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Aula 2 após P1

Nous
———— Diandia
————
Doxa
————
Pistis
————
Eikasia

Mundo sensível: todo conhecimento produzido aqui é falso, está


relacionado a aparência. Platão diz que é o mundo das sombras, cópias,
simulacros, enganos. No mundo sensível não há reflexão, abstração. É
originário dos sentidos (intuição, sensação, imaginação).
*Tudo que existe no mundo sensível, existe no mundo inteligível em
essência.

Mundo inteligível: onde está o ser, essência. Só chego aqui se me dispo de


todo conhecimento do mundo sensível.

Nous: mundo intligível (essência).


Diandia: entre a aparência e a essência (mundo sensível e inteligível).
Doxa, Pistis e Eukasia: mundo sensível (aparência).

Reflexão é o processo de transcendência, romper com a aparência.


Aparência: lugar de falsidade.

Pistis: traduções, lendas, crenças. A verdade não está aqui.

Eikasia: imagem/símbolo. Nível mais baixo de conhecimento, pois é


extremamente redutora. Profundamente enganoso.

A razão parte da Eikasia e avança em direção ao Nous. O percurso da


razão é processual, há uma caminhada. Démarche epistemológico:
caminhar da razão para compreender o mundo.
Como Platão ilustra a trajetória da razão em busca da verdade: através do
mito da caverna (se encontra no livro 7 da República).
Caverna – tópos horatos (lugar da cópia)
|
V
pseudo-real
l
V
mundo sensível – empiria/sensualidade

empiria= conhecimento que vem do interior da caverna.

Mundo sensível — > interior da caverna (reflexo do mundo verdadeiro).


Fogo —> conhecimento vinculado a aparência (projeção, cópia). O fogo é
frágil/limitado se comparado ao sol.

Doxa: conhecimento fruto das experiências. Não tem sustentação, porém


tem valor, uma vez que orienta a vida prática.

Diandia: chamado de primeiro grau de abstração. Ex: A matemática. É


chamada de primeiro grau de abstração pois não é a abstração pura. O
conhecimento dianóico tem elementos do concreto (empírico) e do
abstrato (inteligível).

Nous: aqui está a essência, o ser, a verdade. Conhecimento mais abstrato


possível. Mundo arquétipo modelo, mundo das matrizes. A ideia de
mundo terreno e celeste vem do Nous.
A filosofia constitui verdades, que é o que o filósofo pretende alcançar
para compreender o mundo (é um processo). Isso acontece através de um
método, não a luz do senso comum.

Superfície – tópos noético


l
V
real
l
V
conhecimento vinculado à essência – filosofia

superfície: • mundo inteligível


• primeiro liberto – filósofo
l
V
força eros (força de vida, força sensual, de pulsão) –
força erótica. É o que permite que o prisioneiro se liberte.

Prisioneiros: •presos a aparência


•ignorância, preconceitos, tradições, hábitos

O que aprisiona é: a ignorância que está no senso comum, preconceitos,


costumes, tradições, superstições.

Há três níveis de ascensão para fora da caverna:


• o homem se depara com a claridade
•se aclimata
•enxerga com os olhos da alma
Em seguida retorna a caverna para dizer aos acorrentados que a realidade
é muito mais intensa e plena do que a que eles conhecem. Discensão: o
esforço que o filósofo faz para que o indivíduo construa a consciência
crítica. O filósofo tem comprometimento político-social, por isso retorna a
caverna.
É na superfície que está a plenitude.

A razão na dimensão política

Democracia – demoi / kratos – justiça – leis


 Isegoria
 Isonomia
Isonomia: direitos iguais a todos
Isegoria: todos têm voz, e todos têm voto

A pólis é cidade, estado e comunidade.


República —> coisa pública/bem comum – deve guardar o bem comum
(projeto político de nação).

Platão:

•O governante tem que primar pelo bem comum.


•Filosofia e o governo da pólis estimulando as pessoas a construírem
consciência crítica. Filosofia: tem a finalidade de fundamentar os critérios
que irão fundamentar a lei.
Ação humana
 Escolhas
 Processo decisório —>
filosofia
Critérios: dão ao homem a possibilidade de avaliação de alternativas a
ação. Sem consciência crítica não há critérios sólidos. Os critérios se
fundamentam em princípios teóricos.

Rei-filósofo: decisões fundamentadas em princípios gerais.

Princípios gerais:
 Universais
 Permanentes
 Abstratos
Os princípios gerais se fundamentam na razão.
São aplicados a todos os casos de determinado tipo.
São aplicados a todos os cidadãos em circunstâncias idênticas.
São universais pois não há casuísmo (a lei se aplicar de maneiras
diferentes em cada caso.
Geram normas que propiciarão a formulação da lei.
Quem formula a lei? O representante da democracia.

Leis:
 Universais
 Propulsórias
 Regulação da ação
humana
 De equilíbrio (todos
contemplados pela lei
de igual maneira)
 Impede a instalação do
caos
Esse modelo deixa de existir quando os Sofistas aportam em Atenas e
sugerem uma forma diferente de governar.
Não há questões epistemológicas na filosofia platônico-socrática, pois
Sócrates nunca registrou (o que não significa que Sócrates não pensou
dessa forma).
Para os Sofistas, verdadeiro é aquilo que pode ser provado.

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