez um bem: o Bem Supremo ou Sumo Bem, que seria resultado do
exercício perfeito da razão, função própria do homem. Assim sendo, o homem virtuoso é
aquele capaz de deliberar e escolher o que é mais adequado para si e para os outros, movido
por uma sabedoria prática em busca do equilíbrio entre o excesso e a deficiência.
Daí ser difícil, segundo Aristóteles, ser bom na medida em que o meio termo não é
facilmente encontrado: "Por isso, a bondade tanto é rara quanto nobre e louvável".
A Ética de Aristóteles – assim como a de Platão - está unida à sua filosofia
política, já que para ele a comunidade social e política é o meio necessário para o exercício da

6
moral.

3. ÉTICA PROFISSIONAL
Ética profissional é o conjunto de regras morais de conduta que o indivíduo deve
observar em sua atitude, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que dela
dependem. Ressalta-se que a ação policial deverá sempre atender aos requisitos da ética, da
técnica e da legalidade sendo aplicada de maneira necessária e proporcional para que não
ocorra não- conformidades que possam prejudicar a imagem da Instituição.

4. A ÉTICA MILITAR E O ESTATUTO DOS MILITARES

O Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980, regula a


situação, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das Forças Armadas,
consequentemente, por força da Constituição Federal de 1988 (Emenda Constitucional nº 18,
05.02.98 – regime constitucional dos militares) é aplicável também às Polícias Militares.

5. DA ÉTICA MILITAR
Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09.12.80 - título II, capítulo I, seção II,
São preceitos de ética militar:
Art. 28 - O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõe, a
7
cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis,
com a observância dos seguintes preceitos de ética militar:
I- amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II- exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem
em decorrência do cargo;
III- respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV- cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes;
V- ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos
subordinados;
VI- zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII- empregar todas as suas energias no cumprimento do serviço;
VIII- praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de
cooperação;
IX- ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X- abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de
qualquer natureza;
XI- acatar as autoridades civis;
XII- cumprir seus deveres de cidadão;
XIII- proceder de maneira ilibada na vida pública e na
particular;
XIV- observar as normas da boa educação;
XV- garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de
família modelar;
XVI- conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não
sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII- abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas:
a) em atividades político partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos

8
políticos ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente
autorizado;
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja da
Administração Pública; e
XIX- zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazer obedecer aos preceitos da ética militar.

6. MANIFESTAÇÕES ESPECIAIS DO VALOR MILITAR

Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09.12.80 - título II, capítulo I, seção II.
Art. 27 – Os valores militares são:
I- o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar
e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II- o civismo e o culto das tradições históricas;
III- a fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV- o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V- o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida;
VI- o aprimoramento técnico-profissional.

Indaga-se: mas, o que é valor?

Valor: qualidade pela qual determinada pessoa, coisa ou idéia é estimada em


maior ou menor grau.

Valores são também entendidos, como normas, princípios ou padrões mantidos


por determinada profissão, sociedade ou indivíduo. Podemos citar alguns valores
importantes, como por exemplo: honestidade, respeito, lealdade, coragem, dignidade,
profissionalismo, etc.
Ao interiorizarmos valores, nós, policiais militares, adquirimos a consciência da
9
necessidade do cumprimento do dever.
Entre inúmeros deveres que afetam nossa profissão, podemos citar os contidos
no Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09.12.80 - título II, capítulo I, seção II, Dos
deveres militares:
Art. 31 - Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos racionais,
bem como morais, que ligam o militar à Pátria e ao seu serviço, e compreendem,
essencialmente:

I- a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições


devem ser defendidas mesmo com o sacrifício da própria vida;
II- o culto aos Símbolos Nacionais;
III- a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV- a disciplina e o respeito à hierarquia;
V- o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

7. ÉTICA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


A Polícia Militar é uma instituição criada em 1831. Sua imagem e reputação
dependem em principal foco de você, que está lendo esta mensagem agora!

