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APOSTILA DE DEONTOLOGIA
1. OBJETIVO 03
1.1. INTRODUÇÃO 03
2. ÉTICA 04
2.1. ETIMOLOGIA DE ÉTICA E MORAL 04
2.2. DEFINIÇÃO DE ÉTICA 05
2.3. ÉTICA E HISTÓRIA 05
2.4. DOUTRINAS ÉTICAS 05
3. ÉTICA PROFISSIONAL 06
4. A ÉTICA MILITAR E O ESTATUTO DOS MILITARES 07
5. DA ÉTICA MILITAR 08
6. MANIFESTAÇÕES ESPECIAIS DO VALOR MILITAR 10
7. ÉTICA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR 11
8. LEI 17
9. ESTRUTURA DO ATO MORAL 17
10. VIRTUDE 17
11. CÓDIGO DE CONDUTA PARA A POLÍCIA, SEGUNDO A ONU 18
12. DA DEONTOLOGIA POLICIAL-MILITAR 19
13. DOS VALORES POLICIAIS-MILITARES 20
14. DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES 20
BIBLIOGRAFIA 24
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1. OBJETIVO
Orientar o aluno a comportar-se dentro de padrões éticos e de
princípios morais em sua vida profissional e social, respeitando os bons costumes e
cumprindo seus deveres conscientemente como futuro policial militar.
1.1 INTRODUÇÃO
São frequentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na
política, na indústria e até mesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.
A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que
praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil verificar
que o desejo obsessivo na obtenção de posses e o consumo da maior quantidade possível de
bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social
é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de
sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Atualmente, na era da
informação, destacamos o sucesso nas redes sociais buscado por muitos, que
irresponsavelmente, divulgam notícias falsas para obter notoriedade na rede.
Hoje prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e
mediocridade que ameaçam e permitem a manipulação fácil das pessoas.
Um dos campos mais carentes no que diz respeito à aplicação da
ética, é o do trabalho e exercício profissional.
O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética
pessoal, tem levado alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos
interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e
investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos do que
estamos dizendo, além da grande exposição a que as pessoas hoje são submetidas com a
evolução e o desenfreado crescimento do acesso à internet.
Os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de
recursos humanos dão muita ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados,
discutidos e considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a
dinâmica de qualquer atividade profissional.
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formação de recursos humanos na Polícia Militar, buscando as vantagens que a Instituição e a
sociedade poderiam obter com esse estudo. E se entendermos os estabelecimentos de ensino
da Polícia Militar como o local da produção do conhecimento e ampliação de horizontes
cognitivos, passaremos então a vê-la como o espaço natural para o desenvolvimento científico
do estudo da ética havendo em complemento a técnica, legalidade, necessidade e
proporcionalidade como requisitos imprescindíveis para a construção das ações de polícia.
2. ÉTICA
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romano.
A palavra "moral" decorre do latim: "mos", "mores", que significam
costumes ou maneira de se comportar regulada pelos usos e costumes.
A ética profissional está intimamente relacionada à "deontologia",
palavra que provêm dos vocábulos gregos: "deon", "deonto", que significam dever.
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII da República é, talvez, uma das
mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a
situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos
condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à
condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras
reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.
Aristóteles (384-322a.C.).
Não só organizou a ética como disciplina filosófica, mas, além disso, formulou a
maior parte dos problemas que mais tarde iriam se ocupar os filósofos morais: relação entre as
normas e os bens, entre a ética individual e a social, relações entre a vida teórica e prática,
classificação das virtudes etc. Sua concepção ética privilegia as virtudes (justiça, caridade e
generosidade) tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização pessoal
àquele que age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que vive.
Segundo Aristóteles, toda a atividade humana, em qualquer campo, tende a um
fim que é por sua vez um bem: o Bem Supremo ou Sumo Bem, que seria resultado do
exercício perfeito da razão, função própria do homem. Assim sendo, o homem virtuoso é
aquele capaz de deliberar e escolher o que é mais adequado para si e para os outros, movido
por uma sabedoria prática em busca do equilíbrio entre o excesso e a deficiência.
Daí ser difícil, segundo Aristóteles, ser bom na medida em que o meio termo não é
facilmente encontrado: "Por isso, a bondade tanto é rara quanto nobre e louvável".
A Ética de Aristóteles – assim como a de Platão - está unida à sua filosofia
política, já que para ele a comunidade social e política é o meio necessário para o exercício da
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moral.
3. ÉTICA PROFISSIONAL
Ética profissional é o conjunto de regras morais de conduta que o indivíduo deve
observar em sua atitude, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que dela
dependem. Ressalta-se que a ação policial deverá sempre atender aos requisitos da ética, da
técnica e da legalidade sendo aplicada de maneira necessária e proporcional para que não
ocorra não- conformidades que possam prejudicar a imagem da Instituição.
5. DA ÉTICA MILITAR
Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09.12.80 - título II, capítulo I, seção II,
São preceitos de ética militar:
Art. 28 - O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõe, a
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cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis,
com a observância dos seguintes preceitos de ética militar:
I- amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II- exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem
em decorrência do cargo;
III- respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV- cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes;
V- ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos
subordinados;
VI- zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
VII- empregar todas as suas energias no cumprimento do serviço;
VIII- praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de
cooperação;
IX- ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X- abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de
qualquer natureza;
XI- acatar as autoridades civis;
XII- cumprir seus deveres de cidadão;
XIII- proceder de maneira ilibada na vida pública e na
particular;
XIV- observar as normas da boa educação;
XV- garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de
família modelar;
XVI- conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não
sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII- abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas:
a) em atividades político partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos
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políticos ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente
autorizado;
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja da
Administração Pública; e
XIX- zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazer obedecer aos preceitos da ética militar.
Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09.12.80 - título II, capítulo I, seção II.
Art. 27 – Os valores militares são:
I- o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar
e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II- o civismo e o culto das tradições históricas;
III- a fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV- o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V- o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida;
VI- o aprimoramento técnico-profissional.
Após a sua formatura, uma nova rotina vai se iniciar: você será alvo de atenção
em qualquer que seja o lugar, e, por isso, precisa saber como se comportar de acordo com os
padrões da Instituição a que você pertence.
Isso não muda quando o assunto são as redes sociais, que há cerca de 10 anos vem
tomando conta da nossa rotina e impondo uma série de novas práticas, antes jamais
imaginadas, ou seja, ter comportamento ético no uso das
redes sociais também faz parte do seu exercício
funcional.
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daquele momento em diante estava reescrevendo a história da telefonia. Daquele momento em
diante ele faria com que cada telefone fosse, de fato, um computador, sem depender
exclusivamente do SMS.
Uma enxurrada de aplicativos foi criada por ele para entreter, informar e ajudar as pessoas a
lidar com a nova ordem mundial às mídias sociais.
Fonte:http://www.cnet.com/news/steve-jobs-in-his-own-words/
Facebook e Comunicadores
instantâneos.
Acessadas facilmente, esses gigantes da web
se levantaram para entrar na vida dos usuários
de forma a estabelecer vínculos, relações
profissionais e comerciais, dentre outras.
Por essa razão, trouxemos uma série de orientações para que você faça bom uso
de todas as ferramentas de comunicação disponíveis, de forma razoável, comedida, discreta e
principalmente, segura!
Não fique o dia todo olhando e manipulando o celular. Cuide da sua segurança,
não são raras às vezes em que policiais são flagrados completamente desatentos ao serviço,
trocando mensagens.
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Você é policial!!! Acredite!!!
A partir deste momento seu anonimato já acabou! Então, saiba que todos estão observando
seus movimentos e principalmente, suas publicações. Sejam elas no Facebook ou Whatsapp,
não importa, sua reputação será mensurada com base em tudo que você publica e faz parecer
acreditar.
Fonte: jpn.c2com.up.pt
A exemplificar:
Do ponto de vista legal, você já sabe que a internet não é uma terra sem lei;
portanto, todos os crimes praticados de forma presencial são também tipificados do ponto de
vista virtual. Assim traçamos um comparativo sob o ponto de vista do direito, para que você,
policial militar, saiba exatamente como proceder em casos de acionamento por ocorrência de
crime de internet ou cybercrime. Um exemplo é o crime de racismo previsto na Lei 7716/89.
Como deve ser a sua postura, policial militar, junto às mídias sociais, obedecendo ao
senso ético!
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8. LEI
Preceito que emana do poder legislativo ou da autoridade competente, que regula
os direitos e deveres dos cidadãos.
10. VIRTUDE
É uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a
praticar o bem, revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma
determinada ação boa, trata-se de uma verdadeira inclinação.
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Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer
como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem.
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13. DOS VALORES POLICIAIS-MILITARES
Art. 7º - Os valores fundamentais, determinantes da moral policial-militar, são os
seguintes:
I - o patriotismo;
II - o civismo;
III – a hierarquia;
IV – a disciplina;
V - o profissionalismo;
VI - a lealdade;
VII – a constância;
VIII – a verdade real;
IX – a honra;
X – a dignidade humana;
XI – a honestidade;
XII – a coragem
XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das designações hierárquicas em:
a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo;
b) atividade comercial ou industrial;
c) pronunciamento público a respeito de assunto policial, salvo os de natureza técnica;
d) exercício de cargo ou função de natureza civil;
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom chefe de fa-
mília;
XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de
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dignidade pessoal;
XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, políti-
ca, racial ou de condição social;
XXV - atuar com prudência nas ocorrências policiais, evitando exacerbá-las;
XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso ou de quem
seja objeto de incriminação;
XXVII - observar as normas de boa educação e ser discreto nas atitudes, maneiras e na
linguagem escrita ou falada;
XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade visando a própria promoção pessoal;
XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, equidade e
absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade pública para a prática de
arbitrariedade;
XXX - exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de
qualquer espécie;
XXXI - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação pro-
fissional, inclusive no âmbito do ensino;
XXXII - não abusar dos meios do Estado postos à sua disposição, nem distribuí-los a
quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública, coibindo ainda a transferên-
cia, para fins particulares, de tecnologia própria das funções policiais;
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e conservação dos
bens públicos, cuja utilização lhe for confiada;
XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e des-
prendimento pessoal;
XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pú-
blica ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente.
§ 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exercer atividade de segurança
particular, comércio ou tomar parte da administração ou gerência de sociedade comercial ou dela
ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário.
§ 2º - Compete aos Comandantes de Unidade e de Subunidade destacada fiscalizar os
subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do
respectivo cargo, fazendo-os comprovar a origem de seus bens, mediante instauração de procedi-
mento administrativo, observada a legislação específica.
§ 3º - Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos
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de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifesta-
ções de caráter individual aos preceitos deste Regulamento.
§ 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de opinar sobre assunto políti-
co e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo a matéria pertinente ao inte-
resse público, devendo observar os preceitos da ética policial-militar e preservar os valores polici-
ais-militares em suas manifestações essenciais.
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BIBLIOGRAFIA:
BRANDÃO, Alaor Silva. A posição e o status dos militares, in A Força Policial. São Paulo.
KATO, José Koki. Deontologia Policial Militar. Monografia do CAO-II/95. São Paulo.
CAO/PMESP, 1995;
RIBEIRO RIOS. Dermival. Mini Dicionário da Língua Portuguesa Ed. 2002 - Novo Milénio.
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