Após a sua formatura, uma nova rotina vai se iniciar: você será alvo de atenção
em qualquer que seja o lugar, e, por isso, precisa saber como se comportar de acordo com os
padrões da Instituição a que você pertence.

Isso não muda quando o assunto são as redes sociais, que há cerca de 10 anos vem
tomando conta da nossa rotina e impondo uma série de novas práticas, antes jamais
imaginadas, ou seja, ter comportamento ético no uso das
redes sociais também faz parte do seu exercício
funcional.

Steve Jobs quando criou o Iphone sabia exatamente que

10
daquele momento em diante estava reescrevendo a história da telefonia. Daquele momento em
diante ele faria com que cada telefone fosse, de fato, um computador, sem depender
exclusivamente do SMS.

Uma enxurrada de aplicativos foi criada por ele para entreter, informar e ajudar as pessoas a
lidar com a nova ordem mundial às mídias sociais.
Fonte:http://www.cnet.com/news/steve-jobs-in-his-own-words/

Facebook e Comunicadores
instantâneos.
Acessadas facilmente, esses gigantes da web
se levantaram para entrar na vida dos usuários
de forma a estabelecer vínculos, relações
profissionais e comerciais, dentre outras.

Apelando para a vaidade humana, que não é pequena, o


Facebook estabeleceu uma nova ordem de comportamento virtual, que,
em muitos casos é interpretado como verdadeiro, quando na realidade,
não é!

De forma breve vamos analisar um episódio marcante na


história virtual da PMESP: foi um concurso de policiais femininos, que
em tempo algum foi organizado pela Instituição, no entanto, recebeu
fotos de centenas de policiais fardadas que, ao acreditarem na notícia,
sequer verificaram sua veracidade.

Além disso, observam-se postagens de cunho político-


partidário, além de ofensas e agressões a pessoas públicas como o
governador entre outros.

Por essa razão, trouxemos uma série de orientações para que você faça bom uso
de todas as ferramentas de comunicação disponíveis, de forma razoável, comedida, discreta e
principalmente, segura!

Por ser atrelado diretamente ao número de telefone do usuário, o watsapp criou


uma rotina dinâmica de comunicação, isso faz com que, qualquer pessoa, ocorrência ou
comunicação, além de foto e vídeo, sejam instantaneamente compartilhados, e isto é um
perigo! Não vai haver tempo para que você saiba se está compartilhando algo real ou não!

Então contenha-se !!!

Não fique o dia todo olhando e manipulando o celular. Cuide da sua segurança,
não são raras às vezes em que policiais são flagrados completamente desatentos ao serviço,
trocando mensagens.

Sua vida depende da importância que você dá a ela.

11
Você é policial!!! Acredite!!!

A partir deste momento seu anonimato já acabou! Então, saiba que todos estão observando
seus movimentos e principalmente, suas publicações. Sejam elas no Facebook ou Whatsapp,
não importa, sua reputação será mensurada com base em tudo que você publica e faz parecer
acreditar.
Fonte: jpn.c2com.up.pt

A exemplificar:

Se você se esforçou, fez de tudo, acreditou, e agora é um policial militar, que


sentido tem ir às redes e criticar tudo que sua Instituição faz? Esse tipo de sentimento, análise
ou comentário, deve ser feito de forma pessoal e respeitosa, nunca ostensiva e ofensiva.

Assim, seguem as consequências de publicações equivocadas e mal colocadas


que podem, e vão, colocar sua carreira e sua reputação em risco. As mídias sociais tem um
alcance atmosférico, com uma velocidade ainda não calculada, portanto, não escolha uma
mídia social como local para desabafos!

Policial Militar!!! Lembre-se sempre: a intranet é o canal oficial de contato entre


você e o Comando da Instituição. Não acredite em tudo que a internet oferece. Acredite na
Intranet PM.

Do ponto de vista legal, você já sabe que a internet não é uma terra sem lei;
portanto, todos os crimes praticados de forma presencial são também tipificados do ponto de
vista virtual. Assim traçamos um comparativo sob o ponto de vista do direito, para que você,
policial militar, saiba exatamente como proceder em casos de acionamento por ocorrência de
crime de internet ou cybercrime. Um exemplo é o crime de racismo previsto na Lei 7716/89.

CONDUTA CRIME Legislação PENA


Falar em algum blog, chat, ou Induzimento,
Art. 122 do Código Reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio
comunidade que alguém deve se matar, instigação, auxílio ao
Penal. for consumado.
ou sugerir como fazê-lo. suicídio.
Falar em algum blog, chat, ou
comunidade que alguém cometeu algum Art. 138 do Código Detenção de 6 meses a 2 anos e
Calúnia
crime (ex.: ele é um ladrão porque furtou Penal. multa.
o dinheiro do fulano).
Postar conteúdo em algum blog, chat, ou
Art. 139 do Código Detenção de 3 meses a 1 ano e
comunidade denegrindo a imagem de Difamação
Penal. multa.
uma pessoa (ex: falar mal dela ou
12
ridicularizá-la).
Enviar e-mail mencionando
Art 140 do Código
características negativas de uma pessoa Injúria Detenção de 1 a 6 meses ou multa.
Penal.
(ex. gorda, feia, ignorante, etc...).
Enviar e-mail dizendo que vai “pegar a
Art. 147 do Código
pessoa” depois da aula ou causar-lhe Ameaça Detenção de 1 a 6 meses ou multa.
Penal.
algum mal.
Enviar vírus, comando, instrução ou
programa de computador que
Art. 163 do Código Detenção de 1 a 6 meses ou
destrua equipamento ou dados Dano
Penal. multa.
eletrônicos.
Copiar conteúdo de terceiros sem Art. 184 do Código
Detenção de 3 meses a 1 ano ou
autorização ou sem mencionar a Violação de Direito Penal e art. 12 da Lei
multa (se tiver intuito de lucro:
fonte, baixar MP3 ilegalmente, usar Autoral e Pirataria 9609 /98.
reclusão de 1 a 4 anos e multa).
software ou jogo sem licença.
Participar de comunidade virtual
que discrimine pessoas por conta de
Discriminação Art. 20 Lei 7716/89. Reclusão de 1 a 3 anos e multa.
sua etnia, religião, cor da pele ou
nacionalidade.
Criar uma comunidade virtual ou
participar de alguma que venda Art. 33 da Lei Reclusão de 5 a 15 anos e
Tráfico de drogas
lança perfume ou outras drogas 11343/06. multa.
ilícitas.
Enviar e-mail com remetente falso ou Detenção de 3 meses a 1 ano ou
Art. 307 do Código
fazer cadastro em loja virtual como Falsa identidade multa se o fato não constitui
Penal.
nome de terceiros. elemento de crime mais grave.
Detenção de 15 dias a 1 mês ou
Devolver com vírus ou mais spam, Exercício arbitrário Art. 345 Do Código
multa além da pena
um spam que você tenha recebido. das próprias razões Penal.
correspondente a violência.
Art. 50 da Lei de Prisão simples de 3 meses a 1
Participar de cassinos on-line. Jogos de azar
Contravenções Penais ano e multa.
Usar logomarca ou marcas de
empresas em sites, comunidades, ou Crime contra a
Art. 189 da Lei Detenção de 3 meses a 1 ano ou
em outros materiais sem autorização propriedade
927996 multa.
do título ou imitá-las de modo que intelectual
possa induzir a confusão.
FONTE: http://criancamaissegura.educacional.net/pdf/cartilha_guiaredessociais.

Como deve ser a sua postura, policial militar, junto às mídias sociais, obedecendo ao
senso ético!

 Manifeste seu pensamento de forma responsável, respeitosa e educada;


 Navegue com uma atitude ética, evitando publicar conteúdos ofensivos,
difamatórios ou que ridicularizem outras pessoas.
 Sempre verifique a veracidade das informações antes de transmiti-las para
evitar disseminar boatos e conteúdos falsos ou mentirosos;
 Escolha bem as comunidades de que irá participar e evite aquelas que possam
prejudicar sua imagem e reputação agora e no futuro;
 Cuidado ao publicar informações pessoais, como data de nascimento, bem
como outras relacionadas a sua rotina diária, como horários, local em que estuda, ou de sua
família, como nome dos pais, local de trabalho, etc. O excesso de exposição na internet pode
atrair pessoas mal intencionadas ou mesmo criminosos e colocar em risco sua segurança;
13
 Sempre dentro de um contexto positivo use somente fotos ou imagens
previamente autorizadas pelas pessoas nela retratadas, mesmo que a imagem captada em
ambientes públicos para se utilizada na internet nunca poderá ser prejudicial a honra e
reputação da pessoa fotografada;
 Quando criar redes sociais ou participar delas, deixe claro o seu propósito e
para evitar riscos jurídicos busque verificar ainda os conteúdos postados por terceiros, pois
eles também ficam associados a você;
 Respeite os direitos autorais na internet. Sempre cite a fonte ou a referência do
conteúdo utilizado e seja original ao criar os seus.
 Assuma tudo o que fizer, pois o anonimato é proibido no Brasil. Liberdade
requer responsabilidade;
 Se houver algum incidente ou alguém se sentir prejudicado e reclamar a você,
a melhor coisa a fazer é pedir desculpas e retirar do ar o conteúdo em questão;
 Se você foi vítima de um incidente na internet, faça a denúncia rapidamente;
todos tem o dever de ajudar no cumprimento das leis e na construção de um Brasil digital
sustentável.

Fonte: Familia mais segura – (http://www.fenep.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Cartilha_FENEP-1.pdf.)

Importante salientar que, diferente do militar das Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), o policial militar não deve ter como objetivo eliminar o inimigo e
sim proteger a comunidade de indivíduos criminosos, perigosos, marginalizados, que fazem
parte do mesmo povo e devem ser reeducados pelo Estado. Se o Estado falha, podemos
lembrar o célebre ensinamento de que um erro não justifica o outro. Nós devemos fazer bem a
nossa parte. Em sua obra, Deontologia Policial Militar, o Coronel da Polícia Militar do
Paraná, Wilson Odirley Valla, faz a seguinte observação:

"Não é preciso ser estudioso do assunto para se constatar que os estilos de


policiamento ostensivo de uma unidade da Polícia Militar refletem os valores aí
inseridos. Uma OPM que, independentemente, adota procedimentos táticos
14
agressivos, naturalmente adota um conjunto de valores muito diferentes daqueles
de outra OPM onde a comunidade está engajada no planejamento das atividades
de combate ao crime, ou daquela outra onde os esforços de policiamento
refletem prioridades do Comando, ou interesses políticos, mais do que uma
ampla dedicação aos princípios básicos que regem as atividades de polícia
ostensiva".

Na realidade, ninguém duvida da nobreza da missão policial. Atualmente, com a


implantação da Polícia Comunitária, temos que nos unir mais do que nunca para
combatermos o vírus da violência e da corrupção e extirpá-los definitivamente, se não da
sociedade, ao menos da nossa digna e honrada profissão. Isto não deve ser encarado como um
sonho e sim como um objetivo, uma meta a ser atingida. Precisamos nos unir para
formularmos e agirmos sob a égide de uma ética profissional. Temos que ser admirados pela
população pelos grandiosos valores que possuímos e pelos consequentes valorosos serviços
prestados por nossa gloriosa Instituição.
O policial militar é indispensável à segurança da comunidade. O policiamento
ostensivo preventivo é a solução para inúmeros problemas.
Nós, policiais militares, devemos procurar desenvolver grandes valores morais e
interiorizá-los, devemos adotar uma postura ética e cumprir o dever fundamental do respeito
mútuo, dentro e fora da PMESP.

Respeito aos códigos, às leis, aos regulamentos e principalmente aos semelhantes.


Esta é a base moral da Ética Policial Militar.
O advento da Lei Complementar Estadual nº 893, de 09 de março de 2001
(RDPM) consubstanciou definitivamente os anseios de todos os policiais militares por meio
da edição de seu Regulamento Disciplinar, trazendo em seu bojo o tão aguardado “Código de
Ética da Polícia Militar”.

15
8. LEI
Preceito que emana do poder legislativo ou da autoridade competente, que regula
os direitos e deveres dos cidadãos.

9. ESTRUTURA DO ATO MORAL


O ato moral possui dois aspectos: o "normativo" (são regras que enunciam o
"dever ser") e o "fatual" (são os atos humanos efetivamente realizados).
Quando o fato está de acordo com a norma preestabelecida, seja esta escrita ou
não, é considerado um ato moral. Exemplo: apresentar o Pelotão ao Comandante de
Companhia.
Moralidade: é o exercício da moral, é tudo aquilo que realiza o homem, que o
enraíza em si mesmo e, por ele e para ele, ganha sentido humano. Aquilo que é concernente
ou favorável aos bons costumes, que se refere ao domínio da alma ou da inteligência.
Quando o fato não está de acordo com a norma preestabelecida, seja esta escrita
ou não, é considerado um ato imoral. Exemplo: o militar não solicitar autorização ao mais
antigo para sair de forma, sem motivo justo, por mera indisciplina.
Imoralidade: é tudo aquilo que não realiza o homem, tudo aquilo que o não
enraíza, o desencrava de si mesmo, no marco de sua liberdade responsável, portanto, imoral é
a negação de determinado código moral vigente.

Quando o fato ocorre e há diferentes costumes em choque, híbridos de normas


preestabelecidas, não entramos no mérito do aspecto normativo, pois o fato pode ser
considerado moral por determinada cultura e imoral por outra, motivo pelo qual classificamos
o referido ato como sendo amoral, ou seja, neutro quanto à moralidade. Exemplo: na
Amazônia, um índio visitar uma aldeia trajado de acordo com seus costumes.

Amoralidade: significa uma postura de neutralidade frente a esta ou aquela moral


em questão. É comum entre diferentes padrões culturais de conduta, notadamente com
relação a valores religiosos. A obrigatoriedade, por exemplo, das mulheres usarem véu sobre
a cabeça numa determinada seita, pode não ter significado algum para outras mulheres
visitantes.

10. VIRTUDE
É uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a
praticar o bem, revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma
determinada ação boa, trata-se de uma verdadeira inclinação.
16
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer
como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem.

11. CÓDIGO DE CONDUTA PARA A POLÍCIA, SEGUNDO A ONU

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em 17DEZ79, o CÓDIGO DE


CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS ENCARREGADOS DE FAZER CUMPRIR A
LEI, declarando que os que têm estas atribuições respeitarão e protegerão a dignidade
humana, manterão e defenderão os direitos humanos de todas as pessoas. A ONU
(Organização das Nações Unidas) recomendou a sua utilização na legislação interna, como
um conjunto de princípios que deverão observar os policiais, sejam estes militares ou civis,
uniformizados ou não.
A resolução que contém o referido código (nº 34/169) declara que a natureza das
funções de aplicação da lei em defesa da ordem pública e a forma como estas funções são
exercidas tem repercussão direta na finalidade de vida dos indivíduos e da sociedade em
conjunto. A Assembleia afirmou que está consciente de que estes funcionários levam a termo
suas importantes tarefas, mas também se diz ciente de que o exercício dessas tarefas absorve
possibilidades de abuso.

O Código de Conduta da ONU, além de exortar todos os policiais a defenderem


os direitos humanos, entre outras coisas, proíbe a tortura e declara que se deve usar a força
somente quando for estritamente necessário e solicita a total proteção da saúde das pessoas
sob sua custódia.
Nos oito artigos do referido código elencados abaixo, trocamos a expressão
"funcionário encarregado de fazer cumprir a lei” por "policial", a fim de facilitar o
entendimento.
Art. 1º - O policial cumprirá a todo momento os deveres que lhes impõe a lei,
servindo a sua comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, de acordo
com o alto grau de responsabilidade exigido por sua profissão.
Art. 2º - No desempenho de suas tarefas, o policial respeitará e protegerá a
dignidade humana, manterá e defenderá os direitos humanos de todas as pessoas.
Art. 3º - O policial poderá usar a força somente quando for estritamente
necessário e na medida que requeira o desempenho de suas tarefas.
Art. 4º - As questões de caráter confidencial de que tenha conhecimento o
17
policial, serão mantidas em segredo, a menos que o cumprimento do dever ou as
necessidades da justiça exijam estritamente o contrário.
Art. 5º - Nenhum policial pode infligir, instigar ou tolerar ato de tortura bem
como outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes, nem invocar a
ordem de um superior ou circunstâncias especiais como estado de guerra, ameaça à
segurança nacional, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública
como justificação da tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou
degradantes.
Art. 6º - O policial assegurará a plena proteção da saúde das pessoas sob sua
custódia e, em particular, tomará medidas imediatas para proporcionar atenção médica
quando se precise.
Art. 7º - O policial não cometerá nenhum ato de corrupção. Também se oporá
rigorosamente a todos os atos dessa natureza e os conterão.
Art. 8º - O policial respeitará a lei e o presente código, também agirá,
enquanto estiver ao seu alcance, para impedir toda violação dele ou para opor-se
vigorosamente a tal violação. O policial que tenha motivos para crer que tenha ocorrido ou
venha ocorrer uma violação do presente código, informará a respeito a seus superiores e, se
for necessário, a qualquer outra autoridade ou organismo apropriado que tenha atribuições
de controle ou correção.

12. DA DEONTOLOGIA POLICIAL MILITAR


Lei Complementar n. 893, 09.03.01, que se trata do Regulamento Disciplinar da PMESP.
Art. 6º - A deontologia policial-militar é constituída pelos valores e deveres
éticos, traduzidos em normas de conduta, que se impõem para que o exercício da profissão
policial-militar atinja plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante a
preservação da ordem pública.
§ 1º - Aplicada aos componentes da Polícia Militar, independentemente de posto
ou graduação, a deontologia policial-militar reúne valores úteis e lógicos a valores
espirituais superiores, destinados a elevar a profissão policial-militar à condição de missão.
§ 2º - O militar do Estado prestará compromisso de honra, em caráter solene,
afirmando a consciente aceitação dos valores e deveres policiais-militares e a firme
disposição de bem cumpri-los.

18
13. DOS VALORES POLICIAIS-MILITARES
Art. 7º - Os valores fundamentais, determinantes da moral policial-militar, são os
seguintes:
I - o patriotismo;
II - o civismo;
III – a hierarquia;
IV – a disciplina;
V - o profissionalismo;
VI - a lealdade;
VII – a constância;
VIII – a verdade real;
IX – a honra;
X – a dignidade humana;
XI – a honestidade;
XII – a coragem

14. DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES

Art. 8º - Os deveres éticos, emanados dos valores policiais-militares e que conduzem a


atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:

I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado de São Paulo e da Polícia Mi-


litar e zelar por sua inviolabilidade;
II - cumprir os deveres de cidadão;
III - preservar a natureza e o meio ambiente;
IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a
ordem pública, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas
jurídicas e das disposições deste Regulamento;
V – atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios
particulares;
VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo de superiores e
subordinados, e preocupação com a integridade física, moral e psíquica de todos os militares do Es-
tado, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encaminhar a solução dos problemas
apresentados;
19
VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordinados;
VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições legalmente definidas, a Cons-
tituição, as leis e as ordens legais das autoridades competentes, exercendo suas atividades com res-
ponsabilidade, incutindo-a em seus subordinados;
IX - dedicar-se integralmente ao serviço policial-militar, buscando, com todas as ener-
gias, o êxito e o aprimoramento técnico-profissional e moral;
X - estar sempre preparado para as missões que desempenhe;
XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a
administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas;
XII - procurar manter boas relações com outras categorias profissionais, conhecendo e
respeitando-lhes os limites de competência, mas elevando o conceito e os padrões da própria profis-
são, zelando por sua competência e autoridade;
XIII - ser fiel na vida policial-militar, cumprindo os compromissos relacionados às suas
atribuições de agente público;
XIV - manter ânimo forte e fé na missão policial-militar, mesmo diante das dificulda-
des, demonstrando persistência no trabalho para solucioná-las;
XV - zelar pelo bom nome da Instituição Policial-Militar e de seus componentes, acei-
tando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais;
XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-
se nas dificuldades que esteja ao seu alcance minimizar e evitando comentários desairosos sobre os
componentes das Instituições Policiais;
XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou função que esteja sendo
exercido por outro militar do Estado;
XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;
XIX - conduzir-se de modo não subserviente sem ferir os princípios de respeito e
decoro;

XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das designações hierárquicas em:
a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo;
b) atividade comercial ou industrial;
c) pronunciamento público a respeito de assunto policial, salvo os de natureza técnica;
d) exercício de cargo ou função de natureza civil;
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom chefe de fa-
mília;
XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de
20
dignidade pessoal;
XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, políti-
ca, racial ou de condição social;
XXV - atuar com prudência nas ocorrências policiais, evitando exacerbá-las;
XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso ou de quem
seja objeto de incriminação;
XXVII - observar as normas de boa educação e ser discreto nas atitudes, maneiras e na
linguagem escrita ou falada;
XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade visando a própria promoção pessoal;
XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, equidade e
absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade pública para a prática de
arbitrariedade;
XXX - exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de
qualquer espécie;
XXXI - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação pro-
fissional, inclusive no âmbito do ensino;
XXXII - não abusar dos meios do Estado postos à sua disposição, nem distribuí-los a
quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública, coibindo ainda a transferên-
cia, para fins particulares, de tecnologia própria das funções policiais;
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e conservação dos
bens públicos, cuja utilização lhe for confiada;
XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e des-
prendimento pessoal;
XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pú-
blica ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente.
§ 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exercer atividade de segurança
particular, comércio ou tomar parte da administração ou gerência de sociedade comercial ou dela
ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário.
§ 2º - Compete aos Comandantes de Unidade e de Subunidade destacada fiscalizar os
subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do
respectivo cargo, fazendo-os comprovar a origem de seus bens, mediante instauração de procedi-
mento administrativo, observada a legislação específica.
§ 3º - Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos

21
de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifesta-
ções de caráter individual aos preceitos deste Regulamento.
§ 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de opinar sobre assunto políti-
co e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo a matéria pertinente ao inte-
resse público, devendo observar os preceitos da ética policial-militar e preservar os valores polici-
ais-militares em suas manifestações essenciais.

22
BIBLIOGRAFIA:

ASSUMPÇÃO, Eduardo. O Estatuto Militar da Polícia de Ordem Pública, in a Força


Policial. São Paulo;
ARISTÓTELES. Filosofia. A Ética. Edições de Ouro, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1965;
ÁVILA, Fernando Bastos. Deontologia in Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, Rio
de Janeiro. Ministério da Educação e Cultura, 1967;
BARSA, Enciclopédia Britânica do Brasil, Publicações Ltda., Rio de Janeiro, São Paulo,
1974;

BRANDÃO, Alaor Silva. A posição e o status dos militares, in A Força Policial. São Paulo.

PMESP, nº 10, 1996; BRASIL. Constituição da República Federativa, de 05 de outubro de


1988. Diário Oficial da União. São Paulo. Saraiva, 1996;
CUVILLIER, A. Manual de Filosofia, 3ª edição, versão Dr. Vieira de Almeida;
DOUGLAS. Paul H. Ética de Governo. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 1964;

KATO, José Koki. Deontologia Policial Militar. Monografia do CAO-II/95. São Paulo.
CAO/PMESP, 1995;

RIBEIRO RIOS. Dermival. Mini Dicionário da Língua Portuguesa Ed. 2002 - Novo Milénio.

23

Você também pode gostar